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"1 SeRIE —Ne 16 — DE FEVEREIRO DE 1987 ARTIGO #45 1. No processo de enterramento intervirio as seguintes entidades: de Administragao do Esta- a) 08 6rgios loc: do; b) os Orgaos de Investigago Criminal; ©) s autoridades sanitérias referidas no n.* 1 do artigo 4."; d) 08 drgios da Secretaria de Estado dos Assun- tos, Sociais. 2. Ags drgios locais de Administragao do Estado incumbe, quer por solicitagéo dos familiares, quer por determinacao das autoridades sanitérias compe~ lentes quer ainda oficiosamente, o seguinte: , 4) a remogio para a morgue ou casa mortuéria dos cadaveres das pessoas falecidas fora das estruturas de assisténcia médico-sanitéria, desde que em vida tenham recebido assisté- cia médica nos termos do artigo 72.° deste regulamento ¢ desde que nao haja suspeita de morte-violenta, homicidio ou acidente; b) a remocio para 0 cemitério de todos os cada- veres; . ¢) 0 fornecimento dos caixdes; 4) a inumagio dos cadaveres. 3. Aos érgios de Investigagéo Criminal inéumbe: a) a remogao para a morgue ou casa mortudria, dos cadaveres c pessoas falecidas fora das i estruturas de assisténcia médico-sanitéria, sem assisténcia médica ¢ nos casos de sus- peita de morte violenta, homicidio ou aci- dente; +) as autopsias judiciérias com 0 apoio técnico do Ministério da Sutide. 4, As outoridades sanitérias incumbe: a) a remocdo para a morgue ou casa mortudria dos cadiveres das pessoas falecidas nas estru- turas de assisténcia médico-sanitéria, salvo se houver suspeita de moxte violenta, homicidio ow acidente; b) as aut6psias clfnicas;, ¢) a determinacao da inumagao nos casos pre- vistos no n.° 2 do artigo 68° 5. Aos 6rpios da Secretaria de Estado dos Assun- tos Sociais incumbe suportar as despesas com 0 enterramento de cadaveres cujos familiares se encontram ausentes oii sejam desaparecidos. ARTIGO 85." = Nas morgues ¢ casas morturias funcionaré um piguete permanente constituido por representante das Delegagoes da Satide, dos Grgaos de Investiga: oo ao Criminal © dos 6rgdos locais de Administragao do Estado, os quais deveréo zelar pelo cumprimento Tigoroso das atribuigées cometidas dos drgios que representam relativamente ao processo de enterra- mento. ARTIGO 86" © médico ou outro técnice de satide, ou autori- dade sanitéria que passar certido de dbito ou decla- ragao falsas, incorrer4 na pena de multa, para além de outras sangdes legalmente aplicaveis ARTIGO 87" 1. A construgao de cemitérios, a escolha do local, dos terrenos e a sua conservacao, reparos c servigas dos mesmos, serao regulados’ pelas disposigées legais em vigor. 2.A construgdo de cemitérios sé poderd realizar- se.com licenga da autoridade competente, sob pare- cer da respectiva autoridade sanitaria competente e do Instituto Nacional de Planificagao Fisica. : ARTIGO 88: Sempre que possivel, deveré, nos cemitérios, construir-se uma casa mortuaria onde serio deposi- tados os caddveres que tenham de ser submetidos a aut6psia judical. ARIIGO £9." Um dos cemitérios da capital do pais dever4 pos- suit instalagdes destinadas & cremagées ¢ incinera- gees. ARTIGO 90" ‘As inumagSes no poderéo ter lugar fora do perfodo compreendido entre as 8.00 e as 16.00 horas sem a apresentagio do respectivo taldo de enter ramento. ARTIGO 91." 1. Os enterramentos serio feitos em covas sepa- radas uma das outras por um espago de pelo menos 30 centfmetros, 2. As filas dos covais manterfo entre si as distan- cias minimas de 1,80 metros. ARTIGO 92° 1. As covas para enterramento terio as seguintes dimensdes m{nimas: PARA ADULTOS PARA CRIANGAS Comprimento 215m 1,50 me Largura 0,70 m 0,60 m Profundidade ....... 130m 130m Para criangas com idade inferior a 2 anos, podem ser alterados 0 comprimento ¢ largura ARTIGO 93+ Os cadaveres serio transporiados para os cemitérios ‘em caixdes completamente fechados, sondo proibido soh pena de desobediéncia, mesmo quando se trata de caddveres de crisnga, abrilos ainda que temporaria mente, durante 0 percurso até a0 cemitério. ARTIGO 94+ Nenhum cadaver poderd ser. transportado para fora da localidade onde se tiver dado o ébito sem que 0 seu acondicionamento satisfaca as seguintes formali- dades: 4) estar encerrado em caixio feito com chapas de zinco ou chumbo, ou aluminio ou liga apro- priada com trés milimetros de espessura, feita e completamente soldadas, devendo o cai iio assim feito ser encerrado em urna de ma~ deira apropriada; b) ser a uma referida no némero anterior encer- rada em embalegem de madeira suficiente- mente resistente, com uma espessura minima de trés centimettos. a qual seri parafusada e envolvida em trés cintas de ferro ¢ justas com parafusos © poreas; ¢) fazer-se acompanhar de declaragio, por escrito da autoridade sanitéria donde conste 2 ideati- dade do cadaver. causes de morte e sc foram cumpridas as exigéncias constantes dos nime- ros anteriores. ARTIGO 95° AAs licengas para transladagao de eadaveres de loca- lidades dentro da mesma Provincia, ov de uma Prov vineia para outra ou para fora do Pats, s6 serdo con- Decdidas pelo Comissério Provincial-ou Municipal con- forme 0 caso, depois de ouvido o Delegado de Saude da respectiva rea, ARTIGO 96+ 1. Nenhuma exumag3o poderé ser feita antes de devorridos cinco anos de pemanéncia na terra, excepto nor determinacao judicial, 2. Quando a constituicao do terreno o imponha, 0 prazo de cinco anos poderd ser prolongado, mediante despacho do Ministro da Saiide. ARTIGO 977 A exumagao judicial de cadaveres deve assistir, para além da respectiva autoridade judicial, policial ou 6r- hos locais do Estado, os peritos para esse fim nomca- dos ¢ 0 Delegado de Satide, o qual tomard as provi- déncias sanitérias que julgar convenientes para que nao haja prejuizo de saiide individual ou publica. ARTIGO 98+ 1, No caso de morte por doenga de declaragio obri- gatbria, o cadéver ficaré no local onde se tiver dado 0 Gbito até & sua saida para o cemitério, sendo proibido desloci-lo para onde quer que seja, sob qualquer pretexto, oe DIARIO _DA REPUBLICA 2, A autoridade sanitéria, poderé proibir a Entrada no compartimento onde se deu o ébito a qualquer pessoa que nao tenha tido contacto antes com © individuo falecido durante a fase terminal da doenga; 3, Todos aqueles que infrigirem esta determina- a0 sujeitam-se as’ prescrigées adequadas a casos’ suspcitos da doenga que motivou o ébito. ARTIGO 99," A inumag&o nos casos de morte por doenga de declaragao obrigatoria sé se fara de harmonia com as prescrices que vierem a ser determinadas pela autoridade sanitaria competente. ARTIGO 100 F proibide o emprego de ornamentos e pompas fiinebres nos compartimentos onde permanecerem pessoas que morreram de doenga de declaracio obrigatéria, devendo os funerais ser feitos directa- mente para o cemitério. ARTIGO 1015 Os veiculos que servirem ou transportarem pes- soas falecidas por doenga de declaragao obrigatéria, ficam sujeitos a desinfeccdo que for imposta peias autoridades sanitérias. CAPITULO XA (Do Saneamento ¢ Salubridade) . SECGAO 1 (Do Saneamento ¢ Salubridade Urbana) ARTIGO 102." 1. As autoridades sanitdrias deverao ser ouvidas em todas as obras relacionadas com a urbaniza¢gio, saneamento c¢ salubridade, nomcadamente nos seguintes casos: a) na instalagao de unidades produtivas indus- triais; 5) na construcio de cdificios urbanos ow altera- ges dos existentes, sejam quais forem os fins 2 que se destinem; ©) na demolicgao ¢ quaisquer trabathos que impliquem alteragio da topogratia; ) nos projectos de edificios priblicas ou parti- culares, seja quais forem os fins a que se des- tine; €) nos projectos de abastecimento de Agua ov da rede de esgotos 2. “Quando se trata de planes de urhanizagao total on parcelar, seré necessdrio o parecer favord- vel da Comissio Nacional de Saiide. DIARIO Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 1907 1 SERIE— Ne 16 DA REPUBLICA GRGKO OFICIAL DA REPOBLICA POPULAR DE ANGOLA Prego deste niimere— Kz 40.06 “Toda corvespondincia, quer oficial, yuercelativa a antincios ¢ assinaluros Dien db “Ropablice, “deve. ser ficigida & Imprensa Necional ~ U.E.=,, gm Luanda, Caixa, Postal 1306,— End” eu IMPRENSA NACIONAL — U. E.E. Avisos Por motivo de forga maior ¢ enquanto nfo se nor malizer a situago prevalecente nos servigos Técnicos da Imprensa Nacional —U. E. E., as 3 séries, do «Difrio da Repablicas, passario | publicarse Bs Se- gundasfeiras ¢ Sébades do cada semana. SUMARIO Comissio Permanente da Assembleia do Povo Aas set Aprova_o Rogulamento Sani de Angola. —Revoga toda 9 disposto no, presente regulamento, nomeadarnente a Vortaria n* 6392, de 9 de Agosto do 1948, do Regula. mento Geral de Sanidade Urbana e de Bolicia Sani ria ¢ Mortutria da Coléaia de Angola. a Repibliea Popular legislagdo que contrarie meee eee COMISSAO PERMANENTE DA ASSEMBLEIA DO POVO Let wo 5/87 de 23 de Fevereiro * Considerando a nova realidade sanitéria decor- rente do processo revolucionatio em curso e a nevessidade de promulgagao de legislagio adequada 3 execugio das tarefas constituidas na politica sani- téria definida pelo MPLA-Partide do Trabalho, ‘ASSINATURAS © prego dos anincios € de Kz 2200 Ano |{ o linha, screscida do respective. en ss ase ey” Ka 1850.00] to do Selo, Acpendenda @ sue publica : "Kz 70000 |] s40 do deposito previo « electuar am Kz 70000 |) Tesouraria da imprensa Nacional — Ke 65000 | UE EL. ‘Tornando-se_necessdria a revisdo da legislagio sanitéria do Regulamento Geral de Sanidade Urbana ¢ de Policia Sanitaria e Mortuéria, apro vada por Portaria n.” 6,392, de 9 de Agosto de 1948, Nestes termos, uo abrigo da alinea b} do artigo 38." ¢ do artigo 39.° da Lei Constitucional e no uso da faculdade que me é conferida pela alinea i) do artigo 53." da mesma Lei, 2 Comissio Permanente da Assembleia do Povo aprova e eu assinio € fago Publicar o seguinte: SOBRE © REGULAMENTO SANITARIO DA REPCBLICA POPULAR DE ANGOLA Artigo 1." — B aprovado 0 Regulamento Sani io da Reptiblica Popular de Angola, que se publica em anexo a presente lei e dela daz parte intogrante. Art. 2°— Os conflitos de competéncia que resul- tarem da aplicucio dos preceitos integrantes do regu- lamento anexo, sero resolvidos por decreto executivo conjunto dos Ministros da Satide ¢ do Interior. Art, 3°— As dividas suscitadas, bem como as comisséies que so revelarem na aplicaséo do regulaniety to anexo, sero resolvidas por despacho do Ministro da Sade. Att. 4°— Fica revogada toda a, legislagdo’ que con- zarie © disposto no regulamento ein attexo, nomeada- mente a Portaria n.° 6392, de 9 de Agosto de 1948, do Regulamento Geral de Sanidede Urbana e de Polf cia Sanitaria ¢ Mortuaria da Coldnin de Angola. Art. 5°——A presente lei entra imedistamente em vigor. Vista € aprovada pela Comissio Permanente da.As- sembleia do Povo. Publique-se.. Luanda, avs 3 de Junho de 1986, © Presidente da Repiiblica, Jost Epuaapo pos Santos,

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