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I-Entidades egais invisiveis A postin, poi de come oie, {etme ecko cid a posi, = ca Ge, Sobre a oes dha (816) ‘Concomitantemente ds populates historias mélens,jridicas e ite rieis de evimes cometidos sb hipnoss, jurists do fim do sfculo IX wavavam um debate animado sobre o status das corporagdes tu *pesoasiuridieas” no dria civil eno dieto penal Seguindo a profénca omana, esradioosalemies como Savigny, Ihering Binder propuseram a “teoria da fegS0", que defini a corporagdo ‘mo una pessoa fica, representada por pessoas fas ou ath raisnastansagbes legs Em conrastediameteal, outs pensadores Go revo, como Oxo von Gerke e Frane von Lise, vam corpora- ‘lo como uma poss coetiva invite, mas real. Embora destacas emo retrcismo ea Fecimaliade do direito ome sistema ling tic de representagies, as concepedes dvergentes cambém sinkam implicagdes de grande lcance, quando se warava do divi penal. Em maio de 1888, o Tercciro Senado Penal da Suprema Corte Impe- rial ales conclu que 3 empresa de capital acionsro [sociedade ‘animal no arcava com nenfuuma “responsabilidade sob odieto penal”, De acardo com a Corte, 0 fato de a sociedade anima set “Tegalment habilicadae obrigads em consequéncia das sransages cpa pratcadas em se nome por seus representantes no tina “nenhuma significa para o dteito penal”, pois um "seo legal feicio” que carecia de “ago ncural” no pin ser responsabilira- «do por crimes comidos em seu nome: Aa proferi esse vereicto a Soprema Corte Imperial reproduziapareceresemitidos no Sistema devdrito romano modern (1840), de Signy, que havi procrado restabelece «prin omano ie rera que soeetas delagueve nan st (una socks no pre dling FicgBeslegais da personaidade Hn seu lve, Savigny postulow ama idensidade orginal entre 0 ‘conceit de pessoa ou sujitojurdico” eo “coneeto de homer”. Somente para “efeitos lgais”, afiemou Savigny, € que a ideia de persomalidade era "estenida a sujet artificiis,fngidos por wma ‘mora fiegd0”. Visto que nen ser real corresponchia essa "B- es"; a pessoa juridica, emboea eapas de tr direitos, careia de tehitro ¢ agio reas. “Como os menores © ox inividuos demen- tes", a corporasio tha que ser “representada” por uma pessoa fsck mas tansagies legais*Todavia, como ser meramente fico, 1 corporagao alo podia se julgada imputsvel. Assim, Savigny ne Iw que a "pessoa juddica” pudesse ter respomsailidade egal por 1 dirsto penal die rept & pessoa fea como ser pens, otado de wonadee senimenta A pesoa judi, por, ao ras, mas simpesmente um ste que pose bes e qi, por tant, achi-e completamente fra do alcanoe do dieito penal Su eit real depende da vontade representa de nd «hes epeticos,vontade eta que, mt coneguincis de us fe ‘onsen aesbuid como sis voce popes Tal representa, to, sm 0 exerci de uma ronade pessoal 6 pode se ‘ects em matérns de dito pevado, eno do dit pe: ‘ila Quer ato que sea cnsiderado crite de wa pessoa tvs € sempre apenas cme de aus membros |. e portant, sleaensindvduais ou pessoas fess. Newe appt, eben mente Ielevane que a rlago corporatvn poss ot Fh 9 mative ou propio do xine" A defini de “pesos ftcia® dada 4 comporagta por Savigny © » resus dete a considers legalmenteresponsivel por cries ~ vs ck resltassem da “rela corporaiva”~ foram mod Insc vas vere, Apes dis, as inns eas de sua concepeio ‘eran a mina a adaptagies lems do dieito romano até 06 co séalo XX, assim moldando as defini jurideas de 1 cont ea nearest das chamadas pessoas jardias, como Fest ou seu premiado tratado de 1873." Zach in Em O espito do dirsito romano (1865), Rudolph vos fhring, por exemplo, procurou comocnae a *mentira técnica” da fico ia como “suprindo” uma “defcinca erica” ou até ums “emer ‘encia™ dl le.” Em ver de defnir a coeporagio como uma persona fieta, ering eoncebew seus membros como 0s sujet juridicos realmente exstenes da corporagio, Todava, sua observa de que 1 “pluraidade” efetiva dos membros eorporativos figura no die tw como uma “undade coetiva (1), por rades de utlidade™ rei ‘rods, na verdad, o modelo fico de epesentagio, aparente ‘mene ahandonado. Tso orgie a “fico residual da equiparagi” preservou uma fungfo constittiva para esa concep da persona Iidadejuriica da corporagia” ‘Uma réplicasub-epticia do conceito tradicional de persons cts também pode ser observa em Swit jriico e papel de pessow (1871), de Hugo Bablaw, que adaptou defnies anteriores da coe poraylo como una “propriedade” eiada para um “Fim expesificn (Zueeckvermégen. Segundo Bablau, uma “popriedade sem st et isico”, como uma soiedade anima, no era uma peso i ‘a, mas aim “pape (.)personfcado” por essa propel, "em benefcio das pessoas fisieas desgnadss por seu propésito" Essa definigdo da corporagio como “papel personeado”, entrtanto, poiowse na mesma estratéyia de fiqueagio que havia subi ‘oncepgioexplicia de pessoa fcc em O esprito do drt rama 1, de Jesng. A ompsrasiosubjacente da sociedad anima com um ator intzodusia até mesmo uma fcsf0 dupla, uma ver que & analogafiguativapeesupunia 9 simile de uma peson ques iva representa o papel de ma segunda pessoa, gualmente Rica ‘As virus deingbes da pessoa jutdica que emeiram da moder sizagio do dite romano recorreram, portato, « mods ficial de representago, a0 mesmo tempo rjeitndo # supasigio de que ‘8 corporagio era capar de coneer crimes, pos un er meramente ficeional mio tnha possiblidade de aie de mancia culpabizsvl" ‘Mas a dependénciajuridisn da iia de persona feta também fi eviticaa, por solapar a lei em sua conigio de stems conceit fechado © coorene, moliante a intodagso do “ened da fig” vi oor legal!” Objetand a ess acusigio, Felix Sols ase sya fies legal no fra uma fesS0 no sent consencional™. | Siilrmente, Gustav Demalis, em sew lvra A fies juridica sit sigificasao bistrica dogma (1858), «Jose Esser, em O rl a sigmfagao dae feces jundics (1940, alegaram que as isis legs inham que see considera nfo coma aac des ‘stivas qe tencionassem apreender ou representa realidad, sas ‘como estatutor normativos" Demelius rjeitou a ita feta por lonel Unger & sso jaridics como algo que “distoria os fates", vleclrando que, “se atsim fore, admito que esas gies realmente seria, se no poesia, certamente ivensiesjrkdcassemelhantes 3 Ieranors™* De acordo com Demelss,porém, a8 fcyBes jurdias lavam “fatos" que no fosem dados pela eelidade, Em ver dss, ele consderou a fis0 legal como “uma mera forma de expresso” segundo a qual realidad tnha quest legisla," ‘A dingo entre mods de representagiopresrtvose desc ss cmtudo, no apenas deixou de zeeonbocs a diferenga entre 08 ‘tuts narmativos da lei eos textos tedrzos de jursprodéncia ‘om além disso, no consegui obscureer ofato de quo desines ‘ewolvdos na represenagio da reaidade mediante o eeuso fc hm se aplicavam aos vrei legas sobre ess realdade ‘smo a desisio da Suprema Cort Imperial de 26 de mao de 1988, "ue considerou as socedades andnimas como pessoas Fetcis gue, ‘mora eapazes de prtepardetransagdes economics, to poiam comet evimes. Assim, me momento em ge © ndmiso € poder ‘hs seeds andnimase outas empresas comers fsa ea Prslamente, os reibunas alemes mantiveram ama divsio pecliae ‘treo seconhecitneto legal da ago corporativa nas quests iis ‘ns ques pena ‘ayiocriminosa deoxganismoscorporativs invisvel da Suprema Cone Imperial depacou coan » oposigfo de 1 Gerke, Hoe von Liss, Eat Hae, Joel Kohler eaten, ‘ne anumentacin com veeméncia que a corporagio ea capt de veer eines” Hi ver de desereverer as coporasBes como pes sons aca, ess jriconsitonvit-nas com entiades reat ‘st Freund, que apeesntou a “teota orginica™ em 1897 a um pi bio letor norte-americano, esumi scinarente 0 seu pressuposto ‘sia: “A corpora, como pessoa dsinta de seus membros, no € ‘uma feo, e sim uma realidad." Ferdinand Repslsberger dfiniy as pessoas juriicas como “orea- nists voi” que “nto exam visits ao olho fico [elmo podiam | ‘ser spurs com a mio”. No entanto, como afiwou, “alo 56.0 ‘onporal” ra “rel” Orto won Gierke, 0 mais flute proponente ‘ess esos, fimo estar ressusciando uma radigio peed do. reito gemini medieval edo ino da era moderna. Todavia,apest de sua invocagio da wadicio germanica sua tora era uma cons ‘lo rgorosamente modera, Ao representa os “conglomeraos de Proporgiesparilmente giantess” com os "verdaderosprotago- nists da vila econdimica",Gieke concebeu esas “empresas comer “ais” no como entidades fica, mas como “organismos soca” Alotados de win substato material ue ers corportivo © coepSreo Enguanto Regelshorger ditingsia “realdade™ de “corporeiade™, Gierke carscterinava siseraticamente as “wnidades impercepcives™ das corporages como “corps soceseos™*! Em contraste com 0 ‘coxpo humano, poem, esses “corps socctros” mio poam ser ‘pteendidos “convo um todo, uma ver que a “wnidade de soa vida [nexmaneca]nvsvel”" Pars Giere, potant,aensdade comport ‘era rah mesmo eludindo a percepedo sensorial imediata ~ do mes tno modo que “natarera material” do Hirlapermanece“impercep tivel pare ov sentidos humans” a nareativa de Maupastan™ “Gieskerejetou os “excessoe” de “onganicismo” que conceiuavam a entidade lesa oa pesson juries como sexuada ~os Estados eram ‘onsiderados mascinos,enguanto as Igeaseram feininas* Mas ‘le press uma semethanc fundamental entre o organistno hum.- ‘no €ocoeporativo Invcando analogia com diferentes partes ¢ 6c fos clo compo humano que Farmar wa unidade,Gierke descreveu ‘como a “plialdade” (Vibe de diferentes membros coeporativos funuia-x com a “unidade” (Eivheit|dsina de uma "pessoa coeti sa" (Verhinisperson)* A *personalidade da coporagio” "ao ert tuna iio externamcate nla, mas wna qualidade inven de fn esc" Deyst mancna, Gerke no x postu a realidade ks, que aoiava mactene na ccs de Hagia do fim do elo XIX formulos, des manos ane ee do tot doe sistemas «aun aunepane ‘ I amecpand o conto poster de amos” deseo anancorpurtiocone en ee dhisina dead eid? epa* Aeepeeapi ta, {2° eno ima ea "panacea noe Cae {meio tpo una depends poe ha Soe “nditoscrpcnos no ead, depo des mide" Enguinoa purse den mento een dae d peso clea, dentate de neg et ‘sob, Como Gk comida gue peer co ae oe te vontade pip coletva”~ dina "avons eine ‘woeindigual na gal pena ura pesos coe agi ‘A circulasio de wopose cones ene as repesentagies do x ime sob hipnose« do eine corporat, entrtan, no infere wma ‘clagfo causal inequivoca ene esses dos campos eulkuras distin © debate mica ejordico a resp da spestio criminal fanconou como uma eondigio ncesira, mas na sufcens,para a dicussio ontemporinea sobre ees corporatvos, © vice-versa. Os dis de hates também repercutiam o temor da “massa criminosa", que per sara textos liters como a romance Germinal (1885), de Eile ola Iversaments, 0 popslarsima estudo de Gustave le Bon sobre 1 Piclogiadac sass (1898) bzeo-s no conto de hipnose tal ‘imo definido pela Fscola de Nancy, para explicit o fendmeno do “contigio mental" Similamente,o socdlog francés abil Tae esereveu "Os crimes das massa” (1893) como cawsados pelo po- der da sugest9, e consider 0 “home socal em gral como “am verdadero sondmbulo™" A toca resproce entre ax conoepytes dt ao corporatva eas ideas do hipnotso, porno, escape 8 ums «xpticagio monncausal que transformasse ox debates foenses sobre ‘esto criminal a eoras dos organisms eorporatvos em ki tos de uma hase decrminantesubjscent. Ao contri, as populares hiss teria, médica e juidcas de crimes sob esto da hipnose| paicipavam ca mesma rede discus do fantistico gue ambi 2s de entdaescoxportivas vise, “Teoria juice ieratura do fantéstico pesun coletiva” eal peri kel phon cries corpora repent fii. ind ni, pki de ums pono tlle cer ool barat anata rete da prope fei crac pedo ppt lcm etd O buon no Arca lama (1871) ~chamdo Sore por wo deo (1816, de Jakob Grimm -, como uma “animagio do inanimado”.® Ao atei baie idea seesexpestas ite, cp dene ta poe porte dacro[ uric do fm do stele XIX pro ‘reno Eom, porunta,com on textes ers do ane 2 Pale ral do cca mbox coenporncos* (O pres crorino Bs eds corporates pata soe rata comet, ano cera 0 pose das “pest fas Max Weber clon ques rages nos copa 4: patos quip sr ota on torn, Seca oon pes” Ck, q tee creo owen “pg ot Peto e wes ule en, cmon coo, ie pers uta lo perce por ore ual, Como ele tao Zo deci “tina da penn ut, oper cmt ‘i, mst dep ue otro dees de a0 mas pos ‘et on Spon *A ms per de 6gion no dest oo soe tro deg de etree deren rose ‘Sou sennnis pervs af wpa ca ei =m nda gr on 0 ee ipo.” Av condo corp haan, que Emre amend pla tn prio i i or cont de Napa ntl “0 Hora (18), 0 pode sae de ae apt do ao cro toe gute icon 0 “compo tampa io once” do Hora ei wet "os os eines {..) € morte prematura”, As sdor fica imped vn, onarado ea peda dese {Gard se eso po um stage fs: “Maco? Coe "3 oy sin Wo Heme ei ina ted qo tomes een Sava feo om ae corp inl Nao. decididamente, nio."*" - ee © corp inperepieldo ela tap a saq io tometer S0 Ha otra vce ese “ema seni o suid, Os eta jridcos cde Gere, em str ann formas de puri tle Maupassant reson teetecemendavans alas oa bias aa ekg as de pss juin vise 0780 eee, craments tomo esis na itera dof st a cnr pve estado das reais. To ae pln jurlca de tops de ao serena disou genni ma peosimdade presi da fsbo de vg do elo XIX,» afndadextutaral ens #8 ats jriean de ogaisoscorporatvos inane ¢ 8 Valsts na eratra do Conuag de entes sobrenat eee iro equvalente demoataco do intercimbio de Fgwras de Hrapeagen e padres narativor entre o omance gotco ea esos ten em een de 1800 ~ una itraco da qual fi ag Pr eso sucino" Em © cttlo de Orato 1760 de Are rnpole « Ove bardo imlés (1778), de Clara Reeve, 62 ree lossobeenatral de uma benévola “mao iis!” que rv arene feqlbio genealgico™ ameasado, Similastcnte nas vorctagiemartta do proceso eonémico fa poe Adam Smith ena dene proceso ~ 0 equlibio econémico ~¢atibuido *imerposga de uma "io asl”. Nam de ses primeiros tx ai prone da asromorn, Sth assum a postuta supost vee te eaaveida © expicon que, no politesmo, eventos nature ea me como o ecarmpago oo tovio, io acbuldas “mia rae ge jupiter Tadavia, como 2 “obseuridade” do prosesse nit mpoveitaa uma representacso puramente cones ie lego do mercado, 0 proprio Smith corey ae ma se ge as mages (1776). Somenefavocand aero reece de wma “ro invisvel” benign parents €e Beith pode reekara dma mercantile de intervene ext seg de 1990, ese trope da “mo invsel" que Ho nko Fast ra pwc ater, tenon imam tas meets pa desig a session autocad rer, re ae arrests crise a aeons are Maupassant (1887) "O quart vera", de 11 (i Wells (1896), “0 dominicano beanco: do dio de wa sr invishvel (1921), de Gas Meysng, nvocaram o mesmo topo, enguaneo as "epresentagdes juridcas eeconimicns da ca sbrea ago da pessnn invita fazam alerts sobre a ameagacrads para o bemestat peal oe “pgantescos”eintangives coaglomerados.” A pritca popula da fotografia espiiual~ deseria em tatados como Fotografando oe sel de James Coates 1911}, on Die Photographie des Unsictbaren [A fotografia doinvisivell de Joseph Peter (1921) ~chegou a produce uma “imagem fotogsfica de wma mo invssel”, que fo nla nos snudce sobre fendmenosbipndticos e exphitas (190), de Cesare lombrosa* Disse ele que 6 meio espinal ayia dado sua ‘marca ~ no pela exposiio simples, mas por meio de “um proesso "aioativo” ~numa chapaforogrifiex que ia sido embruhad mum material opaco, mas fore apanhada¢ levantada por wm agente evs ‘el durante uma sesso esprit (fig. 1." ortanto, atewtar para © debate ocala do fim do século XIX. sobre os "fendmenos de materalizaio”c muanifestagio peemite-nox Wslbmbraraafinidade esrutural entre a8 toriasespiitas ea invocs so gieckina da “manifestagio” ou *aparifo” da pessoa coetva invisivel nos ato de seus drgios possudox. O intercimibio entre a3 ‘epresenagies de sees coeporativosinperceptves a literatura do Faneistico © o acltisme fi notado até pelos jrisas da pct. Asim ue, em seu tratado O problema da personalidadejriica (1907), Iulus Binder comparow a concepso gerkina de uaa pessoa cole 9 ivisel com a crenga cous nt materilizagao de epito in Vises "0 fato de que esa iia de corposinvsives tm seus, ‘vos fi demonsrado pela. tora do disito sorporatvo, qu skixo leva erroneaments, (a objeca i purament epi wal desencarnaia, ons nos pemnitem epee tm temo oes fa, materials e, em seguida,empenbarse numa diseminaso Istnte fantasérics dos coneetos asi obtios.™" A avimaco aria de entidadescorporativasinvsvls, que po kom ctr presente ao mesmo tempo em ies loa aprosita| se de forma surpreendente da eres exptta na materialzaa de “epiritusinvisies Gerke crits a config la intr “o espero” da persons fica ods academe de iio en egies por romps ics 4Fre dw ariel” sb fen is Nos eran nie sine recor dmdos de epresentagio riraos do esis e da tera- tra do fantsticn?” A replicas iadesjada que Gite fer da “ie {ao", wvamente cicada por ee, também foi assinslada por Chi an Meares gue esreveu, em 1901: "Gieke quer esapar da feo “ie despre, io se apereube de estar enredado numa fcc ainda tr Flin tart ea da esos jan com thule pela pessoposgio da ralidade dessa unidade ~ uma entidade ‘nina etm corre ala, dotada de vonade ecoasciaca,Portan- rum foes ape le clos cee das injungées elas, ‘htt pratcam enti sis eles como eflexos de uma fone de as be ‘ ncepgie gierkiama de una pest ha, ce ame connpaeagso ene a ted onpraivaintaniel 1m eh pt nea oe recidade da kei como discurso linguistico. De acordo con rs Grek onto maid tue de eae a sa ek yn Spin pane am eee coe a yet Om testo cem lad stes pr umes Se St cones oe ura do fantistico eo ocultsmo do fim do século XIX se ine, Bente pemeivesE verdad ut era free ae ne {27 Fhad que tase «ngage coca ‘pura” da jurispradéncia rornar-se inde ae & ss independent de guts ee Mas ot lites de ua terminals cen cram complementados por estratéy — 2 invocages literivias de seressobrenatura ‘mecitosjidicos, de mao qu as rope sevtagbes legs ltrias de uma ago demoniacsinvsivel se pes typ ese geravam mucnaments.” essousjurdiasnafego litrdla . al do | cotporaso, po consulate, torouseo equivalent uncos ‘leminio nos textos trios que se abstinham de inode agentes “rnenatais *marasfhosos™" Em Coragto das tres (1902), de Joseplt Conrad, €4 *compenbia” que determina a coaduta do pes shal homano do omance, embora permanssa no pao de fundo. Thntasma Kurtz, que € descito como um “ser sobrenatral” © spo totalmente sem substcia”, pode ser Fido, portanto, como tna enearnago da conporagi0, que se toma a verdadira protago- Miata eomance. A compania conrola até os aos do narradog, arta gue vende sua alta no inicio do romance, 20 se lga or punizagocoeporativa: “Vie (} a sala de espera com o secret campassive, que.) he fez assinar um documento.) Como “hems a estou habituado esas eriménias chav lap de si Inout Fi come se me introarisem sumo espcie de conspta sno se om ~ algo no muito core.” "Nenenda de Marke na compankia parece assum a forma de um neat vee", mas depois de asinar os documentos, st decobre ‘norporad” tuna “enidade de estates monigeica” qu, “po Jaa nga compulsiva, priv da iberdae eda eapacidad de aie “maton” Agora le dever sea os penepios da comp Sold exclasivamente ara a “efiséncia”e 0 “ino”, Maslow som ava srt gue cera eal a0 ps fp afin Inn eompromisso coal {io a minha echo.” Por consepion, Teer le pact com a corporagiodemoniaca, Cono cle ber ‘Nan awe tle capaa de arganha por sun alma com dabo, ‘Cute args cl epesenagio triad 80 cor ars jr de Mak wai iit Tada Fars omens extn (189%). Ese eso Antone (18%), ost ale Alb Seale ia va erent egseagbes okies © ova plane de id corps ona dacs be nil a a ae eee eae re Sacco cae a ee eae ras de poreasio € ‘mtr (ee supra, pe A6-A7)." Por consepuine a conponagoes or ‘rganizagbes io podam ocupae ms posigdo central neses textos Inritios. Jé em Débito « crédito (1856), de Gustav Preytag ~ 2 representagio litera mais intent do proceso ccondmico no sé Silo XIX, © “hontoso™ negécio familiar de Schrier, que ocupa ‘vcentro do palo, & conduzido por indivdos auténonios. At 0s sntgonista jude Kecige Ebcental, xa "mo nepea” acrzeta 3 tain econdmica da nobre fia Rotate, continuam persona lizados A dominagdo vida econdmica por corporages impes- ‘ois, portanto, éprojetada numa América distant, de onde Fink, fom suas cartas& Anton, rela as restrigbes™ impostas a suas ative tds plas esruturas corporativas: “Louvo 0 sujeito que se rorna tum patie por lire espontdnea voutade; a menosele tem o prazer ‘ke face um contrat sntlgente com 0 diabo.(.) Mew destino & ‘menos agradivel que ese. Sou impeli (x) pela fone tress! {de teuguesatdilososarmados por trios." Gore Con das revs, de Conead Dabito eee, de vos o paco com o dabo pu descrevera rlago ene o in sso ¢ © organiso carportivo controlador. Mas o poder das ‘Geruuras sonporativa em que individyo devi obedecor 3 “coeg es ‘extenae”contnna lmizado aun distance Ardea ~ "0" enqua toa verdadeiahistia do romance concenta-se na oposgGo entre a thonrosa” empresa da fara Schrier eo expecadores jade ig ‘¢Fhrenthal, Asin, em conease com Marlow oprotagoisea de Con rad Fink consepi Iiguidar a companhia” com socesso,afemando, nasa ver, sa condi de pesos atinoma A. mesma estraigia de tora ex6ticas as organizagbes cond- iniasintangves pode set observada no romance Maria Salander (U8N0), de Goetried Kelle, publiado mais ou menos na mesma paca sue « Teor das aesociuger (1887), de Gerke, © O anh fo {1891}, de File Zola, No comance de Kelle, o peoragonista Martin Salons, enfrnta a ruin inanecea, em Fangio da facia ie Shoreline Bank of Rio de Janeiro" [Baneo da {osetia dy Rio de Janeieo), no qual ina invest coda a sun fortum. Os dnetores © empetdos dyBango desapareem sem leis vestige mo qa ringdin pode ser “ameagado de pr proce al” A ieagh econ dt tw. ¢ tpresetada como exclasivamente controlada por individuos ‘on esse tins. firma “Danificador & Cia. puree concn ‘talus do baneo Adanic Shoreline, €riagSe, ponanra de Lave hwnd, que, como “idolo maléico” de Salander jd 6 arrinag ‘Wohitwend, que funciona como encarnaio personifcada de uma ‘rpanizagio emprestial andoima, exece uma inflata cont dora sobre Salander. Sua sugetva decamasio do poss “Die hae caf” [A Ranga) de Soil ~ que Salander record, means pe ‘dos sete anos, coma mesma exatio dealgo que tivene eoneete “as véspers”- funciona, sem se explictamente caracteriad doc, ‘ans, come uma sustioposhipnis, Asin como a prise a narrado, em “O Hoda” de Maupassant, Silandetobelece Smee, {Bo num esado sonoent, aiangando Wohlwend com gods 1g fectuna: “Eo quinze minutos, tomeimeo primeira s por mew nn ‘Gamo fiador e cosignatica de um documento preparade ma cn de Woliwend, «log em seuida fui donmin"™” A mide gue coane ius ae desenola a trama do romance, Wohlwend conscoes sony ‘ums vez. desa Slander num “stad enisco™, “entorpeceno ) suas facades erticas"* Contuo, a pote eels de eng urasio” forga a adapragio keleviana da discusnio medca correc Potinea sobre a hipnose © a sgcstio a permanecr pariainnn: ‘cuts = do mesmo modo que os mamrosos eines ewondmices Ie oso romance si exusivamntearbuidos a ndidvon cape es emo & ago de corporages intangives A exchsio das formas impesoais de associagfo, que pode set sbservada no Débito e cridito de Freytag eno Martin Soleetir a Kelle também mascou os numerosos romances alemies do de {Feule XIX sobre o mundo dos megs, que “ignoravam ovine diavam esplicemente” a organizagiescrporaivan”” Alegtee ue © anonimato das compan de capital aciondio ay Sees ‘tmommes, como eram chatnada em rants, dissolvia s eaponcita sonidos (928193), Se (19141915), de Fram Kata, ¢ Os ns9m "Wan om conse doce» ete elas ‘burocriticos:* Como veremos no capitulo 5, es ane narragio tadicionais, que se cet ‘Sram etestamen en “poss nasur Occ dr frontal’; enrerna eocedo po Aled Db ra Clg as 91 devo do ee i valde is cma or pst Ss inn mere bina on es ssicastenia”, distirbio nervoso que foi desetito «classi fica Sd nn tea cu mpetin Co en pin pl oper ono a Sra come dear guano a vepeenapo rt tp ik brn Fn

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