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NOVA HISTORIA DE PORTUGAL DIRECCAO JOEL SERRAO ¢ A.H. DE OLIVEIRA MARQUES Volume V PORTUGAL DO RENASCIMENTO A CRISE DINASTICA COORDENACAO DE JOAO JOSE ALVES DIAS A.M. DEOLIVEIRA awgues ELVIRA CUMHA D& AZEVEDO MEA |SABEL MR, MENDES DRUMOND BRAGA 1030 CARLOS OLIVEIRS JORO CORDEIRO PEREIRA JONO JOSE ALVES DIAS Jogiiae OLVERA CAPTANO JORGE MUCHAGATO JOSE ADELINO MaLrEZ wis MIGUEL DUARTE MARIA 1040 LOURENGO PERETEA MARIA JONO VILHENA DE CARVALHO PAULO DRUMOND BRAGA RUT VIEIRA NERY sievacttelas Xl do Renascimenta is Crise Dinca omprarbuel que vali eventos feist tare ei PR REsMos iadon do avesso =) E pony se nde schary en Som lavradores,¢ geme bala, vend at cobera de sak san? Los anos fos. e os homens se vestiam de Saco vate bags ae de © 0s pagos todos foram desarmados an mF aa ee de prestar a devida homenagem a0 fale- iores faziam-se funerais simulados oo Assim acomesu com a nl om 3 homenagem presta por D, Manic Ia sey grime aoa So csc Er cn a ‘tm mana €t Rei fez togo mito solene saimento com mung does ¢ pose perder un and san al Canta Marans opi doe. 9 pp. 7526 N's Bias inn “Dom Embuixadres de BLRel D- Afond Viera. 1; Brag 1985, pp. 42-13 Joaquim Versio Seo, Rela des Hare entre Poel Pra 1430- His Pars 975.9108 Eno rpms e Carbs. 0 emer fib de Dae de Rol de Flip, 0 Bom Pen anu Versio Ser. pi 9p W809; de, Hata dePolo 2.98, Pp. 98-99 vice whee B'BORCONHA Paral do Renasciments i Crise Dinitia A Conjure 93 MAPA XXII Principais ined de guerra de 14750 1479 Saindo 2 pressa de Portugal, D. Afonso V ao convocou cortes nem informou formalmente 0 reino das raz0es que o levavam a pretender contactar directamente Luis XI”. Em termos governativos. a frente dos destinos de Portugal ficou, como regente. o principe herdeiro. D. Jogo, que tinha igual- ‘mente uma procuragio para govemnar os reinos de Castela, como garante da realeza do pai" | saabinit MAPA XXII Iinerrios Maritime e Terresre de D. Afonso ¥ ‘Z | Bayona: Tuy Valeng L Poraegre Alege Gop 4 ‘Afonso V Principe D Joao Outros Tul poiconamento lev Jong Versio Serio a conelir que 0 momar eletuc a ‘age como ft Je Cana nip con ede Portal (er, Rel des Hira [1-9 19, "idem Hist de Portal] 3-9. 97 ous Porrugt do AAs recepgies a0 monares Ghegada de Afonso V foi comemorada com a libertagio ck: preven Remascimen i Crise Dinstioa 3 foram sendo diversas. Se, em Perpignan, ‘Nimes sme 30 monarca parece ter sido menos cloros6' Em Pork ek ean a com 9 direito de eriar um mestre de cada oficio, mereé que bere Hei pela princes vez um estrangeit Antes aindarg oe ne fates em Tous 0 clorouo. © re de Portugal rescber oo cidade, sendo-Ihe dedicado “um muito soles nF Portas ‘com palavras de grande venerayioe manne eae Sela”. Nao obstante, Jerénimo Zurts econaes de Afomo ¥ “atavesou ‘oda a Franga com mo pouecaae fy ém nenhuma coisa declarou mas gus cong eed ne recebimento, entrezando-Ihe is i chaves 2 ot 4.2% de Portugal entender que, enquan durase a campana ‘militar contra Carlos. o Temeririo, na regio da Lorena, ser ipossivel conce- dertheo apoio miltar requrido na quowt de Caren ee iHome ¥ resolvententar conta os inimigs,dingindose oa duque da Borgonha. Cates, 0 Temeriio ea neto por via matéroa. de D. Joie Ide Por ‘gal e, como tal pr imo de D. Afonso V. Embora iio mantivesse some 122 Prvilegiados com Portugal, também alo tina conadoteasdes oe ‘mesmo apds Alfarobeia. De facto, emt S71, Reece eck loa do infane D. Fernando, iio de Afonso V. falsiae, BF eXEquias por mateeerment coven embuixadas « Portugal. urna dlas compos es ‘médico portugués Lopo da Guarda e pelo jursta Nicos 8 ‘Afonso V pelas suas conguista africanes ¢ para aie ara fete ‘onarca para uma alianca com a Borgonh, Aragioe Coste Serge Denis. “Le Voyage en France Alphonse Bult sons SE te Voge s none V de Portal, Balen Hispaniqe, tomo |; De asakues moo tenha-se cm conta que exe pvilégio bene ‘Taegu Pie, Pomel ce Ben Rade Pina op. ci eop cen Philippe de Cormmines. Men Aver Paupts, Brugen 1983.14 tn We Se Liston Pas 198,518 se 10 Histories ot Chromigewrs du Moven Ages ed A Contra 9s Luts X1 limitara-se a apoiar a pretensio de D. Afonso V junto da Santa ‘Se para obter a dispensa apostlica que Ihe permitisse consumar 0 matrimé= rio com D. Joana, enviando o Senhior de Saint Vallier a Roma. com os tres «embaixadores portugueses, 0 conde de Penamacor. 0 Doutor Joao Teixeira e Diogo de Saldanha Para os cronstas castethanos, Luis XI aconselhow D_ Afonso V a ssar-s legitimamente com D. Joana, pos 0 desta forma se podria int ‘ular rei de Canela e. 6 ness cireunstincias podria ajidar Ter latado de uma resposta dilatéea. a qual permitia a0 mona Sahar tempo”, Enietanto, Fernando ¢ Isabel nao deaaram de presstonat ‘© Papado no sentido denio concoder a referida dispensa™ A $d unto de 1476, 0 monarcas deram insrupbes a Garcia Mariner de Lerma, embi Xa em Roma. pura este rogar 20 Papa que no concedesse a dapensa rgumentando, ndo sem algum exagero. ue mesma "sera casa de otal desruigo doses reinos cde outros mulis einose ainda da maior parte da ‘Cristandade © Sumo Pontifice comegau por sr contro tal rojseto mas, aps a mort do dugue da Borgonh, acabou por mudat de oping, roporko,incluivamente, ue a gaantia do conséeiofosse daa expres Samente por Luis XI". Segundo Jeronimo Zura, a refer dispense fo oncedids por Sixto TV a'3 de Fevereiro de 1477, vndo a er revowada com Dezembro do ano seguint™ Entretanto, a morte de Carlos, o Temeririo, implicou a concentragio de esforgos do rei de Franga em ofensivas militares na Picandia ¢ no Artois. com © objectivo de reaver os seus feudos". Nao havia oportunidade para ajudar 0 ‘monarea portugues, Segundo Damido de Geis, “schou el rel suspeitoso de o el rei Luis querer prendere entregar preso a el roi Femando © 1 Rainh D. Isabel, om a qual suspeia e temor.desesperao js das cosas de Panga, deter ‘now de ira Jerusalém servi Deus ede todo deixar a covsas do mundo AA Viagem revelou-se um fracasso © um sumidouro de dinheiro, tendo as oficialmente mas, na Pr religiio. Eram conversos relapsos, se m os podemos chamar. Isso motivou a introdugtio da Inquisigéo em siela e Aragio em 1482 ¢ a fuga desses relapsos que cafam sob a sua cada e que procuraram reftigio em Portugal. Porsm. em Port te cntio™ Dl os converto ‘Orta vinda em leas su on confess Pafsvizinho, gerava um ambiente de frutragio, na medida em que essas Familias possiidorss de avultodas fortumas,sigificavam uma potencil meaga para os iteresses da debi burguesi portuguesa. Acima do fesse Serio ¢ de A. H. de Oliveira Marques. (=4 Expansiio Quurocentista), voordenagdo de A. H. de Oirvees Manues Lisboa, 1998 L 7. Documentos Acerca Portugal do Renascimento it Crise Dindstica ‘meno regis que cxstia sempre dum modo latte no subconcen pos soca imherdon no elaento popu, vencanec eet {exo qu ameacava os imeresss economies da Wes posi ‘conbeceu,cm 1482, Seenusie de es ‘ia cde sis, no au no fo apoino pelo poder rat” Por ac dioceses foram inuiidas as presengas de comverso. Pongal Sesh mesmo a concer fogueras contra os epson, como aconeces em ae fem, onde foi qucimado Joo de Neb" Mulion dssescomversoe ae ‘utorizados a prt para outros eins da Europa, En 1482. a Inqusiio entrou em Casicl e, um ano depois estava etcetera expulsio dos Judeus das dioceses de Sewing; Calis Céxdova”. Tl media aneeipou a de 3 de Margo de 1393. dete! Femando¢ Isabel ordenaram a expulsio ou a conver de todts os lakes aldentes nos seus seahorios, empenhados em estruturar umes es Monarquia,baseada no principio crrente a0 tempo © quer susan sera Ler a defini (cua regio eas religio), de que eno staan, tej aimesma religio, pos assim se evitariam problemas de obedionee a silbitos se consolidria o poder real™,Os Judes foram, soi pee seando Swirez Ferinder vtimas da maturagio do poder bolton om a medida castehana de 1492 0 ride Portugal contra opareer de Iuits conselheios © dos principals concelhos do rein, aueoe eee Bagameno, a passagem por Portal dos jules vndey de eo ae Bopulagio nacional. Novos Contos sets de can, lone eat dot em diferems cidades. Ore tentou a converse dex tae oe «Seria. sevidio como judeus ou terdade como erate nos tentatva de bapsme frgado™-Os que no acetaran ee bonnet ansormados em judtsstivos do feo seus ito eae oa Homer Baquero Moro. Marinades ¢Conflios soci “dem dom bp 122183. _ toler omen tas lara ous cna Fer Tavares Os deus m Portal no sical AV, Lish, 18 ep dibe t 3 0 sed Wiss, 982, 7 Caine Ba Noble « Marios Marc, La Un dels Minors nginx: Po Pot Bear. eins, 8p 26 “is Sire Ferma op ct. 00 de em, 9.305 ° "= Mai Jose Pita Fro Tavares Judo. roo em ges salam, ct Mage Aug A Conjuntura 707 cirea 1493, a Alvaro de Caminha. donatério das [has de Sdo Tomé, para a colonizagao das mesmas. Jerénimo Munzer, viajante alemao por terras de Portugal. revela que a ultima inten¢do de D. Jodo II seria a de expulsar do reino, numa primeira fase. todos os judeus castelhanos conversos. ¢ numa segunda fase (Natal de 1496), todos os judeus, mas faleceu antes de levar a cabo tal medida™ D. Joao I manteve um retacionamento privilegiado com Maximiliano, rei dos Romanos © depois imperador da Alemanha, filho de Frederico Ill e da imperatriz. Leonor, irma de Afonso V. Em Portugal, os fastos e nefastos da sua vida foram celebrados como se de acontecimentos nacionais se tratassem ¢.em 1494, foi assinado 0 tratado de Colonia, de amizade e ndo agressio, que impunhs auxilio mituo, excepto se D. Foto Hl atacasse o rei de Franga ou se Maximiliano agredisse o rei de Inglaterra, Feito claramente contra ox reinos de Castela e Aragio, tornou-se totalmente instil quando se concretizou 0 tratado de Tordesilhas"™. ‘Com a Franga foi assinado um tratado em Montemor-o-Novo, em 1485, Interessava a Carlos VIII ter um aliado ibérico contra Castela ¢ Aragio, E dentro deste bom relacionamento que se deve situar a vinda a Portugal, em 1493, de René de Chateaubriand. com o objectivo de participar nas guenmas contra o Islam, mas que D. Jodo II teri antes utilizado como espiio em Eranga. Mais tarde,em 1494, 0 rei de Portugal ajudou Carlos VII num assé~ dio naval a Napoles, ao mesmo tempo que 0 monarca gaulés apoiava. junto de Roma. a pretensio de D. Jodo I em legitimar o seu filho bastardo, D. Jorge. com o objectivo de the legar a Coroa. Em 1495, finalmente, o rei de Portugal recusou-se a integrar a Santa Liga, criada por Femando, o Catslico, contra Carlos VIII e apoiada pelo Papa’ Menos importantes foram as relagdes com os Estados italianos"™ ¢ com a Inglaterra, onde se chegou a pensar fazer casar a iema de D. Joao II, D. Joana, ‘com o rei Ricardo Ill. Os bons contactos dos Reis Catdlicos com a casa de Tudor levaram D, Jodo Ila manter e consolidar os apoios imperial e francés. As relagdes de D. Joao II com Castela tiveram sempre como base © desejo de manter a paz, mas ao mesmo tempo de ndo deixar abertas frestas que possibilitassem o enfraquecimento portugugs. As reparagOes que 0 ret ordenou que fossem feitas das fortalezas portuguesas da raia em 1.488, acrescida da ordem de construgio da torre de Olivenga, numa época de paz plena e apesar dos protesios dos reis de Castela™., sio exemplos disso mesmo, Jerinime Munzer, Viaje por Espa» Portusal 14-1495), adusto, Madd, 1991 pp. 17-173: Maria Jose Ferro Tavares. Jal ¢ Ingasigdo Lp 23 ean Aubin op ct pp. I-113 ste ator coig, 3. {dno 38 signs dos cro gue lnuela Mendones documenta n9 sea estudo,“D.Joue il € Maximilian, et dos Romance, ontnbuiso pars Histris das Relogdes Luto-Germinias (1498) Ay Relaer Euoonay ae Pore nox Fina da dade Meta, Lisboa, 1994 pp 33"128 “dean Aubin op citpp 117-124 13, Manuela Mendonga,"Aspecios da Relies entre Ponugl ¢ as Replica Nalianas 0 ime Quart do Séevlo RV". AS Rela des Externas de Portal os Fata lade Meds 6 Sean Aubin. D. Jno Ie Hemry VI", Congreso faternaiona Burtlomeu Diese sua Epo, Actas. nh pp. 191. Rut de Pi, op cit cap. XXX, , 94S: Garin de Resende, opt. ep. LXX. pp 102-103 eacoes seoestanisu Sbstante se veriencmn lo Renasciment i Crive Dndstica A itinerncia constitu uma earacteristica da propria realeza, nag relhor conheciments gio. levando aquela um melo contol do rt por pre do pe Houve. pois, uma tendénci evolu vez mais sedentirios, eee “pi Di se carfcter sedentério. monara (a. ino, excepto a teas da Guarda ede Riba Coa, mas pase get las, Tendo sempre em cont cca Ientagio nfo nos eucida sobre dos o das do seu etalon Coe Ue. por vez, a entre a chancelaia & 9 monees sora alguns apecion enemas dee see eee __, Joi Verssimo niio fez cileuos sobre o mimero de dias tara {A384 enquno o Algarve (nde oe mere eee Monteroro-Novoe ora meecerum 1 pes gui de ene *guindo-se Montemor-0-Novo ¢ Santarém' mene " Joa Versimo Sento, inert de E1 Rei D, Jago 1 481-1498), Lisboa, 193, vn p.241, Ri Coss Gomes Coe dos Ris de Prue no Final de ade ta, Liston, 109 Jasin Versio Seno, ci. mapa ene 23 pp. 24.25 arr efile Demon Braga hance Pres Biss ed ov de WitecaNaclonal, 2 sn 8 5.42. ison ee en A Conjuntura 709 voltoua tera presenga do ride 1 de Fevereiro de 1487 220 de Janeiro do ano Seguin, com algumas excepgdes (ene 1S a21 de Agosto eteve em Povos e entre 16. 19 de Dezembro possvelmente ‘:Almeirim) De 17 de Maio a 7 de Setembro de 488 passou por Almada. De 29 de Novembro de 1488 2 II de Junho do ano Seguinteesteve em Beja. Com breves excepgées, Evora vis Df Ide 9 de Novembro de 1490 a 1 de Maio de 1391. Em Lisbo, vivew ore! de 5 de Outubeo de 1491 a 31 de Julho de 1492: em Tomes Vedras. de 31 de Margo a 23 de Setembro de 1495 (com uma ida 20 Turifal e 4 Lourih de [2 28 de Junho! e. em Senibal, de II de Maio a [6 de Setembro de 1498, A dima estala pron ‘zida ocoreu em Evora, de 10 de Outubro de 1394 a 18 de Tula de 1495. Em conclusio, embora D. Joo II tivese visitado viras localidades por pequenos perfodos de tempo, por exemplo, Almeirim, Abrantes. Montemor- {o-Novo, Avis ¢ outras fol em Lisboa e vias proximas, como Sintra, Almada @ Setibal, para além de Evora, Beja e Santarém, que permaneceu mais tempo Seguido, por periodos que osclaram entre quatro e ofize meses, Pratcamente ém todos os aos a corte estacionava em algum lugar no minimo quatro meses, excepto em 1483, em que a estadia mais prolongada ocorreu em ‘branes, entre 15 de Julho e 11 de Outubro. “Tis tendéncias parecem ser confirmadas quando se analisa a itinerincia dda prdpria chancelarta de D. Jodo Il. De facto, sabe-se que entre 1481 © 1493 faqdela preferiu Santarém (27% do total das estadas), Evora (20%), Lisboa (18%) e Abrantes (5%). Todos os restantes locas ocupam percentagens iguais ‘ou inferiores a 33" Com a sua subida 20 trono, D. Jofo Il preocupara-se imediatamente em desfazer as Tergarias de Moura’. Assim, em Maio de 1483, D. Afonso e D. Isabel ficaram livres, concertando-se entdo o casamento de ambos para quando alcangassem 14 anos de idade. O rei de Portugal conseguiu ainda que © dote da infanta fosse aumentado em 10 contos de reais", passando de 40 para $0,000,000 reais Em 1490, realizou-se o casamento de principe D. Afonso com a infanta D. Isabel, confirmando-se, assim, o tratado das Aledgovas. Em 1488, povco tempo antes de o principe completar 14 anos, € tendo infants eastethand 18, comegou ori a pensatem por em pritca ‘enlace. Em 1490, reunu cores para obter um empréstimo que Pert tise realizar umg boda sumptuosa ". A mesma celebrou-se ainda nesse ‘mesmo ano, em Evora, tendo-se realizado fstas com uma magnficencia Sem parlelo na histria recente do rina”. "oud Manuel Gaia, Breve Panorama Bio-Bibigrifio sobre D. Jodo I Lisbs. 1888. “Rul de Pina. “Chonica d*EL-Rei Don Soo tn Cras de Ru de Pra cop. pp 05.90 Gara se Rese, Cromica de D-Joan I Jocap XXV. pp. 48-7 Rule Pa, op it Sap. Xap. 913916: Gaia de Resende. op. ps. XLIXLL ppes3-36 Rude Pin, p. ci cap. XXX, p48; Gari de Resende, opi ca.LXXIL p07 "ta Gongalves, Pion Empreiimas [| pp. 288-20: Armd de Sous pe presag-as. © Rul de Pina, op cit. caps. XLV-XL Cx eNR pp 50-187 pp. 986-980, Garcia de Resende, op cit 9s CCASAMENTO A.guestio stcesSons 710 Portal do Renascimento Crise Dinstica bi ae rem sepa. a engravidar, regressou a Castela’”. No dizer expres, oon aa Resende: “Era de dezasseis anos. e casado de oito meses, ps > entre os mundanos, mui quisto dos Castelhanos / descanso dos Por é Sicses/ uma triste terea feira/ correndo uma carreital ‘em um cavalo caiwy io/'¢ morreu desta maneira” . aa A more do principe herdeito D. Avon saci © D. Afonso provocou um desgosto ipa: tng a ae © Monae onus algo melange, ene ee # Carregada de religiosidade'" ¢ descurando mest g0es gover, natvas*.O lea da stesso discern os rn aati Bone. ainda tera tentado uma reconeiliagio com brando-se, num retiro de ambos em Sintra _gerar outro flo" . mulher, D. Leonor, vislum. luma derradeira esperanca em 8m a depois: Ect’ Bias ads de Sanago ede Aviom ian Em 1494.0 rei enviow a de Avis, para tra Papa Peso da Silva, comendador da Orem ar juno do Pap, de Tegitimasto: Conca Se po. isan, Ps: i eo. pp 92-988: Garcia de Resende 09 i. cap. Cx Garcia de Resea = ne. “Mincin”Cinia de D Joe it ee op t-<9- CLA, 2620 arbi no dra cen ofan oP RN 27 Misceltnea 1.9. 384 ‘Sobre ete pring ea | A Conpnsura mH apoio nesse sentido prestado pelo rei Carlos VIII de Franga (hié mesmo um ‘documento da senhoria de Veneza que refere que D. Jorge. a tornar-se rei sé -lo-ia com a proteceao da Franga), registaram-se na euria as presses de sinal contrario, movidas pelo embaixador dos Reis Cat6licos, para além das do cardeal eastethano Carvajal e do purpurado portugues Alpedrinha, teroz adversério de D. Jodo IT”. Entretanto, os monarcas de Castela e Aragio enviavam emissérios a Portugal. procurando dissuadir 0 rei desse projecto ”. (© monarea teve ainda de contar com a oposigdo tenaz da rainha e, agindo na sombra, da duguesa D. Beatriz, sua sogra, mie de D, Leonor e de D’ Manue!™ Segundo Zurita, D. Jotio II teria chegado a projectar obter do Papa 0 divéreio de D. Leonor. para poder easar novamente ¢ ter out filho legitimo. Fracassada esta hipotese, teria procurado uma solugdo de compromisso: D. Manuel herdaria 0 trono e casar-se-ia com D, Isabel, a princesa vidva, filha dos Reis Cat6licos e D. Jorge receberia os dominios ultramarinos portugueses a mao de uma filha bastarda de Femando de Aragio”. Mas 0 plano nfo ‘esultou, D. Joio II acabou por designar D. Manuel (seu primo, cunhado © duque de Beja) sucessor, ou porque aceitou 0s conselhos nesse sentido dados por dulicos como D. Femando de Meneses ¢ Antio de Faria, ou porque soffeu a influéncia de um seu confessor, o franciscano Jodo da Pévoa!, afecto 1D. Leonor, ou porque atendeu a pressdo dos Reis Catslicos, 0s quais no ‘atificaram 0 tratado de Tordesilhas enquanto D. Jodo II nao designou 0 cunhado herdeiro™; ow ainda, 0 que parece mais provavel, para evitar que & sua morte Portugal sogobrasse numa guerra de facg6es, de que 86 os reinos Vizinhos se aproveitariam”. Assim, redigiu o seu testamento, a 29 de Setembro de 1495, Para além de indicar 0 herdeiro, pedia a este que zelasse por D. Jorge, para ele reque- rendo todo © patriménio que a D. Manuel pertencia enquanto duque, 0 que hnunea se efectivou, Até praticamente 3 hora da sua morte, manteve-se em segredo a decisio do monarca, a pont de os Reis Catdlicos terem os exérei- {os na fronteira prontos a entrar em Portugal caso a hipétese de D. Jorge tivesse sido a escolhida. Por todo 0 reino se vivia um elima de incerteza, prenunciando mesmo o horror da possivel guerra civil” or outro lado, D. Jodo I ia definhando. Desde 1492 que o seu estado de saiide declinava a olhos vistos". Em Outubro de 1484, tera jé ocorrido uma ‘Jean Aubin, op. ct pp. 123-124 127. Sobre Alpedeiah, cf, Manuela Mendon, Jorge a Casta. Cardel de Alper. Lshos, 191 ean Aubin op: cig. 133 * lem bem pO ern bem: 1 Terie: p. 135-136 ®Manels Mendon. Jodo I. pp 68-468 Sobre oconesor, ver Friciso Conia Livos dos Milagres de Nossa Senkors dat Vides compas or Fret Joi da Pon cy 12977, Revs da ibineca Nocona, se 7,03. 1 Lata 188% pp. 10 9 enndrament eas or io Francisco Marques, “ranescanos ¢ Dtinicanos Conesores dos Ret Portuguese ds ‘Ss Primers Dnata, Espinal e Polite", Eypiialdadee Corte em Por (Selo, ‘ura xvi, Poo, 1983, 9.33. ™ Ls Adio da Fonseca, O Trtado de Todesithas «a Diplomacia Las-Castelhane no See Vis, 19910 lean Abin. opt pp 38-19, ‘ej. no pst volumes. 386, °= fem, fm, pp 37 °° Rud in, op ir cap LXV. pp, 1012-1013: Gavia de Rese. op. cit. capCLXH.p. 28. Portugal do Renascimento Crise Dinas brimeira tentative de envenenameno aris eta de en fo monarc. quando a cone es sae Branco’ Logo apéso casamento di principe, neve eee assolow a corte. E, desde 1992.0 rel softew ropes ort sta sma”, infomas de um mal ue provolone por sansa sees © aria. acaando por olevar more wes ans depose, sme” Mais ee tio momentos de Da i, pans stm lan wei 0 algarvia de pescadore,alnalo demu ge Sia ib ai do hers ge = a ae etn ‘ ae Thes por forga aquilo que eles sabiam up pero nda ease. Facey mo meio oe grade obs a sso. oc ordem de D Manvel puny Bab Ens ie = al sa depo orm e D Manuel para Bath Em ora ca a ea {tial mito, sendoicsivament cxpecdos mare ee umba, Para a construgio de tal ‘i ic "Vinos el Ret Dy foe ol ilo ted contibuido Garcia de Reson aueridodedos grandes mal tema vimes usigads/ ele por sano havags ome a 3. D. MANUEL T Mattel cama om Alero Sl. 2.7 de tuner pase Fo mais moo de dees Re de Bea cxiver em Cale ones He Cael Argo nas as de Mowry oe, Mone 24 ido, D Bog, em a8 age qus esa oe dae de Bejne nko de gue de Vs Nese mone oy ie de dese Be se, Nese mesmo ano faa {2Mestrado da Orde de Crise em 148 omouss hone a oO ‘ntre-Tejo-e-Odiana e condestavel do reino,. ees Outubro de 1495, nig Wo. irmio de Afonso V inte da boa educago da infanta, de onde regressara em Abril de Pd sm op “* Sobre o problema do envener oe cmneditye mem in mms pn roe akties i tsa pe «Sea ones Sam 8 se ap Se ee eae ws, te Sat aes ieee ait Femando'F. Pomusal "U0 evi matte E Potugl “Ut Taigmen Deleon de D. Jo par r sire 2 Bae eae ae lt prs com D. Man ike ova eid. cnnforme 3 princi A Conjuntura 78 Nao tendo sido jurado herdeiro em cortes, convocou-as de imediato para Montemor-o-Novo vendo, assim, completamente legitimada a sua realezs De facto, a contririo do que & primeira vista se poderia pensar. no foi pacific transi de poderes. Um documento répio de 28 de Outubro wr Gis que se sequt 8 sclamagao em Aleseer do Sal — , irgido cimara de Evora, mandava que aa cidade se fizessem as necessirias ceriminias ‘Porque soubemos que nessa cidade havia alguns competimentos neste Nas referidas cortes D. Manuel decidiu autorizar 0 regresso a Portugal dos fihos do duque de Braganea, D. Jaime e D. Dinis, dew procuragao a um inimigo de D. Jodo Il, 0 cardeal Alpedrinha, para fazer em Roma a oragio de obediéncia do novel ret ao Papa Alexandre VI confirmou doagdes feitas pelo rei cessante™. Se D. Jodo Il tinha espotiado e neutralizado uma facgao da grande robreza, D. Manuel tentou a sua conciliagio, para mais que alguns desses inimigos do monarca anterior eram membros da sua familia mais directa O testamento de D. Jodo Il era claro ao determinar que 0 novo monarca no revogasse as disposigbes acerca dos ramos proscritos, D. Manuel nio aten- eu, porém, a esta disposigfa de seu primo e cunhado. Mandou de imediato cemissarios a Castela e a Roma convidando-os a regressar. Os validos de D. Joli II tiveram de abrir mio de alguns dos bens recebidos, (0 marquis de Vila Real teve de restr o titulo de conde de Ourém aos Bragangas. O novo conde, de Borba, embora se continusse a ittlar onde. tevetambm de resttuir A mesma familia avila de Borba. Mas no Se atende 620s expoliados. D Jorge. iho bastardo dD. Jodo Ise 10 ‘ecebeu nem o ducado de Beja nem o mestrada de Cristo, viv reconhecido © titulo Je daque de Coimbra, a0 mesmo tempo que 0 filho bastardo Je . Diogo. que fora apunhalado pelo monarea moro. recebew 9 titulo de condestivel do Reino, Se a casa de Braganga (suprimida em 1483) fi monarea esoeheee fecaci todo 0 reno aferi os seus pelos padre xe Lisboa, aaamegendo.desse modo, o papel da cidade enquanto cesar mercantil pola’ Oday aycteneto de naturaise estrangcros. Como, coe eas nio teve 0 éxito esperada" aman €asou com D. Isabel, viiva do principe D. Afonso, Evitava. tn 08 eins ego do dove ¢ mantinha-se a slagem do eercde 4 paz rainhe emants, Vizinhos. Realizados os desposérios, em 1a9y breve a rainha engravidou. No herdeiro de Espanha. D, companion Bi Otiz. bispo de Viseu e D: Jota de tne de 198. por Bec stmel®D. Label Param de Lisboa 39 e Minty Ponte era ls, Bajo, Guadalpe fond pears 9h? Conor Rei ani: Talavera de Ta Reina © Toledo onde we wrens oon esarestleas AS cones esavam convoeadas parece Situ o jramento™: De Toledo, « comes sepa 15 duramento em Castela decomeu sem problemas, o mesmo no acon- juramento Bee sg,bem due Femando, 9 Cabslico,dvesse meine que 0 ‘Aragonvues as realizado no dia imediato& chegada, isto ee Junho, “os Arsgoneses Iho no consentram por entlo, sobs ous torn ‘muitas alterea- Cf Ales Dis, Gentes pops ff vp 20 ~ Damian eee 20 ap ¥ de aimed Roe ria de area, Pp 22-209, 1 amio Gs. op. ci, pane cap 36. ee "Mer fide, pane iccape 27.39 3) A A Conjuntra MAPA XxIV ‘Vier dos Reis de Porta Cane Nena 1498) m conan no pdm el ape ee Teams os epurdos de VcogneBarclonn sobre ca rb Ravn Se iirc sfc rao ofa ec s n oe aes sade! au peda temcles ro it pips pn ms eee Fe pep des ment pts Anges ot cyacne ne Xm eoaloam co rucmeno So pipe D- Mig 13 Dede ceguaae pes een as te pace bigs fos orto D. Miguel permaneceu em eee mee : Saget Oona ores ease Seton, fzening perso py Acai del Due ei i ¢ Lisboa. onde chegou a’ dutu- aera yee pes SaDiMbel Nini his taeee ee Te nseres oe BS sa seeme a ee fr itsnel it Cares Praesens lon Ge Gs ent ramet a cps DM! a Cover Portes Renae de 2 mane, al spol © Sid ese Lane RTT eee ak 18 herdeiro de Portugal. Poucos dias depois. a Manuel determinava a mane de 0 principe seu filho Ihe su 8 dualidade mondrquica. ira como Portugal deveria ser governade, wceder, 0 mesmo é dizer, depois de se concreh Portugal do Renascimento t Crise Dinstica una extensa declaracio de p, pois izar Segunio ee dome, ram esr mats doin 1 deempntar pispls uns govinaoass sue a como as de lugar nent ontsiro mor. marechal capitio do tar. capita dos qinetes e-el, governador, condestive. alata” ualguer uo capo, mordomo mor, amare or easel = Bemund Vinceote Antonio Domingues Or, Mitra de low Morita, Vda raged de na Minor Mai 139. Aexputsio bas wouROS 7 Portugal do Renasetmento& Crise Dinistica facto, aqucles ue a Inusigo portuguesa 4 moures ob moriscoseram Sobreudo inuiduos omer fe No ie mouton ou mourscs etm sobstudyindvidvos onda ne Atria, uc foam vive para Ports por motos de oder veo oe damente a grande fome de Martocos de 1821. Baptizados, mal doutmoene, crate ma ling rin se casos @ sua religido e a viver de acordo com a: fimica A Sua presenga no territ6rio portugués reduziu-s mca aera 5 rsens to opus reas sbrshunes 3 pe ae pam mero aos com as mas diver orgs. Ain dees ay 4. D.JOAO a2; a eri crs e Lion 15% om pn sos ea ma SS as inacdo expressa de lanuel, em testamento, s6 0 devesse ae ‘quando completasse 20 anos”. acne forse ‘eet jem d's. sn ca comps de outa joven, come seus ios isabel. de 18 anos bats ae ee Tacnando. de. 14. O rei morto deixara mesmo como filhos aigumas criangas, fs como os infants D. Afonso, de 12 anos. D. Henrique. de 9,D. Duarte de ene laria. de seis meses de idade. Alids. na época, a cena politica europeia sre dian nina nape mae af Psi ma lea,» Cae Rese tee ieee en epee a ee tla gore pros od ant on Sy nr oy ea) Bas as 0/5 ele Se pet las es “SS pc lat enon de aa a pr, pps ars rasa os Capea pe ee sce et Se a en ca re Roatan beatae Sec Sots mort de D. Manuo cf Paulo Drmond Braga ete! MR, Mendes Deel Braga, «As Duss Mortes cl pe Poafepet ae te eae Sol Ann Gomes poo 317-47. As Goma Tore do Toi vl Uso 1967, pp. 12-13, mer ity Sitchez Mores. Franeses, Protesancs. Tur’. Los Eales amt ta Pl cima de Carls V.Parphona 1981-9. as Gavia de Revendopspp. 3 4 Confuntara 7 rat, antes pelo contriio, fizeram que a passagem do testemunho tivesse sido stasamente saudada por homens como Gil Vieente e Garcia de Resende™ Foi, em grande parte, devido & sua juventude e &s mudangas de diferentes cconselheiros, mais ou menos progressivos. aliadss as amarguras da vida do rei, que se pode falar da existéncia de dois periodos diferentes de governaco no reinado de D. Jodo Ul: 0 primeiro, mais tolerante e aberto as novas corren- tes, 0 segundo mais radical ¢ retrdgrado, ‘© monarca era a figura chave. Ao contririo do que se tem dito ¢ redito, nfo era um homem de maneira nenhuma falho de inteligéncia e de poder de ecisio. A lentidio que se Ihe atribui resultava menos de “inteligncia pouco viva e falha de rasgo”, como ainda hii pouco tempo se escreveu™, do que de tuma enorme perspicécia politica. Na realidade, 0 protelamento das tomadas de decisio nada tinha a ver com irresolucdo, humor taciturno ou sensibili- dade as opinises dos que estavam proximos, mas sim com prudéncia ¢ habili- dade politica®”. A lentidio de D. Jodo III era uma arma pensada e usada por sia seu favor, para desespero da corte espanhola" D, Jofo IT manteve a equipa goverativa do reinado anterior, como 1. Manvel als, The ecomendars ert testamento: Antnio Cameo, 0 conde de Vimioso 0 bardo de Alvito,o conde de Vila Nova {de Porimiol « 0 conde de Tarouca, Mais tarde, sugiiam outros noms tas como o conde da Casta- nea ¢ Paro de Aleigova Carneiro, No ciruloitimo e resto do soberano Aesempenharam sempre lugar de relevo sua mulher, a rsinba D. Catarina (casas em 1525) eum de seus irmios,o infante D. Lu (iho de D. Manvel governou Portugal quase 36 anos, tendo sido um monarca mais sedenirio do que itinerante. Ente 1533 ¢ 1836, a core estevepraticaments fina em Evora, com curt deslocagges a Almeirim © 4 Setubal, or exemplo, Garcia d Resende chegou mesmo a exortaro monarca 2 dar ao burgo alentjano os mesmios privlégios de que gozava Lisboa" « € hotio que houve um asinalével desenvolvimento cultural da cidade™. De fualguee forma, mesmo as estadas mais curtas em outraslocalidades aponta- am para uma tendenciasedentarzadora da corte. Por exemplo,em 1551, é dmtsvel uma esta em Almeitim entre Fevereiro e Novembro" ‘Com D. Jodo IIL, tormou-se manifesta a preocupaglo ¢ a consequente tomada de medidas no sentido de levar a cabo uma melhor organizaga0 do font Cams, Acoma de D. Jon I. Lisbs, 1990. Joaquim Romero Magalies, cD Joo lils, Msie de Portage [v0 3.p-535, Aad Via -La Cour de Porngal vie por Lope Hurtado de Mendes (1838-1832) Découvet,e Portage Europe, Actes de Clog, Pats 980, 9p. 134135, Tete! Marta Ratero Mendes Drutnond Braea. Peninsula fre pp. 14317? ong Romero Magus, Jo II Hiri de Portugal. ¥0l. 3. 9p- 330-535, © Mara de Deas Bes Manso. Evora. Canal de Portugal. 133-1537,2 vols dserasio ‘de Metra (Lisbon, 199) alo a comltar Som mais precsosoes). "Aelia Mara Poni Siva, O Cardeal Ife D- Menrigue.Arcbiso de Evans. Um Prelude ne Lima da Virgen Trienina provas de sido agen e epachade inca (ot, 1989). DL M. Fad Leners of Fob I King of Portage. 1521-1537, Canidae, Massachosets, 1931, pp. 376391. Sobre on ineraos de DS Il, vee ain nota dada poe Jot Jose Aves Bas. -Un Bunget Royal au Portugal a X¥¢ vie” La Soiabi Tobe. Commens er Comsat a Travers tes dpe, Rowen, 1993, p. 157, m1 § es 726 Portugal do Renascimento Crise Dindsica Mapa xxv ‘Comarcam-provncias no comego dose. / Bea Esremadira Entre-Tejor-Odans 30 A Comjuna territério, Assim se compreendem as reformas administrativas, civil e ecle sidstica e a delimitagio precisa das fronteiras. Para a realizagio de tais refor. ‘mas, © monarca habilitou-se com um cecenseamento total da populacio (em fogos. isto &, nicleos familiares) do reino, efectuado entre 1527 ¢ 1532°*.No {que respeita A reforma administrativa, das seis grandes comarcas-provincias divididas em 14 sub-comareas pelo menos desde 1516, verificou-se nova subdivisdo, efectuada entre 1532 © 1936. Portugal passou a contar com 28 comareas, 0 que implicow a criagio de iS novas ¢ a extingio de uma, em concreto. Alenguer. Depois, houve necessidade de proceder & correcgio de alguns aspectos, o que levou a nova ordenagdo, que entrou em vigor em 1540 fou 1541 e ainda a algumas alteracdes posteriores. No entanto, nao se altera- ‘am os grandes limites das correigbes"” (Mapas. XXV, XVI, XXVID). Reforma Administrativa Civil —— Guimaraes “Guimardes | Ponte de Lima | Ponto Porto | | Viana da Foe do Lima ‘Tris-os-Montes Miranda ‘Torre de Moncono | Torre de Moncorvo Vila Real Beira Castelo Branco Guarda Guarda Lamego Pinbel Viseu Estremadra Alenguer Abrantes Aveiro. Coimbra Enire Tejo © Odiana Beja Beja | ror Evora Portaegre Algarve | Algae Lagos | Tavira * Jado José Alves Dis, Gentes Epcos] vo. 1997p. 208.232. Vejase wap ore wae ie bom. 0. Idem: idem: p21 tuo 70 Pornegal do Renascimento a Crise Dindsvica Paratelamente ao numeramento ¢& cing nistrativas, houve necessiade de delimiter linha de hon ‘havia ainda problemas pontuais. ‘ ie bdivisbes adm. Fa UMA Vez due lemarcagdes de Moura e de Car faior. No entanto, corey Pemanceamemsteng came Mw No canals pens = ena ae este ultimo aspecto, 0 monarca ene: vendo Afonso de Rese? = nares encaregou Mend Afonso de Resende Percorrer o reino entre as “fronteias” de Castro Marim e Caminha nn Seer ahr as meget en cc dem Gs a’ ae Livre mo Alen Sep oy em parca ene Mawr, io emo qu se veifewa sweden pare Degen purcelas de erin mcioal. Dos 70 eat ates a {uesties. de envergadura distin, em 2? de peti, Je ener dl 32 dees. se omitirmos as perdas de Depois de negociagdes c s aa desi de nesociagdes com Espanha,conseguiv-se Finalmente, Tina clara "Apo reforms admiisatvaeem si va.€em partlo com a delim _ tc D-Jod Il procede etorma eres, Sane na ees gle vil. Acrigo de nova dioceses, pura aldm de Ro sera es, una vez qe tis modiiagies mplcavam a dingareae ese, sua jus e a consequent redugso das rue’ ne Tee fr Rie Menke eo i Ri Mendes ung Hp, Psa Br. .8 eee cel te ce toe, Pete) Cl Re ier Fae, argo pment da te Ma Rin rel Ss nts. 10:10 nnangeny dos por sa visitoeao encom em vas dest Sn epic peo Centey de Estados Hines ions A Comune 70 autorizaglo papal. D. Jodo III tnha clara conscigncia da siuagdo, uma vez {ue aproveitou a oportinidade de ocomrerem sedes vacantes para solicitar& {ivisto das dioceses em unidades mais pequenas" Devido as ificuldades levantadas © projet teve de ser simplificado, Na segunda metade do século XVI, Portugal continental contria com 13 bispados ~ Braga, Miranda, Porto, Lamego, Viseu, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Elvas, Evora e Algarve ~deixando obispado de Ceuta de ter quaiquer administragao no eontinente™ "Ainda dentro da politica de construgdo e consolidagio do Estado Moderna, D. Joi Ill criou a Mesa da Consciéneia, em 1532, edefiniy as fungdes do chanceler mor, do chanecler da Casa da Suplicagio e do juiz éa Chancelaria para além de ter promilgado 0 regimento dos desembargadores do Pago™ No que respeitava ao Império Ultramarine o period correspondente 20 reinado de D. Joao III caracterizou-se por um expansionismo n0s trés conti- rentes, com a tnica excep do Norte de Africa. Aqui, a politica joanina foi de abandono da maioria das pracas conquistadas anteriormente e considera- das um peso de discutivel utilidade. Por contrario, abriu-se nova Frente no Brasil, inicialmente com o intento de proteger os transportes portugueses, contra os ataques de piratas ¢ corsirios franceses e ingleses sobretudo e, posteriormente, como meio de possiveis aquisigdes de terras produtivas € rentiveis. Assim se criaram, primeiro as capitanias e depois, em 1548-49, 0 governo geral. Também na Africa subsahariana se tentou uma penetracio, Sobretudo na regio de Angola, sem se descurar 0 «protectoradom que jé exis tia, desde havia décadas, no Congo. ‘Todavia © principal campo de expansdo ultramarina teve lugar na Asia ‘onde se consolidou ¢ até acrescentou o que fora conguistado em tempo de D. Manuel, dotando-se as novas possesses de um regime administrativo, financeiro, politico ¢ eclesidstico. Esta expansio ndo foi isenta de dificulda- des registando-se numerosos conilitos com os Estados mugulmanas locais & ‘com o império turco. Na China ¢ no Japio introduziram-se as primeiras sementes de um cexpansionismo que foi sobretudo religioso e cultural no iltimo caso, e comer- ‘ial no primeiro, Surgiv Macau. Grande imero de missionérios catslicos regaram a f€ no Japio, onde se conseguiram manter até comeyos do sé- ‘culo Xvt . Joio Il investiu indiscutivelmente na cultura nos anos iniciais do seu reinado™. Desde finais do século XV que Portugal procurava acertar 0 passo ao Jon Alves Dis. op. cit. pp 280-246; veja-seo capitulo I, A igen em Reforma fo present value em, bem. p.279 Joa Rowse Magalhies,°D. Jodo I, Hisiria de Portugal {J vo. 3.p- $31, Pra tum air desenlvimenio dass, jams os epituos Ve sb 3 sages sii © ‘oan ests mena Ns Mitra de Pormgal.cxertn po Alin Maes © Elves Canta Se esvedo Men "jim volumes somespondentes da Nowe istria da Expat Portage. See de fel Serie AH. de Olver: Mangues, *Vejise 0 euptaloX do poste volume. DoRENASCr 2 Portugal do Renaseimento& Crise Dinastica com 0 hu ‘ e com o humanismo europeu, quer com a presenga de escolar portuguese, fas universidadesestrangetas quer com vnda arto reino Je gue ney fiativas da cultura da epoca, como Cataldo Steulo Tudo ato tune Set conto. una dined nish nacional stand, ancy de tates individuais soladas". Dentro do projecto de construgao e convoldga Estado Modemo, cabin a moderizagao cultual do reno. DJoae lit gee Gout por investi na formas de quads fora do relno Enietanto,D.Jodo Il aolhia na cot os homens mareados pela renova: Go cultural europea. Portugal abria-se cada vez mals Bs novas Porenes oo Densamento,merecendo mesmo a atengoes de um Erasmo En 1527, Erasmo dean aD. Jot Il as sas Chrysostom ca brtiones, sadn provivel que 0 mona tee epaso saa gata Universidade de Coimbra, Quato aos depots, espanol ae Vives tari dedicva ao x Portugal oscu De Dsl Es Pose gal Joto de Bane. ato funcondno puting, pune, em SS eens Repicanana cba civaia de insprago eras, Nos estes sh oa ecb unto des Dams de Goren cheba Nome bi que na Su esiada europea conhecera Erato. Lars c Melnoies 533, Andié de Resende que dos anon antes ze sar spear asm comune dca is Yrs «Epa Ps ato, ea enviad plore a Salamanca fim de tare prs Pores Aamenco Nicolay Clenado, to preceptor dointant D- Henig fee cara futuro ei Em 1580 mesmo Ande de Resende poruncavs ea abortus das aus na Univeriade de Lindo. una Ora pro Rosi Gee onstitala ut serdaeio programa de forma do emi’ Neste ambiente cultural altamente renovador, D. Jodo Ill transfetiu, em 1537, a Universidade de Lisboa para Coimbra, melhor dizendo, extinguiu a Primeira ¢ criou a segunda. Fundou ainda o Colégio das Artes, outro grande ;passo em frente na renovagio pedagégica e cultural do rei sees ose Pero oF bas de Amico d Cos Rama, sor abe 0 2 fox Shan a Sia Dias. Pen Call open deh | tom 1 Coin 199; pp 307351 pak tue, de Imo 1 p41; Vin Maris,“ Humanism ain ea ended” Ersne das Calta Portugnc du XVie sce: Hananone os Ronasenee Get ale Portia. Lex Deas Regards de lana, vl. bur 199. fp S00 tat Moi de Si: De Re Eremiana’ pec do Eras na Cura Porta de Sedo Boa 97 Neto ede Ant Ro Seen Vid Curio ree de Movdernaie (cetera de 3. Magan, vl. de Hani de Poraser ee Matso)-pp. 0-30 = Ang Ata Pauls Quinta Ferra Souonayor “Cars-Datcatira de Esso DoH”, Aes ds Paced de Letras Fora ek Poros T9T1 9p ejnne ox considers no cap. XxAs Reads Curse, pp. 91-492 ‘Yj 9 capo X dopant da None Ha de Poel A Conjunure 73 Pra nova universidade, D. Joo It requisitou meses estrangeiros. como os espunhois Martim de Azpilcueta Navarro. Martino de Ledesma © ‘Afonso de Prado. cri0d junto ao mosteiro de Sana Cruz de Coimbra dois ‘stabelesimentor de ensino e outron Canton de fesidéncia de escolares © ‘eu, em IS44, novos estatuos& universidade. Em 1548, abriu 0 Colezio das’ Anes, Tratava-se de ma instituigao independente da universidade lestnada a dara quem desejava ingressar ness, uma preparagao de base 1D Jot Il chamara pars o drigie André de Gouveia. sobrnho de Diogo de Gouveia (Senior) que dele se separara em 1534. levando 0s bolseitos portugueses para 0 colegio da Guyenne, em Bordeaux, por incompatiil ‘dades manifestas com a orientagao escolistica do to. NO novo estabeeci ‘mento ihavam mestes frances. escocsses © portuseses, exes timo trazios por Andrs de Gouveia de Bordeaux e, como tal. conbecidos como “bordaletes™ Jodo da Cost Diogo de Teive e Anténio Mendes de Car val Mas acontecimentos de ordem varia fizeram gorar este generoso € revo~ uciondrio projecto, acabando por triunfar a reacgdo contra-humanista D. Jodo IIL, que acarinhara a renovagdo cultural e pedagégica do reino, cont buiu depois, decididamente, para o seu estrangulamento. Quando D. Jodo I sing a Coron, 0s caitos ene Carlos V mperador ¢ reide Espana, e Francisco fe) Ge Fring, eram uma realiade. Neste Soest a0 monarea portgues importa venficar ql posiao mais vanta- Jona parao reno, tanto mais que o podero portugues era lmitado. compara ‘amente com 2 Franga esobretudo com o Imperio. Etaavse numa época er {qe a tendéncia para a formagio ou o reforgo de grandes Estados tna alin {io proporgses que levaram ao desegulorio do sistema poles europeu 8 tmehie de ous rm, como Pomel, contre ies de wpe maida se ‘europeias face as ultramarinas”, =e im reagdo a Porugal a Franca preteniaconcreticar dos object scab om 0 onopi portugues na conta ctemal arcane no eee no Brasil. de modo a conseguir Para os seus siibditos ¢ para a sua Coro yl lueros 0 produtas de que outro modo teria de aduiri je ma Europa exratamente aqulo que Portugal tentava impedir, defendendo a todo. cxget pallies fo idee aan € tentando combater 0 corso™. Por outro. lade a rancisco I pretendia uma alianga com D. Jodo III, de me lo a obter a) Aue Ie ermitisem combate mas faciimente Carlos We * OCT OI izamos que Portal tna qucnas, quer de Espasa quer de Fr hia antages em se alia onium dos doe aces rage ment. Dao Il nd preted adoptar una plca que felon, do imperador debilitasie demasiado Francisco I, entando ants see tendenciashegemencas da casa de Aust, qu ambiionse ei bolo de ona nines A Fre com gum pss alse rac pa ns eo exon Reva o mans pa piconet rcs ms Pn dees Sa einer ime reno msc metas ane 2 ans rom sonar ede ities stut xen adn aa fs rats pac : f renders de meni commu aguilo que js veicava no final do eine de D: Manoel soma =f fe Sse sie Recut ere ns ta i te Sie ein sei Yer SP a esa ees ect sa eco crec eeepam ein te Ue NORE merece”. Aripeaga, Hira, 2" ste vo." | Pinta Degas O69 aa IS rot er hee ea ae oer fy ket Sane ats i Renae, eaglanal Brasileiro no Reinado de D. Joan If. Lisboa. 1984. pp B28, Ks ge oles Marius. A Pesistnca de Toes” bor, wl. 70, Coimbe. a pee 8 ObVEiTE versie sr nl cp Seng, ne ‘Caminos do Renascimento em Poruagal. Lisboa}. 11994, pp. 212-213, pas A Conjurenra 735 excerto de uma carta do embaixador Crist6bal Barroso a Gattinara, datada de 19 de Setembro de 1521, na qual se evidenciava a preocupagio de D. Manuel a situagio politica que se vivia entre o imperador e 0 rei de Franga, Neste contexto, D. Manuel ndo deixou de propor um entendimento que. a conereti zar'se, se revelaria bastante vantajoso: 0 easamento do infante D. Luis com Renée de France. filha de Luis XII, futura duquesa de Ferrara, a qual recebe- ria como dote 0 ducado de Milio* No final dos anos 20 do século XVI, Carlos V tinha conscigncia da neces- sidade do apoio portugués. A perda deste aliado, obviamente a favor da Franca, que entio procurava também captar a Inglaterra, significaria 0 aumento dos alaques as embarcagées vindas do Novo Mundo. Nio podemos esquecer que, para garantir a navegagdo de ¢ para a América espanhola, Carlos V necessitava de seguranga no Atlntico. Mas. para 0 éxito do trifego com o Oriente, Portu- al também carecia da mesma estabitidade. De facto, a cooperacio entre os {dois reinos foi fundamental para minimizar os estragos causados pelos ataques franceses ¢ até ingleses"*, quando, quer a Franga quer a Inglaterra verificaram {que atingir Portugal e Espanha passava por atacar as embarcagées que realizavam © coméreio com outras paragens. Entrava agora em jogo o Atlintico™. Toma-se pois claro que Carlos V procurava mais do que a neutralidade de D. Jodo IF" A Portugal também interessava 0 apoio espanol, traduzido no forneci- mento de cereais ¢ até de soldados em épocas de maior perigo no Norte de Africa. © apoio logistico de Carlos V. através da feitoria na Andaluzia, mostrava-se fundamental para assegurar a permanéncia portuguesa n0 Magreb. Essa presenea, por sua vez, garantia maior seguranga a0 sul da Peninsula Ibérica, Nao foi por acaso que. quando Portugal deixou Arzila, a cidade de Cadiz se mostrou efectivamente preocupada™. Havia, pois, uma ‘omunho de interesses, Por seu tumo. o que podia oferecer a Franga? Francisco I procurava obter vantagens comerciais e coagir D. Jodo IIT a fornecer-Ihe apoio financeiro. em, troca da ndo atribuiedo de cartas de corso a sibditos franceses, As vantagens ‘eram, assim, menos significativas. Contudo, o rei de Portugal, que praticava uma téctica dilat6ria, nfo pretendia afastar-se de todo de Franca, garantindo assim capacidade de pressionar Carlos V. ‘Outros factores iriam conduzir o rei de Portugal a inclinar-se mais para Carlos V do que para Francisco I. O imperador tinha forte interferéncia. no principal mercado consumidor da pimenta, bem como no trato dos produtos ‘mais importantes. Com a compra dos direitos sobre as Molueas, Portugal conseguiu nio partithar 0 monopélio do comércio das especiarias ¢ isso também o inclinava para o lado espanhol. Era fundamental para consolidar Charles Pit. “Correspondance Pogue entre Charles-Quint ct le Porugal de 1521 3 522", Compre Rend des Stance de la Commission Royale d Hisar ow Ree de ss Bille ns 43s tm Bevan, pp. 40-68 “> Ana Mara Perea Fea, “insless Alacam oF: do que Acomtses mada Tha no de 1589". 0 Fatale Perera Acorana no cals XV I. Actes do Cola, Hon. 1998 pe lols Jorge Borges de Maceo, op. ci. 7 ~ Aa contro do que defend Anwinso Domingues Orie, El Antiguo Regimen: Los Reyes Caicos» fos Ausra. vl. da Historia de Epes Afar, Madd 1983p. 290 “ae Mara Riero Mendes Dramoad Brag, op itp 267293 Ider, fd, pp. 736 orga do Renascimento i Crise Dinéstica a posgSo portugues lcangar condigbes de eguranga pra rota das expec Desse comércioadvinham rendimentos.ligagdes 20 nore a Euroee ea naval que asseguravao dominio do Aviano su A Planes dca como uma zona plena de significado para © comércio portugués, uma ver tad funcionava como polo de aproveitamento dos interesses comerciais do Aine tso, do Medtertineoe do fndico. dando acesso aos meteados alongs a, us deixase de er evident a concorrncla que as especiaris leva pat Portugues soiiam face 4 oferta iiana'" De qualqucr mous, a aoe mento da feitoria de Antuérpa, em 1589" oabandono de algumas penser Norte de Africa foram factores que debilitaram a posigao poruguess. °° De importincia diferente foram outros motives ue aprexima D. Jodo Il de Carlos V. Lembremos, neste caso, a elagbes fantheaes ee Iccidas entre as duas casas reinantes. Se sempre se verificaram tendénere para a ralizagio de enlaces dentro da Peninsula Ibctica os quis tla nak Dermitram acalenar 0 sonhoiberico, or favor de Espanta, orsa tne Portugal. também nio € menos verdade que a pottica de casamestes oree zac por Carlos Ve por D. Joo I deve ser encarada 3 uz do conten, ae peu. Os consércios do rei de Portugal e do imperador'c dos rene ty ‘ssegurariam a paz na Peninsula e nos teritstos dos dois imperos alee 10s e impediviam a inromissio da Fanga em Portugal 0 que poder 8 posicdo da corte portuguesa face ao conflito, ora aberts ory ene ne Carlos Ve Francisco I No foi por acaso que o monara portuguese ign tar sempre estiveram de acordo em nid deisar casa inane BM filha de D. Manuel. com o dem de Franga nem com um se endo ees Go pouco fot menos relevante que, em 1557. Juan Hurtado Ge Mien cee ke aes Oi Leo em Portugal, tivesse escrito a Carlos V. lizendo que. enquanto D. Catarina fosse regente, poderia estar tranquilo, pote ioe etiam cameos ene Praga es angio as esa da posigoes dos vrios membros da cone portuguesa. D. J garece ler deen um psiao pesca as lay ene Caos Vc a fee dando, ali, contnuidade pliica manucina, Nao obstunte cow ss 0 de ébitro ou de medianeio & margem ou acima des coniton eon os Progressivamente abandonada, primero a favor de umm ape tito depo uma aianga mais clara, o que nunca sgnificou uma ruptra com Frage, ‘final, eram mais signifieativos 6 agos que impeliam Pongal pan Exton do que agueles au faciltariam gpois a Franko I ou Heres Bees ‘mos, por exemplo, nas relagoes familiares que se foram estascecende ents 8 dias Coroas.na exsineia dos dois impénos ultramarios nt eceretice 4 coordena estorgos na epressio is heresasataves dos tnbunae de feng Oficiem resultado daespecifcidade da situagdo peninsular, noes seo ria duas minoriasétieo religions ata do Ronde Sampo Thuy Bana. at rth fu Fenda, Dipanat Pores do See X¥.Lisbo. 171, pi: em, “Um Portugues na Aleman oo ng Dear Rui Femandes de Alas Revi de Foca de Lea 3o eng eh a pac do Rosie Samp Tm Bar ee Casas Fernie de Alms eco e Mana de 53)" Pris Hsten a ae a ‘ee Mati Mendes Dumond ago cpp. 23-28 * Alfomo Daisy Burger. Dom Crista de Mona Brine i IR (1938-1615). Mae. 1900.9 ase Mere ie Coen A Peninsula Ibériea constituia. assim, um espago e duas monarquias, ‘cujos interesses e posicionamentos deveriam ser paraielos sob pena de insu: {ess0 nas politicas divergentes levadas a cabo por algum dos monarcas. Tudo dleveria funcionar com se estivéssemos perante um espaco, uma monarquia e lum mesmo rei. Tal parece ter sido evidente para Carlos V e para D. Jodo Il No entanto, este Gitimo sempre se recusou a que Portugal fosse entendido como uma parte do todo pertencente ao imperador, lutando, assim, dentro {das suas possibilidades, para no se incompatibilizar em definitive com a Franga. Durante o reinado de D. Jodo III. realizaram-se quatro aliangas matrimo- niais, todas elas com Espanha: o proprio monarca ¢ D. Catarina, irma do impetador (1525), Carlos Ve D. Isabel. irma do rei de Portugal (1526); 0 Filho € herdeiro do imperador. Filipe. com D. Maria, filha de D. Jodo II (1543); D. Jodo, herdeiro da Coroa portuguesa e D. Joana, filha de Carlos V (1352), De facto, no final do reinado de D. Manvel. comegaram a circular rumo: res acerca do casamento do herdeiro de Portugal, o principe D. Joao. Apds os trés casamentos de D. Manuel, com duas filhas e uma neta dos Reis Cato cos, era previsivel uma continuagio desta politica envolvendo o futuro ‘monarea, tanto mais que, como se sabe, a dltima esposa de D. Manuel fora antes destinada a0 principe. De qualquer modo, em 1521, este continua soltei, verificando-se uma conjuntura politica, ibérica e europeia. suscepti- vel de se poder optar por um rumo diferente. Portugal podia equacionar qual a melhor posigdo a tomar: continuar a pritica de casar em Espanha, ou optar por uma ligacio a Franca. através da filha ou da cunhada de Francisco I. facto 4 que no seria alheia a posigo a tomar no contlito existente entre Carlos V e ‘© monarca gaulés. Na decisio de D. Manuel e do principe deveriam pesar as vantagens ¢ as desvantagens que cada uma das opgGes colocaria. D. Joao IIT cchegara a pensar casar-se com a rainha viva, D. Leonor, sua madrasta, facto {que nio desagradou a Carlos V nem a propria. Mas D. Leonor regressou a Expanha, em 1523, iniciando-se, no ano seguinte, as negociagées com vista, a0 enlace do rei de Portugal com sua irma, D. Catarina” ‘Quanto a0 casamento entre Carlos V ¢ D. Isabel, este vinha sendo engen- dado por D. Manuel desde 1521. Contudo, 0 suposto noivo estava mais inte- ressado noutros projectos, como o de se matrimoniar com Maria Tudor, filha de Henrique VIII, rei de Inglaterra. Mas D. Joio II] insistiae Carlos V acabou por se ver obrigado a aceitar, uma vez que a recente revolta dos comuneros fizera perigar a sua posic¢Zo como monarca de Castela e, para abandonar Espanta, como pretendia fazer, tinha de deixar um regente & altura e nada melhor do que a sua propria mulher. Nesse caso, a unica hipdtese seria D. Isabel, uma vez que Maria Tudor era ainda uma criangs"®. Em 1540. a hipstese de a infanta D. Maria, filha de D. Joao Il, poder hherdar 0 trono portugués (era, com o principe D. Jodo, a nica sobrevivente a larga prole do rei portugues, sendo muito mais saudivel do que seu imo) eentusiasmou 0 principe Filipe ¢ Carlos V, que de imediato aceitou o projecto Tube! Maria Ribeiro Mendes Drumond Braga, Povinul rica |.) p23. * Wem, em 9p. 4053) zs Portugal do Renascimento& Crise Dintsica ck a casar com o seu proprio herdeiro, quando. antes disso, sempre refreara esse desejo de D. Jodo Ill e de D. Catarina, Em Portugal. tal dectaio nd ha Pacifica havendo muitos que aconselhavam o matriménio de D. Maria com D. Luis. dnica solugdo eapaz de salvaguardar a independéncia vc reino caso D. Maria fosse. de facto, herdeira. Mas venceu a tese do cxce {mento espanol e, em Dezembro de 1542, foram assinadas as eapitulaggen, ‘Gontudo, na ida para Espanha, chegou a comitiva a pensar em regrestey Portugal. pois houve boatos de que o principe D. Jodo falecera, Mat tal nia aconteceu ¢ D. Maria juntou-se a seu marido em Salamanca. Veio a mone, em 1545, ao dar a luz 6 principe D. Carlos", Em 1542, também se assinaram as capitulagées matrimoniais entre 1D. Joi e D. Joana, acordando-se que os noivos se casariam quando tiveceer, ‘dade para tal. Em 1550, D. Joao III comecou a insistir no envio da princesn ara Portugal, mas Carlos V mostrou-se renitente, pois antevia a hipotess as © moivo, de sauide extremamente débil, morrer entretanto. Nesse casos heranga da Coroa de Portugal caberia a Seu neto D. Carlos, por ser filbe da Brincesa portuguesa D. Maria. $6 em 1552 se comegaram a apressar of ‘despossrios, entrando D. Joana em Portugal no més de Novembro=™, 'No final dos anos 40 ¢ ao longo das décadas de 50 e 60 (extravasando, pois. o proprio reinado de D. Joio III), o panorama cultural portugués’ Profundamente marcado ¢ dominado pela Companhia de Jesus, passouss sey {Eminentemente contra-humanista.O tempo era ja de Contra-Reforma e encer {ara-se definitivamente © ambiente cultural renovador dos anos 20 a 40, ‘Varios factores ajudam a explicar a viragem, ‘Convém ainda, na compreenso do que se passou nos finais dos anos 40) £.a0 longo das décadas de 50 e 60. ndo escamotear um outro aspecto: a idios, sincrasia do préprio D. Joao IIL. De facto, o monarca, por motivos de orden Pessoal — a morte de quase todos os seus irmos e de todos os seus filles Sncerrou-se numa religiosidide cada vez mais intensa, ficando, pois. ata- mente avesso a tudo o que pudesse apresentar. ainda que remotamente, qual: ‘Quer indicio de heresia, Nao é, pois, de afustar a hipotese de estes eventos ‘erem contribuido para o avolumar da repressao ideol6sica De facto, D. Jodo Ml assistiu & mone de véris dos seus irmios, 1D, Fernando, duque da Guarda (1534): D. Beatriz, daquoss de Scboe (1338); D Isabel, mperatriz (1539): D. Afonso, cardeal (1540), D; Deena thuque de Guimares (1540) D. Luts (1555). Quanto aos nowe hho qe eFar apenas dois chegaram 2 idade adulla, D. Maria, que casou com 6 ucuro Filipe ie DJo8o, pai de D-Sebastiio” A primeira contude,aleces ‘em 1527 6 0 segundo em 1554. Da tenra inféncia io passaram Afonso (1526), Isabel (1529), Beatriz (1530), Dinis (1535-1537) © Antonio¢ 1339. |S40). Mas, Jodo IH ainda Tizea jrae herdeiros do tone tes dos soos rebemtos, os infantes D. Manucl,em 1335 (faleceu dois anon depois com En 1383s um ing ge ferme Exo coal via aeangar a imaged Vita Ce Helo Pino aor gue Siva Dias ido Reso cm clear de eee ‘humanist E.em 1571. Damo de Gas ra finns cee Ini, des vero dill J al. Heng tram glee ¢ como aguem muito em abservou,o peste Sah oe "erat os resus incnformias do humans Os simos cinco anos do teinado de D. Jo I foram po Jo de D. Joo It fram profundanien iatcads pelo seu afatamento pessoal dos negocios pibleer Mere encontrar mone. nod If de Juho de 1957, {Um eio ocr cm 1852, mas fess de casameno dD, fae Joan fimouo desc) feito po un ings cons ha Soe radi fou D.fodp ia pana demergar oo cried ee Inene 36 1 oraio. Como tal as sarcis govematvas een ne sescurad, Ora fullava Ss enier do Sobel © aera yee cen Be cal pre ae os Mi a oan Ton, imi bo? Bi tna a tae Pe sae soaa iit? Brandi, ingnsaa os Prjessres de Cole da AE, 3 sks Comba, data, tis 0 rami eninge em Pore. 0 Pred Fre Vlei ASD tes at Be eo ew 2 80 cham a radon pu ec aes se mina cada ‘do Calvinia Inglés perante o Ordinério de Lisboa”. An ‘Academe a Sir Te se Gena hacen tare Sa tno Ee teeter me * Diogo Ramada Curt, p. ci p43 A Conjumtura mt tte yo ay ms mule, En car dD, Carin mo Carlos V, le-se "que havis parecido a Sua Altea dar-me parte (na gover fio do rein] para descansar™ O nlincio papal em Lisboa. Giovanni Rice, ndo hesitiva em dizer "é ela quem governa"™. Um no ou um ano ¢ meio antes da sua morte, estando jd, diz Pero de Alesgova Car~ nei, “muito cansado dos negdcis e ameagado ji de algumas inisposi- {Goes D_Jot Il deixou de asinar ox documentos, Himitaco-se a escuar Tetra dos mesos e delaanda a mulher e ao secretfioatarefa de os vli- dar com dois sinetes de peata, um para as carta outro para os alvanis 5. D.SEBASTIAO D. Jodo III mortera sem ter providenciado o juramento, em cortes, de D. Sebastio, seu neto¢ dnico deseendente, Se aparentemente no se levanta- ‘am dividas quanto & sucesso, essas divides levantavam-se quanto ®én- {in do reino durante a menoridade do novo monarca, que contava apenas tes anos de dade _.Sehsti nscera d no marion celebrada em 1352 ene © jpe D. Toto €'D.Toana, tha do imperador Carls V. O principe oven em 1554, deixando 2 mulher em adlantada fase de gravide. Fousus das volvidew, aici oo devjado Herder de DJs it. D. Jogo III ndo deixara também testamento oficial. Apenas o chanceler- ‘mor tinh consigo uns apontamentos das intengdes que o monarca the mani festara para a sua elaboragdo, Neles ficara expresso 0 desejo de que a regén- cia do reino e a tutoria do neto fossem desempenhadas por sua mulher. 'D. Catarina, até que D. Sebastio atingisse 20 anos de idade © cone dens documento manfesiou maior preocupasio em Aeclrar D. Sebastido herdero, do que em regulamentar os termos da rezencia.Invocava-se lel geral do reino, que ava a0 av 0 poder de ‘eixae em testamento for 20 net, por si endo, por morte Jo pal. ‘Nao se atendia, contudo, & doutrina peninsular, segundo 2 qual 3 regéncia cabia ao parente vario mais proximo do ei, nem 8 pritca da ‘emaneipagio masculina aos 14 anos. Igualmente se omit qualquer also {TContimapao desta deviso em cores. No sera, pos, estuto aru esta ppogn aor apolantes de D, Catarina, nomeudamente a Pero de Aledeova ‘Cameo, em cujo io de apontamentos fr wanscrit. ‘A cimara de Lisboa alo aceiton paifiamente 0 conteido do docu- mento, Em reunio do Senado fi lembrado que D. Catarina nio 36 ere ‘istethana, como tia e sogra do novo rei de Espanka, Filipe I que havia Darentes vardes vivos do rei. A comparagao com a menoridade de DB'Afonso V ado deixou de vir tna, ee be ee es ons eeaigeien Ome oom Om se eaten rg tel eee cea el ee eee ee So ee ah Pei pechrrerlgreigt peeps Ehcerenteseciett Tye Sn vam sa 1884 1575.2" ed Lisbon. 1935.92 853, ei 72 Portugal do Renasciments ts Crise Dinstioa ject, Oe a ina assumiul O poder, ao qual foi de imediato associado u eee ce enn eee poderes lei tratou-se antes de um pacto’ ae uae : we ue Essa pretensao foi depressa contrariada p¢ Z jue. do seu voluntirio retiro de Yuste, na Extrer ia, provbiua fila de interfere na queso porogecsa== ats Panbola, eee nee sui asin Sows seo ie ce tor, a regents, D. Catarina, 0 sett irmBo Carlos V, teriam ponderado Pe ieoen sameen ot ecceeae et letra prog toes cee eee eee Sampo ‘© projecto de lado. Pura além do Cardeal D. Henrique havia. Ree eutens cece: ese oe oe ‘4 nago), que D. Jodo itt néo deixara acompanhar _ rae esta regressou a Espanha, D, Catarina seguiu a mesma ica. Bary eae egies ne eee eee me , Catarina governou com o apoio de diversa Casa (ques com, depress se afaston) 0 sere Pos or aes a Cameiro, 0 castelhano D, Juligo de Alva, bispo de Portak Dees lartim Afonso de Sousa e Jorge da Silva”. ee '\ potiea de D. Catarina orintou-e no sentido de promover a reorgani- ‘zagdo eclesiastica do ultramar € 0 au Zaie clei do uramar¢ 9 aumento de podees da Inquisico © da peer eee © cardea Henge comegun aera da Unlvenicade de Evora {04 iaaalmente, conta a0sJesuray (1839). 0 infant oi tambon apoiad ms ss pretenses de sr legao ater perpen em Portal e Sesoms omnnatecerinmmninees Seen arene Fore erie Se eee tv de Braga «uma wba do dague de Ave, w qo povera ee ne eae eee coca pata et SoS ih a ma a Mae Ri Mandel rg, Posts Nw our rho ea ce mS isto. cf. Queitts Veloso. op. cit. pp. 36-40, passim. r sane lies ets: “ Aci Em termos de politica externa, D. Catarina seguiu 0 que se consi 108 eg teinado de D. Jodo ill, nao se desviando, no essencial. das Tlnhas onentadoras de Carlos V e de Filipe IL To Desembro de 1560, D. Catarina decidiu deixar a regéncia,confiando-a soccadieshD: Henrique Para tl solicitou pareceres aos pelados, 4 nobreza & Se erGpals cidade evils Jo reno. Se iguas como o dugue de Braganga € 3 Pips Romo a de Evora aceitaram sem problemas a ideia da substiuigio da catty p digue de velo e 0 margués de Vila Real e bem assim cidades ear abou Lugercam a ealizagio de cote. Outos propuseram que a en- saeco parada entre os cunads, mas urna quarta COTenE, com 0 afc Fes Pat Barolomeu dos Martres testa, dessconsehow 0 abandono do ae ae pane de D_Catarna. A viva dD. Jobo Il optou, assim, por fear”. parece interesante 0 passer do conde da Castanea: “Peo ae sev Bat es organs fovea, poe eS © mero 2 i eu ara seguir panes dsaforos que vnse (quamo nese Fania ore ge mat dav dscbras aeabavam em heresis) devia tempo ci gletato descsrlnas e mo ar aro a Haver eles proeurae Pele igen im covsa tao subsancial como < a go¥erManes Fer ops spe seria de Deu, parece que eva ea E porate tn da ge end espa por mia pres, para eat gat frm’ alas com dion egies Ro Sent EE ae ser seecem bem. mas em os amg © priest SHEE oe, ‘Alguns autores viram neste tegiversar um ardil da rainha para consolidar 1 sua posigao, afastando, uma vez mais. o cardeal D. Henrique’. Em Espa. eee orincesa D_ Joana continuava a par do que se passava em Portugal ¢ parcci ainda ndo ter perdido toda a esperanca em vira cing a regéncia do Seu reino de adopga0™" ‘Em 1562, ocorreu 0 cerco de Mazagio pelas forcas muculmanas™ ‘A raicha foi criticada pela lentid0 no envio dos reforgos. Para além disso, tga a envolverse em conflito com 0 cunhado a propésito da aplicagdo de vent pula de Pio TV (1561), que concedia a Portugal um subsidio de 250 mil ‘uzados. pagos no decurso de cinco anos pelo clero, para custear a guerra cae Oinfiel"™, Assim, quando terminou o cerco de Mazagio, D. Catarina cor racot.2 11 de Julho, coftes para Lisboa", manifestando a sua intengio de Sbandonar o poder. O texto da resignagio esta datado de 8 de Outubro for Tido na abertura da magna assembleia, em Dezembro seguinte: “Considerando os anos que hi que governoe rejo estes reinos€ como verdadetramente miaha diposigio, por Fazio dos muitos € muito grandes sara do Ronco Therdo Barta e Azevedo Cit opit. vl pp. 189219 “DM Renta Serr, Documentos tnedio pra iri do Reina de Se rece da Unrersidade de Coimbra, ol. 24. Covnbes 1958p. 22 See ep iepp. 2.50 Matado Reso Crt opi vO Lp. = Bhi Bromond Bega. op ct 9.238 co en ee sbi de Masago dhrante o Periade Flin Lion. 970. 1 ecb Aral Hora de Mca ion 1988p, 1825 Amo ap 30.39, Anus Ese (15607. in Eads om Homenagem a Jorge Borges de Macedo. Use, 959. 397-280 : "Que loo, pct gp 50 > Run do Ronro Cun op-e ol 19.291 Portugal do Renascimente it Crise Dindstica trabalbos que isto tent to ho passadose prinipalmente por mink desconsolso mio a que conven par fe com an ee g govern de to grandes einose tenhorios, assent madgeay come So zisto sual Sua Altea (D.Sebastan| presen vos Tres eee c ew reinos. declares enotifiqucis Je minha pate que me rag ‘el com mina disposigéo ter mais odo gvernosos TEMA E oss. Nestas cones, D, Henrique fo de bea ari foi designado regent, ess de Loupe Pres de Tor Fol joao a2 d Beton Renal. ES vt deveria ser transmitido a D. Sebastido quando este cor rey AS ams de ide (em 20, como se determina tm 1385) gar ae jueno rei continuaria a cargo de ‘atarina. Assim, cs ue a5 cortes de 1562-1363 etabelensram a norma de anata AE 0 Fei completa 14 anos de idade, algo que ndo for fers caren Amie de D. Sebatido continuava, pis, esquecida: D Hesmiaenna 'se no que as cortes determinaram, enquanto D. Ca ges) suposia determinagao testamentéria loa ram dua feces ranges tars Bot rm da aes uriosamente, as cotes preocuparam-se com a ed soberano. Propuseram que D. Sebastite relma Meee € no castlhana como diiam viracomecendo,, “Curae? Pores, Vista & portugues, com seu camaro ava 3 pgs al ports: os sets aon spe eee esi com ito Ihe fueishabito para que tena grande amor 2 eases Aconsethavam ainds que se com Som aque 4 negorasse 0 casumento do rei em Fran Sharpe ts Stes ap Porgl an src Linda pedido que pels eofcos publicosnio has fees ee strangetos, Nas cots velo igualmente tga onome da minus te Bae q ‘O nove eeu Yer jurada herdeira da Coroa™. . novo regents tomou vis medidas tendons a sanear af 2 garam defesa d cova, do pags learns a rea ale ;PoU-se enormemente com tudo o que dizia respeito a lgreja™ os ~ Diogp Buona Macha, te ca rien Gover esas Macao, Memoria: par a Hisois de Porth gue Compreheden 0 rat Lisboa Jo Anna da Sv 37 gure iene Mash ce Rovio Creo. pp 324340,371 Ques Velserop eh, ? Sof as corse Mara do Rov 2 Sp any PAN oR a 19.28.2752 a de Porn i. Qucs eon, op. ct 9-687: A H. de Olveiea Manges Hinde Seal al 3 Ronascinenu os Reverb) 13 edgy aoa TO Mue™ Hara de Portal eco Ios Maal: Vtech a AConjumura 745 No plano extern, procurou, com o apoio da Santa Sé. distinguir as pot ticas extemas portuguesa e espanhola, tentando uma maior independéncia face a Filipe I Tentou, nesse sentido, uma aproximagdo com a Frank sltimo particular. saliente-se o projecto de casamento de D. Sebastido com Margarida de Valois, que a Espanha sempre procurou bloquear. sugerindo um enlace com a filha do imperador. De qualquer modo, as relagBes com a Franga esfriaram consideravelmente quando uma esquadra corséria atacou a itha da Madeira,em 1566" (© mesmo se passou com a Inglaterra quando, cirea 1567, se sequestraram as Fazendas dos mercadores ingleses em Lisboa e nos Agores (S. Miguel), na sequéncia das interferéncias inglesas no comércio da costa ocidental africana. AAs relagées foram retomadas por Tratado de 29 de Outubro de 1376” Nesse mesmo ano, D. Henrique tentou deixar o poder mas. tal como acontecera seis anos antes com D. Catarina, foi convencido a ficar™. Entre tanto, ndo cessavam os seus conflitos com a cunhada, sendo de notar a quezi= lia em tomo da escolha do confessor régio. O cardeal conseguit levar a sua avante, como jé conseguira, anos antes, com a nomeacio do mestre de 1D, Sebastido, Em ambos 0s casos, a av6 do rei propunha religiosos expanhéis. Em ambos, igualmente, D, Henrique sugeriu o jesuita Luis Gongalves da Cimara, que acabou, assim, por concentrar as duas fungOes™. De notar que. das duas vezes, nio se ouviu a mie de D. Sebastido, a qual ndo deixou de ‘manifestar o seu desagrado em cartas particulares™ ‘A 20 de Janeiro de $68, D. Sebastilo completou 14 anos e deu-se & normal c prevista tansmissio de potieres*. De facto, como esereveu Queinis Veloso, respondendo aos que quiseram vislumbrar nesta atiuude segundas inteng0es, para cconservar a regéncia, teria o cardeal de protagonizar um golpe de Estado” ‘Coniudo, tanto ele como a rainha viiva,tinham os olhos na figura do jovem rei, vislumbrando hipsteses de continuar a govemnar por interposta pessoa, E signifcaivo a esse respeito 0 que Lourenco Pires de Tavoraescre- 1m cart dalada do 29 de Julho de 1367 edirigia 3 princes D. Joan: “Cuidando cada uma des partes que «sua 6 a que cumpe ae ei e 20 bom _governo do reino, procura estorvar ao outro, pelos melhores meios que podem, em segedo,fazendo em publico mutas demonstragdes e amizades Pye a mira em faneira no qual term el ei cumpre os catorzeanos em ‘que € nesessdrioenteparse-Ine © poder”™ Marta do Rosco Cra. op. ct, ol 2 pp 89-191. Sobre o episode 1566 ese Palo ‘Drumond frags Tse! MR: Mendes Dramond Braga, "O Ata lh da Madera em 1565", Teena. 3: Puna, 195 99-81-90, Quetne Wola, Sehasio * 1384-578 pp 81-82 M: do Roso Cuz op-et.0L 1 p.1-186; Porngal eo eno Unio A Aung Revisade [esposigd.cordenagio de Angela ‘Before, Lisbon 19s, . 152.0 Trt de 1576 encom em Londres, Public Record Office ‘Seite Papers Foreign, Caner Sens, Erbe §P 70-1401. 1128 Mara do Rosia Cuz op cit, vl 1p 203. ~ Hem, idem, ol I-99. 206007 Vos anda Joo Francisco Marques, “Pancisanos ¢ Dominicans Confesures dou Res Pougueses das dus Primetas Dinasias. Espiiidade © Potics Exprinolidade «Core em Porta Séelos XV a XV), ona 1993, p. 9 © Paulo Draond Braga... p23 ™ Marta do Ror Crus op col. 2-pp. 21-222, © Quer Veloso op ci. pp-B438. > Prncaco de Sler Masctenhas Loureiro, Mique! de Moura (1538-189). Secretirio de Esa ¢ Governador de Portage. Lourexo Manyees. 1774, 9p. 420-121 746 Portugal do Remaseimento ts Crise Dinisicn Filho péstumo, impossibilitado de ser criado pela mie, D. Sebastiio cres- eu numa corte idosa, Pouco privou com D. Joao HI. que faleeeu tinka sie tres anos de idade. tendo tido os cuidadlos sobretudo de sua av6.D. Catarina Como aio teve D. Aleixo de Meneses”. escolhido sob o olhar atento de Carlos V*" e, como mesire, o jesuita Luis Gongalves da Camara, indicade pelo candeal D. Henrique. O cronista Antdnio de Vaena diz que os educadores ‘dosos do pequeno rei foram escolhidos intencionalmente, para "0 instru em toda a boa criagio politica e tratamento de seus vassalos™™ As deficiéneias educativas, acaso mesmo as repetidas Consanguinidades, fizeram de D. Sebastio um jovem de dificil tro € com um certo desequil brio psicolégico, apesar de possuidor de uma inteligéncia viva Emhora se consierem hoje duvidosos os disgndsticos de eplepsia e iabetes, parece inepivel a urerte, de que © monstea tera pasado a oes vido a errados tratamentos. Os medicos haviam-Ihe diagnosticado ‘retriteo que, na verdade, no teria pussado de espermatorreia D. Sebastido, a0 completar 14 anos. em 1568, assumiu o poder pessoal, Do ponto de vista da politica interna, havia que dar resposta a uma Série de uestdes, algumas das quais jd equacionadas nas cortes de 1562. Na perspec. ‘iva extema, a conjuntura nfo era a mais favordvel. A ameaga otomana conti- ‘uava a ser uma realidade, a que nem a vitoria de Lepanto, de 1571. conseguira Or termo. De facto, os Turcos projectavam expandit-se no Mediterrines Ocidental, tentando 0 Norte de Africa. Recorde-se que retomaram 0 dominio de Bizerta, Tunis ¢ La Goleta (hoje Halg el-Oued), chegaram a Argel e enca. ‘minharam-se para Marrocos””. Foi neste contexto, que tanto marcaria poll. tica africana de D. Sebastiio. que a sua aceo governativa se desenvolveu, (© monarea ndo se interessou em percorrer todo 0 reino. embora.o seu ‘caricter nervoso estivesse patente na sua vida itinerante, Nio conheceu o Pais a norte do Mondego e poucas vezes viajou para norte de Santarém, conhe. cendo-se apenas uma viagem a Leiria e a Tomar em 1569 e uma outra a Tentdgal © Coimbra no ano seguinte. Preferia o sul. Entre 1373. 1578, Permaneu em diversas localidades do ‘Alentejo e do Algarve, para além de Lisboa © Almeirim. Apenas 1377 constituiu excepgao, uma vez que Salva. terra de Magos e Sines foram os limites no sentido norte-sul. 1577 foi também o ano em que D. SebastiSo se dirigiu ao santudrio estremenho de Guadalupe para se encontrar com seu tio Filipe TI, no intuito de preparar a expedigio a Marrocos. Por outro lado, em 1574 e em 1578, 0 rei de Portugal deslocou-se a Africa no primeiro caso a Ceuta e a Tanger, e no segundo, a Tanger, Arzila e Aleécer Quibir™, sendo o primeiro monarca a fazer itinerdn- cia politica e nfo militar no norte de Africa. Refira-se ainda que D. Sebastido no passou longos periodos em nenhum local, ao contrério do que acontecera Quis Veloso op tp 89-114 ‘hel Mara Ribeiro Menges Durond Braga, Peninsula tric 1. p. 261 > Frei Bemardo da Cruz [alts Anmnio de Vena Chronic «Re DSi, vl Lisa. 105.099.9398, Mario Saraiva, Noworafe dD. Sees, Lisboa, 1980 > Merdes GariAreal ¢ Miguel Ange! de Bunce Ibarra, Zar Eiufole yo Norte de Ac, Silos 0 Mad. 1D ps 94.98, 2 ejam-s o» mapas publics por Jouguim Verisim Serr, tines de Et-Rei Sebusian 13881573) Lisboa, 1987 A Conjuntura sn oo i - i» bd ep Lisboa, Almeirim, Sintra e Evora". As suas deslocagi fe uP ale no amente ao Algarve, devem ser vistas como actos relacionados com a pol a Sebastia tum conjunto vasto de legislago que cobriu via ores sc a cS ca Se ee cots ae or mtg, d comercio ed sigs : marco e cbr oem 1868, D.Sebsttoreuzia 0 valor do « volt pin o reget dra da pment en Mee esi’ aabou com o chamado monoplio do come da {Corot a favor dos vaualos em 1370. No meso ano public a le SoCo: scr raps tem ome ua pragma oa 9 was Algal abe de 187, reganzna Oo rea re es sb eta de 150, 0 resent Us COMPS Shs to ano eg, go completo dat «provi sobre TEIN ciara preocopagdes com a efes ec edna ma nb poet, como, = saan ds roses Soe os ene api Taneaics dos ages Je Ate. rs wens aplication oe Rica $a 2 ee gin de 1372 desta sla ds Orde Mii A nivel so rows sobre a prostituigdo (1370) ¢ um vel socal recorder se as provides Hero juts sobre a sodomia (1571). Com relagio aos espagos ultramarinos, r jomia (1571). Com rela i Set da Hbergade dor Eetoneproibse est mats provinces pre fia evangelzyso m0 300 de ‘ho acentuado, 0 jovem monarca ia formando 0 seu proprio grupo aides oe, npre concordando com ele, nao sé the opunha de forma > Misses edie sab as ace Sti Min one Cen ae ta Co Free ane Saat Errand sean Ria gs ares IB pig da vontade de D. Sebasio fi patents em questey com 2 roves depois de Aleicr Qui, Lido, 1978 + Lori, D Sebati ante «depois. A 1 Teer a eMTemeloe ao alguve Aero do Linas de Forge da Poi 91 kam: Una frna 0 ot . Kicont aba, 1983 ep. 1733 14 eee ati al Loreto, Pare Lls Goraes de Camara D Stari, Contr. ln, 17 esata ns Cin da Onda da Pca Sebistcn Cho ol, Lisbos we, “S78 ean Hea, “1S7R Aap de Liha 0 domain de Acer Que Opiates 1 og. ae ee ae jase o ji tao li de Fransisco de Sales Lourcv. Mirae! de Moen ese ts) Waren de Esato Governadar de Portage, Looe Marg ee caviar et ae 74s Portugal do Renasciments is Crise Dinistica hips, como as de Margarida de Vi Maximiliana da Baviera e Isabel Clar Eugenia, files oe Ete eae iera e Isal lara Eugénia, filha Mae Imalor empenho pessoal do ei fov aida Affieg nt PHP® WD. Mag re ew Ap er ea ip No tn ido de dominar © Mediterrineo Ocidental e de a 7 levaram D. Sebastiio a prensar conquistar Larache e se aleancar um duplo objest ruc nai : {it da conan polica marrogtina: “Mules Maluo [Nulel Abd Tey ésforg © valor e aia tanta gene te be eee ‘este reind™”. Ag que parece, Mawlay Imamero ead eu ereg Maty Abd al Malic er, cono, desea A intervenglo &m Maracas comesou a se Alentejo ¢ a0 Algarve em 1573, onc relies avarice eae José de Castro. Dom Sebastian stage Sehastao Dom Henrique. Usb, 142 9p. 1-50; Queiis Velo, ome Bras de Maceo“ Comer wu AE Sea a ake er ube raw sce Val bade on Pore ae elt i Mine Goria Bah ds Ts Rei, 096 rnd Ss Lowe op i 31 9 dem psn a de sd ere ‘ido (1573-1378), introdugi e | Fr Clemence oc naa de Framcico de ues Cura io HT Ce Sa ogy, Barbosa Machado. op. cit tomo 4 i 2.cap.TOrpp daiaee, Pee? 2 Vesese ainda Eran de Sas Loui, na ora ca Ese oiler | Franco de Sales uso. Relates ser Rebel" evita de Faculte de Levan Wiens Liban 9 Sp OPE A Conjuasura 9 rei tinha ideias claramente definidas e expressou-as numa carta ditigida & (dade de Lisboa. |A.23 de Abril de 1576, D, Sebastiso esereveu a camara de Lisboa alertando-a sabre 0 perigo do aumento do poderio turco no Norte de ‘Aiea "a vinda desses Turco a Per nio & somente para empossar oto do atte dagocie reino mas, principalmente, com 0 fundamento deo fazerem tributiro'e vassal do tureoe 0 turco se fazer senhor de toda a Africa ede todos os ports de mar dela" Parecia, pois, claro, 0 empenhamento pessoal do soberano na empresa Contudo, a ideia de D. Sebastido de se dirigir a Arica preocupava grandes © peguenos, em virtude de ndo haver ainda sucessor a altura Varios seetores do reno, a comegar pela rainha D. Catarina e pelo cardeal D. Henrique, mostraram 0 seu Gesconteniamentoe a reocupagao Delo desejo sebistico de se ding pessoalmente a Africa ede af combter Gina fonte andnima, adianta que "até os idiotas e homens rsticos © plebeustinam alhos ¢entendimento para verem e tratarem das income tades dela (ida a Marrocos)™ Decidido a levar o seu projecto avante, D. Sebastido contactou com Filipe If,no sentido de este disponibilizar ajudas substanciais. Nesse sentido, decidiu encontrar-se com 0 tio. O local escolhido fot 0 mostero estremenho dde Guadalupe No final de 1576, D. Sebastio dirgiu-se & Extremadura, rumo 30 ‘mosteio de Santa Maria de Guadalupe, importante centro de peegrinagso iberiea tradicional plo de devogio dos monarcasportuguess. A viagem foi cuidadosamente preparada, nomeadamente 0 itineririo, os locas de dlescanso, a comitiva e ate a misica e as iguarias. D. Sebsstiio e a sua comitiva sairam de Lisboa a 11 de Dezembro, dirgiram-se a Aldeia ‘Galega. Ladera, Montemor-o-Novo, Evora, Estemoz, Elva, Talaveruela Ménda, Medelin, Madrigalejoe finalmeme Guadalupe, onde chegaram & 22 desie més, A comitiva permaneceu no mosteito até 2 de Janeiro ‘Apesar dos rigores do Inverno e da rudeza da uhima parte do pereurso, 2 viagem decorreu sem incidents, sendo os Portugueses bem acolhidos, {quer durante Viagem quer no moseio, nfo obstant aigum sarcasmo, Tadusido em verso, da storia de casethanos”™” ‘Em Guadalupe, D. Sebastio props a Filipe II casar-se com sua filha mais velha, Isabel Clara Eugénia e solicitou a ajuda militar para uma campa- ‘nha em Marrocos, nomeadamente para ocupar Larache. O rei de Espanha Tentou dissuadir o sobrinho do empreendimento mas, no final. prometeu-lhe alguma ajuda, ao mesmo tempo que adiou as conversagbes sobre o enlace de Tarlo Freie de Olver, Elomenos pura a Hira do Municipio de Lisboa. |* pane. tomo, Lisbon, 182, pp. 597398. omada det et Dom Sebi & Arica, Cronica de D. Henrique, rt de Francis Se Sales Lote, Linbo, 1978 cap. 27 Snel MCR: Niendes-O Monte d Guadalupe e Portagal clos x0. Combai pura o Estado de Reltondade Penis, Lisboa, 198 pp. 730, 70 Porm do Renascimento a Crise Dindsica Becnaan mea gt Drometera” Emrtaat AG ea Filipe I. para este cumprit 0 que ine Além dos naturas,comesaram a ftir os estangeos 3069 Sere = 408 quais se haviam de juntar os sol a ve pee. ocontngete de D, Sebasio seria inferior fos 20 Seong tentes"*. de entre os quais se achavam bast srenegadon: “Thane Ses em seu xe dls mie quent rengaon yo on a aD ches ears id popu Cras cl: ee oa gions Cena tan

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