You are on page 1of 3
18 CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.? 4/04 (n 27 an Yo 0 Servico. Nacional de Satide compreende um conjunto de unidades e instituigdes piblicas imegradas ¢ estreita- mente vinculadas entre si, visando uma complexa rede de objectivos inter-relacionais cujo fim & promover a sade, prevenir a doenga ¢ restabelecer a saiide da populagio. A fixagio do pessoal técnico para assisténcia as popu- lagdes, assim como do pessoal de direcgio ¢ de gestio constitu’ um dos mais importantes constrangimentos & prestagio de melhores servigos de saiide de Angola. Nestes termos, ao abrigo das disposigdes conjugadas da alfnea d) do artigo 112° € do artigo 113°, ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte: REGIME REMUNERATORIO DOS CARGOS DE DIRECCAO FE CHEFIA NOS ESTABELECIMENTOS DE SAUDE CAPITULO 1 Disposigbes Gerais ARTIGO 1 (Objecto) © presente decreto estabelece as normas especificas de remunerago dos titulares de cargos de direcgio ¢ chefia ros estabelecimentos de satide. __ARTIGO 2" ‘CAmbito de apticagaoy 1. 0 disposto no presente diploma aplica-se aos titulares de cargos de direegio ¢ chefia nos estabelecimentos piblicos de satide c instituigdes equiparadas. 2, Pata efeitos do disposto neste artigo, consideram-se instituigdes equiparadas todos os estabelecimentos pablicos de satide que, independentes do Ministério da Saude, perten- ‘cem ao Servi¢o Nacional de Sade. 3. Nos estabelecimentos pablicos de satide deveré ser observado 0 quadro de cargos de direogio e chefia previsto nas respectivas carreiras € no regulamento sobre a gestao hospitalar ARTIGO 3" (Definigio) 1. Consideram-se titulares de cargos de direcgio e chefia ddas unidades sanitérias pablicas aqueles que exercem activi- ilades de gestiio, coordenagiio e controlo de uma unidade de suiide efov coordenam 0 trabalho de outros colaboradores imediatos dentro dessa unidade. 2. Sho cargos de direccio os seguintes: 4) hospital de I, Ile I niveis (central, geral e muni- cipal): DIARIO _DA REPUBLICA director geral; director clfnico; director de enfermagem; director administrativo: director cientffico ¢ pedagégico (56 a nivel cen- tral); . +) centro de satide: director geral (centro de nivel 11); administrador (centro de nivel 11); chefe de centro de satide (centro de nivel 1); ©) posto de satide: chefe de posto de satide. 43, Sau cargos de chefia os seguintes: 4a) chefia administrativa (central, geral e municipal): chefe de departamento; chete de secgiio; chefe de servigos de admissio; chefe de servigos gerais chefe da casa mortudi 3 6) chefia médica, & todos os nfveis): director de servigd3* ©) chefia de enfermagem e de apoio ao diagnéstico ¢ tratamento (a todos niveis): enfermeiro-chefe; cenfermeiro supervisor, enfermeiro supervisor principal; chefe de apoio ao diagnéstico ¢ tratamenio. ARTIGO 4° (Regime) Os cargos de direcgto e chefia dos estabelecimentos de satide regem-se pelas disposigdes deste diploma e subsidia- riamente pelo disposto no regime geral consubstanciado no Decreto-Lei n.° 12/94, de | de Julho. CAPITULO IT * Recrutamento e Remuneragdes* ARTIGO 52 (Recrutamento) 1. O recrutamento dos titulares de cargos de direcso deve obedecer ao estipulado nas carreiras especificas € no regime geral da fungio piblica, 2. Nos cargos de chefia, o recrutamento é feito de entre funcionérios integrados nas respectivas carreiras, nos termos ‘em que a lei competente estabelece, designadamente em relagio as careiras médicas, de enfermagem, de diagnés- tico € terapéutica, de apoio hospitalar € serio providos em ‘comissio de servigo, 1 SERIE — N° 8 — DE 27 DE JANEIRO DE 2004 ARTIGO 6° (Remuneragio) 1. Os técnicos das carreiras especiais de satide (médica, es de diagn terapSutica © apo’ hospitalar), que venham a ocupar cargos de direceZo e chetia nas unidades de prestagio de cuidados, terdo direito apenas a remuneragio adicional de 10% sobre o vencimento de base, sem prejuizo dos subsidios previstos por lei para os técnicos de satide em raziio das suas fungdes. 2. Os técnicos no pertencentes as carreiras especiais de satide pela ocupagao do cargo de direcgio e chefia terdio lireito as remuneragdes de base de acordo com os indices da tabela anexa ao presente diploma e dele sendo parte inte- sgrante, sem prejutzo de outros substdios gerais e especificos para a funcio piblica. 19 3. Os técnicos referidos no mimero anterior tém direito de optar pelo vencimento-base da categoria do regime geral, quando este seja superior ao da direogdo e chefia, neste caso terd direito & remuneragao adicionai de i0%. 3. O regime remunerat6rio decorrente dos niimeros ante- riores do presente artigo pressupde a obrigatoriedade do efectivo exercicio de fungdes de direcedio ¢ chefia. ARTIGO 7 eseontos) ‘As remuneragies previstas no presente diploma estio sujeitas aos descontos estabelecidos na lei Indice remuneratério para os titulares de cargos de direcco e chefia das unidades hhospitalares a que se refere o n.° 2 do artigo 6.° came omen on Kem coe ow ne par ee Hospital de I eno Decor gee Cena a] 10% . Director elfnico Todos os niveis .. oa “ 10% Director de enfermagern Cental 1200") Ion Director aiministateo : Cental mn 130) to Diretrcenc pedasios : cena o ton Direcgao Hospital de Ie UI nivels Director ger Geral + municipal 10 10% ‘dinisedoe Geral + mica ue los Centr « postin de de Director geal Cerio de sade nve ra0) tom ‘Adminsaor Cento de sade nivel I w10 tose Chote de conto de side Conte desde hela 100 low Chete de poste Postodesaide svn ito 108 Chefa cm : ; Chea | Dyrctor de servigo cena o ie tensive peri pric Cem o |. Chef de nee | ete de servi de api ao dignésicocwatmento....| Cantal ss o nonce Chet de depatamentd sees ental ia) Chet de serge de nbn cata Cent : SP Te Chia adm) Che de sevigos geal Cental ont 100 istrative | Chefe de secgao a 8 ane oe Central . “ . 90 Chote deseo Gera + uncial 80 Chef da cash morals 0 (7) Insica cargos de dirccgdo © chefia que ttm direite a 10% a iniclar sobre o vercimento ce base da eategoria da carrer, 1N.B. —O indice 100 corresponde dtabela de veneimento-base dos tiulares de cargo de direogfo chefia da fungto pbc. 0 Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos. O Presidente da Replica, José Epvarvo pos Santos. 120 CAPITULO IIL Disposigdes Finais ARTIGO 8° (Retroactives) © presente diploma tem efeitos retroactivos a partir de | de Janeiro de 2003. ARTIGO 9° (Revogagdo de legistago) E revogada toda legislagao que contrarie 0 disposto no presente decreto. ARTIGO 10" (Davida © omissbes) As diividas e omissdes resultantes da interpretagiio € aplicagio do presente diploma serio resolvidas por despacho conjunto dos Ministros da Administragao Péblica, Emprego ¢ Seguranga Social, das Finangas e da Satide. ARTIGO 11 ‘entenaa em vigor) © presente decreto entra em vigor na data da sua publicagao. © Visto e aprovado em Consetho de Ministros, em Luanda, 08 19 de Novembro de 2003. Publique-se. © Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos, Promulgado aos 15 de Janeiro de 2004, O Presidente da Repiiblica, José Epuaroo vos Santos, MINISTERIOS DAS FINANCAS E DO INTERIOR Decreto executivo conjunto n-* 20/04 8027 de Janeiro ‘Tornando-se necessério reajustar com base na unidade de correegio fiscal os valores das mulias constantes na Lei n? 3/94, de 21 de Janeiro, Regime Juridico dos Estran- ‘geiros, & realidade actual; Nos termos das disposigdes combinadas da alfnea c) dos artigos 112° e 113° ambos da Lei Constitucional, determina-se: Artigo 1° — Sto actualizados os valores das multas constantes na Lei n.° 3/94, de 21 de Janeiro, passando os artigos 64., 65:, 66, 67°, 68° € 69° do Capitulo VII do teferido diploma a ter a seguinte redacgao: DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO VI ‘Taxa, Infraccdo e Multas (Permantnctailegal) I. Ao estrangeiro que exceda 0 periodo de permanéncia que Ihe for concedido, aplica-se uma multa diéria no valor de 15 UCF's. 2. A mesma multa € aplicada quando a transgressio prevista no niimero anterior for detectada a saida do territério angolano. ARTIGO 65. (alta de visto de trabalho) © estrangeiro que exercer qualquer actividade remune- rada por conta de outrem ou por conta prépria, sem que para tal esteja autorizado, fica sujeito & aplicagdo de uma multa de 1325 UCF’ ARTIGO 66° (Falta de comunicagto) 1. A falta de comunicagiio de alojamento implica a aplicagio de uma multa de 1224 UCF’s por cada boletim de registo de héspedes nd apresentado. a 2. A mesma mutta é aplicada a infraccdes dos artigos 49.° e 50.° da presente lei. ARTIGO 67: (Falta de autorizagiio de residéncla) Todo 0 estrangeiro que for encontrado sem autorizagio de residéncia fica sujeito & aplicagio de uma multa de 3975 UCF's. ARTIGO 68 (Falta de actualizagio da autorizagéo de residémcia) 1. Todo o estrangeiro a quem tenha sido concedida autorizagao de residéncia e nfo tenha actualizado no prazo legal, fica sujeito a uma multa diéria de 134 UCF's até ao ).° dia, apés 0 limite de validade da autorizagao. 2, A autorizagao de residéncia nao é revalidada decontido © periodo no mimero anterior. . ARTIGO 69" (Passagetro ou tripulante indocumentado) ‘As empresas que transportem para o territério angolano passageiros ou tripulantes indocumentados, ficam sujeitas, por cada passageiro ou tripulante, aplicagio de uma multa de 2650 UCF's. Art. 2° — A totalidade da receita resultante da cobranga das multas dio entrada na Conta Unica do Tesouro através do Documento de Amrecadacio de Receitas (DAR), sob a nibrica outras multas e penalidades.

You might also like