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Tada 9 carespondenen, quer SHEA quer felaiva @ amincio © sins do «Ditrio da Repiblicas, deve ser diiaida & Imprensa [Nacional - EP, am Linda, Rin Henrique de Cidade Alta, Casa Postal 1306, As its sis AL saie carve a! Sexta-feira, 15 de Margo de 2019 TSSINATURA I Série— No 35 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste ntimero - Kz: 160,00 ‘D prego de cada Ta piblicada wos Diaios Ano Kz 73415940 Ke 433 524.00 ba Republica 1" © 2" série € de Kz: 75.00 e para 937 sale Kz: 95.00, arescido do respective limposto do seo, dependendo a publicasao da wawingrensaacomal ot00 End. tleg. | A2* sie Ke 225599000 | ssérie de deposito previo nefectuaenatesouen ngs Ait sie 18013320 | datrensa Nacional “EP SUMARIO Publique-se. © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Assembleia Nacional Piedade Dias dos Santos. Resolugto n2 1719: Aprova, para aficasaa, 8 Comvensao cntrea Replica de Angola ea ‘Replica Portugnesa arn Emin a Dupl Tala em Mates de impostos sobre o Rendimento ¢ Preven a Froude e a Evaet0 Fecal ASSEMBLEIA NACIONAL Resolugaion.? 17/19 de 15 de Margo Considerando a vontade da Repiblica de Angola © da Republica Portuguesa em desenvolver as suas relagoes econémicas e aumentar a cooperaco em materia fiscal, Considerando 0 interesse das Partes cm concluir wa Acardo para Bliminagao da Dupla Tributagio © Prevenir a Evasto Fiscal em Materia de Impostos sobre o Rendimento, Considerando que a Conveneio sobre Bliminagiio da Dupe Tributagao em Materia de mpostos-sobreoRendimento « Prevengio da Evasto Fiscal apresenta um significado rele- vvante no aumento da transparéncia fiscal e pode cnstitur-se ‘num factor de promogaio de investimentos © das relagdes comerciais € econdmicas entre os dois Estados Contratantes, _AAssembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos terms das disposigdes combiniadas daalineak) do artigo 161° € da alinea ) do n* 2 do artigo 166°, ambos da Constituigao dda Reptiblica de Angola, a seauinte Resolucao 1° — E aprovada, para ratificagiio, a Convengio entre @ Republica de Angola ¢ a Replica Portuguesa para Eliminar a _Dupla Tributagdo em Materia de Imposto sabre o Rendimento € Prevenira Frat ea Evasto Fiscal, aneso a presente Resohugo. 2° — A presente Resolugao entra em vigor a data da sua publicagao, Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 24 de Janeiro de 2019 CONVENGAO ENTRE AREPUBLICA DE ANGOLA EA REPUBLICA PORTUGUESA PARA ELIMINAR A DUPLA ‘TRIBUTACAO EM MATERIA DE IMPOSTOS SOBRE 0 RENDIMENTO E PREVENIR A FRAUDE EA EVASAO FISCAL A Repiiblica de Angola ¢ @ Republica Portuguese, Desejando desenvolver as suas relneGes econémicas € reforgar a sua cooperagiio em matéria fiscal, Pretendendo celebrar uma Convengio para eliminar a dup tributagao em matéria do impostos sobre o randimento sem cia oportunidades de no trbutagao ou de tributagao reduzida através de fraud ou evasto fiscal (lesiznadamente atraves cle construgSes abusivas que visem a obtengio dos desagravamen- ‘os previstosna presente Convene para beneficio indirecto de residentes de terceiros Estos), Acordam no seauinte: CAPITULOT Ainbito de Aplicasiio da Convensiio AKTIGO 1° (Peston vend) 1A presente Canvengio aplicase s pestons resdentes de tum ou de ambos os Estados Contratantes. 2. A presente Convengio no prejuliea @ bibutagéo, po tum Estado Contratale, dos seus residents, salvo no. que respeita as beneficios concedidos ao abrigo do n° 2 do artigo 9.° (Empresas A ssociadas)e dos artigos 19.°(Remuneragdes ‘Publicas), 20° (Professares € Investigadores), 21.° (Estudantes), 23° (Blinago da DplaTributgo), 24° (Nao Disertinayo), 25° (Procedimento Amigivel) e 27.° (Membros de Misstes Diplomiicase Postos Consulares) 1708 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 2° Apostosvsndos) 1, A presente Convengao aplica-se aos impostos sabre 0 rendimento exigidos em beneficio de um Estado Contratante, ou das suas subdivisGes politicas oa administrativas ou autar quis locais, sein qual foro sistema usado para a sua cobranga. 2. Sio considerados impostos sobre o rendimento todos os imposts incidentes sobre orandimento total au sobre elementos dorendimento,inciuindo os impostos sobre os ganhos derivados, da alicnagio de bens mobilisros ou imobiliiios, os impostos sobreo montante zlobal dos vencimentos ou salirios pagos pelas ‘empresas, ban como os impostos sobre as mais-valias 3. Os impostos actuais a que a presente Convencio se aplica so, nomeadamente ). 4. A Convengao sera também aplicavel aos impostos de nnatureza idéntica ow substancialmente similar que entrem «em vigor posteriormente data da assinatura da Convengao © que venham a acrescer aos actuais ou substitui-los. As antoridades competentes dos Estados Coniratantes comuni carao una 4 outra as modificagoes significativas introduzidas ‘nas respectivas lezislagdes fiscais 5. Nao obstante de qualquer outro artigo desta Convengao, nada pode afectar o dreito de ambos os Estados Contratantes ou qualquer dos seus Governos Locais erespec~ tivas autoridades administrativns, de eplicar asta legislagio c regulamentagao interna relativaa tributagio dos rendimen- tos € hucros derivados de hidrocarbonetos, em terrtério do rrespectivo Estado Contratante, conforme o caso. caPITULO II Definisoes ARTIGO3* etnies seals) 1. Para efeitos da presente Convengio, a nfo ser que © contexto exija interpretagao diferente 4) O termo «Partuzats, quando usado em sentido 60- ‘arifico, compreende 0 temitério da Repiblica Portuguesa, em conformidade com © Direito Infemacional ¢ @ leaislago portuguese, ichuindo ‘ose mar temitorial, bem como as zonas maritimes adjacentes a0 limite exterior do mar teritorial, compreendendo 0 leto do mar € 6 seu subsolo, onde a Repiblica Portuguesa exerga direitos de soberania on jurisdigao, +b) Otermo «Angola» significa a Repiiblica de Angola «©, quando usado em sentido geosrafico, com- preende 0 respectivo mar teriterial ¢ quaisquer ‘reas fora do mar tertitorial, inchuindo a plata- forma continental, que, em conformidade com a legislagao da Reptblica de Angola ¢ o Dircito Intemacional, tena sido ou venta a ser desig nada como uma area dentro da qual a Republica de Angola pode exercer direitos soberanos ou jurisdigao: 6) AS expresses «aun Estado Contratanten € «0 outro Estado Contratente> designam Portugal ou Angola, consoante resulte do contexto; 4) 0 termo «lmposto» significa imposto portugues ‘ou imposto angolano, consoante resulte do con- texto: €) 0 temo «Pessoa» compreende as pessoas sin- ailares, as sociedades © quaisquer outros agrupamentos de pessoas, HO termo «Sociedade significa qualquer pessoa colectiva ou qualquer entidade tratada como pessoa colectiva para fins trbutarios; 1g) As expressdes «Limpresa de um Estado Contra- tanten e «Himpresa do Outro Estado Contratanten significam, respectivamente, uma empresa explorada por um residente de um Estado Contratante € uma empresa explocada por tim residente do outro Estado Contratante, A) A espresstio «Trifego Internacionab» significa qualquer transporte por navio ou aeronave, excepto quando 0 navio ou aeranave seja explo- rado somente entre lugares situados nm Estado Contratante ¢ a empresa quie explora 0 navio ou aeronave nao seja uma empresa desse Estado: 1) A expresso «Antoridade Competente» significa 1 Em Portugal, © Ministro das Financas, 0 Director Geral da Autoridade Tributiria © Aduaneira ou os seus representantes aut zados; € 4 Em Angola, o Ministro das Finangas ou seu representante devidamente autorizado; J) Otermo aNacionab» significa 2 Qualquer pessoa singular que tenha @ nacio- nalidade ou a cidadania dese Estado Contratante; ¢ 4 Qualquer pessoa colectiva, sociedade de pes- S0as ott associagao constinaida de harmonia com a legislagio em vigor nesse Estado Contratante, Wy As expresses «Actividade Empresariaby © «News- ‘ios incluem o desenvolvimento de actividades de prestagio de servigos profissionais © outras actividades de caracter independente 2. No que se refere a aplicngio da Convencio, mum dado momento, por um Estado Contratante, qualquer expressao ai nto definida tera, a nao ser que o contexto exija inter pretagio diferente, 0 significado que Ihe for atribuido nesse ‘momento pela lezislagao desse Estado, relativa aos impostos 0s quais a Convencio se aplica, prevalecend a interpreta «ao resultante da legislagao fiscal desse Estado sobre a que decorra de outra legislagio desse Estado. I SERIE —N° 35 ~ DE 15 DE MARGO DE 2019 1709 ARTIGO 4° esidente) 1, Para eleitos da presente Convengtio, a expresso esidente de wn Estado Contratante sinifiea qualquer pes- soa que, por virtude da leaislago desse Estado, esta ai sueita 1 imposto devido ao sen domicilio, & sua residéncia, a0 local de incomaracao, local de direcgao ou a qualquer outro crite rio de natureza similar, ¢ aplica-se igualmente a esse Estado € as suas subdivisoes politicas ou administrativas ou autarauias locais. Todavia, esta expresso nio inclu: qualquer pessoa que esteja sujita a imposto nesse Estado apenas em relagio a0 rendimento de fontes localizadas nesse Estado 2 Quando, por virtude do disposto no n- 1, uma pessoa naular for residente de ambos os Estados Contratantes, a situagio seré resolvida como se segue: 4g) Sera considerada residente apenas do Estado cm que tena uma habitagio permanente @ sua disposigao. Se tiver uma habitagdo permanente 2 sua disposigio em ambos os Estados, sera con- siderada residente apenas do Estado com o qual sejam mais esteitas as suas relagdes pessoais € ecandmicas (centro de interesses vita): ) Seo Estado em que tem o centro de interessesvitais rio puder ser determinado, ot se nio tiver tina hhabitagao permanente a sia disposigao em nena, dos Estados, sera censiderada resicente apenas do Estado em que permmera habitvalmente; ©) Se penanecer habitualmente em ambos os Esta- dos, ou se no permanecer habitualmente em nnenhum deles, sera consicerada residente apenas doFstado de que seja nacionak @ Se for nacional de ambos os Estados, ou nao for nacional de nenhum deles, as antoridades com= petentes dos Estados Contratantes resolverio 0 caso de comum acordo. 3. Quando, por forea do disposto no n° 1, uma pessoa que nao seja uma pessoa singular for residente de ambos os Estados Contratantes, as antoridades competentes dos Estados Contratantes procurardo determinar, por meio do procedimento amigivel, o Estado Contratante do qual tal pessoa devert ser considerada residente para efeitos da Convengao, tendo em conta o local da direcgao efectiva dessa pessoa, 0 local ondefoi constituida ou estabelecida, ban como quaisquer outros fac- tores relevants, tais como 0 local da sede, o focal en que € cfectuada e mantida a sia contabilidade e o local de exercicio das suas actividades ampresarias. Na auséncia de tal acer, «33a pessoa nio ter direito aos desagravamentos ou isengses de imposto previstos na presente Convengao, com excep¢a0 do previsto nos artigos 23° liminacio da Dupla Tributago), 24° (Nao Discriminagao) ¢ 25° (Procedimento Amiaavel). ARTIGOs* (Cstabelecimentoestived) 1, Para efeitos da presente Convencdo, a expresso Estabelecimento Estivel significa uma instalagao fie atra- ‘ves da qual a empresa exerce toda ou paite da sua actividade, 2 A expressiio «Estabelecimento Estaveb> compreende, nomeadamente: 4) Um local de direcgto, b) Uma sucursal; ©) Umeseritério. Uma fabrica: ¢) Uma oficina; € Uma mina, um pogo de petréleo ou gis, uma pedreira ou qualquer outro local de prospeccao, extracgao e exploragao de recursos natura. 3. A expresso «Estabelecimento Estiveb> compreende tambam @ Um estaleiro de constnugio, un projecto de construgao, instalagdo ot de montagem, mas apenas quando este estaleiro ou estas actividades tenham una duragdo superior a seis meses, 3B) As actividades de prestagao de servigos, inchuindo servigos de consultoria ou gesto, exercidas por tuma empresa de um Estado Contratante por interméstio dos seus proprios empregados ou de ‘utras pessoas contratadns pela empresa para esse fim, no outro Estado Contratante, mas apenas se continuarem por um periodo ou periodos que, no total, excedam 183 dias num periodo de 12:meses

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