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  • Comer em SP É Mais Caro Que em NY - Jornal O Estado de S. Paulo - 16/jan/2011 - Pg. B1

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    São Paulo é hoje uma das cidades mais caras do mundo para comer fora. Quem viaja para o exterior se assusta com as diferenças de preços. Num restaurante de classe média da capital paulista, 270 gramas de filé mignon grelhado, sem acompanhamento e taxa de serviço, custa R$ 41,80. Por esse valor se faz uma refeição completa e de qualidade em Paris, Nova York, Buenos Aires e Pequim. Duas referências: Em Nova York, por US$ 25 (R$ 42,15) se come o tradicional filé com fritas do Balthazar, um dos restaurantes mais badalados do mundo, com mais de duas horas de espera para conseguir uma mesa. Pelos mesmos US$ 25 se come uma entrada, prato principal com carne, sobremesa e, de quebra, água mineral em restaurantes do boa qualidade nos charmosos bairros de Palermo e Recoleta de Buenos Aires. Mesmo considerando que o real se valorizou 5% nos últimos 12 meses ante o dólar, os preços na cidade de São Paulo estão acima do que seria considerado razoável. Comer fora de casa se tornou um opção indigesta para os brasileiros também quando se compara os custos dos alimentos com o preço do prato. Com os R$ 41,80 desembolsados por 270 gramas de filé mignon no restaurante é possível comprar praticamente um quilo do mesmo corte de carne num supermercado em São Paulo (R$ 45,90). Donos de restaurante atribuem os preços elevados das refeições no País aos altos custos de mão de obra e de aluguel e à alta dos alimentos nos últimos meses. "A culpa é do bife", afirma Antonio Comune, coordenador do IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo, a capital gastronômica do País. Com a escassez de chuvas e a diminuição na oferta de bois, o preço da carne subiu. E o produto é base das refeições fora de casa, explica o economista. Por isso, do tradicional prato feito e prato do dia à refeição à la carte, houve uma alta generalizada de preços em 2010. A alimentação fora de casa subiu quase o dobro dos índices gerais de inflação no ano passado e acompanhou de perto a subida dos alimentos em geral, apontam dois indicadores de inflação. Os preços da alimentação fora de casa aumentaram 10,62% no ano passado no IPCA, a medida oficial de inflação do País. Enquanto isso, o índice geral de inflação no período acumulou alta de 5,91%. Comer em restaurante, bar ou lanchonete foi o segundo maior fator de pressão da inflação: respondeu por 0,46 ponto porcentual do resultado IPCA de 2010. Só perdeu para a carne, que subiu 26,64% e respondeu por 0,64 ponto porcentual da inflação total. Comercial. Resultado semelhante foi constatado no IPC-Fipe. No ano passado, a inflação geral medida pelo indicador foi de 6,4% e a alimentação fora de casa subiu 12,10%. As maiores altas, todas na casa de dois dígitos, foram constatadas nas refeições que levam carne. O comercial foi campeão de alta e ficou 13,81% mais caro em 2010, seguido pelo filé com fritas (13,50%). Já o prato do dia, no qual é possível trocar a carne bovina pelo frango ou carne suína, e o feijão, que subiu 63,62% em 2010, pelo macarrão, aumentou 12,48% no ano passado. No caso da comida por quilo, a alta foi de 11,38% no período, segundo o IPC-Fipe. "Não me lembro de o preço da carne ter subido tanto como ocorreu nos últimos meses", observa o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. Para ele, o principal fator que pressionou os preços da alimentação fora de casa foi a disparada da carne bovina. "O filé mignon subiu 67% e a picanha 57% em 2010." Ele diz que a carne bovina puxa as demais. Os alimentos respondem por 35% do custo do prato, diz. A mão de obra é o segundo maior custo dos restaurantes e pesa entre 22% e 23%.

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    Comer em SP é mais caro que em NY - Jornal O Estado de S. Paulo - 16/Jan/2011 - Pg. B1

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    São Paulo é hoje uma das cidades mais caras do mundo para comer fora. Quem viaja para o exterior se assusta com as diferenças de preços. Num restaurante de classe média da capital paulista, 270 gramas de filé mignon grelhado, sem acompanhamento e taxa de serviço, custa R$ 41,80. Por esse valor se faz uma refeição completa e de qualidade em Paris, Nova York, Buenos Aires e Pequim. Duas referências: Em Nova York, por US$ 25 (R$ 42,15) se come o tradicional filé com fritas do Balthazar, um dos restaurantes mais badalados do mundo, com mais de duas horas de espera para conseguir uma mesa. Pelos mesmos US$ 25 se come uma entrada, prato principal com carne, sobremesa e, de quebra, água mineral em restaurantes do boa qualidade nos charmosos bairros de Palermo e Recoleta de Buenos Aires. Mesmo considerando que o real se valorizou 5% nos últimos 12 meses ante o dólar, os preços na cidade de São Paulo estão acima do que seria considerado razoável. Comer fora de casa se tornou um opção indigesta para os brasileiros também quando se compara os custos dos alimentos com o preço do prato. Com os R$ 41,80 desembolsados por 270 gramas de filé mignon no restaurante é possível comprar praticamente um quilo do mesmo corte de carne num supermercado em São Paulo (R$ 45,90). Donos de restaurante atribuem os preços elevados das refeições no País aos altos custos de mão de obra e de aluguel e à alta dos alimentos nos últimos meses. "A culpa é do bife", afirma Antonio Comune, coordenador do IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo, a capital gastronômica do País. Com a escassez de chuvas e a diminuição na oferta de bois, o preço da carne subiu. E o produto é base das refeições fora de casa, explica o economista. Por isso, do tradicional prato feito e prato do dia à refeição à la carte, houve uma alta generalizada de preços em 2010. A alimentação fora de casa subiu quase o dobro dos índices gerais de inflação no ano passado e acompanhou de perto a subida dos alimentos em geral, apontam dois indicadores de inflação. Os preços da alimentação fora de casa aumentaram 10,62% no ano passado no IPCA, a medida oficial de inflação do País. Enquanto isso, o índice geral de inflação no período acumulou alta de 5,91%. Comer em restaurante, bar ou lanchonete foi o segundo maior fator de pressão da inflação: respondeu por 0,46 ponto porcentual do resultado IPCA de 2010. Só perdeu para a carne, que subiu 26,64% e respondeu por 0,64 ponto porcentual da inflação total. Comercial. Resultado semelhante foi constatado no IPC-Fipe. No ano passado, a inflação geral medida pelo indicador foi de 6,4% e a alimentação fora de casa subiu 12,10%. As maiores altas, todas na casa de dois dígitos, foram constatadas nas refeições que levam carne. O comercial foi campeão de alta e ficou 13,81% mais caro em 2010, seguido pelo filé com fritas (13,50%). Já o prato do dia, no qual é possível trocar a carne bovina pelo frango ou carne suína, e o feijão, que subiu 63,62% em 2010, pelo macarrão, aumentou 12,48% no ano passado. No caso da comida por quilo, a alta foi de 11,38% no período, segundo o IPC-Fipe. "Não me lembro de o preço da carne ter subido tanto como ocorreu nos últimos meses", observa o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. Para ele, o principal fator que pressionou os preços da alimentação fora de casa foi a disparada da carne bovina. "O filé mignon subiu 67% e a picanha 57% em 2010." Ele diz que a carne bovina puxa as demais. Os alimentos respondem por 35% do custo do prato, diz. A mão de obra é o segundo maior custo dos restaurantes e pesa entre 22% e 23%.

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    São Paulo é hoje uma das cidades mais caras do mundo para comer fora. Quem viaja para o exterior se assusta com as diferenças de preços. Num restaurante de classe média da capital paulista, 270 gramas de filé mignon grelhado, sem acompanhamento e taxa de serviço, custa R$ 41,80. Por esse valor se faz uma refeição completa e de qualidade em Paris, Nova York, Buenos Aires e Pequim. Duas referências: Em Nova York, por US$ 25 (R$ 42,15) se come o tradicional filé com fritas do Balthazar, um dos restaurantes mais badalados do mundo, com mais de duas horas de espera para conseguir uma mesa. Pelos mesmos US$ 25 se come uma entrada, prato principal com carne, sobremesa e, de quebra, água mineral em restaurantes do boa qualidade nos charmosos bairros de Palermo e Recoleta de Buenos Aires. Mesmo considerando que o real se valorizou 5% nos últimos 12 meses ante o dólar, os preços na cidade de São Paulo estão acima do que seria considerado razoável. Comer fora de casa se tornou um opção indigesta para os brasileiros também quando se compara os custos dos alimentos com o preço do prato. Com os R$ 41,80 desembolsados por 270 gramas de filé mignon no restaurante é possível comprar praticamente um quilo do mesmo corte de carne num supermercado em São Paulo (R$ 45,90). Donos de restaurante atribuem os preços elevados das refeições no País aos altos custos de mão de obra e de aluguel e à alta dos alimentos nos últimos meses. "A culpa é do bife", afirma Antonio Comune, coordenador do IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo, a capital gastronômica do País. Com a escassez de chuvas e a diminuição na oferta de bois, o preço da carne subiu. E o produto é base das refeições fora de casa, explica o economista. Por isso, do tradicional prato feito e prato do dia à refeição à la carte, houve uma alta generalizada de preços em 2010. A alimentação fora de casa subiu quase o dobro dos índices gerais de inflação no ano passado e acompanhou de perto a subida dos alimentos em geral, apontam dois indicadores de inflação. Os preços da alimentação fora de casa aumentaram 10,62% no ano passado no IPCA, a medida oficial de inflação do País. Enquanto isso, o índice geral de inflação no período acumulou alta de 5,91%. Comer em restaurante, bar ou lanchonete foi o segundo maior fator de pressão da inflação: respondeu por 0,46 ponto porcentual do resultado IPCA de 2010. Só perdeu para a carne, que subiu 26,64% e respondeu por 0,64 ponto porcentual da inflação total. Comercial. Resultado semelhante foi constatado no IPC-Fipe. No ano passado, a inflação geral medida pelo indicador foi de 6,4% e a alimentação fora de casa subiu 12,10%. As maiores altas, todas na casa de dois dígitos, foram constatadas nas refeições que levam carne. O comercial foi campeão de alta e ficou 13,81% mais caro em 2010, seguido pelo filé com fritas (13,50%). Já o prato do dia, no qual é possível trocar a carne bovina pelo frango ou carne suína, e o feijão, que subiu 63,62% em 2010, pelo macarrão, aumentou 12,48% no ano passado. No caso da comida por quilo, a alta foi de 11,38% no período, segundo o IPC-Fipe. "Não me lembro de o preço da carne ter subido tanto como ocorreu nos últimos meses", observa o presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci. Para ele, o principal fator que pressionou os preços da alimentação fora de casa foi a disparada da carne bovina. "O filé mignon subiu 67% e a picanha 57% em 2010." Ele diz que a carne bovina puxa as demais. Os alimentos respondem por 35% do custo do prato, diz. A mão de obra é o segundo maior custo dos restaurantes e pesa entre 22% e 23%.

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    B1

    %HermesFileInfo:B-1:20110116:

    DOMINGO, 16 DE JANEIRO DE 2011 O ESTADO DE S. PAULO

    Comércio bilateral Banda lenta Ranking das montadoras


    Vendas de produtos básicos Produzir tablets a preço popular Brasil é o terceiro maior mercado para a
    para a Índia quase quintuplica no Brasil é um sonho distante GM, a Ford, a VW e a Renault, de Jalinier
    Pág.B7 Pág. B9 Pág.B6

    Economia

    OSVALDO PALERMO
    estadão.com.br & NEGÓCIOS
    Comer em SP é mais caro que em NY
    Quem viaja ao exterior constata que também na Europa, na China e na vizinha Buenos Aires os preços dos restaurantes estão mais baratos
    WERTHER SANTANA/AE-14/9/2010
    Márcia De Chiara sa. Pelos mesmos US$ 25 se co- nhou de perto a subida dos ali- sível trocar a carne bovina pelo
    me uma entrada, prato principal mentos em geral, apontam dois frango ou carne suína, e o feijão,
    São Paulo é hoje uma das cida- com carne, sobremesa e, de que- indicadores de inflação. que subiu 63,62% em 2010, pelo
    des mais caras do mundo para bra, água mineral em restauran- Os preços da alimentação fora macarrão, aumentou 12,48% no
    comer fora. Quem viaja para o tesdoboaqualidadenoscharmo- de casa aumentaram 10,62% no ano passado. No caso da comida
    exterior se assusta com as dife- sos bairros de Palermo e Recole- ano passado no IPCA, a medida por quilo, a alta foi de 11,38% no
    renças de preços. Num restau- ta de Buenos Aires. oficial de inflação do País. En- período, segundo o IPC-Fipe.
    rante de classe média da capi- Mesmo considerando que o quanto isso, o índice geral de in- “Não me lembro de o preço da
    tal paulista, 270 gramas de filé real se valorizou 5% nos últimos flação no período acumulou alta carne ter subido tanto como
    mignon grelhado, sem acom- 12 meses ante o dólar, os preços de 5,91%. Comer em restauran- ocorreu nos últimos meses”, ob-
    panhamento e taxa de serviço, na cidade de São Paulo estão aci- te,bar oulanchonetefoi osegun- serva o presidente executivo da
    custa R$ 41,80. Por esse valor ma do que seria considerado ra- do maior fator de pressão da in- Associação Brasileira de Bares e
    se faz uma refeição completa e zoável. flação: respondeu por 0,46 pon- Restaurantes (Abrasel), Paulo
    de qualidade em Paris, Nova Comer fora de casa se tornou to porcentual do resultado IPCA Solmucci.Para ele,oprincipal fa-
    York, Buenos Aires e Pequim. umopçãoindigestaparaosbrasi- de 2010. Só perdeu para a carne, tor que pressionou os preços da
    Duas referências: Em Nova leirostambémquandosecompa- que subiu 26,64% e respondeu alimentaçãoforadecasafoi adis-
    York, por US$ 25 (R$ 42,15) se ra os custos dos alimentos com o por 0,64 ponto porcentual da in- parada da carne bovina. “O filé
    come o tradicional filé com fri- preço do prato. Com os R$ 41,80 flação total. mignon subiu 67% e a picanha
    tas do Balthazar, um dos restau- desembolsados por 270 gramas 57% em 2010.” Ele diz que a car-
    rantes mais badalados do mun- de filé mignon no restaurante é Comercial. Resultado seme- ne bovina puxa as demais. Os ali-
    do, com mais de duas horas de possível comprar praticamente lhante foi constatado no IPC-Fi- mentos respondem por 35% do
    espera para conseguir uma me- umquilo do mesmo corte decar- pe. No ano passado, a inflação custo do prato, diz. A mão de
    ne num supermercado em São geral medida pelo indicador foi obra é o segundo maior custo
    Paulo (R$ 45,90). Susto. Comida fora de casa subiu duas vezes mais que o IPCA de 6,4% e a alimentação fora de dos restaurantes e pesa entre
    ● Aluguel pressiona Donos de restaurante atri- casa subiu 12,10%. As maiores al- 22% e 23%. / COLABORARAM
    O reajuste do aluguéis é aponta- buem os preços elevados das re- flaçãoemSãoPaulo,acapitalgas- Por isso, do tradicional prato tas, todas na casa de dois dígitos, GUSTAVO CHACRA E ARIEL PALACIOS
    do pelos donos de restaurantes feições no País aos altos custos tronômica do País. feito e prato do dia à refeição à la foram constatadas nas refeições
    como fator de pressão de custos. de mão de obra e de aluguel e à Com a escassez de chuvas e a carte,houveumaaltageneraliza- que levam carne. O comercial foi
    Também a carga tributária no alta dos alimentos nos últimos diminuição na oferta de bois, o da de preços em 2010. A alimen- campeão de alta e ficou 13,81% Receitas de restaurantes são
    País, comparada a de outros, ex- meses. “A culpa é do bife”, afir- preço da carne subiu. E o produ- tação fora de casa subiu quase o mais caro em 2010, seguido pelo recordes, com R$ 73 bilhões
    plica o preço elevado da refeição. ma Antonio Comune, coordena- to é base das refeições fora de dobrodosíndices gerais deinfla- filé com fritas (13,50%). Pág. B3
    dor do IPC-Fipe, que mede a in- casa, explica o economista. ção no ano passado e acompa- Jáo prato do dia, no qual épos-

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