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Funções

da
Distribuição
Projecto Prático da Unidade Curricular de Gestão da Distribuição

Janeiro 2010

Ana Catarina Pinto da Costa Lam 604034


Ana Rita Xavier Marques Lam 804023
Cândida Sá Costa Lam 604003
Cátia Alexandra Teixeira de Jesus Lam 604001
Sara Catarina Correia da Fonseca Lam 604010
Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Gestão da distribuição
ESTGOH
2010/2011

Índice

Introdução ......................................................................................................... pág. 3

Enquadramento da distribuição ........................................................................ pág. 4

Funções da distribuição .................................................................................... pág. 15

Conclusão ......................................................................................................... pág. 17

Bibliografia ....................................................................................................... pág. 18

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Gestão da Distribuição
Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Gestão da distribuição
ESTGOH
2010/2011

Introdução

No âmbito da Licenciatura de Administração e Marketing da Escola Superior


Tecnologia e Gestão de Oliveira de Hospital, fomos solicitados a realizar um trabalho
sobre as funções da distribuição, pelos professores Patrícia Pinto e Francisco Coelho.
Para levar a cabo este projecto realizamos diversas pesquisas que focaram
essencialmente artigos científicos em sites como o da proquest, b-on, harward, science
direct, entre outros, e o livro manual distribuição de José António Rousseau 2º edição.
Na realização deste projecto teve-se em consideração artigos científicos e depois
de analisarmos pode-se chegar a conclusões.
Segundo os autores Levy e Weitz, estes definem distribuição como “conjunto de
negócio que acrescentam valor aos produtos e serviços vendidos aos consumidores para
seu uso pessoal ou familiar”, mas numa perspectiva mais centrada em sujeitos
económicos, Brosselin define distribuição como “conjunto de empresas e agentes que
compram e revendem mercadorias destinadas à satisfação das necessidades do
consumidor.
Relativamente as funções da distribuição, estas estão divididas em dois tipos: a
distribuição física e os serviços. A decomposição das funções da distribuição permite
colocar em evidencia a principal questão da distribuição, ou seja saber qual o agente
económico que deseja para si.
Os distribuidores são escolhidos pelas marcas que seguem critérios rigorosos
para introduzirem ou distribuir os seus produtos nos mercados, quer no mercado
nacional quer nos mercados internacionais.

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Enquadramento da distribuição

A distribuição pode tomar várias definições, sendo que nós apenas iremos
apresentar aquelas que achamos que tinham maior relevância e que se enquadra mais no
nosso tema “ Funções da Distribuição”.
Segundo o autor Rousseau, José António, a distribuição e vendo-a na perspectiva
dos distribuidores, é aquilo que assegura um conjunto de funções essenciais entre
produtores e consumidores, permitindo que coloquem os seus produtos junto destes em
condições e quantidades diversificadas.
Em contrapartida aos distribuidores, para os consumidores a distribuição é
essencialmente o comércio retalhista, isto é, o elemento final da cadeia e que coloca á
sua própria disposição os produtos e serviços que eles necessitam para a sua vida, seja
para consumo próprio, ou para consumo familiar.
Já para os autores Levy e Weitz, a distribuição é um conjunto de actividades de
negócio que acrescentam valor aos produtos e serviços vendidos aos consumidores.
Já para o autor Kapoor a distribuição é um dos processos da logística
responsável pela administração dos materiais a partir da saída do produto da linha de
produção até a entrega do produto no destino final. Após o produto final estar pronto,
ele tipicamente é encaminhado até ao distribuidor. A função do distribuidor é por sua
vez vender o produto para um retalhista e este em seguida vende aos consumidores
finais. Este é o processo mais comum de distribuição, porém dentro deste contexto
existe uma série de variáveis e decisões de trade-off a serem tomadas pelo profissional
de logística.
Na distribuição as empresas com maior poder negocial e com mais valor na
cadeia de distribuição são quem definem quem serão os responsáveis pela entrega do
material/produto que fabricam.

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Segundo o autor Coughtlen (2001), os canais intermédios são empresas


independentes que ajudam os produtores no processo de tornar os seus produtos ou
serviços disponíveis para o uso ou consumo. Estes canais existem segundo alguns
especialistas, no desempenho das tarefas de distribuição que operam em níveis mais
elevados de eficácia e eficiência.
Independentemente das funções da distribuição serem realizadas por intermédios
ou pelos próprios produtores, ainda podem ser divididas em dois tipos principais: a
distribuição física e os serviços.
O autor Rosenbloom (1987), identifica seis tarefas para a distribuição que um
intermediário realiza para os clientes, sendo eles:
 Disponibilizar o produto;
 Prestação de serviço ao cliente;
 Concessão de crédito e assistência financeira;
 A conveniência de sortido;
 Maior quebra;
 Aconselhamento e apoio técnico.
As relações de alta qualidade caracterizam-se por frequentes interacções entre os
diferentes membros de um canal de distribuição oferecendo assim vantagens para
vendedores e compradores.
É normal se supor que a qualidade do desempenho das funções do distribuidor
esteja relacionada positivamente com a qualidade do relacionamento.
Quando existe um bom nível financeiro, uma grande variedade de sortidos, uma
boa localização, informações claras e sucintas e acima de tudo pessoal com
competência, todos estes factores juntos vão fazer com que o cliente sinta uma maior
satisfação.
Com o nível de funções do canal de distribuição realizada pelo distribuidor
aumenta a qualidade percebida pelo cliente.
O autor Kumar (1995), refere que quando o distribuidor é relativamente
dependente do cliente este pode ver o desempenho eficaz das funções do canal pelo
distribuidor. Mas quando é a situação contrária, ou seja o cliente dependente do
distribuidor e as suas participações são maiores, portanto, o desempenho eficaz das
funções do canal pelo distribuidor tem um impacto maior sobre os objectivos do cliente
e move-lo.

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Segundo Markus Hesse1 e Jean-Paul2 Rodrigue e tendo em conta o artigo: “The


transport geography of logistics and freight distribution” (“A geografia dos transportes
de logística e distribuição de mercadorias”) do Journal of Transport Geography (2004),
a geografia dos transportes é tradicionalmente mais aliciada em questões de longo
comércio à distância, o trabalho de mercadorias relacionadas merece ter uma maior
atenção, nestes dias de hoje, pois o transporte tem uma grande importância na
distribuição de produtos/serviços. Ainda para estes autores estas actividades compõem a
logística. Para eles o transporte está incluído em duas funções principais que são: a
distribuição física, o segmento de transporte de derivados, e gestão de materiais, o
segmento de transporte induzido.
A distribuição física (PD) é onde se engloba todas as funções de circulação e
manipulação de mercadorias, especialmente os serviços de transporte (rodoviário,
ferroviário de mercadorias, transporte aéreo, marítimo, transporte marítimo) de
transbordo, armazenagem e serviços (por exemplo, armazenagem, consignação,
gerência de inventário), comércio, e principalmente de retalho.
Para o autor Rodrigue (1999) a distribuição de mercadorias é agora considerada
com mais atenção aos ganhos de produtividade na fabricação de derivados e estão cada
vez mais eficientes em terminais em vez da eficiência de meios de transporte, porque os
meios de transporte estão cada vez mais evoluídos e a distância pode ser grande, mas
por meios de transportes rápidos podem-se tornar-se distâncias pequenas.
Mas isto de tornar as distâncias mais curtas não aconteceu por mero acaso. Esta
situação deve-se ao notável crescimento do transporte de mercadorias, e que não
poderia ter acontecido sem que as grandes redes de auto-estradas para o tráfego regional
e de longa distância, assim como o sistema ferroviário não tivessem evoluído. A
evolução foi bastante boa quer para este ponto quer para a industrialização, comparando
a décadas anteriores. Esta informação é igualmente retirada do artigo “Transport
geography of logistics and freight distribution”. Na geografia dos transportes o tempo
era simplesmente considerado como a quantidade de espaço que poderia ser
comercializado com uma quantidade específica de tempo, que incluía viagens e

1
Department of Earth Sciences, Urban Studies, Free University of Berlin, Malteserstr. 74-100 D-12249
Berlin, German;
2
Department of Economics and Geography, Hofstra University, Hempstead, NY 11549, USA.

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transbordo, sendo que não analisavam todos os aspectos que deveriam ser tidos em
conta, mas esta situação alterou-se ao longo dos tempos.
A logística e distribuição de mercadorias, como um paradigma de transporte,
exigem uma revisão do conceito multidimensional, para que assim se possam incluir os
quatro elementos fundamentais. Esses elementos são: os custos de transporte
tradicionais, a organização da cadeia de abastecimento, o ambientem transaccionado e
por último a física em que a distribuição de mercadorias evolui.
O transporte não pode ser realizado de qualquer forma e sem se pensar o que
realmente importa, pois num sistema integrado de transporte de mercadorias tem que
existir e tem que se exige um elevado nível de coordenação e cooperação.
O transporte como é uma função da distribuição, temos que ter em consideração
também o ambiente físico, este que é considerado como um componente dos custos de
transporte, uma vez que os gargalos de infra-estrutura ou o congestionamento rodoviário
podem prejudicar a produtividade das empresas em termos de atrasos e avarias, esta
situação pode dar-se em variadíssimas condições sendo que a empresa nada pode fazer
para prever este tipo de situações, porque não se pode prever o que pode acontecer na
viagem de entrega do produto final aos retalhistas e que por sua vez vendem depois aos
clientes.
Para conclusão desta função de distribuição e sendo que todas estas informações
e como já referido anteriormente foram tiradas do artigo cientifico analisados, temos
que referir que nem tudo são pontos positivos no transporte, pois como tal existem
pontos negativos e neste caso o ponto negativo é que o transporte consome cada vez
mais uma maior quantidade de energia e terra, e isso contribui para uma ampla gama de
problemas como a poluição do ar, a emissão de ruído, o congestionamento, as
fatalidades no trânsito, para outros problemas que possam a vir a existir.

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Os artigos a analisar são: “Developing a B2B E-Commerce Implementation


Framework: A Study of EDI Implementation for Procurement”, que em português quer
dizer: ”Desenvolvendo um e-commerce B2B Quadro de Implementação: Um Estudo de
Implementação e Aquisição de EDI”, de Abraham Asher, Assistant Professor,
California, State University, Long Beach, Long Beach, CA, USA., e o artigo Artigo
“The relationship among formal EDI controls, knowledge of EDI controls, and EDI
performance” que em português significa: ” A relação entre os controles formais EDI, o
conhecimento de EDI controlos e desempenho EDI”de Sangjae Lee e Kun Chang Lee.
Estes dois artigos foram analisados mutuamente pois ambos falam do EDI e das suas
funções, vantagens e desvantagens.
Antes de a análise concretamente dita vamos apresentar uma breve definição
sobre o que é o EDI.
O Electronic Data Interchange (EDI) significa troca estruturada de dados através
de uma rede de dados qualquer. O EDI é um tipo de inter-organizacionais de comércio
electrónico que permite às organizações a troca de documentos de negócios
electronicamente em um formato estruturado, legível por máquina. Esta última
definição é-nos dada pelos autores Sangjae Lee e Kun Chang Lee.
O EDI pode ser considerado como um potenciador para a comunicação de
negócio efectiva e eficiente e na realidade ninguém se opõe à ideia de uma comunicação
electrónica entre organizações, que podem estar em extrema distância entre si. Os
pontos fortes que se podem atribuir ao EDI são:
 Ser um sistema de standard aberto e trans-sectorial com fluxos de dados
formalizados;
 Garante a troca segura de dados;
 É um sistema que segura na perspectiva de que diferentes checksums
garantem que os dados enviados são fidedignos.

Para os cientistas Goldfarb e Prescod eles mencionam os benefícios


subsequentes do EDI, sendo que as comunicações eletrónicas com os parceiros de
negócio podem melhorar pois com este sistema permite:
 Maior celeridade nas encomendas;
 Melhor controlo do inventário;
 Menor flutuação financeira;

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 Informação completa e em tempo real sobre encomendas e inventário para


tomada de decisão mais apoiada;
 Redução de custos de introdução manual dos dados e menos erros.

As vantagens do EDI são tão grandes que pode não subsistir qualquer dúvida
que a comunicação electrónica é ou não algo a atingir, a questão principal reside ainda
em qual é o tipo de solução e qual a mais adequada para o negócio e qual o preço que
custa em implantar este sistema.

Este artigo é um estudo de um caso que foi realizado examinando o intercâmbio


electrónico de dados projectos (EDI) e implementação deste em quatro divisões de uma
empresa aeroespacial. Como tal, deste artigo tiramos apenas aquilo que achamos
conveniente e aquilo que consideramos relevante tendo em conta o nosso tema para a
elaboração deste trabalho, sendo que nunca é demais referir que o nosso tema recai
sobre “funções da distribuição”.
Neste artigo é-nos referido as oportunidades de investigação e as áreas onde se
pode aplicar o EDI, tais como: área de Finanças, Materiais e Gestão, Transporte (uma
das funções da distribuição), aquisição, distribuição (disciplina onde se enquadra este
trabalho), armazenamento (função da distribuição) e seguros. Quando as organizações
começam a utilizar o EDI, as primeiras transacções são normalmente tanto para as
aquisições ou vendas de Facturas (Hart & Saunders, 1998; Premkumar, Ramamurthy, e
Nilakanta, 1994).
O EDI tradicional para Swatman e Swatman (1992) é definido como cooperativa
EDI de sistemas interorganizacionais (IOS) e que permitem que os parceiros comerciais
possam trocar informações de negócios e estruturado entre aplicações informáticas
distintas. O EDI é tido em conta desde a década de 1970 e já foram feitos vários
estudos, e esses têm mostrado suas vantagens e desvantagens. Os benefícios do EDI e
segundo Carter & Fredenall, 1990; Emmelhainz, 1988; Grover, 1993; Jai-Yeol,
Narasimhan, e Riggins, 2005; Subramani, 2004; Teo, Wei, e Benbasat, 2003,e Sangjae
Lee e Kun Chang Lee são:
 Redução de custos;
 Redução na burocracia;
 Respostas mais rápidas;

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 Melhor controlo de stocks/fornecedores;


 Maior controlo sobre a segurança e a integridade do sistema;
 Melhorar a relação com os clientes e atendimento que lhes é dado.

Mas como em todos os sistemas e como em quase tudo existem também


desvantagens e para (Cragg e King, 1993; Pfeiffer, 1992; Saunders & Clark, 1992;
Swatman & Swatman, 1991, bem como para os autores Sangjae Lee e Kun Chang Lee),
as desvantagens inerentes ao EDI são:
 Custos de implementação;
 Alto custos de transmissão de dados;
 Dificuldades em manter as normas;
 Aumento da vulnerabilidade devido a existência de partilhas de informações
operacionais com parceiros comerciais;
 Conflito de canais;
 Riscos de segurança que aumentam de acordo com o grau de integração do
usuário e da confiança no sistema;
 Dificuldades em estabelecer uma trilha de auditoria.

Alguns dos custos recorrentes associados ao EDI tradicional é devido ao uso do


Value Added Network (VAN), pois alguns dos serviços prestados pela VAN estão
associados a transmissão de mensagens rápidas e seguras entre os parceiros comerciais,
mas os custos são elevado pois esta cobra as mensagens por número de caracteres
enviados. A capacidade dos adoptantes EDI para acumular experiência é muito
importante para a obtenção de benefícios da implementação de EDI com o fornecedor
VAN e parceiros comerciais.
Podemos ver um ponto importante e que se refere ao facto de existirem padrões
de EDI, mas versões diferentes do padrão. Mas para Além disto, nem todos os sistemas
de compras são os mesmos. Por exemplo, alguns permitem múltiplas datas de entrega
programada em uma única linha de item da ordem. Outros requerem dois itens
específicos. Na fase de mapeamento de dados da aplicação, estes tipos de questões
técnicas precisam ser resolvidas, pois caso isto não aconteça pode causar grandes
problemas a empresa e por sua vez pode trazer consequências não desejadas.

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No EDI o relacionamento é inserido entre o iniciador e adoptante para as


operações actuais e futuras. Assim, a parceria deve ser formada e não estritamente um
tipo de câmbio do mercado de relacionamento, esta citação foi feita por Macneil, que
ainda mostrou como a lei evoluiu para suportar vários tipos de relações de troca.
Nestes artigos/estudos não podemos tirar mais informações pois todas as
restantes estão directamente relacionadas como estudo e com as conclusões que se
puderam tirar deste. Sendo assim a analise deste artigo fica-se por esta analise em que
tentamos ser coerentes e explicitas.

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Do artigo “ Information sharing and coordination mechanism for managing


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uncertainty in supply chains; a simulation study” de Partha Priya Datta e Martim G.
Christopher4, do International Journal of Production Research, podemos concluir que
não existe uma coordenação e uma distribuição mais ampla da informação á estrutura de
informação centralizada e não é eficaz na gestão das redes de distribuição, tendo em
conta também que existe uma aumento significativo da informação dada.
Sendo assim fazer distribuição é mais complicado sem que a informação da
cadeia seja gerida de forma eficaz e de uma forma compreensível para quem recebe a
informação.
No estudo houve um fornecimento dos níveis de stock para vários pontos do
trabalho, assim como as encomendas diárias, os valores de produção em cada país e os
produtos, os prazos de transporte e restrições à produção.
O trabalho que foi analisado no artigo em questão propunha-se a preencher
lacunas nas diferentes combinações de partilha de informação e coordenar para que as
incertezas na cadeia de distribuição sejam sempre reduzidas.
Segundo os autores Chen 1998, Cachon e Fisher, 2000 a partilha de informação
e coordenação dos produtos melhora o desempenho da cadeia de distribuição. Ainda
com este estudo tentou-se reduzir as incertezas na procura dos produtos e que opiniões
diferem em relação a flexibilidade, integração, agilidade e estrutura de informação.
Na opinião de Sahin e Robinson (2002, 2005), existe uma tendência para a
análise do impacto das alternativas, mas essa tendência é lenta e não estuda a interacção
das duas dimensões mais importantes que podem reduzir as incertezas na cadeia de
distribuição.
Embora tenha havido muitos artigos publicados sobre a coordenação de
informação, estes não explicam as incertezas na cadeia de distribuição, isto segundo os
autores Soroor e Tarokh Soroor em 2006. De outra forma, existem muitos trabalhos
sobre a partilha de informação para reduzir a vulnerabilidade da cadeia de distribuição
(Christopher Lee 2001, Geary 2002).

3
Operations Management Group, Indian Institute of Management, Calcutta, 700014, India
4
Centre for Logistics and Supply Chain Management, School of Management, Cranfield University,
Bedford, England, MK43 0AL

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Práticas da cadeia de abastecimento para gerir a incerteza

Diferentes autores têm várias definições para Agilidade sendo que algumas são:

 A agilidade traduz a capacidade de responder às necessidades dos


consumidores mais indecisos (Faisal et al. 2006);
 Christopher (2000) mencionou que uma cadeia de distribuição é realmente
ágil que se obtém através da sensibilidade de mercado e tecnologia;
 Sheffi (2005) centra-se no acompanhamento e detecção de sinais mais fracos
para criar respostas mais ágeis na cadeia de distribuição;
 Yusuf et al. (2004) encontraram alto grau de cooperação e integração de
informações com base na agilidade;
 Um elemento essencial para alcançar a agilidade nas cadeias de distribuição é
a visibilidade (Christopher e Peck, 2004).

Integração

Pode ser definida como a relação entre as variáveis representadas. A


coordenação entre os intervenientes na cadeia de distribuição é fundamental para existir
uma redução da incerteza na cadeia. Com este fim as organizações estão a interligar-se
para que se tornem mais próximas.

Flexibilidade

Este ponto reflecte a capacidade das empresas responderem às necessidades


(Arroz e Caniato, 2003). A cadeia de distribuição, em literatura é vista como uma
reacção à incerteza ambiental (Giunipero et al. 2005). Os autores Rupp e Ristic (2000)
concluem que a falta de coordenação e fluxo de informação imprecisas levam ao
planeamento e controlo. Isto requer um fluxo de informação continuado em toda a
cadeia de distribuição.

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Nos pontos abaixo analisados temos os resultados das experiencias e a


comparação dos desempenhos. Esses pontos são:

 A coordenação e a partilha de informação é importante, mas os dois factores


combinados faz com que melhore a resposta da cadeia de distribuição;
 Os produtos devem estar centralizados e coordenados para que as decisões da
distribuição não se dissipem e aumente a frequência de informação.
 Descentralizar a tomada de decisão para que os fluxos de informação entre os
parceiros sejam mais concretos para que aumente o planeamento da produção e
o serviço aos clientes, sendo que pode não melhorar a vulnerabilidade de certa
informação.
 A tomada de decisão deve ser planeada diariamente para que aumente a base
de partilha e melhore o desempenho da cadeia de distribuição para o stock, mas
pode reduzir o tempo de reacção da cadeia.
 Por fim, a tomada de decisão descentralizada, centralizada e coordenada dos
produtos, junto com o stock local e global e as informações inventário para
planear a produção, aumentando a partilha de informação o que ajuda a melhorar
a cadeia de distribuição.

Este trabalho estudou os diferentes mecanismos de coordenação e partilha de


informação. Nele foram feitas várias experiências de forma a combinar: aplicações e
compreender a eficácia na melhoria da cadeia de distribuição. A pesquisa efectuada
mostra que a partilha de informação e a coordenação por si só é insuficiente para que as
incertezas sejam ultrapassadas. Esta pesquisa abordou unicamente uma organização,
pelo que o que a pesquisa pode ser alargada a outras empresas, e visa também a um
aprofundamento das investigações efectuadas nesta matéria.
Deste artigo estas foram as informações que podemos retirar e que achamos que
eram importantes e relevantes para o nosso trabalho.

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Funções da distribuição

Existem várias funções da distribuição e estas, vieram permitir que se


ultrapassassem as barreiras tradicionais que existiam em tempos mais arcaicos nas
trocas comerciais. As funções da distribuição são bastante importantes e estão
dependentes de:
 Objectivos e estratégias de marketing por parte dos produtores;
 Características dos diferentes clientes, bem como o espaço, dimensão e
natureza do mercado; e
 Características dos produtores.
No quadro a seguir apresentado mostramos todas as funções da distribuição e a
sua divisão:

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Estas novas funções da distribuição vieram proporcionar vantagens sendo que


vieram acrescentar valor aos produtos e serviços que possam a ser a vir
comercializados, quer seja para os retalhistas, quer seja para o consumidor final. Estas
funções estão cada vez mais relacionadas com os distribuidores e com o marketing, pois
proporcionam uma maior satisfação das necessidades aos seus clientes.
A decomposição das funções da distribuição permite colocar em evidência a
questão central da distribuição, permitindo saber qual o agente económico que se
encontra em melhores condições para assegurar essas funções. Essas funções podem ser
desempenhadas por:
 Os próprios produtores;
 Os armazenistas;
 Os prestadores de serviços (como por exemplo os transportadores);
 Os retalhistas;
 Os próprios consumidores.

Quando estas funções são desempenhadas de uma forma mais eficiente isto pode
traduzir-se em preços mais baixos para os consumidores, um maior volume de vendas
para os produtores ou uma maior diversificação dos serviços para os consumidores.
Estas informações aqui apresentadas foram retiradas do “Livro manual
distribuição de José António Rousseau 2º edição” e do livro: “Mercator XXI – Teoria e
prática do marketing 10ª edição”.

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Conclusão

Do trabalho apresentado pode-se concluir que relativamente ao conceito de


distribuição muitos autores referem que a distribuição é um conjunto de actividades que
vão acrescentar valor aos produtos e serviços.
A revisão bibliográfica tem como objectivo discutir as diversas funções de
distribuição bem como o âmbito da sua aplicação e as suas características.
Relativamente às funções da distribuição todos os autores são unânimes quando
referem que as funções podem ser física e de serviços. Assim sendo, na distribuição
física pode-se referir o transporte, armazenamento, entre outros e no que se refere aos
serviços pode-se destacar as vendas, pós-venda, financiamento, entre outros.

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Bibliografia

 Artigo científico: The Impact of Channel Function Performance on Buyer-Seller


Relationships in Marketing Channels by Gerrit H. Van Bruggen (Erasmus
University), Manish Kacker (Tulane University), Chantal Nieuwlaat (Erasmus
University);
 Artigo científico: “The transport geography of logistics and freight distribution”
(“A geografia dos transportes de logística e distribuição de mercadorias”) do
Journal of Transport Geography (2004);
 Mercator XXI – Teoria e prática do marketing 10ª edição;
 Rosseau, José António (2008) Manual de Distribuição, 2ª edição, Principia, São
João do Estoril;
 Artigo científico: “Developing a B2B E-Commerce Implementation Framework:
A Study of EDI Implementation for Procurement” by Abraham Asher Assistant
Professor, California State University, Long Beach, Long Beach, CA, USA;
 Artigo científico: “ The relationship among formal EDI controls, knowledge of
EDI controls, and EDI performance” by Sangjae Lee and Kun Chang Lee;
 Artigo científico: “Information sharing and coordination mechanisms for
managing uncertainty in supply chains: a simulation study” by Partha Priya
Datta and Martin G. Christopher.

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