You are on page 1of 10
OBSTACULOS INSTITUCIONAIS A DEMOCRATIZACAO: DO ENSINO EM SAO PAULO (*) José Mario Pires Azanha Em primeiro Iugar, quero cumprimentar a Comissio de Educagao da Assembléia Legislativa pela iniciativa de promover este inquérito sobre a situagdo da educacio em Sao Paulo. A oportunidade da promog&o nao poderia ser melhor porque coincide com a chegada ao Poder Executivo Estadual de um partido que sempre esteve na oposigao. Esta assungéio ao poder gerou obri- gagdes politicas e morais inarreddveis porque sio compromissos também inarreddveis com 0 proprio momento histérico. Nestas circunstancias, o erro ou a omissio na condugio dos negécios piblicos — quase sempre impunes nos uiltimos anos — so agora impossiveis de se admitir e imperdodveis se ocorrerem. Por isso, a ninguém que encarou com esperangas 0 acesso da oposiedo ao poder, 6 permitido deixar de dar qualquer colaboragao que the seja solicitada. E por essa razio — e nfo porque veja qualquer mérito na minha contribuigio — que resolvi aceitar 6 convite para fazer este depoimento. Embora esteja pessoalmente convencido de que ele seja dispensdvel no ambito deste inquérito, 0 (*) — Documento enviado & Comissfo de Educacéo da Assembléia Legislativa do Estado de Sao Paulo atendendo a convite para depor no Ambito do inquérito sobre Educacéo em Séo Paulo, promovido por esse 6rgo, em setembro de 1983. meu modo de entender o servigo piblico impediu-me de uma recusa que seria até confortavel, pois nao ha como evitar eventuais dissabores numa manifestagiio desta natureza. A leitura atenta do documento explicativo dos objetivos deste inquérito convenceu-me de que melhor seria nesta breve exposicio combinar, tanto quanto possivel, a minha experiéncia na Adminis. tragao Publica com exercicios académicos que constituem a minha obrigagao funcional. Nesse sentido, entendi que no ambito do temario do inquérito eu deveria limitar-me ao assunto “Democra- tizagio do Ensino em Sao Paulo”, no sé porque j4 em duas oportunidades participei de agdes governamentais nessa area, como também porque jé venho cuidando academicamente do assunto, Nos dois easos convenci-me, entretahto, de que a focalizagio do tema s6 6 fecunda quando incide sobre a questéo dos ohstéculos 0s esforgos & ago democratizadora: Aliés, num trabalho que apresentei a um Simpésio promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciéneia, tive oportunidade de assinalar que & coneluséo principal de um outro Simpésio promovido pela UNESCO, que reuniu especialistas de todo o mundo, foi a de que: « © significado geral de ‘democracia’ é tao claro e livre de ambigilidade quanto a linguagem corrente permite; 6 a expresso de um ideal, um modelo e um designio, um reflexo de aspiracées humanas, As disputas ideolégicas nao se levantam deste signifi- cado geral e do tipo ideal de relagdes humanas que ele expressa; as disputas dizem respeito as condicdes que levam ao progresso até este ideal, aos meios pelos quais ele pode ser aleangado, & ordem das providéncias a serem tomadas no seu desenvolvi- mento, Como conseqiiéncia, as atuais controvérsias ideolégicas ndo se concentram no significado de ‘democracia’, mas nas teorias sobre as condicdes de seu desenvolvimento e os meios de sua realizacdo» (Naess e€ Rokkan, 1951, p. 457)‘. () — NAESS, A. e ROKKAN, S. — “Analytical survey of Agree- ments and Disagreements” in McKLEON, R. — Democracy in a World of Tensions, A Symposium prepared by UNESCO, The University of Chicago Press, 1951. Esta conclusio serviu-me na época para compreender que no quadro histérico da evolugio do ensino paulista houve, no passado, dois momentos que ilustraram de modo muito signifi. cativo essa idéia, isto é, que enquanto no plano discursive homens de todas as tendéncias se apresentavam como defensores do ideal democratico de educagio, no plano pratico eles se dividiam de forma radical sobre a forma de conduzir 0 esforgo democratizante. Permitam-me, numa primeira parte deste depoimento, fazer uma breve referéncia a s momentos. Na segunda, tentarei analisar como o mesmo problema se apresenta no atual Governo Estadual. Em 1920, Sampaio Déria, entéo Diretor da Tnstrugio Ptiblica, em face da situago altamente deficitéria do ensino primario, tentou uma ampliagio de vagas que fosse capaz do atendimento pleno da demanda escolar. Como essa ampliagio nio era possivel por causa da escassez de verbas, Sampaio Déria reorganizou 0 ensino primério, deslocando a obrigatoriedade escolar dos 7 para os 9 anos, concentrou os programas de ensino e reduziu o curso primdrio de 4 para 2 anos. Sampaio Doria, na defesa das medidas que propumha, fora muito elaro, pois entendia que ou o ensino primério atingia toda populacio escolar ou cometia-se uma “heresia democritica”. Ele compreendia muito bem que a escola democritiea acessivel apenas a uma parte da populacio era um engodo e uma injusti¢a e que. para evitar esse engodo e essa injustiga, era preferivel o que ele chamou de “escola aligeirada”, mas para todos Nao é dificil imaginar as violentas reagdes que tais medidas entéo provocaram. Educadores, politicos e¢ a imprensa, nfo obstante também se proclamassem democratas, combateram dura- mente a reforma Sampaio Déria, alegando, em resumo, que a expansio da matricula, embora desejavel numa democracia, cra intolerdvel nas cireunstancias em que fora feita, porque impor- laria num rebaixamento da qualidade do ensino. 135 Alids, essa forma de argumentagio 6 recorrente cada ver que o esforgo democratizante do ensino se consubstancia em medidas concretas de ampliagéo de vagas a qualquer custo. Em 1967, quando o Prof. Ulhoa Cintra era Secretério de Estado da Educagio, repetiu-se a histéria. Quase 50 anos depois de Sampaio Déria, a exigéncia democratizadora havia se des. Jocado do primario para o gindsio. Entio, 0 acesso 2 escola secundaria era barrado por exames de admissio severissimos porque, na verdade, ndo havia vagas para todos. Sob a capa da defesa de um alegado alto padrdo de ensino, sonegava-se 0 ensino ginasial & parcela menos favorecida da populagéo. No entanto, a Administracdo Ulhoa Cintra teve a ousadia de dar conseqiiéncias prdticas as alegagdes democratizadoras do entao Governo Estadual e as vagas ginasiais expandiram-se de modo a absorver toda a clientela escolar. Novamente, os democratas de discurso investiram contra as providéncias tomadas; novamente alegando a defesa do nivel de ensino. A ligo que esses episédios encerram confirma a conclusio do simpésio da UNESCO. Neste século, excluindo-se os regimes nazista e fascista, todos os partidos politicos e todas as facgées ideolégicas utilizaram-se do discurso democratico para aleangar ou justificar 0 poder. Mas, pelo menos no campo da pratica da educagio, esse discurso, muitas vezes, revelou-se inoperante e inconseqiiente. Sempre houve alguma razéo disponivel para tentar justificar o adiamento do cumprimento da promessa democratica. U O atual Governo Estadual também alcangou o poder com- prometido com a promessa democratica em todos os setores da ago governamental e principalmente no campo da Educagio porque esta foi colocada como prioritéria durante toda a cam- panha eleitoral. Os propésitos de descentralizagdo e participagao foram insistentemente reafirmados como elementos fundamentais do processo democratico. 136 hernia ie SONS eM Ora, no campo do ensino, hoje, a tese da democratizagao ja nao diz respeito a abertura de oportunidades educacionais para todos, porque ja nao se discute mais, nem mesmo nos meios mais retrégrados, 0 direito de todos ao acesso ao ensino de 1.2 grau e, pelo menos da grande maioria, ao ensino de 2 grau. Hoje, as reivindicagdes vao além do direito de acesso, jé historicamente conquistado. A questo, agora, é de como complementar a demo- cratizagéo das oportunidades pela democratizacio da prdpria escola, instituindo um padrao de ensino que dé substancia aos anseios de participagio do magistério nas decisées educacionais; unseios tao duramente abafados nos tiltimos anos. Em face disso, a promessa eleitoral de assegurar a parlicipagio de todos os interessados em cada setor da ag&o governamental teria, obriga- toriamente, que se traduzir em providéncias efetivas garantidoras dessa participagéo. Com relag&o a escola essas providéncias deve- riam conduzir a criagio de condigdes para que ela se transfor- masse numa instituigéo auténoma e democratizada. E evidente que o aleance de um tipo de organizagio escolar democratizada nao significa que no ambito da escola todas as decisées tenham que ser coletivas, nem que a autonomia da escola faré dela algo isolado da rede e do sistema escolar, A escola internamente demo- cratizada organizara 0 scu proprio projeto de educagdo ¢ o seu proprio plano de melhoria, mas a partir de diretrizes gerais capazes de assegurar a unidade do processo educative com relagao aos seus objetivos fundamentais. Alids, foi neste sentido e com esse propésito que a Secretaria da Educagéo imprimiu e distribuiu cerea de 200.000 exemplares do Documento Preliminar para Reorientagio das Atividades da Secretaria e no qual trata das relagées entre autonomia e melhoria do ensino, como condigao aquela e conseqiiéncia esta de um mesmo esforgo participativo. Este é 0 quadro em que se delineia hoje o desafio da democratizagao do ensino em Sao Paulo. Nao se trata mais, nem apenas, da simples expansio de vagas. Mas de uma ago siste- matiea para impulsionar e orientar, no sentido da autonomia, um setor da vida social que até agora procurou-se apenas domesticar. Quais so, em face desse quadro, as perspectivas de que o Governo do Estado possa honrar 0 sew compromisso de demo- 137 | cratizagito da educagiio? A resposta a esta questio no pode mais ser um simples reafirmar de intengdes no plano do discurso, E preciso que a resposta se fundamente no levantamento objetivo das condigées reais que existem para que a pratica da cipula administrativa flua no sentido de liberar as iniciativas das escolas nfo de impor solugdes muitas vezes invidveis, de orientar a busea da propria melhoria e nfo de ordenar. Por enquanto, essas condigdes nao existem. A atual estrutura basiea da Secretaria. da Educag&o foi concebida e implantada para funcionar autocraticamente. Esta apreciagio nfo é mero recurso retrico. Para que se avalie a sua objetividade ¢ suficiente assinalar 0 exeesso de drgiios centrai € 0 pletérico elenco de suas atribuigdes. Tomemos um deles, como exemplo muito significativo dos obstaculos institucionais & democratizagio da escola no Estado de Sio Paulo, que persistem nao obstante a mudanga de governantes. A Assessoria Técniea de Planejamento e Controle Educa- cional (ATPCE), érgio que conta com cerea de 150 téenicos, cabe: — realizar estudos para a formulagao da politica e das dire- trizes a serem adotadas; — elaborar ou participar dos planos e programas da Pasta, bem como acompanhar sua execugio; — prestar orientagiio técnica aos érgaos da Secretaria; — elaborar proposta de um sistema de acompanhamento e avaliagio de forma a garantir a coeréneia e continuidade dos objetivos das diferentes unidades da Pasta; _— preparar despachos e atos normativos do Secretario, em matéria técnico-administrativa; — exercer outras atividades determinadas pelo Secretario; — realizar estudos de andlise administrativa e propor medi- das de racionalizago dos procedimentos administrativos nos diferentes niveis e dreas da Pasta; — acompanhar a evolugio dos dados da rede fisica, manter contatos e trocar informagées com a Companhia de Consirugdes do Estado de Sao Paulo — CONESP; 138 — analisar dados sécio-econémico-demograficos necessdrios & formulagao do plano de educagio da Secretaria; — acompanhar e analisar a evolugo do ensino de 12 e 2° Graus, Educagio Pré-Escolar, Educagao Especial e Ensino Supletivo; — analisar os problemas de ensino relacionados As dreas tecnolégicas: — elaborar sugestées quanto a orientagio a ser imprimida aos projetos que dizem respeito ao ensino profissionali- zante de 2.° Grau; — opinar previamente sobre os convénios a serem firmados com a Secretaria; — acompanhar a execugio dos convénios firmados com a Seeretaria; — acompanhar a evolugdo dos projetos desenvolvidos na Pasta; — oletar dados nas unidades administrativas da Pasta e/ou em outras fontes; — efetuar a andlise dos dados coletados: — produzir informagées ¢ promover a sua divulgagio interna; — desenvolver estudos que tenham por objetivo o aperfei- goamento de seu sistema operacional. Nenhum érgio com tal elenco de atribuigées poderé orientar © processo de democratizagio interna da escola porque o pleno funcionamento do drgio pressupde uma escola domesticada ¢ simples cumpridora de ordens e néo uma escola auténoma, bus- cando os seus préprios caminhos de melhoria do ensino. A estrutura basica da Secretaria de Estado da Educagio, instituida pelo Decreto n° 7.510/76, foi concebida por tecnocratas a servigo do regime de forca em que se estava entéo. A permanéneia dessa estrutura é obstaculo intransponivel a um auténtico esforgo demo. eratizante. Ha uma contradigao entre a agéo possivel a partir da estrutura existente e a verdadeira autonomia da escola. Sem © desmantelamento da atual estrutura administrativa 0 discurso do Governo Demoeratico de Sao Paulo é semanticamente vazio. 139 A pretensio de que a simples substituigio de pessoas assegurarg transito de uma escola domesticada para uma escola auténoma e democratizada é, na melhor das hipsteses, uma ilusio. Na pior, uma impostura politica. A tese de que a vitria nas urnas criou © direito a ocupagdo dos cargos 6, no minimo, cinica. Ao magistério pouco importa quem exerga 0 mandonismo autocrd. tico ¢ a atual estrutura é incompativel com outra forma de exereicio do poder. O pier estilo de clientelismo nfo é 0 exercido pela ag&o de um ou outro politico “fisiolégico”, mas aquele que consiste na preservagaéo de uma estrutura para usufruto das oportunidades empregaticias que ela propicia, e isso esté sendo feito. Numa contra-argumentagio & andlise que aqui ¢ feita, pode- ria alegar-se que a reformulagao administrativa esta prevista num dos Projetos Prioritdrios da Secretaria da Educagao estabelecidos pela Resolucio SE n.° 154 de 1.°/08/83. A bem da verdade, é preciso que se diga que esse projeto, que tem como objetivo a descentralizagio em varios setores da atuagio da Secretaria, ja vem sendo executado com relagio & merenda e as construgées escolares. Mas, com relagao @ reforma administrativa visando a descentralizagao, nada foi feito ainda e € pouco provavel que se faca porque isso importaria na liquidagdo dos “feudos” em que se constituiram os atuais érgdos da estrutura bdsica. Além disso, a tentativa de excluir os Projetos Prioritérios da interferéncia paralisante dos érgaos centrais, tentativa que foi consubstanciada na Resolugdo n° 155, da mesma data, ja foi frustrada com a revogagio desse ato dias depois de baixado. Essa revogagio demonstrou a rapidez ¢ a forga da reagio dos érgios cujo fun- cionamento nada mais significa que a simples ocupagao do poder © nao o seu exercicio a bem do servigo publico. A descentrali- zagio das atribuigdes de érgios como a CONESP e o DAE signi. fica a eliminagio de oportunidades de corrupgio e isso é muito louvavel, mas a descentralizagéo das atribuigses de érgdos como a ATPCE, a CENP ec o DRHU ¢ muito mais dificil porque exige wma mudanga de mentalidade ¢ uma concepgio democratizada do exercicio do poder. No entanto, 0 comportamento desses érgios até agora nao indica que essa mudanca possa ocorrer ¢, contudo, cla é esseneial para que realmente haja uma transformagéo 140 i t politica no relacionamento entre a ctipula administrativa ¢ as escolas. Sem isso a questio da participagdo teré apenas um tratamento retérico. Poderia estender-me sobre 0 assunto mostrando como os (com exclusio das Coordenadorias de Ensino) Orgaos centri precisariam ser reduzidos nas suas dimensées, atribuigées e cate- goria funcional, se realmente houvesse a intengéo de “inverter o sinal” na educagéo de Sio Paulo ou se aqueles que realmente tém essa intengio tivessem poder para agir conseqiientemente. O cleneo das atribuicdes da Coordenadoria de Normas e Estudos Pedagégicos, por exemplo, é de tal modo abrangente que até mesmo o plano de trabalho de cada unidade escolar dependera de diretrizes centrais para sua “elaboragio, execugio, coordena- sao, controle e avaliagio”. Como sera possivel compatibilizar a autonomia da escola com a centralizago das decisdes que seriam © préprio exercicio dessa autonomia? De tal modo, a CENP esta imobilizada nas sufocantes atribuigdes que tio zelosamente pre- tende reter (talvez para justificar os téenicos que congrega em mimero superior a 500) que ainda nfo teve tempo de reformular projetos da administrag&o anterior, os tinicos de que dispse como justificativa dos vultosos recursos alocados ¢ inoperantes. O razodvel seria a distribuigao desses recursos para que Divisées de Ensino, Delegacias e escolas desenvolvessem seus préprios pro- jetos, como alias 0 Secretério da Educagio fez com verbas alocadas ao Gabinete, mas cujo exemplo nao frutificou. No momento em que se incentivam as escolas a elaborarem seus proprios planos de melhoria é preciso prover os recursos para apoio desses plans nfo continuar numa linha de trabalho tantas vezes denunciada como inconseqiiente e de desperdicio dos escassos recursos existentes, O fato de ter, até aqui, limitado esta andlise a situagao interna da Secretaria da Educagao poderia sugerir que 0 problema n&o diz respeito ao Governo como um todo, mas apenas aquele érgio. Nao € bem assim, entretanto. A retengdo pela Secretaria da Fazenda de cerca de 22 bilhdes de cruzeiros da Quota Estadual do Saléio-Educagio (dados de julho/83) representa a perma- néneia de uma pratica do Governo anterior que, além de manifestamente ilegal, pois contraria o Decreto Federal n2 141 88.374/83, a Lei Estadual n° 906/75 © o artigo 2° da Lei Kstadual n° 1.297/77, compromete uma conquista popular anterior a este Governo — que é garantia de vagas para todos na escola de 1° grau, Até quando acompanhei o andamento do assunto, os esforgos da Secretaria da Educagio foram infrutiferos para alterar esse quadro que ¢ um desmentido as alegagées sobre a prioridade que teria a educagio no Governo Democratieo de Sao Paulo. Mais grave ainda é que esse fato indica também prevaléncia de critérios tecnocrdticos na tomada de decisées com relagao aos dispéndios puiblicos quando o assunto é essencialmente politico. Esta breve andlise que apenas aflora os problemas, demons. tra a inviabilidade da democratizago interna das escolas, hase da transformagio qualitativa do ensino, e demonstra também que a prépria democratiragio do acesso, j4 anteriormente consolidada, corre riseo de uma regressio, No entanto, 0 Governo nio pode fracassar nos setores de Educaco e Saude sem comprometer o proprio projeto politico das oposigées. JOSE MARIO PIRES AZANHA Educagaéo Alguns Escritos COMPANHIA EDITORA NACIONAL {93%

You might also like