You are on page 1of 80
Quarta-feira 23 de Maio de 1979 DIARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO— 1 Série — Nimero tlt 48$00 OLY © prage dos amincios & de 288 a seers anew eats | as 1 we Hort sro. Att cdede a ane pan de Ait se (oak 3 SE. | ganato anand econ prea ‘Duss ries diferentes» 19208, » 11608 | Nacional-Casa da Moeds, quando se trate peteanee cater ayaa oo | seus pepe semen on gras do mio | IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA Presidéncia do Conselho de Ministros © Ministé- AVISO Por ordem superior e para constar, comunica-se que nao serdo aceites quaisquer originais desti- nados a0 «Didrio da Republica» desde que néo tra- ado, assinada e autenticada com selo branco ou, na sua gam aposta a competente ordem de put falta, a assinatura reconhecida na qualidade de responsdvel, salvo quando se trate de textos dl- manados de cartérios notariais. SUMARIO Consetho da Revolucio: Portaria 1.” 236/79: Determ aa a abertura de um concurso especial para a istribuigdo “de doze casas dos. Secvigos Socials das Forgas Armadas. Consetho Prasidéncia Resolugao n.* 458:79: Determina gue nio sejam_apliciveis no ambito das ‘elagses de trabalho da Metalirgica Duarte Ferreira, S.A. RL, cliusulas de instrumentes de regulamen- taco coleciiva de trabalho cuja aplicagdo seja suscep- tivel de agravar a situayio econémico-finenceira da empresa Resolugto n.* 459/79: ‘Autoriza 0 Ministro das Finangas ¢ do Plano a conceder ‘aval do Estado para garantia de empréstimos a contrait pela Sete ave Declaragoe. De ter sido rectificada a Resolugio n.* 112/79, publicada ino Didrio da Republica, 1. série, n.* 93, de 21 de Abri de 197, De ter sido rectificada a Resolugio n,* 9/79, publicada ‘no Diario de Republica, 1* sétie, n.” 11, de 13 de Ja- neciro de 1979. ries da Administracdo Interna e da Habitacdo © Obras Pablicas: Decreto Regulamentar n.° 25/79: Declara como Area critica de recuperario © reconversio lurbanistica a Zona correspondent ao perimetro medie- val da cidade de Braga. Ministérios da Defesa Nacional, da Administragio Joterna, da Indistria © Tecnotogi tagéo 6 Obras Pablica Decreto-Lei n.* 142; Aprova o Regulamento sobre a Segurang: ‘de Fabrico.e de Armazenagem de Produtos Explosivos Ministérios da Dofesa Nacional, da Administragéo Interna © dos Transportes « Comunicarées: Decrelo-Lei n.* 143/79: Aprova_y Regulamento sobre Transporte de Produtos Explosivos por Estrada Decreto-Lei a.° 144,79: Aprova o Regulamento sobre o Transporte de Produtos Explosives por Caminho de Ferro, Ministério das Decreto-Lei n.° 145/79: Estabelece_normas relativas ao exercicio da actividade de mediagio de seguros. as» do Plano: Ministérios das Finanras © do Plano, da Justica @ dos Assuntos Socii Decreto-Lel n.* 146,79: Altera o regime de pagamenio de contribuigies em di- Previdéncia Portaria n.° 237-79: ‘Aumenta, 4 custa do pesoal da sede do Comando Dis ‘rital da PSP de Castelo Branco, © efectivo actual do Posto da PSP da Idanha-s-Novs Ministéria dos Assuntos Sociais: Portaria n.° 238/19: Introduz alteragées A Portaria n* 783/78, de 30 de De- ‘embro, que Tegulamenta alguns aspectos da integragéo ‘dos trabalhadores do servigo doméstico no regime geral de previdencia, Decreto Regulamentar n.° 26/79: Altera on" 3 do artigo 8* do Decteto Regulamentar n.- 4/78, de 11 de Fevereiro, (Aprova 0 Estatuto Or- Banico do Pessoal do Servigo de Operagdes Aeropor- twstias) Ragiio Autinoma da Madeira: Govemo Regional: Regulamentar Regional n.* 4/79/1 cova a estrutura orginica da Secretaria Regional de ‘Beonomia. Nota. — Foi publicado um suplemento a0 Dié- vio da Republica, a.* 291, de 20 de Dezem- bro de 1978, inserindo 0 Seguinte: Conseiho da Revolusio: Decreto n.* £60-A/78: Autoriza 0 Conselho Administrative do Estado-Maior da orga, Agrea a celebrar um conttato para a prestaclo de asistencia t€enica ¢ operacional com vista a meio. tar as instalgbes de deteoeto de radar da. FAP, até 0 montante de 37:42 8008, Nota. — Foi publicado um suplemento ao Did- vio da Republica, n.* 293, de 22 de Dezem- bro de 1978, inserindo o seguinte: ‘Auténoma da Madeira: Goreme Regional: Decreto Regional n.* 44/78/A: Da nova redacgdo a0s artigos 10.", 12."-A ¢ 19.* do Es. tatuto dos Deputados, aprovado pelo Decreto Regional n.* 2/76, de 8 de Outubro, com alteragdes introduzidas pelo Decreto Regional n.*'14/77/A, de 8 de Setembro. Regi Nota. Foi publicado um suplemento a0 Dié- vio da Republica, n.* 294, de 23 de Dezerm- bro de 1978, inserindo 0 seguinte: Consothe da Revoluséo: Decreto n.* 464-78. Auioriza 9 Arsenal do. Alle a aquisigdo de uma’ ba montante de 18270 0008, fa celebrar contrato para de 160 elementos, até 20 istribuldos por virios anos Decreto ns 164-B/78: Autoriza_o Conselho Administrative da Direccfo-Geral do Material Naval a celebrar contrato para o forne- cimenio de seis emissores HF 400 W pela importincia ‘Je 9 910.0008, distribuides por varios anor ecanémicos. Decreto n° $64-6.78: Autoriza 9 Consetho Administrative do Estado-Maior- General das Forgas Armadas a celebrar contrat com 2 firma Socajol,” Sociedade de Construcdes Antonio para'a execucio de obras de adaptaclo € ‘ampliagio de instalagdes do EMGFA até & importdn- cia de 4 $32 770860. Decreto n 161-D/78: ‘de 18.000 0008, distribuldos por dois anos econémicos. Decreto n° 461-5/78: Autoriza a Direceio do Servigo de Electricidade ¢ Tele- somunicagdes da Forca Aérea a celebrar contrato com + AEG. Telefunken Portuguesa a8 ao montante de 31602-78130, distribuido por varios anos econémices. 1 SERIE— N+ 118 —2: Decreto n. 161-F; Autoriza # Ditecgio do Servigo de Material da Forca ‘Aérea a celebrar_ um conteato com a Deutsche Luf- thansa Aktiengesellschaft para aquisk0 de diverso equi pamento aeroniutico até 90 montante de 131 222 S005, Aistribuido por varios anos econémicos. CONSELHO DA REVOLUCAO Estado-Mavor-General das Forgas Armadas Portaria n.* 236/79 de 23 de Maio Considerando a necessidade de contribuir para a satisfagdo de caréncias habitacionais de agregados f miliares de beneficidrios dos Servicos Sociais das For- cas Armadas em situagdes merecedoras de especial apoio por parte da comunidade social: Manda o Conselho da Revolugdo, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forgas Atmadas, nos ter- mos do n.” 4 do artigo 2" da Portaria n.° 104/70, de 16 de Fevereiro, © seguinte: 1° & aberto concurso especial para a distribuigao de doze casas de renda econémica dos Servigos So- ciais das Forgas Armadas, sendo oito da categoria T2 © quatro da categoria T3, as quais se situam na Rua do Dr. Espirito Santo, lote 49, em Chelas ona 1), Lisboa, regendo-se os arrendamentos a ce- lebrar pelas disposigdes do Decreto-Lei n.° 44953, de 2 de Abril de 1963, 2. Podem concorrer os beneficiérios dos Servigos Sociais das Forgas Armadas cuja capacidade fisica psiquica tenha ficado diminuida, nos termos da alle nea c) do n." 1 do artigo 2." da Portaria n.° 104/70, de 16 de Fevereiro, e bem assim as viuivas de militares beneficirios dos Servigos Sociais das Forgas Armadas mortos naquelas circunstincias, 3.° As cireunsténcias que conferem direito & apre- sentago a concurso deverdo ser objecto de corres- pondente prova documenta. 4.° Por despacho da comissdo directiva dos Servigos Sociais das Forgas Armadas sera aprovado 0 Pro- grama do Concurso, a publicar, o qual estabelecerd, designadamente, os’ prazos de ‘entrega dos. boletins de inscrigfo e documentos, prazo de validade do concurso, rendas ¢ condigdes em que as mesmas poderdo ‘ser compensadas. 5° A classificagao dos concorrentes sera efectuada por deliberagé. da comissio directiva dos Servigos Sociais das Forgas Armadas, de que néo caberd re- curso, exarada ‘sob proposia de lista de classifica- go € parecer elaborados por uma comisso de apre~ ciagdo, depois de efectuadas por esta as operacdes gerais de classificagdo previstas na Portaria n.° 104/ 70 © de apreciados os relatorios técnicos de assis- téncia social sobre as condigées de vida dos agregados familiares em causa, 6° A comissio de apreciagdo seré constituida por trés elementos designados pela comissao directiva dos Servigos Sociais das Forgas Armadas, um dos quais sera um dos seus vogais, que presidiré, SER Not 118 ~~ 23-5-1979 7 AS questdes ndo expressamente tratadas nesta por'aria. serio decididas pelo disposto na Portaria n.” 104/70, ¢ as diividas € casos omissos serdo resol- vidos por despacho do Chefe do Estado-Maior-Ge- neral das Forgas Armadas. Evado-Maior-General das Forgas Armadas, 7 de Maio de 1979.—O Chefe do Estade-Maior-General Uday Forgas Armadas, Antonio Ramatho Eanes, Ln OA Ot AAAI PRESIDENCIA 00 CONSELHO DE MINISTROS Gabinete do Primeiro-Ministro Resolugdo n. 158/79 Considerando que a empresa Metalirgica Duarte Ferreira, S.A. R. L., € uma empresa intervencionada pelo Estado que foi declarada em situagéo econémica dificil pela Resolucdo do Conselho de Ministros n. 227/77, publicada no Didrio da Republica, |.* série, de 19 de Setembro de 1977; Considerando que persiste a gravidade da situagao determinante das medidas previstas naquela resolugio do Conselho de Ministros e tendo em conta que se encontram em causa vulosas quantias facultadas pelo erdtio publico, importando, por conscguinte, no agravar mais a desastrosa sttuaco econémicc-finan- ceira da empresa; Tendo ainda em atengdo que é elementer dever do Governo procurar preservar os postos de trabalho, objective ese de consecugio 36 possivel com 0 con- curso dos trahaihadores da empresa, que sio os pri- meiros interessados: Tendo em atencdo também que esse objective pos- tula necessariamente a sua quota-parte de sacrificio na recuperagao da empresa, sob pena de contribui- rem, dificultando mais ainda a actual situagio, para a necessidade de se tomarem medidas susceptiveis de atingir ento a estabilidade dos seus postos de trax balho; Considerando finalmente que, neste contexto, ¢ li- cito exigir que a comunidade e, portanto, 0 errio, Piiblico sejam solidarios na consecug#o do objective atras -apontado, mas nao sendo, em contrapartida, de modo algum licito exigir que os dinheiros publicos suporiem aumentos de regulamentagSes 6 justificados, quanto a empresas com situago econdmico-financeira © Conselho de Ministros, na sua reunido de 28 de Margo de 1979, resolveu: Ao_abrigo do artigo 4.°, n° 1, do Decreto-Lei n' 353-H/77, de 29 de Agosto, que, sem prejuizo de outras medidas que venham a considerar-se neces- sérias, no sejam aplicaveis no ambito das relagdes de trabalho da Metalirgica Duarte Ferreira, S. A. R. L., no todo ou em parte, clausulas de instrumen- tos de regulamentagdo colectiva de trabalho, vigentes ou fusuro;, cuja aplicagio seja susceptivel de agravar & situagdo econémico-financeira da empresa Presidéncia Jo Conselho de Ministros, 28 de Marco de 1979. —O Primeiro-Ministro, Carlos Alberto da More Pinvo 1001 Resolugo n* 159/79 © Consetho de Ministros, reunido em 2 de Maio de 1979, resolveu: Autorizar 0 Ministro das Finangas ¢ do Plano a conceder 0 aval do Estado para garantia dos seg tes empréstimos a contrair pela Setenave — Fstaleiros Navais de Setiibal, 8. A. R. L. 1 Na Caixa Geral de Depésitos, no contravalor em escudos dos empréstimos a celebrar entre esta instituigao de crédito e 0 Co- penhagen Handolsbank ¢ a Danish Export Finance Corporation, até aos montantes maximos de, respectivamente, 2 805 000 ¢ 25 245.000 coroas dinamarquesas. No Banco Portugués do Atlantico, no con- travalor em escudos do empréstimo a ce- lebrar entre este Banco ¢ as A/S Eksport- finans, de Oslo, até a0 montante maximo de 36 635 000 coroas norueguesas. Estes créditos, cujas condigies basicas constam das fichas técnicas em anexo, destinam-se ao financia- mento da aquisigdo de materiais ¢ de equipamento, de origem dinamarquesa e norueguesa, para a cons- trucdo de trés navios graneleiros encomendados pela Navis— Navegacdo de Portugal, E. P., nos termos do despacho conjunto, de 16 de Maio dz 1978, dos Ministros das Finangas ¢ do Plano, da Agricultura © Pescas, da Industria ¢ Teconologia'e dos Transportes, © Comunicagies. Presidéncia do Conselho de Ministros, 2 de Maio de 1979, —O Primeiro-Ministto, Carlos Alberto da Mota Pinto. Ficha técnica Mutuante Mutuizio — Setenave —Estaleiros Navais de Setubal Montaate— Contravalor em esctidos do empréstima que» Caixa Geral de Depositos contrataré. com. a Copenhagen Handelsbank, no montante maximo de 2 805 000 coreas dinamarquesas Finalidade —Financiamento de parte da aquisico de chapa de aco & firma dinamarquesa Danish Steel Works, Ltd, destinado a construgio de irés graneleiros encomendados pela Navis Amortizagdo - Prestagio tinica no contravalor em escudas, a0 cimbio do dia, necessaria para fazer face A amorti ragGo que ter’ lugar Utes mcset depois do ultimo embar que, nfo podendo, no entanto, ocorrer depois de scis me: Ses apds 1 dala média de desembobso. Taxa de jure” 9% ao ano, pagar antecipadamente, rela: livamente a cada utilizacdo, Ficha técnica Mutuante - Carxa Geral de Depénitos Muluario —Setenave —Estaleiros Navais de Setubal. Montante —Contravalor em escudos do emprestima que a Caxa Geral de Depdsitus contrara com a Danish Export Finance Corporation através do seu agente Copenhagen Handelbank, no montante méximo de. 25 248 000 corvat dinamarguesas Finalidade ~ Fins Gamento de parte da aquisigho de chapa de aco d firma dinamarquesa Danish Steel Works, Ltd destinado A construgio de rés prancleires encomendados pela Navis, Amortizagio Em nove prestages semestrais.iguais, ver: lose a primeira nove meses depois do dltimo embarquc Thay poente, no enlanio, osarrer depos de doze meses ips a data ingdia de desemnbotsa, Fawa de jure "7'/,% ao ano, a cobear, atrusadamente, 30 ‘rimesire, 1002 Ficha técnica Mutuante—Batico Portugues do Atidntico Mutudrio — Setenave — Estaleiros ‘de_Setibal Montante — Contravalor em escudor do. emprésimo. que 9 Banco Porugués do, Alain comatl cm a. A/S Exsportinans o qual atingiré cerca de cores: poruente 2 $540 do valor do conttato. clsbrado entre a Rakiness ea Setnave. Finalidade —Financiamento da aquisgfo de_equipamento materials & firma norvegvesa Kakiness, destinado A cons truco. de tres sranclelror encomendados pela Navs. Praro— Oto anot . ‘Amortizapio—iom_ prestagSes semestais iguas, sch meset ‘aps n data de cada emberque. Taxa de juro—7"/.% a0 ano, 2 cobrar, atrasadamente, 20 iin ida, vemianaiment, A dala Gan presates ie capital Secretaria-Geral Para os devidos efeitos se declara que a Resolucéo 112/79, publicada no Didrio da Republica, 1.* sé- n° 93, de 21 de Abril de 1979, ¢ cujo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral, saiu com as seguintes inexactid®es, que assim se rectificam: No sumério, onde se lé: «... margem sul do Tejo—Palencan, deve ler-se: «... margem sul do Tejo— Trafarian, No ne 2, onde se lé: «Que pela Junta Auto- noma de Estradas ¢ pela Companhia Portu- guesa dos Caminhos de Ferro ...», deve ler-se: «Que pela Junta Autonoma de Estradas ¢ por Caminhos de Ferro Portugueses—E, P. ...» Secretaria-Geral da Presidéncia do Conselho de Mi- nistros, 30 de Abril de 1979. — Pelo Secretério-Geral, Joaquim Brandao. Segundo comunicagéo do Ministério das Finangas ¢ do Plano, na Resolugio n.° 9/79, publicada no Didrio da Republica, 1. série, n° 11, de 13 de Janeiro de 1979, ¢ cujo original se encontra arquivado nesta Secretaria-Geral, n&o foi, por lapso, publicado © documento «Protocole Financier entre le Gouver- nement de la République Portugaise et le Gouverne- ment de la République Francaise», pelo que se pro- cede & sua publicagao: Protocole Financier entre le Gouvernement Afin de renforcer les liens traditionnels d’amitié et de coopération qui les unissent, le Gouvernement de la République Portugaise et le Gouvernement de Ja République Francaise sont convenus de conclure tun protocole, dont les dispositions sont les suivantes: ARTICLE I” Montant et objet des concours financiers Le Gouvernement frangais consent au Gouverne- ment portugais des facilités de crédit d’un montant maximum de cent cinquante millions de francs (150 M. F.), pour financer achat en France de biens et 1 SERIE ~ N.* 118 — 23-5-1979 services frangais destinés & la réalisation de projets industriels agréés par les deux parties et figurant sur une liste annexée au présent Protocole, Les concours financiers prennent la forme: De préts du Trésor Public frangais d'un mon- mum de trente millions de francs (30 De crédits commerciaux d'un montant maximum de cent vingt millions de francs (120 M. F.), garantis par Etat franais. ARTICLE 2 Mécanisme d'utilisation des concours financiers Le financement des projets figurant en annexe est assuré par l'utilisation conjointe des préts du Trésor, d'une part, des crédits commerciaux garantis, tre part @) Le montant des droits de tirage sur les préts du Trésor frangais est fixé 8 20% du montant rapa- triable en France des commandes de biens et services francais. 5) L'utilisation des préts du Trésor Public fran- ais est réservée au financement des acomptes versés aux fournisseurs frangais, qui seront égaux A 20% du montant des biens et services d'origine francaise. Le montant des acomptes versés & la commande devra Gtre_égal A 10% au moins du montant rapatriable en France des commandes de biens et services fran- sais. ) Les crédits commerciaux.garantis couvrent le solde du financement des projets & concurrence de 80% de la part rapatriable. ARTICLE 3 Modalités ot conditions 18 concours financiers a) Les préts du Trésor portent intérét & 3,5% sur Je montant restant d0 et sont amortissables en vingt ans en vingt-huit semestrialités égales et successives, la primigre échéant soixante-dix-huit mois aprés la fin du trimestre au cours duquel aura été effectué le premier tirage quel qu’en ait été le montant. ) Les intéréts courent & partir de la date de cha- que tirage et sont liquidés et payés & Ia fin de chaque semestre. ©) Une convention d’application entre le Banco de Portugal agissant pour Ie compte du Gouvernement du Portugal et le Crédit National agissant pour le compte du Gouvernement francais précisera les mo- dalités d'utilisation et de remboursement des. préts du Trésor francais. 4) Les crédits commerciaux garantis seront amor- tis en vingt semestrialités égales et successives, la premigre intervenant six mois & compter de la mise en service des installations ou des livraisons d’équi- pement ou de la fin des prestations de services, selon les stipulations du contrat commercial ou de Ia con- vention bancaire. Le méme contrat ou la méme convention fixeront Je délai maximum séparant la signature du contrat et les points de départ de 'amortissement des crédits. J SERIE — N° 118 ~ 23-5- 1979 Hy fixeront également les taux d'intérét de ces cré- its, qui seront les taux usuels des crédits de espéce, auxquels s‘ajoute la prime d’assurance-crédit de la CO FA ¢) La monnaie de compte et de paiement utilisée est le frane frangais. ARTICLE 4 Pour ouvrir droit aux crédits définis a Varticle 1", les contrats particuliers passés avec les fournisseurs frangais devront étre conclus au plus tard le 31 dé- cemb:e 1979. Tis devront atteindre un montant mi- nimum de 3 millions de francs. ‘Aucun tirage sur les préts du Trésor ouverts par le présent Protocole ne pourra intervenir postérieu- rement au 31 décembre 1981. ARTICLE 5 Mo: ltée imputation Liimputation définitive sur le présent Protocole des contrats afférents aux projets visés & l'article 1 sera décidée par échange de lettres entre le Banco de Portugal et le conseiller commercial prés I'Ambassade de France au Portugal agissant chacun sur délégation de ses autorités respectives compétentes. La_méme procédure d’échange de lettres pourra autoriser la substitution de nouveaux projets, pouvant éventuellement relever d'autres secteurs économiques, & ceux qui figurent sur la liste annexée au présent Protocole. ARTICLE 6 Transport et assurance Les contrats financés au titre du présent Protocole sont facturés au prix FOB. Toutefois, le financement du fret et de assurance est assuré dans les propor- tions visées A Varticle 2 ci-dessus, par utilisation des préts du Trésor et des crédits commerciaux garantis, lorsque le transport est effectué par un navire battant pavillon frangais et assurance contractée auprés une société “francaise ARTICLE 7 Entrée en application Le présent Protocole entrera en vigueur dés que les deux Gouvernements se seront notifiés mutuelle- ment l'accomplissement des formalités requises & cet effet. Fait & Lisbonne, le 18 octobre 1978 (en deux exem- plaires originaux en langue francaise), Pour le Gouvernement de la République Por- tugaise: Joao da Silva Guerra. Pour le Gouvernement de la République Fran- aise: Michel Camdessus. 1003 ANNEXE Liste des projets prévus & Varticle 1” du présent Protocole snproximaa | apptoxinat de ‘ranguse dillon (ehons serach Strand f Fournitures d’équipements ' pour Ia prospection de gise ments d'étain .... wo: Fournitures d'équipements ‘et de services pour la prox | ection de wolfram, de cui- vre, dargile et d°6ta 1s 50 Unité de production d'acide aitrique eine 0 15 Hullerie os » 45 rate de soude ‘ 1s 30 Unité de broyage de clinker et wre de deux fours de cimenterie 5 0 15 Tosal 150 = cretaria-Geral da Presidéncia do Conselho de Ministros, 13 de Abril de 1979.—Pelo Secretério- -Geral, Joaquim Brandao, of UsiuoseenceneseteseteeseesstseSeet eet PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS E MINISTERIOS DA ADMINISTRACAO INTERNA E DA HABITAGAO E OBRAS PUBLICAS Decreto Regulamentar n.* 25/79 de 23 de Malo A zona dentro do perimetro das muralhas medie vais, em Braga, retine as condigdes previstas no ar- ligo 41.” do Decreto-Lei n.° 794/76, de 5 de Novem. bro, que permitem classificd-la como rea ritica de tecuperagdo € reconversio urbanistica. Ha, pois, que declara-la como tal, para efeitos de intervengao expedita da Camara Municipal de Braga, com vista @ obviar eficazmente aos inconvenientes de ordem urbanistica ¢ habitacional existentes. Assim: Nos termos da alinea c) do artigo 202." da Consti- tuigdo, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo tinico—1— Ao abrigo do disposto no ar. tigo 41° do Decreto-Lei n.° 794/76, de 5 de Novem- bro, é declarada area critica de recuperagdo e conver: so urbanistica a zona correspondente a0 perimetro medieval da cidade de Braga. 2—Os limites da area critica referida no mimero anterior vio demarcados na planta anexa a este di- ploma, que dele faz parte integrante. 3—Cabe a Camara Municipal de Braga promover, em colaboragéo com as demais entidades publicas in- teressadas, 0 processo de recuperagio € reconversio urbanistica. Carlos Alberto da Mota Pinto— Anténio Goncal- ves Ribeiro — Joao Orlindo Almeida Pina. Promulgado em 23 de Abril de 1979. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, ANTONIO RAMALHO. Eanes, 1 SERIE— RENOVACAO URBANA equaene| £4 Primeiro-Ministro, Carlos Alberto da Mota Pinto. —O Ministro da Administragio Interna, Anténio Gon- calves Ribeiro. —O Ministro da Habitagio ¢ Obras Publicas, Jodo Orlindo Almeida Pina. SERIE —N.* 118 MINISTERIOS DA DEFESA NACIONAL, DA ADMI- NISTRACGAO INTERNA, DA INDUSTRIA E TEC- NOLOGIA E DA HABITACAO E OBRAS PUBLICAS. Decreto-Lei n." 142/79 de 23 de Maio Considerands que as disposigdes em vigor sobre as condigdes de seguranga a respeitar nas instalagoes civis, de fabrico e de a-ma m de produtos exp'osivos se encon: parte desactuatizadas © muitas delas Mio invuficientes ou esto dispersas, no s6 no Regula: mento sobre Substiincas Explosivas, aprovado pelo Decroto-Lei n.* 37925, de I de Agosto de 1950, mas também em numerosas instrugdes ¢ circulares dima- nadas da com’ssio de explosivos Reconhecendo a necessidade de um diploma tinico sobre tal matéria, devidamante actualizado, capaz de estabelecer de forma inequivoca, em todos os casos, qua’s as cond'gGes dz +:guranca a exigir naquelas ins- talagdes, bem coma de pzrmitir o estudo, a organizago @ a analise dos projectos respzitantes a edificagao de novas instalagies ou & 10 de alteragdes ou am- pliagdes nas instalagies existontes, ¢ de servir de base a determinagao das med'tas mais adequadas a adoptar em instalagtes 4 aprovadas. com vista A obtengio da rectificagdo das suas condigd:s de seguranga sempre que esta seja julgada indispensavel: © Governo deceta, nos t do artigo 201." da Conc tuto. o seguinte: Artigo 1.” f aprovao o Regulamento sobre a Segu- ranga tas Insta‘agdes de Fabrico ¢ de Armazenagem de Produtos Explosives, que fa7 parte integrante deste decreto-tei Art, 2° Na aplicagio do presente Regulamento as wes Ue fabrico ou de armazznagem jé aprovadas com base em legislagao anterior sé seréo de impor as alteragdes julgadas indispensaveis para eliminat de perigo que, parventura, posam verificar- “Se ao analisar as suas coad'gies de Seguranga em face das novas disposigdes. Art 3 10s da alinea a) don." 1 'a constants nos documentos anexos sgulamento (quadros 1 eu, tabslas 1 a Vil ¢ apéndizes te 11), bem como nos artigos com cles relacionados, poder ser alterada por portaria conjunta do Ministério da Defesa Nacional e Ministé- Ho da Indtistria ¢ Tecnologia, sempre que o progresso ca 0 acunselhe, am revogados os seguintes artigos do ficias Explosivas, aprovado 37925, de | de Agosto de 1950: TL", 84", 108" a 118", 139.9 © 142.° adr, 59, Manuel Jacinto Nunes ~ José Alberto Loureiro dos Santos-—- Anténio Goncalves Ribeiro — Alvaro Roque de Pinko Bissaia Barreto — Joao Orlindo Almeida Pina. Promulgado sm 28 de Margo de 1979, Publique-se. O Presidente da Repiblica, Axtéxto RAMALHO. Eats, Ragulamento sobre a Sepuranca nas Instalacies de Fabrica fe de Armazenagem de Produtos Explosives ARTIGO 1." Produtos explosivos: 1 —Consideram-se, no presente Regulamento, sob a designagao geral de produtos explosivos: @) As substincias explosivas: pélvoras (fisicas ¢ quimicas), propergois (S6lidos ¢ liquidos) e explosives (simples € compostos); 5) Os objectos carregados de substanciay explo- sivas: munigdes, espoletas, detonadores, cap- sulas, escorvas, estopins, mechas (rastilhos), corddes detonantes, cartuchos, ete.: ©) As composiges pirotécnicas: luminosas, incen- didrias, fumigenas, sonoras € toxicas; 4) Os objectos carregados de composigées piro- técnicas: artificios pirotécnicos (inflamado- res, brinquedos pirotécnicos, fogos de arti- ficio e artificios de si 0, € munigdes quimicas (incendiérias, fumigenas ¢ téxieas) Matérias perigosas: produtos 2—As disposigies do presente Regulamento apli- cam-se nfo s6 aos produtos explosivos referidos no nimero anterior ¢ mencionados no apéndice 1, mas também as matérias perigosas (oxidantes, combusti- veis ou inflaméveis) constantes no apéndice 11, que, em determinadas condigdes, apresentam caracteristi- cas explosivas; sob a designagao de produtos entende- se 0 conjunto dos produtos explosives com as matérias perigosas. ARTIGO 2° Fébricas © offcinas s estabelecimentos destinados ao fabrico de pro- dutos explosives devem dispor de varias edificacses, convenientemente afastadas uma das outras ¢ reser- vadas, cada uma delas, & efectivagio de determinadas ‘operacdes bem definidas; tém- genericamente as de- signagses de fabricas ou de oficinas, consoante o grau ‘de desenvolvimento das suas insialagdes, 0 nimero de operdrios e o nivel dos respectivos recursos tecnolégicos ARTIGO 3° Classificacto das fabricas 1— As fébricas, conforme a natureza dos produtos explosivos que fabricam, assim se classificam em: @) Fabricas de explosives, destinadas ao fabrivo de explosivos simples ou compostos, podendo simuftaneamente ter a seu cargo 0 fabrico de dispositivos de iniciagio [capsulas, es. corvas, estopins, detonadores, mechas (ras- tilhos) de combustao lenta ou répida, cor- bes detonantes instanténeos ¢ com atraso, etc.] € 0 carregamento © montagem de gra- nadas, bombas, projécteis, minas, etc., com substincias explosivas; b) Fabricas de pélvora, destiriadas ao fabrico de pélvoras negras (fisicas) ou de pélvoras sem 1006 fumo (quimicas), para caga, trabalhos de engenharia, minas, pedreiras ou para fins militares, podendo ter a seu cargo também © fabrico de propergbis € 0 seu carrega- mento nos motores de granadas-foguete, bem como o fabrico de rastithos e de cordao detonante; ©) Fabricas de pirotecnia, destinadas ao fabrico de composigies pirotécnicas e de artificios piro- técnicos, bem como das pélvoras negras de que necessitarem para uso proprio, podendo ter a seu cargo o fabrico de municdes qui- micas ou apenas o seu carregamento. 2 — Qualquer fébrica pode dedicar-se a mais de uma das modalidades de fabrico mencionadas no nimero anterior, devendo entio constituir secgdes. disti para cada uma delas ¢ adoptar a denominagdo da sec- ¢8o de fabrico mais importante ou uma que englobe as designagdes das secgdes que comporta. ARTIGO 4+ Classificagto das oficinas 1— As oficinas, conforme a natureza dos produtos explosivos que fabricam, assim se denominam: @) Oficinas de fabrico de pbivora, destinadas ao fabrico de pélvoras negras, ‘podendo ter a seu cargo 0 fabrico de rastilho com alma de polvora negra; 6) Oficinas pirotécnicas, destinadas ao fabrico de fogos de artificio; ©) Oficinas de fabrico de rastitho, destinadas ao fabrico de rastilho com alma de pélvora negra; d) Oficinas de carregamonto de cartuchos de caga, destinadas ao carregamento de cartuchos de caga; €) Oficinas de fabrico de munigdes de recreio, des- tinadas ao fabrico ou ao carregamento de munigées de recreio ou de desporta 2—As oficinas pirotécnicas ¢ as oficinas de fabrico de rastilho podem também fabricar as pélvoras negras de que necessitarem para uso préprio, quando pcssuam as instalagdes indispensdveis e estejam expressamente autorizadas para tal efeito. ARTIGO 5." Palole, depésitos © armazéns Os edificios destinados a armazenagem dos pro- dutos explosivos e das matérias perigosas constantes no quadro 1 € nos apéndices 1 € 1 tém as designagdes seguintes: a) Paibis, destinados especialmente & armazeni gem de produtos explosivos; b) Depésitos, destinados & armazenagem de pol- voras até 100kg, de artificios pirotéenicos até 500kg de peso bruto, de cartuchos de caga carregados até 50 000 unidades, de cép- sulas fulminantes até 400 000 unidades, de 1 SERIE -—N.* 118 — 23. cloratos, percloratos ou cloritos, bem como de outras matérias perigosas de natureza comburente ou inflamdvel, em quantidades até 10000 kg: ¢) Armazéns, destinados a armazenagem de ma- térias perigosas, nomeadamente nitratos, ni- tritos ou matérias de natureza combusti- vel, quando cm quantidades superiores a 10.000 kg. ARTIGO 6+ Constituicso de uma fébricn 1 —0s diferentes edificios de uma fAbrica deverio ser instalados de modo a constituir agrupamentos distintos, nitidamente separados, consoante o seu grau de risco, por forma a obter, no minimo, as seguintes zonas: @) Zona de servigos gerais ¢ administrativos, com- preendendo todos os locais reservados a di- reco ou orientacao técnica dos fabricos, a0 estudo ou planificagao dos trabalhos, aos servigos de secretaria, aos servigos sociais, ete., em que no se manusciam produtos explosiv ) Zona de fabrico, compreendendo normalmente varias linhas de fabrico, cada uma destinada i producdo dos tipos de produtos explosivos compativeis com 0 seu equipamento; €) Zona de paidis, compreendendo um certo niimero de edificagdes destinadas & armaze- nagem de produtos explosivos. Campos de ensalos « Inboratérios 2—Em locais escothidos, de preferéncia, fora das zonas referias no niimero anterior, cada fabrica po- der instalar campos de ensaios laboratérios. Pal6le Intermédios ou pal6is auxiliares 3—Quando necessirio, as linhas de fabrico pode- ro dispor de um ou mais paidis, delas fazendo parte integrante ¢ destinados a armazenar temporariamente ‘3 produtos fabricados correspondentes, no méximo, a. um dia de laborac&o: os paidis nestas condigdes re- cebem as designagdes de paidis intermédios ou de paidis auxiliares ARTIGO 7+ Constitulgbo de uma offcina s diferentes edificios de uma oficina, conver temente separados consoante o seu grau de risco, deverdo localizar-se de modo a constituir uma zona de fabrico compreendendo normalmente uma ou duas linhas de fabrico, onde se situam os edificios desti- nados &s operagdes de fabrico, a depésitos ou armazéns de matérias-primas e a paidis para armazenagem de produtos fabricados J SERIE— N& 118 ARTIGO 8." Classificagio dos palsies 1 —Os paidis classificam-se da forma seguinte: a) Quanto & sua localizagdo em relagdo A super ficie livre do terreno: Paidis de superficie, quando implantados sobre o terreno ou a uma pequena pro- fundidade que nao permita obter qual- quer redugdo nos efeitos exteriores océ sionados por uma exploséo dos produtos neles armazenados; Paidis subterréneos, quando construidos ‘a uma profundidade tal que, ficando 0 seu tecto coberto por terra ou pelo ter- reno natural, se obtenha uma redugéo aprecidvel nos efeitos exteriores ocasio- nados por uma explosio dos produtos neles armazenados; +) Quanto & sua lotagdo, em: Paidis de 1.* espécie, quando destinados & armazenagem de produtos explosivos até 100 kg: Paidis de 2.* espécie, quando destinados & armazenagem de produtos explosivos até 2500 ke; Paidis de 3.* espécie, quando destinados & armazenagem de’ produtos explosivos em quantidades superiores a 2500 kg, ©) Quanto & sua durago, em: Paidis permanentes, quando autorizados para serem utilizados por um periodo \determinado de tempo; Paidis provisorios. quando autorizados para serem utilizados por um perfodo Jimitado de tempo, normalmente néo superior a dois anos, mas prorrogével por periodos anuais, até um total de quatro. anos, em casos devidamente justificados © desde que mantenham as suas condigdes de seguranga, no po- dendo a sua lotaco exceder 2500 kg de produtos explosivos; 4) Quanto sua instalagao, em Paidis fixos, quando constituidos por edi- ficios instalados sobre o terreno ou no subsolo: Paidis _méveis, quando constituidos por caixas, para lotacdes até 50kg de ex- plosivos ou até 100 kg de pélvoras, a instalar em meios de transporte para ‘a condugéo daqueles produtos explosi- vos de um paiol fixo para um local de trabalho ou de emprego. Classificago dos paloline 2—Para pequenas quantidades de produtos explo- sivos podem utilizar-se paidis de reduzidas dimensbes ow paiolins: Paiolins fixos, destinados & armazenagem de de- tonadores até 50.000 unidades; 1007 Paiolins méveis, com lotacdes até 10 kg de explo- sivos ou até 20 kg de pélvoras, para o transporte manual ou a dorso quando a distancia a per- correr nao exceda 5k. ARTIGO 9° Classificacko dos depésitos Os depésitos classificam-se em: 2) Depésitos de 1.* espécie, quando destinados & armazenagem de pélvoras até 25kg, de bruto, de cartuchos de caga carregados até 12.500 unidades ou de cApsulas fulminantes até 100000 unidades; 5) Depésitos de 2* espécie, quando destinados & armazenagem de pélvoras até 100 kg, de artificios pirotécnicos até 500 kg de peso bruto, de cartuchos de caga carregados até 50.000 unidades ou de cépsulas fulminan- tes até 400000 unidades; ©) Depésitos de 3.* espécie, quando destinados & armazenagem de cloratos, percloratos ou cloritos, bem como de outras matérias pe- rigosas ‘de natureza comburente ou infla- mavel, em quantidades até 10000 kg. ARTIGO 10" ‘Armazér ‘sua compartimentagio Os armazéns, em geral de grande capacidade, po- derdo armazenar matérias perigosas de natureza di ferente, sobretudo quando devidamente compartimen- tados, excepto quando se trate de matérias de na- tureza combustivel com matérias de natureza com- burente, cuja armazenagem no mesmo edificio € sempre incompativel. ARTIGO 11+ Zona de seguranca 1—Exteriormente aos limites da rea do terreno de instalagéo dos edificios de fabrico e de armaze- nagem de uma fabrica, oficina ou paiol permanente uma zona de seguranca, cons- tituida por uma faixa de terreno no qual ndo deverdo istir ou no se poderio construir quaisquer edifi- cages, vias de comunicagdo ou instalagdes de trans- porte de energia, além das indispensdveis ao servico Proprio daqueles’ estabelecimentos. Terrono da zone de segurange 2—0 terreno da zona de seguranga deveré ficar na posse do proprietério do estabelecimento de fa- brico ou de armazenagem, por aquisig&o definitiva ou por artendamento; a aquisigfio ou o arrendamento poderdo dispensar-se, continuando o terreno na posse dos seus donos, uma vez que estes declarem nada ter a opor a instalagdo do estabelecimento nem as es a que o terreno ficaré sujeito, citadas no nimero anterior; em qualquer caso, 0 seu contorno exterior deverd ser vedado, dispor de vigilancia per- 1008 manente ¢ estar assinalado por tabuletas com in- dicagdo de «Perigo de explostos, procedendo-se de igual modo ao longo dos seus acessos. Largura da zona do seguranga 3—A zona de seguranga teri uma largura que dependerd nfo sO da natureza ¢ da quantidade dos produtos explosivos existentes, mas também das con- digdes locais de protecgGo oferecidas pelo terreno, quer pela sua configuragdo natural, quer pela sua arborizagio; em geral, nfo deverd ser inferior a 300m quando se tratar de uma fabrica, ou a 150m quando se tratar de uma oficina ou de um paiol permanente; em casos especiais, de pequenas lotagdes.. ‘ou de produtos explosivos ou de matérias perigosas que apenas apresentam risco de fogo, aqueles valores poderio ser reduzidos, todavia, sem’ prejufzo da se- guranga Gondig8o # observar na localizacio » lotacies dos edificios 4—A localizagdo ¢ as lotagdes dos diferentes edi ficios de fabrico ou de armazenagem de uma Fabrica, oficina ou paiol permanente seréo condicionadas de modo que as distancias de seguranca corresponden- tes, a estabelecer de harmonia com o disposto no artigo 15.*, nunca ultrapassem o contorno exte- rior da zona de seguranga. Casos om que pode dispensar » zona de seguranca 5—No caso de se tratar de uma oficina de car- regamento de cartuchos de caca, de um paiol pro- visorio ou de um paiol mével nos seus locais de recolha ou de estacionamento, nfo se torna neces strio o estabelecimento de uma zona de seguranca, nos termos referidos nos mimeros anteriores; ape- nas se atendera, na sua localizagdo, a que ndo devem existir quaisquer edificagdes, vias de comunicagéo Ue servigo piblico, instalagées de transporte de ener- gia ou locais de reuniéo dentro da area de terren limitada pelas respectivas dist&ncias de seguran de igual modo se procedera em relag&o aos depésitos ou armazéns contendo matérias perigosas. ARTIGO 12° Grupos de risco 1 — Os diferentes produtos a armazenar, conforme © tipo de risco que apresentam, assim se ‘distribuem por varios grupos do modo seguinte: 2) Grupo 1— quando podem manifestar um ri de fogo moderado que se inicia com rel tiva Ientidio e se propaga com carécter progressivo, podendo abranger parte ou @ totalidade da sua massa: Risco de fogo moderad 5) Grupo m—quando podem manifestar_ um risco de fogo violento que se propaga ra- pidamente a toda a sua massa, revestindo normalmente a sua decomposigio 0 cardc- ter de uma explosio que se desenvolve de forma progressiva, acompanhada ou nio de projeccées de material incandescente: Risco de fogo em massa; 1 SERIE —N.* 118 — 23-5-1979 ©) Grupo —quando podem manifestar um isco de explosio que se estabelece brusca- mente em toda a sua massa, caracterizado pelos efeitos destruidores do sopro que se gera e se propaga na Grea circundante: Risco de exploso em massa; 4) Grupo w—quando, apresentando um risco correspondente ao grupo i, a sua decom- posicdo € acompanhada de’ projecgdes de yagos metélicos animados de alta ve- locidade: Risco de explosdo em massa € de projecgbes de estithacs metélicos. Categorias 2—Dentro de cada um dos grupos referidos no niimero anterior os diferentes produtos distribuem-se. por categorias, conforme se indica no quadro 1, de modo que em cada uma delas apenas figurem os produtos cuja armazenagem em conjunto é compa- tivel ARTIGO 13." Rogra geral de armazenagem 1—Como regra geral, ndo se devem armazenar no ‘mesmo edificio produtos que apresentam risco de fogo com produtos aue apresentam risco de exploso, pro- dutos de natureza comburente com produtos de natu- reza combustivel, ou produtos cuja estabilidade q mica, grau de inflamabilidade ou de sensibilidade a0 calor, a0 choque ou ao atrito sejam muito diferentes. Excopotes & regia geal: compartimentagho 2—Exceptuam-se desta norma determinados pro- dutos, conforme se indica no quadro 1, cuja arma- zenagem se poderé fazer, sem inconveniente, no mesmo edificio, desde que fiquem em compartimentos distintos, separados por paredes de alvenaria ou de beido armado, ou no mesmo compartimento, desde que fiquem dispostos em lotes diferentes, devidamente afastados ¢ acondicionados em embalagens apropri das Efelto de compartimontagéo por depésitos ‘no Interior de armazéne 3—Poderé admitirse como equivalente ao efeito de compartimentagdo a existéncia de depésitos lo- calizados no interior de um armazém, suficientemente afastados uns dos outros ¢ destinados & armazenagem de cada um dos produtos que, nos termos do ni- mero anterior, possam ser armazenados no mesmo edificio, mas em compartimentos diferentes; esta solugdo’ poderé. ser adoptada também no caso de armazenagem de produtos, no mesmo edificio ou no mesmo compartimento, pertencentes & mesma ¢ tegoria ao mesmo grupo de risco, mas que exijam condigdes ambientais diferentes. Protbigho de armazenagem com matérias nido abrangldes pelo Regulamento 4—0s produtos explosivos ou as matérias peri- gosas referidas no n.° 2 do artigo 1.° néo podero ser armazenados conjuntamente, no mesmo edificio, com os gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob presso, as matérias sélidas ou liquidas infla- Ne 118 ~ 23-5-1979 I SERIE emivels ou capaves de libertar gases inflaméveis, as ‘a Grias contburentes, téxicas, radioactivas, corrosi- vas ou susceptiveis de provocar infecgées, ndo abran- Bidas pelas disposigdes deste Regulamento. ARTIGO 14 Factores a observar no estabelecimento de distincias de seguranca 1. No extabslecimento das distineias de seguranga que devsn existir, numa Fabrica ou numa oficina, Entre dois edificioy vizinhos quaisquer, deverd aten: ere as loiagies méximas dos produtos explosives oon Jas materias perigosas que para eles forem pre- vistas, ao tipo de risco que Ihes corresponde e ao fim jue cada uin deles se destina, bem como ao grau fo de que dispéem. de protec Condigdes minimas para Impedir explosées por simpatia ou propagagao de incéndlos, 2— As distancias de seguranga devem ser tais que, ho minims, sejam capazes de impedir que uma explo- silo verificada num edificio se possa transmitit a ou- UC por simpatia, ou que um incéndio ou uma explo- so Se possam propagar em conscquéncia do calor radiant: desenvolvido ou das projecgdes de material incande:cente. Para tal fim, devem, pelo menos, as distincias de seguranga ser’ superiores as disténcias de simpatia correspondentes aos produtos explosives existentes nos edificios ¢, simultaneamente, néo ser inferiores a 10m, para garantir proteccao contra a acgdo do calor radiante, ou a 15 m para garantir pro- Levguo contra os efeitos das projecgdes de material incandescente, mesmo nos casos em que o célculo Permita concluir que se poderiam adoptar valores me- ores para distancias de simpatia Limpeza do terreno em volta dos odificios 3-- © terreno em volta dos edificios de linhas de fabrico ow de zonas de paidis, ¢ de depésitos ou de armazéns, dever4 conservar-se’ sempre limpo de ma- térias combustiveis e nfo conter plantas oleaginosas ou plantss secas, com o fim de evitar a propagagdo 2 «te incéndios de uns edificios para os outros pe:lir que explosdes de produtos neles contidos Possam ocorrer; a mesma precaugdo deverd ser to- mada no caso de se tratar de edificios de fabrico ou de armazenagem isolados, para que estes no possam ser atingitos por qualquer ineéndio que lavre nas suas Vicinhangas Distancias de seguranca para protegor contra ‘05 efeitos do sopro © das projecgées 4— As distincias de seguranga a utilizar corrente- mente deverio ser maiores do que as referidas no n. 2 desie artigo para que se possa evitar nfo s6 a transmissio de eaplosdes ou a propagagdo de incén- dios de urs edificios para os outros, mas também garantir uma protecedo parcial ou total contra os efeitos do sopro ¢ das projecgdes de material de varia espécie proveniente das edificagdes, onde qualquer explosfo tenha ocorrido, bem como’ do material off- inal nelas instalado, ou dos préprios produtos explo- sivos ou snatézias perigosas ¢ respectivas embalagens. 1009 ARTIGO 15+ Diferentes tipos do distincias de segurance }—Consoante a natureza e a finalidade dos locais @ proteger dos efeitos de um acidente num edificio contendo produtos que oferegam risco de fogo ou de explosio, assim se devem distinguir, por ordem cres- conte de’ exigéncias de seguranca, Os seguintes tipos de distancias de seguranga: @) Distancias entre edificios de armazenagem (paidis, depésitos ou armazéns); ) Distancias entre edificios de linhas de fabrico; ¢) Distancias entre edificios de armazenagem das zonas de paidis ¢ edificios de linhas de fa- brico; d) Distincias a vias de comunicasao (caminhos, estradas, vias férreas, fluviais ou maritimas) destinadas a0 servigo. publico; ©) Distancias a edificios habitados’ (residéncias, escolas, hotéis, hospitais, igrejas, teatros, cinemas, estabelecimentos comerciais, 1o- cais de reunigo, de desporto ou de re- creio, ete). Tabeles de distancias de seguranca para edificios @ superficie do terreno 2—No caso de edificagdes localizadas & superficie do terreno, as distancias de seguranca devem ser de- terminadas com 0 auxilio das tabelas 1 ¢ 1v, em fun- sao da quantidade de substancia explosiva ou de matéria perigosa P, expressa em quilogramas, e do tipo de risco que Ihe corresponde, constante do qua- dro 1, tendo em atengdo que so susceptiveis de ori ginar projecgdes de material incandescente os produtos da 2* ¢ 3* categorias do grupo ue de projecgées de estilhagos metilicos os produtos do grupo 1V. Tabolas de distin para paldis 3— Quando se trata de paidis subterrineos, as dis- tancias de seguranga a edificios habitedus, .orrespon- dentes a produtos dos grupos 11, tit ¢ tv. aevvm ser determinadas com o auxilio da tabela v, em tuncao da quantidade de substéncia explosiva ou de materia perigosa P, expressa em quilogramas, € do: valores da espessura da cobertura Cy, expressos em metros, tendo em ateni 5 casos em que nao se podem utilizar os valores localizados na tabela & direita das linhas ab, ed ou ¢f © modo de determinar as distancias de seguranga a vias de comunicagao, a edificios de linhas de fabrico ¢ a edificios de armazenagem, ins- talados & superficie, e entre paidis enterrados ou subterréneos; As distancias de seguranga que se devem adop- tar relativamente a produtos do grupo 1. speitanter ‘203 agentes explosivos 4—Na aplicagdo das tabelas 1, 11 ¢ 11 a0s agentes explosives (de desmonte) do tipo AN-FO, poder-se- ~fo tomar, como distancias de seguranca, 60% dos valores nelas indicados para os produtos do grupo 11, mas sem prejuizo dos valores minimos correspon: dentes. 010 Distinclas de seguranca entre paldis ‘ou entre paléis cobertos por ume car 5—Na aplicagdo da tabela 1 205 produtos dos gru- pos ie 1v, quando se trate de paidis concebidos por forma a poderem resistir aos efeitos do sopro ¢ das projecges (tipo igloo), ou de paidis cobertos por uma camada de terra, com 2m de espessura minima, em condigdes de poderem resistir aos efeitos das projec- ges, poder-se-fo tomar, como distincias de segu- Tanga, respectivamente, os valores indicados na pri- meira ¢ segunda colunas referentes aos produtos do grupo 11, sempre que tais paidis nfo contenham ex- plosivos iniciadores ou outros explosivos de elevada sensibilidade como a trinitroglicerina ou a gelatina explosiva; no caso de os paidis s6 conterem agentes explosives (tipo AN-FO), apenas se poderé conside- rar a redugdo resultante da aplicagBo do disposto no mimero anterior. igloo» de tora ARTIGO 16 Compartimentagdo dos edificios em células seperadas ‘por paredes fortes, 1—Para a instalago de edificios contendo pro- dutos capazes de originar risco de fogo em massa ou risco de explosio em massa a distancias inferiores as distdncias de seguranca correspondentes as respectivas otagdes, podera recorrer-se & sua compartimentagdo por paredes fortes de betio armado com, pelo menos, 30cm de espessura, sobressaindo 1m em relagdo as paredes exteriores ¢ aos telhados dos edificios, por forma a criar, em cada um deles, células bem isola- das uma das’ outras, com 0 fim de evitar que um incéndio ou uma explosio, que tenha lugar numa dessas células, possa simultaneamente verificar-se nas outras; deste modo, poder-se-o determinar as distan- cias de seguranga apenas com base na lotagio da célula que em cada edificio for a mais elevada, no caso de s6 existirem duas células; havendo mais de duas células, deveré considerar-se o valor mais ele- vado das somas das lotacGes das células contiguas @ cada célula interior. Paredes fortes; sun constitulgso 2.— As paredes fortes referidas no nimero anterior deverdo ser armadas nas duas faces com vardes de ago 440 de 12mm, no minimo, formando malha de 30cm de lado, no m&ximo, quer no sentido hori- zontal, quer no sentido vertical, com um recobrimento de cerca de Sem e construidas com betao resistente, pelo menos da classe B 300. Grupo de edificios 3—No caso de nio se recorrer & compartimenta- 80 dos edificios, conforme foi referido nos niimeros anteriores, ou de nfo se conseguir, mesmo com tal compartimentagdo, que as distancias a estabelecer entre os edificios deixem de ser inferiores as distén- cias de seguranca necessérias, os diferentes edificios constituirdo um grupo que funcionaré como um 6 edificio com uma lotago global igual & soma das Totagdes de cada um deles; quando se pretendam de- terminar as distancias de seguranga que se devem verificar entre um grupo de ediffcios ¢ quaisquer ou- tros a ele nfo pertencentes, supor-se-A a sua lotacho global como concentrada integralmente apenas num dos seus edificios que se encontrar mais perto da- queles. 1 SERIE — N.* 118 ~ 233-1979 Localizagio dos edificios em fungiio da distancia do seguranca 4—Em todos 0s casos, a distincia de seguranga a considerar entre dois edificios vizinhos deverd ser determinada com base na lotacio do edificio que der lugar a um valor mais elevado; 05 dois edificios de- verao ficar localizados de modo que a distancia mais curta entre eles, medida a partir das suas paredes exteriores, seja igual ou maior do que a distancia de seguranga determinada. ARTIGO 17 1 — 0s paibis de superficie ¢ os edificios das linkas de fabrico deverso normalmente dispor de traveses (macigos, em geral de terra ou de areia), construidos em toda’a sua volta, com o fim de reduzir os efeitos resultantes das explosdes que neles possam ocorrer, sobretudo quando se pretende limiter a area atingida elas projeccdes. 2—Com a mesma finalidade deverdo também os paidis subterrineos ter normalmente um través em frente da entrada do caminho ou da galeria de acesso, Diapensa da construcho de traveses 3—A construgdo dos traveses poderé dispensar-se, total ou parcialmente, quando existam obstéculos turais capazes de desempenhar com eficiéncia a mesma funcdo, ou quando 0 edificio contendo pro- dutos explosives tenha sido concebido por forma a canalizar de preferéncia os efeitos de uma explosto segundo as direcgdes mais convenientes. Configuracso © dimensSes dos trave 4—Os traveses deverdio ter uma seceao trapezoi- dal com uma espessura minima de 240m ao nivel da parte superior das pilhas dos produtos armazena- dos e uma altura que, pelo menos, ultrapasse em 60cm aquele nivel, ou Ihe permita, ‘no minimo, in- terceptar qualquer linha unindo a parte superior das pithas ¢ da construgao a proteger; 0 seu coroamento, Guperticie horizontal mais elevada) deverd ter uma espessura minima de 1m: a distancia da sua base so- bre 0 terreno até ao edificio devera ser, no minimo. a indispensdvel para permitir a passagem da apare- Thagem necesséria e, em principio © sempre que pos- sivel, ndo deverd ser inferior a 1m nem superior a 2m; as suas faces interiores poderio ser revestidas por alvenaria até cerca de metade da sua altura Protbi¢So de pedras nos travosos 5—A terra ou arcia de que so construidos os traveses deve ser isenta de pedras, sobretudo na sua Parte superior, com o fim de se evitarem projeccdes perigosas em ‘caso de explosdo. Reduglo nas dimenstes dos traveses 6—Quando em conjugagdo com a terra ou a arcia se emprega bet&o, poderdo as dimensdes dos traveses ser reduzidas tendo em conta que 30cm de beto equivalem @ 1,20m de terra quanto a sua capaci- dade para deter as projeccées. LSPRIF 8 J}6 ~ 23-$-1979 Diminuigso des distincias de seguranga por reducso do elcance das projecgdes 7-—Nos casos em que os traveses, os obsticulos naturais ou o modo de concepgo dos edificios sejam capazes de reduzir de forma eficiente, por si sé ou em conjugagio, os alcances das projecgdes de esti- Thagos metélicos que possam resultar dos produtos que apresentam risco de explosio em massa, poderdo adop'ar-se os valores das distincias de seguranca correspondentes ao grupo mm em vez dos referentes 20 grupo 1V; de igual modo, se poderdo adoptar os valores das distancias de seguranca correspondentes a0 grupo (sem projecgdes de material incandes- cente) sempre que aqueles meios sejam capazes de reduzir de forma eficiente os alcances das projec- ges de material incandescente que possam resultar dos produtos que apresentam isco de fogo em massa ARTICO 18+ Lotagbes méximas om pai6is de superticle 1 — As lotagGes maximas permitidas num paiol de superficie (ou num grupo de paidis nas condigdes do n° 3 do artigo 16.) variam com a natureza ou com © tipo de isco dos produtos explosives armazenados (quadro 1) do modo seguinte: @) Para produtos do grupo 1: 1s, 28 ow 3.* categorias—sem limite determinado. ») Para produtos do grupo 1: 1.* categoria — 200 000 kg. 2 ou 3* categorias— 300 000 kg (peso bruto) com 0 maximo de 100.000 kg. de substincia explosiva ou pirotécnica. ©) Para produtos do grupo mr: 1+ categoria — 25 000 kg. 2. 4, 5.* ou 6.* categorias — 100 000 kg. 3, 7* ou 8.* categorias — 10 000 kg. d) Para produtos do grupo 1v: 1+ categoria — 15 000 kg. 3+ ou 4. categorias — 25.000 kg. 2%, 54, 64, 7* ou B® categorias— 100 000 kg. Lotagtes méximas em depésitos © em armazéns 2—As lotagdes maximas respeitantes aos produtos das categorias nao referidas no nimero anterior, nor- malmente armazenadas em depésitos ou em arma- zéns, no deverio exceder os valores seguint @) Para produtos do grupo 1: 52 ou 7. categorias (em armazéns)— 200 000 kg, . 4: 64 ou 8* categorias (em depési 10.000 kg. 8) — ) Para produtos do grupo 1: 52+ categoria (em depdsitos) — 10 000 kg. 5.* categoria (em armazéns) — 200 000 kg. 4.4, 6.4, 7" ou 8.* categorias (em depé- sitos) — 10 000 kg. loll Lotagdes méximas em pal6ls para produtos da 4 0 6: categorias do grupo 3—A armazenagem de produtos da 4,* ou da 6.* categorias do grupo 1 poderé também fazer-se em paidis de superficie, os da 4.* categoria em quanti dades até 100 000 kg os da 6. categoria em quan- tidades até 200 000 kg. Lotagtes méximas om paidle subterrinece 4—As lotagdes méximas permitidas num paiol subterréneo ndo deveréo exceder os valores indicados nos mimeros anteriores, acrescidos de 100 %. Lotagées méximas em paléle Intermédios 5—A lotagio maxima de um paiol intermédio ou auxiliar pertencente a uma linha de fabrico néo deverd, em geral, ser superior a 10000kg: para produtos da 3, 7* ow 8.* categorias do grupo nt aquela lotagdo no dever& exceder 5000 kg Lotagdes méximas em zonas de paisls 6—Numa zona de paidis de uma fAbrica, 0 né- mero de paisis conjugado com os valores das suas lotagdes deve ser tal que a soma das quantidedes de produtos explosivos neles armazenados nfo exceda 700000 kg; em caso de necessidade de armazenagem de maiores quantidades, haverd que constituir mais zonas de paidis, separadas umas das outras de ui distancia minima de 300m, medida entre os paidis mais préximos, ¢ nfo contendo cada uma mais do que 500 000 ke Lotaglo méxima em oficinas de cerregamento de cartuchos de caga 7—Numa oficina de carregamento de cartuchos de caga nfo podera haver mais do que 2kg de pol- vora fora dos depésitos, sendo 1 kg nas respectivas embalagens. ARTIGO 19+ Distinclas de seguranca a edificios dos servigos gerals «© sdministratives 1—Para 0s edificios localizados no interior de zonas de servigos gerais ¢ administrativos de uma fé- brica, embora normalmente neles estacione pessoal com caracter de permanéncia, bem como para os edificios de func&o andloga existentes numa oficina, Poderfo tomar-se, como distancias de seguranga, qua- tro quintos dos ‘valores correspondentes a edificios habitados. Localizago das construgbex susillare 2—As construgées auxiliares (telheiros, arreca- dagées, sanitérios, etc.) onde normalmente nao ¢s- taciona pessoal ou que so frequentadas apenas de modo intermitente poderéo ser localizadas nas vizi- nhangas dos edificios de linhas de fabrico ou de ar- mazenagem, a distancias inferiores as distncias de seguranga calculadas em fungo das lotagdes maxi- mas consideradas para aqueles edificios; no caso de as construgdes auxiliares conterem também produtos ex- to12 plosivos, as suas lotagdes deverdio somar-se as dos edificios vizinhos de modo a constituir com eles um ‘grupo nas condigées referidas no n.* 3 do artigo 16.° Instalages oquivalentes a edificios ‘do linhas de fabric 3—Os paidis intermédios ou ausiliares, os campos de ensaios e os laboratérios, bem como os gabinetes ou escritérios do pessoal técnico ou encarregado dos fabricos que pela natureza das suas fungdes devam situar-se na zona de fabrico, deverio considerar-se, no que respeita a distincias de seguranga, como edi- ficios de linhas de fabrico. ARTIGO 20 Materials de construcSo nos edificios ‘de fabrico © de armezenagem 1—Os edificios destinados ao fabrico ou a ar- mazenagem de produtos que oferegam risco de fogo fou de explosio deverdo ser construfdos de materiais gcralmente leves, no metélicos ¢ incombustiveis, por forma a evitar os efeitos da humidade ¢ as va- riagdes de temperatura; poderdo ser concebidos de modo a apresentarem uma ou mais zonas de menor resisténcia, quer localizadas na parte superior, recor- rendo a coberturas de material ligeiro, quer lateral- mente, pela utilizagio de paredes fracas, com o fim de no favorecerem o desenvolvimento de presses interiores muito elevadas ¢ a0 mesmo tempo cana- lizarem os efeitos de qualquer incéndio ou explosio. que neles ocorra, segundo as direcgées consideradas mais convenientes. Materials a usar nos depésitos de 1° espécio 2—Oy depésitos de pequenas dimensdes, como os de 1.* espécie, deveréo também ser construfdos de materiais néo’ metélicos, leves ¢ incombustiveis, (com excepgao do fibrocimento), ¢ quando instalados em recinto coberto poderdo, em vez de porta, dis- por de uma tampa de madeira, revestida exterior- mente por folha de zinco ou de aluminio ¢ provida de fechadura ou cadeado Materials « usar nos paléis provisérios 3—Os paidis provisérios devergo ser construfdos de material ligeiro, de fraca resistencia, sempre que possivel incombustivel, podendo ser instalados em construgdes ja existentes que retinam condigdes ané- logas: a sua altura no poderd ser inferior a 1,80m. Materiais a usar nos paléle mévels 4—0s paidis méveis, sob a forma de caixa, de- verdo ser construidos com materiais suficientemente resistentes, estanques © pouco sensiveis ao calor; quando de madeira, deverdo ser revestidos interior- mente com folha de zinco ou de aluminio ¢ exterior- mente com uma pintura clara; deverfo ser organi- zados por forma a poderem ser instalados em meios de transporte adequados, aos quais deverlio ficar bem adaptados € travados; para o seu transporte manual deverdo dispor de pegas. I SERIE N° 118-33: 179 Material usar nos peiolins fixos 5—Os paiolins fixos, tal como os paidis fixos, devem ser construidos com materiais incombustiveis, podendo empregar-se a alvenaria de tijolo ov o betao armado. Mater is @ usar nos paiclins mévels 6— Os paiolins méveis podem apresentar a forma de saco ou de caixa; no primeiro caso, pode-do ser de ona resistente, de couro maledvel ou de qualquer outro tecido resistente ¢ impermedvel, ¢ 0 seu Tor mato (tipo mochila) ser adequado ao transporte a dorso; no segundo caso, poderdo ser de madeira, com revestimento interior de folha de zinco ou de alu- minio e uma pintura exterior de cor clara, ¢ deverdo dispor de pegas para o seu transporte manual. InscrigBo. nas portas dos edificios © nas tampas depésltos, paldis mévels e paiolins 7.—Tanto nas portas dos edificios de w agent como nas tampas dos pequenos depésitos, paidis mé- veis ou paiolins deverd existir uma inscrigao, em le- tras bem legiveis, respeitante a sua natureza, a0 produto armazenado e ao correspondente grau de perigo; de forma anfloga se deverd procedet em re ago a0s edificios de fabrico. Emprego de materials metilicos 8——O emprego de materiais metilicos, como 0 ago, na consirugéo ou no revestimento das paredes, pavimentos, tectos € portas dos edificios so sera per mitido quando tenham sido concebidos por forma a impedir a projecgdo dos fragmentos revultantes do seu estilhagamento. ARTIGO 21° ‘Acondicionamento; dimensdes das pilhas 1—Nos edificios destinados & armazenagem os produtos deverdo conservarse acondicionados nas espectivas embalagens € estas devidumente arruma- das sobre estrados de madeira, com Sem de altura, pelo menos, de modo a constituit uma ou mais pilhas, afastadas umas das outras, pslo menos, Im, ¢ das pa- redes € dos tectos, pelo menos, 60cm; nos edificios de grande capacidade, para assegurar um mais facil acesso e uma melhor’ ventilagdo, e para diminuir as possibitidades de decomposiso simultanea dos produ- tos armazenados, as pilhas deverao ficar afastads umas das outras, pelo menos, 2m, ¢ cada uma podera cocupar uma rea cujas dimensdes ndo excedam oy s¢- guintes valores: ‘Comprimento ~ Largura — 4m 15m As distancias_das pilhas as paredes poderau ser reduzidas até 15cm apenas mas zonas em que ndo haja necessidade de garantir 0 acesso aos produtos armazenados ou quando se trate de edificios de pe- quena capacidade. Nos depésitos ou nos armavéns a altura maxima das pithas podera ser de 3m: porém, noy paicis, a base da Gtima fiada ndo deverd ficar acima de 1,60 m. 1 SERIE—N.* 118 —23-5-1979 Embalagens As embalagens @ utilizar no acondicionamento des produtes deverdo obedecer ao preceituado nas «Instrugdes sobre embalagens de produtos explosi- vos», elaboradas pela comissio dos explosives. ARTIGO 22" ‘Antecimara ou telheiro para servico dos pails 1 — Para servigo dos paidis com lotagdes superio- res a 500 kg de pélvoras fisicas, a 1000kg de explo- sivos. a 2000kg de pélvoras ‘quimicas, a 2500kg (peso bruto) de fogos de artificio, a 100000 deto- nadores ou a 500.000 cépsulas fulminantes, ¢ sem- re que se trate de paibis de 3.* espécie, deverd haver uma antecdmara (em compactimento anexo) ou, de preferéncia, um telheiro, a disténcia no inferior a 15m, reservado as diferentes operagdes de manipu- lagdo de produtos explosivos, tais como pesagens, aber- tura de embalagens, etc., no sendo permitido em tais ‘operagdes 0 uso de ferramentas que nio sejam de metal antifaisca ou de ferramentas eléctricas nao blin- dadas, 2-— A construgdo da antecémara ou do telheiro po- deré ser exigida também para servigo dos paidis com lotacdes inferiores as referidas no nimero anterior, sempre que razGes especiais de seguranga, derivadas da existéncia de proximidades perigosas ou de maior ritmo na execugio das opzrages de manipulagio, a isso 0 aconselhem, ARTIGO 23+ Protecso por péraralos 1 —Os edificios contendo produtos explosives de- vem estar convenientemente protegidos por para-raics, sobretudo quando localizados no interior de uma ff brica ou de uma oficina, Dispensa do instalagho de pére-ralos 2— Quando tenham lotagdes que nie excedam 1000 kg. podera dispensar-se a sua protecgio por phra- -raios, especialmente quando se trata apenas de um paiol ou de um depésito isolado em regiio pouco fre- quentada ou de uma oficina de carregamento de car tuchos de caga, ARTIGO 24 Distincias minimas a linhas aéroas de energia ‘léctrice, telogréficas ou telefénicas 1 —Nio seré permitida a instalagdo de linhas aé- reas de distribuigéo de energia eléctrica de baixa ten- séo em condutores nus ou de isolamento simples sem bainha de proteccdo a menos de 40m de dis- tAncia de edificios contendo produtos que apresentam risco de fogo ou risco de explosdo, nem estes poderio ser construidos a distincias inferiores a indigada de locais onde j& existam aquelas linhas; no caso de linhas aéreas telegréficas ou telefénicas, aquela dis tincia ndo deverd ser inferior a 20m. Distincias minimas a antenas emissoras ‘ou linhas aéreas de alta tenaio 2— Entre os edificios referidos no aimero anterior © antenas de emissores de ondas hertzianas (rédio, televiséo, radar) ou dinhas aéreas de distribuigho de 1013 energia cléctrica de alta tensio as distincias no de- vero ser inferiores aos valores indicados, respectiva- mente, nas tabelas vi ¢ Vil; 05 valores destas tabelas devem também ser tomados em consideragao quando se pretenda instalar uma linha de tiro de disparo eléc- trico. ARTIGO 25." Depésitos @ oficinas em aglomerados populacionals 1—As oficinas de carregamento de cartuchos de caga ¢ os depésitos de 1.* € de 2 espécies poderio instalar-se no interior de aglomerados populacionais, mas nfo no interior de edificios habitados; poderao localizar-se nos respectivos logradouros, quer em novas construgdes, quer em construgées j& existentes, que oferecam garantia de proteccdo e de isolamento, desde que as suas distincias a edificios habitados, a locais onde o publico se retina, a zonas que apre sentem perigo de incéndio, a vias de comunicagio no sejam inferiores: A 10 m, para as oficinas de carregamento de tuchos de caga ¢ para os depésitos de pécie; A 15m, para os depésitos de 2.* espécie; € © terreno & sua volta seja conservado sempre timpo de vegetagio, Disténcias entre pequenos depésitos @ oflcinas 2— As distlincias entre qualquer dos referidos depé- sitos, ou entre cada um deles e uma oficina de carte gamento de cartuchos de caga, no dever4 ser inferior asm oj éeitos om caves de edificios 3—A instalagdo de depésitos de 1.* espécie niu cor tendo pélvora negra podera ser autorizada em edi clos reservados a0 comércio quando fiquem situados em caves no habitadas construidas de materiais in- combustiveis ¢ a sua distancia aos locais de acesso do piiblico seja, pelo menos, de 10m. ARTIGO 26. Emprego de luz artificial © fabrico ou 0 manuseamento de produtos explosives executados & luz artificial s6 poderé ser permitido quando o estabelecimento disponha de ins- talago eléctrica de iluminagdo inteiramente blindad com’ dispositivos de comando perfeitamente estan. ‘ques, do tipo antidefiagrante, e de corte geral da cor ente eléctrica, locakizados no lado exterior dos. edifi ios, de modo'a eliminar qualquer causa de aciden devido a curto-circuito ou a produgao de faiscas. ARTIGO 27 Melos de protec¢io contra Incéndios 1—Os estabelecimentos onde se fabricam, arma- zenam ou manusciam produtos explosivos ou que tenham edificios de armazenagem de matérias peri- gosas deverio dispor dos meios indispensiveis de Protecgao contra incéndios capazes de os extinguir Jogo no seu inicio ou de impedir a sua propagaco. told Malos normals de entngto de incbndios 2—Nos locais de traballto ou nas suas proximida- des imediatas € obrigatéria a existéncia de depésitos de Agua, baldes de areia, bocas de incéndio, extintores de incéndio adequados, cobertores ou outras meios apro- priados A répida extingio de incéndios. Melos de deteccfo © de extingSo automética ‘ou de comando a distancia 3—Nos edificios de armazenagem, além dos meios indicados no niimero anterior, poderd ter de se recor- rer a meios mais eficazes de detecgo ¢ de extinglo de incéndios de funcionamento automatico ou de co- mando @ distanci Corpo de bombelros privative 4—Cada fhbrica de produtos explosives, alm dos meios referidos nos nimeros anteriores, deveré dis- por de um corpo de bombeiros privativo de ataque aos incéndios, constituido por pessoal da propria fébrica devidamente instruido, material mével adequado ¢ bocas de incéndio convenientemente localizadas e em niimero suficiente, alimentadas por uma sede de dis- tribuigdo de Agua com vélvulas de seccionamento ¢ ligadas também a tangues de reserva, em condigdes de actuar numa situagdo de emergénoia com a neces- saria promtiddo, antes que tenham possibilidade de acorrer os servigas de bombeiros municipais ou de bombeiros votuntérios. ARTIGO 28.° ‘Atitude a tomar em caso de inctndio 1—Sempre que se declara um incéndio nas pro- ximidades de um local contendo produtos explosivos ‘ou matérias perigosas, o pessoal que nele se encontra deve dar o alarme ¢ actuar imediatamente com 0 material de primeira intervenc&o que tenha & dispo- sigdo, de modo a extingui-lo rapidamente antes que possa atingir aqueles produtos. Evacuagio do recinto atingido por um incéndlo 2—No caso de se verificar nfo ser possivel evitar que © incéndio se propague aqueles produtos, sobre- tudo se se trata de produtos susceptiveis de originar explosies em massa, o recinto deveré ser imediata- mente evacuado, cofrendo 0 pessoal @ abrigar-se nos locais de seguranga previstos. ARTIGO 29° Sinallzaglo sobre o grau de perigo ‘@ 08 melos de extingso Para que © pessoal chamado a intervir no combate a um incéndio, especialmente 0 das corporagies de bombeiros estranhos ao estabelecimento a socorrer, possa prontamente organizar o plano de ataque sem se expor a riscos desnecesshrios, deverfo estar afi- xados sinais e inscrigdes em locais apropriados que indiquem qual o grau de perigo que os produtos exis- 1 SERIE — N.* 118 —23-5-1979 tentes apresentam e quais os meios de extingdo que podem ou no ser utilizados. ARTIGO 30+ Colaboragto téenica dos Inspectores de Incéndios A escolha dos meios de ataque contra incéndios mencionados no artigo 27." e da forma mais quada do seu emprego, a designagdo das substincias extintoras (4gua, espuma, neve carbonica, hidrocar- bonetos halogenados, pé'quimico seco e ‘pé inerte) mais aconselhaveis em cada caso particular ¢ das que so proibidas, bem como a determinagio da izagéo referida no artigo anterior ¢ sua loca- lizago, deverdo sempre ter sido efectuadas de ha: monia ‘com instrugdes ou informagdes de carécter técnico solicitadas pelos estabelecimentos de fabrico ou de armazenagem a inspecgdo de incéndios da zona em que se encontrem instalados. ARTIGO 31.* Protec¢lo contra a slectricidade estética Contra os perigos da electricidade estética deverdo ser tomadas medidas de protecgio, sobretudo nos locais de fabrico de produtos de maior sensibilidade (capsulas, escorvas, detonadores, ignidores, mistos fumigenos ou incendidrios) ou naqueles onde se pos- sam encontrar explosivos iniciadores, mistos_clor tados, metais leves em p6 (magnésio, aluminio, zir- cénio), polvorim (pélvora negra de grao fino), pél- voras sem fumo em pé, fésforo, enxofre, poeiras explosivas em suspensio no ar (de tetril, tetritol, picrato de aménio, nitrocelulose), vapores de liquidos inflamaveis, etc., no s6 pelo estabelecimento das ligagdes & terra necessdrias do material oficinal, mas também pela adopcdo de pavimentos condutores, cor- reias de transmissio condutoras ¢ nao cruzadas, calgado © vestuério condutor, devidamente limpo, para o pessoal que guarnece a aparelhagem ou a maquinaria das oficinas ou dos laboratérios, bem como pela conservago de uma rigorosa limpeza no interior dos edificios de modo a impedir que neles se acumulem poeiras. ARTIGO 32° Condigdes que obrigam a destrulgio ‘Produtos explosives. 1—Os produtos explosives que se encontrem de- teriorados, nao oferecendo garantia de estabilidade ‘ou néo se apresentando em boas condigées de con- servagio, ¢ que tenham ficado incapazes para utili- zago ou para poderem ser economicamente recupe- rados, deverfo ser destruidos com urgéncia, sob a orientagdo de técnico competente. Métodos a usar na destruleso dox produtos explosivos 2—A destruigo dos produtos explosives poder realizar-se por combustfo, por detonag&o ou por via quimica, utilizando sempre pequenas fraccdes de cada vez; as modalidades de destruicao, recorrendo 20 enterramento dos produtos explosives ou ao seu lan- gamento nos locais desérticos. nos esgotos, nos lagos, 1 SERIE —N.* 118 ~ 23-5-1979 nos tanques, nos pogos, nos pintanos ou nos canais, ndo sdo permitidas; a destruigéo por imersdo nos rios 36 poderd ser efectuada quando se trate de produtos explosives constituides por substincias inteiramente soliveis ou decomponiveis na gua e que no con- trariem as regras antipoluigéo que para eles se en- conirem estabelecidas; a destruigio por imersio no mar, que, em certos casos, se apresenta como a tinica solugo possivel ou mais aconselhdvel, s6 poderé ter lugar depois de obtida autorizagéo da entidade naval competente, em zonas de profundidade superior a 2000 m ea distancias da costa superiores a 150 mithas. Torrono « utllzar na destrulgho ‘de produtos explosivos. 3—0 terreno a utilizar nas operagdes de des- truigdo por combustéo ou detonagdo deve estar limpo de vegetagio ¢ isento de fendas ¢ de pedras grandes; a sua drea deve ser suficientemente ampla e a su localizago escolhida de modo que da execugio das destruigdes nao possa resultar qualquer dano para além de uma distancia de seguranga, ndo inferior correspondente a edificios habi'ados, qualquer que seja a natureza ou a fungdo dos locais ou das cons- trugdes a proteger, existentes na sua vizinhanga. ARTIGO 33+ Instrugbos Os estabelecimentos fabris claborardo_ instrugoes com base nas disposigdes deste Regulamento, re- lativas as matérias-primas que utilizam e aos pro- dutos explosives que fabricam ou armazenam, em que se mencionem néo s6 a forma como se deverdo realizar 0 seu acondicionamento e armazenagem com vista a respeitar as disténcias de seguranca, mas também os grupos de risco ¢ as categorias que Ihes correspondem, as substéncias extintoras de incéndio proibidas ¢ as mais adequadas a empregar consoante a sua natureza, ¢ a classe de transporte em que se devergo incluir, tendo em atengdo as instrugdes ou informagoes das inspecgdes de incéndios ¢ as clas- sificagdes constantes dos regulamentos de transporte interno ¢ internacional que thes digam respeit ARTIGO 34" InstrugSes @ elaborar pela comissko dos explosives Sempre que for considerado necessirio, a comissio de explosivos claboraré instrugdes detalhadas com vis'a_a pormenorizar ou a esclarecer quaisquer dis- posigdes deste Regulamento, ARTIGO 35." Disposi¢ées penals Nas transgressdes aos preceitos do presente Re- gulamento, € enquanto nao for revista a legislacao sobre as penalidades a aplicar, considerar-se-6 0 dis- posto nos artigos 156.” a 158° do Regulamento sobre Substancias Explosivas, aprovado pelo Decreto-Lei 1.° 37925, de I de Agosto de 1950, com as alteracées introduzidas pelo Decreto-Lei n.° 76/78, de 27 de Abril. QUADRO 1 Distribuigso dos produtos por grupos © por categorias conforme o tipo de risco © a compatibilidade de ermazensgem Detonadores, dispositivos de atraso. Disparadores, acendedores. isco de fogo em massa Grape 1 Riso de fe moderndo | Cargas, cartuchos, projécteis, bombas (simuladas). | Cargas de polvora negra. | Potvoras negras (fisicas). ra sem fumo, Propergéis slides (). Estabilizadores, Pélvoras sem fumo (quimices), Cargas de pél Tigeiras. | Murigses para armas | Cartuchos de caca, Flobert. 1 Trotil, écido plerico, explosive D. Pentrite, teri, hexogénio, hexil Composigdes pirotéenicas (luminosas © Minas (antipessoal ¢ anticarro) Granadas de mio. Graadas de espingarda, outros explosivos com trotil. 630, Reforcadores, cordées detonante. 4 Z 3 z i i : i é Explosivos com pentrite, tetril ou hexo- z <. Tubos de ignicao. Mechas de combustdo lenta, Fésforos ¢ acendedores, a Brinquedos pirotéenicos. : # Engenhos fumafgenos. Engenhios com matérias Dinitroglicol, Dinitrodiglicol ii ud 5 8 iJ a g*3 Cartuchos de carga incendifria ou tracejante, Cartuchos fumigenes, ‘Cartuchos propulsores at i i 1 SERIE — N.* 118 ~ 23-35-1979 1016 cones na | Srandoreepeuere | @OPEATETINOY OFU) oOREHEIO foprsosed nd | Hy eons v0 SOLIS OUTROTE “AOUTRTE AH | ome *0a12} 9p oyoyures 9p sopmed | -sopmesoqauad > soperesoy> soasopdg | -somusyouneay no see He | -2 op sonsoqe no sovesojasad “S018 ert “Os NY) somportea sresty | 0 evo 9 sous ‘aoa soe | rapa oui Tee | vs jouTony so9{01d yvoueD | “OFUHEH SP OVRSIIN | gory no souyeoye seu 2p sori! no soveit “ouyayout 9p FepwuRsy “eoury | TF Mo SOULE 7 soresiin | Tn oan onlay | oem ee | “rquo) 2 eU2IOd “ouzzueqont on -smuppazoe sepunisgns MEO} 2 seifa=0 ouseeqosi -oqjomsas 010) senno woo no a10pp9) W103 SEPAUEID) ‘sexsiioed © ssyecrc, onan | -opesrure no ooueng o0pd | °7 | smmy (eonpsorposy) seoini20nIN | spauna (opppooorpes) BPMN | 4 scone coma 1 i gene oy 9 ot oppor ote} 6° oon smvot ated op Sos an OOS 99 SO 7 = “2 st 1 os0, wet, emp ated, 1017 1 SERIE — N2 118 — 23-5-1979 QUADRO Armazenagem de produtos de natureza diferente ence te te Beta cee Dee eee A Be Dee ma ALes AaaAaaae, ApQeaene AReeeeae Perey Be Ba AA PBB Be Be pera RRR eeAenene eeeerrey Ree Py ROnAoOAe, aasAanae aoeAgaae PRA rey | @Onqagae eeeeee) aoe..0080 aAeeaava eABeOUaa wARBCUaAA LBV anes ae RROU RAR eoneAAAA Camo ee ae i SABRE BBA RRO mmm ee Be & | fs a Pa Be lei Be Big Fy Be he ee se) ya Ee a Be i Re 3 Qi AeA eee AAR Am = &8AORACVR® aOnaQaca = 3 ARAAAROR | RAADRARe BORUUAAR | eeAaaa FF Akeeeene | aaa teeee AARUUOMR | Baanade 2 | weeaeeee | paeeenee | aoUnneee | aeeeane io | Avaeeees | seetaoae | mosadone | soanaaaa i | aARRBRAA | SRRQOCES | COMgSSEE | SEEREESE = BeBe Be Be Ba ee Aa BARA | BeBe Bee Oe Bey Be Be Ba Ba Be Be BeBe = OOM e Be AAAALO - 3 | AemaOaee 8 RRAUOO | PARR 5 | weemoeee BAR UAAG | RRA R A 5S ¢ Dee oe AAROAARA | MAAROAe eoone nA Z| pA0eeee AC0necee | emenene | annem, 2 | wAUentae FU0neeee | eeeneeee | anemone Do | Waeeaeoe | Unedanee | Aoeenoee | oeee en i ARADO ORR O Reem BRO BoBA RBBB Bade BRBERADA BARRERA CRRA AR RR ARSORURO BOORRRAR RAR RA RR | RAS 3 Onmeveoe BOB mB A00newan, A00emae, vaaaanae 042000 Bs Be Ba Ba Be Ba ROU RR ena PA ect se Ba Ba Be a ay BB Be Be BB ae RARE aaaAcnae ery BoA Rae eee BB RB BB aaanaaaa v Legenda 19 mesmo edclo (compamiinentad ou nfo) "cpluna resperante Squser predutore atender so tev signed, 1018 1 SERIE—N* 18 — 23-5. 1979 TABELA 1 Distinias de sogurance entre elicion de armazanagom localzdos & superticie / j ‘Ore tt ‘Ore ‘Ono one Peso liquide: Risco de foro 7 moderade Eo] 0 25 10 | as » 3 ' i 5 2 1m | | i 1s i i | & 5 x Be | | 2 2 3 3 300 | 3 | B 30 0 B | 2 i eo | &® | ke 3 s is » # | & & 500, 16 a | B B 6 oo @ nO} |} FA i 8 2 x) a = 3 B 3 3 e 3 © 5 a 4 a OS 109, 8 2 3 es 8 13 3 3 * | #6 i 3000 | 3 2 « a 150 | ob B # s & a 3000 | 2 3 x st st & 30 | 3 % FA 3 3 & 4000 | a 2 s 5 Ed i som s | & | e 8 ® & 2 S000 5 ' soo | 0 | | 6 45 a “a 2 ne ) ” FA » 9000 ee a | 2 B B 4 oun | 2 8 a 3 3 ” Bam. (og ° é Fa « a 20000 | | 4 * eo 3S 9S 122 300 4 5 | 8 a 1 is 50000 | 6 @ 8 io io ia 000 | | 8 6 | @ us ns 1 sooo Ei @ & i» rid i 000 86 s | a 2 | is ir) 166 00 3 Ss | oR o fed ie it $000 ' @ 8 a a ta tae 5 8 & i it it | ie 500 s ° ig i i a 190000 7m B | M6 163 163 209 iomm ® mF : Doyo: 160.000 | | 2 108 | tae 8 Bo mom | Ey mt : : 1 — Peto de mtatincia exploaiva ou de mattsla pergct, ‘5 Bia Ge seoraee P= No tree, 1 SERIE— N.* 118 — 23-5-1979 1019 TABELA I Distincias de soguranga entre adlficios de linhas de fa:tico localizados & superticie () Risco de Fogo ¢m massa Peso sido Raosdefogs | ‘Sum projessbe de ehagor metlicos | Com proectes da ethucos atdicos GET Goe |eee ee eo |) ee pee eee rl ow pari? | p-saF | vass¥r | vars}? ™ ! = = hems 3 | 4s Is Ey) | 15 2» | oa z 7 | ; go) BL | 3 100 | | 16 %~ | i 3s 150 | i | 9 2» | Bg | gg | 3 30 i ) | 2 5 a ig |» | BY E 3 s |) BB | 8 3 400, | 2 | % a 33 4350 | is } B % a 37 500 16 ! a 2 | “a 0 £ a oe | é 3 |g | Eg & ¢ g g | gg 8 & $ Bios | Bo OB | EB | 8 3 B 8 8 Bi BB z We | | Bo | 8 8 | & ee | % Bo ee z im | | dw | 2 | | 8 2500 | a | a | “a | 5 102, 18 a ee ee: ig | | B | g | a % 3 a ee Fa 3 | 8 a ik 375000) | at | a7 a 5 t M7 18 Hol go g | & ie 3 ae ee | 18 ; Ble | gg) gE; | i 18 ; #8) # | & | & ie we | eB og # |) g@ & g ip | ee i we) Bi) # >) ge 8. Pa i | a g | i Bf go) eg) g# | BL g of $ ££ Rk i a ig (© 0» pala Intermédlos ou nunllares sto coraderadc ediieies de Has de fabtc, 1020 1 SERIE — N° 118 — 23-5-1979 TABELA ttt Distinciaa do seguranga anire odificios de armazenagem das. zones de pails ¢ edificios de linhas fabrico localizados & superficie 7 — Grape itt / ‘Grepe 1 t | Risco de fogo em _ - Risco de explosio em mason ) oe - — ————— evo tlavido ince defone | 7 ‘Sem projcites de entibacos metlicos |Com projectbes de extilhagos metticon | RSERBE | merits | cos pojton sooner mst ’ na “eater “e material | 7 a= | memes | tte | ete room for | oe ; = ah | possi | aise ooasie | > nat’? | owl = Fe = = a a | a3 Bs po ! 2s 25 2s 2 0 ; { | Fy a | 100 ee 3%) 130 | | nz | «# * 3 ig | | 50 4 a | 3 i z ) er) co | / # so % & 330 | sO a) 3 j % ” B 8s m 0 | F 8 ed a soo | | Pry © | @ | © 3 0 | / © | &@ | 6 & ™ 70 | i 4 8 | ss 9 0 » | % % 33 x0 as x | & 2 ed 1 600 0 a | 8 | % a 3 of 1500 2 * Eid a a ite 2000 | a a 6 3s Es Ds 350 we | & @ 102 1 ii6 3000 3% | 6 | fos tos te 3500 3s BO ie m | is 4m “ % | & is mw |g 4300 a S| 8 megs 5000 Fy a @ a 133 rH ii 500 8 ‘ a 3 136 6 in 5000 1 a @ 3 as i i 3000 | 2 | % 10 159 150 200 S000 | 2 a wm | Se ae 10.000 Et 5 18 | te 1a 2s 15000 @ is i as its 2 Boe i § § ne x a 35000 a 102 Me | Bo 2 30000 m | te 135 33 Bs i 35000 2 | ts | ie Xs 245 sa 20000 % | wm | in 286 286 3a 50000 38 a | ip | ia ne a6 58 000 * 58 Gr] 8s mba 31 S000 103 | Oe Fi) 5o a2 80.000 108 ASL | 2s 32 33 431 san | a i | Be Bs 36 Me 160000 13 ' 8 ‘se 10000 3 i | = | 3 Z : 140000 0 | = : z 160000 Be) 80 = | = aren eee 180 000 14 | 198 - | ~ - | - woo Me) et : = fot 7 — Peso de mbatincia explosive 0 ratetiaperigns. I SERIE—N.* 118 —23-5-1979 ‘TABBLA IV Distincias de soguranca de edificios de armazenagem ou de linhas de fabrico a vias de comunicagio edificios habitados localizedos & superficie | caw | ore ut =a "7° | | Seem projecgBes de material Com projecebes de material Sem projecgbex de esti ‘Com profeccbes de estihasos rs tno | ice defn | ene om Pichon Tae heeds oe | cote | | are | __o iat Gomis SRE ane SRR | en [ooate bot? | a aVF |o-ai?| out? is fo Joe Ppp i cra 2s 3 Be ” | as ~” * ; | e ’ ; 10 4 | 8 | 30 | zn | | @ | i % * 2 2 10 = 2 a 3 13 ‘eo u a = 18 te x 3 & 5 tos th 40 | a7 a r 3 ML 184 & | » % a ie ist Sco a 2 3 iB ie ie 2 2 3 | wt HH in So 3 g | 3 | ter ie A eo 2 a | a | it to 3 mo 3 | 8 | te ie a vo Xo % FA 6 | Bb i io imo 4 3 a | be ih ie 1 | 3% 3 2 Bt ie i 3 a & m |) ie i 39 500 4 % | iB ie 3 30 rH i % | ie Bt 3 ie & FA io | i oy | Be 3 4500 $0 8 7 | 188 Bo | MB 413 5.000 » St 86 MM | 2s M2 | oUST aT seo |S B a i | ie | ia & $00 3 3 a ee & 3000 oe to | to | Mo | ico io 9.000 8 1 | Bs | 20 ae 32 520 10000 Sie | i | ae Sr Boo se | ia | be) ay 20000 82 1% | aT | 326 543 “1 6 33000 Boe | a re ie 50.000 3 ts me oom | a as B 33000 on ee moo & © i ioe 8 tH m | it & 8 Bs feos ise we | wh He SB 000 « 47 196 24 | 40mm | SR 8 om | 4 oo te | Bs me) asa 20000 | 129 ns | 20 | SIG | ge os 1077 yoo | | eo | te | 3s Oe | oe ti 100.000 | 139 Be | 2 SST 928 6 1160 (00 ot a ” " ' tow ed 3 : Df ot : ‘oom | i iz | Bf : : : imo | | oi | t : : zi sooo | 40 oe Fy Dye i No grupo i, a exits sutancan §eatiion eb pee x sean spn ou de matte pcg 1 SERIE — N.* 118 — 23-5-1979 1022 sein) 9 sopeaneor “sopegny sopIIIPY Us FOpEPHT sO} Lop a OF s¥EIONw tae sep % 08 80 %0¥ "2909 “mseumansnden “ont “psadee ¥ sopmrnnet “unteasrneL 9p HORIDS = ona un 19 ennogen xP eased wp sme 10 11 etn wp omy ome Soprugey sojjipe © soauReIIN sIpIed Op etuEinbes op exouRIIG ‘A YTSEYL 1 SERIE — N." 118 23. TABELA VI Distancias de seguranga de emissores de ondes hertzanas ' edificios contendo produtos que apresontam rleco de fogo ot de explosso ou a linkas do tipo de diaparo eléc- treo. 25 50 100 00 1000 5.000 10.000 50000 190.000 150.000 SB83885aee TABELA VII Distancias de seguranga do linhas do alta tensio a edificios ‘contendo produtos que apresentam risco de fogo ou de ‘explosie ou a linhas de tira de disparo eléctrleo. Tens vinta APENDICE 1 Produtos explosives abrangidos pelo n’ 1 do ertigo 1. deste rogulamento A—Substincias explosivas 1 Polvoras_nepras (fisicas) (base de nitrato de potéssio, enxcfre e earvio vegetal): 1) Para fins militares; 2) Para caga, minas, pedreiras, rastilhos ¢ pirotecnia. I—Pélvoras sem fumo (quimicas): 1) De base simples (nitrocelulose); 2) De base dupla (nit celulose € dinitrodiglico)); 3) De base tpl (rocetlowe,nkroperin © logue ou nitro I — Properasis: 1) Propergois solidos bases de polvora sem fumo, de nitrato de aménio ¢ alto polimero ou de perclorato de aménio e ato pollmero}, 2) Propergéis liquidos (base de oxidante iquido e com- bustfvel liquid. IV —Explosivos simples: 1) Bsteres nltricos: dinitroglicerina, trinitroglicerina (nk ‘troglicerina); dinitcoglicol(nitroglico), dinitrodiglical; tetranitrato de pentaeritrite (pentrite); nitroceluloses: algodic-colédio (menos de 12,6 % N) humedecido ou Dlasifcado (com menos de,18% de plastfiante), € alsodio-pélvora (mais de 12.6% N) humedecido; nitroagdcates, nitroamidos; 1023 2) Nitroarométicos: dinitrobenzeno, trinitrobenzeno.(ben- Zite); dinitrotolueno, trinitrotolueno (trotily, trintro~ xileno; dinitronaftieno, trinitronaftaleno (naftite); initrofenol, trinitrofenot (écido plerico, picrinite), picrato de’ aménio (explosive D); trintcocresol (creslite), trinitrocresilata de aménio (ecrasite); tri- nitrorresorcinol (Acido estifinico); tinitr: nitroguanidina, ciclotrimetileno-trinitra ‘mina Chexogénio), cicloteirametileno-tetranitramina (@ctogénio) e etilenodinitramina (edna, haleite); 4) Iniciadores: fulminato de mercirio, nitreio de chumbo, estifaato de chumbo, tetraceno, acetileto de cobre, dixzodinitrofenol (dinol) e hexametilenotriperoxid ‘ming; 5) Peréxidos orginicos (nfo fleumatizados): peréxido de bbenzoilo, peréxido de ciclo-hexanona € peréxido de paraclorobenzoilo, V— Explosives compostos: 1) Explosives com nitroglicerina, nitroglicol ou suas mis- turas -- dinamite ondindria (25% a 75% NG); dina- mite-goma ou gelatina explosiva (60 % @ 93 % NG): dinemite gelatinizads ou geldinamite 25% « 60% NG); dinamite nto gelatinizada (15% a 65% NG); pentrinites (dinamites com pentrite), 2) Exploviaos com nitrocelulose (algodio-pélvora) — poten- lites 40% a 50% NC); tonites (20% a 53 % NC); 3) Explosives com trotil— pentsitol (pentolite); tetritol; hexitol; picratol; hexogenol (hexolite), composicto B: amatéis (80/20, 60/40 ¢ 50/50), sodatol, baratos, macarite, triplatte; 4) Explosivos com pevtrite, tetril ou hexogénio (allo con- siderados no ‘nimero anterior) — em compost com cera, parafina ou matéria oleosa ¢_pléstica fm compeniebes com nitraromtices (especialmente ‘mono ou dinitrados); 5) Bxplosivos com nitrate de aménio, nit ‘ou alealino-terrosos, ou suas mistut '% NA); gelamonites (20% a ope 3% Nov. ixplosivos com aluminio — amonais; tritonal, torpex, ‘minol, hexamite, hexal, baronal; a 7 Explosivos cloratados ou percloratados —chedites iret, chedte selina; peramon de pe lorato de aménio ¢ 1 de parafina); perdite (56% de perclorato de potisio, 2% DNB e 13% DNND 8) Explosivos Sprengel: De oxidante Nquido: Helhofites (60% HNO, © 40% DNB) Panclastites (70% NOs © 30% Mi 55% NO, © 45% TNT), De oxidante sélido: Rackarrock (90% KC10, ¢ 20% MNB); 9) Agentes explotivos (de desmonte): Tigo AN-FO OVA ¢ gasseo); Tipo Starter Gamat Spies Objectos carregados de substinclas explosivas I —Dispositivos de iniciagh 1) Cépsulas fulminsotes, excovas, estopins, cartuchos va- “os com chpaul; 2 Delonaderes, daponivos de are; disparadres, acen- 3) Espoletas, buchas de ignigho, chpsulas de sondagem; 4) Reforcadores; ‘mie 5) Mechs de combustio répida, cord8es detonantes. M1—Cargas explosivas: 1) Cargas propulsoras: de pélvora negra ou de pélvora sem fumo; 1024 2) Cargas para sinalizaglo: petardos de caminho de ferro; EAS al 8 3) Cargas para 4" 4 Cargas de demoliclo: petardos’ de alto explosivo, de efeito dirigido, antimerguihador, torpedos bengalé- 5) Cargas simuladas. MIL — Cartuchos carregados: 1) De caga, Flobert: - 2) De carga incendiria ou tracejante; 3) Fumigenos; ‘® Propulsores; 5) De carga simulada, IV — Munig6es: 1) Munigées para armas ligeiras (pistola, espingarda ¢ me- ‘ralhadora), munipSes de recreio ou de desporto; 2) Minas (antipesioal e anticarro), minas submarina 3) Granadas de mio, de expingarda e de morteiro;, 4 Granadas com Taforo ou com outras ebstncie in 55) Engenhos fumigencs, engenhos com matérias. iumi- ‘antes ou para sinalizacho; 6) Engenhos de carga 00a; 7) Proéctels com carga tracejante; 8) Projécteis de artitharia; 9) Bombas de avito, bombas de profundidede; 10) Granadas-foguete: 11) Torpetos de perfuracto, torpedos aéreos, torpedos na- 12) Munigdes de carga simulada (projécteis ¢ bombs). C— Comporigbes pirotécnicas T—Luminosas (base de oxisal e redutor): 1) Huminantes duz brancay, 2) Tracejantes; 3) De sinalizagso (luz branca ou corada); 4) De diversbo. 1 Incendisrias: 1) De inflamacto (base de oxissal © redutor); 2) De destruigo (bases de f6eforo branco, de termite ou ‘de misturas tipo Napalm). Ut — Fumigenas: 1) De ocultacto (lumos brancos) (base de féeforo branco ‘ou de hexacloroctano); 2) De sinalizacdo (Tums brancoa) (base de hexacloroetano); (fumos corados) (base de axisml, redutor ¢ corante); 5) De proteecdo dos campos Conse de onlsal, redutor © eect IV —Sonoras: 1) De simulaglo (base de pélvoras sem fumo ou de mis- tes pirotéenicos diversos); 2) De sinalizago (base de pequenas cargas explosives ov ‘de oxissal ¢ Fedutor); 3) De diversio (base de oristal ¢ redutor). V — Toricas: 1) Lacrimostncas (base de bromobemielaneto ou de clo roacetofe'-ona). D Objector carregados de composigées plrotéentcas I — Antficios pirotéenicos: 1) Inflamadores — f6sforos de seguranga, acendedores, tu- ) ote de. ignicho, capeulas te. termite, tnfamedores de Triego ou eléctricos, pastilhas para eacorvas elée- Iwicas, bandas de escorvas, fos Glsodio nitrado) e mechas de combustfo lenta (com alma de polvora negra); 2) Brinquedos pirotécnicos —fésforos fulminantes, fafo- ros pirotéenicos, grdos, bombons ¢ buchas fuiminan- tes, pedras e placas detonantes, escorvas para brin- vedo, brinavedos de sala, peterdos redone, vet maravithosas, martinicas; 1 SERIE —N.* 118 — 23-5-1979 3) Fogos de artticio — foguetes, foguetes antigraniso, bom ‘bas de foguete, tiros de canhio, bombas incendiérias, ‘bombas e potes de fogo, velas romanas, fontes, rodas, tapos, serpetes, chuvas de our, chuvas de pra, vwuledes, cometas de mio, fogos de bengala, tochas de bengala, luzes, chamas, cartuchos fumigenos (uta conta os parasias), produtores de fumos (para fins agnicolas ¢ floresiais); 4 Antificios de sinalizagio: Luminosa —fachos de sinais ma uais, cartuchos de sinais (verylights), Foguetes de sinals (com ou sem paraquedas), granadas de sinais, boias luminosas, fachos aéteos (flares) Fumigena—velas de fumos, cartuchos de sinais, foguetes de sinais (com ou sem péra-quedas), bolas fumigenas; I—-Munig6es quimicas: 1) Incendidrias — granadas de mio (com fésforo branco), Branadas de" mo (com termite), recipientes com tmisturas tipo Napalm: 2) Fumigenas — potes de fumos, granadas de mio; 3) Téxieas — granadas de mio lacrimogeneas. APENDICE It Matérias perigosss abrangidas polo n 2 do artigo 1 deste regulamento 1— 0s metais alcalinos, alcalino-terrosos ou suas ligas. T—Os metais em p6, como 0 aluminio, o zinco, © magné- tig ¢ 0 zireénio ou suas misturas, M1 —O fésforo branco ou amarclo © 0 f{6sForo vermelho: © carvio vegetal em po ¢ 0 ¢ xofre, IV—"as materias comburentes, como on cloratos, of per- cloratos, os cloritos, os nitratos, os peréxidos © os perman- fanator, de metals alcalinos ou alcaliro-terrosoe, os perclo- iratos de aménio, ov suas misturas (entre, as uals os adubos nitrados), 0 tetranitrometano © ot nitritos ‘morgAnicos ‘V— As aitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) © as nitroceluloses plastineadas (com mevos de 12,6% de azoto e com, pelo menos, 18 % de plastificante); © ‘mononitrometano e ¢ mononitroeiano; © mononitronalta- Teno, © mononitrabenzeno ¢-0 dinitrobenzeno comercial; 0 mo onitrotolueno ¢ o dinitrotolueno comercial ‘VI — Os peréxidos orginicos (feumatizados). © Ministro da Defesa Nacional, Jodo Alberto Lou- reiro dos Santos. —O Ministro da Administracio In- terna, Anténio Goncalves Ribeiro. —O Ministro da Inddstria ¢ Tecnologia, Alvaro Rogue de Pinho Bissaia Barreto. —O Ministro da Habitacdo e Obras Pubticas, Joao Orlindo Almeida Pina. ROCA OOL ODEO IOS IOUO DEOL OSEO IO MINISTERIOS DA DEFESA NACIONAL DA ADMINISTRACAO INTERNA E DOS TRANSPORTES E COMUNICACOES Decreto-lei n* 143/79 de 23 de Maio Convindo dar maior desenvolvimento as disposigdes existentes sobre o transporte de produtos explosivos por estradas ¢ estabelecer novas normas susceptiveis de garantir uma maior seguranga, nao s6 pela im- posigdo de uma mais severa disciplina, mas também pela obrigatoriedade de se empregarem veiculos sa- tisfazendo as caracteristicas apropriadas, Reconhecendo a necessidade de um diploma sobre tal matéria, com aplicagéo no interior do territério SERIE — N.* 118 — 235-1979 nacional, mas de harmonia ja, nas suas linhas gerais, com o que sc encantra estabelecido no Acordo Eu- ropeu Relative ao Transporte Internacional de Mer- cadorias Perigosas por Estrada (ADR), a que Portugal aderiu; Tendo em conta a acelerada evolugéo ao nivel internacional das normas regulamentadoras da rea- lizagdo destes transportes, que deverio acompanhar © constante progresso tecnolégico: Considerando que para adaptacio dos veiculos au- toméveis existentes ou aquisigio de novas unidades com as caracteristicas exigidas se torna indispensavel conceder as empresas que se encanregarem dos trans- portes de produtos explosives um prazo que no deva ser inferior a cento ¢ oitenta dias: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do n° | do artigo 201.* da Constituigao, 0 seguinte: Axtigo 1° # aprovado o Regulamento sobre Trans- porte de Produtos Explosives por Estrada, que faz parte integrante deste decretodei. Art. 2° Com excepeio das disposigies de natureza administrativa compativeis com o regime estabelecido pelo Acordo Europeu Relativo ao Transporte Interna- cional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR), aprovado para adeso pelo Decreto-Lei n.* 45935, de 19 de Setembro de 1964, 0 disposto neste Re- gulamento apenas se aplica ao transporte interno das mercadorias nele abrangidas ¢ aos transportes inter- nacionais nao abrangidos pelo referido Acordo. Art. 3.* As normas técnicas constantes do presente Regulamento poderdo ser alteradas, com vista & sua adaptago & evolugdo da regulamentagio internacio- nal, por portaria conjunta do Ministro da Defesa Na- clonal ¢ do Ministro dos Transportes ¢ Comunicagoes. Act. 4° Ficam revogadas as disposigses referentes a0 transporte rodoviério constantes do titulo vit do Regulamento sobre Substancias Explosivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.* 37925, de 1 de Agosto de 1950, € 0 artigo 24°, n° 1, do Cédigo da Estrada, apro- vado pelo Decreto-Lei n.* 39672, de 20 de Maio de 1954. Art, $.° Este diploma entraré em vigor cento € oitenta dias apés a data da sua publicacdo. Carlos Alberto da Mota Pinto— José Alberto Low. reiro dos Santos — Anténio Goncalves Ribeiro — José Ricardo Marques da Costa. Promulgado em 16 de Abril de 1979. Publique-se. © Presidente da Reptiblica, ANTONIO RAMALHO Eanes. Regulamento sobre Transporte de Produtas Explosivos. por Estrada (HTPEE) ARTICO 1+ Produtos explosivos 1 —Consideram-se, no presente Regulamento, sob a designago geral de produtos explosives as subs- tGncias explosivas (pélvoras ¢ explosives), os objectos carregados de substincias explosivas (detonadores, munigées, espoletas, mechas, cordées, cartuchos, etc.) € 08 arttificios pirotécnicos (inflamadores, brinquedos Pirotécnicos ¢ fogos de artificio). Definicdo de substinclas explosives 2.—Definem-se como substncias explosivas as que, sob a influéncia de uma acgéo excitadora, sio capazes de libertar bruscamente toda a energia que contém, dando lugar, sem intervengio do oxigénio do ar, & formagio de grande volume de gases a alta tempe- ratura, de que resuktam efeitos destruidores impor- tantes no meio ambiente causados pela elevada pres- sio por eles desenvolvida, Pélvoras © explosives 3— As substincias explosivas recebem a designagio de pélvoras ou de explosivos conforme 0 modo como se propaga a sua decomposico explosiva: lenta ¢ progressiva no primeiro caso —deflagragao ~~ ¢ muito répida no segundo — detonacéo. ARTIGO 2+ Classificagio de 1—Os produtos explosivos classificam-se, para feito de transportes, em classes e categorias, da forma seguint Classe 1a ~ Substincias explosivas: 1 categoria — Péivoras negras, produtos explosives 2. categoria — Pélvoras sem fumo. 3* categoria —Dinamites ¢ explosives and- logos. 4. categoria — Explosivos dificilmente infla- maveis. 5 categoria — Nitrocelutoses humedecidas (com mais de 126% de azoto); nitroce- luloses plastificadas (com menos de 12,6 % de azoto e menos de 18 % de plastificante). 6. categoria—Peréxidos organicos (ndo fleu- matizados). Classe 1-b — Objectos carregados de substincias explosivas: 1 categoria —Detonadores ¢ andlogos. 2+ categoria — Munigdes espoletadas. 3. categoria — Mumigdes nao espoletadas. 4 categoria — Objectos com f6sforo ou com outras substdncias.inflamaveis. 5 categoria —Mechas rpidas ¢ cordées de. tonantes. 62 categoria — Objectos com pequena carga Classe I~ — Artificios pirotéenicos: 1+ categoria — Inflamadores. 2.* categoria — Brinquedos pirotécnicos, 3. categoria — Fogos de artificio Peréxidos orginicos nfo fleumatizados 2—Sob a designacao geral de perdxidos orginicos (no fleumatizados) consideram-se as peréxidos que, ho estado seco ou associados a pequenas quantidades 1026 de dissolvente ou de fleumatizante, séo susceptiveis de originar reacgdes explosivas, normalmente do tipo detonante. ARTIGO 3. Matérias perigosas 1—Além dos produtos explosives referidos no artigo anterior, consideram-se abrangidas pelas dis- posigles do presente Regulamento as matérias pe- rigosas que, isoladas ou em presenga de determinadas substéncias, so susceptiveis de se decompor ou de reagir com carketer explosivo, tais como: alcalinos, alcalino-terrosos ou suas 5) Os metais em pé, como o aluminio, 0 zinco, ‘© magnésio € 0 zircénio ou suas misturas; ©) O fésforo branco ou amarelo e 0 fésforo ver- melho; @ As matérias comburentes, como os cloratos, ‘05 peroloratos, os cloritos, os nitratos, os perdxidos e os permanganatos, de met alcalinos ow alcalino-terrosos, os peroloratos € os nitratos de aménio, ou suas misturas; © tetranitrometano ¢ 0s nittitos inorginicos; ©) As nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ¢ as nitroceluloses plas- tificades (com menos de 12,6% de azoto fe com, pelo menos, 18% de plastificante): f) Os per6xidos orghnicos (Beumatizades), Peréxldos orginicos fleumatizados 2—Sob a designagfo gerab de peréxidos orgénicos (fleumatizados) consideram-se 0s peréxidos que, as- sociados ou nfo a substinciss dissoWentes ou fleu- matizantes, ou num grau de refrigeragho adequado, sto susceptiveis de originar reacgdes explosivas, nor- malmente do tipo deflagrante. ARTIGO 4" Culdados a observar para evitar acidentes © transporte dos produtos explosives mencionados no artigo 2.° ¢ das matérias perigosas referides no artigo 3.° (constantes nos apéndices te 11), em qual- quer quantidade, seré feito com todas as precaugdes. para evitar acidentes, nfo podendo transportar-se com outros produtos que oferecam perigo de incén- dio (gasolina, éleos, lubrificantes, etc.) ou que possam provocar a sua explosio. ARTIGO 5° ‘Transporte de produtos explosivos ‘om pequenas quantidades 1—O transporte de substincias explosivas da classe I-a até Skg, de objectos carregados de subs- tancias explosivas da classe 1-5 até 10kg ¢ de artificios pirotécnicos da classe I-c até ISkg nio esth sujeito a prescrigdes especiais respeitantes ao tipo de veiculo a utilizar, as suas caracteristicas téo- nicas, a0 seu equipamento ¢ & sua documentagio. 1 SERIE —N.* 118 ~ 23-5~1979 Transporte de fstoros de seguran do tdubon nitrados © do embelagens veslas 2—Admitem-se também, sem obediéncia a tais prescrigdes especiais ¢ sem limitago de peso, os transportes dos fésforos de seguranca da classe ‘I-c, dos adubos nitrados ¢ das embalagens vazias depois de utilizadas nos transportes dos produtos explosivos da classe I-a, das matérias comburentes ou dos pe- réxidos organices (fleumatizedos) referidos no a tigo 3. Transports de cartuchos para armas portétel e chas de combustio lenta, 3— Admitem-se ainda, sem obediéncia a tais pres- crigdes especiais, mas com limitagdo de peso, os trans- portes de cartuchos vazios com cAipsula e de cartuchos carregados, destinados a armas portéteis, da classe 1-b, bem como os transportes de mechas de combustio Tenta da classe I-c, desde que em cada um desses transportes no se ultrapasse o peso bruto de 100 kg. Teansporte em paléis mévela © em paiolins mévols 4—Sto igualmente de admitir, sem obediéncia a tais prescrigdes, os transportes de substincias explo- sivas executados entre o paial principal a regiéo ou focal de trabalho, quando sejam utilizados paibis méveis ou paiolins ‘méveis ¢ as quantidades neles contidas nfo excedam, respectivamente, 50kg ou 10kg de explosivos da 3* ou da 4 categoria da classe I-a, ou 100 kg ou 20kg de pélvoras da 1.* ou da 2.* categoria da mesma classe. ARTIGO 6." ‘Transporte de matérias perigosas em pequenas quantidades © transporte de metais alcalinos, alcalino-terrosos ow suas ligas, até 10kg, 0 de metais em p6, como © aluminio, ‘0 zinco, 0 magnésio, 0 zircénio ou suas misturas, até 100kg, 0 de f6sforo branco ou amarelo € 0 de fésforo vermelho, até SOkg, 0 de nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ou de nitroceluloses plastificadas (com menos de 12,6% de azoto e com, pelo menos, 18% de plastificante), até 50kg, 0 de’ matérias com- burentes (como os clorates, os percloratos, os cloritos, 05 nitratos, os perdxidos e os permanganatos, de me- tais alcalinas ou alcalino-terrosos, os percloratos € os nitratos de aménio, ou suas misturas, com excepc&o dos adubos nitrados, 0 tetranitrometano ¢ 0s nitritos inorginicos), até 10kg, € 0 de peréxidos orgénicos (fleumatizados), até Skg, poderio também fazer-se sem obedigncia as prescrig6es especiais referidas no n° 1 do artigo 5.*, desde que nao estejam incluidos, em conjunto ou com produtos explosivos das classes 1a, 1-8 ou Ie, no mesmo veiculo ou no reboque que este possa ter atrelado. ARTIGO 7." Prolbicio de transporte com matérias nfo abrangides pelo Regulamento Os produtos explosives das classes I-a, 1-b ou Ie ou qualquer das matérias referidas no artigo 3.° ‘no poderdo ser transportados conjuntamente, no I SERIE— No 118 mesmo veiculo ou no reboque que este possa ter atrelado, com 05 gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressdo, as matérias sblidas ou liqui- das inflamaveis ou capazes de libertar gases inflamé- veis, as matérias comburentes, as matérias téxicas, as matérias radioactivas, as matérias corrosivas ¢ as matérias susceptiveis de provocar infecgoes io abrangidas pelas disposicdes deste Regulamento. ARTIGO 8° Prolbigdio de transporte de matérias oxidantes com matérlas combustivels ‘As matérias comburentes ¢ 05 peréxidos orgé- nicos (fleumatizados) mencionados no artigo 3.° nfo poderao ser transportados conjuntamente, no mesmo veiculo ou no reboque que este possa ter atrelado, com qualquer das matérias combustiveis ou inflamé- veis referidas no mesmo artigo. ARTIGO 9." RestrigSes no transporte de produtos explosives ‘com matérias porigosas ‘As _matérias perigosas citadas no artigo 3.° nfo poderdo ser transportadas no mesmo veiculo com Produtos explosivos das classes 1-2, 1-b ou I-c, apenas, podendo ser utilizado para o seu carregamento o Feboque que aquele for atrelado; exceptuam-se desta norma as nitroceluloses. humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ou plastificadas (com menos de 12,6% de azoto € com, pelo menos, 18 % de plasti ficante) © 03 perdxidos organicos (fleumatizados) ape- nas nos casos referidos, respectivamente, nos arti gos 10° € 11." ARTIGO 10" Transporto de nitroceluloses As nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ou as nitroceluloses plastificadas (com menos de 12,6% de azoto com, pelo menos, 18% de plastificante) poderdo ser transportadas no mesmo vefoulo conjuntamente com produtos explo- sivos da 5.* categoria da classe 1-2, obedecendo entéo as prescrigdes que para esta so estabelecidas. ARTIGO 11° Transporte de peréxidos organicos fleumatizados Os perdxidos orginicos (fleumatizados) cujo trans- porte ndo exija agente frigorigeno poderdo ser trans- portados no mesmo veiculo conjuntamente com produtos explosives da 6* categoria da classe I-a, obedecendo entfo as prescrigdes que para esta slo estabelecidas. ARTIGO 12° Embalagens « utilizar; etiquetas nas embelagens As embalagens a utilizar no acondicionamento dos produtos explosivos ou das matérias perigosas refe- Fidas no artigo 3.°, bem como as etiquetas a aplicar, 1027 deveriio obedecer a0 preceituado nas Instrugées so- bre Embalagens de Produtos Explosivos, da Comis- sto dos Explosives. ARTIGO 13." Néo aceltacio para transporte de sais de eménlo ou sus imisturas, tetranitrometano com Impurezas © embalagens vazlas com residuos de matdries comburentes. 1—0 nitrato de aménio ou suas misturas, no fazendo parte de um explosivo ¢ contendo’ mais de 0,4 % de substancias combustiveis, o clorato de aménio ¢ 0 nitrito de aménio ou misturas de um nitrito inorginico com um sal de aménio, bem como o permanganeto de aménio ou misturas de um permanganato com um sal de aménio, nfo sio aceites para transporte. 2—0 tetranitrometamo s6 poder& ser aceite para transporte quando isento de impurezas combustiveis. 3—As embalagens vazias com residuos aderentes de matérias comburentes do Iado exterior também no so acciles para transporte, Condig6es de aceltagia para transporte 4—Sé podem ser actites para transporte os produtos explosives das classes 1-2, 1-6 ou I-c ¢ as matérias perigosas referidas no artigo 3.°, cujas designacdes estejam inchufdas nos apéndices 1 ¢ 1; exceptuam-se desta norma as matérias comburentes que, embora no constando no apéndice 11, podem ser admitidas a0 transporte, desde que estejam inclufdas nas de- signagdes genéricas mencionadas ma alinea d) do n° 1 do artigo 3° ¢ ndo estejam abrangidas pelo disposto nos n.* I ¢ 2 anteriores. ARTIGO 14° Regra geral a observar no transporte ‘do produtos explosives: 1—Como regra geral, os prouutos explosives das classes 1-a, 1-6 ou I-c no poderdo ser transporte- dos conjuntamente no mesmo vefculo nem no reboque a este atrelado quando pertengam a classes diferen- tes ou a categories diferentes se forem da mesma classe (quadro 1). Excope6es & regra geral permitidas no transporte de produtos explosives Exceptuam-se desta regra: 2) Os transportes de produtos da 6.* categoria da classe 1-b, entre 0s quais se contam os cartuchos vazios com cépsula ¢ os cartuchos carregados, destinados a armas portateis, que poderdo ser transportados no mesmo veiculo em conjunto com produtes explo- sivos pertencentes a outras classes ou a * outras categorias; ) Os transportes de produtos da 1+ € 5.* cate- gorias da classe I-b, entre os quais se contam os detonadores, as mechas de com- bustio répida e os corddes detonantes, que poderfio ser transportados em conjunto no 1028 mesmo veiculo; poderdo também ser trans- portados acompanhando produtos explosi- vos da classe I-a carregados num velculo, quando arrumados no reboque atrela quando se trate de transportes executados nas condigdes do n.* 4 do artigo 5°, po derio acompanhar no mesmo veiculo os produtes explosivos referidos naquele ni- mezo, desde que sejam acondicionados em embalagens proprias, em quantidades que ndo excedam as estritamente indispenséveis a utilizagdo daqueles produtos © fiquem afastados destes 0 mais posstve!; ©) Os transportes de produtos da 1.* categoria da classe I-c, entre 05 guais se contam as mechas de combustdo lenta, os fésforos de seguranga e outros inflamadores, que po- derdo realizar-se acompanhando’ produtos explosives das classes 1-a ou 1-b (menos 6+ categoria) carregados num veiculo, quando arrumados no reboque atrelado; com os da 6* categoria da classe 1-b podero ser carregados no mesmo veiculo, de acordo com a alinea a) do n° 2 deste artigo; d) Os transportes de produtos da 2.* categoria da classe I-c, entre 0s quais se contam os diferentes brinquedos pirotécnicos, que po- derfo realizar-se acompanhando 'produtos explosives da dlasse I-b (menos 6.* cate- goria) carregados num veiculo, quando ar- Tumados no reboque atrelado; com os da 62 categoria da classe 1-b podero ser car- regados no mesmo vefculo, de acordo com a alinea a) do n.* 2 deste artigo; ©) Os transportes de produtos da 2.* categoria da classe I-c, que poderdo realizar-se no mesmo vefculo em conjunto com 0s pro- dutos da I+ ou 3. categoria da mesma classe; 1) Os transportes de produtos da 3.* categoria da classe I-c, onde se contam os diferentes tipos de fogos de artificie, que poderao realizar-se acompanhados dos produtos da 1 categoria da classe Ic, desde que estes sejam arrumados no reboque atrelado; #) Os transportes internacionais, abrangidos pelo ‘Acordo Europeu Relativo ao Transporte In- ternacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR), em que apenas nfo é permitido juntar no mesmo veiculo os pro- dutos explosives da 1.* ¢ 5.* categorias da classe 1b, contidos em embalagens com duas etiquetas iguais, referentes & matureza do perigo que Ihes cortesponde, com quais- quer outros produtos explosivos das clas- ses I-a, 1-b ow I-c, contides em embalagens com uma s6 etiquet ARTIGO 15+ Gula de remessa ou factura, Instrugies eacritas, ‘exemplar do regulamento 1—0 transporte de produtos explosives das clas- sai Ina, I-b ow 1c, previsto nos a Ie 3 do artigo 5.°, © das matérias perigosas constantes do 1 SERIE — N° 118 ~ 235-1979 artigo 6°, quando se excedam as quantidades neles teferidas, far-se-6 sempre acompanhado da tespectiva guia de remessa ou factura passada pelo expedidor, de instrugées escritas, redigidas pelo fabricante ou pelo expedidor, sobre a forma de actuar em caso de acidente ¢ de um exemplar do presente regulamento. Disposigses contidas nas Instrugdes escritas 2.— As instrugdes escritas mencionadas no niimero anterior devem conter d'sposigdes claras referentes & natureza des perigos que as mercadorias transpor- tadas apresentam ¢ indicar, para cada uma delas, quais 2s medidas de seguranga a adoptar, especial mente nos casos em que se manifeste incéndio ou embalagens: em particular, deverdo assi os meios de extingdo de incéndios mais aconselhaveis, especificando sobretudo os que ndo se devem utilizar, bem como, no caso de o contetido das, embalagens se ter derramado sobre a caixa dos vel- culos ou sobre a estrada, os cuidados a ter com 0 pesscal que tena de proceder A sua limpeza ou re- colha ou que por ele tenha sido atingido, a fim de evitar quaisquer lesdes derivadas do seu contacto com tais mercadorias ou com os produtos que delas se possam libertar. Tais instrugdes escritas dever ser entregues a0 pessoal de trensporte com a antecedéncia suficiente Para que este disponha de tempo para se habilitar em condigdes de promover a sua aplicagio correcta. Cortifieao do expedidor 3—Nenhuma guia de remessa ou factura poderd ser aceite pelas empresas transportadoras sem ser acompanhada de um certificado do expedidor, dedla- rando que a natureza ¢ a estabilidade das mercadorias a transportar, bem como as suas embalagens, obede- cem as prescrigdes regulamentares para poderem ser admitidas a0 transporte ARTIGO 16 Guia de transporte © transporte de pélvoras da I. ou 2* categoria da classe I-a em quantidades superiores a 100kg, © de produtos explosivos das outras categorias da mesma classe em quantidades superiores a 50kg, (© de objectos carregados de substancias explosivas da classe I-b em quantidades superiones a 200kg de peso bruto, 0 de artificios pirotécnicos da classe I-c em quantidades superiores a 250kg de peso bruto, 0 de matérias comburentes ou de peroxides organicos (eumatizados) em quantidades superiores a 100 kg © 0 de qualquer das restantes matérias referides no artigo 3.° em quantidades superiores a 250 kg, com excepsiio dos produtos referides nos n* 2. 4 do artigo 5.°, far-se-do sempre acompanhados, além da guia de remessa ou factura, das instrugdes escritas ¢ do exemplar do presente Regulamento, referidos no artigo 15°, por uma guia de transporte, também pas- sada pelo’ expedidor, com as seguintes indicagdes: a) Entidade @ quem se destinam os produtos a transportar; 1 SERIE ~~ N.* 118 ~ 23-5~1979 ) Numero € data da autorizagio qual os produtos foram adqui ©) Designagéo dos produtos a transportar, com indicagao da classe ou categoria a que per- tengam, ¢ sua marca oficial; 4) Quantidades a transportar; e) Mtinerdrio por onde se efectuané 0 transporte; f) Datas em que o transporte se deverd realizar, com indicaco das horas de partida ¢ de chegada; 8) Veicuios de transporte a empregar, com in- dicagdo dos respectivos tipos ¢ da empresa transportadora; hy Armazéns, depdsitos ou paidis onde ficarko guardados os produtos transportados, com indicagdo das respectivas licengas ou alvards. ARTIGO 17." Autorizagio para o transporte 1—O transporte de produtos explosives, ou de qualquer das matérias referidas no artigo 6°, nas quantidades. mencionadas_no_artigo anterior,” serd precedido de uma autorizagio do Comando-Geral da Policia de Seguranga Publica, langada na guie de transporte, a qual potleré dizer respeito a um 96 transporte, aos transportes a efectuar durante uma certa época ou ter cardcter permanente. AutorizagSo permanente para o transporte 2—Considera-se como tendo autorizagio permé nente para o transporte de produtos explosives, ou de qualquer das matérias referidas no artigo 6°, até 1000 kg de peso bruto, quem possuir licenga para © seu fabrico ou para a sua venda ou for detentor de paiol . depésito ou armazém. Revogaeéo ou alteracio das autorizagses ‘para o transporte 3—O Comando-Geral da Policia de Seguranca Publica pode, por motives de ordem e seguranga pi- bitcas, nao autorizar o transporte, revogar em qual- quer ocasido as autorizagdes concedidas ou fixar um itinerério diferente do que fora incialmente indicado na guia de transporte. ARTIGO 18+ Escolta da PSP, GNR ou GF 1 — Nos transportes de produtos explosives, ou de qualquer das matérias mencionadas no artigo 3.°, com excepedo dos produtos referidos nos n.* 2, 3 € 4 do artigo 5.", com um peso bruto superior a 500 kg, cada yeiculo seré acompanhado, no minimo, por um guarda da Policia de Seguranca Publica, da Guarda Nacional Republicana ou da Guarda Fiscal € tera, além do condutor, um ajudante de motorista. Chefe do combolo de veiculos 2—Quando se organiza um comboio de veiculos, haveré, além dos guardas e pessoal mencionado, um graduado que desempenha as fungdes de chefe do comboio. 1029 Funcbes da escolta 3—Ao chefe do comboio ou aos guardas dos vei culos isolados compete: @) Vigiar pela seguranca dos produtos transporta- ») Fazer’ cumprir as prescrigGes sobre 0 trans- porte dos produtos constantes do presente Fegulamento, de que deverdo possuir um exemplar, bem como de instrugdes especiais que tenham sido elaboradas para a sua efec- tivagdo; ¢) Cumprir rigorosamente 0 itinerfrio estabele- cido, justificando qualquer alterago que no mesmo tenha sido introduzida: 4) Enviar a0 Comando-Geral da Policia de Segu- ranga Pablica um relat6rio sobre a forma ‘como decorreu 0 transporte. Despesas com a excolta 4—As despesas a fazer com 0 chefe do comboio © com os guardas referidos ficam a cargo dos expedi- dores ¢ sio reguladas pela legislaco em vigor. Dispense da escolta 5 —E dispensada a presenca dos guardas quando a fébrica, oficina, paiol, depésito ou armazém tiver licenga’ permanente ese tratar de transportes para © ponto de embarque ou de desembarque que o serve, desde que a disténcia no seja superior a 5km. Nestes casos haverd um empregado responsavel por cada vei- culo, Prolbieso de passageiros nos vaiculos — # proibido transportar passageiros nos veiculos de transporte, além do pessoal indicado neste artigo, ARTIGO 19." Prolbgso de produtoe explosivos odo mateian peigoeas ‘om volculce do passagolros Em veiculos que transportem passageiros ndo é permitido 0 carregamento de produtos explosives das classes I-¢, 1-b ou I-c, nem de qualquer das matérias perigosas referidas no artigo 3.°, mesmo em pequenas quantidades. ARTIGO 20+ Carga méxima 1—0 tipo e as caracteristicas técnicas dos vei- culos automéveis a utilizar (quadro 11), bem como © seu equipamento, variam com a natureza ¢ as quantidades dos produtos a transportar, no podendo, em qualquer caso, a carga maxima, com tais produ- tos, exceder 90% da carga autorizada para as mer- cadorias ordingrias, nem os seguintes limites por va- gio: Produtos explosivos: Vefculos sem reboque .. ‘YVefculos com reboque Qatogramas 6000 10000 1030 N* 118 — 23-5-1979 Matérias comburentes (exceptuando 05 aio. nalizagées eléctricas, da tubagem de escape, adubos nitrados) ou per6xidos orgi- sams da bateria de acumuladores (ou separado nicos (fleumatizados) oo 10.000 desta por uma divisOria estanque), em posi- Restantes matérias referidas no artigo 6.° 15.000 ‘sdo tal que fique protegido em caso de coli- Addubos nitrados .......0e 20.000 So e de modo que, havendo fuga de com- Matérias comburentes a granel ou em so- bustivel, por virtude de qualquer ruptura, lugto ... 25.000 este s6 se possa escoar directamente para 0 Carga méxima nos transportes Internacionais 2—Nos transportes internacionais abrangidos pelo ADR 05 produtos explosivos, com excep¢8o dos per- tencentes as 1.*, 3. € 6. categorias da classe Ina e as 1.* ¢ 2.* categorias da classe 1-b, poderfo ser trans- portados até aos limites de 9000kg por vefculo sem Feboque ou de 15000 kg por vefculo com reboque. Caractoristicas dos vetculos automévels de cabin aberta 3—Os transportes de cartuchos vazios com cép- sula e de cartuchos carregados, destinndos a armas portateis, da classe 1-b, até 200 kg de peso bruto, os das mechas de combustfo lenta da classe I-c, até 250 kg de peso bruto, os das matérias comburentes ou dos peréxidos orghnicos (fleumatizados), até 100 kg, ‘com excepgio dos adubos referidos no n.* 2 do ar- tigo 5. ¢ os das restantes matérias referidas no ar- tigo 6. até 250 kg, poderio fazer-se em veiculos auto- méveis de caixa aberta, sem reboque, do tipo dos correntemente utilizados no transporte de mercado- rias ordindrias, desde que todos 0s condutores eléc- tricos localizados atrés da parede posterior da cabina do condutor estejam protegidos no interior de tubos estanques metélicos ¢ os vefculos estejam equipados, pelo menos, com dois extintores de incéndio portsteis, ‘um para o incéndio do motor e 0 outro para o incéndio da carga. 4—Os transportes de pélvoras da 1* ou 2 cate- goria da classe 1-a, até 100 kg, os de produtos explo- sivos das outras categorias da mesma classe, até 50 kg, os de objectos carregados de substAncias explosivas da classe 1-5, até 200 kg de peso bruto e os de pro- dutos da classe I-c, até 250kg de peso bruto, nfo considerados nos nt 2 ¢ 4 do artigo 5°, poderio fazer-se também em veiculos automéveis ‘de caine aberta, obedecendo as condigées referidas no numero anterior. 5—Os transportes de produtos explosivos das clas- ses I-a, 1-b ou I-c, no considerados nos n.** 2 € 4 do artigo 5., em quantidades que nfo excedam $00 kg, de peso bruto, bem como os dos produtos referidos no n° 3 deste artigo até A carga méxima, poderio fazer-se ainda em velculos automéveis de caixe aberta, podendo ter um reboque atrelado, desde que obede- Gam, pelo menos, as seguintes caracteristicas técnicas: @) O motor ¢ 0 sistema de escape deverio estar instalados adiante da parede. posterior da cabina do condutor, ficando 0 orificio do tubo de escape orientado para o lado es- querdo do veiculo; a extremidade do tubo de escape deverh ser protegida por guarda- -chamas, b) O depésito de combustivel devert localizar-se suficientemente afastado do motor, das ca- solo; 0 motor nfo deverd ser alimentado por gravidade; ©) A cabina do condutor deverd ser construfda de material nfo inflamével, com excepgdo dos assentos; 4) O reboque deveré ser de desatrelagem fécil; © travéo, comandado da cabina, deverd actuar sobre todas as suas rodas ¢, em caso de ruptura do sistema de atrelagem, deveré parar automaticamente; ©) A tensio nominal de iluminago eléctrica néo dever& exceder 24 V; no interior da caixa no deveré existir qualquer citcuito elée- trico e deveré haver um interruptor de bate- ria de acumuladores accionado da cabina; fA caixa deveré ser construfda com materiais que nfo formem combinagdes perigosas com as substncias transportadas, sendo proibido © chumbo no caso dos transportes de hexil, Acido plerico, picratos, corpos nitrados or- ganicos explosivos (soliveis na Agua) ou explosivos de carécter cid ©) O combustivel deveré ter um ponto de infla- magio igual ou superior a 55°C. Estes veiculos devem estar equipados com trés ex- tintores de incéndio portateis, um para o incéndio do motor, outro para o incéndio da carga no velculo ¢ outro para o inctndio da carga no reboque, ou com dois extintores, no caso de os veiculos estarem provi- dos de sistema automatico de extingdo do fogo no motor. Caractoristicas dos velculos automévels de calxa fechada 6—Os transportes dos produtos explosivos das clas- ses I-a, 1-b ou I-c ndo considerados nos n.** 2, 3 ¢ 4 do artigo 5.°, em quantidades superiores a 500 kg de peso bruto © até ao valor dos limites definidos nos ne L © 2 deste artigo, deverdo fazer-se em veiculos automoveis de caixa fechada, podendo ter um reboque atrelado, desde que, além de obedecerem a todas as caracteristicas técnicas estabelecidas para os veiculos referidos no niimero anterior, a sua caixa, de estrutura sblida e sem frestas, satisfaca ainda aos seguintes re- quisitos: @) Esteja distanciada da cabina pelo menos 15 em; b) Seja revestida com materiais incapazes de pro- duzit faiscas: ©) As suas paredes, tecto © pavimento tenham qualidades de isolamento ¢ de resisténcia a0 calor equivalentes as de um tabique for- mado por cartéo de amianto de Smm de espessura entre duas paredes metélicas, ou por uma parede metilica exterior forrada SERIE—N? 118 interiormente por uma camada de madeira tornada ininflamavel, com 10 mm de espes- @ As suas portas, uma tateral permitindo o acesso 20 lado anterior direito da caixa outra a retaguarda, deverdo ser constitui das de modo a diminuit 0 menos possivel fa resisténcia da caixa e devem possuir fer- rolho com chave € ter todas as juntas de fecho dispostas em chicana. Caracteristicas dos contentores; etiquetas nos contentores, 7—Quando as embalagens contendo produtos ex- plosivos das classes I-a, 1-b ou I-c, ou matérias peri- ‘gosas referidas no artigo 3.°, forem transportadas em contentores, devem estes satisfazer as prescrigdes im- postas nos n."* 5 ¢ 6 deste artigo para as caixas dos veiculos, podendo entdo estas deixar de satisfazer a tais prescrigdes; além disso, em duas faces laterais dos contentores devem ser aplicadas etiquetas dos mesmos modelos dos estabelecidos para as embalagens, mas com as dimensoes minimas de 150mmX150mm € 148 mm 210 mm. Proibigio de carregamento em conjunto nos contentores 8—As proibigdes de carregamento em conjunto num mesmo veiculo de produtos de natureza diferente (quadro 1) deverdo também ser respeitadas no inte- rior de um mesmo contentor. ARTIGO 21" Talpal posterior rebativel @ toldo nos veiculos do caixa aberta 1—05 vefculos automéveis de caixa aberta uti- lizados nos transportes dos produtos referidos nos nw 3, 4 ¢ S do artigo 20.” deverdo possuir taipais, sendo 0 posterior rebativel, e dispor de um toldo, impermedvel ¢ incombustivel, para cobrir completa- mente a carga transportada; este toldo deverd ficar bem esticado e ser fixo por meio de hastes de metal ou por cadeias aferrolhaveis Condigdes de nio utilizagéo de veiculos de calxa aberta 2—Em substituigao dos veiculos automéveis de caixa aberta deverdo empregar-se veiculos automé- veis de caixa fechada, sempre que as condigdes cli- matéricas 0 aconselhem, ARTIGO 22° istieas dos veiculos para perdxidos orginicos ‘com agente frigorigeno 1—Os peréxidos orgénicos (fleumatizados) cuja estabilidade s6 & garantida quando mantidos a baixas temperaturas poderdo ser transportados em veiculos automéveis de caixa fechada, em condigées de per- mitir que uma boa ventilagdo fique assegurada, ov em veiculos automéveis de caixa aberta tapados com um toldo, desde que a quantidade de agente frigo- igeno na embalagem protectora seja suficiente para 1031 impedir que a temperatura a que devem ser trans- portados seja ultrapassada; no caso contrario, 0 seu transporte deveré ser feito em veiculos especiais Gsotérmicos, refrigerantes ou frigorificos) obedecendo as caracteristicas seguintes: @) O dispositive de produgdo de frio deve poder funcionar independentemente do motor de propulsdo do veiculo ¢ ser capaz de assegu- Tar a temperatura necessdria, quaisquer que sejam as condigdes atmosféricas; 4) © agente frigorigeno utilizado néo deve ser inflamavel; 0 emprego de ar liquido ou de oxigénio liquido € proibidi ©) © espago destinado & carga deve frestas de ventilagao, sem que dai resulte que a refrigeracdo seja diminuida; 4) Devem estar provides de um dispositivo ade- ‘quado que permita ao condutor verificar da sua cabina, em qualquer momento, qual a temperatura no espaco destinado a carga; €) Devem ser construfdos de modo que os vapo- res dos produtos transportados no possam penetrar na cabina; f) Devem dispor de dois extintores de incéndio portéteis, um para o incéndio do motor ¢ 0 outro para o incéndio da carga. Prolbigdo de transporte com outros produtos 2—Os petéxidos orgdnicos com agente frigorigeno nao poderdo ser transportados em conjunto com quais- quer outros produtos no mesmo vefculo ou no rebo- que que este possa ter atrelado. Carga maxima para os peréxidos orgénicos 2 temperatures até — 10°C 3—0s peréxidos orginicos cuja temperatura du- rante o transporte no deva ser superior a —10°C ¢ que ndo tenham mais de 304% de dissolvente ou de fleumatizante no poderdo ser transportados em quan- tidades superiores a 750kg por veiculo, mesmo que este disponha de um reboque. Carga méxima para os peréxidos orginicos ‘a tomperaturas até + 20°C 4—0s peréxidos orgnicos cuja temperatura du- rante 0 transporte no deva exceder qualquer dos va- lores desde ~10°C até +20°C nao poderao ser trans- portados em quantidades superiores a S000 kg por veiculo, mesmo que este disponha de um reboqu® Carga méxima para os peréxidos orginicos 2 tomperaturas superiores @ +20°C. 5—0s peréxidos orginicos cuja temperatura du- rante © transporte ndo deva exceder determinados, valores superiores a +20°C nao poderdo ser trans- portados em quantidades superiores a 6000 kg por veiculo ou a 10.000 kg por veiculo com reboque Cargas_méximas permitidss nos transportes internacionais ‘de poroxldos organicos com agente frigorigeno 6 —No caso de transportes internacionais de perd- xidos orgdnicos nas condigdes dos n° 3 ¢ 4 deste artigo, poderio conceder-se derrogagdes aos valores 1032 das quantidades maximas neles referidas de harmonia com os acordos que tiverem sido estabelecidos entre os diferentes pafses interessados, ndo devendo em qualquer caso exceder-se as quantidades maximas a seguir indicadas: a) Para os peréxidos nas condigdes do n.° 3 deste artigo: 1500 kg por veiculo, mesmo que este disponha de reboque; b) Para os per6xidos nas condigdes do n.° 4 deste artigo: 6000 kg por veiculo ou 10 000 kg por veiculo com reboque. ARTIGO 23." Transporte de matérles comburentes em velculos-cubss, fem contentores ou om veiculos de calxe aberta 1 —Os transportes de matérias comburentes, como 0s cloratos, os percloratos, os cloritos ou 0s nitratos, de sédio ou de potissio, os percloratos ou os nitratos de aménio, ou suas misturas, podem fazer-se tam- bém a granel desde que se utilizem veiculos-cubas metélicos, cobertos por um toldo impermesvel € incombustivel, ou contentores metélicos; 0s nitratos de s6dio, de potéssio ou de aménio, ou suas misturas, podem também ser transportados a granel em vefculos do tipo dos referidos no artigo 21.°, contanto que as respectivas caixas sejam revestidas interiormente por material impermeavel ¢ incombustivel ou tenham so- frido um tratamento que Ihes confira propriedades de estanquidade e de incombustibilidade. Transporte do tetranitrometano e de solugdes de matérlas ‘comburentes em veiculos-cisternas ou em contentores- temas. 2—0 tetranitrometano, as solugées de cloratos ou de percloratos (com excepeio dos de aménio) ¢ as solugées de cloritos de s6dio ou de potéssio podem ser transportados em veiculos-cisternas ou em conten tores-cisternas, cujos reservatérios, de estanquidade absoluta, deverdo ser de chapa de ago com uma espes- sura minima de 3mm; para as solugdes de cloratos (com excepgdo dos de’ aménio) as cisternas poderio ser de matérias plasticas reforgadas. Nio acoltagso para transporte com residuos de comburentes 3 — Os veiculos-cisternas vazios ¢ os contentores-cis- ternas vazios com res{duos aderentes de matérias com- burentes do lado exterior no so aceites para trans- porte. Prolbigo de transporte em contentores 4— Nao podem ser transportados em contentores: a) O tetranitrometano; 5) Outras matérias comburentes, quando em re- cipientes contidos em embalagens portado- ras de etiquetas que os classifiquem como frageis. ARTIGO 24." Transporte de metals siealinos em veiculos-cisternas ‘ou em contentores-clsternas. Os transportes de metais alcalinos, como 0 s6- dio, © potassio ou suas ligas, podem também fazer-se 1 SERIE —N.* 118 23-5-1979 em veiculos-cisternas ou em contentores-cisternas, concebidos de maneira a impedir que a humidade penetre ¢ entre em contacto com aqueles produtos, ¢ desde que disponham de uma proteccéo calorifuga ca- paz de impedir que a temperatura da superficie exte- rior das suas paredes ultrapasse 50°C. ARTIGO 25.° Transporte de fésforo branco ou amaralo fem veiculos-cisternas ou om contontores-clsternas 10s transportes de f6sforo branco ou am relo podem também realizar-se em vefculos-cisternas ‘ow em contentores-cisternas, cujos reservatorios de- verdo ser hermeticamente estanques, construfdos de chapa de ago com uma espessura ndo inferior a 10 mm. € capazes de resistir, respectivamente, a uma presséo manométrica minima de 4,5 kg/em? ou de 10 kg/em?, € desde que como agente de proteccao se empregue a Agua ou 0 azoto; no primeiro caso, o fésforo devers ficar coberto com uma camada de gua de 12 em de espessura, pelo menos, deixando-se um espago vazio que, & temperatura de 60°C, seré, pelo menos, igual a 2% da capacidade total do reservat6rio; no segundo caso, 0 f6sforo nao deveré ocupar, & temperatura de 60°C, mais de 96 % da capacidade total do reservatério, sendo o espago restante cheio de azoto, de modo que a pressio interior nunca despa abaixo da pressdo atmosférica. Néo aceitagio para transporte com residuoe de fésforo branco ou amarelo 2—Os veiculos-cisternas vazios e 0s contentores- - G) ANEXO 1V Localizagéo dos painéis rectangulares « das otiquetas Decreto-Lei n. 144/79 de 23 de Malo Convindo dar maior desenvolvimento as disposigdes existentes ¢ estabelecer novas normas sobre 0 trans- 1 SERIE N° U8 23-5-1979 tro da Administragdo Interna, Anténio Goncalves Ri- © Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Loureiro dos San‘o:. —O Mi beiro, —-O Ministro dos Transportes ¢ Comunicagées, José Ricardo Marques da Costa. aa st porte de produtos explosives por caminho de ferro, susceptiveis de garantir uma maior seguranga, cor- respondente as modernas aquisigdes da tecnologia dos transportes de mereadorias perigosas; 1 SERIE ~ N° 118 ~ 23-5-1979 Reconhecendo a necessidade de um diploma sobre tal matéria com aplicagdo no interior do territério na- cional, mas de harmonia j4, nas suas linhas gerais, com o que se encontra estabelecido no Regulamento In:ecnac‘onal Respzitante ao Transporte de Merca- dorias Perigosas por Caminho de Ferro (RID), anexo 1 da Convengio Internacional Relativa ao Transporie de Mercadorias por Caminho de Ferro (CIM), 2 que Portugal aderiu; Tendo em conta a acelerada evolugio, a0 nivel internacional, das normas regulamentadoras da rea- lizago destes transportes, que deverdo acompanhar 0 constants progresso tecnol6gico; Considerande que para adaptagio do material cir- culante existente ou aquisigo de novas unidades com as carazterist'cas ex'gidas se torna ‘ndispencdvel con- ceder um prazo que nao deve ser inferior a cento ¢ oitenta das © Governo decreta, nos termos da alinea a) do ne 1 do artigo 201° da Constituigéo, © seguinte: Artigo 1.” E aprovado o Regulamento sobre 0 Transporte de Produtos Explosivos por Caminho de Ferro, que faz parte integrante deste decreto-le Art. 2." Com excepedo das disposigdes de natureza administrativa, compativeis com o regime estabelecido pela Convengio. Internacional Relativa. ao Trans- Porte de Mercadorias por Caminho de Ferro, apro- vada, para rat'ficagdo, pelo Decreto-Lei n." 366/71, de 25 de Agosto, e respectivo anexo 1— Regula: mento Internacional Respeitante ao Transporte de Mercador'as Perigosas por Caminho de Ferro—, © disposto neste Regulamento apenas se aplica a0 transporte interno das mercadorias nele abzangidas. Art. 3.° As normas técnicas constantes do presente Regulamento poderdo ser alteradas, com vista A sua adaptacio, a evolucéo da regulamentagdo interna- cional, por portaria conjunta do Ministro da Defesa Nacional ¢ do Ministro dos Transportes e Comu- nicagoes, Art. 4.° Ficam revogadas as disposigées referentes ao transporte por caminho de ferro constantes do titulo vi do Regulamento sobre Substincias Explo- sivas, aprovado pelo Deoreto-Lei n.° 37925, de 1 de Agosto de 1950, ¢ Decreto n.° 47 874, de 30 de Agosto de 1967, na parte aplicdvel, e as preserigées relativas ‘ao transporte de substancias perigosas nos caminhos de ferro da rede nacional, aprovadas pela Portaria ne 13.387, de 20 de Dezembro de 1950, ¢ pela Por- taria n° 13538, de 17 de Maio de 1951, em tudo © que se refira aos produtos constantes dos apéndi- ces 1 ¢ m1 do presente Regulamento. Art. 5.° Este diploma entraré em vigor cento ¢ oi- tenta dias apés a data da sua publicagao. Carlos Alberto da Mota Pinto — José Alberto Lou- reiro dos Santos — Anténio Goncalves Ribeiro — José Ricardo Marques da Costa, Promulgado em 16 de Abril de 1979. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, Anréxio RAMALHO Eanes, 1043 Rogulamento sobre o Transporte de Produtos Explosives or Caminho da Ferro (RTPECF) ARTIGO 1." Produtos explosivos 1 —Consideram-se, no presente Regulamento, sob a designagdo geral de produtos explosivos as subs- tancias explosivas (pélvoras e explosives), os objectos carregatlos de substncias explosivas (detonatiores, mu- nig6es, espoletas, mechas, comides, cartuchos, etc.) € 05 artificios pirotécnicos (inflamadores, brinquedos pi- rotécnicos ¢ fogos de artificio) Definicéo de substincias explosivas 2.—Definem-se como substancias explosivas as que sob a influéncia de uma acco excitadora so car pazes de libertar bruscamente toda a energia que contém, dando lugar, sem intervengao do oxigénio do ar, & formacdo de grande volume de gases a alta temperatura, de que resultam efeitos destruidores im- porlantes no meio ambiente causados pela elevada Pressio por eles desenvolvida Pélvoras © explosivos 3—As substancias explosivas recebem a designa- 40 de pélvoras ou de explosives conforme 0 modo como se propaga a sua decomposi¢ao explosiva: lenta © progressiva no primeiro caso — deflagragio — € muito rapida no segundo — detonagao. ARTIGO 2. Classificagio dos produtos explosives 1—Os produtos explosives classificam-se, para ofeito de transportes, em classes ¢ categories, da forma seguinte: Classe 1-a— Substincias explosivas: 1+ categoria — Pélvoras negras. 2 categoria — Pélvoras sem fumo. * categoria —Dinamites explosives ant- Jogos. 4. categoria — Explosivos dificilmente in- flaméveis, * categoria —Nitroceluloses humedecidas (com mais de 12,6% de azoto); nitroce- luloses plastificadas (com menos de 12,6 % de azoto € menos de 18 % de plastificante). 6 categoria —Peréxidos organics (ndo fleumatizados). Classe 1-b — Objectos carregados de substincias explosivas: categoria — Detonadores ¢ andlogos. categoria — Munigdes espoletadas. categoria — Municdes ndo espoletadas. 4 categoria —Objectos com fésforo ou com outras substancias inflama 52 categoria —Mechas népidas e cordées detonantes. 6+ categoria — Objectos com pequena carga 1044 Classe I-c— Artificios pirotécnicos * categoria — Inflamadores. 2 categoria — Brinquedos pirotécnicos. 3 categoria — Fogos de artificio. Peréxidos orginicos ndo fleumatizados 2—Sob a designacdo geral de peréxidos orgénicos (ndo fleumatizados) consideram-se os peréxides que, no estado seco ou associados a pequenas quantidades de dissolvente ou de fleumatizante, so susceptiveis dle originar reacgdes explosivas, normalmente, do tipo detonante. ARTIGO 3." Matérias perigosas 1—Aiém dos produtos explosivos referiios no ar- tigo anterior, consideram-se abrangitas pelas disposi- goes do presente Regulamento as matérias perigosas que, isoladas ou em presenga de determinadas subs- tfincias, sio susceptiveis de oe decompor ou de reagir com oarécter explosivo, tais como: 4) Os metais alcalinos, alcalino-terrosos ou suas ligas; b) Os metais em p6, como o alumino, o zinco, © magnésio ¢ 0 zircénio ou suas misturas; ©) O fésforo branco ou amarelo € 0 fosforo ver- metho; 4d) As matérias comburentes, como os cloratos, os percloratos, os cloritos, 0s nitratos, os pe- TOxidos e 0s permanganatos, de metais a calinos ou alcalino-terrosos, os percloratos € 08 nitratos de aménio, ou suas misturas; © tetranitrometano € os nitritos inorg&- nicos; ©) As nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6 %o de azoto) e as nitroceluloses plastif- cadas (com menos de 12,6% de azoto ¢ com, pelo menos, 18% de plastificante); f) Os peréxidos organicos (fleumatizados). Peréxidos orgénicos fleumatizados 2—Sob a designagdo geral de perdxidos orginicos (fleumatizados) consideram-se 0s perOxidos que, asso- ciados ou nao a substancias dissolventes ou fleumati- vantes, ou num grau de refrigeragio adequado, séo susceptiveis de originar reacgdes explosivas, normal- mente, do tipo deflagrante. ARTIGO 4+ Culdados a observar para evitar acldentes © trar.porte dos produtos explosives menciona~ dos no artigo 2° ¢ das matérias pperigosas referidas no artigo 3.° (constantes dos apéndices I ¢ 1), em qualquer quantidade, seré feito com todas as precau- Goes para evitar acidentes, nfo podendo transpor- Tar-se no mesmo vagio com outros proklutes. que oferegam perigo de incéndio (gasolina, dleos, lub ficantes, etc.) ou que possam provocar a sua ex- plosao. 1 SERI Ne IR ARTIGO 5+ Tranaporte de produtos explosives fem pequenas quantidades 1—O transporte de substancias explosivas da classe I-a até Skg, de objectos carregudos de subs- tAncias explosives da clase I-b aié 10kg ¢ de arti- ficios pirotécnicos da dlasse I-c até ISkg nao esté sujeito a prescrigdes especiais cespeitantes ao tipo de vagio a utilizar ¢ as suas caracteristicas técaivas. 2—Admitem-se também, sem obediéncia a tais presorigées especiais e sem limitagio de peso, os transportes dos fésforos de seguranca da classe 1-c, dos adubos nitrados ¢ das embalagenes vazias depois, de utilizadas nos transportes dos produtos explosives da classe I-a), das matérias comburentes ou dos pe- rOxidos organicos (fleumatizados) referidos no ar- tigo 3°. ‘Transporte de cartuchot para armas portitels ‘0 de mechas de combustio lenta 3— Admitem-se ainda, sem obediéncia a tais pres- crigdes especiais, mas com limitagao de peso, os trans- portes de cartuchos vazios com cApsula e de cartuchos carregados, destinados a armas portateis, da classe 1-b, bem como os transportes de mechas de combustéo lenta da classe I-c, desde que em cada um desses transportes nfo se ultrapasse o peso bruto de 100 kg. ARTIGO 6. Transporte de matérias perigosas ‘om pequenas quantidades © transporte de metais alcalinos, alcalino-terrosos ou suas ligas, até 10kg, 0 de metais em p6, como © alumnio, © zinco, 0 magnésio, 0 zircénio ou suas misturas, até 100kg, 0 de fésforo_branco ow amarelo ¢ 0 de fésforo vermelho, até SOkg, 0 de nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ou de nitroceluloses plastificadas (com menos de 12,6 % de azoto € com, pelo menos, 18 % de plas- tificante), até 50 kg, o de matérias comburentes (como 08 cloratos, 0s percloratos, os cloritos, 0s nitratos, 08 peréxidos ¢ os permanganatos, de metais alealinos ou alcalino-terrosos, os percloratos € 0s nitratos de am6- rio ou suas misturas, com excepcao dos adubos nitra- dos, 0 tetranitrometano © 0s nitritos inorganicos), até 10 kg, e 0 de peroxides organicos (Neumatizados), até 5 kg, poderdo fazer-se sem obediéncia as prescrig&es especiais referidas no n.° | do artigo 5.*, desde que no estejam incluidos em conjunto ou com produtos ex- plosivos das classes 1-a, 1-b ou I-c, no mesmo vagao. ARTIGO 7+ Prolbicho de transporte com matérias nfo abrangidas ‘pelo Regulamento Os produtos explosives das classes Ima, Ib ou Lee, ou qualquer das matérias referidas no ar- 23:5 1979 1 SERIE N2 118 Ligo 3.", niio poderdo ser transportados conjuntamente, nO mesmo vagéo, com os gases comprimidos, lique- feitos ou dissolvidos sob pressio, as matérias sélidas ou liquidas inflaméveis ou capazes de libertar gases inflamaveis, as _matérias comburentes, as matérias t6xicus, as matérias radioactivas, as matérias corrosi- vas ¢ as matérias susceptiveis de provocar infecgoes, nao abrangidas pelas disposigdes deste Regulamento, ARTIGO 8° Proibigao de transporte de matérias oxidantes As matérias comburentes 0s peréxidos orginicos (fleumatizados) mencionados no artigo 3.” no poderio Ser transportados conjuntamente, no mesmo vagio, com qualquer das matérias combustiveis ou inflaméveis referidas no mesmo artigo. ARTIGO 9." As matérias perigosas citadas no artigo 3° nao poderiio set transportadas no mesmo vagio com Produtos explosivos das classes 1-a, I-b ou I-c; ex: ceptuam-se desta norma as nitroceluloses humedeci- das (com menos de 12,6 % de azoto) ou plastificadas (com menos de 12,64% de azoto ¢ com, pelo menos, 18% de plastificante) os peroxides organicos (feu- matizados), apenas nos casos referidos, respectiva- mente, nos artigos 10.° ¢ 11.° ARTIGO 10" Transporte de nitrocelulos As_nitroceluloses humedecidas (com menos de 12,6% de azoto) ou as_nitroceluloses plastifi- cadas (com menos de 12,6% de azoto e com, pelo menos, 18% de plastificante) poderdo ser transpor- tadas no mesmo vagdo conjuntamente com produtos explosivos da 5. categoria da classe I-a, obedecendo entiio as prescrigdes que para esta séo estabelecidas. ARTIGO 11° Transporte de peréxidos orgénicos fleumatizados Os peréxidos organicos (feumatizados), cujo trans- porte nao exija agente frigorigeno, poderdo ser transportados no mesmo vagdo conjuntamente com Produtos da 6.* categoria da classe I-a, obede- cendo entdo as prescrigées que para esta so estabele- cidas. ARTIGO 12° Embalagens a utilizar; etiquetas nas embalagens As embalagens a utilizar no acondicionamento dos produtos explosives ou das matérias perigosas referidas no artigo 3.°, bem como as etiquetas a aplicar, deverdo obedecer ao preceituado nas Ins- trugdes sobre Embalagens de Produtos Explosivos, da Comisso dos Explosives, ARTIGO 13 Néo aceltagko para transporte de sais de aménio, tetranl- ‘trometano com Impurezas ¢ embalagens vazias com resi. duos de matérias comburentes, 1—0 nitrato de aménio ou suas misturas, nio fazendo parte de um explosive © contendo | mais de 0,4 % de substancias combustiveis, 0 clorato de aménio e o nitrito de aménio ou misturas de um nitrito inorginico com um sal de aménio, bem como © permanganato de aménio ou misturas de um per- manganato com um sal de aménio, nfo slo aceites para transporte. 2—O tetranitrometano s6 poderé ser aceite para transporte quando isento de impurezas combustiveis. 3—As embalagens vazias com residuos aderentes de matérias comburent:s do Jado exterior também nao so aceites para transporte. Condigses de aceltacto ps transporte 4—S6 podem ser aceites para transporte os pro- Gutos explosives das classes Ia, I-b ou I-c, ¢ as ma- térias perigosas referidas no artigo 3.", cujas designa- goes estejam inclufdas nos apéndices’1 em; excep- tuam-se desta norma as matérias comburentes que, embora ndo constando do apéndice 1, podem ser ad- mitidas ao transporte, desde que estejam incluidas nas designagdes genéricas mencionadas no n° 1, alinea d), do artigo 3.” e nao estejam abrangidas pelo disposto nos n.** 1 € 2 anteriores. ARTIGO 14° Rogra goral a observar no transporte ‘de produtos explosivos 1—Como regra geral, os produtos explosives das classes 1a, 1-b ou I-c ndo poderdo ser transportados conjuntamente no mesmo vagio, quando pertengam a classes diferentes ou a categorias diferentes, se forem da mesma classe (quadro 1). Excepg5es & rogra goral permitidas no transporte de produtos explosivos: —Exceptuam-se desta regra: 2) Os transportes dé produtos da sexta categoria da classe 1-b, entre os quais se contam os cartuchos vazios com cépsula ¢ 0s cartuchos carregados, destinados a armas portateis, que poderdo ser transportados no mesmo vagio em conjunto com produtos explosivos Pertencentes a outras classes ou a outras categorias; 5) Os transportes de produtos da I.* ¢ 5.* catego- rias da classe I-b, entre os quais se contam os detonadores, as mechas de combustio ré- pida e 05 cordées detonantes, que poderdo ser transportados em conjunto no mesmo vagio; ©) Os transportes dos produtos da 2.* categoria da classe I-c, que poderdo realizar-se no ‘mesmo vagéo em conjunto com os produtos da 1. ou 3. categorias da mesma classe: 1046 4) Os transportes internacionais abrangidos pelo Regulamento Internacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Caminho de Ferro (RID), em que apenas no é permi- tido juntar no mesmo vagdo 05 produtos explosives da 1* e 5.* categorias da classe 1-6, contidos em embalagens com duas etiquetas iguais referentes & natureza do perigo que Ihes corresponde, com quais- quer outros produtos explosives das classes Ta, 1-b ou I-e, contidos em embalagens com uma s6 etiqueta, ARTIGO 15+ Declaragio de expedi¢io; Instrugdes escritas 1—O transporte de produtos explosives das clas- ses I-a, 1-b ou I-c, previsto nos ns le 3 do artigo 5.°, e das matérias perigosas constantes do ar- tigo 62, quando se excedam as quantidades neles referidas, far-se-4 sempre acompankado da respectiva declaragio de expedigo ¢ de instrugdes escritas, redi- gidas pelo fabricante ou pelo expedidor, sobre a forma de actuar em caso de acidente. Para quantidades inferiores € para os {6sforos de seguranga, adubos nitrados ¢ embalagens vazias ape- nas seré de exigir a declaragdo de expedigo ou do- cumento equivalente. Disposigées contidas nas instrugdes escritas 2.— As instrugées escritas mencionadas no niimero anterior devem conter disposigdes concisas referentes A natureza dos perigos que as mercadorias transpor- tadas apresentam ¢ indicar, para cada uma delas, quais as medidas de seguranga a adoptar, especialmente nos casos em que se manifeste incéndio ou ruptura das embalagens; em particular, deverdo assinalar quais os meios de extingdo de incendios mais aconselhaveis, especificando sobretudo os que ndo se devem utilizar, ‘bem como, no caso de o contetido das embalagens se ter derramado sobre a caixa dos vagdes ou sobre a via, os cuidados a ter com o pessoal que tenha de proceder sua timpeza ou recolha ou que por cle tenha sido atingido, a fim de evitar quaisquer lesbes derivadas do seu contacto com tais mercadorias ou com os produtos que delas se possam libertar. Tais instrugdes escritas devem ser entregues ao pes- soal de transporte com a antecedéncia suficiente para ‘que este disponha de tempo para se habilitar em con- digées de promover a sua aplicagio correcta, ARTIGO 16" Guia de transporte © transporte de pélvoras da 1+ ou 2.* categoria da classe Ia em quantidades superiores a 100kg, (© de produtes explosives das outras categorias da mesma classe em quantidades superiores a 50 kg, (© de objectos carregados de substancias explosivas da classe 1-b em quantidades superiores a 200 kg de peso bruto, o de attificios pirotécnicos da classe 1-¢ em quantidades superiores a 250 kg de peso bruto, 0 1 SERIE— N° 118~ de matérias comburentes ou de perdxidos organicos (flcumatizados) em quantidades superiores @ 100 kg, € 0 de qualquer das restantes matérias referidas no artigo 3.° em quantidades superiores a 250kg, com excepgo dos produtos referidos no n.° 2 do artiga 5. far-se-4o sempre acompanhados, além da declaragao de expedig&o ¢ das instrugdes escritas referidas no artigo 15.°, por uma guia de transporte, passada pelo expedidor, com as seguintes indicacdes: ) Entidade a quem se destinam os produtos a transportar; b) Niimero ¢ data da autorizagéo ao abrigo da qual os produtos foram adquiridos: ©) Designagao dos produtos a transportar, com indicagio da classe ou categoria a que pet- tengam ¢ sua marca oficial; 4) Quantidades a transportar; e) Estagies de orig: m ¢ de destino; f) Datas em que o transporte se deveré realizar. ‘com indicago aproximada das horas de partida ¢ de chegad: #) Armazéns, depésitos ou paigis onde ficario guardados cs produtos transportados, com indicagéo das respectivas licengas ou al vars. ARTIGO 17." Autorlzagéo para o transporte 1—O transporte de produtos explosivos, ou de qualquer das matérias referidas no artigo 6.°, nas cuantidades mencionadas_no artigo anterior, seré precedido de uma autorizagio do Comando-Geral da Policia de Seguranga Publica, langada na guia de transporte, a qual poderd dizer respeito a um 86 transporte, aos transportes a efectuar durante uma certa época ou ter cardcter permanente. Autorizagéo permat nte para o transporte 2—Considera-se como tendo autorizaggo perma- nente para o transporte de produtos explosives, ou de qualquer das matérias referidas no artigo 6.°, até 1000 kg de peso bruto, quem possuir licenga para 0 seu fabrico ou para a sua venda ou for detentor de paiol, depésito ou armazém. Revogagéo das autorizagées para o transporte 3—O Comando-G:ral da Policia de Seguranga Pi blica pode, por motivos de ordem ¢ seguranca puibli- cas, ndo autorizar o transporte ou revogar em qual- quer ocasido as autorizagdes concedidas. ARTIGO 18° Escolta da PSP, GNA ou GF 1—Nos transportes de produtos explosivos, ou de qualquer das matérias mencionadas no artigo 3.°, com excepeio dos produtos referidos nos n."" 2 € 3 do artigo 5.°, com um peso bruto superior a 500 kg, cada comboio seré acompanhado por uma escolta fornecida pela Policia de Seguranca Publica, Guarda — N8 118—23-5-1979 Nacional Republicana ou Guarda Fiscal, no minimo constituida por dois homens Fungées da escolta —A escolta compete: @) Vigiar pela seguranga dos produtos transpor- tados; b) Fazer cumprir as prescrigdes sobre o trans- porte dos produtos constantes do presente Regulamento, de que deveré possuir um exemplar, bem como de instrugdes especiais que tenham sido elaboradas para a sua efec- tivacho; ©) Enviar a0'Comando-Geral da Policia de Segu- ranga Pablica um relat6rio sobre a forma como decorreu o transporte Despensa com a ascolta 3—0s encargos resultantes do fornecimento da escolta serdo da responsabilidade dos expedidores determinadas pela entidade que a destacou. Prolbigdo da escolta nos vagies de transporte 4—Os membros da escolta nfo poderio fazer-se transportar nos vagdes contendo produtos explo- sivos ou qualquer das matérias perigosas indicadas. ARTICO 19° er 1 —Nos comboios de passageiros no € permitido © transporte de produtos explosivos das classes I-a, 1-5 oa I-c, nzm de qualquer das matérias perigosas referidas no artigo 3.*, mesmo em pequenas quanti dades. 2—Exceptuam-se desta disposigo os transportes de cartuchos de caga ou de cartuchos Flobert em em- balagens com um peso unitério até 30 kg, despachadas como volume com seguimento de urgéncia (volume expresso). ARTIGO 20° Carga méxima por vagio 1 —0 tipo ¢ as caracteristicas técnicas dos vagdes a utilizar (quadro 1) variam com a natureza ¢ as quantidades dos produtos a transportar, ndo podendo em qualquer caso a carga maxima com tais produtos exceder 90% da carga autorizada para as merca- dorias ordindrias, nem os seguintes limites por vagio: Quito Produtos exclusives das classes Ia ou "=" 1-6 ou Le 6000 Matérias comburentes (exceptuando os adubos nitrados) ou peréxidos orgi- nicos (fleumatizados) . 10.000 Restantes matéits referidas no artigo & 6° 15000 Adubos nitrados embalados 20.000 Matérias comburentos a granel ou em solugao seenseeesne 25.000 1047 Caracteristicas dos vagbos abertos 2—0Os transportes de cartuchos vazios com cépsula ¢ de cartuchos carregados, destinados a armas por- tatels, da classe 1-b, até 200 kg de peso bruto, os das mechas de combustdo lenta da classe I-c, até 250 kg. de peso buto, os das matérias comburentes ou dos perdxidos orgénicos (fleumatizados), até 100 kg, com excepcdo dos adubos nitrados, e os das restantes ma- térias referidas no artigo 6.*, até 250kg, poderio fazer-se em vagdes abertos, desprovidos de instalagées eléctricas, ou em que os condutores eléctricos que porventura existam no interior da caixa sejam pro- tegidos por tubos estanques metfilicos. 3—Os transportes de pélvoras de 1.* ou 2.* cate- gorias da classe I-a, até 100 kg, os de produtos explo- sivos das outras categorias da mesma classe, até 50 kg, 0s de objects carregados de substancias explosivas da classe 1-b, até 200 kg de peso bruto e os de pro- dutos da classe Ine até 250kg de peso bruto, néo considerados no n.° 2 do artigo 5.°, poderdo fazer-se também em vagées abertos, obedecendo as condigées referidas no némero anterior. Coract isticas dos vagéos fechados 4—03 transportes de produtos explosivos das clas- ses I-a, I-b ou I-c, ndo considerados no n° 2 do artigo 5.°, em quantidades até 500 kg de peso bruto, bem como dos produtos referidos no n.* 2 deste ar tigo até A carga maxima, deverdo fazer-se em vagoes fechados, obedecendo, pelo menos, As seguintes racteristicas: @) A caixa deveré ser construfda de materiais que ndo formem combinagdes_ perigosas com as substincias transportadas, sendo proibido © chumbo no caso dos transportes de hexil, acido pictico, picratos, corpos trados orginicos explosives (soliveis na gua) ou explosives de cardcter Acido; 5) O tecto da caixa deve, de preferéncia, ser metélico © as portas € oS postigos devem poder ser convenientemente fechados; as paredes e 0 pavimento da caixa no devem apresentar fendas; ©) No interior da caixa n&o devem existir quais- quer condutores eléctricos, mesmo em tu- bos estanques metélicos, nem transforma- dores instalados sob a caixa, mesmo quando separados desta por material isolante apro- Priado. 5— Os transportes dos produtos explosivos das clas- ses I-a, 1-b ow Ie, no considerados nos n.%* 2 ¢ 3 do artigo 5.°, em quantidades superiores a 500kg de peso bruto ¢ até ao valor da carga méxima, de- verdio fazer-se em vagies fechados, desde que, além de obedecerem a todas as caracteristicas técnicas es- tabelecidas para os vagies referidos no niimero ante- rior, disponham de caixas de eixos ¢ de aparethos de choque e de traccao de molas e satisfagam ainda aos seguintes requisitos: @) A caixa deverd possuir qualidades de resistén- cia e de isolamento ag calor e ser reves- toss tida com materiais incapazes de produzir faiscas; as portas, dispondo de ferrolho com chave, e 0s postigos deveréo ser constitui- dos de modo a diminuit 0 menos possivel a resistencia da caixa; b) Entre os rodados € 0 pavimento da caixa, ¢ no directamente fixadas a esta, deverdo existir placas antifaiseas adequadas. Utilizagso de vagdes privados de corrente eléctrica 6—Os vagdes providos de instalagdes eléctricas ‘que no satisfagam ao preceituado nos #.% 2, 3 ¢ 4 deste artigo poderdo ser utilizados no transporte das matérias indicadas desde que aquelas instalagdes sejam privadas de corrente © se possa garantir que néio hd possibilidade de serem postas sob tensio durante 0 percurso, Caracteri etiquetas nos contentores: 7-—Quando as embalagens contendo _produtos explosives das classes 1-a, 1-b ou I-¢, ou matérias pe- rigosas referidas no artigo 3.°, forem transportadas em contentores, devem estes satisfazer as prescrigées impostas nos n.** 4 ¢ 5 deste artigo para as caixas dos vagdes, podendo entiio as caixas destes deixar de satisfazer a tais prescrigdes; além disso, em duas faces laterais dos contentores devem ser aplicadas etiquetas dos mesmos modelos dos estabelecidos para as embalagens, mas com as dimensdes minimas de 150 mmX 150mm e 148 mmX210 mm, Proibigéio de carregamento em conjunto nos contentores 8—As proibigdes de carregamento em conjunto num mesmo vagao de produtos de natureza diferente (quadro 1) deverdo também ser respeitadas no inte- rior de um mesmo contentor. ARTIGO 21 is de horde alte toldo nos vagdes abertos | — Os vagies abertos utilizados nos transportes dos produtos referidos nos n.** 2 ¢ 3 do artigo 20." deveréo possuir taipais de borda alta e dispor de um toldo, impermeavel e incombustivel, para cobrir completa- mente @ carga transportada, Condigées de néo utilzacdo de vagdes abertos 2—Semapre que o comboio seja movido por tracgdo a vapor, 0 vagdes abertos referidos no nimero an- terior deverdo ser substituidos por vagdes fechados. ARTIGO 22." Carscterlaticas dos vagbe: ‘com agente a portation orginicos igortgeno 1—0s perdxidos orginicos (feumatizados) cuja estabilidade s6 é garantida quando mantidos a baixas temperaturas s6 poderdo ser transportados em vagées fechados capazes de permitir que uma boa ventilagko 1 SERIE ~~ N° 118 ~~ 23-3. 1979 fique assegurada ¢ desde que a quantidade de agente frigorigeno na embalagem protectora seja suficiente para impedir que a temperatura a que devem ser transportados seja_ultrapassada; no caso contrario, nao poderio ser transportados por caminho de ferro. Prolbigdo de transporte com outros produtos 2— Os perdxidos organicos com agente frigorigeno no poderdo ser transportados em conjunto com quais- quer outros produtos no mesmo vagio. Carga maxima para os peréxidos orginieos 8 tomperaturas até 10°C. 3—Os perdxidos organicos cuja temperatura du- rante o transporte ndo deva ser superior a — 10°C € que niio tenham mais de 30% de dissolvente ou de fleumatizante no poderdo ser transportados em quan- tidades superiores 2 1500 kg por vagio. orga méxin para os perdidos orginicos ° ‘a temperaturas até + 20°C 4—Os peréxidos orginicos cuja temperatura du- rante 0 transporte _niio deva exceder qualquer dos valores entre ~10°C ¢ ++20°C ndo poderdo ser trans- portados em quantidades superiores a 6000 kg por vagio. Carga méxima para os peréxidos organicos '@ temperaturas superiores a +20°C 50s peréxidos organicos cuja temperatura du- rante 0 transporte no deva exceder determinados valores superiores a +20%C nao poderao ser trans- portados em quantidades superiores a 10.000 kg por vagio. ARTIGO 23.- Transporte de matérias comburentes em vagdes cubas, ‘em contentores ou em vagoes abertos — 0s transportes de matérias comburentes, como 0s cloratos, 0s percloratos, 05 cloritos ou os nitratos, de s6dio ou de potassio, os percloratos € os nitratos de aménio, ou suas misturas, podem fazerse tam- bim a granel desde que se utilizem vagdes-cubas metalicos (de caixa aberta), cobertos por um toldo impermedvel e incombustivel, ou contentores me- talicos; os nitratos de sédio, de potéssio ou de amé- nio, ou suas misturas, podem também ser transpor- tados a granel em vagoes de madeira abertos, con- tanto que as respectivas caixas sejam revestidas inte- riormente por material impermedvel ¢ incombustivel ou tenham sofrido um tratamento que Thes confira propriedades de estanquidade e de incombustibilidad devem ainda ser cobertas com um toldo impermeével ¢ ininflamavel assente sobre uma cumecira, de modo a impedir 0 seu contacto com a matéria transportada. Transporte do tetranitrometano e de solugdes de_maté- ‘las comburentes em vagdes-cisternas ou em contentores- 2—0 tetranitrometeno, as solugdes de cloratos ou de percloratos (com excepsiio dos de aménio) ¢ as 1 SERIE N* 118 ~ 23-5-1979 solugies de clorites de s6dio ou de potassio podem ser transportados em vagdes-cisternas ou em conten- tores-cisternas, cujos reserva‘érios, de estanquidade absoluta, deverao ser de chapa de’ago com uma ¢s- pessura minima de 3 mm; para as solugdes de cloratos, (com excepgéo dos de aménio), as cisternas poderdo ser de matérias plésticas reforgadas. Nao aceitagso pa ‘comburentes.. transporte com residuos de matérias. bigao de transporte. em contento- 3— Os vagées-cisternas vazios ¢ os contentores-cis- ternas vazios, com residuos aderentes de matérias comburentes do lado exterior, nao séo admitidos ao transporte. 4—Néo podem ser transportados em contentores: © tetranitrometano; Outras matérias comburentes, quando em reci pientes contidos em embalagens portadoras de etiquetas que os classifiquem como frégei ARTIGO 24" Transporte de metals alcalinos em vagdes-cistornas Os transportes de metais alcalinos, como 0 sédio, © potssio ou suas ligas, podem também fazer-se om vagdexe"sternas ou em contentores-cisternas, con- cebidos de maneira a impedir que a humidade penetre © entre em contacto com aqueles produtos, © desde que disponham de uma protecgdo calorifuga capaz de impedir que a temperatura da superficie exterior das suas paredes ultrapasse 50°C. ARTIGO 25° wsporte de fdsforo branco ou amarelo ‘om vagdes-cisternas ou em contentores-clsternas 1—Os transportes de fésforo branco ou amarelo podem também realizar-se em vagdes-cisternas ou em contentores-cisternas, cujos reservatérios deve- ro ser hermeticamente’ estanques, construidos de chapa de aco com uma espessura no inferior a 10 mm € capazes de resistir, respectivamente, a uma pressio manomeétrica minima de 4,5 kg/cm? ou de 10 kg/cm? ¢ desde que como agente de protecgdo se empregue a Agua ou 0 azoto; no primeiro caso, 0 fosforo deverd fi- car coberto com uma camada de égua de 12cm de es- pessura, pelo menos, deixando-se um espaco vazio que, & temperatura de 60°C, seré, pelo menos, igual a 2% da capacidade total do reservatério; no segundo caso, 0 fosforo no dever& ocupar, a temperatura de 60°C, mais de 964% da capacidade total do reservatério, sendo 0 espago restante cheio de azoto, de modo que @ pressio interior nunca desca abaixo da presséo atmosférica. Nao acoitacgo para transporte com residuos de fésforo branco ou amarclo 2—Os vagoes-cisternas vazios ou os contentores- -cisternas vazios com residuos aderentes de fésforo branco ou amarelo do lado exterior nfo s4o admitidos ao transporte; além disso, para poderem transitar devero ser cheios de azoto ou de Agua (até 96% da sua capacidade), conforme o agente de protecgao que utilizam, Transporte de f6sforo branco ou amarelo em contentores 3—Quando 0 fésforo branco ou amarclo esta con- tido em embalagens, podem estas ser transportadas em contentores. ARTIGO 26+ Transporte de peréxidos organicos liquidos fem vagbes-cisternas ou em contentores-cisternas | — Determinados perdxidos organicos liquidos, tais como o hidroperéxido de cumeno, o hidroperdxido de p-mentano ¢ 0 hidroperdxido de pinano, todos com um teor em peréxido nao ultrapassando 95%, podem também ser transportados em vagdes-cisternas ou em contentores-cisternas, cujos reservatorios se- Jam construidos de chapa de aluminio, com um cor de 99,5%, pelo menos, em condiges de re sistir, respectivamente, a uma presséo minima de 3kg/em® ou de 4kgiem?, estejam equipados com um dispositive de arejamento, uma protecgao contra a propagagéo da chama e uma protecedo calorifuga possam ser fechados por uma valvula de seguranca que abra automaticamente sob uma pressio manomé- trica interior de 1,8kg/em? a 2,2 kg/em?. ‘Os materiais que constituem os fechos susceptiveis de entrar em contacto com o liquide ou com o seu vapor nfo devem exercer acedo catalitica sobre eles; © grau de enchimento nao deve ser superior a 75 % da capacidade de cada reservatério; a protecgéo calo- rifuga poderd ser constituida por uma cobertura me- tilica, com uma espessura de 1,5mm, pelo menos, aplicada entre a metade superior e 0 tergo superior dos reservatérios ¢ de modo a ficar separada destes por uma camada de ar com cerca de 4cm de espes- Sura, ou por um revestimento completo de espessura adequada de materiais isolantes (cortiga ou amianto);, a cobertura € a parte ndo coberta dos reservatérios teréo uma camada de tinta branca, que deverd ser limpa e renovada em caso de amarelecimento ou de- terioragio. Transporte de peréxidos organicos fleumatizados ‘em contentores 2—Os perdxidos orginicos (fleumatizados) quando nas suas embalagens préprias, ¢ desde que estas nio estejam identificadas como frdgeis, podem também ser transportados em contentores. ARTIGO 27" Garactoristicas dos extintores de incéndio 1 — Todos os comboios que transportam produtos explosivos ou qualquer das matérias perigosas refe- ridas no artigo 3.° devem estar equipados com extintores de incéndio portateis em ntimero sufi- ciente, adequados ao ataque contra 0 incéndio das cargas transportadas ¢ localizados de modo a permitir a sua répida utilizagio pelo pessoal de acompanha- mento; 05 extintores de incéndio devem ser eficazes, oso : devem ter capacidade suficiente ¢ nfo devem emitir ‘gases tOxicos; a este respeito, deverd observar-se 0 que constar das instrugGes escritas referidas no n.° 2 do artigo 15.° ‘Aparethos de lluminaclo portétels 2—Para efeito de inspec¢o dos vagdes carrega- dos, devem ainda os comboios que transportam qual- quer dos produtos referidos estar equipados com apa- relhos de iluminagGo portéteis, sem chama ¢ nio produzindo faiscas, ARTIGO 28+ Lgagho & terra Os reservatérios dos vagdes-cisternas ou dos con- tentores-cisternas, durante o transporte de matérias comburantes, de perdxides onginicos ou de matérias inflamAveis, constantes nos artigos 23.° a 26.°, deverio star em contacto permanente com a terra, s0b o ponto de vista eléctrico. ARTIGO 23. Palnéls de sinallzapio nos vegies ‘durante © transporte 1 — Todos os wages que transportam produtos ex- plosives ou qualquer das matérias perigosas referidas Ro artigo 6.°, em quantidades superiores as indicadas nos 1%" 1 ¢'3 do artigo 5.° ¢ no artigo 6., devem ser devidamente sinalizados com dois painéis rectan- gulares, um de cada lado, com a base te 400mm de comprimento ¢ a altura nfo inferior a 300mm. Legenda nos painéis de sinalizacto 2—Os paingis devem ser de cor laranja ¢ devem ter uma cercadura de cor preta com 15mm de lar- gura ea seguinte legenda, também de cor preta: «Perigo de explosiov: - PERIGO DE . EXPLOSAO 700 mm Estes painéis devem ser retirados logo que os va- 186es estejam descarregados. 300 mm Inecrigho numérica nos palnéls em vagSes-cisternes ‘¢ om contentoresclsternas 3—No caso de transportes, em vagées-cisternas ou em contentores-cisternas, de: Peréxidos orghnicos liquidos; Fésforo branco ou amarelo; 1 SERIES N° 118 ~ 23--1979 Sédio ou potdssio; Solugdes de cloratos de sédio, de potéssio ou de cAlcio; Solugdes de clorito de sédio; 05 painéis referidos no mimero anterior deverdo ter, em vez da legenda «Perigo de exploséo», uma inscri- do constitufda por dois conjuntos de algarismos, em conformidade com 0 constante no apéndice nt. Etiquetas nos vagbes, nos vaghes-cisternas © nos contentores-cisternas, 4—Nos vagses-cisternas € nos contentores-cister- nas devem ainda ser aplicadas, nas suas faces laterais, etiquetas dos mesmos modelos dos estabelecidos para as de forma quadrada a aplicar nas embalagens ou nos contentores, mas em que as suas dimensoes se- jam, pelo menos, de 300 mm%300 mm; nos restantes vagées, as etiquetas poderdo ter as dimensbes minimas de 150 mmx 150 mm. ARTIGO 30." Carga ou descarga das embalegens © dos contentores 1—Tanto nas operagdes de carga como nas de descarga de um vagio, as embalagens ou. os conten- tores contendo produtos explosivos ou qualquer das matérias referidas no artigo 3.° deverfio ser movimen- tados um de cada vez e com todas as preceugies ne- cessérias para evitar choques ou quedas. Necessidede de um responsive! qualificade 2—As operagées referidas no numero anterior se- Ho sempre assistidas por um responsfvel qualificado do expedidor ou do destinatério, quando se trate de transporte em regime de vag&o completo. Limpeza das calxas dos vagtes antes da carga 3—Antes de se proceder as operagdes de carga de_um vagio, deverio retirar-se da respectiva caixa todos 0s resfduos de palha, trapos, papel © materiais anélogos, bem como todos os objectos de ferro (pre- 80s, parafusos, etc.) que néo fagam parte integrante do mesmo, ¢ 0 seu pavimento deverd ser coberto com tum encerado depois de se ter verificado que nao esté impregnado de liquidos corrosivos que 0 possam ata- car. ‘Arrumagio das embslagens © dos contentores ” 4—Na arrumagdo das embalagens ou dos conten- tores no interior de um vagio ter-se-& em conta que as etiquetas devem ficar visiveis, que a altura méxima da carga no deveré exceder 2m acima do pavimento, nem a altura dos taipais quando se trate de vagoes. abertos, € que o seu acondicionamento se fard de ma- neira a evitar que se possam deslocar durante a m cha ou a sofrer qualquer choque ow atrito, sendo proibido para o seu travamento 0 emprego de mate- riais facilmente inflamaveis; deverdo arrumar-se de 1 SERIE— N° 118 — pé, sempre que na parte exterior tenham assinalada a correspondent recomendagdo ou a etiqueta ade- quada para tal efeito. Cals adequados para a carga ou descarga 5—As operagées de carga ou de descarga de qual- quer vagio s6 se deverBo fazer em estagdes que dis- ponham de cais adequados, distanciados das zonas onde a populagao se concentra e, sempre que possivel, a mais de 50m: para a execugdo daquelas operagdes deverdo escolher-se horas de menor afluéncia de pir blico. Carga ou descarga de varios vagses 6— A carga ou a descarga de varios vagoes poderé fazer-se sucessivamente, uma apés outra, ou simulta neamente; em qualquer dos casos, € expressamente proibido que os vagdes se encontrem estacionados a menos de 50m uns dos outros. ARTIGO 31 Regras a observar na formacio dos combolos 1 —Na formacao de um comboio, os vagées oarre- gados com produtos explosives, ou com qualquer das matérias perigosas referidas no artigo 6., devem sez localizados 0 mais longe possivel da locomotiva, nor- malmente no tiltimo tergo da composigdo, ¢ nunca com menos de trés veiculos de proteccdo, que nio transportem tais mercadorias nem qualquer das ma- térias perigosas mencionedas no artigo 7.°, interca- lados entre eles ¢ entre o mais avancado e a locomo- tiva, ¢ com um veiculo de protecgfo, provido de freio automético em funcionamento, imediatamente a re- taguarda do mais recuado. ‘Modo de execugio das manobras 2.—Para a formagio ou deformacéo dos comboios, poderdo os vagées carregados com produtos explosi vos, ou com qualquer das matérias indicadas no ar- tigo 3.2, ser manobrados por locomotivas, contanto que fiquem separados destas, pelo menos, por trés vei- culos de protecgdo que ndo contenham mercadorias perigosas; estas manobras sero sempre executadas com uma velocidade muito lenta, no excedendo a de andamento de um homem a passo ordinério, e sob a direcgBo de um agente qualificado dos caminhos de ferro; as manobras de langamento, por gravidade ¢ por pancada, so proibidas. 3—Os vagies que transportam adubos nitrados ndo necessitam de veiculos de proteccao entre si. ARTIGO 32° Nimero méximo do vagées carrogados: gas maximes por comboio 1—Em cada comboio nio seré germitido incor- porar mais do que dois vagdes com produtos explosivos ou com qualquer das matérias perigosas referidas no artigo 6.°, nem mais do que oito vagies com adubos 1051 nitrados, o que corresponde as seguintes quantidades méximas a transportar em cada composi¢ao: — quio Produtos explosivos das classes I-a, “""" 1-8 ou Ie . 12.000 Matérias comburentes (exeepluando os adubos nitrados) ou peréxidos orga- nicos (fleumatizados) 20.000 Restantes matérias referidas no artigo 6° 30000 Per6xidos organicos com agente frigo- rigeno, nas condigdes dos n.°t 3, 4 ou 5 do artigo 22.°, respectivamente, 3000 kg, 12000 kg ou ....... 20.000 Matérias “comburentes, com excepeio dos adubos nitrados, a granel ou em SOLUGEO oseeceesoe - $0000 ‘Adubos nitrados 160.000 Transporte de adubos om combolo completo 2—0 transporte de adubos nitrados, embalados ou a granel pode fazer-se também em comboio com pleto desde que a carga total transportada n&o ex- ceda 400 000 kg ARTIGO 33" Prolbigéo de estacionamento prolongado dos vagies carregados 1—0 estacionamento prolongado de vagdes com pradutos explosives ou com qualquer das matérias icadas no artigo 3.° devers ser evitado, procurando- se que o servigo de cargas ou de descargas seja or- ganizado por forma que, uma vez completada a canga, © vagio seje encaminhado o mais rapidamente possivel pera a estagdo We destino, onde se deverd proceder imediatamente a sua descarga e A entrega ao destina- t&rio das mencadorias transportadas. curta de produtos explosives rlas perigosas nas esta;des 2—A permanéncia nas estagdes de partida ou de chegada de produtos explosivos ou das matéi perigosas referidas no mimero anterior, quer agut dando a carga nos vagbes apés a sua recepcdo, quer aguardando a entrega ao destinatério apés a sua descarga, deverd ser a mais curta possivel; enquanto tais mercadorias aguatdam 0 inicio da sua carga nos vagdes ou a sua entrega ao destinatério, deverio as respectivas embalagens manter-se_resguardadas com coberturas impermeaveis, de preferéncia bran- cas, sobretudo no Verso. Procedimento no caso da remessa nio st dentro do prazo ada 3—Quando 0 destinatério nfo retirar a remessa no prazo maximo de vinte e quatro horas, 0 chefe da estago onde tal facto se verifica deveré ime- diatamente informar a autoridade administrativa da localidade, seja qual for a quantidade de merca- doria perigosa acumulada, a fim de que sejam com urgéncia tomadas as medidas convenientes no sen- tido de acautelar contra as consequéncias de qu: quer acidente ARTIGO 34" Loceis proibidos para o estacionamento dos vagées ‘ou para'a sua carga ou 1—O estacionamento de vagies carregadas com produtos explosives ou com qualquer das matérias perigosas referidas no artigo 3°, bem como as, operagdes de carga ou de descarga, no se pode- rio fazer em cais cobertos ou em locais onde jé se encontrem acumuladas outras meroadorias pe- rigosas, nomeadamente qualquer das mencionadas no artigo 7.°, nem na proximidade de locomotivas ou de outras unidades motoras. Vigitincta permanente durante 0 estacionamento 2—0s produtos explosivos ou as matérias peri gosas indicadas no némero anterior, durante a sua Permanéncia nas estagdes, quer nos locais onde se encontram acumulados, quer no interior de vagdes em estacionamento, deverdo ficar sob a vigildncia de um agente da autoridade ou de um agente dos caminhos de ferro. ARTIGO 35." Proibigso de fumar, fazer lume, fcender brasolras’ ou fogten f expressamente proibido fumar, fazer lume ou acender braseiras ou fogies no interior ou na pro- ximidade de vagdes carregados com prodiutos explo- sivos ou com qualquer das matérias porigosas re- feridas no artigo 3.°, quer durante a marcha, quer durante as operagGes de carga ou de descarga, quer ainda nos scus estacionamentos ou nas estagées ou locais onde aquelas mercadorais se concentrem. ARTIGO 36" Linhas de rosguardo distantes da linha directa 1—Quando os comboios que transportam pro- dutos explosives ou qualquer das matérias perigo- sas mencionadas em quantidades superiores a 500 kg. de peso bruto tiverem de se oruzar cam outros comboios ou dar-thes passagem, o servigo deverd set onganizado, sempre que possivel, por forma que estas manobras se realizem nas estagdes onde houver linhas de resguardo suficientemente afastadas da tinha directa, nas quais aqueles comboios possam permanecer durante a passagem dos outros. Aviso telefénico sobre a marcha do comboio 2— Todas as estagdes do percurso de um comboio que transporta qualquer das mercadorias perigosas eferidas nas condigdes do mimero anterior, bem como a estacdo de destino, deverdo ser avisadas tele- fonicamente acerca da sua marcha pela estagdo expe- didora, a fim de que possam ser tomadas as precau- Ges necesshrias para evitar qualquer sinistro. ARTIGO 37" Prazo para a entroga das declaragées de expediclo 1 — As declaragées de expedligfo refativas ao trans- porte de prothutos explasivas ou de metérias porigo- sas abrangidas por este Regulamento doverfio ser entre- 1 SERIE —N.° 118 — 23~: gues nas estagdes vinte e quatro horas antes da expe- digdo. Cortiicado do expedidor 2—Nenhuma declaragio de expedigdo podera ser aceite pelas estagdes sem ser acompanhada de um certificado do expedidor declarando que a natureza e bem a estabilidade das me-cadorias a transportar, como as suas embalagens, obsdecem as pres regulamentares para poderem ser admitidas ao trans- porte. ARTIGO 38+ Obrigatorlodade de manipulacéo diurna 1—A recepgio © a entrega das mercadorias in- dicadas no artigo anterior, bem como as manobras, a carga, a descarga © os transbordos inerentes, s6 se deveriio efectuar de dia, desde 0 nascer ao por do Sol, Recepeo de remessas para expedigéo nocturna 2—Quando a remessa tenha de ser expedida por comboio durante a noite, deveré ser recebida na estagiio, pelo menos, duas horas antes do por do Sol € carregada nos vagdes antes de anoitecer. ARTIGO 39 Expedigho por remessas de detalhe ‘ou por vagia complete 1—0 modo de expedisio pode ser por remessas de detalhe, em quantidades no superiores a 500kg de peso bruto, ou por vagéo completo, em quaisquer quantidades até 20 valor da canga maxima estabelecida ‘em conformidarle com 0 disposto no-n.° | do artigo 20.° ennos.n.* 3, 4 ¢ 5 tho artigo 22° Expedigiio om grande velocidade ‘@ am pequena volocidade 2—0s produtos explosivos das classes I-a ou I-b 36 poderdo ser aceites a expedicdo em pequena velo- cidade; apenas 05 petardos de caminho de ferro ¢ os detonadores (da classe 1~b) poderdo ser expedidos em grande velocidade quando por vagio completo; as munigées (da mesma classe), espoletadas ou nio, 66 poderdo ser expedidas em pequena velocidade € por vagéo completo. 3—0s produtos explosivos da classe I-c ou qual- quer das matérias pzrigusas referidas no artigo 3° podem ser aceites & expedigio, quer em pequena ve~ locidade, quer em grande velocidade. ARTIGO 40" Entidedes competentes para a aplicagéo de etiquetas "0 paingis’ de sinalizagao 1—A aplicago das etiquetas sobre as embalagens, sobre os contentores e sobre os vagdes expediddos como vvagdes completos compete ao expedidor; nos restantes casos, compete a empresa de caminhas de ferro a aplicago de etiquetas tos vagées. 2—A aplicagéo dos paingis rectangulares de cor Jaranja nos vagées, nos vagdes-cisternas ou nos con- entorescisternas compete sempre a empresa de caminhos de ferro. 3—Na sinalizagdo dos vagoes proceder-se-4 con- ferme 0 constante no apéndice wv.

You might also like