You are on page 1of 4
Leitura diéria ‘Amor eletvo Nova eetema Novo coragéo Fiel na salvagao Gracas por Cristo Para a salvegio Deus é soberano Doi7.141 8 Jr31.31-40 T Jr32.26-44 QJr 33.14.26 QRM 741-25 SRm8.1-39 SRM9.1-33 Introdugéo Apés morrer e ressuscitar, Jesus dew suas iiltimas instrugdes aos discipulos. ‘O medo que dominou 0 coragao deles 20 vyerem seu Mestre ser capturado e morto, {oj substituido pela confianga, Viram que Jesus era de fato quem dizia ser. Seu poder ‘mostrou-se suficiente para a obra. Depois de ressuscitar, enviar seus apéstolos para pregar o evangelho parecia “ficil”. Além disso, tomar frutifero o esforgo evange- listico dos discipulos seria possivel s6 ‘mesmo para quem detinha todo o poder. I. Soberania e certeza Por causa da autoridade de Jesus sabe- ‘mos que a evangelizacao dara certo. Dar certo, por sta vez, pode ser visto por duas perspectivas: quanto a0 que nos cabe e Quanto ao erescimento do Reino de Deus. Quanto ao que nos cabe, precisamos aprender sobre o discipulado, fazer 0 discipulo, isso é acompanhar alguém ensinando-Ihe o caminho que deve andar. ‘Nao teremos acesso ao coragdo humano, afim de transformé-lo. A ordem esti fun- dada na autoridade de Jesus. Como tem poder sobre toda a criagao, ele levantard discipulos por meio da evangelizacao, Diante disso, cabe a igreja pregar e ver © poder de Deus agindo e transformando inimigos em amigos. A soberania de Deus na Evangelizac3o Texto basico: Mateus 2818-20 Essa certeza foi afirmada antes mesmo da declaragao de autoridade de Mateus 28, Em Jodo 10.16, Cristo afirma ter ove- Thas além do povo judeu. Bastari sua voz — ouvida na pregagao da Palavra — para {que suas ovelhas atendam o seu chama- do, Isso significa que, pela pregagao do evangelho iremos ver a manifestagdo do governo de Cristo naqueles que respon- derem positivamente a ela, Para a manifestagio da soberania de ‘sus, 0s discipulos receberam poder (At 1.8). Os irmaos que estavam reunidos em Jerusalém viram a manifestacao do Espi- rito, que deu poder para o evangelho ser pregado em outros idiomas (At 2.1-11), ‘Nosso Redentor tem poder e concedeu poder, para que sua obra prosseguisse. O desenvolvimento dessa dinamica é que 0 Espirito dé dons 8 igreja, para que a obra se desenvolva, pela edificagao dos crentes (1Co 12; EF4,10-13). ‘Vemos assim, quea soberania de Cristo sobre as nagdes the garante discipulos; Aiscipulos que sto aleangados e desen- volvidos pelo poder do Espirito. 0 que nos mostra que o amor de Deus por seu povo € manifesto justamente pelo seu poder. Por isso, nfo ha por que esmorecer nna pregago, o Todo-poderoso garante a ‘obra, com o que devemos nos preocupar? II. O que nos eabe Diante de tanto poder, poderiamos pensar que &s6 sentar e esperar. Contudo, ‘como jé temos visto, a manifestagao desse poder se dit por meio da agdo da igreja. ‘Nao somos indispensaveis para a obra de Deus. Olhando para o Antigo Testa- mento, por exemplo, vemos quantos reis, sacerdotes e profetas foram levantados. Ninguém ¢ indispensavel, porém, isso ‘no significa que somos iniiteis. Em sua soberania, Deus definiu que © convertido leva a Palavra para 0 niio convertido. Em Romanos 10, Paulo fala de sua preocupagao com o povo judeu, que tem conhecimento de Deus, mas sem ‘entendimento. A partir disso, 0 apdstolo ‘mostra o fundamento missiondrio da igreja: “(..) ndo ha distingdo entre judeu € grego, uma vez que omesmo é0 Senhor de todos, rico para com todos os que 0 invocam. Porque: Todo aquele que invo- car 0 nome do Senhor seri salvo. Como, porém, invocario aquele em quem nao ‘ereram? E como crerio naquele de quem nada ouviram? E como ouvir, se no ha quem pregue? E como pregariio, se no orem enviados? Como esté escrito: Quio formosos sto os pés dos que anunciam coisas boas” (Rm 10.12-15). A pregagio é a forma escolhida por Deus para a propagagio do evangelho, A criagdo é revelagdo de Deus (Rm 1.20), porém, essa revelag20 nao trata dda pessoa ¢ obra de Cristo. Ea pregacto do evangetho o meio pelo qual o Senhor quer que seu Filho seja conhecido, Ele poderia ter feito de outra forma, mas, em seu eterno plano, @ evangelizagio foi o meio escolhido, O evangetho tem varias referencias mostrando a vontade de Jesus de que seus seguidores 0 sucedessem na pregagfo. E justamente esse 0 ponto. Pregamos © evangelho porque aquele que morreu por nds era um pregador. Estamos dando continuidade ao oficio profético de Jesus. ‘Nao falamos por nés mesmos, porque & ‘mensagem que anunciamos recebemos diretamente de Deus. Nés falamos de Cristo por meio do Espirito (Jo 16.12-13). Aigreja, por sua vez, dé continuidade a0 ‘que 08 apéstolos iniciaram, isso é, 0 mi- nistério da reconciliago (2Co 5.18-19), Isso significa que a evang 4 manifestagdo da soberana vontade de Deus. Criaturas antes inimigas de Deus, A sober de Der ra evanglgso 1S caidas e mortas em seus pecados, agora falam das grandezas de Deus. E 0 poder transformador do Pai, para a gléria de seu Filho. E uma obra do Espirito atuando por meio dos servos reconciliados. E a entrega da melhor mensagem que existe. IIL. Elei¢ao A doutrina da eleigao é 0 fundamento da certeza da evangelizagao ¢ do papel do crente na obra. A evangelizagao apoia-se no plano eterno do Pai em salvar pessoas desde a etemnidade. Efésios 1.3-14 deixa claro que 0 Criador fez. todas as coisas em Cristo, para que tudo convergisse nele (v. 10). Na etemidade, o Senhor re- solveu glorificar o Filho pela loucura do evangelho, 0 Deus encarado que morre pelos pecadores. A soberania de Deus é usada para a sua gloria, nio para a nossa salvagdo. Na verdade, a nossa salvagao é para a gloria de Deus, assim como a sua ago sobre seu ovo (Is 48.9-11). Somos parte da agao divina que revela sua vontade soberana sobre nossa vida, utilizando-as para enal- tecer seu Filho, Em Jot 6.35-39, Jesus se apresenta ‘como 0 pio que desce do eéu. Esse pao é.a vida, porém, ele deixa claro que nao € para qualquer um. Somente aqueles a quem o Pai enviar e revelar o Filho serd0 salvos. Em Mateus 11,25-30, Cristo da outra declarago que demonstra a sobera- nia eletiva na evangelizagao. Ao condenar a incredulidade de cidades inteiras, ele glorifica o Pai por este revelar-se aos pe- ‘queninos, em vez de revelar-se aos sbios ¢ instruidos. Interessante nessa revelagao € que Jesus diz que ela provém de Deus. Ela ¢ fruto da sua vontade e no da von- tade dos homens. Nao ha conhecimento de Deus se ele nio se revelar primeiro. Conhecimento é uma questo de rela- cionamento, e, ao que parece, Jesus no se daa conhecer salvadoramente a qualquer um (Mt 25.12), Falando igreja de Roma, 16 Paowa Via Paulo descreve a ago da Trindade. O homem é colocado como o incompetente que ndo sabe orar como convém, mas 20 ‘mesmo tempo ¢ socorrido pelo Espirito, que intercede, sobremaneira, com ge- midos inexprimiveis (v. 26). No v. 27, ‘vemos que a intercessio do Espirito ndio apenas uma questo funcional, como se a forma fosse o problema, mas, antes de tudo, é uma questiio de conhecimento. O Espirito e Deus Pai trabalhando juntos, de ‘modo que o Espirito intercede segundo a vontade do Pai. A partir desse incentivo seguranca, Paulo passou a demonstrar a profundidade da obra do Pai, mostrando ‘que a intercessto segundo a sua vontade € motivo de grande conforto. No v. 28 lemos: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sto chamados segundo o seu propésito”. Segundo Paulo, ainda que nao saibamos orar, sabemos que todas as coisas coopera para o nosso bem, se de fato amamos a Deus. Essa conscién- cia nos leva a confiar na obra do Espirito, ¢ foi explicada nos versos seguintes. ‘Apartir do v. 29, Paulo passa a desere- vver de que modo todas as coisas cooperam para o nosso bem. O versiculo € claro a0 dizer que somos predestinados, ou seja, temos o nosso destino assegurado por Deus, definido anteriormente, “Conhecer de antemio”, para um he- breu, ou judeu, nfo significa apenas ter ‘um conhecimento teérico prévio do que vai acontecer. Tomemos como exemplo Mateus 1.25: “(..) ndlo a conheceu, en- quanto ela nao deu a tuz.um filho,a quem pos o nome de Jesus”. Esse “a conheceu” se referre ao relacionamento intimo entre José e Maria. Segundo o texto, se seguir- ‘mos a interpretagao daqueles que dizem que conhecer é ver, eno, Mateus disse fem seu evangelho que José e Maria no se viram antes do nascimento de Jesus. Sabemos que isso & um absurdo, ja que antes mesmo de Maria estar gravida, cla ja estava comprometida com José. “Conhecer”, para um judeu, significa um relacionamento profuundo e, no caso de José e Maria, refere-se a relacdo sexual. Conhecer, portanto, € mais do ‘que um entendimento intelectual, mas um relacionamento de amor, amizade ¢ profundidade. Assim, Romanos 8.29 esti dizendo que aqueles com quem Deus relacionou-se profundamente de antemao, ou seja, amou, a esses predestinou. Entendendo predestinagio como re- sultado do amor de Deus, interpretamos “conhecer de antemdo” como a decisio divina em conformar a todos aqueles a {quem ele amou para que sejam conformes 4 imagem de seu Filho. A predestinago € um decisio que resulta em salvagio. A salyago é um ato divino em favor do pecador e, uma vez. que ele seja salvo, ele &encaminhado por Deus para uma vida ‘de santificacao, um creseimento continuo para, dia a dia, se tomnar mais e mais se~ ‘melhante a Cristo. ‘A razio pela qual Deus amou alguns salvificamente e a no a culgosin80 nos foi revelada, mas sim que ele predestinow ‘uns para serem seus fills (SI 139.16; Ef 1.3-6) e outros para serem condenados (Py 16.4; Rm 9,15-21). Quanto a essa decisdo soberana de Deus tudo 0 que nos ‘compete ¢ reveréncia © temor. Devemos ros sujeitar aos seus santos designios, ain- dda que eles sejam secretos (Rm 9.20-23), ‘O amor de Deus, portanto, éa causa da nossa salvagao. Por sua propria escolha, 0 Senhor traz para si a todos quantos deseja, o que nos leva a ter seguranga na cobra de restauragdo. Nada pode impedir ‘que Deus faga o que ele deseja, tendo em vista ser ele o Criador de todas as coisas. 0 proprio Senhor Jesus nos ensinou isso 0 dizer: “Todo aquele que 0 Pai me da, esse vird a mim; € 0 que vem a mim, de ‘modo nenhum o langarei fora” (Jo 6.37, ef. v.35). Além disso, voltando a Ro- manos 8, a partir do v. 30, vemos Paulo desenvolvendo a doutrina da seguranga da salvagao. Depois de declarar que 0 Pai predes- tinou aqueles a quem ele ama, Paulo também ensinou que todos 0s eleitos ‘leangario 0 objetivo estabelecido por Deus, com certeza. Romanos 8.30 nos diz: “(..) aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, ‘esses também justificou; ¢ aos que justi- ficou, a esses também glorificou’”. Repare que o mesmo grupo que foi predestinado recebe a certeza de que sera glorificado, Portanto, além de termos sido predestina- dos por Deus, somos por ele guiados até a consumagao da salvacao. Concluséo ‘Nao ha coeréneia entre crer ni soberania de Deus e viver sem a preocupacio de cevangelizar. Tal conclusdo ¢ fruto de pre- guiga e infidelidade. Preguiga em pregar a Palavra e em ler a Palavra e infidelidade Continuagao da lig 3, dap. 10 A sobeania de Des ma eaneiacso 17 por nao obedecer a Deus. O ensino biblico 60 de que 0 Deus soberano salva pessoas no s6 para que creiam, mas para que também sejam instrumentos de béngiio para levar o evangelho aos que ndo creem. Cristo tem todo 0 poder e 0 concede 4 sua igreja, a fim de que preguem 0 evangelho. Deviamos nos dedicar mais, sabendo que o soberano Deus clegeu (os seus, garantindo os resultados para uma igreja que cumpre 0 seu chamado para ter os pés formosos por anunciar as coisas boas. Aplicacéo Agradega por estar nas maos de Deus; faca parte do ministério de reconciliagao; ‘enha confianga de que o Soberano Re- dentor garante 0s frutos. Evangelize sem temor, confiando que Deus ¢ suficiente- mente poderoso para usé-lo. Concluséo ‘© homem precisa de muitas coisas: alimento, veste, morada. Contudo, a sua si- tuagiio espiritual o coloca em necessidades desesperadoras. O pecado o afeta de tal forma que a sua condicRo s6 pode ser transformada com o evangelho. Sua cegueira iio The permite entender a sua real situagao. E como o rapaz que perdeu o brago a0 seratropelado na Av. Paulista ha algum tempo. Ele era tranquilizado de maneira que ‘quem 0 socorrera nfo Ihe permitia ver sua real situagtio desesperadora, para que ele iio se desesperasse ainda mais. Essa calma era desejavel naquela situago. Quando tratamos da vida eterna, porém, isso ¢ inadmissivel. O evangelho ¢ a noticia de que o homem esti perdido, caminhando para o pior, mas que ha uma forma de resgate. Aplicagao ‘Vocé deve tomar duas atitudes: 1) tenha seguranga ao falar do evangelho, por ‘mais que as pessoas neguem, & dele que elas precisam; 2) ndo se conforme a essa realidade, prefira o Reino de Deus.

You might also like