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Maria Luisa Siquier de Ocampo, fa Esther Garcia Arzeno, sano de Piccolo e colaboradores O PROCESSO PSICODIAGNOSTICO E AS TECNICAS PROJETIVAS i wmfmartinsfontes Indice Preficio 1 Capituto 1 O proceso psicotiagnéstico Maria I. S, de Campo ¢ Maria’ E./Gareis'Arzeno) Capitulo 11 A entrevista inicial Maria L. S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arze Capitulo 1 Entrevistas para a aplicacdo de testes Marfa L. S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arzeno 47 Capitulo 1V O questionirio desiderative 63 1. Forga ¢ fraqueza da identidade no teste desiderative Maria L. S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arzeno ias de morte no teste desiderativo ia L. S.de Ocampo 87 2 Fa Hebe Friedenthal ¢ Ma 6s 3. indices diagnisticos progndsticos no teste desider 1 partir do estudo das defesas Maria C, de Schust e Elza Grassano de 4. Hentificagdo projetiva e me desiderativo Alberto Brodesky, Nidia Madanes e Diana Rabinovich 113 Capitulo V O teste de relagbes objetais de Herbert Phillipson LS. de Ocampo e Maria F. Garcia Arzeno 119 Capitulo VI (O teste de apercepcao infantit (C.A.T,) de L. ¢ S. Bellak 179 Guia de imerpretacéo do teste de a (C.A.T-A) de L. Bellak ‘Sara Baringoltz de Hirsch 787 infantil Capitulo VIE 4 hora de jogo dias 1A hora de jogo dia Ana Maria Efron, Esthet Mar ¢ Pola Woscoboinik 2. Por um modelo estrurural da hora Analia Komnblit 239 Janda Kleiner, Ana de jogo diagnéstica Capitulo VII Os testes graficos 253 Defesas nos testes grifficos Elza Grassano de Piccolo 255 Capitulo IX { entrevista de devolusio de informagio 381 1. Devel 0 no processo psicontiaundstico Maria L. S. de Ocampo ¢ Maria E. Garcia Arzeno 383 tuiio em casa ‘¢ Elida Esthor Femnindez 407 2. Téenica de deve Noi berto Mario Fern Capitulo X O informe psicoldgico 441 O informe psicolégico: exemplificagao através de um caso Renata Frank de Verthelyi 443 Capitulo XI Indicadores para a recomendagéo de terapia breve extraidos da entrevista de devolugiio Maria L. S. de Ocampo e Maria E. Ga aArzeno 475 Capiruto X11 As técnicas projetivas no diagndstico das dificuldades de aprendizagem Blanca E, Edelberg de Tamopolsky 487 Capituto XI Oensino do psicodiagndstico S17 Uma sperténcia no ensino do psicodia ole-plaving’ Euca M. Appi de Llauré ¢ Yolanda K! istico, Técnica Fuiuberg, Marla E, McQu inex 519 Capitulo I O processo psicodiagndstico ». Objetivas. Momentos do Processo. Maria L. S. de Ocampo ¢ Maria E. Gareia Arzeno A concepeao do processo psicodiagndstico, tal como 0 postulamos nesta obra, € relativamente nova, Tradicionalmente era considerado “a partir de fora”, como uma situagao em que o psicélogo aplica um teste em alg € era nestes termos que se fazia o encai casos especificava-se, incl ive, que teste, ou A jo era fornnul ria aplicar. A indica Ror chach” ou “aplicar um desiderativo” em De outro ponto de vista, “a partir de dentro”, o psicdl mente sentia sua tarefa come o cumprimento d a solicitagao ce as de uma demanda a ser satisfeita 0S indi- \do 0s pasos e utilizando os instrumes i a, etc,). O objetivo fundamental de seu contato com @ pax dos por outros (psiquiatra, psicana sta, pediatra, neurolo- ciente era, entio, a investigagao do que este faz diante dos esti \dos. Deste modo, o psic mulos apres atuava como al um teste. O guém que aprendeu, o melhor que pod: Ppaciente, por seu lado, representava alguém cuja presenca é m de quem se espera que colabore docil- imprescindivel; al mente, mas que s6 interessa como objeto parcial, isto é, como faquele que deve fazer © Rorschach ou o Teste das Duas Pes- sons”. Tudo que se desviasse deste propésito ou interferisse ocesso psicadiagnésticn e as oxicas p em seu sucesso. nsiderado como uma perturbagio que feta e complica o trabalho. a aplicacd dia-se o paciente e enviava- rado com enfoque atomizado, isto é, teste por teste, ¢ com uma nto de incluir, em alguns casos, dos, sem levar em conta do tltimo teste, em geral, despe ite um informe elabo- Termin: e a0 remet ama de detalhes, 2 p\ 6 protocolo de registro dos testes api io tint conhecimentos especi 1a informagio itil d ciona al. Este tipo de informe psicolégico fi tas do psicdlage ao outro profissional, dor. Atrs ‘uma prestagao de co que 6 sentido como um superego cxigente ¢ ingu desse deszjo de mostrar detalbadan seu paciente ¢ ele, de sua fragil identidade pre sidadle imperiosa de justificar-se ¢ provar (¢ provar pars procedeu corretumente, detalhando excessivamente © que teceu, por medo de nto mostrar nada que seja essencial ¢ cli- imcamente itil. Esses infuxmies psicokigicoa aio, & luz de nos- 59s conhecimentos atuais, uma fria enumeragio de dados,tragos, formulas, etc., fiegtiontemente no integrados numa Gestalt encial da personalidade do paciente ¢ per Yque que apreenda 0 mita evidencié-lo, O psicélogo trabalhou durante muito tempo com u delo similar a0 do médico clinico que, para proceder com efi ciéncia e abjetividade, toma a maior distinci jo a seu paciente a fim de est que no Ihe impega de wabalhar co tividade necessti Em nossa opinigo, 0 ps ¢ ainda age — por carecer de uma identidade sSlida permita saber quem é e qual é seu verdiadeito trabalho dentro das ocupagies ligadas a saiide mental, Por isso tomou empres tado, passivamente, o modelo de trabalho do médico clinica (pe tc.) que Ihe davaum pseudo-alivio sob dois sivel om n poss Jecer um vineulo afetivo tranqiilidade e a obje- logo freqiientemente agia assim the 0 processa psicodagnéstic aspectos, Por um lado, tomou emprestada uma pseudo-identi dade, negando as diferencas © ndo pensando para no distin- guir e ficar, de novo, desprotegido. O prego deste ali da imposicdo externa, foi a submissdo interior que 0 empobre- cia sob todos 0§ pontos de vist nda que the evitasse um mento sobre quem era € como deveria trabalhar. A o-indagagio de tudo o que se referia ao sistema comunica cional dinimico aumentava a distincia entre o psicélogo ¢ © ciente e diminuia a possibilidade di qu: ade de vi tal relacao pode despertar, Assim, utilizavam-se os testes como se eles constitufssem em si mesmos 0 objetivo do psico- diagndstico e como um escudo entre 0 profissional c o pacien: te, para evitar pensamentos e sentimentos que mobilizassem afetos (pena, rejei¢ao, compa Mas nem todos os psicdlog 1. medo, cic). s agiram de acordo com esta nentaram o desejo de uma aproxima- ‘¢do auténtica com o paciente. Para pd-lo em pritica, tiveram de abandonar 0 modelo médico enfrentando por um lado a decprotecia e. par outro, a sobrecarga afetiva Delos depositos* de que eram objeto, sem estarem preparados para isso, Podi contecer entfio que atuassem de acordo com os papéis indu- zidlos pelo paciente: que se deixassem superprot contra-identificagio projetiva com o paciente, inconveniente porque interferia em seu trabalho. Devemos levar em conta que é escassa a confianca que podemos descrigai0. Muitos exper adir, seduzir, que 0 sesscin, 0 abandonassem, etc. O resultado era uma sr em um diagnésti- e mecanismo, sem possibilidades de correco posterior. Devido a difusao cresce lise no ambito universitirio e sua adogio como réncia, os psicdlogos optaram por aceiti-la como trabalho, diante da necessidade de achar uma imagem de iden- tificagdo que lhes permi co em que tenha operado es eo de refe- ndelo de ¢ erescer e se fortalecer. Esta aqui: 1 ser usado no senmido e colocar no outro e dear. (N. Oo E.) O processo pscodiagndsticu e as téenicas prajetva sig2o significou um progresso de valor inesti mas pro- vocott, 20 mesmo tempo, uma nova crise de identidade no psi- célogo. Tentou transferir a dinamica do processo psicanalitico ara processo psicodiagnéstico, sem Icvar cm conta as ca- racteristicas especificas deste. Isto trouxe, par distoredo ¢ um empobrecimento de cariter diferente dos da linha iso dinimica do caso mas foram desvalorizados os instrumentos que nio eram utili- revista livre foi super- erior. Enriqueveu-se a compre zados pelo psicanalista. A técnica deen indo plano o valor enquanto era relegado a um 5 mbora fosse para isso que cle estivesse mais pre parado, Sua atitude em 1 da por sua versio do modelo analitico ¢ seu eng agiio 20 paciente estava condiciona- mento especifico: permitira seu paciente desenvolver o tipo de con- duta que surg: jar ‘com base neste material con espontam neate em cada sesso, interpr Jo com um tempo prolongado para conseguir seu objetivo, podendo ¢ devendo ser contines te de certas condutas do paci brincar (caso trabalhasse com criangas), sil dos, faltas repetidas, atrasos, ete Se o psicdlogo deve fazer um psicedi \stieo, © enqua- dramento nio pode ser esse: ele dispde de um tempo limitado; al; se niio se a duragio excessiva do processa torna-se prejudic jeigSes, bloqueios ¢ atrasos, 0 trabalho ser protegido por todas os meios. Em re- lacdo & técnica de entrevista livre ou totalmente abs tamos 0 modelo do psicanalista (que nem todos adotam), de vemos deixar que 0 paciente fa © que quiser € quando quis isto €, respeitaremos seu diming. Mas com tempo ilimitado. Em nosso cont confusio: no dispamos d iente falamos de “slgumas entrevisias” € 48 vezes até se especifica mais ainda, esclare a de trés Con quatro. Portanto, aceitar siléncios muito prolongados, lacu- nas totais em temas fundamentais, insisténcia em um mesn tema,¢ itedeu”, é funcionar com uma to como ps lo que se t ‘porque € 0 que o pacit 0 processo pricodiagnéstco 9 identidade alheia a do terapeuta) e romper 0 proprio enqua- nto. Daremos um exemplo: se o paciente ch atrasado 4 sua sesso, 0 1 -apeuta interpretaré em fungiio do material com que conta, ¢ esse atraso pode consti para ele ‘uma conduta saudivel em certo momento da terapia, como, por exemplo, no caso de ser o primeiro sinal muito pr nsferéncia edisposto a idealizar seu ativa em um paciente sses poucos mi para nada, j@ que, no maxim: poderii aplicar algum teste gri- gratia de que pos ser concluide no mot entrevista preciso. Pode ocorrer entao que prolongue 3 rom- pendo seu enquadramento, ou interrompa o teste; tudo isto per- turba o paciente ¢ anula seu trabalho, j4 que um teste no co cluido nao tem validade. Esse mesmo atraso sign segundo caso, um atzque ica, nesse ais sério 20 vineulo com 0 profis- sional porque ataca diretamente 0 enquadramento pres te estabelecida, Nao rest menor diivida de que a teoria e a técnica psi- as deram ao psicologa um marco de relerencia sdivel que 0 ajudou a entender corretamente 0 que acon- tecia em seu contato com o paciente, Mas, assim como uma vez teve de se rebelar contra sua propria tendéncia a ser um aplicador de testes, submetido a um modelo de trabalho frio, desumanizado, atomizado ¢ superdctalhista, também chegou ‘um momento (e dit 108 vivendo este momento) em que teve de definir suas semelhangas e was em rela ‘Gao ao terapeuta psicanalitico, Todo este processo se deu, entre ‘outras razdes, pelo fato de ser uma profissio nova, pela forma- Go recebida (pro ou antipsicanalitica) e fator is. Do nosso ponto de vista, aié a inclusio da teoria © da técaica psi- canaliticas, a tarefa psicodiagnéstica carecia de ut referéncia que Ihe desse consisténcia e utilidade cl s pes marco de a, espe- cialmeate quando diagndstico e © prog dos em fing’ possivel terapia, A aproximagio entre 10 0 processo psicodiagnésticoe as técnica projetva aliticas rea- a tarefa psicodiagn teoria e a técnica psic lizou-se por um esforgo mituo. Se o psicdlog trabalha com seu proprio marco de referéncia, o psicanalista deposita mais as na corregdo ¢ na utilidade da iu mais informaga confiansa e esper go que recebe dele. O psicanalista se abr este, por seu lado, ao sentirse proporcionada pelo psicél nais bem recebido, redobrou s vez melhor. Até ha pouco tempo, co incluir a enumeragio dos mecanismos defensivos util informacao importante. No estado mos que dizer que o paciente utiliza a 3s esforgos P fato de o informe psicol ados pelo paciente constituia atual das coisas, consider identificacao projetiva ea certo ponto itil mas insuficiente, Possiveimente, ‘odo ser humano apeta para todas as defesas eonhecides de acor- ddo coma situacdo intema que deve enfrentar. Por isso, pensamos ever as situagdes que poem em jogo essas defesas, a sua intensidade ¢ as probabilidades de que sejam eft peuta extrairé uma informagéo cazes. Consideramos que 0 mais itil de um informe dessa natureza. 0 psicologo teve de peroorrer as me: individuo percorre em seu crescimento. Buscou fig, para se identificar, aderiu ingénua e dogmaticamente a cert logia e identificou-se introjetivamente com outros profissio- nais que funcionaram como imagens par is vezes com crueldade excessi ay Glapas que um ras boas, ideo- ais, 218 que pode questionar-s (como ado- lescentes em crise), sobre a possibilidade de nao ser como eles. Pensamos que o psicdlogo entrau num periodo de maturidade perceber que utilizava uma “pseudo” identidade que, fosse qual fosse, distorcia sua identidade real. Para perceber esta iti teve de tomar uma ceria distincia, pensar criticamente no ‘que era dado como inquestionavel, avaliar © que era positive € digno deser incorporado 0 que era negativo ou completamen- te alhcio a sua atividade, ao que teve de renunciar. Conseguiu jor autonomia de pensamento e pritica, com @ ra sua identidade propria, assim uma m qual nio $6 se distinguiri e fortalea fungi u 0 proceso p como também poderi pensar mais ¢ melhor em si contribuindo para o enriquecimento da teoria e da pritica psi- campo de acao, Caractertzacdo do processo psicodiagnéstico Institucionalm © processo psicodiagndstico configu- ym papéis bem definidos e com um cor > qual uma pessoa (0 paciente) pede que a ajudem, e outra (0 PsicGlogo) aceita o pedido e se comprome lida de suas possibilidades. & uma simagao bipessoal (psi- célogo-paciente ou psicélogo-grupo familiar), de duracio limi cujo objetivo é conseguir uma descricao e compreensio, is profunda ¢ completa possivel, da personalidade total do. paciente ou do grupo familiar. Enfatiza também a investigaga0 de algum aspecio em particular. segundo a sintomatologia ¢ as terist incdicacao (se houver). Abra passados, presentes (diagndstico) e futuros (prognéstico) dest [personalidade, utilizando para atcancar: nicas (entrevista semidirigida, 1 de devoluga ra uma situagio o¢ satisfaz6-lo na om cas da nge os aspectos ns obyet1v0s certas tec~ rnicas projetivas, entrevista Em nossa caracterizs > do processo psicodiagnéstico adiantamos algo a respeito de seu objetivo. Vejamo-lo mais detalbadamente. Dizemos que tigacao psicologica deve conse ecnsio da personalidade do paciente. Mencionar seus elementos constitutives ndo satis- faz nossas ¢ 82 inv guir uma descrigdo ¢ com éncias. Além disso, & mister explicar a diniimi: 2 do caso tal como aparece no material reeolhido, integran do-0 num quadro global. Lima ver aleangado um panorama pre- cciso e completo do caso, incluindo os aspectos patol6 R 0 processo 5 adaptativos, trataremos de formular recomendagdes tera- péuticas adequadas (terapia breve ¢ prolongada, individual, de casal, de grupo ou de grupo familiar; com que freqiéncia; & recomendivel um terapeuta homem ou mulher; se a terapia pode ser analitica ou de orientasfio analitica ou outro tipo de terapia; se 0 caso necesita de um tratamento medicamentoso paralelo, ete.). Momentos do proceso psicodiagnistico Segundo nosso enfoque, reconhecemos no processo psi- codiagndstico 0s seguintes pasos: 15) Primeiro contato ¢ entrevista inicial com o paciente 25) Aplicagao de testes e técnicas projetivas. 3°) Encerramento do processo: devolugio oral ao pacien: te (cou a scus pais). ) Informe eserito para on No momento de abertura estabelecemos o primeiro con- + paciente, que pode scr direto (peccoalmente ou por fa pessoa, Também inclui- inicial, & qual nos ndo momen- netente. aly vo telefone) ou por intermédio de ou ‘mos aqui a primeira entrevista ou entrevis referiremos detalhadamente no capitulo U1. 0 to consiste na aplicagao da bateria previamente sclecionada crdenada de acordo com o caso. Também inclu ui ote po que o psicdlogo deve dedicar ao estudo do material recolhi- do. O terveiro e 6 quarto momentos sio integrados respecti mente pela entrevista de devolucao de informacao a0 paciente (C/ou ans pais) ¢ pela redacio do informe pertinente para o pro- fissional que 0 encaminhou. Estes passos possibilitam infor- mar o paciente acerca do que pensamos que se passa com ele ¢ orienté-lo com relagio & atitude mais recomendiivel a ser tomada em seu caso. Faz a quem enviou o caso para psicodiagnéstico. A forma ¢ @ contetido do informe dependem de quem osolicitou ¢ do que pediu que fosse is especificamente ste 13 D pracesso psicodia Enquadramento Ji nos referimos a necessidade de utilizar um ‘mento ao longo do processo psicodiagnéstico, Definiremos ag0- rio que entendemes por enquadramento¢ esclarece Pontos a respeito disto. Utilizar um enquadrame (0 significa, para nds, manter stantes cerlas variveis que intery m no processo, a saber. cimento dos papéis respectivos (natureza e limi- funcao que cada parte integrante do contrato de- sempenha). Lug Horario e duracao do proceso (em termos aproxima- dos, tendo o cuidada de no estabe s onde se 5 entrevistas em muito curta nem muito longa). Honorarios ( salar ow 50 se trate de uma consulta pa de uma instituigio paga). Nilo se pode definir o eng porque cou ;adramento com maior preciso jeido o cou modo de formulagio dopendem, cm muitos aspectos, das caracteristicas do paciente dos pais. Por isso recomendamos esclarecer desde o camego os el mentos imprescindiveis do enquadrs 7.0 final da prime eber qual 0 ens quadramento ime- diato € um elemento tao importante quanto dificil de aprender na tarefa psicodiagnéstica. O que nos parece mais reeomenda- na atitucde permedvel e aberta (tamto para com as nece s do paciente como para com as proprias) para 1ento, deixando os res- aclequado pa 10 esta ustentaveis (falia de ygamento do processo, etc.) € que pr belecer condigdes que logo se tornem i limites ou limites muito rigidos, prolon dclineamento confuso de sua tarefa jalmente o paciente, A plasticidade aparece como uma condigao valiosa para o psicélogo quando este a utiliza para se situar acertadamente diante do caso e m “ Oprocesto psicodiagndttco eas ticnicas pryjetivas be diseriminar juadramento prefixado & ropriado. Também o é quando ecessidade real de modificar 0 iptura de enquadramento por atuapao do psicélogo indu ciente ou por seus pais. A contra-identificacao pro. ciente ou pai) pode induzir a tais erros ida pelo Capitulo IT A entrevista in Maria L. S. de Gcampo e Maria E. Garcia Arzeno Caracterizamos a entrevista inicial como entrevista semi- evista é semidirigida quando o paciente tem liberdade para expor seus problemas comecando por one pre € incluindo o que desejar. Isto ¢, quando permite que 0 campo psicolégico configurado pelo entrevistador e 0 pacier- fe se estruture em fungdo de ados pelo iltimo. Mas, diferindo da weenica de enirevista totalmente livre, 0 ene stador intervém a fim de: a) assinalar alguns vetores quando © entrevistado ndo sabe como comegar ou continuar. Estas per- intas sio feitas, é claro, da maneira mais ampla possivel; b) 1 situagdes de bloqueio ou paralisagiio por incremento da angiistia para assegurar 0 cumprimeato dos objetives da entrevista; c) indagar acerca de aspectos da conduta do entre- vistado, aos quais este nao se referiu espontaneamente, acerca de “lacunas” na informagdo do paciente ¢ que sio considera- das de especial importincia, ou acerca de contradigdes, ambi- gilidades ¢ verbalizagdes “obscuras Em termos gcrais, recomendamos comegar com uma té nica diretiva no primeiro momento da entrevista, correspon: dente & apresentagio miitua e 30 esclarecimento do enquadra- da, trabalhar com a técnica de oportunidade de expres a > processo peicodiagnastic onsulta Fin apees tar uma téet her” nossa! nas”, Esta ordem psiedlogo deve aprend tuno em que d falar ou calar e ese Para recomendar ¢: st: smidirigida & que devemos co nda responde a neces que nos permitam levamos em conta di is razBes: a prime’ nheeer ivamente o paciente, ea sidade de extrair da entrevista certos dad mular hipéteses, plangjar a bateria de testes e, pe ior preciso os dados dos testes ¢ da A correlagio entre 0 que 0 paci is) mostra na primeira entrevista, o que apat (© que surge na entrevista de devolugio, of tema al diagnéstico e p Do nosso ponto de vista, a ¢ ma” tée- ‘a” técnica. f insubstituivel enquanto cumpre certos objetives do processo psicodiagnéstico, mas os testes (¢ nos referimos particularmente aos testes projeti certas vantagens que 0s tornam insubstituiveis e prescindi veis, Mencionaremos entre elas sua tica explora \dronizaczo, caracteris- jue di a0 diagndstico un maior margem de seguranga, 8 ‘de outros tipes de conduta que no podem ser inves- tigadas na entrevista clinica (por exemplo, a conduta grifica) € que podem muito bem constituir o reduto dos aspectos mais patolégicos do paciente, ocultos atris de uma boa de verbalizagio. pacidade Em sintese, os testes constituem, fandam jetivos, Estes apres (pranchas, pe que sio v ‘a0 paciente o tipo de conduta que espe ara nés, instrumentas ilais. J4 esclarecemos que nos referimos a0s testes pro- lam estimulos ambiguos mas definidos s, el¢.). Operam de acordo com instrugdes alizagées controladas € de idas que transmitem smos dele neste momen 4 entrevista inital 19 to ante este estimulo, A maioria dos testes inclui um interropats- palho rio. Fazer p colaboram unias ¢ receber respostas & u igual mbos 03 integran processo, nun mente comum, Também a entrevista se inclui neste contexto, Esti enquadrada dentro destas mesmes linha incluimos em nossa técnica a interpretaga jd que nao Quando nos acha: mos diante de uma situagio de bloqueio, no nos limitamos a acsinalé-la como tinico indicador itil para diagnéstico, jé que restringir-nos a isso ocasiona sér 1s conseqiiéncias, Ao emp bresimento de nosso dia Lag Necessitamos r dicagdes para mobilizar 0 pac e aplicando testes apropriad te a entrevista cli Se quisermos marcar uma dife: renga entre a entrevista clini edicada & apli tes, diremos que a primeira oferece uma tela mais ambigua, semelhante & prancha em branco do T.A.T. ow do Phillipson Por isso extrai uma amostr que se tira na aplicagio de te: que utili entrevista inicial coincidem com os que aplicamos para os testes. Af incluimos: o tipo de vinculo que iciente estabel tratransf em suas conduta de tipo diferente da tes. Os critérios gera sce com 6 psicdlogo, a transferénc lo que estabeleve lagBes interpessaais, as ansiedades pred rencia, a classe de vir antes, as condutas defensivas utilizadas habitualmente, os aspectos patologicos © adaptativos, o diagndstico 0 prognéstico, Para obter toda esta informa, do devemos precisar q slo 05 objetivos da entrevista mpresso que nos desperta 0 pa- se mantém ao longo de toda a entrevista ou a, € em que sentido. Sao aspectos importantes: sua lingu em corporal, suas roupas, seus g de ficar quiewo ou de mover-se, seu semblante, etc 22) Considerar 0 que ve baliza ecom que ritmo. Co aliza: © que, como e quando ver- parar isto com a imagem que trans- dhagndstica eas temicas projets mite através de su aneira de falar quando nos solicita a con- sulta (geralmente por telefone). Avaliar as caracteristicas de sua linguagem: a clareza ou confusdo com que se expressa, preferéncia por termos equivoces, imprecisos ou ambizuos, a tilizago do tom de voz que poxle entorpecer a comunicagao a ponto de no se entender 0 que diz, ainda quando fale co uma Kinguagem preci juada, Quanto ao contedido das lizagies, ¢ importante evar em conta quais os aspectos de sua vida que eseolhe para comecar a falar, quais 0s aspectos a que ncialmente, guais os que provocam blo- queios, ansiedades, et., isto ¢ tudo que indica u 20 clima reinante anteriormente. Aquilo que express como motivo manifesto de sua consulta pode ampliar-se ou restringir-se durante 0 resto desta primeii entrevista ou do processo ¢ constitui outro dado importante Por outro lado, o paciente inclui em sua verbalizagio os trés e refere pre 1 desvio em nerve, anu lars tempos de sua vida: passado, presente ¢ futuro, dados que serao depois confrontados com sua producdo, por cxemplo, no tes de Phill logo ten ‘on. F importante que nem 0 paciente nem o psicé n restringir-se a um ou dois destes mo Isto € til para apreciar a capacidade de insight refergncia a unir seu passado co ro. Promovide pelo psiodlogo (que, por exemplo, recorre per- nitas do tipo: 0 que aconteceu antes? Acon- ntos vitals do paciente seu presente ¢ seu futu- sistentementea pk teceuThe imilar quando era pequeno? De que voce gos ndo era crianga?) ou trazido espontanea- pei pode converter-se em uma fuga defensiva que: isténcia na evocacao do passado mente pelo paciente, vita 1 invight ypora comigo”, Podemos m0 que esti ocorrendo no “aqui € Giagnosticar da mesma forma a fuga em diregdio ao futuro. A atitude mais pro entrar-se no presente ¢ a partir dai > passado ¢ 0 futuro do paciente. Deste modo a emporal sem angustiar-se de- to indicador de boa capacidade procurar inte; apreciar a plasticidade com que conta pa entrar e sair de cada seqii mais, Isto 6 por si sé um elen A entrevisa nical de integragiio ¢, como tal, de bom prognéstico. Na entre: inicial devemos extrair certas hipdteses seqliéncia tempo- ero paciente, Uma vez confrontadas com revista de devolucio, serio ral: como 0 que foi extraido dos testes ¢ da ratificadas, ou nio. 2) Estabelecer o grau de coeréncia ou diserepancia entre tudo o que foi verbalizado e tudo o que captamos através de sua linguagem nio-verbal (roupas, gestos, et )..O que expres- real mas muito menos controlado do sando verbalmente {que as verbalizagdes. Tal confronto pode informar-nos sobre a coeréncia ou discrepanc! yo manifesto da consults entre 0 que é apresentado como mo- mo motivo ite modo: um paciente pode estar nos explicanda que esta preocupado eo que percebemos subjacente, Poderiamos exemplific: isto do seg ‘com seus fracassos intelectuais ¢ acompanhar estes comenti- Fios com gestos claramente afetados. Num caso a vamos desde a pri ctrevista a discrepancia entre 0 que 0 paciente pensa que est acontecendo com ele e 0 que nds per samos. O diagnéstico sera baseado no g discrepincia entre os dados obtidos na primeira entrevista, nes testes e na entrevista de devolucao. E in fe comparar as ccaracteristicas das verbalizagdes do paciente nestas irés opor- tunidades t20 diferentes. 42) Planejar a batcria de testes mais adequada quanto a: a) elementos a utilizar (quantidade ¢ qualidade dos testes Thidos); 6) seqiiéncia (ordem de aplieagio), e c) ritmo (nim ro de entrevistas que calculamos para a aplicacdo dos testes ssim obser- de coeréncia ou escolhidos). 5%) Estabelecer um bom rapport com o paciente para re duzir ao minimo a possibilidade de bloqueios ou paralisagoes e-criar um clima preparatério favordvel & aplicagao de testes. 6°) Ao longo de toda a entrevista é importante captar 0 que © paciente nos transfere © 0 que isto nos provoca. Re: rimo-nos aqui aos aspectos transferenciais ¢ contratransferen~ giais do vinculo. E importante também poder captar que tipo 2 0 processo pricodiagn > eas téenicas projetivas de vinculo o paciente procura estabelecer com o psicélogo: se Jo, manter-se a distincia, procura seduzi-lo, confundi-lo, evit depender excessivamente dele, ete., porque isto indica de que n ele (como perigoso, maneira especifica sente seu contato invasor, maternal, etc.). Contratransferencialmente surgem no incia vit psicélogo certos sentimentos e fantasias de impor pa nsio do caso, que permitem determinar o tipo de vinculo objetal que opera como modelo interna inconsciente 2.@.comps no paciente. 75) Na entrevista ini I com os pais do pat tante detectar também qual é 0 vinculo que une 0 casal, 6 vin- culo entre eles como casal e o filho, 0 de cada um del filho, o deste ultimo com cada um deles ¢ com 0 ca com o psicélogo. Outro vinealo é o que procaram indu- os a estabelecer com 6 filho ausente e ainda descanhecida (o.quedizem dele), que pode fecilitar ou perturbar a tarefa pos- terior. Por isso pode ser i ins casos, trabalhar com a téenica de Meltzer, que vé primeito o filho e depois os pais. 8°) Avaliar a capacidade dos pais de elaboragio da sitna- eo diagnostica atual e potencial. & interessante obsecvar se ambos - ou um e, nesse caso, qual dees ~ podem promover colaborar ou, pelo menos, aceitar as experiéncias de mudan do fiho caso este comece uma terapia. E importante detectar a capacidade dos pais de aceiti-las na medida, qualidade ¢ momento cm que sc décm, pois disso depende muitas vezes 0 comeso e, especialmente, a continuidade de um tratamento. Ja que nos referimos a entrevista com os pais, qu esolarecer que a presenca de ambos ¢ imprescindlivel. Consider mos a crianea como emergente de um grupo familiar ¢ pod mosentendé-la melhor se vemos casal parental. Entendemos que € mais produtivo romper o esteredtipo segundo o qual a npc somente pelo estreito vinculo jente é impor- com al, 0 do entrevista com a mac se que se estabelece entre cla co filho. Isto é certo e plenamente a histé papel tio valido nos primeiros meses de vida da crianga. M ria do filho, o pai desempenha freqientemente un A entrevista inicial importante quanto o da mie, mesmo quando é uma figura pra- ticamente sente da vida familiar. O filho introjetou algui Ses para tal & valorizs pondente. E evidente q ofitho é Jo, colocando-o no seu papel corres- trabalhamos com o coneeito de que o produto de um casal (niio somente ds mie) e que am- vir as entrevistas, a menos que se tr situaco anormal (pai que viaja constantemente, doe nado por longo tempo, pais los, ete.), Quando chat iamos destacando do resto do mos S6 a mie, parece que a e: grupo f camente a ela a responsabilidade por aquilo que seu filho & Nac tema pi ber esta informagio, en ponsabilidade e adotar uma resolugio. Entend: mar tudo isto apenas mae ponsabilidade do psiedle liar, mas isto tem sua contrapartida: atribuimos uni rantir a presenga do pai equivale a pensar que ele r et com isso. Por outto lado, se recomendamos ums ambos devem re 108 que infor- ignifiea transferir-lhe o que é res ». Dado que o pai nao foi incluido em nenhum momento prévio do proceso que culmina com tal nformacao (por exemplo, necessidade de terapia), no esi preparado para recebé-la e, contud. ele pode ser o responsi vel por um elemento muito impor ante para sua concer tal como sua accitagao, o pagams nuidade do tratamento. De acor projetado no maride, aspecto que ficou marginalizado na entrevista pela auséncia deste, enfrentar-se-4 maiores ou me ores dificuldades. Pode acontecer que aspecto dissociado depositado no ausente seja 0 de uma séria resista Gio ao tratamento, A mae se mostrara, por exemplo, receptiva, colaboradora © complacente, mas, em seguida, pod nalizar: “Meu marido no quer.” Deste modo no matido Jum aspecto de resist este grupo familiar se jo com 0 aspecto dissociado © cia & mudanga que parece caracterizar que o psicélogo possa ter oportunidade trabalhar com esse aspecto incluido nas entrevistas, pr car uma tomada de conseiéncia da sua dinimica. Em relagioa resisténcia diante da monipulagio da culpa dizemos: entrev tar somente a mie facilita a admissio de toda a culpa pela doenga do filho; a preseng: 1a. Por outro la de ambos permite dividi-la ¢, por: do, se p tanto, dimim amos que a devolugio 1 certos beneficios psicoligieas, por que al? E fre devido a uma consulta pelos filhos, os pais acabem re de informagaio pro dic-los somente 4 io soca acontecer que, do a propria necessidade de um tratamento e o proc Vamos agora mudar de perspectiva e nos sit de vista do psicdlogo, Entendemos que a presenca do pai e da mae Ihe é ttil e indispensivel por varias razies. A incluso de ambos implica a observago in sit de como sio, que papéis, desempenha cada um deles em relagZo so outro, em re do filho mostram psiedlogo, o que cada um traz, que aspect respectivamente, como vivenciam 0 psicodiay na psieoterapia. Muitas vezes um desempenha 9 outro diz. Se aatitude de um é de 6 outro pode equilibra-la com tor do muita desconfianga e inve} mento e confianga. Se exc! nais de maior agrad dos membros do ca is aspectos do vinculo com 0 psicélog entes que existem, ha mi mos um al das entrevistas, perdemos um destes 9. Como produto do des de detectar vicios e corrigi-los. Por outro lado, a presenga de ambos evita o perigo de aceitar 0 ausente como “bode ex piatério”, isto é, como depositirio de todo © mal do vinculo, ¢ como representante do que ¢ bom ¢ bem-sucedico. Hilo como terceiro excluido e, deste icleos basi: compreensao de cada caso. Isto estimula ci m em protesto por lidade no excluido. Hi pais que no re sua nlo-inclusio, mas depois, de uma forma ou de outta, cam 0 psicodiagnéstico ou a terapia (interrompem, negam-se ba n eonstantemente, ete.). A A entrevista inicial 2 spec do enquadramento, o econ clusio do pai. E-ele que geral mente paga os honoririos. Se atribuimos a este aspecto nao s6 © significado monetéri mas também repar com 0 psicélogo, de quem se reeebeu (tempo, dedicasao, para ra que tenha a io, esclarecimento, ete.), devemo: luir © pa que assuma a responsabilidade econémics ¢ pi oportunicade de sentir-se como reparador do filho e do psicé. lo o, € nao como alguém que deve assumir uma mera obriga. ial. Se o psicdlogo insiste em considerar preseindi- vel a presenga do pai, esta excluindo-o, implicita ou explicita- mente, mostrando assim um aspecto regi ssivo proprio, pois evita a situagio de ficar transformado em terceiro excluido ante um easal unido “contr psicdlogo-filho, A visualizagio de um casal muito unido, seja a alianga si ou patoligica, pode mobilizar inveja ¢ desejos de destrui-lo. A insisténcia em ver Somente a mie ou a ambos os pais, porém separados, uma ue pode encobrir estes sentimentos. Nes opsio evonar ex dor obrigatorio da a Seno curso da en- revista comecam as discuss0es ¢ as reprovagoes, 0 psicélogo enfienta go, através de seus aspectos ina 0 terceiro exeluide com a fant is, ndio suporta fun- a de ser espe. pa cena primitiva sid |. que reativa nele a fantasia de ter conscguido separar 0 casal, Em tais casos pode aconte cer que nadamente ~ o procure dos pais — ou 0s dois alt como para transfor em terveiro exeluido. Se © psicdlogo nio esti alerta, pode estabelecer diferente de aiangas pei Ist tipo 20sas para o filbo, para as pais e para cle mesmo. € valido para os pais de crianeas e de adolescentes. Queremos nos deter em outro tema que pode provocar diividas em relardo ao scu manejo técnico: 0 caso de filhos de pais scparados. O psicdlogo deve a ilar os fatos consumadas pelo casal, Se este casal ja no existe como tal, suas tentative de voltar a u mm de infrutiferas, poderiam res Séria interferéncia em seu trabalho. Podemos dizer que se con- Oprocesso pscodiggnistico eas ténices projeivas a-identificou projetivamente com o filho em seus aspectos adores da realidade (a separagdo) ¢ que, pela culpa de ias edipianas e pela dor fren te a essa perda real, tra Jos, seja mediante tentativas cefetuadas diretamente por ele ou transferidas a outros (neste caso, 0 psicdlogo). Se desejam vir juntos as entrevistas, te do que foi m vir separada- contecer ta 0 em que a t dito anteriormente. Se, pelo contririo, dese mente, temos de respeiti-los. Pode que de sejem vir separados ¢ com seus resp ros. Neste easo, a realidade se mostra represeniam (cada um des pais da eriang: nbém. aspectos irreversivelmente dissociados. Devemos advertir 0 psi seus impulsos contririos aos de unir 0 ca: ferencialmente, sente que no “sintoniza” bem com 0 casi her nfio & para esse homem’” ou vice-versa. Se ama* 0 que cles The transferiram, procurard conseguir uma separacdo pedindo, explicitame manipulando a dinimica da acentuem os pontos de divergéncia entre 0 c: ic, que vel trevista de tal efetuar um balango justo dos aspectos dive centes que realmente existem, Outro tema a ser considerado ¢ que me volvimento muito mais amplo do que podemos realizar 0 dos filhos adotivos. Segundo nossa experiénci Jispostas a pedir 2 consulia ¢ iniciar 0 geralmente processo, transmitindo a sensago de que tudo deve transpare- cer 0 minimo possivel. O psicélo que venham ambos os pais pelas ra » deve procurar f Bes jl expost * 0 termoatuariio seri wilizadone sentido de mente 4 ago sem intermedincio do pensamenta critica, segundo definigic de M.LS. de Ocampo. (N.do E.) r como 0 verbo correspendette m a respeito da adogio (no se sentir por nao ter fill ahi, ter a quem deixar uma heranga, ete., podem apa- o motivos manifestos da adosio, a onscientes que também devem ser investigadas). Outros da- dos que devem ser levados em conta so: como sentem atual: mente a situ: deci Quando a adi de acordo com a Iho ¢ @ outros, 8 0 fato da ado- al e subjacente da consulta, sem desvalo- rizar o que tragam como motivo da mesma, Todos motivos que aparesam, s: enos graves, depen: dem, para sua solugio, da elaboracio prévia, por parte dos pais, digo de pais de filhos adotivos. Por isso, r dames que, no momento em que surgir a informaca de sua 4 borar este ponto 4 esclarecé-los sobre 0 fato de que 0 filho deve saber a verdade porque tem direito a ela, que » nao mo eles creem, um dani mas, pelo sm que a propria crianca pode estar reclaman- te através de outros conflitos (roubo: Fese, problemas de aprendiz: do inconscient enu- m, problemas de conduta, etc.) Pensamos que a situagio do filho adotivo constit meno que é fonte de possiveis conffitos, que pode chegar a ser ‘em si mesma um conilito, de acordo com a forma com que 03 pais manipulam e elabo pe m esta situacio. Geralmente, ¢indis- vel ter algumas e: veia, 0 melhor possi dizer a verdade ou fevistas do tipo operative” nas quais © que esti impedindo os pais de wendo com que se opanham terminant itemente, pensam que o psicdlogo * Enevista va qual se adota a técica operativa proposta por Pichon Rivilre; ver Joeé Ble 1980, (N. do E.) 28 Opre er destruir as Fantasias que alimentaram durante anos, tirat- thes o filho, em suma, eastigé-los. Mas tudo isso esti relacio- aclo com as fantasias anteriores, concon tes © posteriores La identidade que a soluc3o de todos os conflitos em toro dessa a adocao. 0 fato de o filhto ser ou nao adotivo é tio ess: primazia sobre as outr proceso psicodi gndstico centrade no motivo trazido pelos pais € algo assi caminho de abord como cair numa armadilha. Seja qual for 0 em do caso, encon ar-nos-emos, no fun- 10, como problema centrado na propria identidad apesar da interven a erianga (eles devem asaum ‘Se os pais, o terapéutica ta responsabilidad), devemos aciverti-los a respeito das dificuldades que surgirdo no trabalho psicodiagndstico ca, nao tanto durante a aplicagio jos testes, mas na entrevista de devolucao. Nesse momento deveremos dar nossa opinido verdadeira a respeita do que ocor- com ela. Se aceitamos previamente o limite impasta ps pais no sentido de nao inelui ra verdade (a adogao), deixare- mos de lado ou o sem d nitiremos por co avida, deve ter aparecida no matena nte forte, deveriamos incluir na devalu- itag2o imposta pelos p crianga ¢ suficiente Se aceitamos a li mos com eles uma al nga bascada no engano e na impostur: enganamos ¢ decepcionamos a crianga ¢ podemos até t tir lhe a sensagfio que é um doente que desconfia de todo: jeebeu algo real ddo-lhe que, inconseientemente, lito s idade. Entrar no jogo dos pais significa também dar-thes um pseudo-alivio, ja que percebs consultaram 0 psic6 € objetivo (sua adogia) e 0 ca ram. certos sintomas do filho ¢ Aparentemente, eles cumprinam seu lho é duplameate sua sintomatolo- dever © nés cumprimes o nosso. Mas 0 ado, ¢, por isso, ndo seria estranho q gia se agr E interessante registrar e ‘que momento os pais comuni- cam esta informagio: se surge espontaneamente, se deixam que 29 4 emireviva incial sejap reebida de alguma forma nieas quando se pergunta a respeito da gravidez ¢ do parto, expresso muito culposa acompanhada de verbalizagdes incompletas, mas que m suspeitar) ou se a escondem até o Gltimo momento s6 na entrevista de devolugai. Neste caso pode acon tecer que o digam em um momento de insight devido a algu- ma coisa que o psicélogo thes esté explicando, Podemos tomé: lo entice como um dado de bor prognéstico porque implica uma maior abertura em relagdo @ atitude inicial. Estavam ocul- tando a verdade ao psicélogo até © momeato m que o sent ram como um bom continen har com quem se pode comps a verdade. E a expressio de um impulso reparador. Em outros casos, os pais esperam que 0 psicdlogo faga tums pergunta dircta, Esta pode surgir gracas 2 u o inconsciente do psicélogo ou de wa certa per ados claramente ex: cep. Pr exemplo, 0 caso em que uma menina tinha de: ida lado, Como apareci o de ter dois casais de pais e uma fi ssos pelo fil ono material que forneceu. Lembram , por ado uma casa ¢ duas arvores de tros ele- mentos recorrontes milia muito grande, formulou-se direta € estes responderam que, de fato ha adotiva: Em situagdes como e ade até o final. niio podemos deixar de inclui-la de forma direta, 97) Outro ponto importante que deve ser investigado na primeira entrevista ¢ 0 motivo da consulta, Retomamos aqui 5 conceitos expressos em outro trabalho nosso’ fas, em que os pais escondem a ver No motivo da consulta deve-se discriminar entre movivo manifesto © motivo latente. O motive manifesto & 0 sintoma que a consulta, a ponto de tornar-se um preocupa quem solic rma. Isto é, algo 0 preocupou, reconhece que niio 0M. L, §. dee Gar El motive de consul ‘on lr devolucion de informacién en el cierre del proseso Plodiagnéstico”, trabalho apresentado no I Congresso Argentino de Paice Thfasto-Javenil, Bucts Aires, 1969 pode resolvé-lo sozinho € resolve pedir ajuda. Em 80s 0 receptor do sinal de alarma é ur terceiro (pan pediatra, ete.), que € quem solicita a consulta ou mobiliza 0 paciente a fazé-lo, Este dado nos indica por si sé um grau menor hi com referéncia a propria doenga. Na maioria dos casos 0 motive manifesto é, dentro de um nimero mais ou menos extenso de sintomas que afligem o paciente, ou aqueles, que convivem com cle, o menos ansiégeno, o mais indcu mais ficil ¢ conveniente de ser dito ao psicdlogo, a qu ralmente, acaba de coahecer. Este, por seu lado, enquanto es uta € pensa sobre o caso, pode claborar algumas hipoteses a respeito do verdadciro motivo que traz o pacientc (ou seus pais) consulta. Geralmente © motivo é outro, mais sério © mais relevante do que 0 invocado em primeiro lugar. Denominamo- lo motivo latente, subjacente ou profiuido da consulta Outro clemento diagnéstico © progndstico importante € 0 mento em que o paciente toma consciéneia (se pudes) desse motivo mais profundo, Se o faz durante o processo psicodia, néstico, o prognéstico é melhor. Deve-se esclarecer se & possi- vel ou nao incluir esta informagio na entrevista de devolugio. ela seja incluida, a reagio do paciente seré outro elemen portante: se recehe a informagiio e a aceita como possi © prognastieo é melhor. Se se nega totalmente a reconhect ‘como propria, cabe pensar que as resisténcias so muito fortes €, portanto, © prognastico nao é muito favoravel. Esta discrepaincia surge como consegdéncia de um pro- cesso de dissociagae intrapsiquica que ocorreu no paciente. £ importante que aquilo que foi dissociado intrapsiquicament pelo paciente nio seja também dissociado pelo psicélogo n material recolhido € no informe final. Como veremos mais esta € uma dis razdes pelas quais nos parece imp devolucao de informacio: é a oportunidade que se ciente para que integre o que aparece dissociado entre ‘omanifesto eo latente. Em certos grupos familiares, o grau de dissociagio € tal que © membro que trazem a consulta é 0 2) ficando assim oculto 0 verdadeitw foco do pro- blema, a menos que o psicdlogo possa detectar ¢ esclarecer est 0. Por isso, € importante saber se o sintoma tra do & egossinténico ou egodisténico para o paciente © seu grupo familiar, Saber primeiro se 0 paciente trazido consul- ta (04 0 que veio por sua conta) sente que sofre pelo sintoma ‘ou se este ndo o preocupa nem o faz sofrer, Caso nio sofia, deve-se inves é devido & sua patologia especial (proje- sie do conflito e dos sentimentos dolorosos em outro membro do grupo que os assume) ou se 0 que acontece € que cle s¢ co verteu no depesitirio dos conflitos de outro ou outros mem: bros do grupo familiar que ndo vieram se consultar ou que v ram como pai, mie, cénjuge, etc. O grau de dissociagao, 0 aspec~ to mais doente do paciente (ou de seu grupo familia, influiré no tempo e na quantidade de energia necessérios para 0 processo e integré-lo conseient cingdo & tanto mais acen- tuada e mais resistente & melhora, quantc tensos forem (0s sentimentos de culpa, ansiedade, repre que tal cor flito mobiliza no paciente e que funcionam como responsiiveis por esta dissociagaio. Uma atitude recomendavel para o psicdlogo é a de escu: taro paciente, mas nao ficar, ingenvamente, c ioq le The transmite, O paciente conta sua histéria como pode Centra 0 ponio de urgéncia de seus problemas onde Ihe pare- ‘¢¢ menos ansidgeno. Fsta alitude ingénua, ¢ no fundo de pre~ impediu muitas vezes o psicélogo de escutar ejul- garcom liberdade. Diante de um dado que “no encaixa” com © esquema inicial do caso, surpreendeu-se muitas vezes pe Aaparente incoeréncia. Por exemplo: se a historia do caso é muito Sinistra, esforgar-se~a para achar todo tipo de transtornos, tendo como certo que ficou uma grave seqiela. Pa Aimpos- sivel diagnosticar que esta er enta um grau de sade mental aceitavel, apesar de todos os males que padeceu. Pod também acontecer o contrario, isto é que ante um caso apn sentado como u ema de nite- O processo psicodiagnéstico ¢ as Wcnicas projetiva se a investipar a dificuldade pedagégi bilidad sérios. Tomemos como exemplo 0 caso de um jovem que foi trazido para a consulta porque entrevista inicial, surgiu a seu 4, eliminando a possi de existéncia de outros cont Titos que podem ser mais, 3 podia estudar sozinho; mas ie informagio: cle gost de passear nu e de se encastar na miie cada vez. que 0 fazin. Se 1 estes tiltimos dados coi ncia do caso ¢ se restringe 20 primeiro maior gravidade € v problema, cai na mesma atitude negadora dos pais ¢ reduz a0 ‘minimo as possibilidades de ajuda efetiva ao pacicnte. As ve es, si0 08 pais OU 0 paciente que dissociam © ne tancia ao que & mais grave. O proprio psicélogo, i impor pela primeira aproximagao do paciente ou de scus pais, fecha a qualquer outa informagio que nko coincida com a comeco da entrevista ¢ minimiza ou nega francamente a rele- vaneia dos dados que vio surgindo & © momento c a forma como emergem os aspect jedida que o provesso avang: mais sentes fazem parte da dinimica do caso, ¢ deve-se pres tar muita atenedo a eles. Analisaremos em seguida outro aspecto relacionado a0 nte funcio- motivo da consulta. Trata-se de investigar na como terceiro exeluide ou incluido em relagio a0 moti do inicio do processo psicodiagnéstico. E comum acontece no esclat que 0s pais de uma crianga ou de um adolesce ‘gam ao paciente 0 motivo pelo qual o levam a um psicdlogo. Neste caso, trata-se o paciente como terceiro excluido. Se Ihe ncluide, mas é ciona como terveiro preciso obse até que ponto os pais (ou quem intervém informagio. Em como encaminhante) o f alguns casos comunicam-the um motive real, mas no aquele supa. Para que tenham tomado esta decisao, devem existir certas fantasias a resp: sem toda a verdade. Diriamos, ent, que estes pais trans- ao filho o motivo manifesto mas ocult indo. Em outros casos, em face da recomendago do psi: -m participar desta : to do que ocorreria se Ihe m0 motivo célogo de que esclaregam 0 paciente sobre 0 motivo real de sua presenga no consultério, aceitam ¢ 0 fazem, mas nem sem: pre conseguem ater-se a verdade. Surgem enti distorgdes, ne- zayGes, ec.. que na realidade confundem o pa tam os seus contfitos ainda mais que © conhecimento da ver dade. Exemplificaremos isto com um caso. Tr de uma erianga de sete anes, com um irmio gémeo, um irmio maior de nove anos, ¢ uma irmizinha de trés anos. Desde o primeiro momento 08 p: disseram que estavam consultando porque este filho gostava de disfargar-se de espanhola, de dangar,rejeitava os esportes masculinos como © futebol, comia menos que se irmio émeo ¢ era muito apegado a mae. No entanto, cesisti rama dizer-Ihe a verdade Ihe falaram que © estavam traz: do porque comia pouco. far do asia que atuava como inibidora otivo real da consulta procedia especialmente do pai ¢ em que dizer a verdade & crianga “podia criar-Ihe um ma”, Analisaremos, a partir deste exemplo, as conseqiién: cias que sobrevém se 0 psicélogo nao modifica isto € segue 0 processo sem retificagies. Em primeiro lu; dramento em que se deslocou o verdadeiro ponte di No exemplo, dev > processo se inicia com um eng) ceaso de perturba t sexual infantil, mas 0 des. na oralidade do pacient Em segundo lugar, complica-se a tarefa de estudo do ma- terial recolhido na hora de jogo ¢ nos testes. © paciente con: ‘rola melhor © motivo apresentado por quem o trouxe, mas, inconscientemente, percebe a incongruénei: transmite ou projeta no mat ou o engano €0 I que nos comunica. Nesta eri ga doeate surgiram nentos de surpresa, jé que sua recu a comer preocupava os pais mais do qu odos os seus aman menios e demais tragos homossextais, que provacavam re tivas em todos, especialmente no pai. Esta atitude dos pais também mobilizou sentimentos de estafa © até de cumplicida Se o psicdlogo aceita tudo isto, entra neste jo 34 perigoso, no qual finge cstar investigando uma coisa mas, sor rateiramente, explora outra socialmente rejeitada ¢ sancions: da. Quando trabalha, por exemplo, com o material dos te: deve, por um lado, estudar como aparece o motivo apresenta do pelos pais (oral i de falar sobre erianga ¢ com 0s pe trevista final. Por outro lado, deve ri investigar 0 que realmente preocupa os pais ¢ també crianga. Esta situagio introduz novas variveis, torna o p rama confuso ¢ produz uma sensagiio de estar trabalhando “em dduas pontas” Se os pais accitam ¢ reconhevem o motivo real a consulta ¢ 0 transmitem fielmente ao psicdlogo ¢ a0 filho, ‘© panorama que se abre a0 psicélogo & mais coerente. Em terceiro lugar, eriam-se dificuldades muito sérias quan- do 0 psicdlogo deve dar sua opinio profissional na entrevista de devolugéo. Neste momento pode optar por niio do assim em cumplicidade com os pais e, em iti com a patologia; pode manter uma atitude amb totalmente nem falar claro, ou dizer a verdade, na medida em que a forga ezdica dos pais e do paciente 0 per Em quarto lugar, o destino de uma possivel terapia fura- ra, caso seja necessdria, é muito diferente conforme tenha ha- vido esse lima de ocultamento e distorgSes ou de franqueza dosada durante o processo psicodiagnéstico. Indubitavelmente, esse clima pode ter criado uma relagao transferencial peculiar com o psicSlogo que realizou a tarefa, Na medida em que este vinculo esteja viciado, predispde o paciente a trabalhar com a fantasi experiéncia se com o futuro terapeut ‘em que o paciente se perde na passagem do psicodiagnéstico para a terapia, este foi um dos fatores decisivos, Por todas esias razdes recomendamos especificamente te idéncia ou discrepdncia entre o motivo manifes- 9 ¢ 0 motivo latente da consulta, o grau de accitagao, por parte dos pais e do paciente, daquele que se revela sero ponto de maior urgéncia assim como a passibilidade do paciente, e de seus pais, A entrevista inicial 35 dec rum insight. Sem divida, esta dinimica surge por que © motivo da consulta ¢ © elemento gerador da ansiedade que emerge na primeira e (ou mais adiante). Em outro trabalho referimo-nos a importincia da instrumentagio desta ansiedade dentro do processo aquilo que os pais (ou mesmo o pacicnte) dis- sociam, adiam ou evitam transmitir ao psieSlogo 6 0 mais an siégeno. Em outros casos verbelizam o que deveria ser muito as niio assumem a ansiedade como sua, ‘a0 psicélogo. Assim acontece, por excmplo, ostram preocupados porque o filho é enu- spesar de incluirem o fato de que também se mes: tra passivo, que bus nto, que nao fala ¢ prefere brincar sozinho, ni do sinais de que isto seja uma preocupa- sio pa Nestes casos procuram fazer com que algum profissional ratifique suas fantasias de docnga herdada ou constitucional ou, pelo menos, da base orginica do conflito psicolégico, Estas teorias atuam em parte como redutoras da an siedade, na medida cm que desligam os pais de sua respon- sabilidade no processo patolégice mas, por out Indo incre- mentat do sinto Alguns pais relatam com muita ansiedade um sintoma que, a0 psicdlogo, parece pouco relevante, Nestes casos pode-se pensar que a carga de ansiedade foi deslocada para um sinto- a leve mas que, no entento, provém de outro mais sério do qual 05 pais ndo tomaram consciéncia ou que ndo se atrevem 3 Tar, € Cuja transcendéncia se expressa através da quantidade de ansiedade deslocada a0 sintoma que chegam a verbalizar 2 Ocammpa, M. LS. de © Garcia Arzeno, M. E., “El rranejo de la wsiedad en el motivo de consulta y «x relacia con le devoluciin de inf imacidn en el cicre del proceso psicodiagndstico en nis" trabalho ap sentado to | Congresso Latino-amercano de Peiquitt il, Punta del 0 processa psicodiagndt Relatarcmos um caso para mostrar isso mais detalhada jevada por sui mente. Jorge é uma crianga de nove anos, que mie ao Hospital de Clinicas porque tem certas dificuldades escola: confunde o“M” eo “N", 0 “S"e0*C’o"V"e0“B", Nio aparec! lo como motivo da consulta durante a admissGo ¢ nem ao s« ar a primeira entrevista do material com a mie. Antes de prosseguir com a super’ os testes da mie e da crianga, detivemo-nos em algumas ques- tes: E esta a um problema de aprendiz niio recorreu a uma professora particul era por tris desta dificuldade escolar que justifique a mobilizagdo da mie ¢ de erianga para accitar o processo psicodiagndstico, geral- mente deseonhecido e, portanto, ansi Como resposta cabe pensar na existénci outro sério quanto ma nente negado, para manter afas problema is minimizado foi o motivo Ja consulta e n a supervisiio do caso, descobrimos que a erianga havia sofrido joestenose, em razio da qual foi operada aos seis me: hospitalizada dur uum ano e meio. Aas seis anos fez uma amigdalectomia. Nessas oportunidades, nada the foi explicado, nem antes, nem duran- te, nem depois das intervengées. A isto somava-se a intensa avidez € jos familiares. Mi ansiedade da mac por fantasias de morte durante parto deste filho e pela morte real de vi fan filho compartilha: sia de que este havia sido raziado cialmente 2 primeira operagio, de que tin transformado em um microcéfalo (isto é visto com clareza nos ficos da mae e do filho) e de que, dai, era torpe, incapa7, im- potente. Desta perspectiva, pudemos compreender o sintioma trazido para a consulta como expressio do alto nivel de exi- a0 filho zem de erro minima permitida pel s constan em todos (cram erros de ort te temor da re bs pO que uma espécie de necessidade ramento de que sua cabeya funcionava indiretamente, que revisés bem. Ped semos a cabeya do filho e a suae ica obedeceu, pois, do ponto de vista do mais doente, a um ocultamento do que somos suas int f mais patolégico, por medo de entrar em panico. Do ponto de vista adaptativo, por outro dade sentida, mas nio co do, respondeu a uma necessi scientizada, pela mi menino de que fossem submetidos a um trabalho de assepsia mental que, na oportunidade cer a, no foi feit rindo no desenvolvimento sadio dos dois. A acomod: interfe- do paciente e! le seus pais ao sintoma faz com que diminua o nivel de ansiedade (qualquer que seja ureza)¢ fique facilitado o seu depSsito macigo no psi: que deveri discrimind-la e reint maiores dificuldades revista de devolugio, Pelo contririo, uma conduta cujos e! srmam 0 ¢go do paciente, > tipo de 0 tipo fundam te seus pais, poderia mobilizar out ansiedadi de Gio de informaca e culpa, o que, por s do processo ¢ > mais fil Os primeiros sinais de ansied: aparecem, normalmen te, na primeira entrevista. quando os pais comecam a relatar historia do filho. Se o psicdlogo nao adota uma atitude in nua, nio pode esperar registrar uma histOria ordenada e com- pleta. Os pais tran Por seu lado, o psicdlogo er tem a hist6ria que querem e podem dar ide a hi (ria que pode entender. Na prin fa entrevista & importante regist registrar 0 que diz cada um dos pais, como e quando o dizem, o que lembram ¢ como 0 fazem, o que esquecem, de m neira a poder reconstruir pos. jeriormente, com a maior fidelidade possivel, o didlogo e os lementos nio-verbais do encontro. As amnésias so sempre poem um grande volume de an- ibigado n . muito significativas porque s siedade que deter proceso mnémi Um indicio favorivel da boa comunicagdo entre os pais ¢ 0 psi- 38 6 proceso psicodannssticn eas tenius projetiv célogo ¢ 0 decréscimo desse volume de ansiedade, a supressio da inibigdo e © aparecimento do dado esquecio £ iil averiguar, desde 0 principio, que fa cepeiio da. vida, da saiide ciente; © conbecimento destes esquemas referenciais permi da doenga tém os pais elow 0 p: éneia de ansicda- compreender melhor o caso ¢ evitar a eme des confusi is ou persecutérias, Conhecendo estes esque mas podcremos, por exemplo, entender n ce: pais pensaram que o filho es que eles o considerassem curado © 0 que deveria fazer o ter: peuia para consegui-lo, Muitas vezes es: hor por qu como deveria estar para do s dados permitem > por parte dos pais a saiide ou um estado manfaco ¢ a verda- prever interrupgdes do tratamento (confus entre uma Ucira saiide mental, ou erenga de que um acesso de firia € um maior indicador de am ‘Ao miesmo tempo, o esclarecimento venga do que 0 acess asma anterior ao tra 9s permi- te ao psicblogo determinar se os préprios pais necessitario de ica ou ndo,¢, caso a necessitem, qual a nica mais apropriada (terapia profunda individual de um dos o de pais, terapia familiar, etc.) 1 de ser levado em conta quando se tra pectos xlo ou dos aspectos de si que o paciente adulto vai mestrando, Quando se trata de pais que vie- ram por seu filho (crianga ou adolescente), podemos registrar alternativas distintas; um mostra os aspectos saies do filho € 0 assisténcia psicol dois, terapia de casal, gry Outro elemento di bal técnica de vre & a seqiiéncia de do filho que os pais v ‘outro 0s mais doentes, ¢ isto se mantém ao longo da. prime: trevista e de todo 0 proc alternam, €4 adio 0 outro mostra um aspecto doer so. Os papéis uum dos dois mostra al te. Ambos mostram 0 mesmo, s6.0 sadio ou sb 0 doente. E possivel, também, que a énfase v4 passando, ao longo da do mais sadio a0 mais doente 01 ¥ a. Como, ‘ags pais a mais ampla libe , tem direito a considerar tal seq entrevist ste semtido, o psicol ia como significativa 39 em primeiro lugar 0 caso de pais que co ificant Iho, megam pelos aspectos mais sadios © gr © mais doente, Iuindo paulatin i seqiiéneia escolhida, pensamos que se trata de pais que preparam o psicdl e preparam e para receber gradualmente o mais geno. Além disso, pode-se dizer que a protetora ¢ menos de Sr cee al ces ee cetroero ansiedade, com 0 que se pode prever também uma colabors. sho posit tico ¢ com o terapeuta Pode ocorrer que os -ctos posit necessitam que o psicdlogo Ihes mostre que ele jo prin- 1, que se deve encarar o que esta fa- Jo pressupSe a invalidagio do q ipio de que algo and: Ihando © que esta atitude funciona bem. O que o estes & conseguir que os pais consider: tos mais doentes do filho como algo que deve ser mostrado © que de om o positivo, sobretudo na iiltima entr a. Como é evidente, estes pais necessitam idealizaro filho, negar maniac nente a doenga porquea sentem como algo muito no © porque, no caso de admiti-la, deverdo arcar com uma dose excessiva de culpa persceutoria. Ej probabilidade de inimo que tor tamente essa bos 05 cair alternati di ‘gio de um dos principais objetivos do psicodiagnéstico: mos- trarthes uma imagem mais 0S casos, a sequéncia escolhida cem primeiro os aspectos mais doentes e depo >. Consid 0 contato com os pai ompleta possivel do filho. 2 imversa: apare- ocasionalmer amos isto, em t te, incluem o adapta como um indicador do ¢ jo de depositar no psicélogo, ida © macica, om angililidade e soltura, Em muitos ca recurso evacuative serve para os pais estimaren sicélogo como coatinente da doenga do filho. E fio a0 ego do psiedlo is. Nesta dinimica podemos prever dif fade devolugao, estes pais dificilmente poderio tolerar 0 insight dos aspectos ‘Assim como nos ref 10 caso dos pais que idea lizam © filho, encont Je residuos que Ihes serve para nfio assumir seus aspectos doentes ¢ a culpa pela doengs a devoluciio de informasio também é dificil pois os pais, spectos sadios ¢ filho devido a culpa que isto lhes s n de tipo depress suportam. E muito frustrante u pais assim em psicodi eles ni recebem ara que haja uma admitir a melhora e nudanga positiv progressos do filho, © psicdlogo espera que ambos os pais, indistintamente, tragam, associando livremente, aspectos positives ¢ ns ; n do filho, que se completa 4 medida ‘que formem uma imag ‘que a entrevista vai transcorrende. spectativa nem sem- pre se realiza. Di-se pais com papé me o papel de advogado cusador do filho. Um relata algo positivo ediatamente associa algo negativo que invalida 0 que foi relatado ntes. Suponhamos, por exemplo, que a “E muito ordeiro” ¢ 0 pai acresceate: xou tudo jogado, casos, cada um d cu quarto estava desarrumado,” Em alguns tes dois papéis é fixo ey um dos ra entrevista ¢, inclusi ‘a0 longo de toda a pri ve, de todo processo, Em outros easos © 4} poptis a fungiio que reambiiiveis e que 0 que esses f am ni erminado papel Ihes confere e sim a existén. cia de ambos 0s pap mportanda quem os desemperih Nao toleram estar de a -ordo, niio suportam que o filho sej ém que mostra coerentemente a mesm is vezes, 0 que véem nao tem, empenhados nut a. Na entrevista, 0 psic fillho do easal, como espectador obrigado das b a luta permanente, di- logo se sente como 0 gas continuas ecom dificuldades para entender us mersagens, pois estas S30 ma entre permanent. Jitdrias, Estes pais che, ‘vista final com a fantasia de que, por fim, saber-se-é qual dos dois tinha razio, Quando percebem que © psivSlogo nao toma partido de aliviar-se ow itt os dois, costumam quando conseguem um insight do tipo de casal que const quando nio se sentem recriminados por isso, quando com- preendem que entender-se um com o outro Ihes permit der melhor o f enten. Niio ha diivida de que nestes pais ha uma nentam quan- lo que reserva de sentimentos depress do 0 psicdlog estabeleceram entre si e com o filho. A invita 15 que se mov Ihes mostra os ¢ eitos do tipo 0, manifesta ou ‘© que 0 psicdlogo diz como coberta, surge quando sente ma reprovagio ou um castigo pelas lutas continuas. O cas o consiste em sentir-se tratado como terceiro excluido que recebe as adn pelo psicélogo aliado com o outro. Por esta razio é tao impor- tante abster-se de entrar na atitude de tomar partido ou de d sautorizar francamente um dos pais do paciente, O mais sau- vel € mostrar aquilo em que cada um esti que os erros de cada um produzem no filho, Portanto, nio asal parental, representado entio recomeadavel entrar no jogo de trés que, inconscientemente, sim mostrar-lhes que eles cons O proceso psicodiagréstico ¢ as tcnicas projetivas tucm um casal ¢ que 0 terceiro € © filho, a quem se deve dar énfase em tudo © que se fala. Outra dificuldade que pode se apresentar ja desde a primei: ra entrevista deriva da semelhanga entre a patologia do filho ¢ a de um de scus pais. Neste, uma reago defensiva comum po- de ser a de diminuir a importincia de tal patologia reforgando isto vom racional po: “Eu cra igual quando peque- Os dados que apontam para esta pato- aparecem como motivo manifesto ou ndo se Ihes da Primazia. Eo psicélogo que deve capti-los, perguntar mais exaustivamente sobre isso ¢ unir 0s dados do filho com o ma- rial verbal © pré-verbal do pai, da mic ou de ambos (gestos de contrariedade, nervo desejos de ir embora, verborra- wasiva ou moderagao extrema ¢ todo tipo de tentativas de convencer 0 psicélogo de que é melhor no perguntar mais a respcito daguilo). E muito importante, entdo, que o psicélos nao se submeta a tais imposigées para poder obter todo o mate~ s¢ aliar patologia do grupo familiar, arcan- do com todas as co icias que este papel traz co AAs dificulead assinalaxlas, cmmailas outias que io podcas adas neste capitulo, surgem das caracteristicas psico- icas do paciente ou do grupo familiar que nos consulta, das do proprio psicél deve se ocupar, desde o pi meiro momento, em discriminar identidades dentro do grupo familiar que 0 consulta. 1 muito importante que estabeleca uais € de que tipo e intensidade slo as identificagdes projeti- vas que cada pai faz com 0 f s. Deve estu- dar, em cada caso, as probabilidades que tem de estabelecer anga terapeutica sadia entre scus aspectos mais reparadores © maduros ¢ 05 dos pais. Se, a0 contratio, se esta belecer ums alianga entre seus aspectos mais infantis ¢ os dos pais, so poncas 2s suas probabilidades de fazer um bom d Iéstico e prever com correcio o prognéstico do caso, assim como de planificar uma terapia adequada para ele. Quanto me~ os experiéncia tiver € quanto menos elaborados estiverem seus conflitos pessoais, mais exposto © psicélo ‘mecanismo de contra-identificasio projetiva. Esta pode se dar ‘com um dos pais, com ambos como casal ou com o filho. Di- nte 2 compreensio do caso ¢ as possibili dades reparatérias da devolugio, A ansiedade desempenha um papel importante em tudo isso, assim como também o grau de maturidade alcangado pelos aspectos infantis do psicSlogo e dos pais do paciente, Se © psicélogo mantém uma submissio infantil em relago a seus nos, pode petmitit-se pouca liberdade de pensamento diante do casal que o consulta, Tenderi a crer no que crem, a accitar o enquadramenio que eke fixarem, serd di ffcil ou impossive! colocar-Ihes limites se for necessirio, ete ignifica confundir-se ¢ no tomar distincia suficient pensar de forma adequada sobre o caso, Também su ansiedade no psicélogo ¢ nem sempre ele pode instrumenté-Ia em seu beneficio, A ansiedade funciona nele como win sinal d alarme c num determinado momento da puder cium melhor ubservailun Uy priuGiugy se ir pela ansiedade, perde capacidade de discrimina- onfuunde, deixs-se manipular, incorre em atuagdes, ete 1a capacidade de penetragio no outro fracassa ou toma um rumo que nada tem a ver com o ponto de eter minou o surgimento do alarma, A ansiedade pode favorecer ou inibir as possibilidades do psicologo de pergunt ete, elaborar hipéteses, integrar dados ¢ efetuar uma boa sintese € posterior devolugao. Por isso consideramos oportuno destacat a importancia da qualidade do mundo interior do psicdlogo suas possibilidades reparatérias em relagio a seus préprios fantis e 2 seus pais internes. Se este aspecto & bem possivel que passa tomar uma distineia dtima e adotar a técnica mais adequada. Do contririo, s den- tificari com os pais atacando 0 filho ou com 0 filho atacando 0 pais, interferindo em seu proprio trabalho, até o ponto de se Oprocesto} mar uma barreirs impenetrivel na comunicagio. Esta difi culdade é transmnitida mais através da forma do que através do contetido daquilo que se diz. Este iltimo é mais bem controlado do que um tom de voz cortante, seco, agressivo e indiferente. Além da ansiedade, a culpa desempenha um papel prepon- derante tanto nos pais e no paciente quanto no psicdlogo. Quante maior é a ansiedade que detectamos na entrevista, maior € tam- bém.a culpa subjacente. Em alizam na dizendo: “Que terei feito de errado?” Independentemente da quantidade ¢ da qualidade da culpa, quase sempre aparece nos pais a fantasia dle irreparabilidade, quando se enfiei com uma histéria mais real que inclui seus aspectos amorosos ¢ destrutivas. Enfrentar-se com sua qualidade de pais nio per feitos déi, e se o psicdlogo nao o compreende, pode aparccer como figura censora que 03 castigara como a filhos surprecn didos cm falta, Esia dor nem sempre inte; para alg fo intolerével q a ansiedade e a culpa forem encaradas adequadamente desde a primeira entrevista, accogurar co 4 uma maior garantia da qua lidade do trabalho diagnéstico do psicélogo e, sobretudo, dei xar-se-d o terreno be a entrevista devolu para a elaboracio de um plano terapeutico correto, se necessi Biblingrafia Aberasury, Arminds, Teoria y del psicoandlisis de nits. Buenos Aires, Paidbs, 1969. 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No planejamento da bateria te- 0 psicalogo planeja a bateria de tes mos de pensar que 0 process psicodiagndstico deve ser sufi cientemente amplo para compreender hem o paciente, mas a0 mesmo tempo ma forma que se deve exceder porque isio implica (da mes- redugaa excessiva) uma alteragdo no vin- culo psicdlogo-paciente. Algumas vezes, aume se exe si: yamenie o nimero de entrevistas iniciais ou finais; outras vezes, pelo contrario, isto se di nas entrevistas destinadas 4 aplicagio dos testes, Desde o prin ma coisa que mobiliz: io contato com © paciente, acontece algu- , a determinagio de aplicar or ou menor de testes. Nisto de relacio predomi mentos negativos no vinculo, 0 psicdlogo pode optar por con- tinuar 2 relacio aplicando outros testes, para ver se ela metho: Isto, ao contririo do qu vinculo foi predomin flui muito 0 tipo nte entre ambos. Se predominam ele. pode piorar a relago. Se o jcmnente positive, pode ocorrer também que 0 psicdlogo o prolongue porque o fate de dar o psicodiag. que e do paciente, no primeira caso pelo néstico como finalizack ido como uma pet tolera; custa-lhe separar-s 0 processo psicodsagnistico eas séenicasp predominio de clementos contratransferencialmente negativos, € no segundo pelo predominio dos elementos positives. Em ambos os casos, pela culpa que a separacio produz nele, culpa relacionada com aspectos infantis prprios ndo elaborados. De uma maneira ou de outra, o problema consiste em estabele uma dosagem adequada da quantidade de entrevistas em ¢, como veremos neste capitulo, das dest os testes em 0 do processo psicodiagnéstico que achamos, mais fregiientemente, desvios em relago ao que cha- maremos de uma duragdo usual ou 2 bateria de testes projetives pode ocupar entre duas e quatro en trevistas destinadas a examinar o paciente. Em outros psicdlogo vé o paciente apenas uma vez. E so casos extremos entre 03 quais se deve quada dentro dos limites que espe Se reduzimos demais 0 processo, haveri, inev um déficit de informagao, seja qual foro material de testes uti lizado. Se 0 prolon; importincia que s6 seri © psieélogo trabalhar com um marco de referé canalitico ¢ admitir a impor fincia da transferéncia e tra em sua relagio com 0 paciente ¢ seus pais. Quando a bateria de testes se pro- longa mais do que o devido & porque predomina no psicélog 8 sensagio de impoténcia ante o paciente. © paciente fica so- brecarregado em seu trabalho (sejam horas de jogo, desenhos io verbal. Isto facilita nele a fantasia de que o que tecendo com ele € ‘ou complicado que leva 0 psicdlogo a uma exploragio intensiva. Em suma, « fantasia seria a de ter algo extraordinirio, complicado ¢ dificil de cap- tar, Ainda que 0 paci ha nenhuma idéia do tempo mite-Ihe sua inquietagio, incerteza, curicsida Este dilti- fo €o que pode fav ‘ouiro tipo de fantasia no de que forma com o psicélogo um casal do tipo Enirevstas para @ apicogto de text st voyeur-exibicioni ndo assim distorcida a dose e a qua- sidade que 0 psicdl 2 utilizar para cum papel com eficiéncia. Além disso, se a devolugio de informago & um passo to importante no fechamento do pro cesso como nés pensamos e confirmamos dia a dia na prética profissional, esse paciente fica frustrado em seus desejos d saber 0 que The ocorre ¢ 0 que The recomendam fazer. Isto &, a devolugio funciona como uma expectativa que no se cumpre, sobretudo se 2 quantidade de entrevistas excede demais 0 esti- pulado no contrato. Neste sentido, o paciente funciona mais como objeto de estudo do que como pessoa. Se a problematica do paciente, anterior iniciagio do psicodiagnéstico, for pre- cisamente essa, sentira que se repete com o psicblogo a expe- Fincia que teve em suas primeiras relagGes objetais, Ist de ser saudivel, pode & les a0 pro- cesso psicodiagnéstico & a ev pia futura, Se a inconclusa; a despedida entre ambos se da com grande incégnita por parte do paciente (e do psicélogo) e com um in- eremento de ansiedade persecutoria, porque nfo Ihe foi dada ‘oportunidade de uma experiéncia eorretora das fantasias men- cionadas. Outro aspecto a ser considerado & aquilo que acon- tece quando, finalmente, se recomenda psicoterapia: © mode- Io de vinculo que 0 paciente leva internalizado & prejudicial pois favorece fantasias de ser retido e, ao mesmo tempo, frus- trado em suas tentativas de aproximagdo real. Se se prolongam fas entrevistas para serem aplicados muitos testes, perdura 0 temor de ser remexido. Se nesse vineulo prolongado tiver pre dominado a idealizagio, o paciente chegarisa terapia com a fa tasia de ser t20 interessante, agradive or que ninguém pode desprender-se dele. © que assinalamos como muito importante € a distorya0 que o psicdlogo facilita no paciente mum sentido ou no outro (aumento da idealizagdo ou da perseguigdo) a respeito do vin- culo paciente-terapeuta com base no modelo que introjetou 0 processo psicubiagnistico eas tienicas projetivas durante 0 psicodiagnSstico, Outro elemento negativo digno de set assinalado ¢ que a prolongagio do vinculo dificulta a pas. yem transferencial que o paciente deve realizar a0-camegar sua terapia. Este inconveniente toma-se mais sério quando gia do paciente é muito grave, seu ego muito fraco e suas, efesas muito precirias. Dissemos antes que quando o vinculo se prolonga demais por iniciativa do psicdlago & porque predominou nele um sen. timento de impoténcia. O que sente é que niio eonsegue com- preender 0 paciente e recorre a aplicagio de outros testes, es- perando que algum the dé a resposta ansiosamente buscada Do nosso ponto de vista, 0 mais adequado € que a extenso da hateria e 0 niimero de entrevistas iniciais e finais se mantenha consiante (dentro do possivel). Isto supde a possibilidade, por parte do psicdlogo, de aceitar um limite para si ¢ colocar um limite para o paciente, Quando aumenta a quantidade de entre. vistas com as pais, rompe-se 0 equilibrio necessario da relagao com eles e com o filho. Eles dao muito material e parecem ter coisas muito important evacuativa); no nto, trata-se geralme talica empregada para re- lamar uma maior atengao para si custa do filho. Por seu lado, © psicélogo continua concedendo entrevisias, aparentemente com o fim de reunir dados que permitam uma maior compreen: so do paciente, operando com a premissa de que quanto mais deialhada for a biografia, melhor a compreensio que ter. Nio obstante, esqueze que um vi m ado com 0s pais pode conv, J, onde os pais o manipulam, estabelecen a alianga des- virtuante, na medida em que se atrasa 0 aconselhiivel, segundo nossa opinido, ¢ apontar para esses pais a necessidade de contar com um profissional que os escute © oriente, independente daquilo que faga falta para o filho. Caso contririo, apesar de obterem um certo beneficio secundrio (pseu: do-alivio proveniente de atuagdes, evacuagies, ete.), estario agindo a servigo de suas proprias resis que 0 psicé- Fntevistas pera a aplicagio de testes 53 logo deve (ou deveria) centrar-se em outro ponto (o filho). Se para ele é tio natural 0 fato filho, podemos presumir a existéncia de aspectos infantis que lutam competi- fivamente contra o paciente, retendo consi ent. além da conta, 0 pai e a mie. Isto pode estar ligado a outros fatores, tais como ums curios ersa (voyeurismo).neces- sidade de ser 0 que sabe encia), ete. Quanto aos pais que procuram reter o psicdlago, poclemos afirmar a exis- téncia de sentimentos de citimes e rivalidade diante do filho {que ficara com o picdlogo, vivide como representante de um Je bons. Eles passam a ocupar 0 tu filhos necessitados. Tudo isso se confirma se, nia devolucio, os pais evidenciam na propria dindmica da entrevista ou solicitando novas entrevistas, Geralmente verbalizam que algo nio ficou claro para eles, que necessitam conversar mais sobre isso, que ha algo mais para se falar. Isio pode ser real, pois alguns pais esperam até ficarem convencidas de que o psicélogo trabalha hem, sabe escuti-los e compreendé-los, e sb enti o faze participar de dados n nsidgenos. Mas é necessirio colo- car um limite 2 1850 ou eairemos nos erros assinalados. Se 05 pais demonstram uma grande quantidade de ansiedades, acei amos e até propomos uma entrevista para ajudi-los a elaborar esta ansicdade. Mas nio se trata de manter esta atitude ad infi- nitum, posto que a ansiedade dos pais se transforma, entio, na \itica indicada para reter o psicdlogo, © qual, longe de sanar a fo trazida 4 consulta, complica-a ainda mais. Muitas tentam reter 0 psicélogo mais e mais ponque querem mostrar-Ihe que sto bons pais, procuram s¢ justificar e vivem- no como um superego paterno-matemo que exige explicacdes imtermindveis sobre 0 que fizeram ou deixaram de fazer. O psicélogo deve levar em conta estes elementos para comprecn- der melhor os pais e, fundamentalmente, o filho, Constitui um item importante do disgnéstico que deve ser incluido no m mento da devolugdo de informagio para e de vinculo existente O processa psicodiagnéntica es teenicas projetivas Vejamos agora o que ocorre quando processo, em geral € 4 aplicagio de testes, em particular, se reduzem considera. velmente (por exemplo, se se recorrer, por iniciativa do psic6- Jogo, a uma hora de jogo ou. aplicagao de um tinico teste). Esta rTedugdo do processo favorece a fantasia de que o paciente pode depositar rapidamente os conflitos e preocupagiies no pice 20, que. além disso, é investido de atributas magicos de com- preensio dos mesmos. Facilita, por parte dos pais, uma ati tendente a nao softer as alternativas do processo, a nao se expor mobilizago de angistia. Este contato fugaz empobrece a capacidade de campreensio do psicdlogo, embora haja casos ‘em que ele mesmo o provoca, levado pela quantidade de ansie~ dade ou raiva que sente contratransferencialmente: procua li vwrar-se do paciente o mais cedo possivel. Se nao trabalha com a técnica de devolueao de informagio, as fantasias antes men- cionadas nio podem ser retificadas. Quando 0 psicdlogo pla- eja um contato to fugaz com o paciente (e 0s pais). achamos ‘que opera com uma grande onipoténcia, sustentada pelo psi- cdlogo ou transferida a um determinado teste, por exemplo, 0 Rorschach. Tal atitude facilita, no paciente, a fantasia de que o ue ele tem é algo muito simples, muito ficil de captar e/ou simultancamente, que 0 psicélogo é uma espécie de bruxo que mangja o teste como uma bola de cristal que reflete tudo 0 que acentece, Por outro lado, diminui sua capacidade de sutilizar, stimula a tendncia a preencher os vazios da produgdo do pa- ciente com suas préprias projecées, aumenta a intolerincia para aceitar o que nio sabe. para defrontar-se com diividas e carén- cias. Pensamos que, em ambas as situacdes extremas, oculti-se um déficit de informagao que leva, em um caso, a uma buse: de infinitas recorréncias ¢, no outro, a n cessidade de recorréneias suficientes que Ihe permitam uma bea sintese da problematica do paciente. Hé uma voracidade ¢ uma curiosi- dade excessivas, atzadas em um caso e reprimidas no outro. 0 mecanismo de conira-identificaio projetiva com 0 paciente desempenha tum papel importante nestas variagies do proces- Entrevictas pana apices so psicodiagnSstico, Se o paciente tenta evitar fobicamente o Psicélogo on se tenta absorvé-lo e instalar-se em uma relagiio perduravel com ele, pode mobiliza-lo a contra-identificar-se, através de condutes tendentes a encurtar ou 2 prolongar 0 ¥ culo. Com sua capacidade de pensar atacada, 0 psicélogo sente que nio entende 0 paciente e opta por prolongar o vinculo ou feduzi-lo mais do que € conveniente, transformando-se em um ‘mau continente, porque nao metaboliza © que o paciente the i, nao discrimina, acumula ou, pelo contrinio, pede pouco material por temor que o invadam. Planejamento da bateria Planejamento geral da bateria Para planejar uma bateria é necessirio pensar em testes, que captem o maior nimero possivel de condutas (verbais, grificas e lidicas), de maneira a possibilitar a comparagao de lum mesmo upo de conduta, provocada por dilerentes estimulos ou instrumentos e diferentes tipos de conduta entre si. fi muito importante discriminar a seqiiéncia em que serio aplicados os {estes escolhidos. Ela deve ser estabelecida em fungdo de dois fatores: a natureza do teste ea do caso em questio. O teste que mobiliza uma conduta que corresponde ao sintoma nunca deve ser aplicado primeiro (um teste verbal a um gago, ou um teste de inteligéncia 2 uma pessoa que consulta por causa de difi euldades intelectuais, ou um desiderativo a um depressivo, es- quizofténico, moribundo ou velho, para quem a vivencia de morte é algo to presente). Utilizar estes testes em primeiro lugar supéc colocar o paciente na situagdo mais ansibgena ou deficitéria sem o prévio estabelecimento de uma relacio ade- quada. Incorrer neste erro pode viciar todo 0 processo psico- ddiagnéstico ou imprimir um tom persecutério queimpesa a emer- géncia dos aspectos adaptatives, Recomendamos como regra 0 processo psicndiagnistica eas téenicos projetivas geral reservar os testes n istas, de tal modo que o paciente para controlar a pe mentos que sio ansiGgenos por sua propria construgio, seja qual for a problemitica do paciente em que sio aplicados. tal como acontece com o desiderativo. Suas instruges contém um iade que pode converter-se em um elemento traumitico, o qual, somado ao sintoma egodisténico, impede ‘uma boa reorganizagiio e dirige 0 processo. Assim, nao se deve colocar 0 desiderative nem como primeiro nem como tiltimo teste. (Como primeiro teste farin com que o paciente tasse a morte desde 0 como iltimo teste pode: ferir na elaboragdo depressiva implicada na separa’ 0s testes prificos so os mais adequados para co tum exame psicolégico, 2 menos que o paciente apresente seri transtomos orgiinicos, graves alteragées do esquema corporal, dificuldade no uso das mias, ete. Vejamos quais sio as razdes pelas quais consideramas esses testes apropriados para come- gar a bateria, Por abarcarem os asp: ‘menos sentidos como propnios, permitem que © pactente tra- balhe mais aliviado, Outro elemento que os torna recomend’- veis para a inclusto no comeco da bateria & o faio de sere econdmicos quanto ao tempo gasto em sua aplicasio. S: raras excegdes, 0 paciente pode cumprir em poucos minutos a primeira tarcfa que Ihe é pedida. O fato de haver saido ileso desta primeira prova alivin © paciente, modifica as fantasias com que chegou a respeito do exame psicoligico (geralmente jito persecutérias) ¢ deixa como saldo favorivel a disposi- estabelecer um bom rappori com 0 psicdlogo. A con duta grifica guarda uma estreita relacio com aspectos infantis da personalidade ¢, de acordo com 0 tipo de vinculo que paciente manié estes aspectos, sentir-se-é tranqiilizado ou irritado com a tarefa proposta. Se essa conduta foi normal nha infancia, a reagao sera de alivio ou agrado. Se a associa com ificuldades de algum tipo, reagira com comentarios de auto- Enurevistes para a aplicagdo de testes justificagio, autocriticas ou criticas ao psicblogo. Pode expres- sar-se, sem verbalizar seu desagrado, com associagdes nas quais mostra seu mal-estar, ow reagir com um bloqucio total ou um negativismo aberto ¢ declarado. Na maioria dos casos, a soli citagdo de um teste gra a 0 paciente enfrentar luma tarefa conhecida que ja realizou em algum momento. A simplicidade do material coniribui para trangiilizé-lo (papel tem branco lipis). Consideramos necessério ineluir, entre os testes griificos, diferentes conteiidos em relago ao tema soli- citado, comesando pelos de temas mais ambiguos até cheg ‘805 mais especificos. Por exemplo: desenho livre, figura hum: nna (Machover), casal (Bernsicin), casa-érvore-pessoa (Hammer e Buck), familia (Porot, Garcia Arzeno-Verthelyi). Neste sentido, se quisermos extrair dos testes grificos toda oferecem, ¢ importante aplicd-los sucessivamen. indo um todo que nos permita a compara sem a interferéncia de estimulos que mobilizem outros tipos de condutas e de associagdes (como podem ser o deside- fativo ou 0 Phillipson} constitui um eleme to diagnéstico e prognéstico muito importante em nivel de con uta grifica, ja que so estes testes q diferentes inve licadores de ineipiente patologia e detectores Através da seqiiéncia de testes gréficas to se organiza ou se deso ada vez mais. Os testes gréficos refletem os aspectos mais estiveis da personalidade, os mais diffceis de serem modifica~ dos. Este & mais um clemento a favor de nio se incluirem mente t ficos na bateria, porque uma patologia muito tensa nos grificos pode aparecer mais moderada nos testes Verbais. Por isso recomendamos que nio se fique exclusiva. mente com uuma mostra da conduta grifica do paciente. A comparacéo da producdo do paciente nos diferentes stes grificos ¢ um recurso que oferece elementos diagndsti- 605 © prognésticos adicionais em relagiio ao que cada teste di nte. Dentro das testes com instrugies fechadas, rece 0 processo psicod mendamos incluiro HTP, porque permite explorar diferentes, niveis de projecdo da personalidade: a projegdo de aspectos mais, figura da arvore, ¢ 0s menos arcaicos na pe: idamos fazer a comparagio entre os alizagdes espo \duzidas pelo psc logo. Referimo-nos As verbalizagdes dos testes Ia ainda mais correlacionando aquelas producdes com as de testes verbais que utilizam um estimulo visual (Phillipson, Rorschach, C.AT) € com as que utilizam um estimulo verbal (desiderati- vo, minhas mios, etc.). Desta mancira pode-se explorar n sentido de ver quais as fantasias que emergem, quais as asso- ciagdes que o paciente expressa verbalmente ¢ qual ¢ seu com- Fics comre- nadas entre si ¢ com os testes verbais. Podemos sutilizar portamento perceptive, conforme o tipo de teste: exclusiv mente grafico, exclusivamente verbal ou que combine as duas cas, Isto também € valido no caso de serem incluidas téc nnicas ou testes liidicos na bateria. Assim poderemos fazer uma 16 correlagio entre os trés tipos de conduta. A incluso destes (teste da casa de A” Aherastury, por exempla) permite plorar o manejo do espaco tridimensional, aspecto nao inclui- do nos outros tipos de testes. A bateria-padri Como expressamos anteriormente, pensamos que, numa bateria-padrao, devem aqueles que promovam condutas diferentes, Portanio, a bateria er incluidos, entre os testes projetivos, projetiva deve incluir testes grificos, verbais ¢ hidicos, Quan- to aos testes de int lidade, fazemos afirmag cia da bateria nio pod trazer conseqiiéneias desfavoriveis tanto para o diagndstico Encia, embora nfo sendo nossa pe similares: sua jusio na seq) ser arbitriria, pois corre-se o risco de quanto paraar suas caracteristicas, coloc4-losno final da bateria de testes pro- jetivos pois: An psicdlogo-paciente. Preferimos, dadas as Enirevistes para a uplicacio de teste a) O material aprese (como nos test desenhos wo ao paciente nfo € ambiguo s projetivos), mas de conteido preciso (pontos, smétricos, etc:), com o que fica estabelecida uma Primeira diferenga diante da qual as reagdes do pa importantes para o diagndstico © prognéstico. Deve-se levar em conta que, se depois de um teste de inteligéncia damos as instrucdes de um teste projetivo, pode ser dificil para o pacien: tere: estimulos tio indefinidos como uma pran- tha de Rorschach, Phillipson ou C.A.T. 15) As instrugies dos testes de inteligéncia implicam uma fatitude mais ativa por parte do psicdiogo, que propoe um tipo de tarefa diferente das outras e estabelece te de tempo mais definido do que nos teste estipuilado, inclusi- Ve, pelo proprio teste. para garantir a validade dos resultados). €) 0 registro da prova também difere. Em geral, 0 psicd- logo niio escreve tudo 0 que acontece ¢ muitas vezes € visivel para o paciente que o que registra so sinais positives ou nega: tivos a respeito de suas resposias. @) Alguns testes de inte que diferem dos inter menos ambi; incia incluem interrogat6rios rios dus testes projelives per scicnt ais especificos e diretivos o-paciente muda 2 parti do momento dda verbalizaco da instrugao ¢ da mostra do material. O pa te percede endo avaliado em relagdo a algo muito especifico, que tem lizagdo com a inteligéncia, Nos testes pro- iminui sua sensaso de responsabilidade e a ansieda- ecutéria concomitante pode aumentar ou diminui do 0 caso, Se o sintoma que © paciente traz é justamente uma dificuldade intelectual, a quantidade de ansiedade aumentara hotavelmente ¢, mais ainda, se colocarmos o teste Sia em primeiro lugar. Mas 0 que esta “neut Suscita menos ansiedade. Pode acontecer, enti um esqui- wbide, com sélidas defesas de intelectualizago, niio experi dade e respire aliviado se Ihe apresentarmos um teste 2. jf que “encaixa” melhor com o tipo de defesa ansiedade inteligén- lizado” € 0 que mente: de inteligencis que mais utiliza unt O processe psicodiagnisticn ¢ as tcnicas projtivas Pensamos, entiio, que um teste de int i deve sero primeiro teste, O momento exato de sua inclusdo deve set decidido de acordo com o caso. Quando se trata de varios testes de inteligéncia elou maturidade, é preferivel inclui-los todos juntos no final da bateria, Se se trata de um s6, pode ser inter- lado com os testes projetivos, mas aplicado no final de algu- ma das entrevistas. (Por exemplo, um Bender pode ser coloca- do no final do grupo de testes graficos. dado que se pede a0 paciente uma conduta gréfica, mas se enfatiza a necessidade de ue copie 0 modelo o mais fielmente ) Se se quiser avaliar as partes adaptativas em relagdo com a inteligéncia, toma-se adeguada a aplicagao de um Weschler (dedicando-lhe uma entrevista) intercalado com 0s testes projetivos. Em al preferimos deixar © Phillipson para o final da bateria a a aspectos relatives & separagio, As técnicas ¢ projetivos permitem avaliar qualitativamente (e quan. mente de forma aproxi .¢30 com algum Rorschac lectual do paciante géncia pre inte, em que medida e forma os fatores emo- jonais acrescentam., enriquecem, empobrecem ou bloqueiai a inteligéncia. O que ndo podemos faz: sobre 0 percentil ou classe de intel bre outros dados que somente os testes de inteligéncia (Raven, Anstey, etc.) oferecem O Weschler € 0 teste que methor pode nos ajudar no sen- tido de uma boa avaliagdo destas capacidades adaptativas € que, como 0 Bender, € suscetivel de uma interpretagdo proje tiva complementar da avaliao quantitativa, com que podere- mos integrar melhor estes resultados dentro da bateria. Se 0 caso requer uma avaliagiio rica, detalhada e precisa do nivel ¢ do funcionamento intelectuais, devemos recorrer aos testes especificos anteriormente mencionados. No caso de aplicagao de uma bateria co to ou a um adolescente rei os a seguinte seqiiéneia: Butresisias para a aplicasio de test If entrevista: Testes graficos: desenho livre, duas pessoas, teste da fa- miliae HTP (House, Tree, Person). Caso haja suspeita de pro- blemas de maturidade ou lesio organica, pode- que é bom sme aparece. tia em todas aquelas assimilagoes de aspectos bons que, ta ou implicitamente, estabelecem a diferenciaca0 ccontraparte mé, Cremos que isto pode ligar-se com 0 processa psicodiagnistico eas tdenicas projtivas ‘© que foi dito a respeito do aspecto positive das instru- ‘ges, no sentido de permitirem uma realizagio de desejos: triunfo sobre o rival mau el lidico. Outro aspecto @ ser considerado dentro do continacum new: rotico-psicético da identifieagao projetiv erenga entre a verbalizagio ‘se cu fosse” e “eu sou”, gressiva da contraparte do que foi escolhido, ou gio (6x.: “passare, porque vos, no € como 05 outros animais que 56 ficam enjaulados”). E a re zagio mégica do desejo mediante a identificacio projetiva. Nas ativas, quando se di a rejeigao sem especificagdo alga (cx: “vitor, porque nio as suporto”). Como valor prognéstico {sto nos indicaria, além do mais, as possibilidades de insight ¢ de flexibilidade (copacidsde para reintrojetar) do sujeito, Com relag jeropatias, encontramos a seguinte a: todas as catexins positivas sio assimiladoras (ten- dentes a recuperar partes ideais) do tipo “eu sou”. yas silo cvecuadoras, reprecentando © que era encoberto pelas assimiladoras positivas Sob outro ponto de vista, & itil levarem conta dois aspectos da identificngao projetiva, quando se analisam desiderativos. 1) Aspecto estrutural (contetido), 4) Superego (moral-ideal). 6) Ego (fungies). ©} Id (impulsos), d) Objeto. 2) Objetivo (“para que” ou finalidade), sendo os tipos mais freqtientes: «@) preservadora (do objeto ou do e: 5) evacuadora (do objeto ou do ego), A identificagao projetiva prescrvadora do objeto interno pode realizar a prescrvagao através da unide com um objeto (defesa maniaca), ou através da libido, evacuando uma parte do IO questoniro desiderava uy 80, Pode tanto ser num contexio depressive quanto num es- quizo-parandide. A iidentificasio projetiva preservadora do ebjeto interno $¢ di sempre num contesto paranéide. ‘Cremos que, quando hi muita preocupagio pela preserve $30 do go ou do objeto, estamos diante de uma pessoa que ‘scila entre a depressdio neurética ¢ os tragos esquizo-parandi- es, sendo tal preocupagio o tinico indicio do des Com relagio a evacuago, é importante levar em conta os Aspectos estruturais do que foi evacuado, Quando se evacuam Peetos estruturais diferentes da estrutura preservada, podemos Aavaliar 0 que é que 0 individuo mais teme de si mesmo. Quan- do 0 que se evacus é estruturalmente igual ao que se preserva Enconiramos os mecanismos de dissociagio dentro de uma mesma estrutura, Biblioxrafia Bell, J, Técnicas proyeciivas. Buenos Aires, Paids Bernstein, 1, “Apindice”. In: H. Murray, Manual del Test de Aper ‘cepeiin Temitica (1.4.1). Buenos Aires, Paidés. —. “Anilisis interpretacidn del Cuestionario Desiderativo". Tra- batho apresentado no I Congresso Argentino de Psicologia, San Luis, 1965 Ocampo, M. L. S. de, Garcia Arzeno, M.E., Califano, V, Baringoltz, S.¢ Leone, L., identidad en ef desidenativo, Publicagio intema da cadeira de Técnicas Projetivas, UNBA. Pigem e Cérdoba, La prueba de expresiin desiderativa. Barcelona, 1949. Capitulo V O teste de relagées objetais de Herbert Phillipson Maria L. S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arzeno O teste de relaydes objetais (TR.O.) de Herbert Phillipson data de 1955 ¢ comecou a difundir-se em nosso meio dez ou ddoze anos depois. Incorporamo-1o a nossa bateria de testes pois ‘consideramos que oftrece uma série de vantagens em relag seu antecessor: 0 T:A.T. de H. Murray. Além des que provem do material-estimulo que foi criado pelo autor, oferece a cnorme m de uma ampla ¢ deialhada fundamentagdo teérica Baseada na teoria das relagdes objetais de M. Klein ¢ Fairbairn Neste capitulo trataremos de comunicar o que pen deste instrumento projetivo, tio rico para os que desejam Yestigar a personalidade huma ‘© que colocamos a seguir € contribuigao nossa, produto de um trabalho desenvolvido tanto na pritica particular € hospitalar como na atividade docente. Dentro das técnicas projetivas cabe situar o T.R.O. entre fe estimulagdo visual e produgaio verbal, stes projetivos que mais se aproximam do T.R.O. por seu valor no diagndstico clinico so 0 TA.T. de H. Murray ¢ 0 Rorschach. Vejamos as caracteristicas comuns e diferenciais entre eles. 1. OT.A-T. € um teste que sugere, mediante alto grau de ddramatizagao, o que cada prancha explora. (Por exemplo, a pran~ In cha $ mostra uma mulher que segura a porta com inten abrir ou de fechar, mas esta agi é induzida diretamente pelo estimulo, assim como também 0 € a aco de espiar, olhar ou procarar algo.) O Rorschach apresenta pranchas de absoluta neutral smética. Em qualquer prancha podem ser vistas ou nai ras fazendo algo que pode ter ou nio um tom persecut que o paciente vé depende do que ele mesmo projeta OTRO, concilia ambas as tendéncias. (Por exemplo, 2 prancha B3 (4) mostra uma figura recortad em preta em pri- meiro plano a direita que pode ser visualizada como uma pes- soa espiando, olhando, conversando como espectador passive ‘ou que pode também ser vista como uma somibra, uma estitus ou uma cortina.) 2. O TAT. poe a énfase na seqiléncia temporal do drama: © que vem antes, agora e depois, de uma forma que poderiamos qualificar de balaneeada O Rorschach nao pede uma hist6ria nem explora a histo ricidade do percepio do paciente. Fsti centradn noaqui e agors da percepeto. OTRO. explora a seqincia temporal do drama associa do a percepgiio, mas dé énfase especial ao presente, sobre o ue entre mais em detalhe TAT, sugere um alto novimento humano. (Por exemplo, na prancha 17 RH & muito improvivel que o pa nfo veja 0 suibindo ou descendo pela corda ou descansando antes de continuar. Qualquer uma destas varia. es implica movimento humano.) © Rorschach apresenta manchas que no sugerem expli- citamente nenhum movimenio humano, mas permitem proje- tirlo, Devido a desestruturasao das pranchas pode Vimento humano, animal ou movimento de seres inanimados : enorme importincia da aparigo de movimento humano (M) no teste, xo qual Rorschach atribui um especial valor diagnés: dex abjetais de Herbert Philipsan 123 OTR.O. também concilia estas duas tendéncias. Em suas pranchas 0 movimento humano nao € claramente sugerido, mas pode ser projetado. Isto depende do paciente (nfio da prancha), que pode ver figuras humanas estéticas ou em movimento, animais estiticos ou em movimento (ainda que seja muito menos freqiente do que no Rorschach) ou seres inanimados estiticos ou em movimento. 4, NoT.AT. 0 contetido humano esta claramente apresen: tado, pelo menos nas pranchas da primeira série. Em qualque uma destas pranchas ¢ impossivel no ver figuras humanas, Pode ser que o paciente as distorga, mas a identidade humana do pode ser negada e impde-se ao paciente pelas caracteristi as do estimulo. Se a angistia provocada pela prancha é inten- sa, surgem bloqueios ou franca resisténcia a fazer o que o psi céiloge solic a visualizagao de figuras humanas no TA T.nioconstitui um indice de satide, como ocorre nos outros testes. Ao conirario, ver animais ou objetos onde outros véem pessoas constitu um indice logia © Rorschach tampouco sugere diretamente figuras hu mata. O pacient , SEO LoMse BUC, 1OMA-Se isto como indicador diagnéstico ¢ progndstico significative, conforme as caracteristicas que o paciente atribua as figuras que vé, o lugar onde as localize, etc. (Por exemplo na pran 7, chamada “da mae”, alguns véem: “duas mulheres dan- gando”, outros “cachorros ¢ coelhinhos”, outros “nuvens de tempestade”, “pedagos de pedra”, ei.) OTRO. apresenta pranchas onde € muito facil visualizar iguras humanas (a C3 por exemplo), outras onde & provavel que sejam visualizadas, mas que permitem variantes (Al) ¢ utras, finalmente, que admitem a possibilidade de ver figuras, humanas, animais ou seres inanimados com a mesma facili- dade. (Assim ocorre com a AG em que alguns véem: “algu- mas pessoas no cemitério”, outros, “pingiins na neve”, ¢ outros, “é uma tempe neve com muito venio”.) Isto & este teste permite diferentes graus de humanizagao e desu manizagdo da projecao, da mesma maneira que o Rorschach. Oprocesso psivodiagnéstica eas ticnicas projetivas $. OT.AT, utiliza, na maioria das pranchas, um estimulo francamente estruturado, facilitando assim a descrigdo ¢ a i tclectualizagaio como defesa. Algumas (a 16, porexemplo) deter- minam que o psicélogo seja vivid como um agressor, o que expe © paciente a uma situagdo altamente persecutéria, dadas 1s caracteristicas da prancha mostrada. © Rorschach utiliza um estimulo nfo estruturado mas fa- cilmente estruturivel pela maioria dos sujeitos. Foi isto que ‘essas dez manchas entre milhares ¢ Jas simétricas. Permite, portanto, que o paci te ponba em jogo outras defesas, ¢ se aparecem as menciona- das no caso do T-A.T,, sua significatividade seri muito maior. No'T.R.O., 0 estimulo apresenta um grau de estruturagio intermediitio. Sao pranchas menos estruturadas que ns do T.A.T, «e mais do que as do Rorschach. O teste consta de té iferentes graus de estruturagio, 0 que permite apreciar a rea ‘so do sujeito ante estas mudangas, dentro do mesmo teste. A varidivel particularmente importante neste sentido & a de Con- teddo de Realidade, que varia fundamentalmente de uma série para outra 6. Entre os testes comparados, 0 T.A.T. é o de menor satu- jo projetiva. Da lugar ao uso freqiente de historias-cliché. Historias totalmente inusitadas supdem, portanto, uma grande distorgdo que leva a presumir um alto grau de patologia, © Rorschach € 0 teste que possui 0 maior grau de satu a0 projetiva. Os bloqucios que costumam aparecer provém do impacto das qualidades formais das manchas (forma, claro: eseuro, cor, simetria, ete.). A agiio do estimulo é desencadea- dora de qualquer conteido. ‘OTR.O. possui um alto grau de saturagio projetiva. Osblo- ‘queios so raros, dado que 0 paciente pode modificar o estimu- Jo com maior liberdade que no T.A.T., sem tomar consciéncia do grau de enfermidade que uma éria supde, Podem apa- recer bloqucios ou outros tipos de reagdes similares aos chogues do Rorschach, pelas caracteristicas formais das pranchas. Ovteste de relagies abjetais de Herbert Phillipson 7. OT.A.T 6, predominantemente, um teste de contetido. Interessa mais 0 drama do que a propria percepea © Rorschach é um teste de forma. O que determina a pro- Jjecdo do paciente é 0 interjogo de fatores formais. Nao se fala gui de texto e contexto. O cardter banal das respostas € deter- minado com base na maioria estatistica. OTRO. éum teste de conieddo e de forma. Na interpre- ago do material, Phillipson incluiu diferentes critérios, dando importincia a ambas as varidveis 8, OT.A.T. um teste dramatico. O Rorschach ¢ um teste dinimico. 0 T.R.O. & dramstico e dinimico. 9, OT.A‘T. recolhe a projegao através da fantasia aciona- da pelas instrugSes, que pedem ao sujeito que diga.o que acon- teceu antes, o que esti acontecendo e o que acontecers depois. © Rorschach recolhe a projegdo através da percepsio, Por isso solicits 20 paciente que diga.o que vé. Podem surgir associagdes livres com dramatizagées reais ou fantasiadas, ‘mas trata-se de fenomenos especiais, OTR.O. recolhe a project através de ambos os compor- tamentos. E tio significativo 0 que 0 paciente vé como o tipo de historia que clabora ao dar historicidade & percepedo ‘conectar os difcrentes elementos pereebidos. 10. No TAT. a influéncia cultural é importante porque em todo o teste 0 conteiido de realidade esti altamente estru- turado (inclusive nas roupas dos personagens). A tinica exc edo € a primeira prancha da segunda série. E evidente que frata de um teste do ano de 1930. © Rorschach nio acusa um grau to alto de influéneia do cultural, mas ha algumas respostas que chegaram a ser popula- ese que estiveram determinadas pelo cultural, como, por exem- plo, 0 “cogumelo atimico” que se costuma ver na prancha 9. NoTR.O. a incid&ncia cultural é escassa, exceto em duas pranchas: a C3 ea C12, (Na C3 é comum que se veja uma sala de jantar em que se toma 0 clissico five o'clock tea, Na C12, na Inglaterra, € comum ver-se uma casa de campo. Em nosso meio, a imagem do que € uma casa de campo é diferente, pois 26 O process sic os prjeivae aparece mais freqiientemente a resposta “o apartamento de um, boémio, 0 atelié de um pintor, um apartamento conjugado, ‘uma casa humilde’”.. Podemos também incluir a CG: as vezes co paciente elabora uma histéria sobre o encouracado Potemkin que €, na realidade, a temtica na qual o autor se baseou para esta prancha.) As figuras humanas apresentadas nas pranchas doT.R.O., diferentemente das do T.A.T, nao tém rosto, nem sexo, em idade, nem movimentos, nem vinculagdes, nem expressies, rncm tempo, ¢ estio num eenario com poueo contetido de rea- lidade. Isto implica a possibilidade de projetar 0 que se refe relagio transferencial. Emergem conflitos com diferentes figuras parentais e fratemnas, com © grupo de semelhantes, com situagées atuais, passadas e futuras, através de diferentes tipos de fantasias: arcaicas (na série A), mais evolu série B) e com mais afetos (na série C), equivalentes & text (©), claro-escuro (K) e cor (C) do Rorschach Osestimulos utilizados pelo TR.O. apresentam as seguin- tes vantagens sobre os do TA.T. 1. Utiliza estimulos ambiguos: os personagens humanos.. ‘08 objetas ¢ o clima emocional. O fundo no aparece como cestimulo primordial. No T.AT. o fundo é usado como estimu- Jo e & apresentado com bastante detalhes ¢ estruturagio. (Por cexemplo nas pranchas 3, 8 ¢ 15 ha objeios que servem direta- ‘mente como estimulos.) 2. A manipulacio do espaco € diferente: em algumas pran- chas do T.R.O. deve-se preencht-lo. 3. Nio introduz respostas de movimento humano nem de ‘outro tipo; se estes aparecem & porque 0 paciente necessita coloci-los (em especial, movimento humano e inanimado). 4. Nio hit tracos culturais. 5. O conteiido agressivo é menor ¢, portanto, da lugar a uma maior labilidade transferencial 6. Introduz a utilizagio da textura, da cor em duas moda lidades (intcusiva e difusa) e das gradagSes do preto (branco, cinza e preto). O teste de relagies objets de Herbert Phillipson 2 OTRO. amplia o Rorschach, ji que dispde de figuras hhumanas (nao indisctiminadamente, mas sim de modo contro- Jado) para explorar as reagdes do paciente diante de pranchas dé um s personagem, de dois, de tes ¢ de grupo. Da oportu- niidade para avaliar muitos dos critérios do Rorschach no maicrial perceptivo que oferece e permite, além disso, a expl fagio dos contetidos do drama que 9 paciente elaborou. Em rela¢do ao primeiro poderiamos fazer as seguintes comparagdes Gobi CCorespondeia 1 rma percep comp- ta de todas a figuras humans prescies prance do conte de reaitae en seus diferentes gras CCoersponderia posts x gue 6 eos perce pute dest feuas hana nas eo do conto de wabdad, cnc dene conn o gue a moi destca deat do canjantn decades prancha Direspsts de grande dealhe ou delle Seo pacieme va “ecurtands” prges da crm pranchainchindoas depois en urna ‘sium otal, tras una coed eae- valerie 4 W ata do Rorschach, Dipequeno dette cu deather0) OTRO no acendo par rece s. posts de pegueros dacs agurecer nus ses Be C expecinent (Quando 0 pacieate seas impacto does malo e utliza os Di da praca, ¢ para clocaremmarch ema eons doses aque serve como dea diate do cara- cu ou Ate AS penctas Cl e Clio ‘argu: masran iso cam ants foulacia En gral é paloga

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