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LEI CONTRA A VIOLENCIA DOMESTICA CAPITULO I Disposigdes Gerais ARTIGO 1° (Objecto) A presente lei estabelece o regime juridico de prevengao da violéncia doméstica, de proteceao e de assisténcia as vitimas e tem por fim: a)prevenir, combater e punir os agentes dos actos de violéncia doméstica; 6) informar as vitimas dos crimes de violéncia doméstica sobre os seus direitos; ¢)assegurar uma proteccao policial ejurisdicional célere e eficaz as vitimas de violéncia doméstica; 4) criar servigos especializados de atendimento as vitimas de vio- Iencia doméstica junto dos érgéos competentes; ¢) incentivar as associagées e outras organizagées da sociedade civil vocacionadas para a prevengao da violéncia doméstica; JP fomentar poltticas de sensibilizagao nas Areas de educagao, infor- magio, satide e apoio social; g) responsabilizar administrativa, civil e criminalmente os agentes dos actos de violéncia doméstica; })criar espagos de aconselhamento e de abrigo temporirio dos envolvidos; 4) desencorajar qualquer acto que, com base nos usos e costumes, atente contra a dignidade da pessoa humana; J afastar o agente de perto da vitima, quando se mostre necesséirio, atendendo a gravidade da situagao; 4) responder de forma répida, eficaz integrada aos servigos sociais de emergéncia de apoio a vitima. ARTIGO 2° (Ambito) A presente lei aplica-se aos factos ocorridos no seio familiar ou outro que, por razdes de proximidade, afecto, relagdes naturais e de educago, tenham lugar, em especial: 4) nos infantérios, }) nos asilos para idosos; ¢) nos hospitais; d) nas escolas; ¢) nos internatos femininos ou rhasculinos; Anos espacos equiparados de relevante interesse comunitério ou social. Lei Contra Violéncia Ooméstica - 7 ARTIGO 3° (Definig&o e tipo de violéneia doméstica) 1. Para efeitos da presente lei, entende-se por violéncia doméstica, toda a acyo ou omissao que cause lesdo ou deformacto fisica e dano psicoldgico temporério ou permanente que atente contra a pessoa humana no Ambito das relagdes previstas no artigo anterior. 2. A violéncia doméstica classifica-se em: } 4@) violéncia secual — qualquer conduta que obrigue a presenciar, @ manter ou participar de relagao sexual por meio de violén.. cia, coacedo, ameaca ou colocacio da pessoa em situacao de inconsciéncia ou de impossibilidade de resistir; 8) violencia patrimonial — toda a acgio que configure a reten- 80, a subtracgdo, a destruigao parcial ou total dos objectos, documentos, instrumentos de trabalho, bens méveis ou iméveis, valores e direitos da vitima; ¢ violencia psicol6gica — qualquer conduta que cause dano emocional, diminuigao de auto-estima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento psico-social; 4) violencia verbal — toda a acco que envolva a utilizagao de impropérios, acompanhados ou nao. de gestos ofensivos, que tenha como finalidade humilhar e desconsiderar a vitima, confi- gurando calinia, difamagao ou injtiria; €) violéncia fisica — toda a conduta que ofenda a integridade ou a | satide corporal da pessoa; J) abandono familiar — qualquer conduta que desrespeite, de forma grave e reiterada, a prestagto de assisténcia nos termos da lei CAPITULO 11 Prineipios Especificos | ARTIGO 49 / (Principio da prevencao da violéncia doméstica) O principio da prevengao da violéncia doméstica consiste em criar medidas que visem inibir 0 surgimento de actos de violéncia doméstica, em especial: 4) promover o respeito e 0 reconhecimento da personalidade e da dignidade de outrem; i 8) promover conselhos de reconciliagio familiar e outras instancias inter-familiares para dirimir conflitos; ¢) promover a igualdade de género; 8 - Lei Contra a Violéncia Doméstica Nae d)reforcar a proteccfo & mulher gravida, & crianga ¢ ao idoso no seio familiar e social, garantindo os mecanismos de assisténcia; ¢) promover o dialogo, a moral e os valores tradicionais reconhe- cidos pela comunidade que nao atentem contra a dignidade da pessoa humana; {f)criar mecanismos conducentes & responsabilizagao criminal das relagdes sexuais entre ascendentes e descendentes ou irméos, especialmente contra menores. ARTIGO 5° (Principio da confidencialidade) O prinefpio da confidencialidade traduz-se em: 4a) respeitar a privacidade, 0 bom-nome e a honra dos envolvidos nos actos de violéncias 4) manter em sigilo os dados obtidos no Ambito do processo sobre a violéncia doméstica. ARTIGO 6° (Principio da responsabilidade criminal) Quem praticar qualquer acto que configure violéncia doméstica, pre- visto no artigo 3.°, € punido nos termos das disposigbes da presente lei e da legislaco penal em geral. CAPITULO TL Medidas de Prevengao ¢ Apoio ARTIGO 7. (Educasao) Incumbe ao Estado integrar, nos programas curriculares de ensino, matérias que visem prevenir crimes de violencia doméstica, proporcio- nando as criangas e aos jovens, conceitos bésicos, especialmente: 4) sobre o fendmeno da violéncia e as suas diversas manifestagdes, origens e consequéncias; 8) sobre o direito eo respeito aintimidade e& reserva da vida privada; sobre os comportamentos parentais e o inter-relacionamento na vida familiar; a) sobre avioléncia simbélica eo seu carécter estrutural e institucional; 2) sobre as relagbes de poder-que marquem as interacgées pessoais, grupais e sociais; {f) sobre o relacionamento entre criancas, adolescentes, jovens € pessoas adultas. Lei Contra a Violéncia Doméstica ARTIGO a° (Sensibilizagio e informagio) O Estado assegura a promogao de politicas de prevengio de violéncia doméstica, através da: a) elaboracao de guides e produtos educativos para as familias; 8) sensibilizagao e informac&o sobre a educagto para a igualdade do género junto das comunidades; 6) expansio da base de conhecimentos e intercimbio com entida- des nacionais e estrangeiras, da informagao, da identificagio e da difusao de boas praticas. ARTIGO 9° (Assisténcia social) 1.0 Estado deve fomentar o surgimento de instancias vocacionadas para © aconselhamento familiar com vista a prevengao da violéncia doméstica. 2. Para efeitos do ntimero anterior as instituigdes devem apoiar-se, preferencialmente, nas areas das ciéncias sociais, humanas e médicas. ARTIGO 102 (Formagio) E asseguradaa formagio sobre as questdes de género e violéncia doméstica a profissionais que intervenham no processo sobre a violéncia doméstica. CAPITULO IV Medidas de Protecedo da Vitima ARTIGO 11 (Estatuto de vitima) Instaurado 0 processo criminal por infracgaio considerada violéncia doméstica, nos termos da presente lei, 0 lesado adquire automaticamente o estatuto de vitima para os efeitos legais, nomeadamente: 4) acesso aos espacos de abrigo; b) atendimento preferencial para obtengao de prova pelas autori- dades competentes; ¢) atendimento institucional, pablico ou privado, gratuito; demissao de declaragao da condigao de vitima de violencia doméstica. ARTIGO 12 (Medidas de protecgio) 1. E assegurada protecgao adequada a vitima,.a sua familia ou as pessoas em situaco equiparada, sempre que as autoridades competentes considerem que existe uma ameaga séria de actos de vinganga ou fortes indicios de que a sua privacidade seja gravemente perturbada. 10 - Lei Contra a Violéncia Doméstica Mo 2, Sem prejutzo das medidas e regras processuais previstas no Cédigo Penal, no Cédigo de Processo Penal e demais legislagao complementar, constitufdo arguido por prética do crime de violéncia doméstica, 0 Ministério Piiblico ou 0 juiz pode, sempre que a gravidade da situagio o justifique, no prazo méximo de 72 horas, aplicar uma das seguintes medidas de proteccao & vitima: a) encaminhar a vitima de violéncia doméstica provisoriamente para um espaco de abrigo temporério; b) proibir o contacto entre a vitima e o agente em locais que impli- quem diligéncias na presenga de ambos, nomeadamente nos edificios dos tribunais e outros; ¢)determinar o apoio psicossocial por perfodo nfio superior a seis meses, salvo se circunstdncias excepcionais impuserem a sua prorrogagao; d) proibir ou restringir a presenca do agente do crime no domicflio ou residéncia, em lugares de trabalho, de estudos e noutros frequentados regularmente pela vitima; ¢) aprender as armas que o agente tenha em seu poder, que per- manecem sob custédia das autoridades na forma em que estas se estimem pertinentes; ‘f) proibir ao autor o uso e a posse de armas de fogo, oficiando A autoridade competente para as providéncias necessarias; ‘g) determinar o retorno a residéncia a quem dela haja safdo por razSes de seguranca pessoal, na presenca da autoridade competente. 3. Nos casos em que o agente viva em economia comum, a medida de injungao a opor aquele é o seu afastamento da residéncia, sempre que tal medida se afigure necessria 4. 0 disposto nos ntimeros anteriores nfo prejudica a adopgo das demais solu- ‘90es constantes na legislago especial sobre a proteccdo dos familiares da vitima, ARTIGO 13° (Protecgao dos bens) 1. Os bens pertencentes a vitima de que o agente do crime se tenha apossado contra a sua vontade devem ser, imediatamente, examinados pela autoridade competente e devolvidos a vitima. 2. Sem prejufzo do disposto no nimero anterior, quando os bens perten- centes a vitima ou ao agente do crime tenham sido utilizados na pratica do crime, podem ser apreendidos nos termos legais para fins de prova. 8. A celebragao de contratos sobre os bens comuns deve ser feita nos termos do regime de bens por ambos adoptados no casamento ou na unio de facto. 4. 0 previsto no presente artigo nao prejudica a suspensao dos contratos celebrados no ambito da relagao de confianga entre os envolvidos. Lel Contra a Violéncia Doméstica ~ tt ARTIGO 142 (Prevencio da vitimizagao secundéria) A yitima tem direito a ser ouvida em ambiente reservado, devendo ser criadas condigées adequadas para prevenir a vitimizacao secundaria e evitar que sofra qualquer tipo de presso. ARTIGO 15° (Vitima residente noutro Estado) Sempre que a vitima de violéncia doméstica nao possa comparecer pessoalmente por residir no exterior, pode prestar declaragdes atra- vés de videoconferéncia, teleconferéncia ou outros meios legalmente previstos. ARTIGO 162 (Cessagao do estatuto de vitima) 1. O estatuto de vitima de violéncia doméstica cessa com 0 arquiva~ mento do processo na fase de instrugao preparatéria, por despacho de nao proniincia ou apés o transito em julgado da decisao, 2. A cessagao do estatuto de vitima nao prejudica que as autoridades competentes, ponderadas as circunstancias concretas, mantenham as modalidades de apoio social que tenham sido estabelecidas. ARTIGO 11 (Atendimento gratuito) 0 apoio médico, psicolégico, social e jurfdico as vitimas de violéncia doméstica garantido gratuitamente, até que cesse o estatuto de vitima, pelos servigos piblicos especializados e outras organizacbes da sociedade civil vocacionadas para o efeito. CAPITULO V. Medidas Administrativas ARTIGO 18° (Resolugio administrativa de conflitos) 1. Os conflitos resultantes dos actos de violéncia doméstica que admitam desisténcia da queixa podem ser dirimidos administrativamente pelos 4rgios piiblicos ou privados vocacionados para o efeito. 2. Para a solugdo dos conflitos de violéncia doméstica, os Srgaos refe- ridos no ntimero anterior devem apoiar-se em técnicas de negociagao que privilegiem a reconciliagao. 3. O previsto no n° 1 do presente artigo nfo prejudica o direito a indemmizacao devida a vitima. 12 - Lei Contra a Violéncia Doméstica ARTIGO 19° (Espacos de abrigo e proteccao) 1. Cabe ao Estado promover e coordenar o surgimento de espagos de abrigo para as vitimas e agentes de violéncia doméstica, a definir em regulamentagao propria. 2. Na criagao dos espagos de abrigo, previstos no n.° 1 do presente artigo, deve atender-se ao género, a idade e A seguranga dos envolvidos. 3. Sem prejufzo do disposto no niimero anterior, os envolvidos na violéncia doméstica devem ser acolhidos em espacos de abrigo distintos, consoante sejam vitimas ou agentes do crime. ARTIGO 202 (Apoio ao agente do crime) 1. 0 Estado deve promover a criagio de condigbes necessdrias para 0 apoio psicolégico e psiquidtrico do agente do crime de violéncia doméstica. 2. Deve ser elaborados e implementados programas de recuperagio dos agentes do crime de violéncia doméstica. ARTIGO 217 (Encontros reconciliatérios) 1. Sem prejuizo de outros procedimentos ¢ medidas que tenham sido adoptados, persistindo 0 conflito, podem ser promovidos, nos termos a regulamentar, encontros entre o agente do crime e a vitima, obtido o consentimento expresso de ambos, garantidas as condigoes de seguranga necessaria e a presenca de um mediador credenciado para o efeito. 2. Os encontros reconciliatérios, reféridos no ntimero anterior, visam restaurar a harmonia familiar e social ¢ a tutela dos legitimos interesses da vitima e do agente do crime de violencia doméstica. CAPITULO VI Procedimento e Responsabilidade Criminal ARTIGO 22° (Detenc&o em flagrante delito) Em caso de detengao do agente por crime de violéncia doméstica, em flagrante delito, o detido mantém-se privado da sua liberdade até ser presente ao magistrado competente para interrogatério ou a juizo para audiéncia de julgamento sumério, ARTIGO 25° (Detengao fora do flagrante delito) Sem prejutzo do disposto na lei processual penal, a detencao do agente do crime de violéncia doméstica pode ser efectuada por mandado do Ministério Lei Contra a Violéncia Doméstica ~ 13 Publico, se houver perigo de continuagto da actividade criminosa ou se mostre imprescindivel A seguranga da vitima nos termos previstos na lei. ARTIGO 242 (Queixa, dentincia e desisténcia) 1. A queixa pode ser feita pelo lesado ou por quem tenha legitimidade nos termos da lei, 2. A deniincia pode ser feita por qualquer pessoa ou autoridade que tenha conhecimento do facto criminoso. 8.A vitima de violéncia doméstica pode, sem prejuizo dos casos em que a leio profba, desistir da queixa em qualquer fase do processo. 4. A queixa ou a dentincia pode ser apresentada, verbalmente, por escrito, por telefone, por via electrénica ou por outra via bastante, perante a autoridade policial ou ao Ministério Puiblico. 5. Recebida a queixa ou a dentincia, as autoridades competentes devem averi= guar da sua veracidade, para efeitos de procedimento criminal, nos termos da le 6. Quem proceder a queixa ou dentincia falsa incorre na pena aplicével ao crime de dentincia caluniosa ARTIGO 25° (Crimes que nao admitem desisténcia) 1. Sem prejufzo do disposto na legislagao penal, nao admitem desistén- cia, por constitufrem crimes piiblicos em matéria de violéncia doméstica, os seguintes factos: a) a ofensa a integridade fisica ou psicol6gica grave e irreversivel; 0) a falta reiterada de prestagao de alimentos a crianga e de assis- téncia devida & mulher gravida; ¢)© abuso sexual a menores de idade ou idosos sob tutela ou guarda e incapazes; 4) a apropriagao indevida de bens da heranga que pelo seu valor pecunidrio atente contra a dignidade social dos herdeiros; ¢) @ sonegacao, alienago ou oneragdo de bens patrimoniais da familia, tendo em conta o seu valor pecuniério; J) a pratica de casamento tradicional ou n&o com menores de catorze anos de idade ou incapazes. 2. Quem praticar um dos factos previstos nas alineas a) ¢ c) do ntimero anterior 6 condenado na pena de prisio de dois a oito anos, se outra pena mais grave nao lhe couber nos termos da legislagao em vigor. $. Quem praticar um dos factos previstos nas alineas b), d), e) e f) do n.° 1 do presente artigo é condenado na pena de prisio até dois anos, se outra pena mais grave nao Ihe couber nos termos da legislagao em vigor. 14 - Lel Contra a Violéncla Doméstica 4. As penas previstas nos niimeros anteriores nao prejudicam o dever de indemnizagao imputavel ao agente, nos termos da lei. ARTIGO 26° (Elementos da queixa ou dendneia) Da queixa ou dentincia devem constar os seguintes elementos: 4a) a identificacto completa, se possivel, da vitima e do agente; 6) arelagdo doméstica, familiar ou outra entre o agente e a vitima; ¢) a descrigao dos factos que motivaram a dentincia; 4d) os antecedentes de violéncia doméstica, se os houver. ARTIGO 712 (Auto de ocorréncia) 1. 0 queixoso ou denunciante é atendido, prioritariamente, pelas auto- ridades competentes que devem elaborar o auto de ocorréncia, contendo: 4) todos os elementos constantes da queixa ou dentincia, nos ter- mos do artigo anterior; 6) nome e idade da vitima, do agente e dos dependentes, se os houver; ¢) resume sucinto dos factos e das medidas de proteccao propostas pela vitima ARTIGO 28° (Atendimento ao queixoso ou denunciante) 1. Nos casos de violéncia doméstica, deve o agente de instrugio registar a ocorréncia e, sem prejutzo do previsto no Cédigo do Processo Penal, adoptar imediatamente os seguintes procedimentos: 4) ouvir a vitima ou o denunciante ¢ lavrar o respectivo termo de queixa; 4) recolher as provas necessérias para o esclarecimento das circunstincias em que o facto ocorreu; ¢) remeter os autos, imediatamente, 20 magistrado competente; d) determinar que se proceda 20 exame da vitima e diligenciar, quando seja necessério, outros exames periciais; ¢) ouvir o agente e as testemunhas; f) acompanhar a vitima para aceder aos seus bens de utilizagao imediata. 2. Para os efeitos previstos no n(imero anterior, devem ser criados servi $08 especializados para tratamento dos crimes de violencia doméstica junto dos drgaos de investigacao e instrugdo criminal e do Ministério Pablico. ARTIGO 252 (Dever de comparéncia) Aquele que for, legalmente, notificado pela autoridade competente e Ao comparecer, por facto que lhe seja imputavel, responde pelo crime de desobediéncia, puntvel nos termos da lei, Lei Contra 2 Violéncia Doméstica 15 lL ARTIGO 302 (Direito a indemnizagio) 1. A vitima de violéncia doméstica é reconhecido 0 direito a obter, do agente do crime, de forma célere, uma indemnizagao pelos danos sofridos. 2. A indemnizagio referida no néimero anterior deve ser arbitrada tendo em conta a gravidade da agressao e a condigéo econémica dos envolvidos. 8. Nao tendo sido deduzido o pedido de indemnizagaio civil no processo penal ou em separado em caso de condenagio, o tribunal pode arbitrar uma quantia a titulo de reparacao pelos prejutzos sofridos pela vitima. CAPITULO vit Disposigdes Finais e Transit6rias ARTIGO 1° (Regulamentaco) A regulamentagao da presente lei compete ao Titular do Poder Executivo. ARTIGO 32° (Interpretagio) Na interpretagao e aplicacao da presente lei devem ser consideradas as condigdes de vulnerabilidade da vitima em situagao de violéncia doméstica ARmIGO 33° (Ditvidas e omissées) As diividas e omissdes resultantes da interpretagao aplicagio da presente lei so resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGO 34 (Direito subsidiério) Em tudo que seja omissa a presente lei, regulam, subsidiariamente, as regras do Cédigo Penal e do Cédigo de Processo Penal, do Cédigo Civil do Cédigo de Processo Civil e do Cédigo da Familia. ARTIGO 35° (Entrada em vigor) ‘A presente lei entra em vigor a data da sua publicagao. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 21 de Junho de 2011. O Presidente da Assembleia Nacional, Ant6nio Paulo Kassoma, Promulgada aos 7 de Julho de 2011 Publique-se. O Presidente da Reptiblica, JOSE EDUARDO DOS SANTOS. 16 ~ Lei Contra a Violéncia Doméstica

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