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erving ¢ miriam polster Awareness Estar aware de nosso corpo, em termos das coisas que sabemos e fazemos, € sentir-se vivo. Essa awareness é uma parte essencial de nossa existéncia como pessoas ativas e sensuais. Michael Polanyi Uma objegao comum a gestalt-terapia é que ela é total e comple- tamente autoconsciente. Afirma-se que as pessoas em terapia j@ sao abertamente aware do que estio fazendo. E que elas precisam ser se comportarem de um jeito capazes de desistir dessa awareness para menos autoconsciente, com elegancia e espontaneidade. A primeira vista essa objegao faz sentido. O terapeuta gestalt freqiiente e recor- rentemente pergunta do que vocé esté aware, 0 que vocé esta fazendo, o que vocé esta sentindo, ou o que vocé deseja. Para responder a essas perguntas, a pessoa pode precisar abandonar_o fluxo continuo da comunicagao, voltar sua atengao para si mesma, identificar 0 que “estava realmente acontecendo consigo finalmente, ser capaz de relatar para outra pessoa 0S processos que em geral permanecem ocultos ou aos quais nao é dada atengao. Algumas pessoas consideram esse processo sem valor, na me- Thor das hipoteses, & 04 pior, uma perturbagao da atividade pre- sente-Elas véem @ introspecgao como uma distragdo do fluxo “expressive da narrativa ou atividade — algo como perguntar auma centopéia qual das pernas ela mexe primeiro, e depois observa-la irremediavelmente enrolada enquanto tenta descobrir qual a resposta. 213 , ae ~ eS nee oe | —_—e— onl tinct 3 BS Sed - §@ ividades eine momeifit ~ ‘di em todas as atividade: Entretanto, existem dois fator Sg elede / sis babilidosos a em conta. ois fatores que essas objegies deixam de leva, 2 4 ente. OS pratt e na awareness quando Pa io 7 Primeiro, uma pessoa muitas vezes é aber site . 4 “ole penctrat fee tionados. ‘A seguir Pablo Casals! fala sol = porque seu auto-exame continuo evit abertamente autoconsciente “2 | Fy quando $0 oa do artista. Observe como ele esté em conta simplesmente possa fazer algo que aia a Possibilidade de que ea at } fun interpret! enquanto toca, do mesmo modo que um mala- ceria fe cee ad comporanen 2 ene, Come um $ com 0.10" ao atamente onde esté cada um de seus cubos india- escrutinio de seu proprio controle See a indo std sob o ; barista ae sabe ment Ele usa sua awareness pari orienté-lo-e nada de que nao desej te, nao deseja f os em cada » Ele se ee enho: je tornar-se aware € nao desej ia fazer a jnterpretagao e desemPenn®* leseja ficar aware snformé-o em sua iNerProSs=" ~~~ de elo om sua IBN ‘os é saber como e em que momento nada que nao deseje fazer. O obsessit ue . sivo que esté na : estranhament te a detalhes de seu préprio comportamento, e da ue a ieee nos Guittos — mas que nado tem a menor idéin ee xemplo, sobre sua propria homossexualidade latente — usa a atnn gio excssiva que dedica a essas ruminagies sociais para ort ba ea a evitar fi Bite préprios medos pessoais, Este evitar a ance tate ‘omar ial ‘head: io onan m2. autoconscien! e — tenso, desequilibrado, facilment ado e ofendido —, mas seguro. Bein Ao recuy ia di: ‘ ao aoa 8 pri disponibilidade para ficar aware, tal _ i nell que oindviduo se envola em algum, comporam mi a oe por certo tempo. Alguém que fi aes mado pot noe orm longo periodo é mais deliberado e c nos primeiros di a do que , sera depois. 86 apds ele retornar a0 funcionan Saaen gue pore esquocer seus movimentos 8 andar naturdanente nase oe - pole sg : andar natural 7 eae Prestar muita atengao. 0 mesmo naciben Seat oe 9ém._acontect individu que et Jentando creccer psicologicamente, Ne ino Cn a cam a qual ele nfo osté acdstumad a freocupagio ilidade de sentir-se aproonsivo — causa ume dulibs. — caus me) Tagio e uma cautel a que limit ici ee i a of sve Kimitam a autenticidade, A medida que essas ae “arenes se tormem eis e assimilaveis, ele esté mais livre para 3 ra esquecé-las ¢ usé-las meram: ‘mais esponténeo e genuino, ~ Umma segunda refutacai Que, embora um individ ent ic ‘e como apoio para um comportamento G40 as objecd a8 i objecées a respeito da awareness 6 aoe ae "a ndo estar imediatamente aware do isto acontece s6 por- a mom« Si entos de maior envolvimento, também _aquel ‘integrada do individuo. O individu Sensacées e os sentimentos que_os acomp rar de algum modo seu comportamento. A recuperag nsino a meus alun 1o no decorrer de uma passage ¢ 0 brago. Mesm ‘ato certo para relaxar. (Isso pode acon~ necessidade fundamental haveré um momento ‘Uma das coisas que © cles podem relaxar a ma0 répida 6 possfvel encontrar O Tome! tecer num décimo de segundo.) 1850 5° torna uma na apresentagao, @ Se & pessoa nao levar isso em conta, ; ‘em que ela néo pode relaxar (6 como ser jincapaz de respirar) € a exaustao ge estabelece. Esta fadiga da mao ¢ almente da tensdo do brago vem princip: dos masculos produzida pela emog 0". Contudo, a 40 e pelo “medo do pale: vontade do instrumentista precisa supe! ar esse obstéculo, e com esta finali- dade a prética aware do relaxamento se mostrars muita benéfica para 0 controle completo durante um concerto. rceber que quando pensamos que estamos demos em geral encontrar alguma __Se prestar atencéo vooé pode per num completo estado de relaxamento, po parte do corpo que poderia relaxar ainda mais. E no acredite que é facil fazer isso, a menos que tenhamos passado por longos exercicios, os quais do oxatamente 0 que desejamos, manter a flexibilidade do brago ¢ dos dedos... $6 que esse impulso, vindo do centro do corpo, em vez de vir de cada oxtremidade, ié agrupar os diversos movimentos num todo unificado, produzindo resultados melhores menos fadiga. fi Como Casals, a. awareness que nos preocupa na gestalt-terapia é Ja que ajuda a recuperar_a unidade da fangao_total e' 0 precisa primeiro nha antes de poder alte- o da aceitabili- 1. Comedor, J.Ma. Conversations with Casals. Nova York: E. P. Dutton, 1958. 215 dade da awareness — independentem; ‘ lente di _ & um passo crucial no caminho do © a2 ela Posse reveay desenvolvimento dirige a atengao do paciente para di tamento que sio relevantes, porém ignorad: Esse foco acontece na naiccie side experiéncia humana ¢ dividida entre i: pia quando a am ~periéncias culm ct® cada movimento do dedo, cada respiraga cial, cada variagd cao da atenga formar a experiénci 's40, confianga, clare; ju experiéncia composta “Estou escrevend za, se juntam para ntretanto, como elementos oe Para que possa identificar os ingredient molho. Ele pode reconhecer algumas aa Toporgées : Proporgoes de manteiga, gema de ovo, creme. itmo criati is ‘0 entre a andlise e a sintese, quebran- em S seus Componentes e dey que entram na Composigio d Bn Visho conhecido a ie vai e volta num rit $0.0 Sabor composta Omesmo = cor Pode identificar oo i Tam a substancia =e + € depois reintegrando-o. hea Splorar @ propria awareness. O individuo i 8 a experiéncias cotidianas que for- Sua Vida. | iyi? descreve o ato de entender: © um processo de to« compreen do abrangentg, — P eNdeF um ato de reunir partes soparadas num 2 Este conceit ‘utsiddia de Polanyi ets Paralel 3. Polanyi, Me rn los com a dicotomia da awareness focal ‘ focal ¢ . The studs tudy of man, Chia ¥ of man, op. cit, : Uni ‘ iniversity of Chicago Press, 1959. 3 Pe 4 x | untese D jninagéo esporddic J dts omnbes d capec dFe ete pate Lie ¢ comets f wo chegamos a entender o mundo, a nés mesmos € a nossa erigncia nesse mundo. A pessoa se move entre uma experiéncia ~catetizada @ a awareness das pecas elementares que formam sua sintetizade © Oo dinamico e continuamente auto-renovador. existéncia num cicl 2 a Na melhor das hipéteses, a awareness é um meio continuo para tualizado com 0 proprio eu. E um processo continuo, disponivel em todos os momentos, em vez a ow exclusiva que pode ser alcangad: fassim que prontamente “insight — apenas em momentos e: is Bla est sempre presente, como uma corrente subterranea, pronta a we Sdionada quando necessério, uma experiéneia renovadora e revi alizanté-Além disso, ocalizar a proptia awareness mantém a pessoa absorvida na situagdo presente, ampliando o impacto da experiéncia da terapia, bem como das experiéncias mais comuns da vida. A cada awareness sucessiva a pessoa chega mais perto de articular os temas. “a propria vida e mais perto também da expressao desses temas._ Um exemplo simples de seguir a awareness de um momento para o outro é dado por este trecho de uma sessao de terapia. A sessao comegou com a awareness de Tom a respeito de seu maxilar tenso € passou por diversos passos intermediérios até um afrouxar de seus maneirismos de fala e depois passou para a recuperacéo de algumas memGrias da infancia. Tom, um pastor, sentia que nao era capaz de pronunciar as palavras como gostaria. Sua voz tinha um tom metilico, ele proferia as palavras como se fosse um robé frégil. Observei um Angulo estranho em seu maxilar e perguntei o que ele sentia ali. Ele disse que sentia tensdo. Assim, pedi que ele exagerasse os movimen- tos de sua boca e seu maxilar. Ele se sentiu muito inibido com isso e fescreven primeiro sua awareness do constrangimento e depois da téimosia, Ele Jembrou que seus pais costumavam importuné-lo para ele falava desse modo para néo fazé-lo. Nesse momento, tornou-se aware da tenséo em sua garganta. Ele estava falando com tensao muscular, forgando sua voz para fora, em vez de usar 0 apoio que sua respiragao poderia lhe dar. Assim, pedia Tom para colocar mais ar em sua fala, mostrando-lhe como coordenar a fala com a respiragéo, usando um pouco mais de ar e tentando sentir 0 ar como uma fonte de apoio. Contudo, a coordenagio dele era deficiente — tao deficiente a ponto de ser quase um gaguejar. Quando ma vez ele gaguejara, pareceu surpreso, tornou- que falasse claramente ¢ perguntei-lhe se algu 217 ) e > aunfe viducok uma Hu-%9\ coma oF Ye speciais ou sob condigées especiais. ¢C se aware i o de suas dificuldades de coordenaca lo que até entao estava esquecido anda os seis ou ao partes a ae Lembrou-se de uma cena d, quatro anos; a fon Mm te az anes; Sua mée estava teefo a ee perguntava o que ele oe rae : uy “sorvete”,* mas sua mai , ae entendeu errado per 0G tentou dizer lue ele diss, era" it eu Poi que ele tinka lembrou.sy ele irmao, ficando, ‘ iio anda, potanto, furiss com ele, Lembrouse tambo ser orzo dela, Fou assustado ava ele ouviu o que a princi de outra estava chorando histeri 'stado quando percebeu que nao Pio Pensoy horrivel sentimento Papen Tom lembrou-se mais uma ‘éria, também ficou ie nconerutoeis, Conforme ele plea vez do le seus préprios sentime: tava a his. tant mat-entendido ‘por sua mae quanto ao entendé. la me lo ao ser mal- te te dido por su dé : al, Depois de recuperar as antigas Sensagées, a sua fala tornou-se Tecuj igi g mais aberta e seu maxilar tam! i é bém ficou mais relaxado. Ele se sentiu aliviado Embora a awar at KaWareness possa ser tac Sol, iluminando tudo o que t tao der para =a loca, gost d “Atica quanto a h nocté luz do = larfamos de Fae oY chamar a atenga Principais da experiéncia humana em mace awareness pode ser focalis ode r pee aires ser focalizada: awareness das sensaco los sentimentos, las sensagées e€ acées, awarei : valores e das avaliacées. ness dos desejos ¢ awareness dos Sensagies e acest Identificar as 6 i Sensag6es basicas nao é uma tarefa facil. Se o abi |. Se o abis- 10 entre as sensacé nsagées basi pudesse ser f ee cha mportament is do, provavelmente havera menos exomploe de Stitt exemplos de 4. Grande fiizigss Parte do material ning in psychotherapy” rari seco foi extrafda de Polster, E. “Sens : , E, “Sensory Now. Califérnia: irnia: Scie ‘agen, J. mce and Behaviow soil Shepherd, 1. (eds.) Gestalt therapy -de-contato. E comum que um individuo exemplo, nao s6 porque esta com fome, mas também ara da refeicao, ou porque ele pode estar numa situagao mais tarde quando acha que vai ficar com a de companhia em vez de comer sozinho, ou specifico de comida agora e néo podera 1 lugar. E bastante Sbvio que as sensa- o que ele faz com rel fagdo a elas muitas vezes ynas remota OU nebulosamente relacionados. Assim, nao é de surpreender que a confusdo resultante s6 se acrescente a | crise de 4dentidade da qual muitos se queixam — como alguém pode saber m ao menos conhecer minimamente @ aquilo que se pass” “gomid ele pode saber o que se passa internamente © atrai para longe de nga Ihe disseram que uma ‘em quem ele deve acreditar, dulto sabe-tudo que esteve 0 fato 6 que as pessoas que pessoas que estéo bravas jas fazem discur- incongruentes ou for fazé-lo mais tarde ou em outr goes do individuo estejam ape} respeitar 0 proc “injegdo nao dofa— em seu proprio bra certo sobre tantas coisas estao solitarias algumas ve: fazem amor, ¢ aquelas que es mas ela doeu! Agora, co dolorido ou no a antes? E, assim, zes comem, tao sexualmente excitad: sos. Q ponto central da auto-alionagdo esté nessas pervers6es do rele ci pamento entre ‘9 sentimento e a acao. ‘A sensagéo existe num conjunt acéo e a expresso; ela funcio também como o meio pelo qual perce (0 conceito de experiéncia sinap' ia si to do qual participam também a ‘na como um trampolim para a ago ebemos a agao. tica 6 um modo de ilustrar ¢ esse relacionamento. A experiém unido entre a awareness @ a expres: Como uma metafora dup! bésico da palavra grega da qual este termo é derivado, e parcialmente | \Y em decorréncia da analogia & descricéo neurologica da agao sinéptica. ' A palavra grega originalmente significava “conjungao” ou “unido”. De um modo correspondente, na fisiologia a sinapse € @ conjungao fun- cional entre as fibras nervosas, onde, por uma transmissao eletroqui- mica da energia, 6 formado um arco que cria uma ponte entre as fibras neurais separadas ¢ liga 0 sistema sensério-motor numa uniéo funcional suave. A metéfora da experiéncia sindptica focaliza a aten- ao sobre as fungoes sel orio-motoras ‘unidas conforme s40 repre- © termo, sinapse, é usado™ 219 indptica é uma experiéncia de \, ty AY Ja — parcialmente por causa do significado" 4 vw 6 * 75) profundos de presenga e de inteireza da PW? AREF ON Z| Less [2 See | sentadas na experiéncia Pessoal — como 7 ‘awarene: ento a énfase _ressdo (motor). Embora no mom: eee de ee “Sensacio do individuo, a expressio emerge d elas formam uma experiéncia una, 8 ‘A pessoa pode senti ia sentir essa unio se fi essoa se ficar sua respiraggo enquanto fala, ou da flexibilideds” quanto se move, ou de sua empolgagdo enous Priméria este awareness 92" » © juntas * POF exemplo, de de seu corpo en, _profundos de presonga e enti 2 te pres de ip ersonali a f Dats opens vibragao da experiéncia interior sao dade 2 a0 entre a awareness € a expressio, sete oe s artistas conhecem bi ' artist win em a e) iéncia siy ic ¢ | 88 &xprime por intermédio d Te vive Pte. O ant < | faambrime por intenmédio da arte a0 vivo 0 misico see S trum a ilarino, o ator — oe j | aware de suas sensacdes ¢ acé sige Demanecem aguante 4} naga erposeragOes © 2550s. A colocagéo da vor, a ies te 5) Sepa amp 3) jnprtenlas nado papel, todos depen an : um veiculo hare enae i Mais uma vos Coca cle expressivo para alcangar a audiéncia, < i AWatrwur 2 ao AG oo Se questiona nem ouve a “voz” de sua ; que ele tenha essa natureza, 6 claro. 0 : ; . . : Que sentimos, ¢ é isso que temos d - »-Querendo ou néo, o artista 6 ° a, im Pot meio de seu proprio eu, intérprete e s6 pode realizar o trabalho O artista criati Tiativo, 0 pi © poeta, sac © pintor, o escultor, i sidack © todos pessoas due dan » © compositor, 0 teatrélogo, ‘aces. Para eles, cam no limite de suas préprias Permanece ao mesm: 5 P 5 (sensorial « . A sa uniao é que constitui a matriz de sua criatividade. ica. Ess co magica, ESS Mh ¢ inevitével em todas as situagbes humanas em ° jsso acontece. : ; = Torapias tém modos diferentes de reunir a awareness ea expressdo, Siternos do indi | As diversas ‘ = “mas a maioria compartilha a atengao aos processos ividuo — algumas vezes incluindo a sensacao — om a seu sistema de expressao. A maioria dos terapeutas concor- ‘ente fosse falar sobre seus sentimentos de amor tava para que ele dormisse, sua historia teria jo sua mae canl cto sobre ele e sobre seu ouvinte se ele estivesse aware de mntos presentes enquanto fala. Seu corpo poderia estar flexivel, formigando etc. O surgimento dessas sensa- | poderes restauradores da histéria. Sua histéria se ago mais convincente de sua experiéncia passa sultante da sensagao e das palavras. nao 6 uma coisa nova na psicologia. O velho Wilhelm Wundt via a experiéncia sensorial como 0 suporte basico do qual cresceu toda a awareness mais elevada. O problema foi que sua pesquisa nunca teve 0 chamado toque humanista que atrairia 6 psicoterapeuta. Contudo, existem muitas visdes humanistas recen- tes que anunciam um novo reconhecimento do poder que a sensacao tem para induzir 6 crescimento. ‘Schachtel,® por exemplo, acentua 0 també daria que se Um pacit quand maior impat seus sentimel ‘amido, quente, gées aumenta os torna uma confirm: de amor, pela unido res ‘A exploragdo da sensagao ~queo bes So adulto compartilham da mesma experiéncia da sensa- 40 primitiva, priméria e bruta. Ele diz: Se 0 adulto nao faz uso de sua capacidade de distinguir... a sensagdo agra- dével do calor... (da) percep¢éo de que este ¢ 0 calor do ar ou 0 calor da ‘gua... mas em vez disso se entrega A pura sensagio, entéo ele experiencia ae eee uma fusio de prazer e da qualidade sensorial que provavelmente se aproxima intl. A énfase nao esté em nenhum objeto, mas total- Muitas pessoas acreditam que o tom da sensacdo da crianga € 0 paradigma para a pureza da experiéncia sensorial. Mas mesmo que as 6. Schachtel, E. Metamorphosis. Nova York: Basic Books, 1959. 221 sensagées se tornem agrupadas com o pas coc mm ote om a _ Fagéo das primeiras possibilidades exist. a ~ busca da realizagio. A primeira inocéncia da sons eo i sociais que dicotomizam a criateeas ras ae mente separa. Mas 0 adulto ndo ¢ iets 6 a atin Tatar Inelovahie g eanesigcaie ae ee ee ae *experiénca infantil. Um senso semelhwi ae odes ntar e vitalizar as pessoas mesmo em fe aa du ores do desenvolvimento. Co1 poe Goodman’ dizem, com relacéo & recuperacéo eta anos, infant muit &S Primeiras S.A recupe. muito valiosa na 1680 foi invalidad expe. Is, Hefferline @ MOrias passadas: [...] 0 contexto da cena recy; r importén iperada & da maior i i cere "i icia. Os sentimentos infantis séo ore do como um passado que deve ser desfeito, mas como alguns dos poderes mais belos na vida adulta e que precisam ser Tecuperados: espontaneidade, imaginagéi imaginagio, diregdo da awareness e manipu- Os rel. iéncias vivi fea ee vividas por Alan Watts® apés tomar ees a sua apreciacéo da importancia das sensa- aa °aue re estava sob o efeito do LSD, passou muito Sitembeed mudangas em sua percepgao de coisas to co- inhoonpenna sol no chao, os veios da madeira, a textura do las vozes do outro lado da rua”. Ele continua: Minha pr a aan experiéncia nunca foi de distorgéo dessas percepgdes como 8s para ee a ‘ pte ies num espelho cOncavo. Foi mais como se ai —usando uma "ancia quimica parece proporcionar Eagle] Para todos 0s sentidos, de modo qui imaginacdo séo intensificados, —_—— ressonante, A subs- uma caixa actistica para a consciéncia... ; 1¢ a viséo, 0 toque, o paladar, o olfato e a “omo a voz de alguém cantando no banheiro, 7. Perls, F, York: fuller’ F: 8: Hefferline ” wane The, 1951. * Ralph e Goodman, Paul. Gestalt therapy, Nova fea), ae - 18D, the consconancan sole @xPeronce: fact oF fantasy” tn: ling drug. Nova York nee Wt: Solomon, D. 222 ova York: Putnam, 1964, «5 de awareness dinamica também 6 possivel na psicote- sso tipo do av ao dedicada. A conoontragso Cre técnica rapio. Try importante para @ recuperagao da sensagao- Todos sabem terapeuti ce mn em qualquer coisa e°08° concentragao, mas as instru- aoe vagas, moralistas ou gerais. ‘odo especifico que envolve ela precisa ser foca- Eotretanto. aden EE Lae . avei: eles que dem ocorrer eventos § compardveis aqu a : ‘urge mediante @ hippos, ‘as drogas. a privagao sensorial. as $ 2 5, ‘goes herdicas © OU unstancias ‘dro de referéncia usual. 7 mabe enha um poder tio inevitavel quanto o de algumas —~Embora nao t reas condigoes, a concentragéo tom duas grandes FOr wna ampliagéo. da experiésicia. Primelro. p se zetornar_facilmente Jos acontecimentos comuns & 2 ‘comunicagao comum, e, segundo, a vo de ser algo que a propria pessoa ajudou & Ge ter sido Jancada num estado incomum que nor- sm dos poderes pessoais. Portanto, pode-se entrar & de interacéo: conversa, role-playing, fan- como um acessério a consciéncia experié produzir, em vez “jnalmente esté al “gir dos modos costumeiros tasia, trabalho com sonbos, uso da percepgao flexivel da terapia, um acessério mais relevante para “cotidiana. Na propria situagdo terapéutica, a awareness das sensagoes.€ das _agées serve a trés objetivos terapéutico: 1) a acentuagao da realiza- 40; 2) a facilitagao do processo de elaboragao; e 3) a recuperagao de experiéncias antigas. 1) Pessoas diferentes encontram a realizagao de maneiras dife- rentes; existem pessoas orientadas para a agao e existem as orientadas pare a awareness. Ambas podem ter vides ricas, desde que uma atien- Tragao-nao exclia outra, A pessoa orientada para a agdo que nao coloque um bloqueio para a awareness de sua experiéncia interior ir& — por meio de suas agdes — evocar essa experiéncia de si mesmo. O nadador, por exemplo, pode descobrir sensagées internas poderosas: © executivo que tenha conseguido a lideranga numa nova empresa pode tornar-se aware de fortes correntes dentro de si que sao reveladas por essa experiéncia, O individuo que 6 orientado para a awareness 223 nm ae 3 pode também descobrir que sua awareness o 0 leva par, que ele nao a exclua arbi 1 itraris fe ce i utrariamente; o psicc et Pessoa agitada pode mudar Para Bie ’ ae ect Cidade, ¢ 4, * © 8 esse a excitada sexualment ee le pode ter . eicolégicos acontecem quand. uma relacao sexual. Os £ del ceies ou pertt rbado. 7 ~~S Problem, ara exemplificar — empresério bem-sucedido, Kurt, uma pessoa orientada paitestrie bem-sucodido, veio para a terapia porque ndo est precisava fazer eee na vida. Ele era incom anid Nao estava ex. com qualquer ome) cada segundo valesse e fae Vital e ativo, sem produtividade. Ele Aaa iimpacionte Podia tolerar | pela ago ou fazend ; lo planos de aga muita dificulda le ago. Conseqient sessées, ae saber “quem sou eu”, Durant asf eeriens das experiéncias tee muito e fizemos algumas expl i dez Primeiras | icias internas de Kurt, inchilads experimenter ae nn | 7 perimentos de aware- | | ness ¢ exercicios de respiracao. Entao, certo dia m que . Entao, certo dia em qi Ihe ha eu lhe havia | Senaek por i para si ae respeito sdbio oe ee ina significar inter- utividade. ipico_pelo senti 7 tetova into Em certo momento, vendo Ge ou aba ta dome mais ple sua respiragao, pedi a Kurt qu seu abdome néo mamente, o que ele fer de pronto, Ae fans ines ale . Ao fazer isso, ele | | entre os dois ti ipos de forca; di tamente ajustado — ea; disse que se sentia com sair, comentou qu uma bela mistura de agao aoa carro perfei- . le es e vida, Be se sentia ' estava recuperando um elo dial a noe le t8-1o desperdi Se tives ; lido em sua sperdicado, 3 experimentado o : tempo, em vez ~ gua vida, sna executiva numa fébrica de brinquedos. A socretria dela mo departamento havia anos, e era uma pessoa desor- ganizada e controladora. ‘A nova executiva percebeu que essa secreta- ria estava na raiz de muitos problemas anteriores do departamento e a confrontou com algumas exigéncias do departamento. A secretaria experienciara isso como um enorme golpe e repentinamente parecera _— nas palavras de Lila — “como uma crianga desamparada”. Nesse Lila sentiu-se como se estivesse sentada face a face com de si mesma. Ela e seu irmao tinham crescido numa le Nova York, e sem divida haviam sido crian- como ela sempre havia cuidado de seu | crianca desamparada, ficou claro que, em ‘desamparadas e sen- tornado w! estava no me: momento, outra parte regido empobrecida d gas desamparadas. Contudo, jtmao mais novo, via-o apenas como nao a si mesma. Conforme os fatos surgiram, Lila alternava entre ajudar criangas tir-se como uma delas. Enquanto prosseguia, ue nao queria mais ser uma crianga desamparada e rec om sua secretéria ela aceitara a opo! arada dentro de si e se transform: Ao falar sobre. isso, surgi Gombinagao de absorgao, ecgao alerta e de entrega a ‘sur- prea, Quando perguntei-lhe o que sentia, ela disse, surpresa, que “entia uma pressio em sua respiracdo e em suas pernas. Ela deu atengao a essas sensagoes &, depois de alguns momentos de siléncio, pareceu novamente surpresa; disse que ‘sentia uma tenséo em sua vagina. Pedi-lhe que se concentrasse nessa sensacao, e ela 0 fez. No- vamente, depois de alguns momentos de concentracao, © rosto de Lila ¢ iluminou e ela disse que 4 tensao estava indo embora. Entao ela repentinamente teve uma profunda sensa- ‘em vez disso comegou a chorar intensa- mem a quem ama e com quem teve, to de mutualidade e de forga. Lila percebeu qt sonheceu que nessa confrontagao ci rtunidade de livrar-se da crianga desam- ar numa mulher por direito proprio. ya expressao_em seu rosto, wma pareceu levar um susto € Gao que néo descreveu, mas mente e a chamar o nome do ho! pela primeira vez, um relacionamen Quando ela levantou a cabega, parecia pela e inteira. Ao falarmos ela percebeu a importancia de seu confronto com a ‘ois — e a redescoberta de mais sobre isso, bou demitindo dep secretéria — a quem acal riangas desamparadas. Mas ela sabia que @ descoberta da sensa- sua atitude com relagéo a transformagéo mais profunda acontecera com & gao em sua vagina. Q subseqiiente desperta€ eu senso palpavel de 225 ipenas verbalizados, _ 3) Finalmente, o terceiro sacdo serve € a recuperagio inacabada move-se naturalme _Téncias so realocada: Pessoa para a conclusio de qui lise — embora diferindo da 'S © quando @ estimulagao nte para a comple interna im, cabadas, Att lestdes até entao ii ina Psicang A i so, Sou coragéo comecou a bater bem répido, o que a deixou 5 Pt es Ela verbalizou os sons pump, pump e depois percebeu suite aneda no alto de suas costs. Fez uma longa pausa para se ume icyar a dor as costas, © depois disse com estresse conside- concetagora me lembro daquela horrivel noite em que meu primeio rare reve umm ataque do coracto”. Seguiu-se outra pausa Jonge, na qual Joan parecia estar sob grande tensao e muito absorta. Depois ela qua eum tom calmo, que estava aware da dor, da ansiedade © de diss Experiéncia daquela noite. Nesse instante ela cedeu a um choro Mrofundamente sincero. Quando acabou, ela olhou para cima e disse: eacho que ainda sinto falta dele”. Agora seu modo vago tinha desapa- recido, e ela podia transmitir a seriedade e a inte’ ‘de seu Felacio- jamento com o marido. A transformagao clara da superficialidade ~Zonvencional para a profundidade havia sido trazida pelo aumento “da sensagao. Pela auto-awareness e concentragao, ela deixou que “Zia proprias sensagées a guiassem, em vez de ser guiada por suas idéias ou explicagoes. Sentimentos Embora seja de fato verdade que o nivel dos sentimentos da experiéncia pessoal esté inextrincavelmente ligado @ sensagdo, os sentimentos tém uma qualidade que vai além do alcance da sensagao rudimentar. Quando uma pessoa diz que est4 com medo, esta dizen- do qual é 0 seu sentimento. Esse tom de sentimento inclui — e talvez até seja sustentado por — sensagdes especificas, como palpitagdes do coragao, suor nas palmas das mos, estomago embrulhado ou respira- 40 superficial. Por outro lado, ela pode sentir medo sem ter esses acompanhamentos sensoriais; experienciando e conhecendo seu “medo clara e intuitivamente, mas sem a awareness de nenhuma dessas sensagées su EEE Os Zentimentos incluem uma avaliagéo pessoal, uma tentativa de encaixar um acontecimento especifico dentro do esquema mais am- plo das préprias experiéncias; as sensagdes podem ser aceitas por si mesmnas e ndo parecem exigir ow esse senso de encaixe. As palpitagées cardiacas por si mesmas dizem muito pouco arespeito do ser total de uma pessoa porque elas nfo so especificas; 0 coragéo . \ foncee oo kaate estes oa eyricocee, i a 227 yarbeci? ¢ MEO. 2 ~S 7 ‘gumas filosofias orientais, co; 7 is ; aly fil iS orientai: tivo de experienciar todas as sensagGes sey : sem col Mo a ioga, © @ Joga, tém o objp, locar Tenhuma avale c ; . 4_0U a tristeza comp G40 pes: ‘ caper ae nelas. Elas consideram a dor fi ias por direito proprio, é essa Libegdn does Proprio, e iber ‘aceitando seu. i » @ essa liberdad aceitando seus senti pa le diante inento e na manutenste det passa‘a ser 0 fator bua a (asks aa ‘do de uma vida pacifica, P To. estabel |{dente pode dar a ida pactfica, P Pee a pessoa um - . Portanto, uma dor d ecules senso tao rico be .sea ; quanto | emnchongig ar saeees deixar de aplicar os ccstimedrte ita oe \eipcuts eee bom ou néo. E dificil fazor isso torn \para pessoas dedices ots svaliagbes pessoais — ina ipa tudo, ndo 6 que a las e experientes. A meta na pgestalt-tera capil sentimentos, mas a pessoas abandonem esses filaiientoe de. = Z e em vez di seus pee isso abram espa : = mo um i 0 abram espaco para os sentiment Para pod sealant imtestar os varios detalhes de suas vides tos da mesma forma isso, chamamos a atengao para os sentiin : Bes, Danes gue jé descrevemos ao trabalhar com a8 sense “~ 0U os Vazios na ex, m do sentimento, reconhecer as incongruéncias Com isso até que a De focar aquilo que foi descobertd_e ficar sam 8 sentimentes conn weanica emerja, todas essas situagées exprestdo, Une s come aberturas no ciclo da. awareness ¢ da vida esté désimpedidy este ciclo tenha sido completado, indi- le awar lo. pronto sem eness-expressao. Ea fluides neqenn oe ees ciclos lez perpetuamente em renovagéo “desse Processo : que constitui Tuncionamenta stitui uma caracteristica importante do bom ‘ t 0 terapeuta sens{vel SA ta jator passa pelo rosto sem ser notad ( historia continue -crescimento evolutivo de suas observa situagdo como ela existe no mom “criada uma nova experiéncia que —nés somos total p | 6 a Ou Es vty enh ge move de 16 para cd entre. a histéria da pes: nao 2 de um modo mecanico ou arbitrario. Ressaltar a s “que ela seja mais do que um mero da historia para simplesmente ma. Col her os buracos reness vern do riéncia. ce pronto m assegurar a historia a im, nntudo, as vezes, a awaren ‘consiste na experiéncia. ‘e por si mes! cessaria para preenc focar-se na auto-awal Sade pode haver buracos na expe da pessoa e pare deixar mais traco: dor esteja no cerne di momento, ou até mesmo Pe! “Por um momento voce Por exemplo, jo, sem gua, mesmo que & tar o que ela sente nesse alguma dor, ou talvez dizer: tanta dor”, poderia ser um portal pi quanto deixar que isso passe desperc a ser apenas mais uma fletir um impacto um foco especial ebido pode faze olhar de dor pode re! jé sentido e historia sem a necessidade de desaparecer_sem ser_sentido nas fiéncia de vida dessa pessoa. S6 a habilidade do terapeu' zar essa discriminagao. A gestalt-terapia é especii técnicas, precisamente por causa s0s aspectos do funcionamento d tir a tentacdo de tirar truques da sacola. goes & SU Se esse ritmo for almente vulnerdvel ao uso lo individuo. O terapeu' Ele precisa ento. paciente. Se ndo, o terapeuta pode torn: fazendo o que deseja sem consid tarefa 6 exercer nosso respeito pela posigao em que @ est4, a fim de alcangar o méximo de elegancia. ‘Uma das principais énfases na gestal e este 6 também um dos meios basic quilo que existe, ezes perguntamos “O com o sentimento. Assim muitas vt sentindo agora?”, ou fazemos afirmagées como mento e veja onde ele o leva”, soa e sua aware ubstancia e o drama proprio individuo, ara uma nova experiénci neutralizagdes_cronic de sua intengdo de reunir os diver- tem ‘um tempo organico para 0 ar-se arrogante e presungoso, leragao pelo paciente. Poucos dente mente elegantes ou totalmente arrogantes, mas_noss; E88 “falar sobre” portancia que ela ess dirigida 6 ne- e sug um olhar de! para se desvanecer s do que uma ondulagio na fa historia da pessoa. Pergun- rguntar se sente pareceu sentir ia — en r com que a historia. Algumas vezes 0, ira entrar naj — mas as vezes ele iré | icas_ da_expe- ta pode reali- | desatento das g = o apoiar-se no ¢ ta deve resis- gestoes enraizadas.na -, ¢ ¥ alcangado, 6 } é outra pessoa It-terapia 6 a acentuagao da- ‘os para lidar que vocé esté “Fique com esse senti- ou “O que este sentimento faz com que 229 mele ga? pf titurns op retan> ot i: ‘ % I i84y ay, vock deseja fazer?”, uma vez que acreditamos mos seguindo a orientagio dinamica Proporcdonad, ap fia awareness puder emergir, ela sugere mae Pl? Patina, 5 Juulica a dises0 na qual esse sentiment some ene Preseate ‘Tivo tony intend Theo ialmente ¢ do nada: “Sinto-me triste” Pat ‘he diz: “Experimenta sentir plenamente ea 9 3 ela Como we voc fosse a tristeza”, essa pessoa len ISNA, ent q mila 7 © come 4 Wisteva de um modo mais agudo do que antes mn 2% contar uma perda q 68 @ pode passa 4 jue experienciou @ ainda est UM acontecimento que a de! ie brar-ms de vm ixou triste, is - modo as profundezas de u : OU sentir de algun ~~ . ima reativida ; nips ie de insipidus, ‘dade que the dé dimensio om , 3 Cont aos config hill: Bum grupo, Ralph contou sobre seus sentimenis 4 2% de tbe com relagio ao fim de seus casamento; ele estava no proce, 3 0 ; ento; ; iy Tt 0 divércio. Mas seus semimentos estavam dividides ome To cntar avallar 6 limites de sua propria responsabilidade cs ‘ Hi tata e = ne ori totalmente capaz de cuidar de si mesma e de seus fils © poderiam ser magoados pel inetd im, 1 do Ralph ne mat Pela situagio instavel. Assim, a tristeza ; xintir Com a pureza necessAr «i Cara Ke trabalhy Po ton eee hare we expree nit maleate Fann me srupo, tentando extrair de 61 mesmo a esponsabilidade ita ag hilidade @ © que estava além de seu alcance (ho, Depots de ter feito isso, 6 690 seid fleou sila eae © @ sua esposa quando eles Rei : wilds Ue recuperava o senso das eabeatiaas no P ‘anny Vi i ee va Yaka Jégriinas em seun olhos ¢ ele chorou quie- SOMA As enprrance n AU Trinteozn de 9 ‘immanent «munis snaiy hy Pale 4s usar, we Ante A resprnnsbiidade @ moon alien A suamtusiin don nant fae i tssesnitey Mian biines enitin, FOYE O enti limps las. Assim expressou isfargada pelas ques- nar-ae do restante do grupo. | 08 oor 7 cana relovante, na bana i ta nla do mower aw no se ly tra sual dewterys Contex| y rl cna “om contrite antag Jevatande da que valha | ry mK NOK sain “ual A OXprOMSAO pon for Par 8 Comdunien, A tery Ohnewnivi 6 Innpeisdtivn (ome a hitorofilinta ¢ Mtncaslon mslorin «4 "BOK. An prsnncins ps MUM NOHO oti 20 24> —consisté soa que esté ressentida ou apai- ; mas antes ses sentimentos, rd esse tinua, indefinidamente, os, acentuando-os & sctema obsessivo, a pes' nao expressd) Assim, ela con! os See qazoes para les, alimentand desse sistema obsessivo. isa errada, ou sejam ie aa 3 rela Torapantica Talver os sentimento* 7 da ‘ou mal expressos. A tarela torapeT Girigidos contra @ pessoa errada ¢ ta e desenvolver a forga de expres- em encontrar a cena come” Peo * is le, “Fig que combina nti Phyllis era patologica no proximo exemplo. mente ressentida com seu chefe, um toad i ler ae insignificante a quem ela respondia como se ele iakaied oe a vise morte sobre ela, Na verdade, ele era pouco ese a ial Yela, e sua tendéncia a bloqueé-la e a colocar-se com! 2 ifivincla dela n0 departamento poderiam ter sido apenas irritagoes p - portantes. Mas, em vez disso, elas a inflamavam. Expressar seu efeito, Certo dia percebi que Phyllis era ee ee muita atengdo especial e perguntei-lhe se estava acostt la la, Ela se lembrou de que dois homens por quem havia se apaixonaco realmente Ihe davam um tratamento de “estrela”. Entretanto, nos dois casos, ela terminou abruptamente rejeitada. Depois da segunda vez, ela percebeu que nunca tinha se permitido receber o tratamento espe- cial que desejava. Assim, pedi-lhe que se expressasse para esses dois homens, em sua fantasia. Ao fazer isso ela conseguiu sair da mistura de raiva, perda, rancor e resolver aquilo que havia deixado anterior- mente de Jado ¢ ag redo do-qual havia organizado uma pare subs- “fancial de sua vida, Ao falar com esses homens em sua fantasia, “Phyllis expressou seus sentimentos pendentes. Depois dessa expe- “Fiéncia profundamente tocante, ela ficou mais calma e nao sentiu mais o agudo ressentimento para com seu chefe. Ela finalmente con- seguiu reduzi-lo a um nivel de importancia mais apropriado em sua vida. Phyllis tinha safdo do sistema neurdtico no qual tinha tor- nado seuchefe-o centro de_sua vida. ¢ passou pa ‘a um-sistema mais organicamente adequado a seus sentimentos. Nesse contexto a conclusio foi possivel. 231 - 8 teconhecer o acontecimento, m ilizada demais, talvez ela 0 EY , Possa as sua i i Pr6pria experiéncia néo se cient te nem para ser desejado. S deprimi a Primida nao estiver dessensib inclina para nada, esté ¢ aquilo que se quer a aged agora é que se : “? eventos ¢ experiéncias que one de e ao central da 12 axiomético di répria vida. quer antes de poder ae a uma pessoa precisa conhecer o que verdadeiro. Mui icada, mas na verdade i ease tt lade isso que as deseja tas satisfacdes acontecem s oe vamos. Vejo-o sorrir ¢ em que nem percebamos rienci ic é ie cio © desejo de que voce s eme alegro também, mas nao expe- etsas experiéncias assim dig — isso apenas aconteceu. Como © esponta: p lesmente A rm .“Spontaneas, muitas pessoas passam ee 7 5 ao planejaise " = -&_depender desses aconte- de gratit © gratificacao. 40. Entretanto, o problema eM momento: 7 8 in nos. Na gestalt-terapia, pe; juntamos: fre- Br » Pergi ce om, quer?”, ¢ esta er 7 . Pergunta muitas vezes provo ca J 6 £2. que o deseja experienc v 1 tay mie eerefo xs 4 J ° a estivesse num der. Ele pre- reso em branco, quase como se a pergunt um _desejo iro que 0 paciente ainda precisasse apren' ynhecer seus desejos. Na falta de torna imobilizad i com - 5 imentos, ou se torna desorga- Fo por gaticao. ane Pole le “— mas pao a gratificagao., desejo pode ser reconhecido e expresso, a ao senso de acertar 0 alvo e mover-se para Wm senso de com! liberagdo. Perguntou-se a um homem eae grupo o que ele queria @ le respondeu que nao sabia. Assim, 7 orientado a fazer uma afirmagéo para 4 mulher com quem tinha estado conversando — wma afirmagao que comegasse ‘com Be! avras “Bu quero que voce...”. Ele disse: “Eu quero que vocé saia comigo”- O rosto dele repentinamente se jluminov, ele perdeu seu sentimento ploqueado e sentiu que havia recuperado seu fluxo mental. Outro homem, um professor universitario, estava sentindo-se sobrecarre- gado ao ter de lutar a cada dia com 0 que pareciam ser exigéncias demasiadas para escrever, ler, ensinar —~ até que seu tempo parecia pronto a explodir. Depois de uma | Jonga lista de todas as exigéncias perguntei-lhe: que experimentava em sua vida ja superco! prometida, “O que vocé quer?”. Uma pausa... 6 um gesto com suas mos, mos- trando uma das maos se encaixando — mas muito. frouxamente e com espaco de sobra — na outa... e entéo: “Eu quero algum sentimento na minha vidal”, Esses dois reconhecimentos séo bem simples, mas para mui Peso oe “acessiveis. Entretanto, até que esses @5ejos possam_ser_ao menos reconhec los,_a agéo focada € ‘pouco provavel. Um dos modos c¢ desejos 6 inflé-los, amplié-los para desejos globais, finiveis e fora de alcance. Eu quero respeito, quero ser um sucesso quero amor, quero ser um bom marido. Quando alguém pergunta o que outra pessoa quer, essa pessoa estar mais perto do alvo se puder responder que quer que ele pare de fazer perguntas, ou que quer pessoa —Guando um pletude omuns de permanecer fora de contato com os| para sempre inde- 2 aprender a patinar no gelo, ou falar francés, ou fazer amor melhor. Esses so desejos que atingiram um status de figura; eles esto clara- _mente definidos, @ 08 ingredientes necessérios para sua consecugao “estao pelo menos_disponiveis ¢ identificados. Eles podem sé trans- 233 [ a us valores conflitantes, de que resolvesse $° na necessidade presente, dessem basear-se em avaliagoes a! se inevitavel | sia, tornou goes PUl ynodo que suas 3: trofiadas baseadas nas exi: feminilidade. 0 impacto di propria f imediato, osbloqueow'as avaliagbe ‘olassem suas at imedial0, permitira que contr ela ns ~parcebesse mais clar mente as diregdes em 4 séguiu chegar a nov’ valores pela sintese de si desamparada @ de sua feminilidade: 1) que pessoas que parecem criangas desamparadas 0&0 precisam automaticamente de protegao; & 2) que nem todos que precisam de cuidados séo criangas desamparadas. ‘assim, ela ficou livre para julgar que sv secretaria, embora seme- Thante a uma crianga desamparada, era ainda assim destrutiva © pre- cisava ser demitida, Também ficou livre para aceitar que podia amor de outra pessoa sem ser uma criana desamparada; tigha de ser uma crianga desamparada para poder se envolver plena e carinhosamente com outra pessoa que seja ao mesmo tempo forte e generosa, como ela mesma. £ bom lembrar que quando lidamos com awareness de valores ¢ avaliagées, estamos, acionando toda uma gama_de julgamentos @ _Gintradigoes jnternas. Os valores que Um individuo constroi para si =zemo com freqiiéncia precisam_ser reconstruidos du mtém juaterial anacrOnico. Assim, para Lila, ter 0 valor de que as criangas desamparadas precisam ser Guidadas significava que ela e seu irmao ‘ido seriam desconsiderados, um ato de assertividade que.ela.precisara ‘desesperadamente afirmar em certo momento. A convicgao de que ela fevia cuidar era um julgamento_de grande valor de_sobrevivéncia. Esse néo era um valor excéntrico, a0 qual ela havia chegado capricho- samente; era uma necessidade. Mas talvez no fosse mais necessério. Bassim sua avaliacéo anterior precisa ter forga suficiente come. figura pra ser reavaliada o. determinar-se ‘se ele ainda ¢ de fato um valor _necoseteio Util. Se for, se ainda servir a uma necessidade atual, iré Pea aad eet que serve a uma necessidade que pode lo, ¢ ela estaré livre para passar para outros valores mais sincrénicos. sua propria crianga precisar do que ela nado 235 O papel da projegdo na avaliagao que Lila fez sobre a gy desamparada na secretaria também deve ser descrito. Ela ioe 4 tar e assimilar a posigao precaria de seu irméo, nao havia ies e _de detender-se disso — mas ela nAo podia aceitar isso como verdaji, para si mesma, de fato isso_seria assustador demais. Além do = para | que ela visse a si mesma como aquela que cuida do irmao meng desamparado — uma relagao ndo-reciproca que funcionava apenas num sentido —, era essencial que ela nao se considerasse uma crianga desamparada como ele. Ela, pelo menos, era mais forte, mais espera, mais velha, com mais recursos etc. Precisava permanecer em contato com a fraqueza e a vulnerabilidade, mas nao podia tolerar que isso se aplicasse a ela; a fraqueza existia certamente, mas nao era uma de suas caracteristicas — ela estava 14 fora, nas pessoas que de algun modo dependiam dela. Portanto, conse; iu projetar sobre sua se- 4ria — que estava na posigad, de inferior e. “‘dependente —a crianga desamparada que era intolerdvel demais para ser_acella “como parte de si mesma. i Na emergéncia segura da situagao de terapia, Lila 1 pode permitir que a ativagao crescente fosse despertada primeiro pela awareness da érianga desamparada e digna de pena em sua secretéri ag si mesma. Ela ‘foi finalmente capaz de desfazer a proje¢ao; retomat “sua prépria crianga desamparada. O valor de que ela tinha de prote- “ger as criancas desamparadas pode ser assimilado com discriminaga0; as criancas desamparadas que precisavam de cuidados tinham de sé distinguidas das criangas desamparadas que eram destrutivas e exigia™ uma resposta diferente. E, por fim, Lila chegou a uma nova resoluga0 que péde integrar a suavidade de sua feminilidade com a necessidade de nutrir e ser nutrida a partir de uma Posigao de escolha e paridade entre iguais — mitua e ndo ameagadora. 236

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