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Terga-feira, 22 de Maio de 1990 Némero 117 SERIE DIARIO DA REPUBLICA SUMARIO Ministério da Administracio Interna Decreto-Lel n.° 161/90: Desenvoive as bases gerais do regime juridico do exer- cicio de direitos do pessoal com fungdes policias, em Servigo efectivo, dos quadros da Policia de Seguranga Publica me : Ministério da Indistria e Energia Decreto-Lei n° 162/90: Aprova o Regulamento Geral de Seguranca ¢ Higiene ‘no Trabalho nas Minas e Pedreras. Revoga o Decteto- Lei n° 18/85, de 15 de Janeito Ministério da Educagio Portaria n.° 384/90: Autoriza 0 Instituto Poltéenico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Educagdo, a con- {erir 0 diploma de estudos superiores especalizados em Inspecedo Escolar — Area Pedagégicn ¢ em AG- ‘inistragdo Escolar e regulamenta of respectivos cur- 505 € condigdes de acesso Portaria n.° 385/90: Altera os quadros 1 ¢ 11 do anexo xv da Portaria 1.* 853/87, de 4:de Novembro, alterada pelas Porta- tias n.** 160/88 e 539/88, respectivamente de 11. de Fevetciro ¢ 17 de Agosto, que aprova a reestrutura~ ‘fo curricular da Faculdade de Ciencias Socials ¢ Hu- Manas da Universidade Nova de Lisboa ia n.° 386/90: a Universidade de Aveiro a conceder 0 gray licenciado em Engenharia de Materias e regula © respectivo curso . 2282 2290 22 2316 2316 Portaria n.° 387/90: ‘Autoriza a Universidade do Porto, através da Facul- dade de Engenharia, a conceder o grau de licenciado em Gestfo e Engenharia Industrial regula o respec: Portaria n.° 388/ Altea o plano de estudos do curso de licenciatura em ‘Ciéncias da Nutriedo ministrado pela Universidade do Porta Regido Auténoma da Madeira Assembleia Legislativa Regional Decreto Legislative Regional n.° 11/90/M: Define 0 conjunto de direitos de que sto tiruares os ddadores benévolos de sangue na Regito Auténoma da Madeira 5 . Governo Regional Decreto Regulamentar Regional n.° 9/90/M: Aprova a Lei Organica « 0 quadro de pessoal do Fundo Regional de Intervencdo e Garantia Agricola (RIGA) Regio Auténoma dos Acores Assembleia Legislativa Regional Decreto Legislativo Regional n.° 9/90/A: CCria. 0 Consetho Consultivo Regional de Juventude (CRS) e define as suas conpetencias e composiclo 2017 ae 2319 2321 2304 2282 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 — 22-5-1990 MINISTERIO DA ADMINISTRACAO INTERNA Decreto-Lel n.° 161/90 0 22 de Malo A Lei n.° 6/90, de 20 de Fevereiro, definiu os prin- cipios ¢ as bases gerais do regime de exercicio de reitos do pessoal da Policia de Seguranca Publica (PSP), até agora sujeito ao regime especial estabelecido pelo n.° 2 do artigo 69.° da Lei n.° 29/82, de 11 de Dezembro, consagrando definitivamente a diferencia- ‘sdo estatutdria dos agentes com fungdes policiais face aos agentes com fungdes nao policiais. ‘Nos termos da citada lei, aos agentes com funcdes policiais, em servigo efectivo dos quadros da PSP, por- que continuam a ter 0 estatuto de agentes militariza- dos, é aplicdvel, para além de um regime proprio rela- tivo ao dircito de associagdo, um conjunto de restrigdes ao exercicio dos direitos de expresso, manifestacio, reunido e petigdo, definidas em confotmidade com 0 disposto nos artigos 18.°, n.° 2, 167.°, alines p), € 270.° da Constituigdo da’ Republica, ‘Com o presente diploma visa-se, nos termos do ar- tigo 7.° da referida Lei n.° 6/90, € dentro dos limites por esta fixados, assegurar a efectiva execugdo do novo regime juridico, estabelecendo-se, nomeadamente, as condigées de funcionamento das associagdes profissio- nais, no contexto especifico da PSP, ¢ as regras do pro- ‘cesso conducente determinacao do nivel de represen- tatividade de cada associagdo, a0 preenchimento dos trés lugares de membros a eleger para 0 Conselho Su- perior de Policia e & designacdo do representante das mesmas associagdes no Conselho Superior de Justica ¢ Disciplina. Assim: No desenvolvimento do regime juridico estabelecido pela Lei n.° 6/90, de 20 de Fevereiro, ¢ nos termos da alinea c) do n.° | do artigo 201.° da Constituigao, © Governo decreta 0 seguinte: . CAPITULO I Disposigdes gersis Artigo 1.° Odjecto € Ambito de apticaso O presente diploma visa regulamentar, de harmonia com © disposto na Lei n.° 6/90, de 20 de Fevereiro, © exercicio do direito de associagao pelo pessoal com fungées policiais, em servigo efectivo, dos quadros da Policia de Seguranga Publica (PSP) ¢ aplica-se exclu- sivamente as associacdes profissionais previstas no ar- tigo 5.° daquela lei. Artigo 2.° Constitusto rege das sssociagdes profissionsis Em tudo 0 que ndo estiver disposto na Lei n.° 6/90 no presente diploma, a constituigdo das associagdes profissionais referidas no artigo 1.° ¢ a aquisicdo, pe- Jas mesmas, de personalidade juridica e de capacidade judicidria, bem como o seu regime de gestio, funcio- namento € extingdo, so regulados pela lei geral, no- meadamente pelo Cédigo Civil. Artigo 3.° ‘Comunieagto © publicidade 1 — Sem prejuizo do disposto no artigo 168.° do Cédigo Civil, os representantes legais das associacdes profissionais s4o obrigados a comunicar, no prazo de 15 dias a contar do respectivo acto, a constituigao da- quelas, bem como a depositar os seus estatutos e a in- dicar ‘a identidade dos respectivos dirigentes na Secretaria-Geral do Ministério da Administragéo In- terna e no Comando-Geral da PSP. 2— No prazo de oito dias a contar da apresenta- 40, mediante recibo, dos elementos referidos no mi- mero anterior, o Comando-Geral da PSP publicitar4, através de Ordem de Servico, 0 acto de constituicao, os estatutos ¢ a identidade dos dirigentes de cada a: sociagdo profissional. 3 — Dentro do prazo referido no mimero anterio © Ministério da Administragdo Interna, se tiver divi das sobre a legalidade da constituigdo da associagao profissional cuja constituigéo tiver sido comunicada, poderd requerer ao Ministério Publico da comarca sede da associagdo que promova a declaragio judicial de ex- tingao. 4 —O disposto nos niimeros anteriores é aplicavel as alteragdes do acto de constituicao ¢ dos estatutos, ‘bem como da identidade dos dirigentes das associagoes profissionais. Artigo 4.° Iniclo de actividad ‘As associagOes profissionais sé podem iniciar o exer- cicio das suas actividades estatutarias depois da comu- nicag&io do acto constitutivo e da publicacdo dos esta- tutos, nos termos do artigo anterior. CAPITULO IL Direitos das associagdes Artigo 5.° Representatvidade 1 — Nos termos ¢ para os fins previstos no n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90, a representatividade das associagdes profissionais seré determinada através de processo eleitoral, a promover de trés em trés anos, pelo Comando-Geral da PSP, de harmonia com o dis- posto no presente diploma. 2. —No proceso a que se refere o niimero anterior podem participar todas as associacdes profissionais le- galmente constituidas que tiverem dado cumprimento ao disposto no n.° 1 do artigo 3.° até ao 30.° dia an- terior & data a que se refere 0 artigo 26.° Artigo 6.° epreseatagio uo Consetho Superior de Policia 1 — A representagdo das associagdes profissionais no Conselho Superior de Policia (CSP), prevista no n.° 5 N° 117 — 22-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2283 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90, resultara do apuramento através de processo eleitoral a que se refere 0 artigo anterior, respeitando-se 0 principio da representacdo proporcional ¢ 0 método da média mais alta, nos ter- mos constantes das normas processuais do capitulo 1V. 2— Cada uma das associagdes profissionais referi- das no n.° 2 do artigo anterior que pretenda concor- Ter ao processo eleitoral tem o direito de apresentar uma lista com trés candidatos efectivos e seis suplen- tes para os trés lugares de membros a eleger do CSP. 3 — Os membros eleitos do CSP iniciam 0 exercicio dos respectivos mandatos na data da publicagdo, em Ordem de Servico, do apuramento dos resultados elei- torais ¢ cessam as suas funcdes na data da publicacdo de novos resultados eleitorais. ‘4 — No caso de rentincia ao exercicio do cargo ou de pedido de suspenso de fungdes, por parte dos mem- bros eleitos do CSP, estes sero substituidos pelos su- plentes da respectiva lista, seguindo-se a ordem nesta indicada, Artigo 7.° Representasio no Conselho Superior de Justisa © Discipling 1 — A representagéo no Conselho Superior de Jus- tiga € Disciplina (CSJD) cabe ao elemento que vier a ser designado conjuntamente pelas associagdes profis- sionais que, na sequéncia de processo eleitoral, obtive- ram o nivel de representatividade referido no n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90. 2 —A designacdo realizar-se-4 na sequéncia de pro- ‘cesso eleitoral referido nos artigos 5.° € 6.° e sera for- malizada em acta, a subscrever pelos representantes le- gais das associagdes profissionais, a qual serd entregue, mediante recibo, no Comando-Geral da PSP, que a fara publicar, por extracto, em Ordem de Servico, no prazo de oito dias. 3 — O representante das associagdes profissionais ini- cia o exercicio do respective mandato na data da pu- blicagaio, em Ordem de Servico, da sua designacdo cessaas suas funcdes, se ndo for reconduzido, na data da publicacdo de ulterior designaco, na sequéncia de novo processo eleitoral ou de rentincia ao exercicio do cargo por parte do elemento designado. Artigo 8.° Representagto Juato dos comandos 1 — Sem prejuizo dos poderes de representacao pré- prios da respectiva direc¢do nacional, nos termos esta- tutérios, cada uma das associacdes profissionais que, nna sequéncia de processo eleitoral, tiver obtido o nivel de representatividade a que se refere 0 n.° 4 do ar- tigo 5.° da Lei n.° 6/90 tem direito a designar repre- sentantes nos comandos, unidades e subunidades, nos seguintes termos: @) Até ao maximo de 3, no Comando-Geral, nos comandos regionais, nos comandos distritais ¢ nas unidades com um niimero de efectivos su- perior a 120; 6) Até ao maximo de 2, nas unidades com um nii- mero de efectivos superior a 25. 2 — A designacdo de representantes serd sempre for- malizada pelos dirigentes da associagdo profissional através de comunicagao escrita, que serd entregue, me- diante recibo, no Comando-Geral, comegando a pro- duzir efeitos apés a sua publicacao. 3 —O mandato dos representantes designados nos termos do numero anterior cessa: @) Quando, na sequéncia de processo eleitoral, a associagdo profissional representada deixar de ter o nivel de representatividade previsto no n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90; ») Quando o representante designado deixar de ertencer aos comandos, unidades ou subuni- dades referidos no n.° ©) Quando a associagao profissional representada fizer designacio. 4 — A designacdo de representantes serd sempre pu- blicada em Ordem de Servico, dentro do prazo de oito Sé podem ser considerados como imputaveis as associagdes profissionais, ¢ relevar para os efeitos do disposto no n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90, as posigdes, os pareceres ¢ as propostas formulados pe- los dirigentes nacionais ou pelos representantes desig- nados de cada associago profissional. CAPITULO III Actividades associativas 1 — O exercicio de actividades associativas por diri- gentes, representantes, associados, simpatizantes ou apoiantes das associagdes profissionais esta sujeito as limitagdes constantes da lei, nomeadamente da Lei n.° 6/90 € da Lei n.° 7/90, de 20 de Fevereiro 2 — Sem prejuizo do disposto no presente diploma, © exercicio de actividades associativas néo pode, em caso algum e por qualquer forma, col ‘mal cumprimento das missdes de’ servigo. Artigo 10.° Direito de reunito 1 — As associagdes profissionais legalmente consti- tufdas que tiverem obtido o nivel de representatividade a que se refere 0 n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90, podem, nos termos da lei ¢ dos respectivos estatutos, promover reunides nos locais de trabalho, de acordo com as seguintes regras: 2) As reunides s6 podem ser convocadas pelos ér- ios dirigentes nacionais da associacao profi sional ou pelos seus representantes locais, de- signados nos termos do artigo 8.°; b) Cada associagao profissional sé pode convocar ‘uma reunido por més, em cada unidade, ¢ a sua realizacdo ndo pode coincidir com as horas nor- mais de expediente nem perturbar 0 normal funcionamento dos servigos; ©) O dia € 0 hordrio das reunides seréo, com a antecedéncia minima de cinco dias, acordados entre os comandantes das unidades e as direc- ges das associacdes profissionais ou os repre- 2284 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 — 22-5-1990 sentantes locais destas, tendo em conta as ne- cessidades e conveniéncias do servigo: 4) O local das reunides sera definido, caso a caso, pelos comandantes das unidades, tendo em conta as disponibilidades das instalagdes exis- tentes e 0 normal funcionamento dos servico: ©) A convocagdo das reunides seré publicitada com pelo menos trés dias de antecedéncia ¢ deve conter meng&o expressa do acordo dado A sua realizagéo pelo comandante da unidade onde aquelas se realizarem; A) Sem prejuizo do disposto no artigo 12.°, a par- ticipagdo nas reunides ndo pode, em caso al- gum, ser considerada como justificago de dis- pensa do servigo ou de falta, ou negligéncia no cumprimento das missdes ou tarefas normais, que estiverem distribuldas; #) A associacdo profissional que convocar a reu- nido ¢ responsavel pela conservagio das insta- lagdes ¢ dos equipamentos que tiverem sido postos & sua disposicéo; 1h) O pessoal que, a qualquer titulo, pretenda ps ticipar em reunides promovidas pelas associ es profissionais fora das localidades onde exerce habitualmente as suas fungdes deve ob- ter autorizagao prévia do comando a que per- tence para a deslocacéo. 2 — Sem prejuizo do disposto no n.° 2 do artigo 9.° eno n° I deste artigo, durante 0 periodo de 30 dias que antecede a data da eleigao, cada associacao pro- fissional pode promover uma reuniéo por semana em cada unidade. Artigo 11.° ‘Afiaasto de documentos As associagdes profissionais legalmente constituidas que tiverem obtido o nivel de representatividade a que se refere 0 n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90 podem afixar, nas instalades das unidades, textos, convoce- t6rias, comunicagdes ou quaisquer outros documentos relativos as suas actividades estatutarias, nos seguintes termos: @) Os documentos a afixar devem conter a men- ao clara da sua origem e a data de afixacdo; 'b) Os documentos s6 podem ser afixados nos lo- cais previamente destinados a esse fim pelos co- mandantes das unidades; ©) Um exemplar de cada documento a afixar deve previamente ser entregue no comando da uni dade. Artigo 12.° Dispensas de servigo 1 — Os membros das direcgées nacionais em exerci- cio efectivo de fungdes e das associagdes profissionais legalmente constitufdas que tiverem obtido 0 nivel de representatividade a que se refere o n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90 tém direito a ser dispensados do ser- vigo dois dias em cada més. 2 — Os representantes designados pelas associagées profissionais no Comando-Geral, nos comandos regio nais, nos comandos distritais ¢ nas unidades com efec- tivos superiores a 25 elementos tém direito @ ser dis- pensados do servigo um dia em cada més. 3 — As dispensas de servigo serdo solicitadas pelos interessados aos comandos, direcpdes ou chefias de que dependam, com a antecedéncia minima de oito dias, ¢ 86 podem ser negadas com fundamento em ponde- rosas razdes de servico, devendo, neste caso, acordar- to préxima quanto possivel da que Artigo 13.° Participacto em comlisdes de estudo e grupos de trabaibo 1 — A participagdo em comissdes de estudo ¢ gru- pos de trabalho, constituidos para os fins do disposto na alinea e) do'n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90, serd solicitada, pelos comandos, direcedes ou chefias, aos representantes legais das associagdes profissionais que tiverem obtido 0 nivel de representatividade refe- ido no n.° 4 do artigo 5.° da referida lei, competindo a estas designar livremente, de entre os seus dirigentes ‘ou associados, quem os deverd representar. 2— A solicitagdo a que se refere o niimero anterior serd efectuada através de comunicacdo escrita, a entre- gar mediante recibo, ¢ indicaré resumidamente, con- soante of casos, a matéria de estudo da comissio ou 08 objectivos do grupo de trabalho, bem como o prazo de resposta. 3—A falta de designacdo, dentro do prazo estipu- lado, de representantes faz presumir a reniincia ao exer- cicio do direito de participacdo. Artigo 14.° Emlaslo de pareceres 1 — A consulta, nos termos ¢ para os efeitos do posto na alinea f) do n.° 4 do artigo 5.° da Lei 1n.° 6/90, & sempre dirigida aos representantes legais das associagdes profissionais através de comunicagio ¢s- crita, a entregar mediante recibo, na qual sera indicado © prazo para a entrega do parecer. 2— A nfo entrega do parecer solicitado dentro do prazo estipulado faz presumir o desinteresse na sua ‘emissdo ¢ a rentincia ao exercicio do respectivo direito. Artigo 15.° Propostas « sugestdes 1 — As associagdes profissionais legalmente consti- tuldas, a que se refere o n.° 4 do artigo 5.° da Lei n° 6/90, tém o direito de formular propostas ¢ suges- tOes sobre o funcionamento dos servigos, através dos respectivos dirigentes nacionais ou dos representantes locais designados nos termos do artigo 8.° 2 — As propostas ¢ sugestdes de interesse geral para ‘a corporacdo s6 podem ser formuladas pelos dirigen- tes nacionais das associagdes profissionais e sero diri- gidas a0 Comando-Geral. 3 — As propostas e sugestdes de interesse especifico para os comandos locais, unidades ou subunidades po- dem ser formuladas pelos dirigentes nacionais das as- sociagdes profissionais ou pelos seus representantes lo- cais © serdo dirigidas aos comandos, direcgdes ou chefias de que dependam. N° 117 — 2-5-1990 Artigo 16.° Reunides com os comandos, dlrecs8es ou chefias 1 — No caso de haver propostas ou sugestdes pen- dentes, estas serio analisadas em reunides a promover com a seguinte periodicidade: @) Bimestral, no Comando-Geral, nos comandos Fegionais, nos comandos distritais e nas unida- des com efectivos superiores a 120; 6) Mensal, nas unidades ¢ subunidades nao abran- gidas pela alinea anterior. 2 —O dia, hora ¢ local das reunides serio sempre publicitados através de Ordem de Servigo ¢ a elas po- derao comparecer os dirigentes nacionais, no caso do Comando-Geral, ou os representantes locais, nos de- mais casos, de todas as associagdes profissionais a que se refere 0 n.° 4 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90. 3 — Sem prejuizo do disposto nos ntimeros anterio- res, os dirigentes nacionais ou representantes locais das associagdes profissionais a que se refere 0 n.° 4 do ar- tigo 5.° da Lei n.° 6/90, invocando razdes de urgén- cia, podem, a titulo excepcional, solicitar reunides ex- traordinarias com os comandos, direcgdes ou chefias, competindo a estes estabelecer, caso a caso, se aquelas se justificam e as circunsténcias em que poderao ser realizadas. CAPITULO IV Processo eleitoral SECCAO 1 Disposigdes gerais Artigo 17. Principos elettorals 1 —A determinagao do nivel de representatividade das associagdes profissionais legalmente constituidas e a eleigdo dos membros do CSP a que se refere 0 n.° 5 do artigo 5.° da Lei n.° 6/90 sdo feitas por sufrdgio directo, secreto periddico, segundo o principio da re- Presenta¢do proporcional ¢ 0 método da média mais alta, com base em recenseamento organizado pelo Comando-Geral da PSP. 2 — Aos eleitores & facultado o exercicio do direito de voto por correspondéncia, nos termos constantes do presente diploma. Artigo 18.° Capacidade eletoral Gozam de capacidade eleitoral activa e passiva os ele- mentos do pessoal com fungdes policiais, em servico efectivo, dos quadros da PSP. SeccAo I Recenseamento Artigo 19.° Recenseamento 1—0 recenseamento ¢ organizado oficiosamente pelo Comando-Geral ¢ dos cadernos deverdo constar DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2285 ‘0s nomes completos dos cleitores e os respectivos pos- tos, bem como os comandos, unidades ou servigos a que estdo afectos. 2 — O recenseamento é actualizado no més anterior ao da abertura de cada processo eleitoral. Artigo 20.° (Cadernos eletorais 1 — No prazo de 10 dias contados a partir da data da publicagao, em Ordem de Servico, do aviso a que se refere 0 artigo 26.°, serdo afixadas, pelo periodo de 5 dias, no edificio sede do Comando-Geral, cépia do eaderno provis6rio do recenseamento de todos os elei- tores e, nas instalagdes das unidades, cépias dos ca- dernos provisérios do recenseamento dos eleitores per- tencentes aos respectivos quadros. 2 — Dentro do prazo de trés dias a contar do termo do perfodo previsto no nimero anterior, podem os in- teressados reclamar com fundamento em omisséo ou inscrig4o indevida. 3 — As reclamagées so decididas no prazo de 48 horas pela comisséo de cleigdes. 4 — Decididas as reclamagdes, ou ndo as havendo, so organizados os cadernos definitivos, que serdo af xados nos locais referidos no n.° 1. 5—A inscrigéo nos cadernos de recenseamento constitui presunc&o da capacidade dos eleitores dele constantes, 56 ilidivel através de documento auténtico. Seccao IIT Apresentacéo de candidaturas Artigo 21.° Listas 1 — A eleigdo dos representantes para os trés luga- res de membros eleitos do CSP ¢ efectuada mediante listas apresentadas pelas associagdes profissionais legal- mente constituidas. 2 — Cada lista incluird trés candidatos efectivos ¢ seis suplentes, escolhidos pelas associagdes profissionais patrocinadoras. 3 — Néo pode haver candidatos por mais de uma lista ¢ cada associaséo profissional concorrente s6 pode apresentar uma lista. 4 — As listas serao apresentadas no Comando-Geral até ao 30.° dia anterior ao das eleigdes. Artigo 22.° Requistios formals das candidaturas 1 — As listas conterdo, em relago a cada candidato, os seguintes elemento: a) Nome completo; 2) Posto que detém; ©) Cargo que exerce; ) Qualidade de efectivo ou suplente. 2 — E obrigatéria a utilizacdo da denominagdo es- tatutdria da associaedo profissional patrocinadora das BE. 2286 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 — 22-5-1990 candidaturas, bem como de siglas ou simbolos por aquela utilizados. '3 — Cada associacdo profissional patrocinadora de- signard, de entre os eleitores inscritos no caderno el toral, um mandatério com domicilio profissional em Lisboa, que a representard nas operagées eleitorais. Artigo 23.° ‘Admissso das lates 1 — Findo o prazo para a apresentagio das listas, © presidente da comissdo de eleigdes mandard afixar cépias das mesmas na sede do Comando-Geral. 2 — Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, a comissio de eleigdes verificard a regularidade do pro- cesso, a capacidade das associagdes patrocinadoras ¢ a clegibilidade dos candidatos, no prazo de 48 horas. 3 — Verificando-se a existéncia de irregularidades processuais, os mandatdrios das listas sero imediata- mente notificados para as suprirem, no prazo de 48 horas. 4— Se houver candidatos efectivos inelegiveis, os mandatérios das listas a que eles pertengam sero no- tificados para, no prazo de 48 horas, procederem a sua substituigdo ¢, se tal no acontecer, 0 lugar do candi- dato rejeitado seré ocupado na lista pelo suplente, se- gundo a ordem pela qual foram indicados. Artigo 24.° Sortelo das lstas 1 — Admitidas as listas, a comissio de eleigdes pro- cederd, no prazo de 48 horas, ao seu sorteio, na pre- senga dos mandatérios, que para este acto seréo pre- viamente notificados, por forma a definir a ordem pela qual hdo-de figurar nos boletins de voto. 2 —As listas so identificadas pelas denominagées estatutdrias ¢ pelas siglas ou simbolos das associagdes patrocinadoras e constardo dos boletins de voto pela ordem resultante do sorteio. 3 — Do acto do sorteio sera lavrada acta, que men- cionard, nomeadamente, a presenca dos elementos da comisstio de eleicdes e dos mandatérios, as listas ad- idas, os sinais identificadores de cada uma ¢ a or- dem resultante do sorteio, bem como @ associacdo pro- fissional patrocinadora e os elementos de identificacao dos candidatos naquelas incluidos. Artigo 25.° Publlcasto das listes 1 — As listas admitidas ¢ 0s respectivos sinais iden- tificadores nos boletins de voto, pela ordem resultante do sorteio, bem como os elementos de identificagao dos candidatos, serao publicados em Ordem de Servigo ¢ afixados, no mais curto espago de tempo, nos locais referidos no n.° 1 do artigo 20.° 2— Apés a publicagdo das listas no € admissive! a desisténcia ou a substituigao de candidatos, excepto no caso de morte ou de perda da capacidade eleitoral, se estes factos ocorrerem até ao 15.° dia ant das eleigdes. 3 — A substituigdo que se efectuar nos termos da se- gunda parte do mimero anterior seré anunciada pelos meios previstos no n.° 1. SecgAo IV Organizagao do proceso eleitoral Artigo 26.° Data das eleigdes A data para a votagdo € marcada pelo comandante- -geral, com a antecedéncia minima de 60 dias, por aviso publicado em Ordem de Servico, por forma que 0 pro- cesso eleitoral possa estar concluido ¢ os respectivos re- sultados possam estar publicados antes do termo do mandato de trés anos dos membros eleitos do CSP. Artigo 27.° ‘Comisslo de eleicdes 1 — A fiscalizagao da regularidade dos actos eleito- raise 0 apuramento final da votagao compete a co- misao de eleigées. 2—A comissio de eleigdes é constituida pelo 2.° comandante-geral e por dois oficiais superiores de- signados pelo comandante-geral, sendo assessorada pelo consultor juridico do Comando-Geral. 3 —Tem 0 direito de integrar a comisséo de elei des um representante de cada uma das listas concor- entes ao acto eleitoral, o qual poderd ser designado pela associacdo profissional concorrente, no prazo de cinco dias a contar da data da publicagao do aviso re- ferido no artigo anterior. 4— As fungdes de presidente sdo exercidas pelo 2.° comandante-geral e as deliberagdes so tomadas por i lente voto de qualidade. 5 —A comissdo de eleigdes funciona na sede do Comando-Geral e inicia a sua actividade no 7.° dia apés a data da publicagao do aviso referido no artigo anterior. Artigo 28.° Compettnels da cominsdo de elec tes 1 — Compete especialmente & comissio de eleigdes resolver as diividas suscitadas na interpretagao das nor- mas regulamentadoras do processo eleitoral ¢ decidir as reclamagdes que surjam no decurso das operagdes eleitorais. 2 — No dia da votacdo, e enquanto esta durar, a co- missio de eleigdes funciona em sessio permanente. Artigo 29.° Contencioso eleltoral 1 — 0 recurso contencioso dos actos eleitorais é in- terposto dentro do prazo de 48 horas, nos termos da Lei de Processo nos Tribunais Administrativos, ¢ de- cidido nas 48 horas seguintes 4 sua admissao. 2 — Tém legitimidade para recorrer os mandatarios das listas concorrentes, bem como qualquer candidato. N.° 17 — 22-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2287 SEcgAo V Assembleias e secgdes de voto Artigo 30.° Assemblelas ¢ seegdes de voto 1 — O acto eleitoral decorreré perante assembleias de voto, cujas mesas serao constituidas por cinco mem- bros, integrando, sempre que possivel, pelo menos, um elemento de cada uma das categorias de oficiais, sub- chefes ¢ guardas, a designar pelo comandante-geral. 2 — Funcionardo assembleias de voto nas sedes de: a) Comando-Geral; ‘b) Comandos regionais; ) Comandos distritais ‘ou equiparados; @) Comando do Grupo de Operagdes Especiais; €) Comando do Corpo de Intervencdo; J) Escola Superior de Policia; 8) Escola Pratica de Policia, 3 — As assembleias de voto constituidas nos coman- dos regionais, distritais e equiparados sdo divididas em seogdes de voto, a instalar nas suas subunidades. 4 — As mesas das secedes de voto referidas no ni- mero anterior so constituidas, nos termos do disposto no n.° 1, por eleitores a designar pelos responsaveis dos ‘comandos regionais, distritais e equiparados, que co- municaréo ao comandante-geral os respectivos elemen- tos de identificagao. 5 — O mapa das assembleias ¢ secgdes de voto & afi- xado na sede do Comando-Geral e publicado em Or- dem de Servico, com a antecedéncia de oito dias rela- tivamente A data das eleigdes. 6 — A cada mesa de assembleia ou secgdo de voto sero distribuidas cinco cépias do caderno eleitoral res- Peitante a unidade ou subunidade onde funcionar. 7 — A mesa da assembleia de voto do Comando- -Geral serao distribuidas cinco cépias do caderno elei- toral de recenseamento geral. Artigo 31.9 Funclonamento das mesas 1 — Cada mesa ¢ constituida por um presidente, res- pectivo suplente e trés vogais, sendo um o secretério ¢ 0s demais escrutinadores, competindo ao presidente distribuir as referidas fungdes. 2 — Para a validade das operacdes eleitorais & exi- gida a presenga do presidente de cada mesa ou do seu suplente ¢ de, pelo menos, dois vogais. 3 — As deliberagdes da mesa so tomadas por maio- ia de votos, cabendo ao presidente 0 voto de quali- dade. ‘4 — Das deliberagdes da mesa pode reclamar-se para a comissio de eleigdes, que decidird em 48 horas ou imediatamente, se for necessdrio. Artigo 32.° Delegados de lates 1 — Cada associacao profissional concorrente pode designar um delegado as assembleias e seccdes de voto. 2—Os delegados designados devem apresentar-se aos presidentes das mesas, devidamente credenciados pelas direcgées das associagdes profissionais que repre- sentam. 3 — Os delegados de listas tém a faculdade de fis- calizar as operagdes de voto, de serem ouvidos em to- das as questdes que se suscitem durante o funciona- mento das assembleias ou secgdes de voto, de apresentar protestos ou contraprotestos, de assinar a respectiva acta, de rubricar documentos ’e de requerer certiddes das decisées da mesa e dos resultados. SECGAO VI Regime de votagao Artigo 33.° Horirlo da votssio 1 — Constituida a mesa da assembleia ou seccdo de voto, o presidente exibird a urna perante os demais ele- mentos que a integram ¢ os eleitores presentes, a fim de que possam certificar-se de que estd vazia. 2 — As operacdes de voto iniciam-se as 9 horas encerram-se as 19 horas do dia marcado para a vo- tagdo. Artigo 34.° Voto presenclal ¢ por correspondéacia 1 — A deslocagio de eleitores para 0 exercicio pre- sencial do direito de voto e o exercicio do direito de voto por correspondéncia faz-se sempre sem dispéndio para a Fazenda Nacional. 2— Os eleitores que, no dia da elei¢ao, nao se en- contrarem nas localidades sedes dos comandos, unida- des ou servicos onde esto colocados ¢ recenseados tém a faculdade de votar por correspondéncia, de acordo ‘com as seguintes regras: 4) Os eleitores encerrarao o boletim de voto num sobrescrito branco, fechado e lacrado, sem quaisquer inscrigdes exteriores; b) O sobrescrito referido na alinea a), juntamente com fotocépia do bilhete de identidade policial, sera encerrado noutro sobrescrito, também fe- chado e lacrado; ©) Os sobrescritos referidos na alinea b) serdo en- viados pelo correio, sob registo, com aviso de Fecepsdo, para o seguinte endereco: Presidente da Assembleia de Voto, Comando-Geral da Policia de Seguranga Publica, Largo da Penha de Franca, 1, 1158 Lisboa Codex. @) No Comando-Geral organizar-se-4 um registo de entradas, do qual constardo todos os sobres- critos recebidos, 0 nimero de cada registo dos correios ¢ 0 nome dos remetentes; ©) Os votos por correspondéncia podem ser reme- tidos a partir do 5.° dia util anterior ao da vo- tagdo © s6 serdo levados em conta no apura- mento se forem recebidos no Comando-Geral até a hora do encerramento das operagdes de votagao.a que se refere o n.° 2 do artigo 33.° 2288 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 7 — 22-5-1990 Artigo 35.° Boletins de voto 1 — Os boletins de voto sio de forma rectangular ¢ editados em papel branco, liso nfo transparente, com dimensdes apropriadas para neles caber a indica- ‘cdo das denominacées estatutérias, siglas ¢ simbolos das associagdes profissionais concorrentes ao acto eleitoral, pela ordem resultante do sorteio, ¢ & frente daquelas, ‘na mesma linha, de um quadrado em branco, destinado a ser assinalado pelo cleitor. 2 — A votagao consiste na inscrigdo, pelo eleitor, de uma cruz no quadrado correspondente @ associac&o em que pretender votar. 3 — Até ao 10.° dia anterior a data da votagio, 0 Comando-Geral providenciard para que sejam entre- ‘gues, nos comandos, unidades ou servicos, boletins em numero igual ao dos eleitores possiveis mais um ter¢o. 4 — Os boletins recebidos pelos comandos, unidades ou servigos onde funcionem assembleias ou secgdes de voto serdo entregues, no dia da votacdo, aos presiden- tes das mesas. 5 — Os eleitores a que se refere 0 n.° 2 do artigo 34.° que pretendam excercer 0 seu direito de voto po- dem levantar os respectivos boletins nos comandos, uni- dades ou servicos em que se encontrem ou em que ¢s- tejam colocados e recenseados. ‘6 — Na hipétese referida no mimero anterior o res- pectivo comando relacionar o nome, categoria profis- sional e mimero do bilhete de identidade policial dos eleitores que solicitem boletins de voto. 7 — A telago referida no mimero anterior ¢ 05 so- brescritos mencionados na alinea d) do n.° 2 do ar- tigo 34.°, bem como o respectivo registo de entradas, sero entregues ao presidente da assembleia de voto do Comando-Geral no dia da votagao. Artigo 36.° Ordem de votasio 1 — Os elementos que integram as mesas ¢ os dele- ‘gados de listas votardo em primeiro lugar. 2-— Os eleitores que pretendam exercer presencial- mente 0 direito de voto votardo por ordem de chegada A assembleia ou secedo de voto. 3 —A ordem da votagdo serd alterada por forma a conceder prioridade aos eleitores que iniciem turnos de servigo durante o perfodo de votacio ou que exergam fungSes de comando, direcg#o ou chefia. 4'— As assembleias ¢ secgdes de voto funcionardo ininterruptamente até serem conclufdas as operagdes de voto e de apuramento. 5 —A partir da hora de encerramento referida no n.° 2 do artigo 33.° s6 podem votar os eleitores que naquele momento se encontravam presentes. Artigo 37.° Modo ée votssto 1 — Ao apresentarem-se, os eleitores identificar-se- ~fo, entregando a0 presidente da mesa o bilhete de identidade policial, o qual anunciard, em voz alta, 0 nome ¢ a categoria funcional do eleitor. 2.— Verificada a inscri¢do no caderno do recensea- mento sera entregue ao eleitor um boletim de voto no qual aquele, retirando-se para a cdmara de voto, ins- creveré uma cruz no quadrado correspondente a asso- ciagdo escolhida, nos termos do n.° 2 do artigo 35.° 3 — O eleitor dobra o boletim em quatro ¢ entrega- -0 ao presidente da mesa, que o introduziré na urna, ‘ao mesmo tempo que os escrutinadores descarregarao © voto, rubricando o caderno de recenseamento na li- nha correspondente ao nome do eleitor. 4 — Finda a votagdo presencial, inicia-se, na assem- dleia de voto do Comando-Geral, a votagao por cor- respondéncia, que obedece as seguintes regras: a) Um dos escrutinadores abrira 0s sobrescritos a que se refere o n.° 7 do artigo 35.° e dele reti- tara a fotocépia do bilhete de identidade do eleitor ¢ o sobrescrito interior, lendo em voz alta o nome do eleitor; b) Outro dos escrutinadores verificard a inscrigéo do eleitor no caderno de recenseamento ¢ se 0 mesmo consta das relagdes a que se refere 0 n,° 7 do artigo 35.9; ©) Seguidamente, o escrutinador referido na ali- nea a) entrega 0 sobrescrito interior ao presi- dente da mesa, que o introduzira na urna, a0 mesmo tempo que o escrutinador referido na alinea b) descarregara 0 voto pela forma pres- crita na parte final do n.° 3 do presente artigo. Artigo 38.° vidas, protesios « reclamasdes 1 — Os eleitores inscritos ¢ os delegados das listas podem suscitar diividas e apresentar, por escrito, re- clamagées, protestos ¢ contraprotestos. 2 — As mesas deliberarao imediatamente ou deixa- ro para o final das operagdes de voto, se entenderem que a decisio nfo efecta o andamento normal da vo- tagao. 3 -— Das deliberagées ou da falta destas poderd reclamar-se para a comissio de eleigées. SeccAo VIT Contagem dos votos Artigo 39.° Contagem dos votantes © dos boletins 1 — Encerradas as operagées de votagio, o presi- dente da mesa da assembleia ou sec¢do de voto man- dard contar os votantes pelas descargas efectuadas nos cadernos eleitorais 2-— Concluida a contagem so abertas as urnas, a fim de conferir o mimero de boletins¢sobresertosén- trados. 3 — Havendo divergéncias entre o miimero de votan- tes determinado nos termos do n.° 1 ¢ o dos boletins e sobrecritos entrados na urna, prevalecera, para efei- tos de apuramento, 0 segundo destes mimeros. Artigo 40.° Comtagem dos votor 1 — Um dos escrutinadores desdobraré os boletins © abrird os sobrescritos, um a um, anunciando, em voz N° 117 — 2-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2289 alta, a associagéo votada, mencionando a respectiva de- nominardo estatutéria, ao mesmo tempo que outro es- crutinador registaré em folha propria os votos atribui- dos a cada associagdo, os votos em branco e os votos nulos. 2 — Sao considerados votos em branco os boletins que nao contiverem qualquer inscri¢do ¢ votos nulos aqueles que se apresentarem cortados, rasurados ou contiverem qualquer inscrigo para além da cruz no quadrado correspondente a associacao votada. 3 — Os boletins de voto serdo examinados ¢ exibi- dos pelo presidente, que os agrupard, em lotes separa- dos correspondentes a cada uma das associagdes, aos votos em branco e aos votos nulos. 4 — Terminadas as operagées referidas nos niimeros anteriores, o presidente procederé & contraprova da contagem dos votos registados nas folhas através da contagem dos boletins de cada um dos lotes. Artigo 41.° Acta 1 — Compete ao secretério da mesa claborar a acta das operagdes de votacdo © contagem de votos. 2— Da acta constardo: @) Os nomes dos membros da mesa ¢ dos delega- dos de lista; b) A hora de abertura ¢ de encerramento da vo- tagdo, bem como 0 local de reunido da assem- bleia ou secgdo de voto; ©) As deliberagées tomadas pela mesa; @) O niimero total de votantes; €) O numero de votos obtidos por cada asso- ciacdo; A) O mimero de yotos em branc« 2) O mimero de votos nulos; h) O mimero de votos sobre os quais tenha inci- dido reclamacdo ou protesto; 2) As reclamacdes, protestos e contraprotestos; J) Quaisquer outras ocorréncias dignas de mengao. 3 — Os boletins de voto referidos na alinea A) do mimero anterior serdo encerrados em sobrescrito pré- prio, rubricado pelo presidente, inscrevendo no exte- tior ‘deste nota respeitante ao respectivo conteido. 4 — A acta serd assinada pelos membros da mesa ¢, se desejarem usar desa faculdade, pelos delegados das istas. Artigo 42. Publicagio e comunleaste dos resultados 1 — Terminadas as operagdes referidas no artigo an- terior, 0 presidente da mesa da assembleia ou secc4o de voto diligenciard para que sejam imediatamente co- municados, por telex, telegrama ou outro meio similar escrito, A comissdo de eleigdes, os seguintes elementos: a) Numero de votantes; 'b) Niimero de votos obtidos por cada associacao; ¢) Namero de votos em branco; d) Numero de votos nulos; e) Numero de votos reclamados ou protestados. 2 — E elaborado edital com os elementos referidos no mimero anterior, 0 qual, depois de assinado pelo presidente, seré afixado em local préprio das instala- ses da unidade. Artigo 43.° Envlo ée documentos ‘Nas 24 horas seguintes ao termo das operacdes refe- ridas no artigo anterior, sero enviados A comissio de cleigd @) As actas € quaisquer outros documentos respei- tantes & votagio; ) Os boletins de voto considerados nulos, em so- brescrito préprio; ©) Os boletins de voto em branco, em sobrescrito proprio; d) Os boletins de voto referidos no n.* 3 do ar- tigo 41.°; ©) 05 votos obtidos por cada associagio, em so- brescrito préprio. SECCAO VIII ‘Apuramento @ publicagdo dos resultados Artigo 44.° ‘Apuramento geral 1 — Recebidos, de todas as assembleias € secgdes de voto, os elementos referidos no artigo anterior, a co- missio de eleigdes retine imediatamente para decidir as, reclamagdes apresentadas nos termos do n.° 3 do ar- tigo 38.° que ainda nao tiverem sido apreciadas. 2 — Seguidamente, a comissdo de eleigdes apreciard a situagéo dos boletins de voto referidos na alinea A) do n.°2 do artigo 41.° 3 — Por iiltimo, com base nos elementos constantes das actas, que, no caso de diivida, serdo confrontados com os demais elementos recebidos, ¢ tendo em conta 08 resultados das decisdes tomadas nos termos dos nui- ‘meros anteriores, a comissdo de eleigdes determinara: 2) O niimero total de eleitores; 4) O numero total de votantes; ©) O numero total de votos obtidos por cada as- sociagdo; 4) O numero total de votos em branco; 2) O niimero total de votos nulos. Artigo 45. ‘Atriouigfo dot lugares no CSP 1 — Feito o apuramento, em separado, do ntimero de votos obtidos por cada associagdo, este & dividido sucessivamente por 1, 2 e 3, sendo os quocientes con- siderados como parte decimal alinhados por ordem de- erescente da sua grandeza numa série de trés termos. 2 — Os mandatos pertencerdo as listas das associa- ‘gGes a que corresponderem os termos da série estabe- lecida pela regra anterior, recebendo cada uma das lis- tas tantos mandatos quantos os seus termos na série. 3 —No caso de na série de trés termos se regista- rem termos iguais, 0 mandato caberd & associagdo que tiver obtide maior niimero de votos. 2290 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 — 22-5-1990 Artigo 46.° Determinagio do nivel de representaividede nivel de representatividade a que se refere 0 n.° 4 do artigo 5.° da Lei n,° 6/90 é determinado com base na percentagem do niimero global de votos obtidos pe- las associagdes face ao niimero global de cleitores. Artigo 47.° ‘Acta © publicagto dos resultados 1 — Terminadas as operagdes referidas nos artigos 44.°, 45.° 46.°, a comissdo de eleigdes elaboraré acta, a subscrever pelos membros que a integram, da qual constarao os seguintes elementos: 4) Deliberagdes adoptadas ¢ mimeros totais apu- rados, nos termos do artigo 44.°; ) Distribuigdo dos mandatos, nos termos do ar- tigo 45.°; ©) Nivel de representatividade de cada associagio profissional, nos termos do artigo 46.° 2—No prazo de 48 horas, o presidente da comis- sto de eleigdes providenciard pela publicacdo, em Or- dem de Servico, dos resultados finais das eleigdes. CAPITULO V Disposigdes finals ¢ transitérias Artigo 48.° Primeiro processo eleitoral 1 — Ao primeiro processo eleitoral podem concor- rer as associacées profissionais legalmente constitudas nos 30 dias posteriores & data da entrada em vigor do presente diploma ¢ que tenham dado cumprimento a0 disposto no n.° 1 do artigo 3.° 2 — Nos 30 dias seguintes ao termo do prazo refe- ido no mimero anterior serd oficiosamente organizado © recenseamento dos eleitores, de acordo com as re- gras previstas nos artigos 19.° ¢ 20.° 3—A data para as cleigdes seré marcada pelo comandante-geral, através de aviso a publicar em Or- dem de Servico, tendo em conta 0 disposto nos nime- ros anteriores, por forma que 0 processo eleitoral possa estar concluido € os resultados possam estar publica- dos dentro dos 120 dias posteriores & data em vigor do presente diploma. Artigo 49.° Aftxssto de documentos 1 —O disposto nos artigos 10.° ¢ 11.° aplica-se a todas as associagdes profissionais legalmente constitui- das durante o periodo que decorre desde a data da pu- blicagdo do aviso referido no n.° 3 do artigo 48.° até ao dia anterior ao da primeira eleicao. 2—O disposto nos artigos 10.° ¢ 11.° aplica-se igualmente a todas as associagdes profissionais legal- mente constituidas durante 0 periodo que decorre desde publicagao do aviso referido no artigo 26.° até ao dia anterior a0 da votacao. Artigo 50.° ‘Consetho Superior de Policia O artigo 16.° do Estatuto da Policia de Seguranca Publica, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 151/85, de 9 de Maio, passa a ter a seguinte redacc& Artigo 16.° teal ©) Membros cleitos: ‘Trés vogais eleitos de entre 0s candida- tos apresentados pelas associagdes pro- fissionais, nos termos da Lei n.° 6/90, de 20 de Fevereiro, ¢ legislagéo regu- lamentar. Visto e aprovado em Consetho de Ministros de 15 de Margo de 1990. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Luis Miguel Couceiro Pizarro Beleza — Manuel Pe- reira — Alvaro José Brithante Laborinho Liicio. Promulgado em 10 de Maio de 1990. Publique-se. © Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 15 de Maio de 1990. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. MINISTERIO DA INDOSTRIA E ENERGIA Decreto-Lel n.° 162/90 do 22 de Molo Torna-se necessério proceder a alguns ajustamentos ¢ alteragdes no Regulamento Geral de Seguranca ¢ Hi- giene no Trabalho nas Minas ¢ Pedreiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 18/85, de 15 de Janeiro, merc® da experiéncia entretanto adquirida, ‘Assim, visa-se, por um lado, o esclarecimento de si- tuagdes que deram origem a reclamagdes por parte das entidades envolvidas no exercicio das respectivas acti- vidades e, por outro, a adopedo das disposicdes jé es- tabelecidas ao nivel das Comunidades, incluindo os limites definidos para os elementos cujo risco estd ava~ liado, assim como a adopgio de medidas que cortem a insalubridade ¢ incomodidade para terceiros € a de- stadacdo do ambiente. N° 117 — 225-1990 As alteragdes introduzidas pelo presente diploma con- templam também as modificagdes operadas pela nova legislagdo aplicdvel as actividades de prospecedo, pes- quisa ¢ exploracdo de depésitos minerais ¢ de massas minerais, bem como uma melhor sistematizago das matérias “abrangidas. Aproveita-se ainda a oportunidade para estabelecer desde jd as normas relativas as exploragdes minerais a céu aberto, por forma a evitar a dispersdo da legisla- edo nacional. Foi ouvido 0 Conselho Nacional de Higiene e Segu- ranca do Trabalho. Ouvidos os érgdos de governo proprio das Regides Auténomas dos Agores e da Madeira; Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigdo, 0 Governo decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Objecto E aprovado o Regulamento Geral de Seguranga ¢ Hi- giene no Trabalho nas Minas e Pedreiras, anexo ao pre- sente diploma e que dele faz parte integrante. Artigo 2.° Aplicacio as regides auténomas O disposto no presente diploma, e bem assim no re- gulamento que lhe é anexo, é aplicdvel as Regides Au- tonomas dos Agores ¢ da Madeira, sem prejuizo das competéncias dos respectivos drgaos de governo pré- prio. Artigo 3.° Entrads em vigor © regulamento anexo ao presente diploma entra em vigor 180 dias apés a data da sua publicacdo. Artigo 4.° Norma revogatérla Fica revogado 0 Decreto-Lei n.° 18/85, de 15 de Ja~ neiro, a partir da data da entrada em vigor do regula- ‘mento anexo ao presente diploma. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Margo de 1990. — Antbal Antonio Cavaco Silva — Vasco Joaquim Rocha Vieira — Lino Dias Miguel — Manuel Pereira — Nuno Manuel Franco Ribeiro da Silva — Arlindo Gomes de Carvalho — José Albino da Silva Peneda — Fernando Nunes Ferreira Real. Promulgado em 4 de Maio de 1990, Publique-se. © Presidente da Repiblica, MARIO SOARES. Referendado em 9 de Maio de 1990. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2291 ANEXO REGULAMENTO GERAL DE SEGURANCA E HIGIENE NO TRABALHO NAS MINAS E PEDREIRAS CAPITULO 1 Disposigdes gerais Artigo 1.2 Odjectivo, campo ¢ definigdes 1 —0 presente Regulamento tem por objective a prevencio téc- nica dos riscos profissionas e a higiene nos locais de trabalho onde se desenvolvem actividades que visem a exploragto de minas © pe- reir 2 — Para efeto do disposto no presente Regulamento, entende-se por: 4) Alma de cabo de apo ~ parte de um cabo de ago, de cA ‘mhamo, destinada 2 dar flexbilidade a0 cabo; +b) Andorinha — roldana fixa instalada no alto do cavalete em cuja gola passa o cabo de extracgl 9) Beta de um cabo de ago — cada um dos corddes, consti {tidos por arames de ago enrolados em espral, que formam 9 cabo de aro; 4) Caldeira — trog0 de popo aberto abaixo do nivel do «piso» mais profundo destinada a servir de reservatdrio das Aguas ddrenadas no interior da mina para serem escoadas para 0 ‘exterior por bombagem; @) Cartucho escorvado — cartucho onde se introduziu a cép- sula detonadora; J) Cavalete — estrutura resistentecolocada sobre 0 pogo de ex: ‘acto que suporta a andorinka e todas as forgas nelaapii- 2) Chaminé ~ trabalho mineiro de pequena secedo aberto no sentido ascendente, em regra segundo a linha de maior de- clive do jazigo. Destina-se, normalmente, 2 ventilaglo ou transporte descendente; ‘hy Desmonte — operagio de arranque da matéria-prima mine ral; local onde’ se realiza esse arrang ') Desmonte por abatimento — método de desmonte em que a matéria-prima mineral € obtida por desabamento natal fu provocado em escavacdes inferiores previamente abertas; 4D Enchimento, material de — material ester com que se en ‘chem 08 vazios da exploraglo nos métodos de desmonte por cenchimento; ') Emivapdo — estruturas de suporte dos tectos ¢ paredes das cescavages com vista a proteger os trabalhadores de des bbamenios ¢ queda de blocos e a manter a seegdo de gal rias © porosi ‘m) Grisu — gis que ocorre principalmente em formagdes be ‘tuminosas resultantes da putretaceao de materias vegetals 20 abrigo do ar. O principal consituinte do grisu ¢ o metano forma com o ar uma mistura altamente explosiva; ‘n) Guiadeiras — pecas que servem de gulamento as jaulas no seu movimento dentro do pose: (0) Hasteal — cada uma das paredes laterais das galerias; ‘P) Jaula — gaiola em estrutura metdlica que funciona como ele vador nos pogos; 9) Paiolim — caixa apropriada para transporte de explosivos, do paio! para os locais de trabalho; 1) Perfil de igual resisténcia — perfil longitudinal de uma ga- leria com-nclinapdo ealeulada por forma que o transporte dde vagonetas cheias num sentido e 0 de vagonetas varias fo sentido inverso exijam a mesma orga; 4) Pesquisa — a actividade que visa a descoberta de ocorrén cias minerais ¢ a determinapdo das suas caracteristicas até A revelagdo da existéncia de valor econémico, (0) Piso ~- cada uma das talhadas sub-horizontals em que o ja 2igo mineral ¢ dividido em profundidade para desmonte, i ependente, Também se chama piso aos niveis que limita, Inferiormente, cada uma desses talhadas;, 1 Plano inclinado automotor — plano inclinado, com insta- lagdo de via dupla décauvile para transporte simultineo de vagonetas cheias no sentido descendent varias no sentido ascendente, com incinageto sufiiente — mais de 20° — para funcionar sem auxilio de motor; ») Preparagdo ~ fase de abertura de trabalhos mineitos para ‘compartimentalo © aceso ao jazigo, em conformidade com © plano de exploracdo projectado; 2292 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 7 — 22-5-1990 2) Quadros — estruturas resistentes de sustimento dos terrenos para entivagdo dos trabalhos mineiros; 2) Receitas — extagdes de carga e descarga existenes junto a0 pogo de extraceho, quer no exterior, quer ao nivel dos pi 08 em explorasto, projectadas por forma a obtet o mi ximo rendimento do pogo, 190) Rosadura — mdquina de desmonte para rochas brandas; 1b) Rolagem — operagdo de transporte’ com veleulos sobre rodas ce) Saneamento das frentes — operagdo de escombragem ¢ im- ppeza das frentes, apés cada pega de fogo, por forma que fToperacto de peruagdo de nov pean de foo fag em dd) Skip — calxas metlicas especialmente projectadas para transporte do minério a granel nos popos de extraceHo, que permitem a carga e descarga automa; ee) Tequeto — operagio de fragmentaeso de grandes locos des- ‘montados, de fieil manuseamento ov earregamento, por meio de explosivos Artigo 2.° Obrignstes da entidade empregador Sto obrigacdes gerais da entidade empregador 4) Cumprir as disposgtes do presente Regulamento ¢ demais pre ceitos legals e regulamentares aplicdves, bem como as direc tivas emanadas pelas entidades competentes; 2) Adoptar as medidas necesstias para obier uma correcta or € uma eflcaz prevengdo dos riscos que podem afec- {ar a vida, integridade flsica e sade dos trabalhadores no local de tfabalho; ©) Promover uma conveniente informacto ¢ formagfo de todos os trabalhadores em matéria de higiene e seguranca no tra- batho e, em especial, dos admitidos pela primeira vez ou trans- feridos de posto de trabalho: ) Organizar fegistos individuais dos trabalhadores com idades compreendidas entre of 18 e of 21 anos que exersam activi- dade em trabalhos subterrineos, donde constem: 1) Identificagto do trabalhador; i) Data de nascimento; iit) Natureza da actividade exercida; i) Certifeasfo médica da aptidlo para o trabalhc 6) Facultar As entidades fiscalizadoras 0 acesso 20s regstos re- feridos na alinea anterior, bem como aos representantes dos trabalhadores, a pedido destes: ‘D) Definir em regulamento interno as atribuigBes ¢ deveres do pessoal drectivo,téenico © dos quadros médios quanto & pi enelo de acidentes e de doengas profissionais; 48) Fomentar a cooperacdo de todos os trabalhadores na preven- fo de Fscos profissionals © no desenvolvimento das condi- Ser de bem-estar nos locais de trabalho; +h) Ouvir, nos termos deste Regulamento e dos instrumentos de regulamentagdo colectiva apicdveis, as comistBes de higiene fe seguranga © 08 téenicos ou encarregados de seguranca so- bre as matérias da sua compettncia; ') Promover as acpBes necessrias & utllzago e manutencdo das méquinas, dos materiais e dos utenslios de trabalho nas de- 2D Fornecer gratuitamente protecelo individual, adaptados as condiptes e tipo de tr balho ace utlizadores, assegurando a sun higienizagto, con- servagho ¢ utilizaelo; ) Carantis © normal funcionamento dos servigos médicos; ‘m) Manter em boas condigées de higienee funcionamento as ins- 1m) Manter & disposigho dos trabalhadores exemplares do presente ‘Regulamento e dos demais preceltos legais e regulamentos de higiene e seguranga que interexsem &s actividades desenvol- vidas pelos trabathadores Artigo 3.° ‘Obrigasbes dos trabalbadores ‘Sto obrigagdes dos trabalhadores: 2) Cooperar na prevenglo de rso0s profisionals ¢ na manuten- ‘lo da higiene dos locals de trabalho, cumprindo as disposi- (es do presente Regulamento e demais preceitos apicdveis, bem como es instrugoes dadas pela entidade empregador ) Procurar adquirir conhecimentos sobre higiene, socortismo ¢ seguranga no trabalho que Ihes sejam transmitidos pela en- tidade empregadora ou pelos servicos oficiais; 6) User correctamente of equipamentos de protecrlo individual que thes forem fornecdos e zelar pelo seu bom estaio de con- servash 4) Cumprit rigorosamente as normas ¢ instrugbes sobre segu- ranga, gel ¢ individual, e absterse de quaisquer actos que ppossam originar situagdes de perigo, nomeadamente alterar, Seslocar, retirar, danificar ou destrur dispositivos de segu- ranga ou quaisquer outros sistemas de protectdo; 6) Comunicar imediatamente 20 seu superior hierarquico as av ras e deficidncias susceptiveis de provocarem acidentes; J) Cuidar e manter a sua higiene pessoal, procurando salvaguar- dar a sadde e evitat a difusto de enfermidades contagiosas pelos demais trabalhadores. CAPITULO II Plantas Artigo 4.° Planias dos trabalhos subterrtneos = De todos os trabalhos subterrineos devem existir planta, cor- tes © projeccées actualizados. 2— Das plantas, cortes e projeccdes dos trabalhos subterrdneos devem constar, nomeadamente: 4) As galeria, pogos, chaminés e, de um modo geral, todas as vias rubterrneas, com utllaaglo ou abandonadas, bem como fs deamontes em curto eas z0nas jd desmontadas; ) A natureza dos terrenos onde se realizaram os trabalhos; ©) A localizagdo dos depéstos de explosives, de locomotivas ¢ de combustivel ¢ respectivas estagdes de abastecimento; ) Os circutos de ventilacto, com indicacdo da direcpdo e cau dal das correntes, principal e derivadas, e a localizagdo dos ventiladores e dispositivos para distribuicdo e regulagio do ar; 1) tragado das redes de distibuicto de energa elctrica, 4gua « ar comprimido; ‘Py A localizago das ports e de quaisquer obras de prevensdo ‘contra incéndios ¢ Invasto de aguas; £8) Quaisquer outras indicagbes consideradas dteis sob o ponto de vista de seguranca. 3. — Em cada piso, onde a Direcgdo-Geral de Geologia ¢ Minas (© determine e em local faciente acessivel a todos os trabalhado- res, deve ser aflxada uma planta onde se indiquem, com clareza, as vias principals, as saldas para a superficie e a localizacto dos tele- Tones ou de qualquer outra aparelhagem de comunicagio com 0 ex- terior Artigo 5.° Plantas de supertice com altimetria 1 — Os limites de concessto e da exploragto efectuada ¢, bem as- fim, todas as obras, vias, edifices, linhaseléctricas, cursos de Agua, lagos, lagoas, locals de disposico de encombros, como, em geral, tudo 0 que posse softer danos provocados pelos trabalhos ou possa vir a consttuir perigo para estes, devem constar,igualmente, de uma planta pormenorizada de superficie, devidamente actualizada. '— As pedreiras de exploracdo a ofu aberto que allo excedam os limites constantes da alinea a) do n.° 2 do artigo 18.° do Decreto- Lei n.* 89/90, de 16 de Margo, ficam apenas sujlias ao disposto ‘na alines c) do n.° 1 do artigo 19.° eno n.° 3 do artigo 38.° do ‘mesmo diploma legal, no que se refere a plantas Artigo 6.° Esealas das plantas 1— A escala minima de todas as peras desenhadas referidas nos artigos anteriores 6 de 11000. 2'— A Direcglo-Geal de Geologia ¢ Minas pode, no entanto, torizar ou exiic, fundamentadamente, escalas diferentes. N° 117 ~ 2-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2293 CAPITULO IIL ‘Acessos Artigo 7.° ‘Acetso aos trabathos subterrtincos 1 — Salvo nos perfodos de pesquisa e prepararto ¢, bem assim, ‘em casos especiais devidamente fundamentados pelo requerente al: torizados pela Direce4e-Geral de Geologia e Mints, nenhum traba- tho pode ser realizado numa mina sem que haja, pelo menos, duas ‘ombnicagBes com 0 exterior pelas quais possam circular faciimente, fem qualquer altura, os tabalhadores que se encontrem no interior, 2— As saidas sio providas de dispositivor que permitam a cir culagio dos trabalhadores e devem estar protegidas contra qualquer causa de destruido. 3 — As saldas no podem desembocar, & superficie, num mesmo cditici, 4 — Em todas as instalagBes novas as duas saidas devem ser s¢- pparadas por um macigo de protecgdo de 25 m, no minimo, ‘5 — Salvo em casos excepcionais, os desmoates devem ter dois acessos, ligando-os a vias diferentes, {6 — Em todos os novos pogos, interiores ou nfo, utilizados na cireulagdo dos trabalhadores devem set montadas escadas, podendo 4 Direcrlo-Geral de Geologia e Minas autorizar a nko montegem ddas mesmas quando no resulte agravamento de risco para os tra- Dathadores. “7 — Nos pogos em que se verfique a circulagdo de trebalhadores 4 Direcelo-Geral de Geologia ¢ Minas pode impor a existtncia de ‘ou outra spareihagem, tendo em vista garanti a répida eva: ‘cuagio dos trabalhadores em caso de emergéncia 8 — As construcbes que cubram a boca dos pocos sho abrigato- riamente de material incombustvel, excepto durante o perlodo pre- paratério, 9 — As bocas dos poros ¢ os trabalhos com inclinaglo perigosa, A superficie ou no interior, devem ser provides de barreiras ou alga pes que imperam a queda de homens ou materaie, nfo podendo enconirar-se abertos, salvo por necessidade de exccusdo de servigos ‘specifics. 10 — Todos os trabalhadores que estejam a executar, entre ou- ‘as, quaisquer operapdes de reparagdo, manutensao e fiscalizacto ‘os ogos ou chaminés devem sar cintos de segurangs, convenien- ‘emente fixados, fornecidos pela entidade patronal. 11 = Os trabalhos referidos no nimero anterior no podem ser ‘executados por trabalhadoresisolados. 12 — A boca de acesso que deixe de estar em servigo por qual- ‘quer circunstancia tem de ser convenientemente tinalizada e vedada CAPITULO IV Transportes nas galerias e planos inclinados SECCAO I Disposigées gerais Artigo 8.° Slaalizagto ‘AS minas e demais exploragtes abrangidas pelo presente Regula- ‘mento devem adopter a snalzacto de seguranea previa na legs jo em vigor. Artigo 9.° Condigdes de circulagto 1 ~ Os topos de galerias que no principio ou no fim do turno sejam percorridos por grupos de 15 ou mais trabalhedores nao po: dem ter dimens6es inferiores a 2,20 m de largura e 2.m de altura 2 — Quando no principo ov no fim do turno se efectuarem si smultaneamente a rolagem € a circulacdo dos trabalhadores, exta deve poder realizar-se de modo féeil e seguro, abrindo-se, caso seja ne- essirio, refdgios, com a Area minima de 6 me espagamento md xime de 30m. — Entre 0 material crculante ¢ um dos hasteas das galerias deve ‘exist uma pastagem livre de largura nfo inferior a 60 em. ~ Todas as vias de circulapdo tem de se apresentar livres de ‘quaisquer materiais susceptiveis de provocarem descarrilamento Ov obstrugao, 5 — As vagonetas devem ser munidas de pdra-choques que ultra- passer, pelo' menos, em 10 cm as exttemidades ‘6 — Em casos especficos, tendo em atengdo todas as condicio- ‘nantes em presenga, nomeadamente a natureza da mina, material Circulante e dentidade de trdfego, a Direegdo-Geral de Geologia Minas pode deteminar, fundamentandoo, otras condies de ci culapto. Artigo 10.° Retoma do servigo apés paragem Sempre que ocorra uma paragem, a operaclo de transporte s6 pode prosseguir depois de 0 maquinista se assegurar da sua viabilidade © de que todos os trabalhadores esto em situnglo de sepuranca SECCAO IT Transporte manual Artigo 11.2 Conaigdes das galeries 'No transporte manual as galeria slo obrigatoriamente desenvol- vidas em perfis de igual resisténcia, salvo quando razbes especiais (0 desaconseiharem e a Direcoho-Geral de Grologia ¢ Minas 0 autoriz Artigo 12.° Condlgdes para os trabalhadores 1 — Os wabalhadores que empurrem as vagonetas devem manter centre si uma distincia de, pelo menos, 10 m nas galrias de igual resistncia ¢ de 25 m nas galerias inclinadas, salvo nas estagdes € pos- tos de carga, descarga e manobra. 2 — Os trabalhadores ocupados em empurrar as vagoneias nas ga- lerias baixas devem ter as mios protegidas com dispositivos apro- riados, 3 — Os trabathadores nfo devem por-se frente das vagonetas para smoderar a sun velociade nem abundonara¥ mesmas nas galerie inctinadas “4 — Quando as vias nfo forem permanentemente iluminadas, os ‘abalhadores devem transportar a respectiva lanterna, colocando-a de modo a assegurar a iluminag#o do espago que se encontra & sua frente Seogko Mil Transporte mecénico Artigo 13.° Conelgbes de crculasto 1 ~ Quando duas ou mais composighes no mesmo sentido, devem manter entre s! uma distin 4e"100 m. 2 — As locomotivas ¢ as restantes unidades que formam a com- pPosigdo no devem ser postas ou mantidas em servigo quando se Ve- rifiquem deficigncias graves, qualquer que seja a sua natureza 3) As medidas necessdrias para evitar uma eventual circulaglo A deriva das unidades das composigdes devem constar de um regi lamento interno, 4 — Para evitar a marcha descontrolada do material circulante que tenha descarrilado, este ndo pode ser carrilado sem que previament se tomem a8 necessérias precaugdes através de disposiivos de ra vagem, 5—A iltima unidade da composicdo deve estar assinalada com Juz vermelha bem visivel. ‘6 — Salvo em caso de manobra ou com autorizacdo expresia di Direcgdo-Geral de Geologia e Minas, 2 locomotiva € sempre colo: cada & frente da. composiclo. 7—O nimero de unidades de cada composicdo deve petmitit imobilizé-la no espago desejado. ‘8 — Nas galerias com via dupla e sem espago reservado para a citeulagho dos trabalhadores, sempre que a composiao se movimente pela via no convencional, deve ser Teduzida a velocidade e usada Sinalizapo adequada. lem na mesma vi alin Artigo 14.° Locomotives € outros velculos eldetrios ou a diesel 1 ~ Todos os veiculos usados no interior devem estar equipados ‘com um ou mais farbis elétricos, comandados pelo condutor e que Permitam uma visbilidade eficaz & distancia de. pelo menos, 60 m. 2294 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 — 2-5-1990 2— As locomotivas devem estar dotadas de travdes que possam set accionados por inervengdo mecdnica directa do maquinista, quer texista ou nfo outro dispostivo que os faca actuar 3.— As locomotivas a diesel devem circular a um velocidade de regime diferente da velocidade de circulagdo do ar quando se desio- ‘quem no mesmo sentido, devendo parar-se imediatamente 0 motor Se. por qualquer motivo, se interromper a ventlagdo, Artigo 15.° Absstecimento de veiculos 1 diese! 1—0 abastecimento de veiculos a diesel deve ser efectuado em. local préptio, bem venilado, desprovido de materaisinflamaveise, salvo’ manifesta impossbilidade, no exterior. 2 No caso de 0 abastecimento ocorrer no interior da mina, o combustivel deve ser transportado em tambores metiicos ou em ‘vagbes-cisternas, totalmente estanques, munidos de sistema proprio para abastecimento ou transbordo, sendo reirados logo ap6s a ope- fagdo de abastecimento. Fre “A instalagdo e uso no interior da mina de cisternas fixas € respectivos sistemas de abastecimento tém de ser autorizados pelas fntidades competentes, sendo 0 respectivo pedido entregue na Ditecedo-Geral de Geotogia ¢ Minas “4 Os locais de abastecimento de combustiveis devem reunir as seguintes.condigdes: 2) Ter, pelo menos, duas saidas 1) Ser ventlados por uma corrente de ar suficente para di fe tornar inofensivas as emanagdes de gases que ai se produ- tam, devendo o ar viciado ser encaminhado directamente para © exterior através dos poros ou chaminés de sada do ar 1) Ser equipadot com materiais incombustiveis; ) Ter um piso antiderrapante e estar rodeados por um murete para retencio do combustivel eventualmente derramado; 6 Ter um sistema de alarme e combate a incéndi J) Estar bem iluminados: 2) Ter afizados sinais de proibiglo de fuma Artigo 16.° Bateras [As baterias das locomotivas eléetricas s6 podem ser recarregadas cu substtuldas em postos de carga especialmente construidos © equl- pados para o feito, situados em local devidamente ventilado Artigo 17.° Engate ¢ desengate = 05 locais de engate e desengate das vagonetas devem situa -se em patamar. "2 Quando 0 engate e o desengate das vagonetas no de proces- sarem nas condigbes do nimero anterior, devem ser utzados cal- Gos ou outros dispostivos especiais de travagem. 3 O engate eo desengate de qualquer elemento de uma com- porigdo +6 devem efectuarse quando esta estiver imobilizada "4 — Os regulamentos internos das exploragbes dever conter dis- posigdes que garantam o engate e desengate das composicdes com ‘2 maxima seguranga. 'S— Antes do inieio da marcha deve verficarse se todas as uni ddades da composiclo se encontram devidamente engatadas, ‘6 — As vagonetas ndo podem ser engatadas ou desengatadas sem que previamente 0 motorista da locommoliva ou o guincheiro do cabo de tracgdo seja avisado das manobras que vlo ser executadas, Artigo 18.° ‘Transportadores mecincos fhxos 1 — Na instalaglo dos transportes mectnicos fixos deve deixar-se: 4) Espago livre suficiente em volta dos transportadores: 1) Passagem lire, de largura nfo inferior a 60 em, entre o trans- portador e um dos hasteais. 2 — Nos transportadores mecanicos fxos devem set montados ade~ ‘quados sistemas de sinalizaglo para emissdo de avisos a0 maquinista 3 Os transportadores mecdnicos fixos devem ter sempre, 40 Jongo do percurso, dispostives que facam parar o seu sistema motor. 4— 0s transportadores mectinicosfixos montados em plano inti nado devem estar munidos de um sistema que: @) Impega o retorno do tambor motor: ) Faga parar 0 motor quando a correla desizar. 5 — As telas dos transportadores mecnicos para materias devern, rormalmente, ser do tipo incombustvel, devendo ser montado um sistema automético de combate a inctndios, se nfo forem incom bustives. ‘6— A armaazenagem ov utilizagdo de materiais combustiveis nlo ¢ permitida a uma dstincia inferior a 41m dos locals onde se en- contrem instalados os motores dos transportadores mecinicos. Artigo 19.° Planos inclinados 1 — Nos planos inclinados com transporte mecfnico ou por gr vidade devern exstir ispositivos que permitam a troca de snais di tintos e regulamentares entre todas as receltas e 0 maquinista 2 Os elementos fixos de um plano avtomotor ou de um guin- cho devem ser montados com caricter permanente e apetrechados ‘com dispostiver de seguranga que garantam a sua permanente fi- agdo. ‘3 Os valores dos pesos méximos a observar no carregamento ‘de chariots e vagonctas ndo devem ultrapassar os limites estabeleci- ‘dos no regulamento interno de cada mina, sendo afixados nas recel- tas de forma bem visivel “4 — A cireulagdo de trabalhadores nos planos inclinados durante as operagdes de transporte nfo € permitida, salvo se forem tomadas ‘medidas eficazes de seguranca 'S— A ullzagko de chariots € vagonetas para o transporte det Dalhadores ndo'é permitida. ‘6 — 0 transporte de trabalhadores nos planos inclinados deve ser ‘objecto de autorizaglo da Direcrio-Geral de Geologia © Minas. Artigo 20.° Paragem ¢ arrangue 1 — No fim de cada turno de trabalho, ou quando haja no de- curso do mesmo qualquer paragem, o maguinista deve desligar a ali- esas da maui vei Se a ravages encontabe fe: 2 — 0 reinicio do movimento s6 pode ocorrer apés verifcapio de ‘que a maquina se encontra em boas condigdes de funcionamento € 9s trabalhadores, nas proximidades, se encontram em seguranca CAPITULO V Pogos de extracsio SeccAo I Disposigdes gerais Axtigo 21.° ‘campo de spicasto 1 — As dips dee capt alcame adoro pos ve seis, desde gor ulandos para © tansporte de tabahedores FA diposigdes deste capitulo apen-se anda aoe poe do venice com ay mcosiasnapugbe,etbendo 8 Die Geral {de Geologia ¢ Minas aprovar as alteragbes julgadas justficadas pe- las caracteristicas particulares dos mesmo. Artigo 22.° Condigées gerals 1 — As instalagbes de extracedo tém de ser de construsdo sélida « resstincia apropriads, devendo 0 respectivo funcionamento ser man- {ido em perfeitas condigoes de seguranga. 2 — Sempre que se Lorne necessrio 0 fevestimento dos poros, deve set aplicado 0 betdo, excepto nos casos em que tenha sido autor ‘ado pee Dred eral de Geologa Minas 0 emprego de outro 3A utilizagdo da madeira no revestimento dos pocos & permi- lida durante 0 periodo de abertura, N° 117 ~ 2-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE 2295 4 — 0s pocos devem ser mantidos limpos, removendo-se periodi- camente qualsquer detritos que neles se vio acumulando. 5 — Sempre que tecnicamente praticdvel, devem tomerse medi- das tendentes a evitar obstrugdes de qualquer natureza © acumula Bes de gelo. 6 — As aguas vindas da superficie ou infiltradas a0 longo das pa- ‘edes dever ser captadas de forma a evtar a sua queda live no pogo. Artigo 23.° Recelias ‘Todas as recetas devem estar: 4) Suficientemente iluminadas durante as horas de trabalho; ) Pintadas de cores claras ou caiadas; ©) Munidas de portas, por forma a impedir a queda no poro de pessoas, vagonetas ou outros materais, Artigo 24.° Viglltacia | = 0 director téenico nomeard a pessoa ou pessoas que devem: 42) Proceder, diariamente, ao exame do equipamento de extrac- so, nomeadamente das partes exteriores da maquina de ex {tacgdo, cabos, dispositivos de seguranca e sinalizagdo, iste mas de amarragdo, jaulas e andorinha uum exame cuidadoso do pogo, incluindo as receitas, guiadeiras, estado do revesti- mento’ limpeza ©) Proceder aos regstos a incluir no livro de rexisto. 2— A deteceio de qualquer anomalia deve ser imediatamente co- rmunicada ao respectivo encarregado, Artigo 25.° Livro de registo 1 — Cada pogo de extracgdo deve ter um livro de registo préprio, ‘onde sio anotados os resultados dos exames a que se refere 0 artigo anterior, bem como quaisquer anomalias verificadas, tendo visado pelo director téenico. 2 — 0 livto de regsto permanecerd em local idemtificado, de f4- cil acesso € consulta, a fixar pelo director téenico, SECCAO II Guiadeiras, caldeiras, cavaletes ¢ andorinhas Artigo 26. Guladeinas Os poros onde forem utilizados jaules, skips ou cubas deve ex tar munidos de guiadeiras de solide suficiente para cada caso © apro- vadas pela Direcedo-Geral de Geologia e Minas, Artigo 27.° Caldeleas — 0s pogos devem ter uma caldera, cuja profundidade no pode ser inferior & distancia existente entre © tecto da jaula ou do skip ‘© a5 vigas de choque superiores. 2—A caldera deve estar dotada de escadas que a liguem & re- ccita mals préxima, 3.— As caldeiras dos pocos devem observar o seguinte: 4) Estar munidas de dispositvos de paragem da jaula, monta- dos em local adequado; 0) Manter o nivet de Agua suficentemente baixo, de forma a impedir a imersio de pessoas, Artigo 28.° Cavatetes 1 —0s cavaletes devem ser metilicos ou em betio armado, 2 — Nos pequenos trabalhos mineiros pode set autorizada pela Dieordo-Geral de Geologia e Minas a utilizao de cavaletes de ma- deira ‘3 — Os cavaletes devem ser limpos periodicamente e sempre que se verifique a acumulacdo de 6eos, massas lubrificantes ou quais- Quer outros materiais inflamdveis. ‘4 — Os cavaletes devem ter altura suficiente para permitir a mon- tangem de temas de egrana qe item que a jue ou kp aja Artigo 29.° Andoriahas 1 — As andorinhas devem ter um didmetro calculado em funsio das dimensdes ¢ caractersticas proprias do cabo 2 — Devem exist plataformas devidamente protegidas que per- ‘mitam o acesso féel as andorinhas com vista & sua manutensdo € viiltnci. SEc¢AO III Maquinas de extrac¢éo Artigo 30.° Condigdes gerals 1 — Todas as méquinas de extraccdo devem observar 0 seguinte: 4) Ser concebidas, construidas e mantidas por forma que a ex- tracedo, subida’e descida dos trabalhadores se processem com facilidade, reqularidade e seguranca; ») Ser solidamente fixadas a uma fundasso bem dimensionada, 2 — Toda a méquina de extracpio em que um dos tambores se ppossa desembraiar tem de possuir um dispositive de encravamento, de forma a impedir 4) © desembraiar do tambor sem que o seu freio seja apertado; +) O aliviar do freio sem que o dispositivo de embraiagem do tambor esteja engaiado e firmemente bloqueado. Artigo 31.° Tambores 1 — Os tambores de enrolamento devem ser dotados de rebordos laterais e, no caso de tambores cénicos, de dispostivos adequados que impesam © desizamento ou enrolamento incorrecto do cabo. 2— A extremidade do cabo deve encontrar-se devidamente ligada a0 tambor € este conter um minimo de trés voltas de cabo quando 4 jaula se encontrar no ponto mais baixo do percutso. 30s tambores de ftiegdo Koepe devern: 42) Ter um ditmetto calculado em fungdo das dimensdes ¢ com: posigdo do cabo; 'b) Ser revestidos de material que reduza o deslizamento do cabo ‘a0 minimo possivl Artigo 32.° Sistemas de travagem 1 — Sobre os tambores ou sobre os veios dos tambores devem ac- tuar, pelo menos, dois sistemas de travagem distintos, mantidos em boas condigBes de funcionamento, capazes de imobiizar a maquina nas condigbes de desequilorio mais desfavorives 2 — A existincia de freios que exergam a sus acelo por intermé io de engrenagens ndo dispensa o disposto no nimero anterior. 3 — Os fieios devers actuar automaticamente em caso de falha de forse mot 4 — As maquinas de extracclo utilizadas no transporte de traba: adores devem ser dotadas de um dispositivo automatico de segu: ranga que impeya a jaula ou skip de atingir as vigas de chogue 2296 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 117 ~ 22-5-1990 Artigo 33.° Indleadores 1 — As méquinas de extracpio devem ter um indicador de pos: eo que funcione conjunta e automaticamente com um sinal sonoro, 2 ~ Os indicadores de posiodo dever ser verificados em cada re- sgulagdo do pereurso da jaula 3 Nos pogos principals e em todos os que forem utilizados para co transporte de trabalhadores deve ser instalado, junto & méquina f de forma bem visivel para o maquinista, um indicador de veloc- dade, de preferéncia com registador de valores. Artigo 34.° Requlador de velocidade 1.— As méquinas de extracelo cuja velocidade para o transporte de trabalhadores seja superior a 6 m/s devem estar munidas de um regulador de velocidade automético, de forma a nfo permitir que 4 Velocidade prevista seja ultrapastada em 20%. 2—O tegulador de velocidade ¢ os dispositivos de seguranca ever! 4) Contar a forsa motriz da maquina de extracclo ¢ accionar 08 Freios, sempre que a jaula ou skip ultrapasse as recetas Supetior ou inferior: by Impedir que a jaula ou skip, na sua descida, ultrapasse a re- ceita de fundo a velocidade superior a4 m/s, quando 0 ca valete obedecer as normas regulamentares; (©) Impedir que uma jaula ou skip, na sua descida, chege & re- ‘cata de destino ou ao fundo a velocidade superior de 1,5 m/s, fos casos previstos no n.* 2 do artigo 28.” Artigo 35.° Condigées de circulasto wula nfo pode circular com trabalhadores sem que os in- dicadores auiomdticos mostrem que o regulador de velocidade © os dispositivos de seguranca se encontram operacionais 2 — Se o regulador automdtico de velocidade e os dspositivos de sequranga no estiverem ligados directa e permanentemente 8 mé- ‘Quina de extrac, devem poder ser ligados automaticamente ou pelo Tmaquinista sempre que se processe a subida ou descida de trabalha- dores. Artigo 36.° Tuminagto de socorro Na casa das méquinas de extracqlo deve ser instalado um sistema, de iluminagdo de emergencia que entre em funcionamento automé- tico em caso de interrupede do sistema de iluminaso normal. SeccAo IV Jaulas Artigo 37.° Constructo ¢ instalagto 1 — As jaulas ¢ skips utlizndos no transporte de trabalhadores devem ser de construgdo sélida e satisfazer as seguntes condigBes: 4) Ter altura suficente para os trabalhadores poderem manter- se de pei by Ter ecto sido ¢, tanto quanto possve, estanque, de forma 1 oferecer protecio adequada; © Ter em cada compartimento pegadeiras ou corrimfo para apoio dos trabelhadores; 4) Ter portas que nfo abram por efeito de balancos violentos ‘ou vibragdes anormais da jaula; @) Ter um fundo que possa resistr aos choques durante as pa- ragens, tanto aormais como imprevstas; ‘) Ser concebidos por forma a impedir qualquer contacto aci- dental dos trabalhadores com a estrutura do poco. 2— As jaulas devem estar preparadas para a r em caso de-emergéncia, "3 A distincia entre as jaulas ou skips ¢ entre eses © as paredes do pogo deve ser a suficiente para a passagem se processar Sem pe- tigo em qualquer citcunstdncla rada do pessoal Artigo 38.° Condlgdes de utlizacio 1 — A lotagio das jaulas deve encontrarse afixada em todas as "2 — Salvo em casos jusificados e mediante dispensa da Direcgdo- Geral de Geologia ¢ Minas, as jaulas ou skip ndo podem ser uli- 7ados no transporte de trabalhadores sem a prévia insialagdo de péra- “quedas ou, outro dispositive com idéntica finalidade. 3 — Os disposiivor de fixacdo das jaulas ou skips aos cabos de- vem ter um ebeficiente de seguranga de, pelo menos, 10 em relacio Wearga estética méxima. No caso de utlizagdo de correntes de recurso, o seu compri- mento deve set tal que, ocorrendo rotura do dispositivo central de fixaglo, 0 impacte se)a reduzido a0 minimo. 'S— As amarragoes dos cabos devem garantir, pelo menos, 80% da resisténcia nominal do cabo. ‘6 Deve exstr em armazém um dispostivo de amarragio com- pleta de cada um dos tipos instalados. Artigo 39.° ‘Veritcasbes 1 — Todos of dispositivos de flxacdo devem ser verficados, pelo ‘menos, uma ver por ano, cbservando-se 0 eguin 4) Todas as pecas do dispositivo de fixagdo das jaulas ou skips ‘408 cabos, incluindo as correntes de recurso ¢ as do disposi- tive de seguranga, devem ser completamente desmontadas © examinadas: 2 Qutserdesesies normal, surges ¢deormactes de vem merecer cvidadosa andlis; 9) Todos of elementos que no sejam considerados em perfei~ tas condigbes de uilizagdo devem ser substtuldos por outros ue deenkam ceifcad de garata ou hajam so subme- 2 — Os restantes elementos da jaula devem ser igualmente veri cados, pelo menos, uma vez em cada ano. 3 =” Os resultados das verificagBes previstas nos mimeros anterio- tes devem ser anotados ao livre de registo, Artigo 40.° Inspecsdes Em caso de rotura nos dispositivos de fixacdo, todas 2s pevas da~ nificadas devem ser inspeccionadas pela direcpio teniea dos traba- thos © quardadas para efetos de exame a realizar pela Direceo-Geral dde Geologia e Mints, sendo, num e noutre caso, elaborados 0s res: pectivos felatérios téenicos, SECgAO V Cabos Artigo 41.° Caractersteas 1 — As caractersticas dos cabos de extracsto ou de equilrio de vem ser determinadas pela direcrio téeica da mina e aprovadas pela Direcedo-Geral de Geologia e Minas "2 Nenhum cabo de extracyio ou de equilfbrio pode ser utl- zado sem que & empresa possua um certificado ou declaracio for- fecida pelo fabricante, mencionando os seguintes elementos 2) © nome e enderero do fabricante; ) A identificagto do cabo; ©) A data de fabrico; 0 didmetro; ) O peso por unidade de comprimento; J) 0 lipo de construgde do cabo: N° 17 = 22-5-1990 2) O mimero de betas; +h) O niimero de arames por beta 0 tipo da alm J) A marca comercial do lubrificante interior do cabo; 1 0 didmetro dos arames; ‘m) 0 resultado de um ensaio normalizado de torsfo dos arames; ’n) A carga de rotura do ago de que sfo feitos os arames;, (0) © comprimento do cabo: 'P) 0 valor limite da carga de rotura do cabo, determinada por ‘um ensaio de rotura sobre uma ponta de cabo com, pelo me- nos, 2,40 m. 3 — A declarapo do fabricante ou o certificado referido no ni: ‘mero anterior devem estar acompanhados do relatério de ensaio pre- visto na alinea p) e realizado por laboratdrio com idoneidade reco- thecida neste tipo de ensaios 4— A empresa deve enviar & Direcedo-Geral de Geologia ¢ Mi nas ebpia dos documentos referides no niimero anterior. Artigo 42.° Coeficiente de seguranca 1 — 0s cabos de extracgio devem ter um coeficiente de segurana de, pelo menos, 6 em relagdo A carga estitica maxima. "2 Se-os aparethos de enrolamento no permitirem cortes peri ‘dicos do cabo junto da fixagio, nomeadamente no caso do tambor Koepe, aplica-se 0 disposto no artigo 45.° '3— A ‘seguranga dos cabos ullizados no transporte de trabalha- dores ndo pode ser inferior ao coeficiente 8, devendo, em qualquer aso, ser submetido a aprovagdo da Direcrio-Geral de Geologia e Minas. Artigo 43.° Entrada em servigo 1 ~ 0s cabos, antes de serem postos em servigo para o transporte de trabalhadores, dever ter suportado, no minimo, 20 viagens com carga normal de extracrto, 20 procedimento referido no nimero anterior deve ser adop- tado sempre que se corte 0 cabo junto da fixagdo ou se desmonte (© respectivo dispositive. 3 Ap6s 0 cumprimento do disposto nos nimeros anteriores, os cabos devem ser objecto de Um exame rigoroso para se verficar se Se encontram em perfeitas condigdes de Tuncionamento, medindo-se também o didmetro do cabo em, pelo mens, trés pontos com equi- distancia maxima de 100 m. ‘4 — 0s cabos utlizados em cubas s80 obrigatoriamente antgira trios, quer tenham ou no guiamento. Artigo 44.° Condiées de utlizacio 1 ~ 0 periodo de utilizago dos cabos para circulacdo de traba- thadores € aprovado pela Direcedo-Geral de Geologia © Minas. 2 — No transporte de trabalhadores nfo podem ser uilizados ca- bos emendados. 3 —O transporte de pessoal s6 pode ser efectuado com a utiliea- ‘elo de cabos giratérios em situagdes excepcionais, mediante autori- Zaglo expressa da Direcgio-Geral de Geologia e' Minas Artigo 45.° Ensalos ¢ vida 6 41 — Quando 0 cabos forem utiizados em tambores de enrola- ‘mento, proceder-se-4, junto da fixagdo @ jaula ou skip, ao corte de 3,5 m de cabo de seis em seis meses. 2—0 trogo de cabo cortado, ou parte dele, deve ser desenro- lado © devidamente examinado por pessoa designada para o efeio pelo director técico, 3 — Com a frequéncia julgada necessiria, deve proceder-se em la boratério idéeno aos ensaios adequados dos trogos referidos no nil- ‘mero anterior, bem como dos arames que os compSem, ‘4 "Dos relatérios dos ensaios referidos no niimero la cépia & Direegdo-Geral de Geologia e Minas 5 — Todo o cabo ulilizado na extracgdo ou no transporte de tra balhadores deve ser retirado sempre que no possa ser cortada a zona DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2297 ‘em que se verifique a anomalia e concorram as seguintes cicuns- tnd a) © coeficiente de seguranca atinja o valor 5; +) O aiimero de arames partidos, num metro de cabo, stinia 12% do total dos arames do cabo; 0 diametso do cabo esteja reduzido em 69% do seu inicial; 4) Os arames exteriores tenham perdido, por desgaste, mals de tum tergo do seu didmetr © Corrosio pronunciad P) Distorgdo da extrutura do cabo. 6 — Todo 0 cabo utilizado com tambor Koepe deve ser rtirado quando atingir dois anos de servigo, salvo se a Ditecsdo-Geral de Geologia e Minas, baseada em relatSrios de ensaios nfo destrutivos cefectuados por entidades reconhecidas como idéneas para 0 efeito, Autorizar periodo de utilizacdo superior. "7— Dos relatéries referidos no niimero anterior deve constar 0 prazo aconselhivel para novo exame. Artigo 46.° Veriticagtes 1 — 0s eabos de exracpo dever ser submetidos 20s seguintes exe- mes obigatérios: 2) Inspecedo dir perlor al m/s; >) Inspecgdo mensal, deslocendo-se 0 cabo, previamente limpo,, 1 velocidade no Superior a 0.3 m/s, para verificagdo da exis: fencia de secpOes reduzidas ou distoreidas, de arames parti- dos e de desgastes anormais; ©) Inspeegdo de evoluctio do risco, sempre que se detecte evo- Iugdo acentuada de qualquer dos factores de isco indicados ta inupecto mens ¢ com fequtciaadequada d pravidade eslocando-se 0 cabo a velocidade nao su- 2— As amarragdes ¢ os dispositivos de fixago devem ser exami- rnados aquando das inspecedes dos cabos, sendo substituldos sempre due se suscitem dividas quanto as suas condigbes de seguranca 3. — Na inspecgio mensal os trogos que o exame e a experitncia indiquem como sendo de maior desgaste devem ser assinalados pars Posterior observacio rigorosa do cabo. “4 — Quando se verfiquem interrupeées prolongadas no funciona- mento dos eabos de extracedo, estes 56 devem entrar em servigo apds © cumprimento do disposto no artigo 43.° 5-VAs inspecgdes referidas nos almeros anteriores devem ser rea- leadas com 0 auxilio de uma boa iluminagdo, (6 — As inspecgdes devem ser realizadas or pessoa competente, esignada para o efeito pelo director téenigo, sendo os Tesultados ddos exames previstos neste artigo regstados no lio proprio, subs crito pelo téenico que 0s realizou e com anotasdo expressa do seu conhecimento por parte do director ténico, Artigo 47.° Cabos de equilorio | — 0 periodos de uilizagdo dos eabos de equilforio devem ser aprovados pela Direcpdo-Geral de Geologia ¢ Minas. 2. As caracteristicas dos eabos de equilibrio, bem como a sua resisténcia, ever ser determinadas de acordo com 0s pardmettos de funcionamento do sistema de extracplo. 3. — Os eabos postos fora de servigo ndo podem ser utlizados como cabos de equilibria, salvo se forem objecto de exame que confirme © seu dom estado. 4—0 cabo de equilforio deve ser dimensionado de modo a per- mir a subida da jaula ao seu ponto mais elevado. ‘5 — A Tormagto de lavadas nos cabos de equilforio deve ser evi tada, devendo ser adopadas, para o efeto, as providéncias necessé- Flas e fomadas as medidas que previnam os riscos consequentes. ‘6 — O disposto na alinea 6) do .° Le no a." 4 do artigo ante. rlor & aplicivel aos cabos de equilorio, "7 =O nivel da agua na caldcira deve ser mantido de modo que © cabo de equilfbrio no entre em contacto com & égua Artigo 48.° (Cabos de reserva Em cada instalaglo de extracedo onde se realize 0 transporte de trabalhadores deve dispor-se, em reserva, de um cabo de cada tipo, pelo menos, seis meses antes do fim da vida calculada para cada um eles 2298 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.° 117 — 22-5-1990 ‘SECCAO VI Sinais Artigo 49.° Conaigdes gerais 1 — Nas istalagies de exraco deve exstir um sistema de sina zag Optica acisica eficaz entre as tects do Interior €a sv- neg, bem como err asa cn dn asia de crak. "Sempre que se verifique © tranaporte de pestoal, @ obra vio fctdaaatat tandien bs seanbet fetes 09 tre sinais, sendo responséveis pela sua clareza e fidelidade. Alem do sistema de sinalizagto Optica e acistica referido no 1. | do presente artigo, todas as recetas do interior e da superficie ever estar ligadas por telefone entre sie A casa da méquina de extrac, ‘6 — Nos posos onde funcione mais de uma instalagfo de extrac. do ou uma instalapfo de extraceo e outra de transporte de trab Thadores os sinais devem ter caracersticas que permitam diferenciar nitidamente os que cortespondem a cada instalagdo. Artigo 50.° Condigdes obrigatérias 1 — As operagées de extracgo devem paralisar obrigatoriamente quando se verifcar qualquer defeito no sistema de sinalizacto '2-— A entrada numa jaula, para subir ou descer, s6 & permitida quando, transmitido a casa das méquinas o sinal correspondente & ireulagio de trabalhadores, aquela acuse a sua recepgdo e emita © respective sinal de autocizaedo. Artigo 51.° Verifteastes 1 — 0s dispositivos de sinalizacdo slo examinados, pelo menos, uma vez por ano, devendo os resultados ser anotados no livro de resto, 2 — Todos os dispostivos de sinalzago devem ser verificados apd qualquer interruprdo do funcionamento normal e antes de ser reini- Giada a marcha, Antigo 52.° Cato de snals 1 — 0 ebdigo de sinais ¢ aprovado pela Direccdo-Geral de Geo- logia e Minas 2 — A afixasdo do cédigo de sinais ¢ obrigatério em todos os lu ‘gares onde os mesmos devam ser recebidos ou emitides CAPITULO VI Circulagio e transporte de trabalhadores Artigo 53.° ‘Condigdes gerais 1 — Todas as vias, escadas, patamares, equipamentos ¢ instal 8s destinados a circulacto e transporte de trabalhadores tém de ‘Ser conservados ¢ limpos, com vista a oferecer condigdes de seau- ranea, devendo ser inspec de forma a garantir a conserv fo, limpeza © manutenedo do seu estado de seguranca, 2'—0 regulamento interno deve prever a periodicidade das in peegdes referidas no mimero anterior, sem que, em qualquer caso, Se exceda 0 perfodo de seis meses. ‘3—Do regulamento interno das minas devem constar também: 4) Os circuitos ¢ meios de transporte que podem ser utilizados pelos trabalhadores; ) 0 aumero maximo de trabalhadores a serem transportados © as condicdes em que o transporte pode ser realizado; 0A velocidade maxima permitida para'esses meios de trans- porte. 4 — As informagdes reativas as alineas b) ¢ ) do mimero ante rior devem ser afitadas nos locals de embarque. Artigo 54.° Creulacdo stmulténea 1 — A citculagso de trabalhadores, designadamente na entrada e saida de turnos, e 0 transporte de mateiais nio podem ser simult@- 2 — Em casos especiais, ¢ se as condigdes das vias de circulacdo © permitirem, pode o director téenico autorizar a circulacdo simul- tinea de pesioal e materiais. Artigo 55.° (Cleealagto interdiea 0s tabalhos subterrineos que jusitiquem a interdicdo da circulasdo devem ser devidamente assinslados e vedados Artigo 56.° Cireuagto « pe 1 — Nas galerias com via dupla a circulacdo a pé deve fazer-se, s nllo houver espago reservado para os trabalhadores, pelo lado da via em que @ composigdo se apresente pela frente. 'Nas vias de declive superior 2 20° devem ser adoptadas medidas ‘specinis de seguranga, designadamente através da instalagto de ca- bos ou corrimtos. 3.— Nos inclinados com declive superior a 20° apenas pode sfectuar-se simultaneamente o transporte mecanico e a circulaclo DE dos trabalhadores se a drea reservada A circulaclo destesestiver Gevidemente vedada. ‘4-— Sempre que se utlizem eseadas, estas dever obedecer 20s se- guintes requisits: 4) Serem de construct s6lida; ) Terem largura minima de 40 em; ©) O afasiamento dos degraus nfo ser superior a 30 cm; 4) Permitirem um apoio firme do pe, garantindo-s, pelo me- ros, 1S em de distAncia de afastamento do terrend, no caso de os degraus serem construldos por travessas. 5 — Sempre que 0 declive exceda 45°, as escadas sto obrigator ment eprans por paar estos ene oA dina me ‘6 — Nas vis com inclinacdo superior a 45° ndo pode efectuar -se, simultaneamente, o transporte de materials ¢ a circulagdo de tra bathadores, excepto nos casos autorizados pela Direcpio-Geral de Geologia e Minas, mediante a verificagdo de condigées de proteccdo specifica dos trabalhadores. Artigo $7.° Escadas em popos 1 — 0s pogos com inclinago superior a 70° devem ser dotados ‘de um compartimento com escadas ¢ patamares para efeitos de tra- balhos de reparacdo e circulagdo de trabalhadores '2— O compartimento das escadas ¢ 0 da extracgo devem estar Isolados por uma divséria, por forma a impedir a queda do pessoal dos materais, 3 — Sempre que os patamares nfo ocupem toda a sec¢do do com- ppartimento das escadas, deve existir proteccdes para evitar qual ‘quer acidente. ‘4A instalacdo das escadas deve ser feta em sobreposiclo e, sempre que tecnicamente praticlvel, do mesmo lado do compart: 6 — As escadas devem ultrapassar em, pelo menos, 80 em o nivel 40 patams "7 Na impossibilidede de se veifiar a situagdo prevista no ni- ‘mero anterior, devem ser insialadas pegadeiras até aquela atu 855 AS ead ndo podem ter ume incnapo maine superior 9 — Em cada lango de escadas nio ¢ permitida a cireulacio, em simutttneo, de mais de uma pessoa, N. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2299 10 — As escadas devem obedecer ao preceitusde no n.° 4 do ar- tigo anterior II — As escadas € os patamares devem ser mantidos em bom es- tado de conservagdo, limpos € desobstruides. Artigo 58.° Transporte 90s posos 1 — 0 transporte de trabalhadores nos pogos deve realzar-se com Jaulas ou skips, aprovados para o transporte de pessoal pela Direoydo- ‘Geral de Geologia © Minas. 2— Em casos devidamente justficados, mediante autorizago da Direcro-Geral de Geologia e Minas, podem ser adopiados outros ‘meios de wansporte “3 — Nos casos de abertura de pogos, de trabalhos de reparagdo «de operagdes de salvamento podem ser adopiados outros meios de transporte, competindo ao director tenico determinar as medidas con sideradas necessévias para garantir a méxima seguranga dos traba Thadores, Artigo 59.° ‘Transporte em composigdes ¢ transportadores mecinicos 1 — Nio € permitido o transporte de trabalhadores em composi .8¢s ¢ transportadores mecéinicos destinados a minério e materais. 2 — Quando for necessiro transportartrabalhadores em comboios no se dispuser de vag6es préprios para esse fim, podem ser ui zadas vagonetas, desde que obedevam as seguintes condigdes 4) Estarem preparadas de modo a proporcionarem um transporte ‘comodo © seguro; ) Estarem equipadas com engate de seguran ©) Terem protecgéo a cabeca montada em armagdo sélida 3 — 0 maquinista encarregado do transporte € responsivel pela ‘observancia do disposto nos mimeros anteriores ‘4 — Nio € permitido o transporte de trabalhadores em vagonetas ilo preparadas para 0 efeito, excepto nas seguintes situagdes 4) Quando se tratar de doentes ¢ feridos; 5) Quando se tratar de trabalhadores ocupados na manvtenglo, ‘em exames, ensaios ou medidas que, pela natureza do traba- Tho, tornem esse transporte necessério e desde que sejam pre- viamente autorizados. Artigo 60.° Transportes por teas 1 —0 transporte de trabathadores por meio de teas s6 € permi- tido desde que o respectivo projecto tenha sido aprovade pela Direcedo-Geral de Geologia e Minas. 2 O projecto deve observar as seguintes condigdes @) As telas devem ser Incombustiveis; ») A targura minima da tela transportadora deve ser de 90 cm; €) A velocidade da tela transporiadora ndo pode exceder 2 m/s} 4) Dever existir dispositivos de fim de curso, designadamente jectores e interruptores de corrente, automiticos, bem como ‘ispositivos antidesizantes; ©) Deve enistir um dispositivo que permita 0 corte de corrente ‘A cabega motora, acclonavel em qualquer porto do percuts0 pelos trabalhadores transportados; J Deve exstir um sistema de intercomunicaglo cujos postos no distem entre si mais de 100m, — 0 embarque e desembarque de trabalhadores deve processar~ -se individualmente com a maior seguranga, competindo 0 seu con- (Wolo a pessoa especialmente designada para 0 efeito. CAPITULO VIT Abertura ou aprofundamento de pocos Artigo 61.° Condigées gerats 1 — Nos trabalhos de abertura de posos ou seu aprofundamento, deve ser nomeada pelo director téenico uma pessoa ternicamente Com petente que, pelo menos uma vez em cada 24 horas, procederd. a0 ‘exame do poco, da entivaglo, dos dipositivos de suspensio das cubas « plataformas de trabalho, das bombas ¢ dos ventladores auxiliares. 2 — As maquinas utlizadas na abertura ou aprofundamento dos povos, bem como outro equipamento, designadamente engates de ‘ubas’¢ contrapetos, devem encontrar-se munidos dot dispositivos de seguranga prevstos neste Regulamento para equipamento anslogo. Artigo 62.° Plataformas de trabalho 1 — Todas as plataformas de trabalho devem ser revestidas pre ferentemente com rede metélica ou metal distendido para permit 1 perfeita ventilacdo do fundo do poco. 2— Nas platsformas de trabalho so obrigatoriamenteinstalados ‘esguardos metalicos para evitar a queda de pessoas ou de materials 3 — A suspenslo e ancoragem das plataformas de trabalho devem set dimensionadas pelo director téenico da mina Artigo 63.° Condigdes de trabalho 1 — Tanto na boca do poso como nos nives intermédios onde se pproceda a carga e descarga de materais ou se verifique a entrada ‘ou saida de trabalhadores, 0 poro deve estar fechado por porta, sendo aberias apenas para permitir a livre passagem das ‘cubas. 2 — Quando a abertura dos pocos se fizer através de zonas aqui- {eras perigosas, além das técnicas especificas a espeitar, devem ser instalados entre as plataformas de trabalho e o fundo do poso dis positives que permitam a evacuagdo répida dos trabalhadores. 3—A boca, o fundo do poro e as plataformas de trabalho de- vem estar eficientemente iluminados. “4 — Ap6s 0 disparo de uma pega de fogo ov outra causa que de- termine a retirada dos trabalhadores no € permitida nova descida sem que tenha havido uma inspees40 prévia ao fundo do poyo pelo esponsivel do turno. Artigo 64.° Sinalteagdo 1 — 0 fundo do poso, as plataformas de trabalho ¢ os pisos in- termédios devem estar ligados por sinalizagdo eficiente & receita de superficie © & casa da mquina de extracsio. 2 — A emissio dos sinais s6 pode ser executada pelo responsével do turno ou por pessoa por ele designada, 3 — Os sistemas de sinalizacio devem ser inspeccionados, dia mente, por pessoa a designar pelo director técnica, Artigo 65.° Responstvel pela con pio dos trabalhos 1 — Em eada turno deve haver um responsivel pela condugio dos trabalhos no fundo do pogo ¢ pelo estrito cumprimento das normas retais de seguranga © especificas do proprio trabalho. 2 — O responsivel pela condusdo dos trabalhos deve proceder a uma inspecso geral do pogo antes da descida da sua equipa, 3. —O responsivel pela condus4o dos trabalhos deve ser a ultima pessoa a subir e, no caso de turnos consecutivos, deve comunicar 40 seu substituto as condigBes em que se encontram os trabalhos. Artigo 66.° Cubas 1 — As cubas dever estar munidas de chapéu de proteeedo quando utizadas no transporte de trabalhadores 2 A velocidade maxima das cubas nfo pode ultrapassar 2 m/s sempre que transportem pessoal 3 No inicio da subida as cubas devem ser imobilizadas a altura que permita a limpeza do fundo e a sua centragem. “4 "A entrada ou saida de trabalhadores de uma cuba nfo é per mitida sem que as portas do poro ou das plataformas de trabalho estejam fechadas. '3— O transporte em pé nas bordas das cubas no ¢ permitido, com excepeio para o técnico referido no n.* 1 do artigo 61.", que, na eireunstincia, deve utilizar cinto de seguranga, 2300 6 — 0 transporte de trabalhadores nfo ¢ permitido em cuba que transporte materiais 7 = No caso de uilizagdo de dues cubas, ndo € permitido 0 trans- porte de trabalhadores quando numa delas se proceda 20 transporte de materiis. SA carga das cubas no deve atingir o¢ seus bordos. CAPITULO VIII Enchimento Artigo 67.° Caraceriticas do material 1—0 material de enchimento deve ser escolhido em fungdo das zonas a encher e tendo em conta a sua granulometria, porosidade © constituigdo mineraldpica, 2— No enchimento, em especial quando efectuado com material seco, exte deve ser td0 isento de slic livre quanto possivel, pro- ‘curando-se reduzir ao minimo a produsdo ¢ dispersdo de pociras © canalizé-las para a corrente de saida da ventilacdo. 3 — Sempre que tenicamente praticdvel, 0 material de enchimento deve ser humedecido para evitar o levantamento de pociras. Artigo 68.° Condigdes de aplicagio 10 material de enchimento deve ficar bem compacto € ape tado. 2— Quando 0 enchimento se processar mecanicamente, deve lobservar-se 0 seguinte: 2) A escolha da miquina de enchimento € 0 método de traba- Iho devem ter em atencio a reducdo dos empoeiramentos: +) Os trabalhadores devem utilizar o equipamento individual de protecgio adequado, 3 — No caso de decorterem, simultaneamente, nas proximidades ‘outros trabalhos, deve procederse, quando se justifique, ao isola ‘mento da zona d encher através da utlizapdo de telas ou cortinas de dgua. CAPITULO 1X Entivagio Artigo 69.° Condigées gerais 1 — Os trabalhos mineiros devem, desde a sua abertura, estar pro- tegidos por entivasto adequada, de modo a poderem ser mantidos em condigGes de seguranga durante o periodo da sua utilizacto. 2 — Nos terrenos em que a experitncia local confirme serem de vaso pode ser dispensada, devendo, con- ‘Nas zonas de falha, de enchimento, de trabalhos amtigos e, de uma manera geral, nos trogos que ofereeam menor segurana deve ser estabelecida a entivacio que for considerada apropriada imedi lamente apés a execugdo do avanco. 4— 0s blocos que ameacem cair devem ser convenientemente s2- neadot ou fixados solidamente Axtigo 70.° Materia de entivagio 1 — Os materias destinados & entivasao ttm de ser de qualidade apropriada © as ligapdes das pegas, quando necessrias, devem ser ‘executadas tendo em conta or esforgos a suportar "2 — Cada mina deve ter um depésito de madeira e de outros ma- teriais destinados & entivacdo, de acordo com as necessidades previ- siveis de consumo. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.° 117 — 22-5-1990 Artigo 71.° Condigées de aplicacio 1 —A entivapdo deve ser apertada contra o terreno, por forma 4 obter uma conveniente disiibuigdo de cargas. 2— Qualquer dispositive utlizado para sustimento, nomeadamente uadeo, pontaete ou cruzi, deve ear assente dé modo a evar © seu afundamento. 3.— Podem ser utlizados parafusos de ancoragen, desde que te- mnham caracteristicas que se adaptem aos terrenos em que s£0 api ados. ‘4— A tiizagdo de entivagio mecinica amovivel obedece a pro- jecto proprio, elaborado pela direcelo técnica da mina, a aprovar pela Direcele-Geral de Geologia e Mis 'S — A Direcedo-Geral de Geologh nétodor de entivagdo. ‘© Minas pode autorizar outros Artigo 72.° Condigées especais 1 — Os trabathos de substituiglo e remosdo da entivacdo, de de- sobstrugdo ou restauro de zonas arruinadas © 0s relativos 20 des- monte por abatimento s8 podem ser execulados com medidas espe- ais de seguranga e sob fiscalizagdo de pessoa competente, 2— As condigdes de seguranga dos trabalhos a que se refere 0 nidmero anterior estdo sujetas a'um exame cuidadoso antes do ini- cio da laborapdo © apés qualquer rebentamento verficado nas pro- simidade, 3 — Qualquer movimento do terreno, geral ou localizado, em zona. J entivada ou ndo, deve ser imediatamente comunicado ao encarre {ado dos trabalhos e dado a conhecer ao director técnico e & coms: So de higiene e segurance Axtigo 73.° ‘Trabalhos em Inctinasto | — Quando os trabathos se desenvolverem em inclinagdo, os ele- ‘menios de entivagdo, nomeadamente escoras, pontalets, quadros € pilhas, devem ser dispostos de modo a gerantir o maximo apoio, tendo'em conta a inclinapdo e © movimento provével dos tectos. 2 — Quando forem utllzados quadros, deve ser estabelecida una rigida ligagdo entre os mesmos. CAPITULO X Ventilagao Artigo 74.° Condisbes gerais 1 — Todos os trabalhos subterrineos a que of trabalhadores te inham acesso devem ser percorridos por uma corrente de ar regular, por forma a manter as condigdes de trabalho convenientes, 4 elevarto exagerada da temperatura ¢ diluir eficazmente pociras, fumos ¢ gases nocivas. 2— O far introduzido na mina deve ser isento de gases, vapores € posiras nocivas ou inflamdveis. 5 — As vias e crabalhos insufciemtemente venilados devem ser ve- dados aos trabathadores ‘4 — Os pogos, as galerias e outras vias por onde citcule a cor- rente de ar devem manter-se em bom estado de conservagdo e com fell acesso em toda a sua extenslo 5.— A instalagdo de divsérias em pogos, galerias ou chaminés para circulagdo simuliinea das correntes de entrada ¢ salda de ar no € permitida, salvo com cardcter provisorio. ‘6 — Todas as zonas de enchimento a0 longo do circuito de venti- lagdo devem ser Udo estanques quanto possivel & passagem de ar. Artigo 75.° iano geral de ventilacio 1 — Todas as minas com lavra subterrinea devem ter um plano eral de ventilagdo actualizado, dele constando, pelo menos, 0 sis- {ema de ventilagio adoptado, 6 sentido e 0 caudal de cada citeuito de ar, a situacto de todas as portas de ventlaglo ¢ of locals © pe odes das medigaes. N° 117 — 22- 1990 = Todas as alteragdes que modifiquem substancialmente 0 plano de ventilacdo referido’ no nimero anterior devem ser devidamente ‘autorizadas pela Direcedo-Geral de Geologia e Minas. ‘A introdusdo de quaisquer modificagdes no sistema geral de ventilagdo ndo é permitida sem a autorizagdo do director tecnico. 4 — "Em caso de urgéncia, os capatazes ov encarregados podem tomar de imediato a medidas consideradas necessérias, devendo participétas, de seguida, ao director thnico, Artigo 76.° Caudal de ar — 0 caudal de corrente de ar introduzido na mina deve ter su- ficiente para que se possa dispor, pelo menos, de 50 1/s de ar fresco or cada homem presente no turno mals numeroso. 2— Nas minas ou sectores de minas e pedreiras com lavra sub- terranea em que se utilize equipamento diesel o caudal de entrada de ar deve ser, pelo menos, © indicado no numero anterior, acres- ido de 35 1/s/ev instalado, Artigo 77.° Velocidade do ar | — A velocidade do ar nos trabalhos subterrAneos onde circulem trabalhadores nfo deve ultapassar & m/s nem ser inferior @ 0 m/s, 2 — Salvo casos especials, a velocidade da corrente de ar no local de trabalho deve ser Suficiente para que as temperaturas nos term6= ‘metr0s seco € himido obedegam As condigbes referidas no artigo 148," Artigo 78.° Caructeristiens do ar 1 — A renovagdo de ar nos trabathos deve fazer-se de modo que © oxigénio no seja inferior a 19% e nto se verifique a presenga de gases nocivos em quantidades que excedam as previstas 0 af- tigo 146." 2. — Toda a corrente de ar excessivamente viciada por contami- nado de gases nocivos deve, sempre que tecnicamente praticdvel, er conduzida & superficie pelo eaminho mais curto, afestando-a culda- osamence das vias frequentadas Artigo 79.° Condigées especials 1 — A renovaglo do ar por simples difusdo deve ser evitada, sendo apenas tolerada, se no for possvel outra solugdo, em fundos de saco, até a0 méximo de 6 m, desde que ndo haja perigo de emana- 4, acumulardo de gases nocivos ou forte concentraglo de pocitas, 2'— Nos desmontes a ventlagdo deve percorrer todos os locals de trabalho. 3 — Numa frente em fundo de saco o rebentamento de fogo s6 € permitido quando for possivel restabelecer, acto continuo, & sua ventilagdo, ‘4 — Quando & ventilacdo principal nfo atingir de maneira eficaz uma frente, deve utilizar-se uma ventilaglo secundaria, Artigo 80.° Ventiladores principals 1 — Quando a ventilagdo natural nfo for suficiente para assegu- rar o caudal de ar fresco necessrio, deve ser reforgada por ventla dores principals 2 —A Dizecpio-Geral de Geologia e Minas pode exigir a instala- fo de ventladores principais, com possbilidade de inverter o sen- tido da corrente de at, em caso de necessidade 3 — Os ventiladores principais devem também estar ligados a uma fonte de energia de recurso e munides de um mandmetro, por forma 4 indicar as condigdes normais em que a ventilagdo se process, 44 — Quando os ventiladores principals nfo forem objecto de uma vigilancia permanente, devem estar munidos de dispositivo avisador de avatias,instalado em local permanentemente ocupado por trabs Thadores '5 — Os ventiladores prineipais devem ser inspeccionados periodi- camente, por forma a garantir 0 seu perfeito funcionamento DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2301 Artigo 81.° Portas de ventilagio ou de emergtncia 1 — Os trabathos devem ser planeados de manera a reduzir 20 ‘minimo o nimero de portas de ventilagdo utilizadas para diigit 08 dividir as correntes de ar. 2— Nas galerias muito frequentadas, naquelas que estabelevam comunicacio entre as vias principals de entrada e salda de ar e em 1odos 05 locals onde a abertura de uma porta possa provocar per turbagdes notérias na ventilagdo devem utilizar se portas de ventia 40 multiplas, convenientemente espacadas.. 3.~ Quando se utilizarem portas de ventilagdo miltiplas, devem ser tomadas providencias para que, pelo menos, uma das portas fi due sempre fechada, ‘4 — As portas de ventilagdo devem fechar-se por si mesma, 5 — As portas destinadas a fazer face a determinadas eventual: ddades, nomeadamente fogos e explosdes, dever ser equipadas com lum sistema de seguranca contra o seu Techo Intempestivo, por forma 4 garantir-se-pastagem permanente. 6 — As portas que nao estejam a ser utilizadas e onde ndo forem ‘montados os sistemas de seguranca referidos no numero anterior de vem ser retradas, TAs portas podem ser substtuldas por cortinas de ventilaglo ros Jocais onde, por razdes de servigo, no devam ser instaladas 8 — Nas situaydes previstas no mimero anterior, as cortinas de ven tilagdo devem ser instaladas em mimero suficente, de modo que, mesmo durante as operagdes de transporte, pelo menos uma fique fechada ‘9 — As cortinas de ventilaio devem ser suficientemente ressten: tes para as condigdes de trabalho exigidas e ser construldas de ma terial incombustiv 10 — As portas que isolam as galeris principais de entrada e saida de ar em relagdo a outros trabalhos devem ser construldas de forma ando serem destruidas por incéndios ou pegas de fog0. Artigo 82.° Paragem do sistema de venilacio 1 Qualquer paragem imprevista do sistema de vemtilagio deve ser imediatamente comunicada a0 tenico por ela. responsive), competindosthe tomar as medidas necessérias para garantir @ segu ranga dos trabalhadores. 2 Ocortendo a possiblidade de o ambiente se deteriorar para lém dos valores admissveis previstos nos artigos 78.° ¢ 146.", 08 rabalhadores no fundo devem ser retirados, 36 sendo permitida a sua reentrada depois de se verificar que a renovagio do ar fo resta belecida ea atmosfera no local de trabalho se encontra em boas con dligbes. CAPITULO XI Tluminagio Artigo 83.° Locais tluminados 1 — Para além de outras situagdes previstas neste Regulamento, ddever estar adequadamente iluminados, de preferéncia com energla eléctrica, os seguintes locals 4) As vias de grande movimento; ) AS garagens ¢ estacdes de carga de baterias ou de abastesi- ‘mento de combustivel ©) As receitas de posos; ) Os locais de formasto de composigées; () Os entroncamentos principas DOs refeitérios e instalapses.sanitérias; 18) Os locas onde tenham sido insalados equipamentos fixos que ossem constituir perigo para os trabalhadores 2 — Nos postos de carga de bateriais ¢ de abastecimento de com bustvel sed obrigatoriamente instalada sluminagdo eléctrica, Artigo 84.° Ruminagio Individual — 0 uso de lAmpadas de chama nua no ¢ permitido nas minas de carvio, nas proximidades de substincias facilmente inflamavels e-nos locais onde haja risco de incéndio, 2302 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 17 — 22-5-1990 2— Nas minas os trabalhadores devem utilizar, de preferénc Mimpadas elétricas de capacete ‘3 Nas minas onde ainda se utilize Impadas de chama nua deve ser, fundamentadamente, fiaado um prazo pela Direcgl0-Geral de Geologia ¢ Minas para a sua substitulgio. ‘4 — Os meios de iluminagdo individual devem ser fornecidos aos trabalhadores pela entidade patronal em perfeto estado de funcio- ‘namento € com carga suficiente para o perfodo normal de trabalho. 5 — Os trabalhadores devem astegurar-se no acto da entrega de ue os instrumentos de iluminasdo individual se encontram em per- feitas condigses de funcionamento. ‘6 — Os trabalhadores devem andar permanentemente munidos de ‘Juminagdo individual, a menos que os locais de permantacia sejam suficientemente iluminados. 7/— Aos trabalhadores incumbe zelar pela boa conservacio das, ‘impadas individusis, devendo comunicarimediatamente aos seus su- periores qualquer defictneia de funcionamento ou de fabrico que ‘etecter, CAPITULO XIL Explosivos Artigo 85.° Condigées geras 1 —Nas minas, pedreiras ¢ demais actividades abrangidas pelo pre- sente Regulamento apenas devem ser utilizados os produtos explosi- ‘vos aprovados pelas entidades competentes, devendo o respectivo ar- ‘azenamento observar 0 disposto no Decreto-Lei n.° 376/84, de 30 ‘de Novembro. '2— A salda dos produtos explosives do paiol e, bem assim, 0 transporte, armazenagem, distibuigdo e devolucio dos produtos ¢x- plosivos no utilizados devem ser efectuados por pessoas especal- mente instruidas para o efeito ¢ devidamente autorizadss pelo dire tor téenico ou encarregado dos trabalhos. 3—A manipulagdo ¢ emprego de produtos explosives s6 pode fazer-se por pessoal habilitado com cédula de operador. “4 — Os cartuchos de explosivos no podem ser cortads ou parti- os, salvo para usos limitados e concretamente definidos, devidamente autorizados, caso a caso, pela pessoa que diijatecnicamente os tra- balhos. 50 uso de explosives a granel pode ser autorizado pela Direcgdo-Geral de Geologia e Minas. Artigo 86.° Ualizagto de pélvora 1 —A polvora $6 pode ser utlizada sob a forma de cartuchos. 2— Sempre que os cartuchos sejam confeccionados pelo utiliza dor, devem tomar-se todas as precaugdes necessérias para evitar 0 derrame de pélvora no solo ou no vestudrio e a sua inflamasto, '3— Os cartuchos a que se refere o nimero anterior devem ser confeccionados & luz do dia em zona afastada dos paitis © dos lo- ais de trabalho. Axtigo 87.° ‘Abertura de embalagens 1 — Na abertura dos caixotes com explosivos s6 podem ser usa- das cunhas e macos de madeira ou de outro material aprovado pela Ditecedo-Geral de Geologia e Minas. 2 — As embalagens de cartdo que transportem explosivos podem ser abertas com instrumentos metilicos, devendo, neste caso, proceder-se de forma que no entrem em contacto com agrafos me: tdlicos. Artigo 88.° Explosivos gelados ou deteriorndos 1 — A dlinamite¢ outros explosives que esejam gelados, exsude- dos ou que no se encontrem em prfeito estado de conservagdo no podem ser ulizadon nem seqerintodusides nos locis de trabalho. 2— A descongelagdo de explosives deve efectuar-se no exterior, em condigdes de seguranca, 3 — 05 produtos explosivos que nilo se encontrem em perfeito es tado de conservagdo devem ser imediatamente inutilizados no exte- rior, de acordo com a disposigdes legais em vigor. Artigo 89.° Transporte de produtos explosives 1 Os produtos explosivos devem ser transportados desde os paibis até ao local de aplicagdo ou de preparagdo das cargas em palo- lins de madeira ou em sacos de lona, de couro maledvel ou de qual- quer outro material resistente e impermedvel. 2— Na construgdo das caixase sacos € vedada a utilize de qual- ‘quer material susceptivel de produzir faisca 3— As cainas e sacos devem estar munidos de fechos seguros € correias de suspensio. '4— Sempre que te verifique o emprego de grandes quantidades ‘de produtos explosivos, estes podem ser transportados para o local de aplicagdo nas embelagens de origem, SO transporte de grandes quantidades de produtos explosivos por locomotivas trolley deve observar as presrigdes expecials de se franca para o feito vigentes © aprovadas pela Direcyao-Geral de Geologia e Minas ‘6 — As cdpsulas detonadoras devem ser transportadas em caixas 0 estojos proprios. 7— As polvoras, 0s explosivos, 0 cordo detonante ¢ as cépsulas detonadoras s6 podem ser transportados em paiolins separados. Artigo 90.° Paiolins | ~ 0s eartuchos de explosivos, 0 cordio detonante, as cépsulas detonadoras e © rastlho devem ser guardados, até a0 momento da ‘sua utilizagto, em pailine separados, reservados apenas para esse fim e fechados, com seguranca, & chave. 2.— Os produtos explosivos devem ser mantidos afastados de fonte de ignigto ou de chama, de substAncias faclmente inflamdveis ou corrosivas ¢ dos locals onde ocorra a explosto de tiros e, bem as- Sim, peserados da acgdo da humkade, do choque € da corrente Artigo 91.° Distribuigho © devolugto 1 — Os produtos explosives devem ser distribuidos apenas para (06 locais a que se destinam e da forma prescrita pelo responsével os trabalhos. 2 — Os produtos explosivos de cada categoria devem ser distri Duldos segundo a sua ordem de chegada ao paiol geal de armaze- amento. '3— Aos operadores devem ser entregues apenas as quantidades necessrias para 0 trabalho a executa. 'S— Os produtos explosivos nfo utlzados devem ser imediatamente evolvidos aos respectves pais. Artigo 92.° Proibigto de fumar [Nao ¢ permitido fumar durante qualquer fase de manipulacdo de produtos explosives. Artigo 93.° Preparagio de cargas Durante as operagdes de preparacdo de cargas, nomeadamente na colocacio do rastiho na cdpsula detonadora e desta no explosivo, ‘quando a luz natural for insuiciente, deve usarselluminagto ade- ‘quada. Artigo 94.° (Cipsutas detonadoras ¢ cordio detonate 1 — A cépsula detonadora deve ser suficientemente forte para as sequrar a detonaglo do cartucho excorvado, mesmo a0 a livre ‘2 — As cépsulas detonadoras ¢ 0 cordio detonante s6 devem ser aplicados no explosivo imediatamente antes da sua uilizaglo. N° 117 — 22. 3 ~ A cdipsula detonadora deve ser inoduzida através de um furo {eito no explosivo com um furador de material apropriado, rio po- ddendo a sua entrada ser forvada, 44-— Nio € permitido tentar remover ou investigar 0 conteiido de uma cépsula detonadora, seja simples ou eléctrica, 5 — Nao ¢ petmitida a utlizacdo de cépsulas detonadoras de tipo diferente na mesma pega. Artigo 95.° Rasthos 1 — Nido & permitida a utilizagdo de rastilhos em que a velocidade de combustio seja superior a I'm/s 2A velocidade de combustBo deve ser verificada sempre que for receblda nova remessa de rastiho, 30 rastho deve ser cortado em esquadria e fixado a cépsula detonadora com um alicate proprio, ‘4—0 comprimento minimo do rastilho para pélvoras e explosi- vos deve ser de 2m, devendo ser garantido que fiquem, no minimo, 20.em fora do furo- 5S — Nio & permitido fazer lagadas na parte do rasilho que fica fora do furo, Artigo 96.° Carregamento 1 — 0s furos devem ser cuidadosamente limpos antes de serem carregados, 2—0 didmetro do furo deve, em todo o seu comprimento, ser ligeiramente superior a0 dos cartuchos usados, verficando-se tal me- ddida com um atacador ealibrado. 3 — Os cartuchos devem ser introduaidos no furo ¢, se necessd- ro, empurrados com um atacador proprio, de modo a serem evita- {dos os choques os movimentos brusces. “4 — 0 atacador deve ser de madeira ou de outros materais que ‘io produzam faisca ou cargas elétricas quando em contacto com as paredes do furo. — 0 atacamento no pode ter um comprimento inferior a 20 cm deve ser efectuado com argila, matéria pulverulenta difielmente inflamavele isenta de sfca livre ou com outro material devidamente ‘utorizado pela Direepo-Geral de Geologia ¢ Minas. 16 — 0 cartucho escorvado deve ser sempre colocado numa das ex- ‘wemidades da carga, com 0 fundo do detonador voltado para ela Artigo 97.° Restrgdes — Nas operagies de carregamento ndo ¢ permitido: 2) Introduzir no mesmo furo mais de um cartucho escorvado, ‘excepto em condigdes especais fadas pelo director téenico; +) Intzoduzir no mesmo furo um explosivo e polvora; €) Durante 2 aproximagao ou decurso de uma trovoada, ma- as estagdes emissoras ou receptoras de ridio e televisho, li- nhas telefénicas de alta tensio. 2 — No caso de aproximasdo ou decurso de uma trovoada, deve cobservar-se 0 seguinte! (2) Proceder &ligagto dos dois fies das cfpeulas detonadoraseléc- tticas, quer no caso de os foros jf estarem carregados, quer ‘no caso de as cépsulas se enconirarem fora das embalagens; ») Os trabalhadores devem abandonar o local ¢ abrigarse, de ‘modo a evita serem colhidos por um possvel rebertamento. Artigo 98. ‘Trabathos 2 céu aberto 1 — Nios trabalhos a cfu aberto os tiros devem ser cobertas com ‘material apropriado para evitar qualquer projecel0 descontrolada. 2 No.caso de taqueio, além da precauedo referida no mimero anterior, deve escolherse, sempre que as condigdes 0 permitam, o local mais convenient, de modo a eiar proces qe pss cx sar prejutzos. DIARIO DA REPUBLICA —1 SERIE 2303 Artigo 99.° Condigées de disparo 1 —Nenhuma explosto pode ser provocada sem operador de explosivos verificar que todos os trabalhadores se encontram em si- tuaplo protegia, que os acessos 8 zona de disparo extdo devidamente Vigiados e, bem’ assim, nos trabaihos a cfu aberto, que ndo existe © isco de terczios serem atingidos. 2—0 operador de explosivos deve ser 0 dltimo a abandonar 0 local da pega, ‘3 — 0 caminho a percorrer pelos operadores de explosivos depois de acesos f rasilhos deve estar Livre de abstdculos que poseam Dro- ‘Yocar quedas ou dificultar a retirada, “4—O rimero de acendimentos nunca pode ser superior a cinco. 5 — Quando o nimero de tiros por pega for superior a cinco, deve utilizar-se 0 disparo eléctric, 0 cordao detonante ou rastino com dispositivo apropriado para inflamacko, Artigo 100.° Disparo eléctrico 1 — 0 disparo eléctico deve ser sempre utilizado na abertura de pporos ou chaminés e em todos af casor em que a seguranga dos tr balhadores 0 recomende, 2 — No disparo eléctico devem utilizar-se condutores isolados ¢ tas ligagBes das linha de tio e dos fios de cépsulas detonadoras ten de ser eficazmente isoladas. 3 As linhas de tiro devem ser colocadas de modo a nfo pode- rem entrar em contacto com as linhas de energit ou duminagto, com tubot metilicos ou outro material condutor da electricidade, '4-— Apenas 0 operador de explosives pode ligar as linhas de tiro 36 0 devendo, contudo, fazer quando tiver ‘de manobra do disparador 5 — As ligagies a0 disparador 36 devem ser feitas Ihadores jd abrigados e depois de veriicada a resisténc com um ohmimetro devidamente aprovado, 6 — Os disparadores eléctricos devem ser mantidos em perfitas condigées de funcionamento, para o que deverao ser efectuadas fe- Visbes ¢ verficagdes periddieas. 7 A resistencia individual de uma cdpsula ndo deve ser verifi- cada como ohmnimetro corrente ‘8 — Na mesma pega nfo devem ser ulizadas cApsulas detonado- ras eléctricas de diferentes fabricantes ou do mesmo fabricante com Caractersteas diferentes. '9-— No disparo eléctrico no so permitidas pegas com um ni- mero de detonadores superior & capacidade do disparador. 1m 8 trabs ido circuito Artigo 101.° Disparos a céu aberto | Na lavra a cfu aberto, antes do rebentamento de fogo e com a aniecedéncia suflciente, devem set Utlizados sinals acdsticos e vi- Suais, de forma a impedir o acesto as imediacbes do local dos ta- Dalhos ¢ avisar tereeiros da proximidade da operacto. "2'— Os sinals acisticos devem assinalar 0 inicio ¢ o fim da ope- ragdo, servindo de indicagdo aos sinaleiros para abrirem ou fecha- rem 6 trinsito, 3 — Sempre que seja necessério colocar sinaleiros nas vias pibli- cas para protecglo de terceros durante a operagdo de rebentamento de fogo, aqueles devem apresentar-se com Vestudrio apropriado. "4 Os sinaleiros devem utllzar banderas de tecido vermelno, com as dimensdes de 40 mx 30 em, e ocupar na via de comunicagdo uma osicdo visivel a distdncia de,’ pelo menos, 150 m da zona em que Se prevt no ser atingido por possveis projeccdes. 5 — Quando exisirem curvas que dificultem a visibilidade, 0 si- naleico deve desiocar-se de modo a ser perfeitamente visivel 8 dis- tdncia de 150_m. ‘6 — Sempre que haja pedreiras ou trabalhos contiguos, devem ser combinadas as horas de picar fogo e da colocardo dos sinaleiros € do restante pessoal encarregado da seguranca Artigo 102.° Retoma do trabalho apés disparo 1-0 trabalho 36 pode ser retomado apés verifcasto da exis- tncia de condigdes de seguranca: ‘Que um ou mais tos ado explodi- ‘no minimo, cinco minutos ou uma 2304 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 17 — 22-5-1990 Artigo 103.° Tiros falhadon 1 — 0s tiros falhados nilo podem ser abandonados sem o devido controle. '2-— No caso de tiros falhados, nto ¢ permitido acender de novo o rastiho para tentar a sua expioslo. 3° Quando um tiro falar, deve lavar-se 0 furo com um dispo- sitive apropriado para retiar 0 explosivo, carregando-o de novo. “4 — Na situaglo previta no mimero anterior, apbs 0 carrepamento « disparo do furo, deve tomar-se todo 0 cuidado na remocto do ma: terial abatido. 5. — Outros processos podem ser uilizados mediante autorizapio dda Direcgdo-Geral de Geologia © Minas Artigo 104. Sinalizagdo dos faros Depois do rebentamento os extremos de furos existentes numa frente devem ser devidamente asinalados, nfo sendo permitido, em ‘qualquer caso, 0 seu aprofundamento, Artigo 105.° (Cason expeciais Em casos especiais, a Direesto-Geral de Geologia e Minas pode autorizar 0 emprego de novos produtos explosvos, definindo as con- Aigbes de utlizagdo. CAPITULO XIII Grisu e poeiras explosivas Artigo 106.° ‘Condlgdes expectals 1 — As minas onde seja de recear a exsttacin de grisu ou pociras cexplosivas devem estar equipadas com limpadas apropriadas de se- ‘guranga para iluminaslo, ldmpadas apropriadas & medielo da con- CentragHo de grisu ow outros detectores, os quais devem ser manti- ‘dos em perfeto estado de funcionamento. 2 — Na situapdo prevista no mimero anterior, os trabalhadores das minas devem se insruldos sobre o manuseamento ¢ manutengao das limpadas de seguranca e detectores de grisu ‘J Nas minas em que possa haver perigo de existncia de grisu ‘ou poriras explosivas ndo ¢ permitida a entrada de fésforos ou quais- ‘quer objectos que possam fazer lume. Artigo 107.° ‘Actuagto 1 — Quando se verficar a existéncia de grisu ou de pociras ex: plosivas, o responsivel pelos trabalhos deve mandar retirar os t Bathadotes da secedo ou secydes da mina que estejam ou possam vir a estar afectadas. 2-0 director técnico apenas autorizard a reentrada dos traba- Thadores depois de tr confirmado a verfleagho das condigdes de se- suranga. Artigo 108.° Comunicagto & Direcpo-Geral de Geologie ¢ Minas A existtncia de grsu ou pocirasexplosivas deve ser imediatamente comunicada & Direoedo-Geral de Geologia ¢ Minas, com vista a se- rem estabelecidas at medidas expeciais a splice. CAPITULO XIV Precausées contra a invasio das dguas Artigo 109.' Mapas Todas as informagdes Utes relativas & posiglo, extensto e profun- didade dos antigos trabalhos e das acumulacdes de agua, nomeada- ‘mente camadas aquiferas reconhecidas ¢ fontes naturais & superficie ‘Que existam no perimetro ov nas vieinhangas da mina, devern ser ‘egistadas em mapas mantidos actualizados. Artigo 110.° Mieas com trabalhos submarinos ou subaqudticos 1 — Sempre que of trabalhos nas minas se desenvolvam na pro- ximidade ou sob o mar, lagos, cursos de Agua ou toalhas aquiferas de aprecidvel volume, deve proceder-e previamente a estudos geo: ‘denicos. que permitam prever 0 comportamento dos terreno. '2-— Nos catos previstos no numero anterior, 0 metodo de explo ragio a utilizar deve ter em conta as conclusdes dos estudos efec- tuades, procurando evitar a irrupgdo de agua, '3 —'Nos locais em que subsistariseo para a seguranga dos traba thadores devem ser instaladas portas estanqucs, barragens ou outros meios adequados. Axtigo 111.° Aproximacio de zonas possivelmente aquiferas Sempre que a exploracto se desenvolva para zonas de trabalhos ‘abandonados ou que se suspeiteserem aqulferas, os trabalhos de aber: tura de poses, chaminés e galeras, bem como os de desmonte, de vem ser acompanhados da execugdo de sondagens de reconhecimento. Artigo 112.° Macigos de protecgo [Nos trabalhos que se desenvolvam nas proximidades de grandes reservatérios de Agua devem ser deixados macigos de protecsio en tre aqueles e 08 referidos trabalhos. CAPITULO XV Prevensio e extingao de incéndios Artigo 113.° Organizasio 1 — As minas devem organizar manter um servigo de preven- so e extingdo de inctadios, consituldo por equipas devidamente tei- hadas ¢ dotadas de equipamento adequado. 2— A organizacdo e 2 estrutura do servico referido no nimero anterior devem ser adequadas & natureza da mina e ao seu niimero 4e trabalhadores. 3—0 plano de prevengdo e extingo de incéndios de cada mina ‘deve ser adaptado 20 método de exploragto e manter-se actualizado. “4 — Os chefes das equipas referidas no n.° I devem inspeccionar cuidadosamente, pelo menos uma vez por més, todos of disposi vos de combate a inctndios. 'S — Aos trabalhadores que fazem parte das equipas de preven- eo © combate a incéndios deve ser dada instrugdo sobre 0 us0 © onservagdo dos equipamentos e dsposiivos destinados a esse efeito Artigo 114.° Protbigdo de fazer fogueiras & expressamente proibido fazer fogueiras no interior das minas. Artigo 115.° Materfais inflaméves — As quantidades de materias inflamaveis e de combustiveis ar- smazenados no interior das minas devem ser as indispensavels para © uso normal corrente. 2'— Os armazins de madeiras de materials inflaméveis ov com- bbustiveis devem estar afastados dos poros de extracydo e neles de- vem estar jnstalados extintores de inctndios de substAncia nko 16- ‘ea em mimero suficiente para o volume de materials armazenados. 3 —Na escolha dos locais de armazenamento de materiais inf imdveis ov combustivels deve ter-se em alengdo a possbiidade de, fem caso de inctadio, se poderem evacuar os fumos ov gases direc: {amente para o exterior. =] N° 117 ~ 2-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE 2305 Artigo 116.° ‘Minas com elevado risco de factndio 1 — Em minas em que a autocombustto seja prevsivel & obriga- ‘ria a insalagto de portas estanques, para isolamento de incéndios, ‘ouvido o Servigo Nacional de Bombeiros 2— As minas com risco de incéndio devem ser dotadas de tuba- ‘gens wransportadoras de gua e de depésitos de material eséril em ‘Guantidades que permitam uma imediata e eficaz utilizagdo, 3 — A Direcedo-Geral de Geologia e Minas pode impor outras me- didas de seguranga, quando verificar a exsténcia de elevado tisco. Artigo 117.° Extintores em trabathos subterrineos — Nos trabalhos subterrineos x6 podem ser usados extintores ut nfo produram gases ics ¢ que Mo represent pergo para 2— Os extintores devem ser periodicamente examinados ¢ recal- regados, por forma a assegurar 0 seu perfeito funcionamento. 3 — Os trabalhadores devem ser instruidos no uso pric dos ex- tintores. Artigo 118.° Medias especiais [As medidas especiais de prevengio ¢ extineo de incéndios a adop- tar em cada mina devem ser detalhadamente definidas no respectivo regulamento interno CAPITULO XVI Méquinas ¢ material mecinico diverso Artigo 119.° Condigdes gerais ‘As miquinas e material mecnico utlizado aplicar-s-2o, nos ca- 508 omistos, as disposigdes em vigor para os estabelecimentos indus- (tins, salvaguardando as especifcidades do local de utilizagdo Artigo 120.° ‘Condigses de seguranga ¢ verificasio i —Na aquisigdo de méquinas e outros equipamentos de traba- lho devem ter-se em especial consideragdo os riscos que eles repre- Sentam para a seguranca e saide dos trabalhadores, atendendo, no~ meadamente, as condigBes especfias de rsco dos locais de trabalho. 2— As méquinas devem ser dotadas de dispositivos de seguranga € de protecgdo aos érgfos méveis. 3 — Antes da sua utiizagdo, as méquinas devem ser examinadas pelo respectivo téenico responsdvel ‘4 — As méquinas devem ser objecto de veriticagdo por pessoal es pecializado uma ver por semana, 5 — As méquinas accionadas por transmissto A distancia deve ‘star munidas de dispositives que garantam a seguranca dos traba- Thadores que dela se aproximem. 6 — Sendo a maquina comandada & distancia, devem ser instala- dos sinais ou barreras, por forma a interditar 0 acesso ao local da ‘operasio, s6 podendo desenvolver-e ai outra actividade ap0s a par ragem da maquina e estar assegurado que nfo pode set posta em marcha acidentalmente ou por inadverténcia, 7 — Os trabalhadores devern dispor de instrupBes relativas aos equi- pamentos colocados em servigo. Artigo 121.° Motores de combustdo Interna | — Sem prejulzo de outras condigBes sutorizadas ou impostas pela Direoedo-Geral de Geologia © Minas, a uiizagho de motores de com- bbustdo interna em trabalhos subterrdneos s6 & permitida se forem observadas as seguintes condigdes: 2) © motor utilizado ser de tipo dieses 1) O escape ser dotado de dispositives de lavagem, depuracto « catalizagdo, que devem ser mantidos em boas condicdes de funcionamento; © O motor estar montado em méquinas méveis: ) Nao ser utilizada a gasolina, qualquer que seja o fim, 2— Os motores diese! devem ser utlizados € mantidos de modo que a concentragdo maxima de monéxido de earbono nos gases de escape nto ultrapasse os valores limite 3.— Sempre que ocorza afinagdo ou reparagio do motor ¢, em qualquer caso, sem que se ultrapasse a periodicidade de trés meses, ‘devem ser recolhidas amostras dos gases de escape com o motor a5 falenti ¢ no maximo da potencia, 4 — Os motores devem ser mantidos suficentemente impos para evar 08 rscos de inctndio e, bem assim, protegidos para prevenir {9s riscos de contacto pelos trabalhadores Artigo 122.° Compressores Os compressores ¢ respectivos equipamentos de conduslo ¢ Aistribuigdo de ar comprimido utiizados no fundo devem observar as normas especificas de seguranga © obedecer aos modelos aprova- os nos termos da legislagdo em vigor. 2 — Os compressores e respectivos equipamentos de condusto ¢ Aistribuigdo de ar comprimido devem ser periodicamente examina dos, de acordo com as insttugdes do fabricante, de modo a mante- os em perfeito estado de funcionamento, 3—A instalagdo do material feerido no mimero anterior deve ter em conta a qualidade do at ambiente, por forma a manter-se resirvel pos a pasagem ras condutseexeape dos motores pew ‘4 — Nos equipamentos anteriormentereferidos deve estar montado lum sistema automatico de sinalizacdo e paragem, de modo a actuar sempre que seja alingida uma temperatura inferior em 30°C & do onto de inflamacio dos lubrificances. 5 — $6 pode ser usado dleo cujo valor da temperatura do ponto de inflamagio seja indicado e garantido pelo fabricant. ‘6 — As operagdes de manutenso devem ser anotadas no livro de registo. CAPITULO XVII Exploragéo a eéu aberto Artigo 123.° [Conaigdes gerals ‘As exploragdes a cfu aberto devem satisfazer 0 disposto neste ca pitulo, sem prejulzo da observancia de outras disposigBes contidas neste Regulamento, Artigo 124.° Método de exploragto [Nas explorasdes em que se utlizem furos superiores a 6 m ou se cempreguem maquinas pesadas para 0 arranque ou carregamento deve Ser elaborado plano de trabalhos, a aprovar pela Direoplo-Geral de Geologia © Minas, contendo os seguintes elementor: 2) A altura das frentes de desmonte; ) A largura das bases dos degraus; Qs diagramas de fogo; ) A situagdo das méquinas de desmonte em relagko a frente € as condigdes da sua deslocagto: © As conics de ciclo das magmas de remosto dos ro- tos; DAS condicBes de circulago dos trabalhadores; BA configuracto da escavasdo durante of trabalhos © no fi- nal dos mesmos, devendo-e tet em conta a establlidede das paredes e das frentes, constituidas por plantas cotadas e com curvas de nivel do terreno actual e apés exploragio, assim como dos perfis mals significativos; ‘hy Local de deposigdo de eventuais escombros e area a ocupar 2306 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE N° 117 — 22-5-1990 Artigo 125.° Terras de cobertura [Nas exploragdes a ofu aberto as terras de cobertra dever ser re- radas previamente do bordo superior da exploragdo para uma dis cia de segurangn suficiente, deixando-se livre uma faixa com a Jargura minima de 2m, a citcundar e limitar 0 referido bordo. Artigo 126.° Exploragfo por degraus 1 — Nas exploragSes a cfu aberto a dimensto dos degraus deve sgerantir # exceusdo das manobras com seguranga, obedecendo As se- uintes condigdes: 1) A altura dos degraus nilo pode ultrapassar 1S m, mas na con- figuragdo final, antes de se inciarem os trabalhos de recupe- apdo paisagistica, esta nfo deve ultrapassar os 10 m; by) Na base de cada degrau deve existir um patamar, com, pelo ‘menos, 2 m de largura, para permiti, com seguranca, a exe- custo dos trabalhos ¢ a cireulapdo dos trabalhadores, no po- uragdo final esta larguca ser inferior 2 3'm, tendo em vista os trabalhos de recuperacto. 2— A Direordo-Geral de Geologia ¢ Minas, mediante requerimento fundamentado, pode fixar a altura e a largura dos degraus, a lar- ‘gura minima do tltimo piso da eseavagdo, 0 sentido da expiorapio 2 forma de acesso aos pisos. 3 — Os trabalhos de arranque mum degrau s6 devem retomar-se depois de tetirados os excombros provenientes do arranque anterior, deforma a deixar limpos os pisos que of server. Artigo 127.° Explorasio de massas de fraca coesio Nas exploragdes de argila, area, casalho ou qualsquer outras mas- sas de Traca coesdo dever ser cbservadas as regras seguintes: 4) Se a exploracio nfo for feita por degraus, o perfil da frente rdo deve ter inclinaglo superior a 45 2) Se a explorasdo for feita por degraus, a sua base horizontal ‘fo pode ter, em nenhum dos seus pontos, largura inferior {altura do maior dos dois degraus que tepara e at frentes ‘do podem ter inclinagdo superior & do talude natural; ©) Seo métode de exploraglo exigir a presenga normal de tra- bathadores na base de um degrau, a sua altura nfo pode ceder 2m Artigo 128.° ‘Area de seguranga ao carregamento de foro — Deve ser definido um perfmetro de protecedo a drea de car- regamento de fog0. 2 — Este perimetro serdisolado durante « operagdo de carga, as- sim permanecendo até ao rebentamento.. 3 — $6 0s trabalhadores e, bem assim, os equipamentos para 0 carregamento do tro ¢ explosio podem circular no perimetro isolado. Artigo 129.° Colocasio dos trabalhadores © encarregado dos trabalhos deve dispor os trabalhadores de modo ue fiquem protegidos do risco de serem atingidos por blocos ou ferramentas, Artigo 130.° Inypec¢io ¢ sancamento das freates 1 — As frentes de desmonte e as paredes junto das quais se exe- cutam trabalhos devem ser inspeccionadas regularmente por pessoal ompeent para indagar do su estado ¢ propor as medidas de st- ‘neamento adequadas. 2-— Depois de cada pega. de fogo ¢ apés periodos de gelo, de- ‘elo, fortes chuvas ou paralisagto de grande duragto, a inspeccdo ‘das Trentes ¢ paredes ¢ obrigatéria. "3 — As operagdes de saneamento devem ser efectuadas de cima para baixo € por pessoal competente 4 — Durante as operagies de inspecgdo e saneamento devem ser ‘omadas medidas para que ninguém se encontre em zona susceptivel de ser aingido pelos blocos destacados, 'S— Quando a Direceo-Ceral de Geoiogia ¢ Minas o julgue fun: damentadamente necessirio, 25 normas a observar nas operacdes de inspeopfo e saneamento sero complementadas no regulamento in- temno por aquela aprovado. Artigo 131.° ‘Clatos de seguranga 1 — Nos trabalhos que comportem riscos de quedas graves, n0- smeadamente trabalhos de saneamento ou limpeza de frentes muito fnclinadas, os rabalhadores devem usar cintos de seguranca, solid mente fitados acima do local de trabalho e mantidos tensos por ou- {tor trabalhadores ou dispositivos adequados. 2 — Considera-se que comportam riscos de quedas graves, desig- adameate, of trabalhos executados a mais de 4m acima do pats ‘mar imediatamente inferior, em frentes com inclinagdo superior a 45" ou g 30°, no caso de materials particularmente escorregadios. 3 obrigatéria a presenca de outro trabalhador nos trabalhos referidos nos mimeros anteriores. ‘4— As condigbes de manutenpfo, ensaio, reform, fxapto ou ins talasto dos aparelhos ou dispositivos indicados no_ presente artigo serfo definidas no regulamento interno da exploragto. Artigo 132.° Vias de circalagio a pé 1 — Nas exploragdes a céu aberto deve exist € ser mantida em. boas condigBes uma via de circulasdo ligando o nivel de trabalho ao nivel da saida. "2" Qualquer que sea 0 tipo de via de circulagdo referida no ni ‘mero anterior, deve exisir sempre uma protecydo adequada para que ‘Quem rela citcule no possa cair para qualquer dos lados. 3 Quando a via de citculapto for feta através de escadas, es tas devem obedecer aos requisites referidos nos artigos 56.° ¢ 37." com a8 devidas adaptacoet Artigo 133.° ‘Transporte de trabathadores 1 — Quando o julgue fundamentadamente necessrio, a Direscto: Geral de Geologia ¢ Minas pode obrigar & instalaedo de um sistema proprio de transporte de trabalhadores. 72 Salvo easos de extrema urgéncia, os rabalhadores s6 podem set wansportados no equipamento de extracsdo desde que este es- {eja aprovado para o efeto ou tenha sido obtida autorizacio escrita 49 director téenico, Artigo 134.° Equipsmento de extraccio 1 — Um equipamento de extracedo nfo pode ser utilizado sem que seja obtida a autorizagdo da Direceto-Geral de Geologia ¢ Minas. 2 — A carga méxima do equipamento ser afizada no proprio equ pamento, em local bem visivel neidade seja por si reconhecida, que garanta a adaptacio do equi mento instelado ds condigbes do trabalho. Artigo 135.° Inspecgito do equipamento de extraccto 1 — 0 director téenico ou quem dirigr os trabathos deve nomear 1 pessoa ou pessoas tecnicamente qualifcadas para: 4) Proceder diasiamente & vistoria das partes exteriores do equi pamento de extranedo, cabos, roldanas, dispositivas de segu- Fanga e amarragdo; ) Inspeceionar, pelo menos uma vez por més, todas as pegas do equipamento de extraccdo ou com ele relacionadas ¢ das ‘uais possa depender a seguranga dos trabalhadores 2 —O resultado das inspecgdesreferidas na alinea 6) do mimero anterior deve ser reyistado em livro de registo. N° 117 — 22-5-1990 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 2307 Artigo 136.° ‘Siuatizagto de extracglo Nas exploragdes a céu aberto em que se utilize equipamento de extracpio de comando manual, o maquinisia $6 actuard a partir de sinais transmitides por operador responsivel pela operapdo ¢ colo ‘ado em posiglo que garanta 0 seu acompantiamento, Artigo 137.° Protecgio dos trabalbadores nos pontos de carga ¢ descarga [Nas exploragdes a cfu aberto, aquendo da subida ou descida de carga por meio de equipamento de extracto, o responsivel pela ope ‘agdo deve advertir todos os trabalhadores que se enconizem nas ime diagOes para se retirarem para lugar seguro. Artigo 138.° (Carga e descarga de veiculos 1 — As condigdes de carga de vetculos de transporte nas frentes devem constar de regulamento intern. 2— Na descarga de materiais em pilha ou em sterro devem adoptar-se medidas e utlizar-se disposiivos necessaries para evitar (© seu despenhamento. Artigo 139.° Sinalizagto dos trabslhos Enquanto durar a explorasdo ¢ obrigatéria a instalagdo de sinali- ‘zagio adequada anunciando a aproximacto dos trabalhos, devendo © limite superior da escavacdo ser convenientemente protegido por vedacdo de caracteristicas apropriadas as condigdes 40 lugar. CAPITULO XVIII Instalagées eléctricas das minas e pedreiras Artigo 140.° Licenciamento ¢ ficallzagto 1 —0 ticenciamento © fiscalizagdo das instalagdeseléetricas de mi- nas e pedreiras, bem como dos respectivos anexor, rege-se pela le- sislagdo vigente para as demais insalagdes elécricas, da compete Gia da Direcedo-Geral de Energia 2 — O projecto das instalagbes eléctricas & entregue na Direcsdo- Geral de'Geologia e Minas. Artigo 141.° Apllcasio da regulamentaste de elecricldade As instalagdes elécricas previstas no artigo anterior slo aplicdveis (0s regulamentos de seguranca do dominio da eleciricidade, nomea: damente 42) Subestagdes e postos de transformasto € de seccionamento; ) Linhas eldcvicas de alta tensto; ©) Redes de distribuicdo de energia eléctrica e baixa tensio; 4) Instalagdes de utilizagdo de energia elétrica, Artigo 142.° Instalagdes de emergtncia de seguranga 1 — As minas e pedreiras devem ser dotadas de instalagdes de emergéneia que, pot motivos de seguranga, garantam 0 funciona: ‘mento de equipamentos do transporte de pestoal, de esgotos, de ven tllaglo e de iluminacdo de emergéncia, 2'— Para efeitos do nimero anterior, a ldmpada individual deve ser considerada iluminagdo de emergéncia de seguranca, Artigo 143.° Preserigbes (dcalcas expecificas 1 —0 projecto de instalacto de cabo ‘rolley deve obedecer a0 die- posto no artigo 140." 2— Quando os regulamentos de segurance referidos no at- tigo 141° forem omissos, sero aprovadas por decreto regulamen- tar normas técnicas especificas aplicdveis As intalagdes eléctricas das minas e ped Artigo 144.° aspeeso conjunia 1 —As inspeogdes a instalagdes eléctrcas das minas ¢ pedteires ddevern ser efectuadas, sempre que possivel, em conjunto, pelas ent dades compecentes. 2— Sempre que a entidade inspectora determine a aplicagdo de ‘medidas que possam acarretar a paragem total ou parcial da labo- ‘aso, deve « Direovdo-Geral de Geologia e Minas ser ouvida pre- viamente. CAPITULO XIX Proteccdo da saiide ¢ da integridade fisica dos trabalhadores SECCAO I Disposigdes gerais Artigo 145.° Condiclonslismos téenico-econémicos 1 — As medidas de protecgto colectiva deverdo prevalecer sobre as de protecedo individual, dentro dor condicionalismos téenico “cconémicos 2— A definigdo, caso a caso, ¢ devidamente fundamentada, dos condicionalismos, técniee-econdmicos competira especificamente & Ditecgdo-Geral de Geologia ¢ Minas, que ouvird organismos espe- cializados sempre que a natureza das questdes 0 aconselhe. 3.— As empresas devem dar conhecimento as comissbes de higiene f seguranca das instrugdes © estudos téenico-normativos que a Direcgio-Geral de Geologia © Minas thes comunicar Sec¢Ao Il Agentes quimicos, fisicos e biolégicos Artigo 146.° ‘Ambiente nos locals de trabalho | = Nos locas de trabalho ¢ obrigatério 0 controlo das concen: tragdes admissveis das substincias quimicas nocivas, 2— Os niveis admissiveis de concentragao dos gases slo os da norma portuguesa em vigor. 3 — As medicdes das concentragdes dos gases devem ser efectua- das regularmente. '4 — Logo que as concentragdes de gases atinjam os valores limite, 1 direcedo téenica da mina deve adoptar imediatamente as medidas consideradas necessrias, recorrendo, eventualmente, a evacuagdo dos ttabalhadores do local de trabalho. 5—A presenca na atmosfera de outros agentes quimicos perigo- 08 menos comuns, tais como mereiro, cddmio e poeitas de mint ios de chumbo ou de asbesto, deve ser imediatamente comunicada Ditecpdo-Geral de Geologia’e Minas, que definiré, caso a caso, as medidas a tomar para 0 seu rigoroso controlo e protecgo dos trabalhadores Artigo 147.° Poeiras — As concentragdes méximas admissiveis em povras respiriveis no ar dos locals de trabalho sto fixadas, de acordo com 0 seu (cor fm sllica, nos seguintes valores: ‘Teor em sflca inferior a 6 % — Smg/m?: ‘Teor em silica entre 64% © 25% — 2mg/m’s ‘Teor em silica superior a 25% — Img/m'.

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