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al 4. y a. PREFENTURA MUNICIPAL OE SANTO. ANDNE PALESTRA: J. GROTOWSII Me perguntaram se seria possfvel publicar este discurso. Agora observem, a coisa nfo nasceu, 0 discurso ainda nfo foi lo. Este ¢ o mundo de hoje. B o parido e ae fala em public! mundo onde tudo é abortado. Se ajuda as coisas a sairem, "por que senfo nascem mortas", (a serem diotribuides). £ uma dos definigdes mais importantes de nossa época, a época do abor - to} e com uma vontade cada vez maior de dividir os valores com os outros para dar acesso ds pessoas, tornar es coisas vist - veis, tato © modo como funciona a mfdia de hoje,é a de fazer as coisas aparecerem cedo demais. Outra coisa ¢ que tudo se torna “insineero". Quer dizer, eu devo falar a vocés, mas se em minha mente tenho a imagem de que devo publicar isso, eu u tilizo vocés para fazer um bom texto para publicar. Por acaso, é a mesna coisa fazer um bom texto para publicagio e faler vocés? Nao, néo ¢ a mesma coisa, ¢ uma coisa completamente di ferente. Este é um tilizado em fungio um encontro com as aspecto do mundo de hoje: tudo deve ser u- de um outro objetivo. Aparentemente se faz pessoas, mas em verdade se pensa em como piblicar um texto, etc... Imagino que,para mites pessoas, até hoje, isso néo seja-nem=main.claro como problema, porque vo- cés nasceram, foram educadas e formados nesta civilizesao. Mes para as peesoas sensiveis ¢ fundamental descobrir qual ¢ © perigo desta civilizag&o, senfo serao comidos por esta civi lizagio, serio mal digeridos e evacuados. Se diz que o direito Ge funcionar deve scr aplicado ao teatro. Se diz constantemen te esta estupidez. Se diz que por exemplo em paises desenvol- vidos como os E.U.A., isto estd plenamente em marcha. B verda de, isto esté plenamente em marcha, mas-na pratica o teatro como ENS@MBLE” ARTISTICA, 14 nfo existe mais. Existe o mercado, erie PAEFEITURA MUNICIPAL OE SANTO. ANORE ¥1.02 isto € verdade. Agora eu vou lhes contar o que ¢ o mercado pa ra atores. Vocés devem considerar profissionalmente os atores. Wao existem ensembles, néio existem grupos, existe o produtor. © produtor decide por exemplo, que se monterd uma pega de Sha- 4 kespeare. Se encontra um diretor, se faz evidentemente diver- 50s encontros com diversos candidatos e se escolhe o diretor. Agora o produtor e o diretor procuran o casting director, Ago | jf ra, quem ¢ 0 casting director? £ um especialista que decide i quen deve representar o que. Quem deve representar Otelo, Des | { a8mona, quem deve fazer Iago. Agora, o casting director come- | g@ 09 testes, Os atores se unem como num grande mercado de ' 1 prostitutas. £ mito triste. Estas pessoas est&o realmente con ‘ denades a submeter-se a uma série de manipulagées cénicas pa~ ra fingir ser o melhor Otelo. & preciso mostrar a musculatura, as qualidades da voz, o charme. i Mas o que é isso, una queiza?.., nas a um n{vel muito mais baixo. Mas os atores tém de fazer isso, porque nfo tem nenhuma outra possibilidade de trabalho artistico. Agorao ' casting director Seleciona por exemplo,5 candidatos para Ote~ Jo, 3 para Desdemona, etc... e depois o diretor com o produ- tor ou ds vezes sozinho se é de grende confianca do produtor, decide: agora serdé esse entre os 5 candidatos que fard Otelo. muito frequentenente os atores nem mesmo se conhecem um a0 ou tro. "Receben" um periodo longo ou breve para os ensaios. 0 que quer dizer longo? 5/6 semanas ¢ longo. Normalmente sao 3 semanas. Estréiam, representam. E as pessoas compram ingressos muitos caros e esté tudo bem, o piblico vem. Agora se apresen | tam muitos problemas: é possivel um trabalho artistico neste quadro? Penso que niio. ‘ / J aay | eet PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO. ANDRE P1.03 0 teatro, pelo menos o do tempo de Stanislaveky, é consi ma pesquisa de como ¢ posa{vel fazer um espetdculo. Mas se a pessoas so escolhidas como una indictria (a propJsite, nos E.U.A. se usa esta palavra também para o teatro: indistria) , Go hd nenhuna necessidade de procurar uma visio art{stica e nilo hd tempo. Os atores devem vender aquilo que jé téme com mhecem. Quer dizer que devem vender suas qualidades corporais, sensuais e certas capacidades téenicas que frequentemente sao outras (14 noo B.U.A.), @ podemos dizer que néo devem fazer crescer a floresta, mas cortd-la, devastd-le. Aquilo que tén- Gevem aé-lo por inteiro, todo. & por isso que neste teatro 08 atores madam continuamente, se procure sempre novos, porque os outros estZo usados. Agora se procura um novo para user. Gostaria que vocés fossem mito conscientes. 0s profetes que dhes dizem que ¢ preciso fazer o teatro comercial, 0 mercado para atores, sao os profetas de desventura, do desastre. Nao apenas materdo a arte teatral na Europa como transformardo vo cés - seres humanos - em desastre. Vocés trabalharéio por um certo perfodo curto de tempo, giraréo de um lugar eo outro em busca de um novo papel. Vocés néo tem nenhuma possibilidade de procurar elgume coisa criativa em seus trabalhos. Vocés se rio considerados seres a manipular. Nenhum de seus trabalhos terd credibilidede. Se existe um grupo teatral que faz qualquer coisa, o faz talvé® com hi- pocrisia. Kas, talves atrés desta hipocrisia, existe wa tipo de espirito do “porque” fazen esta coisa. Se existe vn merca- J FREFEITURA. MUNICIPAL DE aay f eee SANTO. ANORE F1.04 do para atores, este critério niio existe mais.Séo pagos e is- to & aceito. Se pede a eles para representarté evangelho, re- presentam o evangelho, se pede para representar a vide de Ko- meinni, representen a vida de Komeinni. B'se quer construir um espetéculo contra Deus, nenhuma diferenga. 0 espectador tay ‘pém sabe - esta gente é toda paga, - que representam 3d e uni cemente porque séo pagos. Isto ¢ um desastre e também imoral. Vos EVA existem formiddveie grupos de danga provavelmente os melhores do mundo. Go sei como isso ocorre, mas exatamente, existem os gry pos de danga, quero dizer, existem grupos de pessoas que tra- pelhem por longo tempo juntas e se unem em torno de um mestre. So portanto mito menos comercializados. Existe a nog&o de eotabilidade do Ensamble, do grupo "20 menos" relativa. £ cla ro que @ denga, como arte, existe a um nivel mito mais alto nos EUA, mas existe mercado de bailarinos como existe para a~ tores. Sim, existe uma espécie de mercado, porém para os dan~ carinos de 28, 3# ordem. Mes os grandes grupos de danga sao os Ensanbles. Agora, por que lhes falo da situacéo nos EUA? Porque € como un "sintome" de como e em que diregHo esta civi Lizagio se move. Est&o empenhados em um caminho, no qual vocés também que rem se empenhar com entusiasmo. Entusiaszen-se 14 onde nao nd motivo de entusiesmo ~ mas se jam prudentes em observar os ro~ sultados. Nos EUA, em toda e qualquer universidade, faz-se cur sos sobre Stanislavaki. Os livros de Stanislavsld silo obriga- térios. As ligdes prdticas sio aplicadas. Agora, no quadro da situagéo prdtica, onde os Ensambles praticamente néo existem mais, se faz estudos sobre Stanisla- vski, que procurou quase unicamente a arte de Ensamble. Sta - nislaveld; que em toda a sua vide rechagou a arte mercantil ad. | ed PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO. ANORE P1.05 fe que pedia um longo tempo de preparagéio no @mbito do grupo de pessoas que se conhecem. Stanislevskd que muito frequen- temente trabalhou, néo 5 meses, mas 1, 2 anos sobre um espe téculo, é agora ensinado a estudantes que muito frequentemen te trabalhardo 3 meses sobre um espetdculo. Esta é a situe- gio. Stanislavsid continua como um simbolo, mas no é mais 2 plicado. Agora, onde nds encontramos esta anos revolugao comercial? Exatamente antes do perfodo de Stanislavsit. Mas neste perfodo ensaios era muito curto. Nos século XIX, as ve ges ensaiava-se uma semana, o que creio, seja melhor que 3 semanas. Porque naquele caso ¢ preciso decorar o texto ¢ es forger-se em improvisagdes. Ao menos @ situagéo é clara: ou se consegue ou se cai. Trés semanas é a coisa pior. Por outro lado, existe uma certa estabilidade reletiva. Iwito frequentemente, o micleo de uma empresa era niicleo fa- niliar. Era o papai que fazia a diregdo, a filha a 1# atriz, o merido o 1° amante, o tio o velho mau € 08 outros atores @ ram pegoo na rue como no mercado, mas de maeire diferente » menos estruturada. qualquer coisa em tudo isso era ao menos viva. Hoje a visio de teatro comercial é # mesma que “Je en- +80, mas sem esta coise viva, sem este aspecto familiar bo8- mio. For certo lhes contardo una série de estérias a fim ae convencé-los ée que o sisteme de mercado é o melhor. Dirdo que es grandes indiistrias podem pagar taxas, subvencionar. Certo, derdo algun dinheiro. Néo o bastante para vivery mes nom to pouco para morrer. Poden pagar mais, se fizerem © arte que eles edmiram, se a vossa arte esté ao nivel dos ho- mens ricos. # verdadeiramente uma coisa, 0 nivel dos homens J y REP yy J eeaeen F1.06 ricos, algo mito preciso. Ne Europa isto ainda nfo ¢ assim to avangado porque existe a tradig&o da corte, seria dizer, existe o principe que paga 08 artistas e espera os artistas fazerem qualquer coisa, Poder-se-ia dizer que é a mesma coi: “ga que um miliondrio, mas nfo é verdade. 0 principe ¢ como o Presidente da Repiblica na Franga. Nao é um problema de seus misculos apenas, ¢ um problema de sua boa ou m4 consciéncia. © principe deve mostrar que tem um espirito, mesmo se nio o tem deve mostré-lo. Deve ajudar as coisas que siio dificeis , menos banais, etc... 0 miliondrio néo tem que ter um espiri- to, nfio hé nenhuma necessidade. Aquilo que deve mostrar é que sabe fazer dinheiro e esta é a sua gldria. Esta ¢ a opor tunidede e sorte da Europa. A cultura européia é hipdcrita e esnobe, mas ¢ ainda uma pequena possibilidade para vocés, por que aqui no existe unicamente o valor do dinheiro, existe ' ainda um outro valor qualquer verdadeiro ou falso. Por exen- plo: eu tenho dinheiro, mas n&o me basta de todo para fazer me sentir bem. Hipdtese - Carla ¢ a marquesa. Bu sou um milio nério, mas ela é uma marquesa. Ponho & minha alma esta ques- tio - é ser marquesa? Telvés possa casar-me com @ marquesa @ eventualmente patrocinar qualquer coisa de artistica, ambicio sae assim serd esquecido que nao sou marquess. Mas talvés ' ainda no seja o bastante, talvés Roberto genhe 0 Prémio No- bel, grande intelectual, e agora me perguntarei: mas talvés, ser um miliondrio marido da marquesa seja a mesma coisa que ser o Prémio Nobel. Nao o Prémio Nobel é melhor, mas talvés eu posse dar qualquer coisa para que ele faga seu trabalho ex perimental # de um certo modo também serei um pouco Prémio No bel. i ' ' t : i PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRE e800 oC £40 PAULO 1.07 Melhor trés valores que um ed. Quer dizer, fora do prag matiemo, para ser como se deve, é preciso ter 1, 2 ou 3 idéias sociais e humanitdrias. Por exemplo, este festival existe hé 10, 15 anos. § um * festival de grande valor. Talvés tenha sido possivel por exis tirem uma 2 ou 3 idéias, Aquelas 2 ou 3 iddias que dizem que § preciso eustenter, e ajudar aquelas coisas que esto por ' nascer, que ainda néo edo ligadas ao mindo comercial ete... Quer dizer que uma certa boa ou mé consciéncia ajudou a coisa @ se desenvolver. Um dia, nfo haverd mais necessidade de uma m4 consciéncia e no lugar de St.Arcengelo (festival), se faré una nova feira, um novo mercado. O que Ihes quero mos trer é que o#.velores.hipderites, os valores que frequentemen te consideramos hipdcritas, se sio, podem servir A arte. 16 onde hd a6 valor - dinheiro, esté tudo acabado. Agora, € mi to paradoxal, que eu que saf da proprie fonte da vanguarde, deva girar o mundo para falar de Stanislavely. Quer dizer que ainda é necessério fazer a primeira reforma de teatro. Pelendo teatro realista, o teatro convencional, mas ar— tistico e competente de Stanislavokt. Eu suponho que o perfodo mais criativo de Stanisleveli tenha sido o Ultimo perfodo de sua vida. £ o perfodo no quel trabalhou sobre o método de ages f{sicas e a realizagio sim polo deste perfodo ¢ 0 trabalho sobre TARTUFO de Moliére. An- tes disso Stanislavskt ja havia feito “aprouches", praéticas com 06 atores em direcdo ao métodos de egdes fisicas, mas sen pre‘aprouches" pareiais, como quando trabalhou sobre a alma de Gogoe onde pesquicou qualquer coisa neste sentido, sempre Ppo- rém, como um suplemento. Mas ele pessoelmente, com algunas pessoas em torno a ele, nos tiltimos anos de sua vida, seguiu ert PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO. ANDRE 15100 o€ £40 PAULO F1.08 essa orientagéo em dirego eo método de agées fisicas, como que para fazer um testamento de tode a sua vida. Ao fim, nos ‘times 2 anos antes de sua morte, trabalhou com atores que eram "“marginais" a0 seu teatro, em torno eo tema de TARTUFO “@e Moliére, onde introdugiu 2 coisas: A primeira era dizer aos atores que eles nfo deveriam aprender a representar o papel. Assim, quem deveria representar Tartufo nfo deveria 9 prender o papel de Tartufo, quem deveria fazer Orgon, no de veria aprender o papel de Orgon. Certo, um ator trabalhard sobre Tartufo, outro sobre Elvira etc. mas o objetivo é de @ prender a trabalhar sobre o papel. E disse: Fago mitos espe tdculos e a situagio do diretor é sempre a de fazer um espe— téowlo e depois um outro. Eu néo estou interessado nisso, ea tou interessado em vos transmitir a técnica do trabalho. Se trebalha,mas sobre Tartufo, deve-se aprender a trabalhar ar- tisticamente sobre diversos papéis, nao se deve pensar ne estréia, nao haveré estréia, trabalhamos unicamente para e~ prender qual é a técnica de trabalho. Agora, como se ordenar para esse trabalho? Existem diversos pontos, que evidentemen te nfo devem ser imitados, e em cada trabalho existem solu - gdes um pouco diferentes. Mas o que é interessante € o que Stenisleveki queria e~ vitar. Ele propos 20s atores, de no aprenderem o texto de cor. Disse: Esquecam o texto do ator. Certo, vocés devem 1é- lo, mas tudo para deacobrir a linha dos acontecimentos e das acées. Nao pensem nos personagens, cheatim até a “esquecer" de que existem personagens, mas procuren-no nas circunsténeias aadas. Agora eu, em um certo lugar, em um certo tempo, em una dada situacéo de conflito, com um corpo, so ou cansado © / toni PREFEITUMA MUNICIPAL DE SANTO ANDRE e140 08 $0 PALO nase F1.09 doente, com certas qualidades do corpo ¢ da mente - certo, @ xistem qualidaies mentais, oe eu tivesse uma perna do madei- ra como te comportaring ou se tu tivessen usa porna de maded ra como te comportarias e oc tu tivesses uma perna de pau na cabega, como te comportarias. Tudo isso sfio as cireunstfncios NEo pensar no personagem, procura o teu eu sou na realidade doo cireunstincias. Agora, as circunstincias nfo siio as mes- mas para cada personagem. Por exemplo: Orgon: era uma pessoa pimples, integra, que tem qualquer coisa de sdlido em si. Se toma partido de alguma coisa mantém-se ligado a cla. Um dia, ele encontra “Un sujeito com pinta de Cristo", 1- e leva-o pa ra casa = Jesus Cristo para casa. # um negécio muito complexo. ¥ claro que para a familia ¢ insuportével. Orgon, que é um ti, po sélido sincero, honesto, se ad conta, entende, que para a famf{lia 6 horrivel, mas todavia para a fam{lia ¢ mito impor— tante, mesno se fraca, ter J.C. em casa. Este é 0 ponto de par tida des circunsténcies para Orgon. Evidentemente existem mi tes circunstfncias ligadas & sue corporeidade, & sua idade, & ua relagio mlher/filhos... tas no fundo, @ coisa crucial, é que teve a oportunidade de encontrar J.C. ,"um" como, levd-lo para cosa. Este "um" pode ser Tartufo, Para Orgon, esta situa go é um conflito permancnte. ¥ o conflito entre aguilo que Geve morelnente acontecer, a eccitagio de J.C. ¢ de outra par te. Cono fazer a fumflia accitar isto que é ineceitavel. Como evitar que J.C. vd embora? Vejamos os elementos, of fragnmentos @a pega. Penso que vocés oc lembram que hd um momento na pega, en que Orgon estava ausente da cesa/fanilia e quando voltou, soube que a mher estava doente, e un Gos personagens ~ a fi- the, conta tudo o que aconteceu. Diz que a née cotava tremenéa mente mal, um desestre e Orgon pergunta: "E Tartufo" e ele dic que Tartufo coneu tudo o que havia e bebcu todo o vinho. Ele ean PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRE stA00 8C £40 PavLO Fl. 10 diz: "Oh, pobre". Como ¢ poosivel que ele haja dito "Oh, po- bre, Oh, coitado"? Em primciro lugar Stanislevski guiou numa circgo onde € preciso conhecer a topografia do territério. Stenislavski -conduziu este trabalho sobre o palco cénico, mas sobre os 2 endares do camarins dos atores. Havie portanto uma quantidade enorme de quartos c comegaram a trabalhar para descobrir quem hobitava onde: 0 Sr. Orgon, a Sra., os meninos onde vivien, © Tartufo? Onde comian, onde era a sale de jantar. = continua - ron a midar até que tudo pudesse funcionar como na fazilia ée Orgon. Represonteran cenas inexistentes no texto - por exem - plo: Tartufo chega & casa de Orgon e improvisaram o texto, im provisaran os conflites escolhides cue existiom antes que co- mecasse & pega. Se comportaram como criangas que jogam por se manes, mas finalmente cade lugar passou e ser vivo para cles e comegaram a descobrir quais eram as relagées entre es pesso as na pega. Por ex: Se en toda a femilia, o problema ere com- prometer Tertufo, e Sra. Organon deveria levé-lo a comprometer se, Sen comprometer-se ela prépria como a milher que trai. De veria der a Tartufo & oportunidade de seduzi-la, sem comprone ter-se ele mesma. Porque, se ¢ ela que visivelmente toma e ini ciative, poder-se-4 dizer que foi o "coitedinho" que ceiu en tertegio. Representeran dezenas de cenas inexistentes exatemen te pare ver ée gue moncira e fomilia poderia menipular 2 situg go. E egora estenos dionte da estéria de Tertufo fia do espago, o quarto contigue ao de madenc ¢ o de Tertufo e é uma espécie de cela mondstica. Ele cra um men Severo, dc ndvitos severos, quarto completamente vezio, ser méveis, por que passa o tempo entre a reza e © mortificagiio. A este ponto surgiu o que Stanislevsidi chamou de inegom, e disse: " Quando i

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