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UM GENERO EM Bert Co) PULL ey ay DP e Br Lo @ HISTORIAS DO ANIMAL Pe eWay Tir re R$ 4,00 M@ JAN/FEV 1996 @ ACORDA A CIDADE gente sada tocar, uma euforia co ‘Quem nao = ‘la € por que foi barrado na porta, que o sobrado jé ia estourar! E tome choro, Pedro Amorim, Mauticio Carrilho, Paulo Sérgio Santos, Joel Nascimento, Luciana Rabello, Alvaro Carilho, Marcos St ano, Daniela ‘Spielman, Carlos. Schroeter, o grande clarinetista mirim Ivan Mendes, Agenor do Pandeiro, sem contar os craques que foram so prestigiar. que no foram poucos. Foi um acontecimento | eee 0 que nos deixou bastante animados. | ympletar, s6 mesmo o fato de, antes mesmo de scar tens 4 contarmos com metade dos assinantes que nos propusemos conseguir nessa primeira fase, ou seja, da meta de 500 ja estamos pra la dos 250. Nem o mais otimista dos chordes poderia esperar por isso. Assim, ao mesmo tempo que cresce nossa idéia, aumenta também nossa responsabilidade. E cresce a revista. Algumnas col aumentaram de tamanho, outras foram surgin _espontanea. Comecamos nesse nimero uma i ) Simas relacionando 0 choro com variadas iciando com 0 carnaval. Sur _ UMA RODA DE SONHO guise licado aos discos dificeis de se a ae pecuimariene anti fas que ficaram na historia da nossa mtisica. ‘matéria central desta vez ver assinada pelo jornalista timar choro e suas alternativas, polémica_ nao se esgotara tao cedo. “Vem chegando aaa Datas, onde procuramos lembrar dias marcantes de importantes figuras do cord, sabendo que 9 espaco pequeno e que vai ficar muita gente de fora. E finalmer Saideira, lugar reservado para um genero quase desaparecido do Acie ‘a cronica. Para assinar a primeira ninguem melhor ue Aldir Blanc, cronista na mais exata acepgao do termo. A chave de ouro fica por conta de Paulo Cesar Pinhetro, que fer um lindo poema em homenagem a revista. oe Por fim, gostariamos de fazer alguns agradecimentos: primeiro lugar, aos nossos Conselheiros Editoriais, figuras balizadas do jotnalismo e da musica que acolheram 0 nosso sonho desde o primeiro momento; a Eva Doris Rosental e Maria Julia Pinheiro, da | RioArte, que tornaram esse sonho f ossivel; também aos }ossos | diversos colabora salhados pelo pais afora, em particular a | um jovern cartunista, Xande, que nao se nega a emprestar seu traco_ firnie aos nossos projetos, e especialmente a Claudio Sendin, Paulinho Pinheiro e Aldir Blanc. colaboradores ilustres « este nc ede outros sempre que quiserem. i \ssonclen ee cates “Herminio Bello Carlos Roberta hore: at = Port Alegre, RS / Wagner Segui Raorkndpos Sando Caos Nascimento, Serna Baptista € ‘Nach = Carib, PRY Paulo Pet — Maringd, PR J Helton Aliman, Capucho e José Femanda da Siva - $50 Paulo, Carlos Alexandre Wuensche -S. gos, SP! Marcio Lui G. Coel Horizonte, MG Adamor Ribeiro - Belém, AJ Eduardo Giuseppe - Fortaleza, CE Claudia Mara da Siva, Teresina, PI Henrique Filho, Wellington 7 cordas, Bras, DF Rare Nelda Saris, So ais, MA / Sergio onardo Miranda, Gisela de Araujo Noura, Luis Antonio Simas, Mario de Aratanfa, Luciana Lope, ‘Andréa Pereira, Anna Pats, Carlos ‘Nascimento, liza Mara Braga Martins, Luiz Antonio de Almeid, Eduardo Coutinho, Andrea Ribeio Alves, Xande | Gustragdes)- Rio de janeiro, R) Projeto Grafico: Egeu Laus Iustragdo da capa: Erberto Carboni 1955, Correspondéncia para: fa Otte Montero, 27110. Lara, | Rio de janeio, Ry CEP 22245-100 - Telefax: (021) 285.3672 RIOARTE Instuto Municipal de Aree Cultura ‘Secretaria Municipal de Cultura feitura da Cidade do Rio de janeiro 0 CARNAVAL E 0 CHORD Luis Antonio Simas estes dias de verdo fem que Momo rei- nou absoluto os quintais, esquinas, tereiros, mansdes, barra: cos, botequins @: similares do. planeta Brasil, uma pergunta se impde aos ad- miradores do choro: existe alguma rela¢do mais intima entre atrajetéria do choro € a hist6ria do carnaval ? abemos que durante os primeiros séculos da colonizagdo portuguesa, es- pecialmente a partir do sé- culo XVII, 0 carnaval limitava-se a festa do entrudo, em que 0s escravos saiam pelas ruas numa batalha de farinha de trigo e polviho, sujando-se uns aos outros; os brancos assistiam a tudo das janelas, divertindo-se ao jogar tinas de agua sobre os negros enquanto se_refestelavam com muita comida e bebida, Nao ha registro de que nestas farras houvesse algum tipo de ritmo ou cantiga animando o entrudo, Pike & pouco 0 camara se transformou ea musica entrou em cena. No final do século XIX ja eram comuuns, por exemplo, os bailes particulates em que as familias brancas se divertiam dangando a polca, Enguanto isso os ranchos, surgidos inicialmente entre os niicleos de nordestinos habitantes da zona portudria do Rio de Janeiro, passavam a ser integrados também por pretos, brancos e mestigos ea ganhar cada vez mais popularidade nos dias de carnaval Essa desflavam pelas ruas animados pelos miisicos das bandas militares e dos conjuntos de choro, que, segundo Tinhordo “durante o ano faziam 0 papel’ de ‘orquestra de pobre, animando festas de casamento, de aniversério e batizado por toda cidade, com suas flautas, violdes, cavaquinhos e oficlides.” Diz ainda o ‘mesmo autor que a0 emprestarem 0 estilo chorado a evolucio dos ranchos, os chorées foram fundamentais para 0 desenvolvimento da marcha cadenciada e dolente, diferente da marchinha de estilo rapido e veloz, mais tarde fixada como género sob o nome de marcha-rancho, Quando escutamos hoje clissicos da misica brasileira Como As Pastorinhas (Jodo de Barro ¢ Noel Rosa), Manna de Carnaval (Antonio Maria e Luis Bonfa), Marcha da (Quarta-Feira de Cinzas (Car- los Lyra e Vinicius de Mo- raes), Mdscara Negra (Zé Keti)'e Noite dos Masca- rados (Chico Buarque), esta mos ouvindo canoes essen cialmente derivadas daque- las miisicas dos ranchos de carnaval que, por sua vez, devem miutito aos nossos antigos chordes e a sua ma- neica peculiar de interpretar as melodias. E.0 nosso bom e velo choro mostrando seu potencial de renovacao e inovacho. ‘odemos lembrar também, da importancia do choréo maior, o mestre Pixinguinha, que, como atranjador e regente de orquestras de gravadoras, a partit de 1929, patticipou de gravacées de inuimeras musicas de carnav ‘Alem de fazer 0s arranjos, Pixinguinha também criou introdugdes para algumas marchinhas carnavalescas, como no caso da famosa O Teu Cabelo ndo Nega, de Lamartine Babo, e chegou mesmo a compor e gravar misica para o carnaval, como a marchinha Camnava td ai, em parceria com Josué de Barros e interpretada pela pequena notavel Carmen Miranda, em disco lancado pela Victor em janeiro de 32. E jé que é para falar de choro carnaval podemos ainda recordar duas belas homenagens que as escolas de samba, hoje sem duvida as grandes expressoes do camaval carioca, fizeram ao mundo do choro. Eo7e.2Fonea desfilou cantando 0 samba 0 Mundo Melhor de Pixinguinha, saudando 0 grande choréo brasileiro, e, ém 1985, a Estécio de Sa apresentou 0 enredo Chora Chordes, apresentando um samba que ganhou o Estandarte de Ouro de melhor do ano, € que, em certo trecho, dizia “E nessa festa Sou choréo e vou chorar Sou carinhoso desde pequeninho Tico tico fugiu do ninho Pra comer © meu fubé Alguém ai ainda diz que o choro nao da samiba? “une Amoi Sas isritoe "he detordo em Mr dn ‘mista basitra na UFR) OS INSTRUMENTOS | NO CHORO flauta. S/. Instrumento musical de sopro, conhecido desde Leonardo Miranda épocas muito remotas, de tubo aberto e dotado de orificios, os quais, obturados, determinam o comprimento da coluna de ar posta em vibracdo pelos labios do executante, (Dicionario Aurélio) m dos primeiros, senao 0 primeiro dos l [ instrumentos melodicos, a flauta é conhecida desde a Pré-historia, quando era fabricada de ossos longos de pequenos animais. Evoluiu nas Idades Antiga e Média, agora tendo como matéria-prima a madeira, sendo fixado 0 seu formato vertical e desenvolvida sua escala, constituindo a “flauta de bico”, precursora da flauta doce moderna. ‘Os modelos transversais, precursores da atual flauta transversa, mantiveram-se em segundo plano até a Idade Moderna, quando, ao ter seu modelo aprimorado por Béehm, contaram com popularidade crescente a partir dos séculas 17,18. ‘A Antonio Vivaldi, genial compositor veneziano, coube a inovagao de conceber 0 concerto de solista (antes exclusividade do Violino) para outros instrumentos como 0 violoncelo, 0 oboé, o fagote € ‘© bandolim. Foi ele o primeiro compositor a publicar concertos para flauta que compdem 0 seu Opus 10, escrito ja para a flauta transversa © modelo transversal segue sofrendo modificagdes com os anos, com melhorias técnicas. A matéria-prima para sua construgao continua sendo a madeira, mais notadamente o ébano, madeira de cor negra, ainda hoje utilizada na fabricagao de clarinetes, flautins e nas escalas de instrumentos de corda Eno século 19 que surge a titima grande modificacao na estrutura da fiauta: € 0 inicio da fabricagao de flautas de metal, principalmente a prata, atingindo 0 instrumento caracteristicas bem proximas das atuais. Por muitos anos da segunda merade do século 19 e principio do século 20, os modelos de ébano e prata conviveram, até 0 total abandono daquele. Exemplo curioso dessa transigao ¢ a rivalidade entre os dois grandes flautistas da corte do Rio de Janeiro, na segunda metade do século 19: 0 mulato Callado, virtuose da flauta de ébano, € o belga Reichert, pioneiro da flauta de prata no Brasil, ambos falecidos em 1880 no espaco de 8 dias. Por ser o instrumento mais popular no Rio de Janeits do Segundo Império, a flauta constititiu-se no primeiro instrumento solista no choro carioca, atravessando 0 século 20 pelas maos de Patapio Silva Pixinguinha, Benedito Lacerda, Copinha, Alvaro e Altamiro Carritho, entre tantos outros, para se constituir num dos instrumentos mais representativos do género, ‘Leonardo Miranda emetic ees, sels mo grupo flaca, Maus coneato © fara Deo ‘Alma Brstiene Colegio Antropologia Social 1999, 196p.- 14. 21 em Jorge Zahat Eaitor ¢ Eaitora UPR) © Misteerio do Samba de Hermano Vianna ‘omo ressaltou Sérgio Cabral no prefacio de O Misterio do Samba do antropélogo Hermano Vianna, rnem toda tese academic de antropo: logia social pode ser lida por simples morals. © Mistério do Samba pode © deve ser lido por aqueles preocupados ‘em pensar modernamente os caminhs dda Musica Popular no Brasil, sem dog- ‘mas nem radicalismos tendenciosos ‘partir do fantéstico encontro de Gliberto Freyre, Sergio Buarque de Hol landa, Prudente de Moraes Neto, Heitor Villa-Lobos, Luciano Galle, Patricio Teixeira, Donga e Pixinguinha, Hermano raga um painel das’ relagbes entre anistas populares, intelectuas € elite; & selanga a dificil tarefa de explicar como © samba passou de “marginal” a “oficial"sem menos de uma década. Por outro lado os conceitos de na cional, popular, mestico, tradicional, Fegional, etc, sio dissecados & luz do ppensamento de intelecwuais do porte de Freyre, Gilberta Velho, Afonso. Arinos, Claude Lévi-Strauss e muitos outros, sem rnunca menosprezar o trabalho de gente ‘como Jota Etegé e José Ramos Tinhoréo. Em suma é um livro que mais do (que fornecer respostas, nos leva a uma reflexio mais cuidadosa e menos ing ‘ua sobre 0 desenvolvimento da Musica Popular ao longo dos iltimas 70 anos, Henrique Cazes Q LENDARIO PIXINGUINHA ~ de Sebastiio Braga, Edicoes Muiraquita, 122 pgs. Langado em Fevereirol96 no Rio, © livro escrito pelo joralisia e radialista Sebastiio Braga pode ser adquirido na Editora pelo telefone (021) 716-9397 MENINOS, EW UI E OUI! 1m 1955, estreei como cronista em Mésica Popular na entdo famosa revista. semmanal O Cruzeiro, Uma das primeiras segdes foi dedicada quele que, entdo profetze,iria ser 0 LF do ano: A’Velha Guarda / Sinter SLP 1.058, e que reuniu alguns dos maiores chorées de todos 0s tempos como Pixinguinha, Donga, joao da Babiana, Afredinho, ‘etc. Assist, como convi dado, a essa gravacao que durou “cerca de 4 horas € meia” (ver contracapa assinada pelo saudoso critica Liicio Rangel e dela dei o seguinte relato: "No dia historico de 11 de julho (de 1955), por volta das 14 horas, comecaram cchegar ao estudio de gravacao da Sinter (na tealidade, era 0 estidio da Copaca- bana, na avenida Rio Branco, perio da Praca Maud), os bambas da Velha Guarda. Aos poucos, ¢ tendo a frente Pixinguinha, foram se reunindo os ver dadeiros Doutores em Samba desta praca: Donga, Alfredinho, Bide, Joio da Bahiana, J. Cascata, etc Forari execu- tados, nesta ordem, os seguintes ni- meros: Que Perigo: Flor do. Abacate Coratin: Hon6ria: Essa Nega Qué Me Dé Me Leve, Me Lave. Seu Rafael: Patrdo, Prenda Seu Gado: e Meu Ranchinko, Almirante apareceu e cantou algumas faixas com a velha bossa de Na Parana, A certa altura, circulou em xicaras de café, uma enorme pedida: a Pitu. E ela aqueceu 05 animos dos instrumentos ‘Temas uma vaga desconfianga de que, no resto de 55, néo se val gravar nada de tamanha importéncia” Verfico hoje, cerca de 41 anos depois de escrever isso, que no apenas. no restante daguele ano, como de la para c4, pouces discos’ de tamana importincia, foram gravados. Meu exemplar desse disco me foi oferecido por Alberto Pittgian’,diretor presidente da Sinter: “AD amigo Ary uma lembranga do Alberto. 2/8/55 CConstato que no selo do isco, a faixa Coralina néo traz o nome do autor desse choro, anotando-se apenas “Arr. de Pixinguinha’. Reparemos 2 injustica: 0 choro € do grande Albertino Pimentel que foi mestre da Banda do Corpo de Bombeiros. AAlém dos misicos ja citados, par ticiparam da_sessdo “os-violonistas Rubem, Mirinho © Lentini € 0 cava uinho de Waldemar” (ver contracapa) Como se fosse hoje, recordo das traves suras que 0 *menino” Alfedinho, na fina flr de seus 71. anos ~ que, com: pletaria dentro de poucos dias ~ fez no estido. E ainda me surpreendo com a eaforia verbal de Almirante em Parrdo, Prenda Seu Gado* quasefalando mais do que cantando: “Da-the, Dongal”, “Otha esse ponteado, Donga’”, "Segura esse ritmo, Pixinguinha, segural”. “Raspa esse prato bem, Jodo da Bahiana”, “Olha esse ganzé, Bide!” Em certo momento, 0 santo pareceu baixar também em Pixinguinha que néo se segura e diz: “EU sou da Bahia’ Almirante retruca: "XO, XOl” E este prossegue: “Vamos ouvir essa viola Donga, nesse ponteado gostosol”. Estava valendo aquele falaisrio todo? — enireolhavam-se 05 misicos. E nao (que esiava? Meninos, eu vil - melhor ainda do aque ver - ouvil = sconces ¢joralisa, pessador muse = Aor de mimeres as ‘site misc basa Aimega des pas mas sas do masa spect fren reunion fora, 7 tit ape mati gre A gavao orgal dext Tena pode st scan mere no A Maka "Dog * neo de Osc Maras Roa de 174 RECEITA DE CHORO TIRA POFIRA SATIRO BILHAR Transeri¢a ¢ harmontagio B Dom? €? Ar Det ARRATCA TOCO RECEITA DE CHORO MEIRA Transcricdo ¢ harmonizagdo Mauricio Carritho 10 HISTORIAS DO ANIMAL A UOLTA DO ANIMAL rulhosisimo! Assim me sent quando convidado pela Roda de Ghoro para. fazer "parte dessa empreitada. Nunca fui um bamba da gramética nem pense igurar entre os Claboradores de qualquer periodico, mas comvite té0 delicado € dificil decina Prometeram que meus escri‘os_seriam Sempre minuciosamenie revsados, sendo ‘0s possiveis eros responsabildade dets, aque no corigiram os meus. Aim, co 2 vontade pra contar coisas que eu vi enquarto esava em plena aivdade erie vivos - muitasregsiradas no meu lio 0 Choro, de 1986 -etaibém as ue presence dag, lugar distance mas corn boa vita. Lina virada do século - ‘és’ jé tao virando outro - eu j8 andava com gfandes bambas, mavisos. fautas e melodiosos vieles, mestes do improvso que geraram a radio do choro ¢ de quem mo me fanso nunca de falar. Grandes. figuras formaram comigo € dels sei histérias as mais diversas ‘oots vao perceber, mais cedo ou mais tarde, que minha quedinha é mesmo pela Veha Guarda. Di pra entender eu tava ll Reinava: 0 cima. da_camaradagem, 0s misicos eram watados na cordalidade existent € 0 caioca tinh por que ser mais aculhedor Se hoje ancase a porta 2 sete haves, antigamente elas fcavam abenas fem dias de festa ¢ todos, desde que respeiassem as regras do, Toca, podiam adentrédas vangalamente € cero que nem todos respetavam. Pais vam que aconteceu com um conhecido ‘meu, 0 ‘Alma de Magon’ “rabalhava ra Imprensa Nacional efaeava uum choro_ como quem num, sbado. de meade de més corre ars dos diners pro “boi com abdbora’ do dornigo. Ua ver foi convidado prum choro Is pas bandas da “eta Nova, como eta mult long, lg enconrar campanbia com medo de if 56. CChamou entdo outto penettarar © 3s paginas tana seguiram para bale ‘Chegaram e foram logo romando cada tum sua dama, que 0 baile i estave moe, fem porto de bla. O'Alma de Macon’ grou logo: ~ Guardem disci, serore, que eu ‘quero errar com meu jogo! Alguém, aurddo,excamou ~ Cruze, meu Deus, até parece que & alma de magon! (Quando terminow a polka chorosa, 0 convidado do Ala’ diigiv-se a um senbor dose ques aca ercoado aman ~ Entdo, ests gostando da maivada? Daneel agora com um multé da porta da orelha, nunca pensei que esta. meleca tsvese td boal Eu s6 vim aqui pra vadiar com essas morenas (0 idoso acompanava curios o reato do recente clega 0 senha esté vendo aquela mulata veha que esd 20 lado da pequena com quem dance? Também é um pancadto. ‘Nao teve tempo de terminara fase O senor cam quem ele falva era 0 dono da casa, 2 mula e vela, sve seahor, © a pemuena sua fiha, Ness ponto da conversa 0 senor interrompeu o falartee perguntou quem 0 tinha convidado. malandr® desconversou, mas dante da insistencia na resposta, aponou 0 ‘Ama de Macon’ que vinha passando. Eno 0 anfiriaa observ com toa calma ~ Um convidado convida outro, © 0 dno da casa boa os dois na rua, por isso, tomer os seus chapéus evao Sand antes aque o pau ronquel Cota do ‘Ama, dessa vez nem nha culpa. Por isso que seimore que eu andava pelos choros em lugares estanos fia {queso fechada de, antes de mais nada, ser apresentado a0 dono da casa. E um eonselho. pra quer no quiser reper 10550 ncaios amigos, quesiram corridos sem paricpar da lta danal AN ans lembrangas.. Mas ndo quero ficar aqui sé falando das coisas” que presence, quero contr também novidaes, Acontecimenios mals frescos, estOnas que aqui ougo gente contando ¢ vvendo. As isas mudarem muito mas continuo escutando nossa misiea maravilhasa cadavers dsseminando mats e mais por nossos altro. Espero. nao aborrecélos com essasreminisencias @ to1o para que me escrevam coniando chsas navas sobre as rods dess pas afoa Ber, agora vou me realher Ni tenho mais aqela moblidade de ants, ecomo ndo posso mals partipar de todos os chotos que acotecem,fco daquioltando ra maior secure, Aida esses das eu spiel tum sarau na casa do arquiteto Alfredo Brito que me deixou com a boca salvando Farece que todo ano term, ¢ &daqueles que se eu fosse vivo nio perdera de jeto enhum.Incsive escutelestirias que mais aante no podeei debar de coma. Mas realmente, fia pra proxima Pura, lembrel fevereito 0 Ary Vasconcellos fer setenta agora que_nesse anos. Lamento néo télo conhecido pessoalmente, JA que ele era quase um {garoto quando eu part, mas sou muito grafo pela reedigdo do meu liv em 1978. Foi ‘com base em seu exemplar que fi feta a nova edicdo € a parti dai € que pude ser conti ps Cartes d ye eamber paricipar desse periodico, junto com nomes Importantes do momento, como 0 Claudio Sendin. Fiea. um abrago impresso aqui pro perpetuador das minhas estas, Prometendo volar assim que puder. ‘com novas estéras se vooés me ajudarem, espero-me com um abraga choroso, Animal!!! Ressbencs em nossa redo, misternsa- mente, envelopes assinados pelo ehorao inicio do séeulo Animal 05 cats sone ee ram obscurs, gore € que ninguém entende mas nada. Num caso moar de paranorme lidade, parece que ele novamenie esta entre nos, Esso eda are om rcss ‘oda. Corespondéneia para © Animal: eve fra a Rua Pret. Lule Caranhese, 240/203 Uaraneies-CEP 72245040 Rio de lanero, CS DESDE QUE 0 CHORO E CHORO - II oS SURGE PIRINGUINHA Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, o processo de SYormagao do chora ja se encontrava em plena fermentagao. Um dos pontos onde se reuniam os chordes era a chamada “Pensdo Vianna”, a ampla casa de oito quartos e quatro salas do funcionario publico e flautista Alfredo Vianna situada na Rua Vista Alegre no Catumbi, palco da infancia extremamente musical de Pixinguinha Para se tet uma idéia do ambiente artstico do casarao, musicos como Sinhd e Irineu de Almeida mo- raram pot tempos no pordo habitavel. O inquilino Irineu que tocava trombone, oficleide € bombardino foi quem ensi nou musica ao pequeno Alfredo e afirmou: “Esse menino pro- mete”, passando a levé-o nos Pigueniques que contratava Numa dessas festas na Pena, em Jacarepagué o jovem virtuo- se desencabulou € tocou, se- gunda seu proprio depoimento, “com limpeza durante meia hora a polea Lingua de Preto” ‘A proximidade com a Praga One também marcou a formagéo de Pixinguinha que ali frequentou terreiros e as casas das tias baianas onde mais tarde surgiria 0 samba. Antes de completar 14 anos Pixinguinha foi tocar profissionalmente numa casa de chope na Lapa chamada “La Concha” e pouco tempo depois ja atuava na orquestra do Teatro Rio Branco, dirgida por Paulino Sacramento, Na orquestra Pixinguinna foi demonstrando sua vocayio para 0 improviso e acrescentando umas “bossas” que néo estavam na partitura, mas agradavarn ‘a0 Maestro. Foi ainda nesta época que estreou em disco tocando miisicas de seu mestre trineu Batina Trabalho nao haveria de faltar a um miisico téo talentoso e Pixinguinha nao parou mais, tocando em cinemas, teatros e gravagdes. Em 1917 chegam ao disco suas primeiras composicoes e mostram um. solista experiente © um compositor especialmente inspirado, Sao deste ano as gravagées da valsa Rosa e do choro Oxe em 23 de abril de 1897 nasceu Alfredo da Henrique Cazes Sofres Porque Queres que ja ttaziam inovagdes e um apurado senso formal Quando dois anos mais tarde surge a opor- tunidade de atuar na sala de espera do Cine Palais, Pixinguinha, juntamente com Donga, seleciona oito ‘membros do Grupo do Caxangé e cria os Cito Batutas Cabe lembrar que nessa época néo se admitiam apresentagdes de musica popular onde nao houvesse canto, ¢ esta fungao ficou com China, violonista e irmao de Pixinguinha. Os Oito Batutas além de Pixinguinha Donga e China tinha: Nelson Alves no cavaquinho, Raul - Palmieri no violéo, Liz Pinto da Silva na bandola € reco-eco, Jacob Palmieri no pandeiro e José Alves Lima no bandolim e ganz4; foi o primeiro grupo de choro a ter projecio e relativa estabilidade de componentes. AS gravagdes realizadas em 1925 na Argentina e agora relancadas em precioso CD do selo Revivendo, mostram que apesar da fama 0s Oito Batutas ainda nao tinham uma lingua gem musical organizada. Ao ser indagado sobre 0 conjunto, 0 Maestro Radamés Gnattali afi mava “aquilo era uma esculhambagao, cada um fazia um baixo", mas ressaltava a qualidade do flautista Pixinguinha Partindo da musica dos chordes (polcas, schotiische, vafSas, etc) € misturando elementos da tradigdo afro-brasileira, da musica rural e de sua variada experiéncia profissional como miisico, Pixinguinha aglutinou idéias ¢ dew a0 choto uma forma musical definida © mesmo Radamés afirmava “choro tem muito por ai, mas bons mesmo sao os do Pixinguinha, e nao é porque so mais elaborados, € porque ele era um genio ‘Com os Batutas, Pixinguinha conheceu Paris em 1922 assimilou novidades que enriqueceram a Misica Brasileira, mas este € 0 assunto do nosso préximo niimero, Até il Hewique Cazes ATUALIDADE E ALTERNA x 7 _ in 1 E Ri . \ 4 CH IRC ): [ M Gj | vpe choro ~ a primeira formagao instrumental popular urbana do pais, que surge por voltas de 1870 - vem passando ultimamente por transformacdes sentidas até por aqueles que nao pertencem as confrarias de cultores desse genero musical. Até depois da metade da década de 20, 0 choro manteve sua importancia, praticamente hegeménica, de miisica mais conhecida e tocada no pais por mais de cingiienta anos. Mas, mesmo alijado, e a partir dai, pelo samba ¢ pela marcha e outros ritmos, nao desaparece. Os chordes e suas irmandades” de ouvintes se sucedem, chegando a atual sexta geracao, como assinala 0 estudioso Ary Vasconcelos, em sua obra “Carinhoso, Etc - Histéria e Inventario do Choro”, O choro, como 0 samba de Nelson Sargento ~ “agoniza mas nao morre’ iG TRANSFORMAGOES Aer do comecgo dos anos 70 Radamés Gnattali_manteve Contato permanente com uma extraordindria geracéo de intérpretes € compositores de choro - Rafael Rabello, falecido no ano passado, Mauricio Carrilho, Henrique Cazes. ghoro vem passando Jodo Pedro Borges, Luiz Otavio Braga, Joel Nascimento, Luciana Rabello, além de outros ltimamente por tantos excelentes musicos. Esse transformagoes sentidas contato resultou numa das fortes tg gor aqueles que nao vertentes responsaveis pelas transformagoes operadas nesse _pertencem as confrarias género musical. JA em 1982, gultores desse género numa entrevista a Miguel de Almeida, na Folha de sao "usleal Paulo, Gnattali criticava os chamados regionais, conjuntos que tocavam choro. Eles tinham parado no tempo, reprisando sempre as mesmas estruturas. E afirmava: “Essa forma¢ao — cavaquinho, dois ou trés violdes, pandeiro e um solista - é que ficou parada. Com Jacob do Bandolim a coisa mudou. Ele fazia os violdes acertarem o baixo”. E concluia: “O choro esta muito diferente”. Em 86, dois anos antes de sua morte, 0 extraordindrio compositor, pianista e arranjador, assim se expresssava sobre 0 choro: “Gosto da AS & ILMAR CARVALHO ) EM TRANSFORMAGAO musica instrumental e 0 chorinho é a express4o maxima da musica popular.” Era, ja, um bordao que Radamés repetia sempre, dando a ideia do respeito com que o mestre sempre se referiu ao genero musical carioca As observagdes que vimos realizando sobre as mudangas que se tém operado no choro, encontram eco nas conclusdes a que chegou a musicdloga Elaine Batista sobre a mesma tematica, Elaine é especializada em musicologia e terminou recentemente um trabalho sobre as orquestras populares do Rio nas décadas de 20 a 80 e suas relacdes entre timbre e sociedade. Com base na convergéncia de nossos pontos de vista com os da excelente pesquisadora, entendemos que as maiores transformacdes que parecem caracterizar 0 choro contemporaneo sao de ordem harmo- nica e timbrica. Harmonicamente essas mudancas remon- tam, como é sabido, a Wagner e Debussy, com a incorpo: racéo das dissondncias, levadas as ultimas conse- giiéncias pelo atonalismo de Schoenberg. A fusdo do tonalismo europeu com o modalismo da musica afro-norte-americana deu origem, inicialmente, aos conjuntos de jazz, e mais tarde, na década de 30, & formacao das big-bands No Brasil, esse género surge e se difunde prin- cipalmente através do radio, nas décadas de 30 ¢ 40. Da fusdo dessa heranga jazzistica com a melodia e 0 ritmo brasileiros, nasce a Bossa Nova, matriz das muta- goes harménicas do emergente choro contemporaneo NOVA ABORDAGEM DE TIMBRE E MELODIA © que se refere ao timbre, deve-se, antes de mais nada, abordar as pesquisas que tém origem no encontro de Debussy com as entao chamadas culturas exéticas, notada- mente o “gamelang” das orquestras de Java, que se exibiram em Paris na Exposicao Universal de 1889. Referidas pesquisas, posteriormente desenvolvidas por Messiaen, expandem-se através da Escola polonesa (Penderecky, Ligeti) atingindo seu ponto culminante na confluéncia das investigacdes no campo da musica e da engenharia eletronica B rrr Essa heranca timbrica, que configura 0 ruido como matéria musical, foi difundida entre nos especialmente por Walter Smetak, misico suigo radicado na Bahia e jé falecido, e um dos mentores | espirituais da Tropicalia, Smetak, a partir dos anos 60, influenciou | fotla uma geracao de musicos que concebem o timbre, igualmente, como elemento de estruturacao musical. Tal concep¢4o sonora é explorada pelo chor contemporaneo por meio de novas com- binacoes sonoras, ainda dentro do instrumental tradicional desse nero, como é 0 caso da Orquestra de Cordas Brasileiras e, tam- bém, através de novos conjuntos timbristicos que agregam instru- mentos elétricos, como se observa, pafticularmente, na obra de |Hermeto Paschoal No plano melédico, 0 choro contemporaneo ainda conserva muito dos clichés do género, embora ja se observem mudangas que parecem se originar da heranga harmonica jé referida acima. Essas Mudangas ocorrem, por exemplo, na composi¢ao Choro Negro, de Paulinho da Viola e Fernando Costa e no Choro de Juliana, de autoria do violonista e compositor Marco Pereira. E interessante observar, 1G ainda, que, em relacdo a forma musical do choro, tradicionalmente tripartida, encontram-se exemplos de obras estruturadas em duas partes, e singularmente compostas em forma de tema e variacdo, Como se pode observar no Choro de Mae, de Wagner Tiso. PERSPECTIVAS mercado carioca, bastante restrito para um género musical t40 requintado como o choro, esbarra, de um lado, no fato de mais de 1 milhdo e 500 mil jovens cariocas dos suburbios (e agora até da Zona Sul) aderirem ao funk e ao rap em mais de 400 bailes sema- nais. Esses bailes sao realizados por 100 equipes de som onde atuam 750 Djs. De outro lado, spraticamente toda a midia ~ televisao, radios, CDs, fitas, clipes, videos - se ocupa Virtualmente com 0 pop e seus sucedaneos. Esse género toma conta dos sales, das boates, dos inferninhos, dos condominios, sem falar dos megashows de rock € pop com 50, 60 mil espectadores, dai para mais. Mas entéo, como sobrevive essa geracdo de misicos de choro, que deve reunir, prova velmente, 50 instrumentistas? Levada a pergunta a Mauricio Carrilho, violonista, compositor, arranjador, ele admite que a sua sobrevivencia e a de seus companheiros erred como musicos se deve ao fato de se dedicarem Unica e exclu- sivamente a essa profissao sequer cogitando de outras atividades, nem mesmo a de funciondrios puiblicos, como eram, praticamente, todos os chordes desde o nascimento do género. “Jacob, com toda a sua genialidade, pertencia a geracdo dos musicos funcionarios”, exemplifica Carrilho. “Somos - comenta 0 violonista - profundos conhecedores de nossos instrumentos, conhecemos bem musica, ndo paramos de estudar. Garantimos nossa sobrevivéncia fazendo transcricoes, gravacdes, artanjos, damos aulas, nos apresentamos em shows, espetaculos, recitais e assim conseguimos uma independéncia: a de sobreviver exclusivamente como musicos.” Nessa mesma linha, Henrique Cazes, um dos maiores nomes dessa geracao de chordes expressa: “Nossa geracao € a primeira de mUsicos profissionais que elegeram o choro para valer. Da gerac4o anterior, Joel do Bandolim, Déo Rian e Zé da Velha eram e sao fun- cionérios, sendo virtuoses em seus respectivos instrumentos. Entao, a musica para eles era diletantismo. A experiéncia, principalmente da Camerata Carioca, para 0 nosso grupo, foi muito ampla, ja que convivemos, a partir da.criacdo desse conjunto, com Radamés Gnattali, com quem aprendemos bastante. Ele foi nossa verdadeira escola de musica, e a Camerata serviu como exercicio para nosso aprofundamento na instrumentagao e arranjos. Hoje tocoem quarteto e noutras formagoes. E pretendo continuar contribuindo com essa bela realidade que é a Orquestra NO™ — ih de Cordas Brasileiras. Ainda com rela- ) Vira 1 40 as geragoes anteriores, sempre t- [Pap ra vemos a preocupagao de passar infor- CF magao musical, enquanto aquelas prati- cavam uma competicao exacerbada, e tudo 0 que os musicos sabiam eles reti- nham para si. Com tais perspectivas e avancando sobre um repertério infinito, temos hoje condicées de tirar 0 choro do gueto onde querem leva-lo. Sinto que ha uma grande abertura para esse género, como nunca houve antes, a0 contrario do que os chordes das décadas de 50 e 60 afirmavam”, © assunto é to amplo quanto fascinante. Longe a pretensao de querer esgotar neste espago um género com a idade de 126 anos. mar Carvalho é jornaiista e critico musical Foi professor de Sociologia da Cultura e da Musica nna Escola Villa-Lobos da UNI-Rio, 5 DATAS. JANEIRO: WOUI977 ~ More os 1 anos, no Ri, Sone cere ete eer eee Saipan casera Shibtiinetn area SNE tence cepraet See Sinai See Sonera eta ee cate eee hilt eas see ramen Neca Srcernenternes ee ee Se cael eet Sen onan Stee Boissons ens oat Ele ie rE Pr Toto mo a se miss Mas ss fom SOU004- Nace Campo Gand (8. ja tha Aaj, uc grande ceo doce marc: ces mcs Sonal tease conan SE S6011825~ace em So Pubs ongosioa Sige ow ae Trovit en foro Ae, Radamés Gaal, macs srao a as as porate: igs nabs, fe mts Sura eonongies ns esucases Sate ere Saad he congue ¢ cinpouce : ‘anor cAre Bastin Soe hase mo, Clio Pein oNCandiie de ombore. ns ater Sesarae 9 cha 6 Mo camo mod db Sr prs moda. EIRO: OT Em Bra ase Fe Wace Cano, corpus do pur core Bas de Cryer eens poe ro aoe, 41934 ~ ue ETE ro fRoaor aoe Poean crate tango tee C moral ompostr de arias come Oden © ‘pubes cme 2/1928 fm Sins SP ae Jos Rams Timor, ert esq © mus Rocce taters tre cbee Pope art Mite Ppl da minh eo pote t2hztaes Annes Jacomie, « velonsa Cannot ssc em So Pat. hb onan com {Cano de Canaan do ego do anno) Suamats amore campos 6m de Rose {ata 98 Ramer de od PA Bee aes tandaineomd crane rae do Sai beste eo gas de Out Aor fe Noes rca Doe ce Cen Asad {soais.- nae em Commande cy Abe ferela 6 fmosecaotsa compos Aria. Lid oman e hort baa. {603958 wor ene taper, 855 an. to Ro. Fautkta e comportor compos com Phang anon up na oad de 17Mg1975 - Alvedo\ da Rocha Vana Filho, 0 me que depenss comentarios oti de ane, ba2919- hase Cesar fan. pt de Faun do Via voiisa do Epoca de Ouro, dese asia funda, ananas cam jG es pr ence (Glan, be cate pn ex cog gna ners, ‘gastos jorge be at ct PS, Cas ‘be Congo on Ce do Cara SP Age » ISCOTECA Basica Mauricio Carritho CHOROS IMORTAIS Altamiro Carritho Copacabana, 1964 jotado em Lp e jamais langado em CD "T inate anos quando acorteceu feréreno, Meu pl colocou na ea viola umn dso chamado Chores Imortais. Eu chape,fanatize,eniovgueci ou alguma coisa do gener. ‘unt esse isco mals de um ano Sem paar. Passi dezeas de ardesrepetindo qua, cnc, sei quanas vezes sequias, ea cada uma delasdescobiaalguma casa rox, Numa esss tas, euestvaseriaco no cio, cclado no auofaante para nao perder renhum cetahe, © ‘no entsiasmo por uma bazaria em tras esptacula eta pla dua Dino e Mea, desiogie\ a ata de lec ria que fzia as vezes de p do mévele quase que aimortidade dos choros Causa amore do fanatic owine Ful sivo pala doa Za, minharmde que me ou de baxo daguele monsiengo.Ndo posso, logicarene, lar com isengdo desse isco, Nel eu descobr @ msi. Descobn que alm da melodia hava um univeso de sons no acomparhamento aprendiasaborer cada levada do vio, as bainais do sete cords, palheradas do cvac, Guebradas do pander. ‘Sendo asim, dari minha opinio pasional sobre esse trabalho: ¢o melhor disco de choro de todos os tempos. E prvo-o repro € impecavele @anugao dos mises vara ent iretocve eabslutament eral Ta acando eager? Eno laa, ote € ese soando na fauta Nami Caro (que ¢tarbem poduor do disc). No acorpanhaerto 0 Renal do Cannoto formado por: ino no sete cordas, Meira no vino, Canfoto no cavaqunho, Otiande Siveira no acordeon, e Gison no pandeio. tram na epoca os melhaces em seus instruments no género chro alqus anda o oho, passades mas de rt anos). Porém 6 que mais me impresiona nese trabalho nio¢ o talent indvidal de eaéa mists e sim a periiqio do conn. Os aranios sio simples e a0 mesmo tempo surpeerdertes. 35 harmonias perfetas, as dindmicas ¢ a combinacto rimica as lvadas de Dino, Mei, € Canhoo, mara retrada desse regional soam em perea sitnia com a Naua de Atami. Asimervencbes de Orlando Svea so sempre oportuna, as bats a duas vues Flas por Dino e Mera esbanjam bom gos, ais © que 0 Dino tau ress disco & asunto para tm tazado de conraponio.Etem a sabedona eo alan do Mera, o maine seis codas de choro 4e dos os tempos. o ciaco do Canhotopreenchendo os espgos com suas inconfundive’s ‘quieras eo pandei do Gikon com as platielas bem sls, os dando a iusto de ou oss Pandeios.£ Atami? Sua ata em Lingda de Preto Honcrno Lape) e Harmonia Setagen (Dane Sanco) €simplesmente desconcerante Leva equi err atcrca eo balango 4s Ulimas concequincas improv na terera pare de Chore deveria set ans incoporao é composé do ese Pinguina. Em Chores Imorais tem co iss € mais uma impressionane vntade de Toca. mui impotantelenbrar que em 1964, ano no qual esse dic fo ravado, chor esava compleamerte marginizado. A Bossa Nova tinha estourado © 0s “iiows a2 svidade como dia Neon Rodrigues. que sempre esiveram em malaria as gravadoes ‘ios, TVs. imprens,achavary que tao qe no ee um canto um ilo, um barqunho coisa eta. no tava com naa, O cami para a jover Gara eda a su Doser exva Sendo aero. Apesr do cla desfavorave essa época, a gaa, o esto detcar dese mara de "Choos Incr” pemaneceu nabalve e deve servi de exerplo gum quserlaet sisica nese pals Se voce tem ese dsc cue dele muito bem, eno cem toga para que os aus propitros Gos fonogramas da extinta Copacabana enham a dgniace derelancar em CD o melhor disco Ge coro de odo os temps Marco Caro & mise Tel pncamenros Zé Nocurma Disranca E CHona Eigse devendo ess. Depis de ano rempo emprestando seu som envalven tee cheto de personalidade pro trabalho de tanta gente, afinal 0 76 nos apresenta seu Primeito disco solo. Demoré mas abot Seu sax pasa por um repeteno = &dangante, é gafteira sacudida (Chorinho pra Voe8. Amphibious Anon) ~ € delicadeza e liismo. (Senhorinha, Dracenas, Nostalgia, Beatz, Madrinha) samba de verdade (Minhas Madeugadas, Disfarca e Chora) ~@ choco sem disfarce (Sonoroso,Sarau pra Radamés) 5 9.bom gosto da capa ani o savor Jos arranjos. E quando a gente ouve som de cordas nnio tem ninguém sampleando nem ‘enganando;é a propria Cia, de Cordas! Ads, nemo titulo engana: Ze No- fueira chora copiosamente, eu ¢ que tento distargar, cada vez que o escuo! Pasko Amorim Aeron Goamo Pu Vock # Sncraso # Semonae # Austins © Mos arcana * ces © Sa ‘aa Rogues © ae» Mabe © Nostua © fox Beraz« Danae Clone Fen Tene Mescos: 2 Neciuns Gus. Crna Bass (ve ad, Rm Suan (GANS, BORON (Ho) Musou (racusioy Manco. Sino NEE Maco Pon eto) Lieu fans Cage ol Vino Stes Theatone Lon Basen oC Cragin Conran, ANDRE EES Das avid Le Gunnin ee Mano Ca Uo (hau oe 6 ':Pano St Shs Cr NEE CARE) VeroR Boe Noo € Gav Pmcenco erect me Ct Cone Prono Noctems, Coro, Po: ote Mano Laas, Ga (Ao E Maen Eouwan Citaun.Atayos Ce Yo lass, Maco Pun Lnon® Bak, Vince Buon, Mure Qa Cin Pos ce Desir Feros Jost Gi «22 Bo Dermscho Wrtex Dsos CD mi Lays. ‘Toca LuPERCE MIRANDA lm daqueles discos que ado pode fatar km nenfuma dsc de espa, Nee Iepertiio do pernambuesno Luperee Mirand ¢revisiado por Pedra Amorim, Jovem talento (ue ja consirua seu nome na MP8, sendo Seguidamente convidado para partcpar de grvagdes por nossos melhores nomes, Ai Sak oh eu peo dey So. aca pana por um ame de eraques dif de sex Fatdo, eteewtando Trevor, choros,valas ¢ embolidas. Pedro Amorim & um daqueles tipicos cariocas de Via Isabel, bergo dé tans bar bas € histvias, Comegou a tocar bandolm lrando de ouvid as misicas do mest fcc © atyslmenteexecuta com desenvatura também 0 cavaquinhe e @ ville tenor, Faz parte do eanjunta © ‘Tio com Paulo Sergio Sanios (alrinese)e Maurilo Carrio (oi), frupo que Jd lanou dois discos: um com a Eantora Teca Calazans (ue participa e dias fainas desse CD) e outto garhador de do's pros Sharp, Quem user ster do SL fenvolvimento como ingtrumento basa te- pararna foto da capa, na forma reverente com fue seguracolha 0 bardolim. E com esse Tespeito que Pedro Amorim encara seus trabaos,¢ assim quern ganha é 0 puicn our pra ver! Reagan eran ° Ney Sowaco # Paco A Bans © Pence ® Ai ua Rasonce Moan # Bre Plus © Bus Ne Bole Piow Teme ® Recaro Sewer ro + Naroranon ® Queen Rw Thow: Moncos! Peon Awan (pou); Marr Ct "uso res Jofo umn Ades Av: (8 1}; Tes Assaweo (Commas), CHIH Go oak; Maacos Suave reaRo,uGaR, CC ‘usu (ewe) Doma. rc Fane Jo "iscwewo oun Fr (40 7) DisrrmatcAo Kus Dascos fa CD (DDD) Pago Mi: RS 18,00 as Lope RG15.00 orn Kus (021) 220.1623 8X 220.084 NURS ‘Conversa DE Conpas Byscur Opi, £2 40 sro ver emoiverte Marcos Souza no piano, Paulo Helene no ‘banjo cavaguinha. Queca Vieira no olino © Marcello Lessa na viola e volo fase uma boa combinaeto de sons. eariquecda pelss participagdes especais So quatore Tas, entre choros,samas, uma cara, um tango & lum mae de-homenagem Bandoneon de Marcos ‘Souza, dedieade 2” Astor Patz: Maxichiguina ‘de Marcelo” Lessa para CChiguinha Gonzaga, ald de ouras cosas ‘als. Os coavidados lo tons diferentes a cada amano, Dom Chacal © Luk Perera fazendo contiapanios de cuca e trombone Bato wlio de Quca em Cc. rise Om sel Sax er duae falas, David Ghew inerpretance las locas (do oles Chico Man )eAdano Gif eslocando seu ‘ako acisico mafia Un camginho art conversa € to boa, que tem até quem ala na sada Na fata Cokagunho, a menina Anne de Pina, maseote do grupo, se diverte om 2 misica feta para la. Ha ainda um detalhe gue faz de Biscut um CD especs para. que podesse ser conilldo, 200 pessoas © compraram antecpadamente, apostanda fem seu vale Diance disso, o melhor a lazer & parat com tanta conversa colocar 0 disco Para wear once campos uemonn: Movin # Ls acs # Un cuagune nA # Savza# But be Ponca DS RTS APOE INE © TD fino ot tal ® Pao. oa Teewe: Masco: Misco Less (un, ve eve Mace aun (ras Pato HEL tap & cangun) (usc Vana ound): Muso Sot (ten) Dow cuca rrcesto Daw Chew (wore) Aono Giron ( eakoscisrcor Lis Pena (rower mio). + Proucio. Miveso Liss Nac Saiz» Asmyee Conrad con * Cr Loan «FoF Desiagto Kuan Discos Co, Praco Moo: RS 18,00 ss Laps» RS15.00 x4, Grin Kuna (021) 220-1623 FX 220.0999 n ISTURA & MANDA! ARY VASCONCELLOS: E SEUS 70 ANOS Nesse més de fevereiro, num ‘domingo nublado, dia 4, comemorou 70 anos Ary-Vasconcellos, membro. do Conselho Editorial da Roda de Choro ¢ profundo conhecedor da historia da nossa musica, Jomnalista, eseritor, critico © pes- quisador da. miisica popular, formado ‘em Direto, comegou como jornalisia em (© Globo no ano de 1945, De la pra cd colaborou na maioria dos jornals revisias do Rio e participou como jurado de irimeros festivais, além de organizar vatios programas de radio. Dentre 0s ime a as ecw eco: Pao. da Mtisica Popular Brasileira 2 vols: Ralzes da Misica Popular Brasileira: Panorama da Misica Popular Brasileira nna Belle Epoque: Carinhoso etc: Nowa Misia da Repiblica Velha; sendo que alguns desses nao puderam ser editados ‘em sia totalidade devido a falta de apoio {das editoras_profissionais, correndo sempre por conta do. proprio autor. Planeja terminar em breve atrilogia que iniciou em 1994 com Manhds Sume- rianas, romance que prossegue com Tardes Assirias e Noites Babildnicas. € ‘que baseia-se em sua experiencia pes- soal, misturando "personagens fcticios om 0 universo das redagdes de jomal do seu tempo ‘Nao podemos detxar de mencionar que Ary, na funglo de Assessor do Instituro Nacional de Misica da Funart, fol um dos responséveis pelas exce- lentes publicagBes sobre musica popular daguele Orgao, inclusive colecdo Reodigdes, que trouxe & tona o livro O Choro, de Alexandre Goncalves Pinto, & também, dentre outros, © Na Roda do ‘Samba, do saudoso jomalista Francisco Guimardes. o popular Vagalume. ‘Alem de tudo isso € grande cole- clonador, possuindo inimeras raridades dda nossa discografia, tendo vivenciado algumas passagens importances em sua carreira, como a gravagao do disco A Vetha Guarda, momento que ele detalha em seu artigo nesse nimero Salve Ary Vasconcelos, ¢ com ele a memiéria da nossa musica! Rodrig Feat = CHORO EM BELO HORIZONTE ‘Ausier Vinicius, nosso colaborador de BH nos informa que choro é no Bar Pedacinho do Céu, na tua. Desembar- sgador Fernando Bhering, 55, mo baitro Bona Clara. Os chordes tomam conta do bar 2s quartas e sextas, a partir das 20h, aos domingos, depols das 16h. 0 Ielefone de la é (051) 497-7485, CHORO EGiPCIO So primorosas as interpretagdes do violonista egipcio Ahmed’ EI Salomouny, para choros de Paulinho da Viola, Dilermando Reis, Garoto & Cia ‘Acompanhado de percussao e violao de ‘base, 0 egipcio demonstra ctal intimt ‘dade com 0 choro, o samba, 0 baido ¢ 0 jongo. & um balanco de fazer farao se sacudir no. sarcéfago. (informacoes Maistr 31, D-80337 Munchen, Getmany) Henrique Cazes © ADEUS AO SEU ARLINDO Quem nao se lembra do seu Arlindo, que com seu topete branco, por mais de quinze anos atendeu. aos rmiisicos na loja Bandolim de Ouro, no Rio de Janelto (R)). Pois &. Seu Arindo, cu melhor, o Sr Arlindo C. Ferreira, faleceu no dia 25 de fevereiro de 1996, 08 65 anos, deixando uma legito de amigos entristecidos com a sua partida. ‘Mas certamente, a esta hora, ele jf deve estar lé por cima, dando aquele atendimento aos. chordes que foram ‘mais cedo para o andar superior. MODERN MANDOLIN QUARTET GRAVA CHOROES BRASILEIROS Atendendo a uma encomenda do ‘bandolinista americano Mike Marshal lider do Modern Mandolin Quartet, Henrique Cazes esta preparando uma série de arranjos para 0 grupo forado por dois bandolins, bandola © andolocello. No repertério além de clssicos de Nazareth ¢ Jacob, compo- sigbes do proprio Cazes escritas espe- cialmente para o quartero RADAMES GNATTALI EM VIDEOLLIVRO Radamés Gnattal, maestro, pianis- ta, arranjador, compositor clissico € popular, é tema de videotivro do amber maestro Alusio Didier. O livro ~ cchamado Radamés Gnattali ~ contou ‘com a ajuda da vidva de Gnatal, Nelly Martins, € com 0 apoia da Riodrc. Retrata’ a vida do miisico © suas ‘pinides, incluindo caricaturas e vextos de Nassara, Milor Fernandes, Augusto Rodrigues, Mendez e Jimmy Scott. 0 video Nosso amigo Radamés, com roteiro e ditecéo de Aluisio Didier e Moises Kendler (45 min). derivou do filme de mesmo nome que ganhou varios prémios nos Festivais de Brasilia € Gramado em 91 (© videoivro custa RS 55,00 maiores informagoes podem’ ser ‘adguirdas diretarmente com a Brasliana ProdugGes Artisticas nos telefones (021) 537-3302 e (021) 286-9545, VIBRACOES ORGANIZA HOMENAGEM A NAZARETH Dia 18 de margo, no auditério da ABI do Rio de Janeiro (Centro), varios chorbes estardo revisitando o repertsrio dde Emesto Nazareth. Sao eles Marco de Pinna e 0 Conjunto Vibracées, 0 flautsta Leonardo Miranda, o quinteto de violbes de Sérgio de Pina, a pianista Marla Alice Saraiva - apresentando duas pecas inéditas, Polka-Chory (o nome € esse mesmo} € a valsa Dor Secreta - © 3 convidada especial da noite, pianista Carolina Cardoso de Menezes. O show festa marcado para as 19:00 horas. CHORO E SERESTA EM CURITIBA Em novembro de 1995, 0 grupo Choro e Seresta, de Curitiba (PR, ‘completou 25 anos de formacan e de apresentagSes ininvertuptas aos domin: {gos, de 11:00 as 12:00h, na Praca Gar Bad, sempre cecado por grande Dilico que ld aporma exclusivamente para ‘ouvir choros. Da formarao original, com ‘Tortato e Hiram nas flautas, Sloacit no ccavaco, Benedlito no pandeiro € Gedeon no violao 6 cordas, somente este cedeu lugar a Nilo 7 cordas, a parti de 78, Osmar Carta, violino, Gley, sax-alio Ismael, cavaquinho, empresiam sua presenca aguele evento domingueiro para alegria daquela. multidao afcci. nada do chorinho. ‘Numa cidade em que 0 ponto ako de suas atividades culcurals € a musica erudita € 0 balé, Curitiba merece des: taque também por levar ao grande pu: biico a expressao maxima de nossa mi sica Instrumental. 0 Choro Parabéns Choro ¢ Seresta, para bens Curitiba! Wetingon 7 cond do Conjunto Fetigo= Bras, DF NO EM PINGO D’AGUA E AGUA DE MORINGA NO EXTERIOR Bons ventos esto soprando pro grupo Agua de Moringa. Seguer dia 6 de margo para um show em Paris onde langam seu CD, aproveltam para partic par de 1s fainas do novo disco de Teca Calazans e depois partem para Bruxelas conde tém outro show marcado. Voliam e se apresentam dia 21 de marca no Planeraro (Rio de Janeira,) 20 lado da Orquestra de Cordas Brasileira, Outro grupo que vai muito bem, obrigado, ¢'0 No em Pingo D'agua, ‘Alem de estarem entrando em esto para gravar um novo CD. foram convidados para participar de um Festival em Toronto Montreal, no Canada, em julho e agosto deste ano. PIXINGUINHA 100 ANOS Em toro de Herminio Bello de Carvalho comecam ase organiza 0s eventos que vio'marcar o centenario de nascimento de Pixinguinha, ‘Com inicio marcado para o dia 23 de abril deste ano, as atvidades irao se estender até 23 de abril de 1997, dia em que Pixinguinha compleraria 100 anos. 0 megaprojeto incluiré reedigoes de discos e partituras, concertos - inclusive sinfonicos ~ palestras, programas de radio e TV. produgao de videos, exposi¢des, bem como o levantamento da obra do compositor com visias a sua informatizagao, Contando com a chancela da Secre taria de Cultura do Estado do Rj 0 evento reunird todas as entidades interessadas fem participar dos festejos © para tanto festa sendo criada uma comissdo organi zadora contendo os nomes de Sergio Cabral, Ary Vasconcellos, Mauricio, Carriho, Helton Altman, Zuza Homem, de Mello, José Ramos Tinhordo, Maria T. Barboza ¢ Alfredo da Rocha Vianna Neto dino de Pixinguinha) além de ‘outros. fe Mais do que uma manifestagao de respeito a0 passado € 0 momento de afirmarmos a modernidade da. misico Pixinguinha, ep RODAS DE CHORO EM SAO PAULO José. Fernando. da Siva, nosso colaborador de Sto Palo, sem de nos mandar uma reacao de. grupos ve hor pain gaa breve sinds fs porta signs gare onde se ‘en © pessoal de Vamos a les ed Na residéncia do Sr. Antonio Doria (dw. Rudge, 944) ha mals de 50 anos avoniece religiosamente uma Roda de Choro por semana, atualmente nas noites de 5* felta,'na Loja Contem: Pordnea de produros musicais (rua Ge- neral Osorio), onde tabalha 0. sete cordas e cavaguinho Arnaldo, reunem-se todo sébado, das 9.00 as 14:00 horas, cerca de vinte.misicos; na Casa Dei Vecchio de instrumentos musicals (rua Aurora) tambem aos sabados, de 900 3s 15:00, © no Bar da Pombinha, em Pinituba, onde aos domingos se reine 0 pessoal da Zona Nore ‘SEIS E MEIA NA ABL TODA SEGUNDA FEIRA Nem s0 de domingos vive 0 chor (0 Seis e Meia da ABI continua sempre as 2* Tiras, com um programa musical Variado que dé bastante espaco para 0 choro. Quem apresenta os ‘shows € Gerdai dos Santos da Radio Nacional, e Ary Nascancellos, junto com Sergio Re- sende © Sergio de Pinna, cuidam da oordenagio do evento, MAURO AFFONSO COMPOE CHORO EM HOMENAGEM A REVISTA O chordo Mauro Affonso, de Ca choeiras de Macacu, parceira de Jayme Florence na vasa Meus Quinze Anos composia em 1954, e que tocou em \érios regionals, mandou-nos belo pre- sente: um choro pra Roda de Charo, com 0 titulo de Uma idgia genial. Fica nosso agradecimento sincero pra tao bonita homenagem! FRANKLIN DA FLAUTA E LUIZ CLAUDIO RAMOS EM NOVO TRABALHO Esta. previsto para esse ano o langamento de um CD de Franklin da Flauta e Liz Claudio Ramos (violonista e arranjador), com composigées da dupla Com tepercério. variada, que vai do choro 20 jazz, Franklin” promece um trabalho “afinado com as. idéias brasileras, Vale a pena conferir 19 ISTURA & MANDA! CHORANDO NO VALE DO PARAIBA Chegam de Sao José dos Campos boas novas sobre 0 choro na regido. E ue nesta cidade foi criado em 1994 0 Clube do Choro Pixinguinha, fundado por um grupo de chordes que vem Tocando na regia do Vale do Paraiba desde 1975, dentre eles os componentes ddo Conjunto vibracbes (ld do Vale). As reunides acontecem as segundas-eiras {das 20:00 as 25:00 horas, na AV. 9 de Julho, 56 - Vila Adyana, S40 José dos Campos, SP Carios Alexandre Wuensche € quem ‘nos manda esses informes e conta que © Cube esta com muitos projetos, dentre eles um curso bisico de Rarmonia de choro para instrumentos de corda, com duragao de 10 aulas e previsto. para meados de margo, nos moldes da 1* Oficina de Choro patrocinada pela Funarte em 1984, e ambém um Festival Nacional de Choro, provavelmente em ‘outubro deste ano. Além disso estao Preparando um CD com musicas :néditas de compositores da regiao e umn arquivo de partituras de choro com cifras. para instrumentos de cordas, arquivo ‘que eles. colocam 8 disposicao dos Interessados. Os telefones de contato s40 (0125) 22-9500 e (0125) 25-4076, HORA EXTRA CONTINUA NO MERCADO SAO JOSE © quarteto comecou pelo final dos anos 70, tocando em bares da cidade. Em sua’ formagio tem de médico a engenteito, 6 que todos absolutamente loucos por’ choro: Julio. Teykal (bando: lim}; Marcos Guida ( violdo 7 cordas) Sérgio Vitale (cavaquinho) © Luis Sliva (pandeito), Para conferir 6 sO chegar no bar Sociedade Morena do Mercadinho Sio José das Ares, Laranjelras, Rlo de Janeiro, todos 0s domingos as 17:00hs. Informagoes (021) 225 4575 QUARTETO CHORO LIVRE EM BOTAFOGO Pra quem anda procurando os esconderijos do choro no Rio de Janeiro af vai mais uma dica. Fica no bar € restaurante Café Brasil, onde o Quarce:o Novo se apresenta todas as sexiasfeiras, das 21.00 até 1:00 da madruga, tnaldo Cunha (cavaquinho e violdo), Fred (laura © Dandolim), Luis Gonzaga (violdo 7 cordas) e Zezinho (pandeiro) passam 0 endereco “nem t4o escondido assim: Rua Capitio Salomao, 55, em Botafogo. PULGA ATRAS DA ORELHA ‘Um:passarinho nos soprou que Séo Paulo esta tramando um grande evento de choro para o més de maio A ‘conspiracao parece estar sendo lderada pelo Helton Altman, dono do bar Vou \ivendb, tendo em Mauricio Carrilho um de seus maiores cimplices. Prometemas mais detalhes e relatério completo no préximo numero, quando ees ja deverao estar chorando mais alto, quem sabe la pelo SESC-Pompeia. CHORINHO: NO CEARA Nosso_colaborador em Fortaleza, Eduardo Giuseppe, manda noticias de sua terra. Lé, em 1976, foi fundado o Clube do Chorinho (no diminutivo mesmo) cujas reunides ocorrem na casa de seu atual organizador, St. Dulo Justa, todas as tergasleiras, das 20.50 a meia noite. Ja apareceram por lé Paulinho da Viola é Paulo Moura, entre outros. Mais um ponio de eneoniro de chordes & 0 Cais Bar, na praia de Iracema, sempre aos ‘sabados, com apresentac’o do Regional do Macauba, VIRIATO... FERREIRA OU FIGUEIRA? Um dos nossos assinantes, Hugo Sarandy, chama atengio para o fato de, no artigo de Mauricio Carrilho no nosso ‘numero zero. constar 0 nome do flautsta Viriato, como sendo Ferreira, quando para ele 0 certo seria Figueira. Nossos fepdrteressairam em campo levantaram as duas versBes: José Ramos Tinhordo, no sew Pequena Histéria da Misica Popular, escreve Ferreira; as foutras referéncias encontradas (Ary Yasconcellos, Enciclopédia da. Miisica Brasileira Erudita, Folciorica ¢ Popular) assinalam Figueira NOSSO CHORO GRAVA CD EM FLORIAN SC Gravar disco de choto pode nao ser ‘arefa muito facil, mas gravar disco de choro s6 com miisicas de compositores ‘Novos ou pouco conhecidos € desafio ainda maior Essa faganha acaba de ser fealizada pelo grupo Nosso Choro, premiado pela Fundacao Catarinense de Cultura, interprerando $6. compositores de Santa Catarina, como Sebastiao Vieira € Pedro Raimundo (E deste ultimo 0 choro Escadaria, imortalizado na grava- {G0 de Canhoto da Paraiba). 0 CD" tern ‘Wagner 7 cordas, Paulinho e Gastdo nos violdes, Chico no cavaquinho, Claudio no pandeito, Salgado tocando’ bandolim, Altamiro no clarinete e Tarone na Nauta |esté sendo gravado e devera ser lanca- Go ainda este ano. E esperar pra ve, TEM CHORO NA UNIVERSIDADE FM DE SAO LUIS, MARANHAO No Maranhiio 0 choro esté no ar todos 0s domingos, no programa [produzido por nosso colaborador Ricarte ‘Almeida Santos, da Radio Universidade FM. O Chorinhos e Choroes € apresentado pela joralisia Maria José Costa, a Dede, que conta um pouico da historia de {géneto € da vida e obra de compositores © instrumentistas, Ricarte Almeida também esta envolvide = junto com a turma do instrumental Pixinguinha ~ em projeio de pesquisa, recuperacao de partituras € gravacao de CD. ° VIOLA CAIPIRA DE ROBERTO CORREA ‘TAMBEM CHORA Esté_no novo disco do violonista Roberto Corréa, O CD se chama Crisalida e wraz os trés choros Odeon, Ticotico no faba. € Brejewo solados na viola. caipira por um dos instrumencistas que. mais fentende do assunto, Roberto Correa, para quem no sabe, € mineio radicado fem Brasilia, onde passou a pesquisar 0 instruments. Desse. trabalho result, fem 1985, 0 livro Viola Caipira, e sua experiencia como professor na Escola de Musica CHORO E SAMBA ‘A misica continua nas praias do Rio de Janeiro. Desta vez, € 0 sambista ‘Walter Alfaiate 0 convidado do grupo de cchoro Dobrando a Esquina, neste 29 de ‘mateo, na Praca Sto Salvador, em Laranjeiras.O grupo marcou presenga no ‘ano pasado e esse ano’ os shows rosseguem, -XIMBINHO Dirceu Leitte cdm agenda cheia, Dia 18 de margo estara com 0 violonista Jorge Simas'no Rio Sul, tocando so. K- Ximbinho. Em seguida viaja para ‘Manaus, onde vat tocar no dia 21 com Mario Lago, no Teatro Amazonas, PREMIOS DO FESTIVAL AINDA NAO SAIRAM Os vencedores do Il Festival do Choro do RJ realizado em novi1995, ainda esto aguardando o pagamenta da premiagao a que Nizeram jus, MUSEU DO CAFE-COM-CHORO EM RIBEIRAO PRETO, SP A Secretaria de Cultura de Ribeirao Preto, através de seu coordenador de ‘miisica Marcio Coelho, inovou de vez a audigao do choro. Para estimulae a visita (0, 6 Museu do Café oferece aos domin- os um cafe da manha seguido de roda de choro no coreto, comandada pelo gri- o Os Roxinois. O projeto comecou em ‘95 € deu téo certo que durante a inter- Tupeao de janeiro teve que funcionar, ainda que pela metade. © publico queria, ‘ouvir e dancar choro ao ar ive, € 0 elto foi usar o som de um gravador. Em mar 0, 0 Café da Manha jd esta de volta com ‘miisica ao vivo ¢ entrada franca, sempre as 10:00hs. E que no Museu o choro € Imatinal. Informes: Tel, 016) 635.1986 CLUBE DE CHORO DE CAMPOS, RJ A festa da inauguracio desse clube aoonteceuquase na mesma data do langamento dessa. revista. Instalado oficiaimente no dia 17 de dezembro de 1995, 0 Clube do Choro & Cla jé conta Com cerca de 110 sécios que frequentam © clube para encontros musicais durante a semana, sempre 3s 20:00h3. Quem user se associar & $6 ligar para Jerson Ribeiro, presidente do clube: (0247) 225813 ou (0247) 220938. ENCONTRO DE CHORO EM FORTALEZA, CE 0 Ceara vai sera sede do choro nos dias 13, 14 € 15 de margo. quando misicos da Paraiba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Para -e dizer até que ‘vem gente do Rio Grande do Sul, que € longe; tchel - vao chorar pra valer no “Teatro José de Alencar, em Fortaleza, Nosso correspondente no Paré, Adamor do Bandolim, estaré 1d, cobrindo 0 evento € rocando no Gente de Choro, grupo que, diga-se de passagem Completa 18 anos no segundo semestre A torcida daqui ¢ que junto com a Maioridade chegue tambem 0. novo «isco, com direito a muita comemoracao No Bar do Gilson, que os mais ‘enturmados aqui da redagao ja tiveram 0 prazer de conferir e recomiendar a quem vi a Belém: esse antro de choro fica na ‘ua Padre Eutiqui, 3172 e serve um tira: {gosto de pirarucu rio que é um pecado MARINGA, PR TEM CHORO EM COMPANHIA DE JAZZ Em Maringéo choro esta muito bem acompanhado. Paulo Perini, produ Jazz & Companhia, programa de'3 horas de ‘sca de qualidade na Rio Metropo> lana FM,"O que no. comeco tina apenas _uma_hora ‘de duragao 205 ddomingos, em AM, agora -acontece tambem 35 segundas e tras, das 22:00 41-00 da madrugada, na FMC 104.9 de Maninga. PR TESES DE MESTRADO Tem gente falando de choro nas luniversidades, mais especificamente do viol’o dentro do choro, José Paulo Becker esta em fase de pesquisa sobre 0 Violéo dentro dos regionais de choro, © Marcia Taborda defendeu em agosto de 1995 a tese de mestrado Dino 7 cordase © acompanhamento de violio na MPB, Os dois sio violonistas e suas pesquisas saiiam dt porgraduardo da Faculdade de Misica da UFR] GRUPOS DE CHORO NO RIO Continuando a relacao de grupos de choro em atividade no Rio, mals dois srupos nao citados na lista anterior: Grupo Noites Cariocas,lierado por Déo Rian ¢ 0 Trio, formado por Mauricio Cartlho, violéo, Pedro Amorim, bando- lim e Paulo Sérgio Santos, clarinete CAPIM MELADO NO CHORO Alvaro Cartiho na Mauta, Indio do Cavaquinho. Paulinho do Bandolim e 0 ‘unio luxuoso de Waldir do Pandeio Inerementam, aos domingos, 0. Bar Capim Meiado, na rua Florina, 160 em Vista Alegre, Rio de janeiro, clad deo CHORO CLUBE DO CHORO DE PORTO ALEGRE © Rio Grande do Sul tambérn tem Clube do Choro, Com seis anos de existéncia, 03 associados se rednem todas as 5*feiras para ouvir a toda comandada pelo regional Epoca de Prata. O grupo tem 9 integrantes (sax ‘trombone, acordeon, cavaco, Dandolim: Violéo, pandeito, surdo e tamborim) e & dirigido por Zeno Azevedo, um dos fundadores do clube. As reunides, que sempre contam com varios outros ‘iisicos © cantores convidados, vao das 21:00 até 02:00 hs da madrugida, no Gldria Ténis Clube de Porto Alegre Correspondéncia para esta coluna: R. Araxé, 747/101 - Grajad 20561110 Rio de Janeiro, Rd Telofone: (024) 268.7536 al 22 TMARREDAUEL COMPROMISSO Aldir Blane uuando 0 Ceceu Rico, que. no gostava de festa, confessou,lé no Futeco da Rua dos Artistas, estar petdidamente apaixonado. pela. loira Helena. foi um Deus-nosacuda. A timidez do Ceceu era um neyécio muito séfio. E, para complica, o pai da jovem eleta era nada mais, ada menos, que 0 meu avd Aguiar: um metro e oitenta e cinco de portugues de Povoa do Varzim, metido hum ferno de linho 120, chapet panama, charuto tipo chaminé, © um relogio-de bolso que devia pesar uns dois quilos, fora a corrente. Mas o velho tina um pponto fraco: era doido por um pagode, birinaitee tiragostos, essas coisas essenciais a0 verdadelto deservolvi- mento do pais. Enquanto o Ceceu Rico abria 0 terceiro’ mago de Lincoln, a mocada queimava a mula procurando uma solugdo pro drama ~ Matei a charadat fra o Penteado, tremendo gozador, que mesmo com a boca cheia de bolinho de bacalhau, passou a expor o plano de acto. ~ Seguinte: O Ceceu no gosta de festa, Logo, a gente tem que dar um jeto dele arranjar consentimento pra namorar ‘Helena no meio da rua, que & onde ele se sente bem. E tem que ser sem precisar falar nada, por causa da sua timidea... © ainda deixar 0 velho Aguiar todo satseto. ‘A currolaestranhott ~ Peri. 6 Penteado! O Ceceu fica no ‘meio da rua flanando, na maior cara-de- pau, nem cumprimenta a familia da moca, se deciara sem abrir a boca, € © seu Aguiar, que € uma fera pra essas jogadas, ainda sai gostando? 6 ‘chamando 0 Mandrake, po! Penteado ner-te-igo ~ Que Mandrake, que nadat Vai ser uma barbada. A gente organiza a maior seresta de todos 08 tempos. ~ Seresta?7l ~ Seresta, sim, 0 quadripedes. 0 Benedito Lacerda faz 2 musica. Jé ppensou? Depois, a gente fala com aquele poeta que € meio maluco para trans formar 0 que o Ceceu gostaria de falar na tetra da misica. Ni, arma-se um regional de arromba, faz-se uma vaca pros lubnficantes @ pra arrematar, Ambrosio Gog6sde-Ouro canta em nome do Ceceu Que qui tw acha, Ceceu? (© enamorado, com a elogiéncia habitual, sentenciou: Meus prezados, fo inesquecivel! No sabado fata, 0 buteco tava ~ pra usarmos uma expresso. de samba- enredo - engalanado, Ambrésio solfejava derubava um cdlice airés do outro de uma caiana chamada “Drago de Ogum’ Benedito Lacerda afinava a fauta mortal. No pandeiro, Gilberto D’Avila, com um eulos novo capaz de enxergar até aproximagéo de onda de fo. . De repente,o Lindauro gritou: Minha Nossa Senhora do Tropecao! ‘Aguele cara no cavaquinho...&.. €..€0 Canhoto! Em pessoa, meus camaradinhas, em pessoa ‘Agente ainda nem tinha se recue: rado do susto, quando parou um taxi, da ueles pretos, € sataram, trazidos pelo Herminio Belio, Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Tinha nego tomando abéa¢ao a cachorro, tamanha era a emogao. O Art, irméo do’ Sitio Stradivarius, grande boemio da. rua Ambrosina, trouxe 0 Donga. Ai_por volta das dex horas, chegaram Dino Sete Cordas, Benedio, Cesar. Meira, Damésio. “Tudo em cima. Vergado pela respon sabilidade, Ambrosio. Gogs-de Ouro_ $2 {guejou essas palavras impressionantes: ~ Bo-botao-outa. Durdupa Em frente a0 257, misicos pre parados, bicbes atrés, Penteado explicou ro meu avé.o motive da seresta.O velho dew uma mordida no charuto que pro: ‘cou, involuntariamente, um minuto de silencio. Quando tudo parecia. perdido, Jacob, de levinho, comegou a chorar ‘Dove de Coco’. Vovb Aguiar se derreteu na hora e gritou pra minha vo: = Noémia, traz aquela que me converte a0 catoiismo! Eo choro comendo. Quase es horas da matina, ‘Ambrosio anunciou, de Ceceu Rico para a formosa. Helena, a valsa “Inarredavel ‘Compromisso” Me lembro como se fosse hoje: “Modesto € timido que sou, necessitevaler-me deste arificio para declararte meu amor e meu desejo ardente de contrair inartedével compromisso (Oh, se falta me cultura, loca criatura, tenho grande e dura a Espada de Eros para memorave's lias amorosas feo clamor do orgasmo, em ‘meio ao delirante espasmo ‘ousarei pedir-te,louco eilusire sobe, cotagdo, no lustre Mas se, nubil pretendente, ime fores negada, qual longinquo aso, dirigi-me-l a teu papai, cel como um padraso e, solenemente, ‘om semblante austere geste varonil, rmandado-i, sbi pra puta que o par” Um sucesso retumbante, Meu av comovido até os suspensérios, declarou ~ 0 rapaz provou que tem carter Foi ai que Helena, enlevada © suspiras, deu a entender que apreciaria ‘muito cumprimentaro gal Nao foi possivel, 0 Ceceu Rico tava com o Lean, jgando sinuca no antigo Excelsior, a meinorcanja do Estéclo, Helena ficou meio triste, mas compreendeu. Afial, 0 Ceceu Rico no gostava de festa * silane ¢ eons, rsa e compositor. LUPERCE MIRANDA R | bal Auguso Sardinha nasceu a.28 de junho perce Mia rascea a 28711904, m0 bro din ‘4 Satra, ou mesmo Satinbo - Bihar AN ttseem So Pas sae teass ee Lith enters se Sisto Saran oe a {ev Grigio mato eo comamusca jigs come pl te isos e rou um 1927 (Ay Vacoeetos no se fansoe A ae Areas oe mens OS COA vrs si: aque odes osnceumene ee a Bele Epoque, aporia 2 daia 23 de culo de ‘ents de cordas. Sua carta comes quan Brcic ot bina passin pela “aquetesonra’ 1926 coma de aa mae sence ‘resumir gae Pn sai imdo Bas © passa a iste al nstumeno, hegando Rese eee tle tea asco rd in) bane 0:0 sae de ao sande Lge Rg Dengan ras rg . va FMDUETBEe Often ue ero aera us ce Beiremn towne suececmtommimtce: Spa ge eile tn oie Soe Maisto MEI; alanine ener hinges ge recs (com a, ancih Ree imarirecra) ¢ Oriinds Fiano Ren: use hoes ae ae {ispecies de apap vo © eva tani ies numa rccetninaet ibe glam ne va. mbar ura os Esados Unde 80 etoe Rakin Otae Soper eae geen rare conan rato e is e Carmen Manda e and d Lia ¢ su Sa jute 9 cara de 1533, ima exe tuba) mere eee ‘tuaio como sla € do mpressimanic que io (de aos de gered ‘ptnmene as mera ¢escsntano pics ‘le tome um sucesso 3 parte nos shows, one 2 proms Sutera out gipo elke do Seunder ses eae Wapom ee Nese rustrancicnstpeme eo poe fo dee ras ye ce gil Se 48 Tay re raed aan dagen crops; i PB eras re Feet Mis tao 9 ademas 3 aera exempo, Due Elgon eA in rye acme, amor de embeiodss Licio om elerénin bs acho eo aa, 1952 Cato veo ala temas Rang sha ope sea ee Iarera ce Sitio her" Outo mest Cree {ealinaeChiguio do Acordeon Tor Smacosametmsgemasjvoh mos ude Naweh impresanie ams et fe Suing que lana em 1953.01" deco. coma Sra Sex meas tae ampbs 0 Teresa ear ten preg tee de Spremiceneal de Ques Cons larg eminca Tengen epee ns oth, cn sy Siro sa on cavernosa. Sou corperhes iohesnerinatgeea™e, tne pint ononmmariiege: fae (anes ae Su orp [apolar amiss aco Cho resus Apenrtuicinanccecees kata 8 eres Caeinsneone es Bare cnn meant ime taperac cies centen,dak cha ge Bcnrurowecuien Gates icmeyu ames a hogensa So» Cinna mi te Ab PROumereoememsee: Granadtonmncamliinss® “mine sare gine po Bieaisedidesimn Soe mye santana ei stories eich nicss patch ttt aa ta sen cag Siihgn Siac gare | ER etmncheainimicjaa Soe chaneeas crepe cd nS dactllmns nce, Bhi re tare rime Savegames ean Sn on hil jam @ demon ob msi tame ee tn owe aa” re Cesina Sosa worn Ree as aioe a = ; ASSINATURA ANUAL DE RODA DE CHORO (6 Ediedes). Envie seu nome € enderego, com cheque cruzado, no valor de RS 21, ominal a SULAMERICA EstUDIo Grarico Lipa. Para a R. Ortiz Monteiro, 276/101-¢ « CEP 22248,44 ) Rio de Janeiro, RJ i Roda de Choro Paulo Cesar Pinheiro it I O choro & como O atto-relevo Um vestido de roda Suave do pano Que nao segue a moda, Quem faz é 0 piano Que a moda nao dura. Com a ponta do fio, O seu tecido E o acordeon E de fino novelo Recorta a silhueta Parece um modelo Quando a clarineta Da alta-costura Desenha 0 feitio 0 cavaquinho ‘Trombone chega Persponta por dentro Trazendo os enfeites, Alinhava no centro Botées e colchetes © bordado da flauta E uma pala nova. E 0 sete cordas, Depois 0 sax Eximio na linha, Ajeita o bordado Remata a bainha E ajusta do lado Da barra da pauta Pra ultima prova Os violdes E 0 pandeiro Vao tecendo a fazénda Que da 0 caimento, Com tramas de renda Faz o acabamento Feito um trancelim Com fecho de ouro. Enquanto 0 molde E nao tem moda Do choro € cortado Que faca um vestido Pelo dedilhado De fino tecido De um bandolim Mais lindo que 0 choro

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