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[uJ Estrategia CONCURSOS Aula 01 (Prof. Paulo Guimaraes) Etica no Servigo Publico p/ TERRACAP (Todos os Cargos) Professores: Erick Alves, Paulo Guimaraes AULA 01 DECRETO N. 37.297/16 — CODIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRACAO PUBLICA DIRETA E INDIRETA DO DISTRITO FEDERAL. Sumario .. 1 - Consideragées Iniciais 2 - Disposigdes Preliminares . 3 - Da Conduta Etica das Autoridades .. 3.1 - Das Normas Fundamentais 3.2 - Do Conflito de Interesses. 3.3 - Do Relacionamento entre as Autoridades Publicas 4 — Da Conduta Etica ... 4.1 — Dos Deveres e das Vedacées a Autoridade Publica .... 5 - Da Censura Etica e de Outras Disposicdes 6 - Questies ... 6.1 - Questées sem Comentarios ... 6.2 - Gabarito.. 6.3 - Questées Comentadas 7 - Resumo da Aula 5 - Consideragées Finais Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br ide 26 Aula 01 - Prof. Pai AULA 01 - DECRETON. 37.297/16 — CODIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAGAO PUBLICA DIRETA E INDIRETA DO DISTRITO FEDERAL. 014, amigo concurseiro! Na aula de hoje continuaremos nosso curso de Etica no Servico Publico estudando a primeira parte do Decreto n. 37.297/2016. Esse decreto instituiu o Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o Publica Direta e Indireta do Distrito Federal, bem como o Cédigo de Etica dos Servidores e Empregados Publicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal. Neste primeira aula estudaremos 0 Cédigo de Conduta da Alta Administracao, e na préxima estudaremos 0 Cédigo de Etica dos Servidores e Empregados Publicos. Bons estudos! 2 — Disposigées Preliminares Art. 1° Fica instituido 0 Cédigo de Conduta da Alta Administracao Publica Direta e Indireta do Distrito Federal, cujas normas aplicam-se as seguintes autoridades: I- Secretar de Estado, Secretdrios de Estado Adjuntos, Secretarios Executivos e Subsecretérios, bem como cargos de natureza equivalente; 11 - dirigentes de érgaos especializados até o nivel de CNE-02 ou equiparados; e HII - dirigentes maximos das entidades da Administraco Direta e Indireta do Distrito Federal. Inicialmente, é muito importante que vocé compreenda quem compée a Alta Administracéo Federal para fins de aplicacao do Cédigo de Conduta. Primeiramente temos os Secretarios de Estado. Estes séo burocratas do primeiro escaléo da Administrag&o do Distrito Federal. Em seguida temos também os Secretarios de Estado Adjuntos, Secretarios Executivos e Subsecretarios, que séo aqueles diretamente subordinados aos Secretarios. Temos ainda como publico-alvo do Cédigo de Conduta os ocupantes de Cargos de Natureza Especial até o nivel 2 ou equiparados, bem como os dirigentes maximos das entidades da Administracao Direta e Indireta. Na realidade © Cédigo esta sendo falho do ponto de vista técnico, pois a Administragao Direta & composta por apenas uma entidade, que é o proprio Distrito Federal, enquanto Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 2de 26 Aula 01 - Prof. Pi a Administrac&io Indireta é composta por diversas entidades, que so as autarquias, fundagdes publicas, empresas publicas e sociedades de economia mista. As pessoas abrangidas pelo Cédigo de Conduta devem pautar-se pelos padrdes de ética, especialmente no que diz respeito integridade, @ moralidade, a impessoalidade, a clareza de posigdes e ao decoro, com 0 objetivo de motivar 0 respeito e a confianga do publico em geral. Esses padrdes éticos so exigidos ainda no exercicio e na relago entre as atividades publicas e privada, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. Ao assumirem cargo, emprego ou fung&o ptiblica, essas autoridades devem firmar Termo de Compromisso de que, nos 2 anos seguintes a sua exoneracao, nado poderao: a) Atuar em beneficio ou em nome de pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associagao de classe, em proceso ou negécio do qual tenha participado, em razio das suas atribuicées; b) Prestar consultoria a pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associagao de classe, a respeito de programas ou politicas do érgao ou entidade da Administracéo Publica do Distrito Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos 6 meses anteriores ao término do exercicio de fungo publica; c) Atuar na representagéo de interesses privados perante 0 drgéo ou entidade da Administrac&o de que tenha sido dirigente; d) Aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vinculo profissional com pessoa fisica ou juridica com a qual tenham mantido relacionamento oficial direto e relevante nos 6 meses anteriores a exoneracao; e e) Intervir em beneficio ou em nome de pessoa fisica ou juridica, em 6rgao ou entidade da Administrag&o Publica do Distrito Federal com que tenham tido relacionamento oficial direto e relevante nos 6 meses anteriores & exoneracao. 3 —- Da Conduta Etica das Autoridades 3.1 —- Das Normas Fundamentais Art. 3° As normas fundamentais de conduta das autoridades da Administrago Publica do Distrito Federal visam, especialmente, as seguintes finalidades: I- tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades publicas, para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisério governamental; IT - contribuir para 0 aperfeicoamento dos padrées éticos das autoridades publicas, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nivel hierdrquico superior; HII - preservar a imagem e a reputacao do administrador puiblico, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste Cédigo; www.estrategiaconcursos.com.br 3de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi IV - estabelecer regras basicas sobre conflitos de interesses publicos e privados e limitagdes 8s atividades profissionais posteriores ao exercicio de cargo publico; V - minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades puiblicas; e VI - criar mecanismo de consulta destinado a possibilitar o prévio e pronto esclarecimento de diividas quanto 4 conduta ética do administrador publico. Perceba que, na realidade, as finalidades do Cédigo de Conduta podem ser resumidas em trés eixos principais: 1, Estabelecimento de padrées éticos - Esses padres néo somente possibilitam a punicéio de quem os desobedece, mas também protege a imagem @ a reputacao de quem se esforca para observa-los; 2. Regulamentacio do conflito de interesses - Este é um dos temas mais sensiveis para a Administragao Publica. 0 Cédigo de Conduta determina que outras atividades podem ser exercidas pelos administradores piblicos, e em que circunstancias esse exercicio importaré em conflito de interesses. 3. Criagéo de mecanismo de consulta - Quando o administrador tiver diividas acerca da licitude de sua conduta, podera fazer consulta a Comiss3o de Etica Publica (CEP). Recomendo que vocé preste bastante atencdo ao texto de cada um dos incisos do art. 3°, pois é bem provavel que eles aparecam na sua prova. 3.2 - Do Conflito de Interesses Art. 4° Configura conflito de interesse e conduta antiética, dentre outros comportamentos: I 0 investimento em bens cujo valor ou cotacéo possa ser afetado por decisio ou politica governamental a respeito da qual a autoridade publica tenha informacées privilegiadas em razSo do cargo ou funca II - custeio de despesas por particulares de forma a influenciar nas decisées administrativas. © problema da informagao privilegiada é muito importante. Imagine como exemplo 0 caso dos Diretores do Banco Central do Brasil. Eles sdo componentes do famoso Comité de Politica Monetaria (Copom), que decide a taxa de juros bésica da economia. Pois bem, imagine que um desses diretores invista em carteiras de renda varidvel atreladas diretamente a esta taxa. Esse é um exemplo bem ébvio de conflito de interesses, nado é mesmo? Este Diretor estaria utilizando informacao privilegiada, & qual tem acesso em razio do cargo que ocupa, em beneficio préprio. Lembre-se também de que as condutas mencionadas pelo art. 4° so apenas www.estrategiaconcursos.com.br 4de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi exemplos de situagées de conflito de interesses. Na realidade hé ainda uma previséo mais genérica, que consta no art. 5° do Cédigo de Conduta. Art. 5° No relacionamento com outros érgaos e entidades da Administragio Publica do Distrito Federal, a autoridade publica deve esclarecer a existéncia de eventual conflito de interesses e comunicar qualquer circunsténcia ou fato impeditive de sua participacao em decisio coletiva ou em éraao colegiado. Eventualmente, numa decisdo tomada por varias pessoas, um dos componentes decide nao votar em razao de interesse pessoal envolvido no assunto. Quando isso acontecer com uma autoridade publica, ela deve comunicar as razdes de sua no participagdo na deciséio, bem como prestar esclarecimentos acerca da existéncia de conflito de interesses. Art. 6° As propostas de trabalho ou de negécio futuro no setor privado e qualquer negocia¢ao que envolva conflito de interesses devem ser imediatamente informadas pela autoridade publica distrital 4 Comissao-Geral de Etica Publica, independentemente da ‘sua aceitacao ou rejeicao. Uma informagSo que deve ser prestada & Comiss4o-Geral de Etica Publica (estudaremos mais sobre ela daqui a pouco) diz respeito a eventuais propostas de trabalho ou de negécio futuro no setor privado, recebidas pela autoridade publica. A autoridade deve informar 4 Comissdo-Geral o recebimento de qualquer proposta potencialmente geradora de conflito de _ interesses, independentemente de té-la aceitado, nos termos do art, 6° do Cédigo de Conduta. 3.3. - Do Relacionamento entre as Autoridades Publicas Art, 8° Eventuais divergéncias entre as autoridades publicas referidas no art. 1° devem ser resolvidas internamente, mediante coordenacdo administrativa, no Ihes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria que nao seja afeta 8 sua Srea de competéncia. As divergéncias entre as autoridades distritais devem ser resolvidas internamente. Isso é muito comum, e se toda divergéncia fosse levada a conhecimento publico seria muito dificil governar. Além disso, 0 Cédigo de Conduta proibe que as autoridades se manifestem publicamente sobre matérias que n&o sejam de sua competéncia, bem como que opinem publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade publica. Prof. Paulo Gi imaraes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi Ce ei eae) 4.1 - Dos Deveres e das Vedacées a Autoridade Publica 4.1.1 - Dos Deveres Eticos Fundamentais Art. 10. A autoridade publica deve atuar com retido e honradez, procurando satisfazer 0 interesse publico e evitar obter proveito ou vantagem pessoal indevida para si ou para terceiro. LJ Art. 13, A idoneidade é condicio essencial para ocupacéo de cargos politicos ou comissionados no Poder Executivo do Distrito Federal. A retidao, a honradez e a idoneidade sao valores fundamentais para toda e qualquer autoridade publica. Além disso, qualquer servidor publico deve buscar sempre a concretizac&io do interesse puiblico. A observancia do interesse ptblico, especialmente no que diz respeito a protecio e manutencao do patriménio publico, traz o dever de abster-se de qualquer ato que importe em enriquecimento ilicito, gere prejuizo a Fazenda Publica, atente contra os principios da Administrag&o Publica ou viole direito de particular. Acredito que o ponto mais importante aqui seja memorizar os deveres das autoridades publicas, que aparecem no art. 14. Art. 14, Sao deveres da autoridade publica, dentre outros: I - agir com lealdade e boa-fé; IT - ser justo e honesto no desempenho de suas funcées e em suas relagies com os demais agentes publicos, superiores hierarquicos e com os usuarios do servico publico; HII - praticar a cortesia e a urbanidade nas relacdes publicas e respeitar a capacidade e as limitages individuais dos usuarios, sem discriminacao ou preconceito; IV - respeitar a hierarquia administrativa; V - nao ceder as pressdes que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas; VI - reconhecer 0 mérito de cada servidor e propiciar iqualdade de oportunidade para o desenvolvimento profissional, no admitindo atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados. Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 26 Aula 01 - Prof. Pi 4.1.2 - Das Vedacdes Art. 15, Dentre as vedacées, a autoridade publica néo pode: I- utilizar-se de cargo, emprego ou funcéo, de facilidades, amizades, posicdes e influéncias, para obter favorecimento, para si ou para outrem em qualquer érgéo e/ou entidade piiblicos; IZ - imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe nao ser verdade; HII - ser conivente com erro ou infracao a este Cédigo; IV - usar de artificios para procrastinar ou dificultar 0 exercicio regular de direito por qualquer pessoa; V - faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em services publicos; e VI - exercer atividade profissional antiética ou relacionar 0 seu nome a empreendimento que atente contra a moral publica. Dentre as proibicdes chamo sua atencéo para a conivéncia com o desrespeito ao Cédigo de Conduta. Se a autoridade publica precisa submeter-se ao Cédigo, nao pode ser conivente com seu desrespeito, nao é mesmo!? Além disso, outras condutas néo podem ser toleradas, como a tentativa de enganar pessoa que precise de atendimento, bem como 0 exercicio de atividade profissional antiética. I - agir com lealdade e boa-fé; II - ser justo e honesto no desempenho de suas fungdes e em suas relacdes com os demais agentes puiblicos, superiores hierérquicos e com os usuarios do servico piblico; III - praticar a cortesia e a urbanidade nas relacdes publicas e DEVERES DA_ | respeitar a capacidade e as limitagées individuais dos usuarios, AUTORIDADE | Se discriminacao ou preconceito; PUBLICA IV - respeitar a hierarquia administrativa; V - n&o ceder as pressées que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas; VI - reconhecer 0 mérito de cada servidor e propiciar igualdade de oportunidade para o desenvolvimento profissional, nao admitindo atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados. I - utilizar-se de cargo, emprego ou fungo, de facilidades, amizades, PROIBIGOES A | posicdes e influéncias, para obter favorecimento, para si ou para AUTORIDADE | outrem em qualquer drgao e/ou entidade puiblicos; PUBLICA II - imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe no ser verdade; www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 26 Aula 01 - Prof. Pi III - ser conivente com erro ou infracao a este Cédigo; IV - usar de artificios para procrastinar ou dificultar o exercicio regular de direito por qualquer pessoa; V - faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em servigos pliblicos; e VI - exercer atividade profissional antiética ou relacionar o seu nome a empreendimento que atente contra a moral publica. Art. 16. A autoridade publica no poderd receber salério ou outra remuneragao de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou favores de particulares de forma a permitir situacdo que possa gerar diivida sobre a sua probidade ou honorabilidade, Pardgrafo tnico. E permitida a participacéo em semindrios, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada publica eventual remuneraco, bem como 0 pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, 0 qual nao poderd ter interesse em decis&o a ser tomada pela autoridade. Um assunto sempre enfatizado por todos os codigos de ética é o recebimento de remunerac&o e vantagens de fontes privadas. As normas do Cédigo de Conduta proibem de forma geral que as autoridades publicas recebam remuneracéo privada em desacordo com a lei. Obviamente ha situagdes em que é permitido que a autoridade desempenhe uma segunda atividade. Um bom exemplo seria o de um Subsecretério que ministrasse disciplinas em cursos de graduacao fora do horario de trabalho. Néo ha nenhum ilicito nesta segunda atividade, desde que nao gere conflito de interesses. Também nao é permitido que as autoridades recebam transporte, hospedagem ou favores de particulares a titulo de “presente”. Estes agrados podem suscitar duvidas acerca da imparcialidade e comprometimento das autoridades com o interesse publico. Essa regra, entretanto, comporta uma excecdo: a participagdo em congressos, seminarios e outros eventos semelhantes. Neste caso o promotor do evento pode custear as passagens e hospedagem, e remunerar o participante, desde que a remuneragao seja tornada publica. Além disso, esta exceg&o somente € permitida quando o promotor do evento nao tem interesse em decisées tomadas pela autoridade que participa do congresso ou seminério. Art. 17. E permitido 4 autoridade publica 0 exercicio nao remunerado de encargo de mandatario, desde que nao implique a pratica de atos empresariais ou outros incompativeis com 0 exercicio do seu cargo ou fungao. O significado do termo “mandato” é o mesmo que “procuragéo”. O procurador & Prof. Paulo Gi imaraes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi aquele que representa outra pessoa. © mandatério profissional mais conhecido é 0 advogado, que representa o interesse de outras pessoas em processos judiciais ou administrativos. Perceba que a autoridade publica pode, por exemplo, exercer advocacia, mas somente de forma nao remunerada. O exercicio de mandato também néo pode, de forma alguma, incluir atos de comércio. Art, 18, E vedada 4 autoridade publica a aceitacéo de presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade. Pardgrafo tinico. Nao se consideram presentes para os fins deste artigo os brindes que: I- ndo tenham valor comercial; II - distribuidos por entidades de qualquer natureza a titulo de cortesia, propaganda, divulgacéo habitual ou por ocasiéo de eventos especiais ou datas comemorativas, n&o ultrapassem o valor de R$ 100,00. Este é outro tema frequente em cédigos de conduta de diversas instituigdes. A maior parte deles traz regras semelhantes quanto aceitag&o de presentes. Em geral é proibido as autoridades piblicas aceitar presentes, mas hd algumas situagées em que isto é permitido, ou seja, certos brindes no sao considerados presentes. Estas excegdes so aqueles brindes que n&o tenham valor comercial, ou que seja distribuidos por entidades como cortesia, propaganda ou divulgagao, ou ainda em datas comemorativas, desde que nao ultrapassem o valor de R$100,00. Esta regra, por esdrixula que pareca, € reproduzida em diversas normas na Administracao Publica. Obviamente nao é simples dizer quando um presente nao tem valor comercial, ou quando ele vale R$110,00 ou R$ 95,00. Entretanto, nao se preocupe com isso, pois sua prova cobrara apenas a norma. © Cédigo de Conduta traz, entretanto, outra excec&o muito importante: a aceitagio de presentes de autoridades estrangeiras nos casos protocolares. Em visitas de autoridades a paises estrangeiros, é comum levar presentes representativos da nacido visitante. Em geral estes presentes ficam expostos nas instituigdes. Se vocé visitar 0 saléo comum do Congresso Nacional, vera que existe um grande display de vidro em que ficam expostos dezenas desses presentes. @. _ Nao se consideram presentes para fins da proibigo prevista no art. 9° os brindes que: ki - N&o tenham valor comercial; ou = Sejam distribuidos por quaisquer entidades a titulo de cortesia, propaganda, divulgaco habitual ou por ocasiéo de eventos especiais ou datas comemorativas, desde que ndo ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais). www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi 4.1.3 - Das Variacdes Patrimoniais Art, 19, Além da declaracéo de bens e rendas de que trata a Lei Federal n° 8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade publica, no prazo de 10 dias contados de sua posse, enviard 4 Comiss4o-Geral de Etica Ptblica - CGEP informacées sobre sua situacdo patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse publico, indicando 0 modo pelo qual ird evita-lo, A prestagdo de informagées acerca do patriménio das autoridades publicas ¢ muito importante do ponto de vista do controle e da prevencao de atos de corrupse. Digo isso porque o acompanhamento da evolugao patrimonial de agentes ptiblicos tem se mostrando um bom método de verificar indicios de maus feitos. Basicamente a autoridade declara a composig&o de seu patriménio e, ao longo do tempo em que exerce seu cargo ou funcao, sera possivel acompanhar seu enriquecimento e saber se hd algo “estranho”, que merega ser investigado. Art. 20. As alteracdes relevantes no patriménio da autoridade publica deverdo ser imediatamente comunicadas @ CGEP, especialmente quando se tratar de: I- atos de gestao patrimonial que envolvam: a) transferéncia de bens a cénjuge, ascendente, descendente ou parente na linha colateral; b) aquisicao, direta ou indireta, do controle de empresa; ©) outras alteracées significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patriménio; IT - atos de gestdo de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por deciséo ou politica governamental. Sempre que forem identificadas alteragdes relevantes no patriménio da autoridade, o fato deverd ser informado & CGEP. O Cédigo de Conduta traz alguns exemplos de alteracées relevantes: transferéncia de bens a parentes, aquisicao de controle de empresa, atos de gestdo de bens. Em caso de divida, a CGEP poderé solicitar informagées adicionais e esclarecimentos sobre alteracdes patrimoniais comunicadas pela autoridade publica ou que cheguem ao seu conhecimento por outros meios. A autoridade publica poderé ainda consultar previamente a CGEP a respeito de ato especifico de gestao de bens que pretenda realizar. Essas comunicagdes e consultas, apés serem conferidas e respondidas, serao guardadas em envelope lacrado, que so poderd ser aberto por ordem da Comissao. Prof. Paulo Gi imaraes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 26 Art. 22. A violacdo das normas estipuladas neste Cédigo acarretard, sem prejuizo das medidas ou sancées administrativas, civis ou criminais previstas em legislacao prdpria, a aplicacao pela Comissao de Etica Publica de censura ética as autoridades em exercicio ou Ja exoneradas. Vocé deve ter percebido que o art. 22 erra o nome da CGEP, chamando-a simplesmente de Comisséo de Etica Publica. Meu palpite é que esse erro aconteceu porque alguém copiou e colou esse texto do Cédigo de Conduta da Alta Administrac&o Federal, e ld o nome da comissio é este. Em razdo da violagéo das normas do Cédigo de Conduta, poderd ser aplicada a penalidade de censura ética, independentemente de a autoridade ainda estar no exercicio do cargo ou func&o ou de jé ter sido exonerada. Deve haver um Relatério no qual constaré a fundamentacio da aplicagdo da censura ética, Esse Relatério sera assinado por todos os integrantes da Comissio-Geral de Etica, com a ciéncia da autoridade publica punida. Além da aplicagéo da censura ética, a Comiss&o-Geral poder ainda adotar outras providéncias que estejam no seu ambito de competéncia. Em raz&o da violag3o das normas do Cédigo de RESUMINDO Conduta, podera ser aplicada a penalidade de censura ética, independentemente de a autoridade ainda estar no exercicio do cargo ou fungSo ou de jé ter sido exonerada. Art. 23, A Comissao-Geral de Etica Publica devera encaminhar 0 Relatério 4 autoridade competente. Esse Relatério acerca da aplicacdo da censura ética devera ser enviado pela CGEP & autoridade competente para avaliar a oportunidade e conveniéncia de eventual exoneracao do cargo em comisséo ou dispensa da fungao de confianga do punido, conforme avaliaco ao grau de censurabilidade da conduta. Em outras palavras, o fato de ter sofrido censura ética por parte da Comissdio- Geral ndo significa que a autoridade serd exonerada do cargo ou fung&o que exerce. Esse ato independe da aplicacdo da censura, mas a autoridade competente obviamente deveré levar isso em consideracao na sua deciséo. Art. 24. As normas previstas neste Cédigo de Conduta da Alta Administracao Publica Direta e Indireta do Distrito Federal aplicam-se sem prejuizo dos deveres funcionais e sancées disciplinares previstas em lei, bem como da apuracao de responsabilidade civil, penal administrativa. www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 26 0 Cédigo de Conduta se aplica a todas as autoridades da lista que estudamos no inicio da nossa aula. Essa ndo é, porém, a Unica norma que pauta a conduta dessas pessoas. Cada autoridade tem deveres especificos e pode ser responsabilizada em diversas esferas. 6.1 - Questées sem Comentarios QUESTAO 1. Banco do Brasil - Escriturario - 2013 - Cespe. 0 cédigo de conduta da alta administraco publica dispde que: a) os padrées éticos da autoridade publica so exigidos na relacéo entre suas atividades publicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesse. ) a autoridade publica pode participar de semindrios, congressos e eventos semelhantes, mantendo sigilo a respeito da sua eventual remuneracao. c) as divergéncias entre autoridades publicas serao resolvidas publicamente, proporcionando total transparéncia sobre os fatos a que tenham dado motivo. d) apés deixar 0 cargo, a autoridade publica poderé, sem periodo de interdic&o, prestar consultoria a sindicato ou entidade de classe. e) a boa imagem e reputacao do administrador puiblico devem ser divulgadas externamente pelas chefias e mantidas em qualquer circunsténcia. QUESTAO 2. Banco do Brasil - Escriturario - 2013 - Cespe. O cédigo de conduta da alta Administragao publica tem a finalidade de a) difundir padrBes éticos impostos pelo Tribunal de Contas da Uniao. b) divulgar a imagem e reputagao do administrador publico. ¢) discriminar setores liberados para atividades profissionais posteriores ao exercicio de cargo publico. d) minimizar a possibilidade de conflitos entre o interesse privado e o dever funcional de autoridades ptiblicas. e) desestimular a criag&o de mecanismo de consulta para esclarecimento de duvidas quanto 4 conduta ética do administrador. QUESTAO 3. BANESE - Técnico Bancario - 2012 - FCC. © cédigo de conduta da alta administrac&o publica foi instituido com finalidade de. a) contribuir para 0 aperfeicoamento dos padrées éticos, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nivel hierérquico superior. www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 26 b) prever que a autoridade publica possa aceitar presentes sem limite de valor. c) permitir sempre a autoridade que deixa 0 cargo a prestag&o de consultoria a pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associagao de classe. d) impedir a criagéo de mecanismo de consulta destinada a possibilitar 0 prévio e pronto esclarecimento de duvidas quanto 4 conduta ética do administrador. e) ampliar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades publicas. QUESTAO 4. Caixa - Engenheiro Civil - 2013 - FCC (adaptada). 0 Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o Publica dispée que a autoridade publica a) que receber remuneracéo de fonte privada para participar de seminarios e eventos semelhantes obriga- se a nao revelar o respectivo valor. b) é dispensada de comunicar 4 Comisséo-Geral de Etica Publica alteracéo relevante de patriménio no caso de transferéncia de bens a cénjuge. ¢) tornaré publica participac&o superior a 10% do capital de sociedade de economia mista, de instituic&o financeira, ou de empresa que negocie com 0 Poder Puiblico. d) podera, a qualquer tempo, apés deixar 0 cargo, prestar consultoria a sindicato ou a entidade de classe. e) adote padrées éticos na relacao entre suas atividades publicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. QUESTAO 5. CGDF - Auditor de Controle Interno - 2014 - Universa (adaptada). Assinale a alternativa que apresenta o 6rgao publico encarregado de aferir 0 cumprimento das normas estabelecidas no Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o Publica. a) Comiss&o-Geral de Etica Publica b) Controladoria-Geral da Unido ©) Tribunal de Contas do Distrito Federal d) Ministério Publico e) Secretaria de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamento QUESTAO 6. Caixa - Médico do Trabalho - 2014 - Cespe. O Cédigo de Conduta da Alta Administracéo do Distrito Federal proibe que autoridades publicas exergam encargo de mandatério. www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 26 QUESTAO 7. Nossa Caixa Desenvolvimento - Advogado - 2011 — FCC (adaptada). Atengdo: Esta questéo refere-se ao Cédigo de Conduta da Alta Administragéo do Distrito Federal. No que concerne a conduta ética das autoridades publicas, é correto afirmar: a) Além da declaragao de bens e rendas, a autoridade publica, no prazo de trinta dias contados de sua posse, enviard 4 Comisséo-Geral de Etica Publica informagées sobre sua situacéo patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse publico. b) Seré de dois, contados da exoneracéo, 0 periode de interdic&o para atividade incompativel com o cargo anteriormente exercido. ¢) A autoridade publica que tiver participacao de trés por cento do capital de sociedade de economia mista deveré tornar publico este fato. d) E permitido autoridade publica 0 exercicio no remunerado do encargo de mandatério, inclusive para a pratica de atos de comércio. e) E vedada @ autoridade publica a aceitago de presentes de autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade. QUESTAO 8. Nossa Caixa Desenvolvimento — Advogado - 2011 — FCC (adaptada). Atencéo: Estas questées refere-se ao Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o do Distrito Federal. Caio, que ocupa 0 cargo de Presidente de uma Empresa Publica, opinou publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de uma autoridade publica do Distrito Federal. Vale salientar que Caio continua no cargo publico mencionado. O fato narrado acarretaré a) a nao imposig&o de qualquer sangao, pois Caio nao se sujeita as normas do Cédigo de Conduta da Alta Administragao do Distrito Federal. b) @ néo imposicéo de qualquer sang&o, pois nao caracteriza violacéo de norma do Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o do Distrito Federal. c) sangao de censura ética. d) sangéio de adverténcia. e) sangao de multa. QUESTAO 9. CAPES - Analista de Sistemas - 2008 - Cesgranrio. De acordo com o Cédigo de Conduta da Alta AdministragSo do Distrito Federal, a autoridade publica deveré tornar publica a sua participagao societéria em empresa que negocie com o Poder Publico, caso sua participacao no capital seja superior a www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 26 a) 5% (cinco por cento). b) 10% (dez por cento). ¢) 15% (quinze por cento). d) 25% (vinte e cinco por cento). ) 50% (cinquenta por cento). QUESTAO 10. Banco do Brasil - Escriturario - 2014 - Cesgranrio (adaptada). O engenheiro P & convidado para atuar em cargo publico comissionado, ficando submetido as regras do Cédigo de Conduta da Alta Administracéo Pablica. Apés assumir 0 cargo, ele tem necessidade de realizar atos de gestdo de expressivas somas de dinheiro do seu patriménio e de sua familia, uma vez que ele sempre atuou como administrador desses bens. Nos termos do Cédigo de Conduta da Alta Administragao Publica, os atos de gest&o patrimonial que envolvam alteragées significativas de somas de dinheiro devem a) gerar termo de conduta perante a Comisséo-Geral de Etica Publica. b) ser autorizados previamente pela Comiss&o-Geral de Etica Publica. ©) ser praticados normalmente sem qualquer informagao 4 Comissao-Geral de Etica Publica. d) ser suspensos até a andlise da Comisséo-Geral de Etica Publica. e) sofrer comunicagao & Comisséo-Geral de Etica Publica. QUESTAO 11. CGU - Analista de Financas e Controle - 2004 - ESAF (adaptada). Sao regras de conduta que devem ser observadas pelas autoridades submetidas a0 Cédigo de Conduta da Alta Administracéo: I. comunicar 4 Comiss8o-Geral de Etica Publica os atos de gest&o de bens cujo valor possa ser substancialmente afetado por deciséo ou politica governamental. II, n&o participar de seminério ou congresso com despesas custeadas pelo promotor do evento, mesmo que este nao tenha interesse em deciséo a ser tomada pela autoridade. III. tornar pdblica sua participagéo em empresa que negocie com o Poder Publico, quando essa participacao for superior a cinco por cento do capital da empresa. IV. nao receber favores de particulares, de forma a permitir situagéo que possa gerar diivida sobre a sua probidade ou honorabilidade. Estéo corretos os itens: www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 26 a) 1, IleIV b) I, Ile Iv 1 Well d)1tev e) 1, Il, UleIv QUESTAO 12. Prefeitura de Sao Paulo - Auditor Municipal de Controle Interno - 2015 - VUNESP (adaptada). Considere a seguinte situagao hipotética. Médico cirurgi&o ortopedista, lotado em funcéo comissionada que lhe torna autoridade da Alta Administrag&o, Jodo é servidor do Distrito Federal, vinculado é Secretaria de Saude, participando regularmente da comisséo de licitag&o da unidade quando 0 certame visa 4 aquisicéo de proteses ortopédicas a serem utilizadas em pacientes da rede publica. Jodo é convidado por empresa fornecedora de proteses ortopédicas "X" para participar de congresso, que esté sendo promovide pela prépria empresa e seré realizado na California, Estados Unidos. A empresa fornecedora de proteses “X" arcaré com todas as despesas de viagem, em especial com as passagens aéreas e hospedagens, pelo periodo de 7 (sete) dias, para Jodo e um acompanhante. Considerando 0 disposto no Decreto n° 37.297/2016, que instituiu 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragao Publica Direta e Indireta do Distrito Federal, a) Jodo poderé aceitar a proposta da empresa "X", desde que autorizado para tanto pelo dirigente maximo da entidade a que se encontra vinculado. b) Joao podera aceitar a proposta da empresa "X", desde que comunique previamente a Controladoria Geral do Distrito Federal a respeito do pagamento das despesas da viagem. ¢) Joao nao deveré aceitar a proposta da empresa "X", pois esta poderé ter interesse em deciséo a ser tomada por Jodo, na qualidade de autoridade publica. d) Joao nao deveré aceitar a proposta da empresa "X", pois 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragéo proibe expressamente qualquer tipo de remunerag&o ou auxilio para participacéo em congressos para titulares de cargos publicos municipais. e) ndo hd qualquer previséo que impeca que Jodo aceite a proposta da empresa "X" e, a0 mesmo tempo, exerca suas fungées junto 4 comissao de licitagées. www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 26 6.3 - Questées Comentadas QUESTAO 1. Banco do Brasil - Escriturario - 2013 - Cespe. O cédigo de conduta da alta administracao publica dispée que: a) os padrées éticos da autoridade publica so exigidos na relagdo entre suas atividades publicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesse. b) @ autoridade publica pode participar de seminérios, congressos e eventos semelhantes, mantendo sigilo a respeito da sua eventual remuneracao. c) as divergéncias entre autoridades publicas serao resolvidas publicamente, proporcionando total transparéncia sobre os fatos a que tenham dado motivo. d) apés deixar o cargo, a autoridade publica poderé, sem periodo de interdic&o, prestar consultoria a sindicato ou entidade de classe. e) a boa imagem e reputacao do administrador publico devem ser divulgadas externamente pelas chefias e mantidas em qualquer circunsténcia. Comentarios A alternativa B esta incorreta porque, apesar de a participagdo em seminérios e congressos ser permitida, a eventual remunerac&o deve ser tornada publica, nos termos do art. 16, paragrafo Unico. A alternativa C estd incorreta porque as divergéncias entre autoridades ptblicas devem ser resolvidas internamente, mediante coordenag&o administrativa (art. 8°). A alternativa D esta incorreta porque, ao serem exoneradas, as autoridades alcangadas pelo Cédigo de Conduta ficaréo impedidas por dois anos de prestar a pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associacao de classe, a respeito de programas ou politicas do érgaio ou entidade da Administrag&o Publica do Distrito Federal a que esteve vinculado Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 26 ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos 6 meses anteriores ao término do exercicio de funcdo publica. A alternativa E esta incorreta porque no faria o menor sentido um compromisso de manter a boa imagem e reputacdo do administrador publico sob qualquer circunstancia, no é mesmo? GABARITO: A QUESTAO 2. Banco do Brasil — Escriturario - 2013 - Cespe. O cédigo de conduta da alta AdministragSo publica tem a finalidade de a) difundir padrées éticos impostos pelo Tribunal de Contas da Unio. b) divulgar a imagem e reputagao do administrador puiblico. c) discriminar setores liberados para atividades profissionais posteriores ao exercicio de cargo publico. d) minimizar a possibilidade de conflitos entre o interesse privado e o dever funcional de autoridades ptiblicas. e) desestimular a criag&o de mecanismo de consulta para esclarecimento de duvidas quanto a conduta ética do administrador. Comentarios Das alternativas apresentadas, a Unica que aparece no art. 30 do Cédigo de Conduta é a letra D (inciso V). GABARITO: D QUESTAO 3. BANESE - Técnico Bancario - 2012 - FCC. © cédigo de conduta da alta administrac&o publica foi instituido com finalidade de. a) contribuir para o aperfeicoamento dos padrées éticos, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nivel hierérquico superior. b) prever que a autoridade publica possa aceitar presentes sem limite de valor. ) permitir sempre & autoridade que deixa o cargo a prestago de consultoria 2 pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associagao de classe. d) impedir a criagéo de mecanismo de consulta destinada a possibilitar 0 prévio e pronto esclarecimento de duvidas quanto 4 conduta ética do administrador. e) ampliar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades publicas. Comentarios Esta quest&o se refere ao art. 3°, que trata das finalidades das normas fundamentais de conduta das autoridades da Administrag&o Publica do Distrito Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 26 Federal. A unica alternativa que faz sentido € a letra A, que encontra correspondéncia no inciso II do art. 3°. GABARITO: A QUESTAO 4. Caixa - Engenheiro Civil - 2013 - FCC (adaptada). Cédigo de Conduta da Alta Administragao Publica dispée que a autoridade publica a) que receber remuneragao de fonte privada para participar de semindrios e eventos semelhantes obriga- se a nao revelar o respectivo valor. b) é dispensada de comunicar 4 Comisséo-Geral de Etica Publica alteracéo relevante de patriménio no caso de transferéncia de bens a cénjuge. ¢) tornaré publica participagao superior a 10% do capital de sociedade de economia mista, de instituigao financeira, ou de empresa que negocie com 0 Poder Publico. d) poderé, a qualquer tempo, apds deixar o cargo, prestar consultoria a sindicato ou a entidade de classe. e) adote padrées éticos na relagdo entre suas atividades pblicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. Comentarios A alternativa A esté incorreta porque a remuneracéo neste caso deve ser tornada publica. A alternativa B esté incorreta porque a transferéncia de bens a cénjuge é uma das hipéteses em que a autoridade precisa comunicar suas alteragdes patrimoniais 4 Comissdo-Geral de Etica Publica (art. 20, I, “a”). A alternativa C esta incorreta porque essa obrigagao de comunicagdo acerca de participagdo em sociedade de economia mista existe quando houver participagéo superior a 5% do capital social (art. 21). A alternativa D esta incorreta porque ha a quarentena de dois anos aplicdvel as autoridades exoneradas. Durante esse periodo essas pessoas ficam impedidas, entre outras coisas, de prestar a pessoa fisica ou juridica, inclusive sindicato ou associagao de classe, a respeito de programas ou politicas do érgéo ou entidade da Administraco Publica do Distrito Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos 6 meses anteriores ao término do exercicio de fung&o publica. GABARITO: E QUESTAO 5. CGDF - Auditor de Controle Interno - 2014 - Universa (adaptada). Assinale a alternativa que apresenta o 6rgao publico encarregado de aferir 0 cumprimento das normas estabelecidas no Cédigo de Conduta da Alta Administrac&o Publica. Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 26 a) Comisséo-Geral de Etica Publica b) Controladoria-Geral da Uniéo ©) Tribunal de Contas do Distrito Federal d) Ministério Publico e) Secretaria de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamento Comentarios © 6rgao mencionado por diversas vezes no Cédigo de Conduta como responsdvel por velar pelo cumprimento das disposigédes do Cédigo é a Comissao-Geral de Etica Publica (CGEP). GABARITO: A QUESTAO 6. Caixa - Médico do Trabalho — 2014 - Cespe. O Cédigo de Conduta da Alta Administragao do Distrito Federal proibe que autoridades publicas exercam encargo de mandatério. Comentarios Na realidade 0 Cédigo de Conduta permite o exercicio n&éo remunerado do encargo de mandatério, desde que ndo implique a prética de atos empresariais ou outros incompativeis com 0 cargo ou funggo da autoridade. GABARITO: E QUESTAO 7. Nossa Caixa Desenvolvimento - Advogado - 2011 — FCC (adaptada). Atencio: Esta questéo refere-se ao Cédigo de Conduta da Alta Administracéio do Distrito Federal. No que concerne & conduta ética das autoridades publicas, é correto afirmar: a) Além da declaragao de bens e rendas, a autoridade publica, no prazo de trinta dias contados de sua posse, enviard 4 Comissdo-Geral de Etica Publica informagées sobre sua situagéo patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse publico. b) Seré de dois, contados da exoneracéo, 0 periodo de interdicéo para atividade incompativel com o cargo anteriormente exercido. ¢) A autoridade publica que tiver participagao de trés por cento do capital de Sociedade de economia mista deveré tornar publico este fato. d) E permitido & autoridade publica 0 exercicio no remunerado do encargo de mandatério, inclusive para a pratica de atos de comércio. e) E vedada & autoridade publica a aceitagdo de presentes de autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade. www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 26 Comentarios A alternativa A esta incorreta porque o prazo para envio dessas informacées é de 10 dias (art. 19). A alternativa C esta incorreta porque a publicago do fato deve ocorrer quando essa participac&o for superior a 5%. A alternativa D esta incorreta porque, em regra, a autoridade ptiblica pode exercer encargo n&o remunerado de mandatério, mas nao pode haver a pratica de atos empresariais ou outros incompativeis com 0 exercicio do seu cargo ou fungdo (art. 17). A alternativa E estd incorreta porque nos casos protocolares é permitida a aceitagdo de presentes de autoridades estrangeiras (art. 10, §29, I). GABARITO: B QUESTAO 8. Nossa Caixa Desenvolvimento — Advogado - 2011 - FCC (adaptada). AtengSo: Estas questées refere-se ao Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o do Distrito Federal. Caio, que ocupa o cargo de Presidente de uma Empresa Publica, opinou publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de uma autoridade publica do Distrito Federal. Vale salientar que Caio continua no cargo piblico mencionado. O fato narrado acarretaré a) a nao imposigao de qualquer sang&o, pois Caio nao se sujeita as normas do Cédigo de Conduta da Alta Administragéo do Distrito Federal. b) @ n&o imposicéo de qualquer sang&o, pois nao caracteriza violacéo de norma do Cédigo de Conduta da Alta Administrag&o do Distrito Federal. c) sangao de censura ética. d) sangao de adverténcia. e) sangao de multa. Comentarios No Cédigo de Conduta somente ha a previstio de apenas uma sangiio, que é aplicdvel tanto as autoridades que continuam no cargo quanto aquelas que j4 0 deixaram: a censura ética. GABARITO: C QUESTAO 9. CAPES - Analista de Sistemas - 2008 - Cesgranrio. De acordo com © Cédigo de Conduta da Alta Administragao do Distrito Federal, a autoridade publica deverd tornar publica a sua participacao societéria_em empresa que negocie com 0 Poder Publico, caso sua participag&o no capital seja superior a a) 5% (cinco por cento). b) 10% (dez por cento). www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 26 reorii Aula 01 - Prof. Pi ¢) 15% (quinze por cento). d) 25% (vinte e cinco por cento). e) 50% (cinquenta por cento). Comentarios Segundo o art. 21, a autoridade publica que mantiver participac&o superior a 5% do capital de sociedade de economia mista, de instituig&o financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Publico, tornara puiblico este fato. GABARITO: C QUESTAO 10. Banco do Brasil - Escriturario - 2014 - Cesgranrio (adaptada). O engenheiro P é convidado para atuar em cargo ptblico comissionado, ficando submetido as regras do Cédigo de Conduta da Alta Administragao Publica. Apés assumir 0 cargo, ele tem necessidade de realizar atos de gest&o de expressivas somas de dinheiro do seu patriménio e de sua familia, uma vez que ele sempre atuou como administrador desses bens. Nos termos do Cédigo de Conduta da Alta Administrac&o Publica, os atos de gest&o patrimonial que envolvam alteragées significativas de somas de dinheiro devem a) gerar termo de conduta perante a Comiss&o-Geral de Etica Publica. b) ser autorizados previamente pela Comisséo-Geral de Etica Publica. ¢) ser praticados normalmente sem qualquer informag&o 4 Comiss&o-Geral de Etica Publica. d) ser suspensos até a andlise da Comissao-Geral de Etica Publica. e) sofrer comunicagao & Comissao-Geral de Etica Publica. Comentarios A comunicagéo de atos de gestéio a ComissSo-Geral de Etica Publica é objeto do art. 20. Vamos relembrar!? Art. 20. As alteracdes relevantes no patriménio da autoridade publica deverdo ser imediatamente comunicadas 4 CGEP, especialmente quando se tratar de: I- atos de gestéo patrimonial que envolvam: a) transferéncia de bens a cénjuge, ascendente, descendente ou parente na linha colateral; b) aquisicao, direta ou indireta, do controle de empresa; ©) outras alteracées significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patriménio; IT - atos de gestdo de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por deciséo ou politica governamental. GABARITO: E www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 26 QUESTAO 11. CGU - Analista de Financas e Controle - 2004 - ESAF (adaptada). S80 regras de conduta que devem ser observadas pelas autoridades submetidas a0 Cédigo de Conduta da Alta AdministragSo: I. comunicar 4 Comiss&o-Geral de Etica Publica os atos de gestéo de bens cujo valor possa ser substancialmente afetado por deciséo ou politica governamental. II. n&o participar de seminério ou congresso com despesas custeadas pelo promotor do evento, mesmo que este nao tenha interesse em decisdo a ser tomada pela autoridade. III, tornar puiblica sua participago em empresa que negocie com o Poder Publico, quando essa participacao for superior a cinco por cento do capital da empresa. IV. n&o receber favores de particulares, de forma a permitir situag&o que possa gerar duivida sobre a sua probidade ou honorabilidade. Esto corretos os itens: a) 1, lev b) I, lle IV OL welll d)I,lelV e)1, I, Ilelv Comentarios O erro aqui esté na assertiva II, pois o Cédigo de Conduta permite a participacéio em seminérios, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada publica eventual remuneracao, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual nao poderd ter interesse em decisdo a ser tomada pela autoridade (art. 16, paragrafo unico). GABARITO: A QUESTAO 12. Prefeitura de Sdo Paulo - Auditor Municipal de Controle Interno — 2015 - VUNESP (adaptada). Considere a seguinte situagao hipotética. Médico cirurgiéo ortopedista, lotado em fung&o comissionada que Ihe torna autoridade da Alta Administrag&o, Jodo é servidor do Distrito Federal, vinculado Secretaria de Saude, participando regularmente da comisséo de licitag&o da unidade quando 0 certame visa 4 aquisicéo de proteses ortopédicas a serem utilizadas em pacientes da rede publica. Jodo € convidado por empresa fornecedora de préteses ortopédicas "X" para participar de congresso, que esta sendo promovido pela prépria empresa e seré realizado na California, Estados Unidos. A empresa fornecedora de préteses “X" arcaré com todas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 26 as despesas de viagem, em especial com as passagens aéreas e hospedagens, pelo periodo de 7 (sete) dias, para Jo&o e um acompanhante. Considerando o disposto no Decreto n° 37.297/2016, que instituiu 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragao Publica Direta e Indireta do Distrito Federal, a) Jogo poderé aceitar a proposta da empresa "x", desde que autorizado para tanto pelo dirigente maximo da entidade a que se encontra vinculado. b) Jodo poderd aceitar a proposta da empresa "X", desde que comunique previamente a Controladoria Geral do Distrito Federal a respeito do pagamento das despesas da viagem. ¢) Joao nao deveré aceitar a proposta da empresa "X", pois esta poderé ter interesse em deciséo a ser tomada por Jodo, na qualidade de autoridade publica. d) Joao nao deveré aceitar a proposta da empresa “X", pois 0 Cédigo de Conduta da Alta Administragao proibe expressamente qualquer tipo de remuneragao ou auxilio para participacéo em congressos para titulares de cargos publicos municipais. e) n&o hé qualquer previséio que impeca que Jodo aceite a proposta da empresa "X" e, 20 mesmo tempo, exerca suas funcées junto 4 comissdo de licitagées. Comentarios Diante dessa situagao concreta, Jodo jamais poderia aceitar esse convite, pois estaria ferindo a regra do art. 16, segundo o qual a autoridade publica no podera receber salario ou outra remuneracéio de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou favores de particulares de forma a permitir situagdo que possa gerar duvida sobre a sua probidade ou honorabilidade. E muito importante, porém, que vocé lembre a excegao trazida pelo parégrafo unico, que permite a participacéio em semindrios, congressos e eventos semelhantes, desde que tornada publica eventual remuneracdo, bem como 0 pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual nao poderé ter interesse em decisdo a ser tomada pela autoridade. GABARITO: C Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 26 Para finalizar 0 estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos estudades ao longo da aula. Nossa sugestéo é a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao inicio da aula seguinte, como forma de “refrescar” a meméria. Além disso, segundo a organizagéo de estudos de vocés, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses resumos. I - agir com lealdade e boa-fé; II - ser justo e honesto no desempenho de suas fungdes e em suas relaces com os demais agentes puiblicos, superiores hierarquicos e com 08 usuarios do servico piblico; III - praticar a cortesia e a urbanidade nas relacdes publicas e DEVERES DA_ | respeitar a capacidade e as limitacées luais dos usuarios, AUTORIDADE | Sem discriminacao ou preconceito; PUBLICA IV - respeitar a hierarquia administrativa; V - no ceder as pressées que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas; VI - reconhecer 0 mérito de cada servidor e propiciar igualdade de oportunidade para o desenvolvimento profissional, nao admitindo atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados. I - utilizar-se de cargo, emprego ou fungo, de facilidades, amizades, posicdes e influéncias, para obter favorecimento, para si ou para outrem em qualquer éraao e/ou entidade puiblicos; II - imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe no ser verdade; PROIBICOES A | rz - ser conivente com erro ou infragao a este Cédigo; AUTORIDADE = . PUBLICA IV - usar de artificios para procrastinar ou dificultar o exercicio regular de direito por qualquer pessoa; V - faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em servigos publicos; e VI - exercer atividade profissional antiética ou relacionar o seu nome a empreendimento que atente contra a moral publica. Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 26 Nao se consideram presentes para fins da proibicao prevista no art. 9° os brindes que: - Nao tenham valor comercial; ou - Sejam distribuides por quaisquer entidades a titulo de cortesia, propaganda, divulgacéio habitual ou por ocasido de eventos especiais ou datas comemorativas, desde que nao ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais). Caro amigo, chegamos ao final de mais uma aula de Etica no Servigo Publico. Se tiver ficado alguma duvida por favor me procure no férum. Estou também disponivel no e-mail e nas redes sociais. Grande abraco! Paulo Guimardies FX professorpauloquimaraes@amail.com Nao deixe de me seguir nas redes sociais! | £) www. facebook.com/profpauloquimaraes 3 @pauloguimaraest © aprofpautoguimaraes @ (61) 99607-4477 Prof. Paulo Guimaraes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 26

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