You are on page 1of 13
Paidés, 1998. GOULD, P. Q-analysis or language of structure: au introduction for social scientists, geographers and planners, In: IBANEZ, J.(Coord,) (1998). Nnevos ‘vances en lainvestigacién social H. Bareslova: Proyecto A Facies, 1980. KLIKSBERG, B. Como enfrentar la pobreza: uportes pura lat accién. Cac racas: Grupo Editor Latinoamericano, 1992. LOPEZ-CABANAS, M. CHACON, F. Apoyo social, redes sociales ‘grupos de autoayuda. In: LOPEZ-CABANAS, Mz: CHACON, F. (1997). Intervencién Psicasocial y servicios sociales. Un enfoque participative ‘Madrid: Sintesis Psicologica, 1997, MARTINEZ, R. Redes sociales. Mis allé del individualism y del comuni- tarismo, In: DABAS, E,; NAIMANOVICH, D. (eomips.). Lat red social ef lenguaje de los vineulos. Argentina: Paidés, 1995 MUSITU, G.; BEJARANO, E.; GRACIA, E.; BUENO, J, R, Intervencién psicosocial. Madrid: Editorial Popular, 1993. PRIMAVERA, E. Todo/nada, siempre/nunca, dist Jas reds sociales partcipacién, in: DABAS, {25 NAIMANOVICHL, D, (Comps.). Lared social ellenguaje de los vinculos. Argentina: Paidés, 1995. RAVAZZOLA, M. C. Las mujeres y las redes sociales. Una mirada sobre fas redes sociales teniendo en cuenta las diferencias de género. In: DABAS, E.; NAIMANOVICH, D. (comps.). La red social el lenguaje de los vinculos. ‘Axgentina: Paidés, 1995. SLUZKI, C. La red social: Fronteras de la prictica sistémica. Barcelona: Gedisa, 1996. 42 Capitulo 5 PSICOLOGIA DA LIBERTACAO Adolfo Pizzinato Historico As raizes ou antecedentes histéricos da Psicologia da Libertagio, apesar de gcnuinamente latino-americanos, no sio originirios da Psicologia, pelo menos nio da Psicologia acadé- iva oficial. As duas principais teorias presentes na constitui- ‘lo dos pressupostos bisicos da Psicologia da Libertagio sio 2 Educago Popular, de Paulo Freire, no Brasil, ¢ a Sociologia Critica, ou Militante, de Fals Borda, na Colémbia (Montero, 2000). Estas teorias possuem em comum uma pritica transfor. madora, ¢ seus aplicadores se definem como agentes de mudanga Social ao invés de uma posigio absolutista, de detentores de poder saber. Estas detinigdes implicam uma mudanga ndo apenas no Papel dos psivdlogos (assistentes sociais, educadores, profissio- nais da Grea da saitde...), mas também na forma de ver todas as Pessoas envolvidas, Martin-Baro se destaca mais por sua perspectiva, pela orma original de abordar o papel, as fungdes ¢ o nivel de andlise cin Psicologia Social do que pela novidade teérica (Alvaro & Garrido, 2006). Sua aposta pelo reatismo critico, enquanto arti- culayo teérica que parte da reatidade social a qual o pesquisador pretende analisar é, assim como a eritica, o universalismo teérieo 13 [ ¥ hs i 40s principais elementos que caracterizam 0 marco analltico, defendido por Martin-Bard (Alvaro & Garrido, 2006), A critica 20 universalismo fiea muito clara em sua oposi- $40 tanto @ importacio irrefletida de teorias geradas em outros Contextos quanto & sua rejcigio acritica (outro movimento ideold- 83c0 importante na Psicologia Social latino-americana dos anos 1970) (Alvaro & Garrido, 2006). A rejeigio a critica iracional as eorias de outros contextos explicava-se por sua plural formago humanista, que defendia serem todas as teorias reveladoras de ‘aspectos importantes da aco humana, A Libertagdo, nestas perspectivas, comeca desde uma foneepedo que reconhece a liberdade do outro, deixando de ser um sujeito “sujeitado” para ocupar um lugar de igualdade, ativo €nquante ator social fundamental, proprietirio de habilidades e conhecimentos especificos, de uma indole particular (Montero, 2000), Além do reeonhecimento dos saberes populares e grupais, estas matrizes tebrico-epistemoldgicas da Psicologia da Liber. tac%o possuem ainda alguns aspectos em comum, fundamentais ara o entendimento da perspectiva psieossocial da Psicologia da Libertagio. Assim como outras teorias no Ambito da Psicologia, além estas raizes advindas de outras dreas do conhecimento, a Psi- cologia da Libertagdo possui uma figura pioneira: Ignacio Martin-Baré, Nascido em 1942, em Valladolid, Espanha, Entrou na Companhia de Jesus em 1959 eno mesmo ano transferiu-se para El Salvador, onde continuou seus estudos no noviciado. Iniciou seus estudos na area das ciéncias sociais na Universidad Catslica de Quito, formando-se em filosofia na Universidad Javeriana de Bogotii em 1964, Educagdo Popular e da Quadro 1. Pontos convergentes da Critica na Psicologia da Libertago. Montero, M. (2000, p. 12). Geragio de uma praxis libertadora; : ‘Transformagio social; ‘Ago transformadora sobre a realidade; Redefinigo do papel dos pesquisadores¢ interventores sociais € definigdo das pessoas e grupos interessados como atores sociais; Relagiio dialégica entre agentes extemnos ¢ agentes internos da mudanga social ‘Valorizagio do saber popular; Desideologizagiio; Conscientizagao; ‘Autocontrole por parte das pessoas € grupos interessados, Compromisso; Uso de formas participativas de pesquisa-agio; Recuperagaio eritica da hist6ria. © marcismo e a psicandlise seriam, posteriormente, duas fontes que nutririam seu curriculo intelectual antes de cheger & Psicologia da Libertagio, essa Psicologia Social que tem seu fiun- damento epistemol6gico no realismo eritico, Martin-Bar6, em sua tese de licenciatura em Filosofia ¢ Letras, defendida na Pontificia Universidad Javierana (Colémbia), possui um claro sabor exis- tencialista, Sujrir y ser. Entretanto, j4 em seu primeiro capitulo, aborda o tema do “hedonism freudiano”, sendo Viktor Frankl seu principal protagonists, Esta tese havia sido precedida por outros dois trabalhos: “Complejo o cultura? Una eritica antroplégica & Ja obra de Totem y Tabi de Sigmund Freud de acuerdo con los descubrimientos de Malinowski", e “Nietzsche y Freud”, ambos realizados em 1963 ¢ nfo publicados. E € assim que o existen= cialismo, a psicanalise ¢ o marxismo se convertem nos pilares Sobre os quais publica seu primeiro livro, Psicodiagndstico de América Latina (Blanco, 2001), Ainfluéneia dinamica foi-se diluindo, dando espago a uma postura claramente instalada no materialismo historico, Visto ‘em perspectiva, era logica esta evolugio, desde uma epistemo- logia preferentemente individualista, como ¢ a que predomina na Psicandlise (receosa das realidades objetivas ¢ separada das condigdes materiais em que se desenvolve a vida das pessoas), que Martin-Baro seria muito dificil seguir, depois do advento da ‘cada vez mais influente Teologia da Libertagio, verdadeiro motor intelectual da teoria de Martin-Baré. Regressou a El Salvador em 1966, de onde tomou a sair para aperfeigoar seus estudos de teologia em Frankfurt e Louvaine. YVoltou a El Salvador, onde se graduou em Psicologia e comegou a lecionar na area, Em 1977, obteve o mestrado em ciéncias sociais pela University of Chicago ¢ 0 doutorado, na mesma universidade, no ano de 1979, na area de Psicologia Social. Depois disto, voltou a Bl Salvador, onde se dedicou a atividades académicas, direyao de institutos de pesquisa em opiniao piblica, fundagio ¢ edi¢do de revistas na area de Psicologia (Blanco, 2001). ‘A vida de Igndcio Martin-Baré pode ser descrita breve- mente dizendo que foi eseritor, professor universitario © padre, ‘Seus primeiros artigos apareceram em 1966. Publicou onze livros uma ampla lista de artigos, cientificos ¢ culturais, em diversas revistas latino-americanas e norte-americanas (Blanco, 2001), ‘Martin-Bard insistiu em que a Psicologia devesse enfren- tar os problemas nacionais ¢ ser desenvolvida desde as condigoes sociais e as aspiragGes historicas das maiorias populares. Depois de muitos anos aplicando suas ideias de emancipagio ¢ conscien- tizagio popular comprometida em suas atividade profissional, Ignicio Martin-Bar6 foi assassinado em 1989. Embora as ideias de Martin-Baré tenham encontrado um solo muito proficuo em 116 varios pontos da América Latina, as repercuss6es de sua obra, sua vida e sua morte atingiram a Psicologia e demais ciéncias humanas em varios lugares do mundo (Blanco, 2001). Chomsky (1998) utiliza-se da propria historia do assas- sinato'de Martin-Baré em plena guerra civil salvadorenha para reforgar uma das principais ideias que permeiam a Psicologia da Libertagao: a questio do terrorismo (muito em voga no momento atual, aliés). A temorizago da populasao, através de ages sistematicas levadas a cabo por aquelas que deveriam ser as proprias forgas maiores de seguranga publica comunitéria (policia, exército, o Estado...), marcam claramente 0 terrorismo de Estado (Chomsky, 1998). Tanto no caso especifico do assassinato de um renomado pensador e cientista, quanto no exterminio andnimo de trabalha- dores rurais, menores em situagao de rua, detentos em presidios, minorias étnicas, o terrorismo de Estado pode configurar-se como uma das partes centrais de um projeto sociopolitico imposto pelos governos (formais ou de fato), com objetivo de satisfazer as ne- cessidades de grupos privilegiados (Chomsky, 1998). Embora estas consideragdes possam parecer atrozes nos dias de hoje, em nossa sociedade (excetuando-se, talvez, a ques- to no Oriente Médio, onde tanto os Estados formais quanto os grupos de guerrilha langam mio do terrorismo para a consecugao ou manutengio de seus interesses) ja foram tidas como priticas muito “salutares” no tratamento de indigenas e escravos, por exemplo, como promulgava o presidente norte-americano John Quincy Adams (séc. XIX) (Chomsky, 1998). No caso especifico de El Salvador, a campanha maciga de terrorismo politico comegou no infcio dos anos 1980, sendo conduzida sob os auspicios ¢ incentivos dos Estados Unidos, segundo aponta Chomsky (1998). Mesmo com a chegada da “democracia” no pais em 1984, as coisas pouco mudaram nese sentido, deixando a populagao salvadorenha apenas duas opgdes: 7 a 4 3 ; unir-se guerrilha ou submeter-se 4 opressio estatal, Martin-Baré foidos que optaram por uma terceira via, muitas vezes tida como ‘wtopica. Seguin suas atividades religiosas e académicas, rumo a ‘uma maior conscientizagio ¢ libertago populares, mesmo que assim estivesse declarando uma “guerra branca” a perseguigao © opressiio do regime politico salvadorenho. Embora sua cau- ‘Sa permanesa viva ¢ em multiplicacao, sua batalha pessoal foi encerrada prematuramente com seu assassinato Por membros do ‘exército salvadorenho, em novembro de 1989. Fundamentos ‘Toda a obra psicolégica, na concepso da Psicologia da libertagao, responde a uma historicidade especifica, além da dia- Tetica do “quem” executa e€0 puiblico-alvo; e do “desde onde” esta pritica emerge (Blanco, 1993). As bases da pritica da Psicologia da Libertagdo na América Latina so cientificas ¢religiosas. Tentam abranger os noves conhecimentos produzidos pela Psicologia latino-americana a partir do inicio da década de 1970, além do incremento da forma da pritica dos profissionais da Psicologia, influenciada pelas bases praticas postuladas pela Teologia da LibertagZo, que emergiam na época como uma nova forma de a Igreja Catélica interagir eassistir a seus figis (Blanco, 1993). Estas novas priticas estiveram vinculadas As comunidades de base ea novas formas de evangelizacao, vinculadas 4 conscientizagio e & mobilizagio frente a opressio social vivida na América Latina da époea. Além disso, o conceito de uma pritica psicol6gica sécio- -historicamente demarcada e pessoalmente motivada orienta-se em Telagdo a seu periodo histérico em determinado local. Conforme aponta Blanco (1993), se um teérico como Marx tivesse nascido na Idade Média, provavelmente seria um grande teblogo, ao invés de um pensador politico. Sao as marcas dos tempos em que cada uum vive que se transmitem. Trata-se, na verdade, de processos, 18. naturalmente dialéticos, nos quais entram em jogo relagdes de interedmbio, interdependéncia e confrontagao permanente, uma pessoa conereta (o quem) ¢ o prolixo e multifacetado ambiente que est em sua volta (0 desde onde) (Blanco, 1993). ‘A Teologia da Libertago tem suas origens formais nas Conferéncias do Episcopado Latino-Americano em Medellin, em 1968, eemPuebla, em 1979, que marcaram um rumo definitive em boa parte do clero latino-americano, ¢ seus ecos niio deixaram de ser ouvidos pelo grupo de jesuitas em El Salvador (Blanco, 2001). ‘A experiéncia humana e cristé da situagio de opressdo e indigni~ dade em que viviam (¢ ainda vivera) os povos latino-americanos abre as portas a uma “indignagio ética” frente. pobreza e& misé- ria coletivas. Os textos de Medellin iniciam com um diagnéstico sombrio da realidade latino-americana: Existen muchos estudios sobre Ia situacién del hombre ” latinoamericano. En todos ellos se describe ta miseria que margina a grandes grupos humanos. Esa miseria, como hecho eolectivo, es una injusticia que clama al cielo (CELAM!, 1977, p.25). A partir deste encontro em Medellin, a TIgreje engajada na ‘América Latina (e principalmente através de sua nova Teologia) pés-se a clamar por uma mudanga radical nas estruturas Tatino- -americanas, que naquele momento precisavam, como hoje, passar por uma maior equidade na distribuigio da riqueza, faci- litar 0 acesso aos bens da cultura e da safe, propiciar a criaglo ‘de mecanismos de participagio politica, pér limite & violencia institucionalizada, redwzir as abismais desigualdades entre ricos ¢ pobres ¢ entre poderosos e explorados. Uma situagao tal que “exige transformagdes globais, audazes, urgentes profundamente renovadoras” (CELAM, 1977, p. 37). " Conferéncia Episcopal Latino-Americna, Yrselear coer yee ne __ A deserigio que a Conferéncia de Puebla nos deixou de- Yeria ineluir-se no prOlogo de todos os manus de Psicologia Social publicados na América Latin. finesse clima de indignagio ue surge o movimento da Teologia da Libertagio, um dos pilates, do que viria a ser a Psicologia da Libertagdio enquanto campo tedrico-pritico (Blanco, 2001). Neste sentido, emergem na pritica da Psicologia latino- americana novas configuragdes: a opgio preferen grupos de profissionais pelos pobres ¢ pela experi niria intrinsecamente solidaia, frente a0 “clegante" distancia- ‘mento social do individualismo intimista (Blanco, 1993). ial de alguns Epistemologia Embora o tema da liberdade e da libertago de individuos & ‘grupos humanos seja tio antigo quanto a pripria nogio de humani- dade, as ideias sobre a submissio ¢ a opressio ni so tio consoli- ‘dadas, ainda mais na realidade latino-americana (Montero, 2000). ‘Acorrente principal do planteamento de formas libertado- ras, de conseiéncia e de emancipagio social nas cigncias socia de um modo geral, foi a teoria marxista e seus derivativos (es- ppecialmente a escola marxista hingara ¢ a Escola de Frankfurt) (Montero, 2000). Entretanto, embora os construtos marxistas tenham exercido muita influéncia na Psicologia Social latino americana, a Psicologia da Libertagio supde uma ontologia, ‘una epistemologia, uma metodologia, uma posigdo ética e uma posigio politica préprias. A medida que se avanga no estudo da obra de Martin-Baro, depara-se com 0 matiz ideol6gico, que paulatinamente vai se tormando um matiz conceptual de primeira ordem, que regeri a tividade pritica, tanto a que se move dentro de uma dimensio ‘stritamente de campo quanto aquela que se debate nos limites da teoria e da pesquisa psicossocial (de necessidades de uma 120 comunidade, por exemplo). Em ambas, 0 objetivo da libertagao. deverd aparecer como uma luz inequivocamente propria , 0 que todavia € mais importante, com significados similares ou idénticos (Blanco, 1993) Cutra pedra angular da epistemologia e da pritica da li bertagio é, mais uma vez, a questo da historicidade, Segundo Blanco (1993), as consequéncias de uma ago ou conceitualizagao, ‘marcadas pela historicidade sdo (em perspectiva, ou potencial): — produsio sécio-histérica do conhecimento; critic & assepsia; rechago a verdades absolutas e muito menos “naturais negagio de leis e principios psicossociais universal- mente vilidos; eniincia da forte carga ideotégica favorecedora de interesses criados Principais conceitos AAs condigles de vida, a estrutura social e a ideologia se encontram imbricadas num determinado regime politico, compre- endido como algo mais do que um sistema de governo ou conjunto de leis disposigbes. Estes eixos temiticas se desdobram nos principais conceitos de sua teoria: Regime politico Martin-Baré (1998) compreende uma ideologia como constitufda num sistema, que organiza e regula as formas de vida, «de um conglomerado social em um determinado tempo e eircuns- tincia, Neste sentido, o regime politico forma-se a partir de trés ccomponentes essenciais: a ideologia, a organizagao e regulaglo c ahistoricidade, 0 funcionamento real, nio teérico, dos trés poderes tradi- ccionais dos regimes politicos (Iegislativo, executivo e judicial) ‘evela, ce forma sintomatica, quais sio as forgas que determinam ordenam as formas possiveis de vida em sociedade. Na nossa sociedade, a unidade de sentido fundamental é « econdmica, 0 Principio ordenador fundamental da unidade sociopolitica e deter- ‘minunte timo de que uma pessoa ou classe social se encontram localizadas em wm ponto, ¢ no em outro, da estrutura, Ademais, todo regime politico ¢ uma realidade histérica, de tempo ¢ cir Sunstincia, herdado de um processo determinado e cravado em um contexto geogrifico, sociale internacional Angumenta, ainda, Martin-Baré (1983) que as pessoas in- ‘eorporam psiquicamente a ideologia social, em forma de atitudes, ‘Somo um conjunto psicoldgico de erengas sobre o mundo, nas ‘quais trés instituigbes funcionam como catalisadores: a familia, escola e a moral. A fimntlia, desde o tradicional corte patriarcal, expressa, através de suas atitudes, padres dinimicos ¢ dicotmicos que ‘ranscendem sua realidade enquanto individuos. Neste aspecto, a figura do pai é habitualmente machista, autritiria e psicologi ‘mente ausente dolar ¢ dos trabalhos domésticos, enquanto a me ‘mantém uma postura feminina, gratficadora c presente no lar ¢ tas tarefas domésticas. Estes padrdes vio configurando o estado tual da familia e dificultam a maturidade emocional dos filhos, roduzindo uma inseguranga psiquica, que culmina num padrio de dependénciafisica e emocional A segunda instituigio abordada por este autor & a escola, om sua estrutura bancéria, vertical e seletiva, na qual se desta. ‘eam dois tragos importantes: a competitividade e a verticalidade utortiria. Pautado em estudos da Pedagogia da Libertagio, refere ‘que, mediante a competitividade, a escola ensina os alunos a con- Siderarem 0s outros como rivais e aspirarem o sucesso proprio como tiniea meta desejavel, sendo que a fomentagio da compe- ‘Enea escolar induz o aluno ao individualismo mais feroz, como ‘norma ¢ eritéro de vida, Por outro Indo, a verticalidade autoriéria ¢ » mposigh dogmdten nculeam neste una Pa mate is muitas vezes a um certo fatalismo, pred ae Finalmente, a moral, segundo Martin-Bar6 (1 ai esprezada das trés instituigdes, pode ser mae hi norma real que rege © comportamento concreto ¢ & s ‘de nossa sociedade, pautada no autoritarismo, in das at amo, sendo este ditimo a sintese do autoritarismo formal individualismo, Em sinte obriga 0 individuo a buscar fora de si mesmo, o que o converte num objeto de fiicil ‘manipulagio social. O individualismo, ao mesmo tempo que corta ‘a possibilidade de integragio social, insere o individuo na parte © no lugar da estrutura ideol6gica que the corresponsle, enquanto « passividade do individuo permite ao regime politico assumir 0 politicos, A dependéncia emocional controle, cada vez mais absoluto ¢ isento de meios repressivos. {que ameacem sua autoridade ou poder. Libertagao Por libertago, no atual contexto latino-americano, entende- ‘mos a emaneipagio daqueles grupos sociais que sofrem opressio ¢ caréneia, daquelas maiorias populares (populares no sentido,

You might also like