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Resumo do Projeto:
Esse projeto aborda a questão de que o sobrepeso e obesidade são fatores de risco para doenças
cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. Dessa forma, objetiva proporcionar aos alunos da rede
pública, um acesso ao conhecimento dessas complicações advindas da abstenção da prática de
exercícios físicos regularmente e de uma dieta com excesso de calorias. Propõe um método baseado em
palestras educativas, seminários didáticos, teatros e cartilhas. Para isso reúne uma equipe com
profissionais e estudantes de diferentes áreas. Por fim, o projeto pressupõe uma integração entre a
equipe e os alunos do ensino fundamental e seus familiares. Isso garante que as instruções não ficarão
restritas às crianças e contarão com o poder dos pais de influenciar seus filhos. Tal medida é eficiente,
pois cria a possibilidade de uma continuação desse trabalho nos lares dessas crianças. As propostas são
de cunho preventivo e buscam promover a saúde de crianças e adolescentes.
DETALHAMENTO DA PROPOSTA
Introdução e justificativa:
Este projeto de extensão, intitulado Prevenção dos Riscos da Obesidade Infantil, foi concebido a
partir da percepção de que a obesidade e o sobrepeso infantil têm aumentado nas últimas décadas,
caracterizando-se como uma verdadeira epidemia mundial. De acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), a população mundial tem em torno de 300 milhões de indivíduos obesos. E estima que
2015 esse número seja superior a 700 milhões.
Muito se fala dos problemas estéticos oriundos do excesso de peso na infância, porém não há
uma orientação adequada à população quanto aos graves acometimentos a saúde. Além disso, as
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políticas de saúde referentes a essa condição e o acesso à informação, em países como o Brasil, ainda
são limitados. Dessa forma, é uma discussão que cabe ser colocada no município de Uberlândia, visto
que é necessária uma expressiva conscientização das crianças e dos pais, a respeito dos riscos de uma
alimentação inadequada e suas implicações para a saúde.
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Outra repercussão é quanto à saúde dessas crianças e dos adultos que, posteriormente, elas se
tornarão. De acordo com vários estudos a principal causa de síndrome metabólica é a obesidade,
resultante de um estilo de vida em que os hábitos alimentares incorretos juntamente com o
sedentarismo estão presentes no dia-a-dia das pessoas. A OMS sugeriu o termo Síndrome Metabólica
para caracterizar desordens metabólicas múltiplas, como hiperinsulinemia devido a resistência a
insulina, dislipidemia, hipertensão, predisposição a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
A síndrome metabólica que antes era considerada uma doença tipicamente de adulto, com o
aumento das taxas de obesidade infantil, sua presença se faz em idade cada vez mais precoce. Diante da
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Mediante a análise de que a obesidade infantil compromete a saúde da criança e isso se reflete
na vida adulta, é fundamental adotar medidas educativas em relação aos hábitos errôneos de
alimentação. Também é necessário expor as conseqüências de uma dieta desequilibrada, a fim de
conscientizá-las de que a obesidade é antes de tudo, uma doença e não apenas um problema estético.
Somando-se a isso, vale ressaltar a importância socioeconômica da adoção de políticas educativas, pois
as doenças decorrentes do sobrepeso e obesidade infantil, como os distúrbios cardiovasculares, estão
entre as maiores causas de mortes em nosso país. Por fim, é mais viável conter esse problema em seu
estágio inicial, pois o seu tratamento é uma questão de saúde pública e demanda um oneroso
investimento do Estado.
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Essa orientação nas escolas é uma estratégia extremamente importante, visto que, de acordo
com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) a falta de
informação foi verificada nos locais onde se tem maiores taxas de obesidade. Diante disso, a instrução
a respeito dos hábitos alimentares e da prática de exercícios físicos é fundamental e deve começar na
infância. Dessa forma, pode-se minimizar o número de moléstias graves, dentre as quais as cardiopatias
se incluem. O atual projeto, então, é baseado em uma perspectiva de prevenção e promoção da saúde.
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Orçamento: