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SW Laine {4S 2002 PLANO DIRETOR DO MUNICIPIO DO IPOJUCA. EMENTA: Aprova o Plano Diretor Parti- cipativo do Municipio ¢ dispde sobre as condigdes de sua implementagao no territério municipal. © PREFEITO DO MUNICIPIO DO IPOJUCA FAGO SABER, QUE O PODER LEGISLA- TIVO DECRETOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: TITULO| DO CONCEITO E VIGENCIA DO PLANO DIRETOR Art. 1°, Fica aprovado, na forma da presente Lei, 0 Plano Diretor Participative do Municipio do tpojuca, doravante denominado Plano Diretor, como um conjunto de princi- pios, regras ¢ instrumentos orientadores da construgao e utilizacao do territério do Muni- cipio, constituindo-se no instrumento basico da politica de planejamento ¢ gestéo munici- pal, competindo-ihe ainda: | organizar 0 crescimento e o desenvolvimento municipal; 11 estabelecer a fungdo social da cidade e da propriedade, Paragrafo Unico. © Plano Diretor abrange o Municipio, em sua parte urbana e ru- ral Art. 2°. © Plano Diretor, na forma da presente Lei, atende ao disposto na Consti- tuigdo Federal, art. 182, § 1°, na Lei Federal 10,257/2001- Estatuto das Cidades ~ artigos. 39, 40, §§ 1°, 2° 3°, 41, incisos |, Il, Ill @ IV, 42 e 43, incisos |, I, Ill e IV, na Constituigao do Estado de Pernambuco, Lei Organica Municipal, e Resolugao n°, 25 de 18 de margo de 2005, do Consetho das Cidades, Paragrafo Unico - integram a presente Lei os seguintes anexos e mapas: | ANEXO I — Glossério; Il ANEXO If— Instrumentos de Desenvolvimento Municipal; Ill ANEXO Ill - Lista de Usos e Atividades Nao-residenciais; IV- ANEXO IV-A — Usos ¢ Atividades Geradoras de Incomodidade; V - ANEXO IV-B — Classificagao da Incomodidade por Nivel e 05 Requisitos de Instalacdo de Usos e Atividades Geradores de Incomodidade; VI- ANEXO V ~ Quadro de Aplicagao dos Instrumentos; Vit- ANEXO VI ~Diagrama da Modelagem Espacial; Vill - ANEXO Vil ~ Parametros @ Condicionantes de Parcelamento, Uso e Ocupa- 40 do Solo; 1X - ANEXO VIII - Requisitos de Estacionamento; X- ANEXO IX — Zoneamento a) MAPA 1 - Municipio - Macrozonas, Zonas ¢ Zonas Especiais; b) MAPA 2 - Ipojuca Sede - Zonas, Zonas Especiais e Conjuntos Especiais; c) MAPAS 3 ¢ 4 — Nossa Senhora do © e Camela - Zonas, Zonas Especiais ¢ Conjuntos Especiais, d) MAPA 5 ~ Orla (trecho entre Toquinho e Serrambi) - Zonas @ Zonas Especiais; e) MAPA 6 ~ Orla (trecho entre Maracaipe, Porto de Galinhas e Merepe) - Zonas e Zonas Especiai f) MAPA 7 - ORLA (trecho entre Cupe, Muro Alto e Gamboa) - Zonas @ Zonas Especiais; x) XI- ANEXQ X - Sistema Vigrio; in / YF Z| 8) MAPA 4 ~ Municipio; b) MAPA 2-Ipojuca Sede; c) MAPA 3 — Nossa Senhora do 0; 4) MAPA 4 —Camela; XIl- ANEXO XI - Intervengdes Prioritérias no Sistema Vidrio Municipal, Xill - ANEXO XII = Descrigao Literal dos Perimetros das Macrozonas, Zonas, Zo- nas Especiais e Conjuntos Especiais. Art, 3°, O Plano Diretor tera vigéncia de 10 (dez) anos, contados a partir da data da sua publicago no Quadro de Avisos, localizado no Edificio Sede da Prefeitura e no Diario Oficial do Estado, devendo ao final desse prazo ser submetida a uma revisdo. Paragrafo Unico - Possiveis alteragdes no periodo de vigéncia poderdo ser efe- tuadas através de Projeto de Lei do Poder Executivo Municipal, aprovado em Audiéncia Publica para este fim, submetido 4 Cémara Municipal Art. 4°. O Plano Diretor ¢ parte integrante do processo de planejamento muni- cipal, e 0 Plano Plurianual, as Diretrizes Orgamentarias e 0 Orgamento Anual devem, necessariamente, incorporar as di 8 € prioridades nele contidas. Art, 6°, Compete ao Poder Executivo Municipal prover a infra-estrutura, os e- quipamentos © servigos basicos necessarios a implementagao do Plano Diretor, os instrumentos de politica municipal e urbana instituidos por esta Lei, assim como garan- tir a sua operacionalidade. TITULO It FUNDAMENTAGAO E ESTRATEGIAS DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO IPOJUGA. CAPITULO I PRINCIPIOS GERAIS DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO IPOJUCA Secdo! Disposicao Geral Art. 6°. So Principios Gerais do Desenvolvimento Territorial do ipojuca: | fungao social da cidade; | fungéo social da propriedade; 1 fungéo ambiental do Municipio; IV - fungéo econdmica do Municipio; IV - gestéio democratica, Segao ll Da Fungao Social da Cidade Art. 7°. A fungao social da cidacle do Ipojuca corresponde ao direito de todos os cidaddos do Municipio ac acesso a: 1 terra urbanizada; Il infra-estrutura de saneamento ambiental; Ill ~resid&ncias em condigées de habitabilidade; IV - oportunidades de trabalho, emprego e renda; V- saude; j VI- educagéo; / | Vil- cultura e lazer, | Vill - transporte publico digno; le IX- condigées plenas de mobilidade e acessibilidade urbana; i | { X-meip ambiente preservado; LE - XI - valorizagao e disseminagao do patrim6nio material, imaterial, natural e cons- truido. Art, 8°, Para atingir 08 objetivos previstos no artigo anterior, 0 Poder Executivo Municipal ¢ 0 responsavel pelo cumprimento da fung&o social da cidade, cabendo-the ‘cumprir ¢ fazer cumptir as disposigées desia Lei e buscar o bom entendimento junto aos poderes federal e estadual, no sentido da convergéncia e compatibilizacdo de interesses que eventuaimente possam se conflitar com a perspectiva de desenvolvimento municipal estabelecida no Plano Diretor. Segao Ill Da Fungo Social da Propriedade Urbana Art. 8°. A fungdo social da propriedade urbana no Municipio do Ipojuca corres- ponde as condigdes essenciais de ordem ptblica e interesse social que orientam a regu- lag&o do uso e ocupagao da propriedade urbana em prol do bem coletivo, orientando a aluagao do Poder Executivo ao atendimento das necessidades de todos os cidadaos quanto a: 1 qualidade vida; UI -justica social; Ill - acesso as atividades de desenvolvimento econdmico, considerando as exi- ‘géncias fundamentais de ordenagdo da cidade. § 1°. A fungdo social da propriedade urbana é um elemento constitutive do direito de propriedade, 0 que significa dizer que 0 proprio direito de propriedade deixa de existir quando ela nao cumpre sua fungo social. § 2°. A fungao social da propriedade urbana devera respeitar as diretrizes previs- tas no Art. 2° do Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001). Art. 10. A propriedade urbana e rural no Municipio do Ipojuca cumpre sua fungdo social com a observancia desta Lei, em particular quanto as suas disposigies de uso ‘ocupagao do solo. Paragrafo Unico - Compete a0 Poder Executivo Municipal fiscalizar 0 cumpri- mento das fungées sociais da propriedade, em especial quanto: 1a habitagao; {I ~a habitacdo de Interesse Social (HIS); Ill - as atividades econdmicas geradoras de oportunidades de trabalho, emprego @ renda; IV ~a responsabilidade ambiental no uso dos recursos naturais. Segao IV Da Fungao Ambiental do Mun pio Art. 11. A Fungéo Ambiental do Municipio do Ipojuca corresponde as condigées: essenciais para manuten¢ao do equilibrio do meio ambiente, com a finalidade de garantir: 1 reducao dos impactos ambientais; {h- saiide coletiva; Il - universalizagao da oferta dos servigos de saneamento bésico, entendido co- a) abastecimento d’égua; b) coleta e tratamento de esgoto sanitario; c) colela e tratamento de residuos sélidos; 4) manejo das aguas pluviais. IV- oferta e 0 uso eficiente dos recursos naturais; \V - justa distribuigéio dos beneficios obtidos para toda populagao. VI- protege do meio ambiente, especialmente: / a) 0 ecossistema estuarino; b) as unidades de cohservacao; ©) 0s macigos vegetais significativos. Art. 12. O Municipio do Ipojuca cumprira sua Funcéo Ambiental através da preva- léncia do interesse publico no uso dos recursos naturais, de forma: | sustentavel; Il- com desenvolvimento local socialmente justo; Ill- ambientalmente equilibrado; IV - economicamente viavel, visando garantir qualidade de vida para as presentes e futuras geragées; \V = que observe do interesse comum metropolitano. Paragrafo Unico ~ Compete ao Poder Executivo Municipal 0 zelo pelos recursos naturals disponiveis no municipio e a gesto do desenvolvimento socioambiental, sem afetar o meio ambiente e com respeilo as presentes e futuras geragoes. SegioV Da Fungo Econédmica do Municipio Art. 13. E entendida como a vocagao estratégica exercida pelo Municipio como blo econémico regional concentrador de grandes empreendimentos, a saber: | industriais de porte nacional; Il- riquezas e grande potencial turistico; lil - expressiva produg&o sucro-alcooleira @ agroenergética. Art. 14. © Municipio cumpre sua fungao econémica quando busca o desenvolvi- mento: | das suas riquezas naturais; I~ da sua vocagao turistica; Ill = da sua condigao industrial e portuaria; IV ~ do seu potencial energético, a partir da cana-de-agacar, \V - do seu papel no contexto da Regio Metropolitana do Recife. Art. 15 Compete ao Poder Executivo Municipal reunir politicas e estimulos aos in- vestimentos econdmicos portadores de desenvolvimento: | socialmente justo; 1 economicamente vidvel; Ill culturaimente diversificado; VI - politica ¢ institucionalmente democrético, para garantir a harmonizagao do crescimento econdmico no tenitério, a integragao regional e a melhoria da qualidade de vida das presentes ¢ futuras geragées. Segdo VI Da Gestio Democratica Art. 18. A democracia ¢ 0 principio que norteia a gestdo das politicas municipal e urbana. Art. 17. A gestdo democratica 6 entendida como 0 processo que garante a parti- cipagao direta do cidadao e de suas organizagdes na formulacéio, execucdo e controle social das politicas municipal e usbana, fundamentados nos seguintes principios. | transparéncia ¢ solidariedade, apoiadas na mobilizagao popular, Il- consagragao do poder dos cidad&os como forma de valorizar a influéncia da sociedade civil nas decisées do poder municipal; II} - instituigae do orgamento participative, enquanto instrumento: a) do sistema de planejamento; b) de gestéo das politicas piiblicas; c) de descentralizagao das agdes do governo municipal Paragrafo Unico - Compete ao Poder Executivo Municipal a responsabilidade pe- la gestéo democratica, para tanto ampliando e qualificando sua estrutura institucional, capagitando seus recursos-humanos @ aperfeicoando a oferta e operagao da infra \ i Re ; I \ : I} estrutura, equipamentos e servigos, dentro da viséo democratica que norteia os objetivos previstos no caput deste artigo. CAPITULO II EIXOS NORTEADORES DO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO IPOJUCA Segao| Disposigdo Geral Art, 18. Considerando as evidéncias da dinamica de produgao do espago, sdo eb x08 norteadores para o desenvolvimento territorial do Ipojuca: | desenvolvimento econémico do territério; Il- ordenamento territorial integrado: lil - gestao territorial do desenvolvimento. Segao ll Do Desenvolvimento Econémico do Territrio Art, 19. O eixo correspondente ao desenvolvimento econdmico do territério apon- ta para desafios de promogéo do desenvolvimento sustentdvel municipal, por meio das seguintes atividades: | dinamizago equilibrada da economia no territério municipal; I fortalecimento das estruturas intemas do Municipio. Subsegao | Da Dinamizago Equilibrada da Economia no Territério Art, 20. A dinamizagéo equilibrada da economia no territério seré alcangada por meio dos seguintes objetivos: | = favorecer a integragao espacial, social e econémica, a partir do fortalecimento das cadeias produtivas locais; Il - viabilizar @ expansao territorial das atividades econdmicas de suporte as ca- deias produtivas locais, principalmente da industria e do turismo, com vista a geragao de oportunidades de: a) trabalho; b) emprego e renda; c) ampliacao da infra-estrutura urbana promovendo mudanga no quadro social. JIl - priorizar os investimentos em infra-estrutura urbana com vista a potencializar ‘0 desenvolvimento das atividades econémicas; IV - ampliar a capacidade de encadeamento e irradiagéo econdmica das ativida- des produtivas dinamicas; \V - fortalecer e consolidar a vocagdo estratégica do Ipojuca como pélo econdmico industrial, turistico e sucro-alcooleiro metropolitano e regional; Vi - equilibrar a relagdo campo-cidade, no tocante ao processo de produgdo do espago e de produgao econdmica; Vil - combater a dependéncia econémica observada na Sede e no Distrito de Ca- mela, a0 desempenho da agroindiistria sucro-alcooleira, Vill - garantir justa distribuigéo dos beneficios ¢ responsabilidades gerados pelo processo de urbanizacao na apropriagao coletiva da valorizagdo imobiliéria decorrente de investimentos piblicos realizados. 1X — harmonizar 0 desenvolvimento municipal com as diretrizes do desenvolvi mento metropolitano. Art. 21. Para atingir os objetivos de dinamizacao da economia 16 territério, 0 Po- der Executivo Munigipal observara as seguintes diyetrizes: 7 OA4 \ {/ N\A! | = promover a expansao territorial das atividades econémicas a partir da criagéo de zonas de uso especial, com pardimetros adequados e com mecanismos de incentivo e controle, expandindo setores econémicos industriais e comerciais para locais estratégicos do territério municipal; Il integrar as ages voltadas a dinamizago econémica do Ipojuca com as estra- tégias de sua regido de influéncia; UIL- incentivar & formagao de consércios locais, regionais e intermunicipais, para o desenvolvimento de novas atividades econémicas e gestao metropolitana; IV ~ considerar, nas estratégias de expansdo urbana, as condigdes adequadas de expansao das atividades econémicas; \V - definir politicas e instrumentos de incentivo fiscal aos setores produtivos; VI- estabelecer critérios especiais para a analise de empreendimentos de impacto econémico, considerando a possibiidade de exigéncia de estudos especiais para a insta- lagéo no Municipio; VII - promover 2 complementaridade entre as atividades econémicas de natureza urbana e rural; Vill - adequar 08 instrumentos econémicos, tributétios, financeiros ¢ os gastos piblicos, aos abjetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimen- tos geradores de bem estar social; IX-- regulamentar os instrumentos @ mecanismos que permitam a municipalidade recuperar, para a coletividade, a mais-valia decorrente de investimentos pil Subsegao I Do Fortalecimento das Estruturas internas. Art, 22. 0 fortalecimento das estruturas internas seré alcangado por meio dos se- guintes objetivos: | criar uma Politica Municipal de Desenvolvimento Ecanémico, contemplando: a) a definigdo de instrumentos e mecanismos de incentivo a produc&o econdmica; b) a elaboracdo de Planos Estratégicos Setoriais de Desenvolvimento Econémico; ) a definigdo de co-responsabilidades entre 0 Poder Executivo Municipal e a so- ciedade civil, para o equilibrio entre o crescimento econdmico e a distribui¢ao de riqueza; ¢) 0 estabelecimento de parcerias puiblico-privada II = fortalecer o capital humano a partir da ampliago e qualificagao da educagao formal ¢ técnica-profissional; Ill - universalizar 0 acesso a saiide; IV - fortalecer as politicas sociais para superacao das desigualdades econdmicas € sécio-espaciais; \V - combater a evasdo de renda; Art, 23. Para atingir os objetivos de fortalecimento das estruturas internas, 0 Po- der Executivo Municipal observara as seguintes diretrizes: | - elaborar Planos Estratégicos Setoriais, com vista: a) a0 desenvolvimento dos setores industrial, comercial, de servigos e 0 terceiro setor; b) a atragdo de empresas estratégicas para o desenvolvimento do Ipojuca; ¢) ao incremento as atividades turistico-culturais, dinamizando potencialidades lo- cai 4) a0 incentivo ao associativismo @ 20 cooperativismo, sobretudo para as ativida- des econémicas solidérias potenciais e existentes. II - incentivar a formagao profissionalizante, com foco para as areas de atividades econémicas existentes e previstas; lll - promover a cooperagao entre o Poder Executive Municipal e a iniciativa priva- da, especialmente com os setores enipresariais localizados em SUAPE e da rede hotelei- ra, para veg amas de fomfagho profissionalzante; | \ 4 ae 7 | . IV - elevar o nivel de escolaridade da populagéo, através da ampliagao e qualifi- cago da oferta de educagao pré-escolar, de ensino médio, de ensino profissionalizante superior e da adogo de agées para redugdo da evasdo escolar; V - ampliar a rede de equipamentos sociais, de forma a abranger todo 0 territorio municipal; VI'- promover 0 acesso ao conhecimento cientifico e tecnolégico para empreen- dedores de micro e pequenos negécios, cooperativas e empresas autogeridas; Vil - estabelecer mecanismos de incentivo formalizagao das atividades econd- micas locais; Vill - apoiar as iniciativas do setor privado, destinadas a promogao da cidadania e incluso social; IX-- apoiar os projetos destinados @ ampliagao do acesso a educagao, saiide, cul- tura, lazer e esportes de iniciativa do setor privado; X-- apoiar 0 consumo solidario, a partir da criagao de associagées e cooperativas de consumo, através de parcerias junto as associagdes de bairro visando, especialmente, atender as familias em situagao de vulnerabilidade social; Xt - incentivar a instalago de empresas de reciclagem e de aproveitamento de residuos, sobretudo sob regimes associativos ou cooperatives; XII ~ incentivar @ produgao econémica oriunda da agricultura familiar e do setor pesqueiro a partir: ‘a) do apoio & comercializagéo da produgao familiar oriunda dos assentamentos turais de reforma agréria e do setor pesqueito, priorizando: 1 investimentos na rede vidria; 2 - apoio execugSo de agdes previstas nos Planos de Desenvolvimento (PDA's); b) da estruturagdo de espagos urbanos para comercializagéo da produgo ¢ ori- gem familiar; ¢)} da'integragdo entre os érgdos colegiados representatives da cidade do meio ru- ral; 4) do apoio & produgao econémica solidéria associativa e/ou cooperative; ) da promogdo da integraco entre os setores produtivos de origem familiar com as atividades econdmicas de maior dinamismo; {) do apoio aos produtores rurais para obtengdo de linhas de crédito tais como as disponiveis no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Xlll - promover o desenvolvimento turistico a partir: a) da revisdo, atualizagao e execugao do Plano Diretor para o Turismo do Ipojuca; b) da criago e adequacéo de instrumentos capazes de garantir um tratamento fiscal mais equitativo entre os meios de hospedagem; c) da methoria do sistema vidrio de acesso aos atrativos turisticos do Municipio; d) da definigéo da capacidade de suporte dos diversos centros receptores de flu- xos de visitantes no Municipio; e) do desenvolvimento de campanhas incentivadoras de boas praticas de cidada- nia no Municipio; 1) da revisao ¢ atualizagdo do projeto existente de qualificagao e controle dos mei- os de hospedagem do Municipio; g) do desenvolvimento de programa de qualidade no atendimento ao turismo; h) da implantagdo de sistema de sinalizacgo turistica no Munici |) do ordenamento da cadeia produtiva do turismo no Municipio, estimulando a in- sergio do pequeno empresario, o artesdo e o produtor informal locais; |) do apoio e estimulo ao empreendecorismo cultural; k) do desenvolvimento de programas de capacitagdo profissional, em articulagaio com o setor empresarial, inserindo a populagéo na atividade do turismo; m) do desenvolvimento de um projeto de Marketing objetivando manter, ampliar, qualificar e ordenar, os fluxos de visitantes provenientes dos mercados atuais ¢ potenci- ais; XIV - incentivar parcerias piiblico-privadas com vistas ao desenvolvimento eco- némico local ¢ regional; XV - incentivar praticas sustentaveis nas atividades potenciaimente geradoras de impacto ambiental negativo. XVI Compartithar da execugdo das fungées piiblicas de interesse comum me- tropolitano, nos termos da Lei Complementar Estadual n®., 10, de 06 de janeiro de 1994. Segao Ill Do Ordenamento Territorial Integrado Art, 24, O eixo correspondente ao ordenamento territorial integrado aponta desa- fios para a promogao do desenvolvimento sustentavel do Ipojuca, por meio das seguintes iniciativas: | integragao territorial; 11 - equilibrio ambiental, Ill acesso ao solo, ‘Subsegio | Da Integragao Territorial Art, 25. A integragao territorial sera alcangada por meio dos seguintes objetivos: |- reduzir as desigualdades sécio-espaciais; |1- modelar 0 espago, propiciando o planejamento e a gestdo territorial integrados; -reestruturar @ ampliar 0 sistema viario local; IV ~ garantir a expansao urbana programada e direcionada. \V — participar da integragéo metropolitana Art. 26 ~ Para atingir os objetivos de integragao territorial o Poder Executive Mu- nicipal observara as seguintes diretrizes: |-- definir unidades de paisagem através da agregagao dos elementos fisicos e na- turais; Il definir um macro sistema viario e de transporte, garantindo: a) acesso qualificado aos territérios estratégicos; b) fluxo de bens ¢ mercadorias; c) mobilidade ¢ acessibilidade de pessoas. IIL orientar 0 proceso de expansao urbana através de instrumentos @ mecanis- mos de indug&o a urbanizagao e do direcionamento de investimentos publicos e privados. \V — conciliar o interesse local com o interesse metropolitano, no ordenamento ter- fitorial do Municipio. Subsegio I Do Equilibrio Ambiental Art. 27. O equilibrio ambiental sera alcangado por meio dos seguintes objetivos: | - criar a Politica Municipal de Meio Ambiente, contemplando: a) instrumentos de financiamento e gestao participativa; b) ago institucional integrada envolvendo Estado, Uniéio ¢ Municipios na prote- ‘go ao meio ambiente; ©) integragao e transversalidade nas agdes do Poder Executivo Municipal na pro- tegéio ao meio ambiente, através dos diversos érgéos da administragdo na aplicagao das politicas publicas setoriais; 4d) promoggo da educago ampieptal, criando Go-responsabilidades entre o Poder ceoytivo Miunigifal € @ sociedade sjfil,a protecdo 2p meio ambiente. II - compatibilizar 0 desenvolvimento econémico e social com a protegao da quali- dade do meio ambiente ¢ dos ecossistemas, visando assegurar as condigdes de qualida- de de vida e bem-estar da coletividade ¢ das demais formas de vida; Ill - fomentar o desenvolvimento rural e fortalecer praticas de manejo sustentavel, compatibilizando as atividades agro-silvo-pastoris com a protegdo do meio ambiente; IV - equilibrar 0 crescimento urbano e a protegao dos recursos ambientais; \V- requalificar os niicleos urbanos dos Distritos, dando-lhes melhores condigdes ambientais; VI- recuperar as Areas de Preservagao Permanente (APP) definidas pela Lei Fe- deral N° 4.77165 ~ Codigo Florestal ¢ demais areas ambientais protegidas, ocupadas por assentamentos de urbanizagao precéria, garantindo a transferéncia das familias para novas moradias em areas ambientalmente adequadas Art, 28 Para atingit os objetivos de equilibrio ambiental o Poder Executive Munici- pal observara as seguintes diretrizes: | - zonear 0 territério com a regulagao do uso e ocupagao do solo compativel com. as domandas de: a) urbanizag&o; b) requalificagao urbana; ©) protego dos recursos ambientais. {I garantir a protegdo dos ecossistemas, especialmente as seguintes areas: a) remanescentes de Mata Atlantica: b) manguezais; ©) varzeas; d) areas estuarinas, e) praias © vegetagio costeira; 4) arreci g) unidades de conservago; h) areas de protecao de mananciais da Regido Metropolitana do Recife; i) areas de preservagdo permanente (APP) definidas pela Lei Federal N.° 4.771 de 15 de setembro de 1965 (Cédigo Florestal); }) teas de relevante interesse ambiental lil - integrar os sistemas de saneamento basico: abastecimento d'dgua, esgota- mento sanitario, manejo das aguas pluviais e manejo dos residuos sélidos; IV - requalificar os niicleos urbanizados dos distritos, com tratamento especial pa- ra as areas centrais de relevante interesse histérico-cultural ¢ para as areas periféricas de urbanizag&o precaria; \V - orientar a expansdo urbana para regides proximas as areas urbanizadas & ‘com menores restrig5es ambientais; Vi- Coneiliar o interesse municipal com o interesse comum metropolitan. Subsecio Ill Do Acesso ao Solo Art. 29. O acesso ao solo seré alcangado por meio dos seguintes objetivos: |- criar a Politica Municipal de Habitacdo, integrada ao Sistema Nacional de Habi- tagdo de Interesse Social (SNHIS), priorizando os assentamentos precarios e a promogao de habitagao de interesse social; Il fortalecer a capacidade de regulagao do uso ¢ ocupagao do solo pelo Poder Executivo Municipal, com vistas a garantir o crescimento equilibrado dos nucleos urbanos e a ampliagdo do acesso ao solo; Ill - proporcionar tratamento especial nas areas de urbanizagéo irregular e precd- tia, através da definigéo de parametros urbanisticos especificos e de medidas de inter- ven¢ao ambiental, urbanistica e juridica, com vistas a aa degradadas; ©) regularizagdo juridico-fundidria das mesmas. IV - ampliar as ages, projetos ¢ programas no dmbito de uma politica habitacio- nal, para atender a demanda local por moradia e evitar novas ocupagées irregulares e de urbanizagao precaria, sobretudo, em areas ambientalmente frageis e/ou sujeitas a situa- ges de risco (alagamentos e deslizamentos); V - fortalecer 0 Poder Executivo Municipal, como indutor do mercado imobilidrio, provedor do acesso a moradia e promotor de agdes de regularizagao juridico-fundiaria, prioritariamente nas areas de loteamentos irregulares e de urbanizagao precaria. Art, 30 Para atingir 0s objetivos de acesso ao solo o Poder Executivo Municipal observara as seguintes diretrizes: | - promover a regularizaco urbanistica e juridico-fundiaria das areas de urbani- zagdo precaria, através de: ‘a) zonas especiais de interesse social; ») assisténcia técnica e juridica gratuita; ©) regularizagao juridico-fundiaria, Il induzir a urbanizagao de areas proximas aos nucleos urbanizados, principal mente, voltadas ao mercado de moradia popular, Ill - priorizar investimentos publicos e privados em projetos habitacionais de inte- resse social; IV - utilizar os instrumentos juridicos, urbanisticos e tributdrios voltados ao parce- lamento, edificagao ou utilizago compulséria de areas cuja utilizagao adequada favoreca © crescimento urbano equilibrado dos nucleos urbanizados. Segiio IV Da Gestio Territorial do Desenvolvimento Art. 31. A gestéo territorial do desenvolvimento do Ipojuca consiste no processo democrético, participative ¢ transparente de negociacdo, deciséo, co-responsabilidade, ago e controle social, envolvendo 0 poder executivo, 0 legislativo ¢ a sociedade civil, em conformidade com as determinagées deste Plano e dos demais instrumentos de politica urbana e de planejamento e gestao municipal. Art, 32. A gestdo territorial do desenvolvimento sera exercida a partir dos seguin- tes desafios: | transparéncia, compartihamento ¢ co-responsabilidade; Il reestruturacdo administrative Ill capacitagdo técnica e gereni Subsegao! Da Transparéncia, Compartilhamento e Co-Responsabilidade Art. 33. A construggo da gestio territorial do desenvolvimento do Ipojuca, envol- vendo 0 poder executivo, 0 poder legislativo e a sociedade civil organizada dar-se-a em consonancia com as prerrogativas da democracia representativa e participativa. Art, 34. O Poder Executivo Municipal nesse processo de compartihamento exerce © papel de: | coordenador do processo de planejamento e da formulagao de planos, progra- ‘mas ¢ projetos para o desenvolvimento municipal e urbano; |l- incentivador das organizagées sociais, na perspectiva da ampliagéo dos canais de participagao popular, lll - garantidor e incentivador do processo de gestéo democratica do desenvolvi mento territorial, vislumbrando a tormuicée, implementagdo, gestio participativa, fiscali- zagao e controle; 2\ \V~ comparithar da gxecugSo oh aes pblicas de interesse comum metropoli- tano, 1 / 0 Art, 35. Constituem objetivos da transparéncia, compartilhamento e co- responsabilidade: | - consolidar a participagao da sociedade civil nos processos de decisao, gestéo e controle; | - descentralizar e nivelar informagées, assim como dar transparéncia ao proces- 80 orgamentério municipal, lil - fomentar @ ampliagéio da participagao dos ipojucanos nas decisdes do Poder Executivo; IV - incentivar o poder de mobilizagao, organizagao e discussao da sociedade. Art. 36 - Para atingir os objetivos da transparéncia, compartihamento € co- responsabllidade o Poder Executive Municipal observaré as seguintes diretrizes: | - implantagao de um sistema de gest&o, com mecanismos institucionais de parti- cipagao @ controle social através dos seguintes instrumentos: a) conselhos instituides como responsaveis pelo acompanhamento da Politica de Desenvolvimento Urbano; b) fundos setoriais para fomento do desenvolvimento urbano; ©) conferéncia da cidade; 4) audiéncias piblicas. Il- estabelecimento dos objetivos politicos, sociais e econdmicos da gestae muni- cipal a partir das decis6es das instancias de participagao da sociedade civil criadas no Ambito do Municipio; Ill - fortalecimento da capacidade deciséria das instancias de gestéo compartitha- da entre 0 Poder Executivo Municipal e a sociedade; IV - audiéncia do Poder Executive Municipal e da populagdo interessada nos pro- cessos de implantago de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o: a) meio ambiente, natural ou construido; b) conforto; ©) seguranga da populagdo. V - incentivo & gestao democratica em todos os niveis e selores da administracdo municipal VI- ampliag&o do acesso da populagdo a informacao sobre todos os processos da administragdo através da: 1a) melhoria do sistema de comunicagao social; b) modemnizagao de procedimentos; ©) atendimento e orientagao ao cidadéo. Subsecéo I Da Reestruturago Admit istrativa Art, 37. S40 objetivos a serem alcangados na reestruturago administrativa: | - qualficar a administragéo publica municipal para dar eficiéncia aos processos de gestao urbana; 11 estabelecer um modelo processual de gestdo urbana e territorial; Ill - compartilhar e integrar a Politica de Desenvolvimento Urbano com as demais politicas setoriais e metropolitanas. Art, 38 - Para atingir os objetivos de reestruturagao adi tivo Municipal observara as seguintes diretrizes: | - reestruturagao dos orgéios do Poder Executive Municipal, apoiada em estudos organizacionais dirigidos a adequar a estrutura e 0 modelo de gest4o da administragaio publica & complexidade do Municipio e aos objelivos do Plano; II - articulacao institucional envolvendo os diversos setores da administrago mu- nicipal tendo em vista: a) a geraco de trabalho e renda; b) a segurangyalimentar, inistrativa 0 Poder Execu- “ d) a produgdo habitacional de interesse social; e) a regularizagao fundidria e urbanistica das 4reas ocupadas pela populagao de baixa renda. 11 utilizagao do orgamento piblico como pega do sistema de planejamento muni- cipal; IIL - articulagéo com municipios vizinhos e integrantes da Regido Metropolitana do Recife, para estabelecer parcerias no desenvolvimento de projetos de interesse comum, inclusive através da formagdo de consércios piiblicos; IV - realizagdo de acées voltadas para a integragao das agbes administrativas, es- tabelecendo gerenciamento por programas; \V- garantia da integracdo das agées administrativas, através de um gerenciamen- 0 por programas; VI- qualificagdo da estrutura intema da administragao municipal. VI - participagao nos consércios publicos de interesse metropolitano, para a ope- ragao de servigos comuns. Subsegao Ill Da Capacitagao Técnica e Gerencial Art. 39. Sdo objetivos a serem alcangados com a cap: | - instituir plano de capacitagao dos servidores muni nitérias; l= modernizar a estrutura administrativa municipal Art. 40. Para atingir os objetivos de capacitagdo técnica ¢ gerencial o Poder Exe- cutivo Municipal observara as seguintes diretrizes: | - ampliagdo da capacitagao técnica e gerencial de gestores pilblicos; Il - qualificago do servidor puiblico municipal e dos cargos comissionados ¢ reali- zagao de concursos piiblicos para a ampliagao do quadro de servidores do Muni lil. ampliagdo da arrecadagdo através de mecanismos eficientes de controle @ fis calizagdo tributarios; IV - criagéo de uma base institucional que possibilite o fortalecimento da func&o de planejamento, favorecendo a construgao de uma viséo compartilhada dos problemas ur- banos, municipais e metropolitanos, por parte dos diversos érgtios do Poder Executive Municipal, contribuindo para melhorar a coordenagao e integracdo das agbes; \V- valorizagao e capacitagdo das entidades de representagdo popular, de modo a assegurar e qualificar a participagao social na gestdo publica; VI - adogao de padrées Ageis, integrados e eficazes na administraggo piiblica, com vistas a redugdo de procedimentos burocréticos e melhor atendimento ao piblico. {ago técnica e gerencial: e de liderangas comu- TITULO INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO IPOJUCA CAPITULO | INSTRUMENTOS E DESAFIOS Segao | Disposigdes Gerais Art, 41 ~ So instrumentos de desenvolvimento territorial do Ipojuca, os classifi- cados nas categorias de planejamento municipal, tributarios e financeiros, juridicos, poli- \\_ ticos e urbanisticos, ” Art, 42. A utilizagao dos instrumentos de desenvolvimento municipal orientar-se-a, estrategicamente, pelos eixos norteadores para atingit as diretrizes do Plano, quais se- jam: | - dinamizagao econémica no territério; Il fortalecimento das estruturas internas; IIL integragao territorial; IV - equilibrio ambiental, V- acesso ao solo; VI- controle ¢ monitoramento da gestao. CAPITULO II DOS INSTRUMENTOS DE DINAMIZAGAO EQUILIBRADA DA ECONOMIA NO TERRITORIO Segio | Disposigao Geral Art. 43. S4o instrumentos de dinamizagao equilibrada da econdmica: | - Eixo de Desenvolvimento Econémico (EDE); Il- Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR); lil Zona Especial de Atividades Industriais e Agroindustriais (ZEIA); Segio Il Do Eixo de Desenvolvimento Econdmico (EDE) Art. 44. © Eixo de Desenvolvimento Econémico (EDE) compreende uma faixa de '500,00m (quinhentos metros) paralela a rodovia PE-060 e ao anel vidrio metropolitano projetado pelo Governo do Estado de Pemambuc Art. 45. O Eixo de Desenvolvimento Econémico (EDE) destina-se a implantago de |. empreendimentos de apoio as atividades produtivas locais, especialmente, aos setores: a) industrial; b) comercial; ©) servigos Il - pequenos e médios empreendimentos geradores de economias de passagem, compativeis com o ambiente rodoviério. Segao Ill Da Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR) Art. 46, A Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR) corres- ponde as areas de: | - assentamentos rurais de reforma agréria, legalmente, definidas pelo INCRA- PE; Il - assentamentos organizados pelo Fundo de Terras do Estado de Pernambuco (FUNTEP). Art. 47. A Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel destina-se ao fo- mento de atividades: 1- econémicas; l- agropecuarias; \- agroindustriais, em especial a) ao estimulo apoio a agricultura diversificada; fn safe estruturada de cgna-de-aguicar e seus derivados. 8 Segio IV idades Industriais ¢ Agroindustriais (ZEIA) Da Zona Especial de At ‘Art. 48. A Zona Especial de Atividades Industriais e Agroindustriais (ZEIA) corres- onde a porg&o do territério destinada a instalagao controlada de: | - atividades industriais, agroindustriais @ demais atividades econémicas estrutu- radoras; Il - equipamentos especiais de referéncia regional, com vistas a: a) dinamizar e fortalecer as cadeias produtivas existentes e potenciais no mbito do Municipio e da regido; b) promover inclusdo espacial e sécio-econémica através da geragdo de trabalho, ‘emprego ¢ renda. ‘Art. 49. A Zona Especial de Atividades Industriais e Agroindustriais sera objeto de plano de ago especifico, promovido pelo Poder Executivo Municipal, que devera consi- derar a area como estratégica para a instalagao de: | - equipamentos especiais, estruturadores da dindmica socioeconémica regional, ‘em especial a a) promogao, distribui¢go, comercializagao ¢ apoio logistico & produgaio econdmi- cae cultural b) estruturagao das atividades turisticas. Il - equipamentos sociais de médio e grande porte. CAPITULO IIL DOS INSTRUMENTOS DE PROMOGAO DO FORTALECIMENTO DAS ESTRUTURAS INTERNAS Sogo! Disposigao Geral Art. 50. So instrumentos de promogéo do fortalecimento das estruturas internas, a de responsabilidade do Poder Executivo Municipal | plano estratégico de desenvolvimento econ6rico (PED); |- plano diretor de desenvolvimento do turismo; II- plano de desenvolvimento rural (PDR). Segao I Do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econémico (PED) Art. 51. O Plano Estratégico de Desenvolvimento Econémico (PED) é instrumento a ser elaborado pelo Poder Executivo Municipal, devendo considerar: | identificago da demanda por indistrias satélites fornecedoras de bens e servi- G05 as cadeias produtivas locais; 11 levantamento quantitativo © qualitativo da necessidade em médio e longo pra- zo de mao-de-obra do “cluster” turistico, da agroindistria da cana-de-agiicar e de SUA- PE; iL - reestruturagao e adequagdo do modelo de gestdo do Poder Executivo Munici- pal; IV- analise da politica fiscal do Municipio; \V = definigéo de instrumentos legais que regulem a concessio de beneficios e concessées fiscais; VI-levantany Vit - fomer (o das cadeias produtiyas potenciais; ‘ao|setor de nt ° yy 08; 4 Vill - elaboragdo de estudos técnico-econémicos para os Eixos de Desenvolvi- mento Econémico (EDE) e para as Zonas Especiais de Atividades Industriais e Agroin- dustriais (ZENA); IX levantamento da demanda atual e projetada, com horizonte de 10 (dez) anos, por transporte puiblico do Complexo Industrial de SUAPE, das EDE e das ZEIA; X- definicao de esiratégias para maior itradiago econémica dos empreendimen- tos existentes e novos. Segao Ill Do Plano Diretor de Desenvolvimento do Turismo Art. 52. 0 Plano de Diretor de Desenvolvimento do Turismo é instrumento cuja ¢- laboragéo é de responsabilidade do Poder Executivo Municipal, devendo considerar, a- 1ém do pleno atendimento as normas que tratam do respeito e do equilibrio Ambiental: | = as caracteristicas dos atrativos turisticos a serem oferecidos como marca do Municipio; Il = 08 produtos turisticos a serem oferecidos ao mercado; Ii -0 perfil do mercado turistico a ser atraido para 0 Municipio; IV~ 08 elementos de qualificacao dos destinos turisticos do Municipio; \V-~ 08 fatores de inclusao social da populagdo com o desenvolvimento do turismo. Segao IV Do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) Art. 53. © Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) é instrumento cuja responsabi- lidade de elaboracao do Poder Executivo Municipal, devendo considerar: 1 - 0 diagnéstico com os problemas, suas causas e potencialidades da area rural e da Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR), através de estudos ‘econémicos, sociais ¢ ambientais, dentre os quais 0 zoneamento ecologic econémico; |l- a definigo de mecanismos para ampliar 0 acesso ao crédito, aos programas de assisténcia técnica e aos projetos estruturadores no ambito rural; I~ 0 incentivo a diversificagao produtiva, com equilibrio ambiental, IV - estruturacao de espagos piblicos no territério municipal para comercializagao da produgo agricola local e identificagao de outros canais de comercializacao; V-= 0 fomento ao desenvolvimento de atividades complementares as atividades agricolas e agroindustriais tais como: 0 agro e ecoturismo, o ariesanato e as atividades culturais; Vi- 0 fomento a criago de empreendimentos econémicos solidérios, cooperatives ¢ associativos; Vil - a implantagao de um Centro Regional de apoio ao beneficiamento, logistica e comercializagao da produgao agropecuaria regional, precedido de estudo de viabilidade econémica; Vill - a participagdo do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentével, para a gestdo do Plano Diretor; IX-- a delimitago e as condigdes de aproveitamento das areas de protecao das nascentes de cursos d’agua no municipio. CAPITULO IV DOS INSTRUMENTOS DE PROMOGAO DA INTEGRAGAO TERRITORIAL, + Secio| X firx Art. 54. Para promogao da integragao territorial, 0 Municipio u instrumentos: 1- zoneamento; |I- disciplinamento do parcelamento, uso e ocupagao do solo; |it- disciplinamento do sistema vidrio ¢ do sistema de transporte urbano, $F 08 seguintes Secdo ll Do Zoneamento Art, 55. O Zoneamento, como instrumento de planejamento divide o territério mu- nicipal em unidades espaciais, a partir dos seguintes elementos: 1 condicionantes fisicos @ naturais; |1- din&mica imobiliéria e s6cio-econdmica, com vistas a orientar, de forma equili- brada a) 0 processo de expansdo urbana; b) 0 processo de integragao territorial Segiio Ill Do Disciplinamento do Parcelamento, Uso e Ocupagio do Solo Art. 56. Os parametros de parcelamento, uso ¢ ocupagso do solo estabelecidos nesta Lei objetivam garantir 2 compatibilidade entre o processo de urbanizagéo e a dis- ponibilidade de infra-estrutura e servigos urbanos. Paragrafo Unico — © Poder Executivo Municipal & o responsavel por cumprir fazer cumprir os parametros de parcelamento, uso € ocupaco do solo, de forma a garan- tir a manutengéo dos recursos naturais remanescentes € a qualificagdo ambiental do meio urbano. Segao IV Do Disciplinamento do Sistema Vidrio e do Sistema de Transporte Urbano Art. 57. O sistema vidrio e o sistema de transporte objetivam a integragdo entre as diversas partes do territério municipal, bem como entre o Municipio do Ipojuca, os Muni- cipios vizinhos, a cidade do Recife e sua Regido Metropolitana. ‘Art, 58. Este sistema visa garantir plenas condigdes de: |- mobilidade; II acessibilidade aos nticleos urbanos, aos centros produtivos do meio rural e aos ‘equipamentos de interesse econdmico e social; Ill circulagao de bens e mercadorias, favorecendo o pleno desenvolvimento das atividades econémicas em todo 0 territério municipal. Paragrafo Unico — Na administracao do sistema vidrio ¢ do sistema de transporte urbano 0 Poder Executivo Municipal desenvolveré permanentes gestées junto aos gover- nos da Unio e do Estado de Pemambuco, no sentido de harmonizar as politicas de transportes e reduzir eventuais confiitos que possam interferir no desenvolvimento muni- cipal. CAPITULO V DOS INSTRUMENTOS DE PROMOGAO DO EQULIBRIO AMBIENTAL y fio | ¢ \ Dispesigio Geral i | AP A te Art, 59. Para promogao do equill instrumentos: | - politica municipal de meio ambiente; Il ligenciamento ambiental municipal; 1- estudo de impacto de vizinhanga (EIV); IV - estudo de impacto ambiental (EIA) e relatério de impacto ao meio ambiente (RIMA); \V.- sistema municipal de areas protegidas (SISMAP); VI- outorga onerosa do direito de construir; VIll- transferéncia do direito de construir (TDC); Vill - direito de preempgao; 1X direito de superticie; X-- operagdo urbana consorciada io ambiental, o Municipio utiizara os seguintes Secao li Da Politica Municipal de Meio Ambiente Art. 60. A politica municipal de meio ambiente é o instrumento para promogao do ‘equiliorio ambiental no Municipio e, articulada com as diversas instancias do Poder Exe- cutivo Municipal e a sociedade civil atuara, transversalmente, através das politicas pabli- cas setoriais de protegao ao meio ambiente ¢ de uso sustentavel dos recursos naturais Art. 61. A politica municipal de meio ambiente feré como objetivo a reducéo das desigualdades sociais através da: 1 - justa distribuigdo dos beneficios obtidos pela utiizagdo dos recursos naturais, renovaveis; | - universalizagao da oferta de servigos de saneamento basico (abastecimento d'agua, esgotamento sanitério, manejo de Aguas pluviais e manejo de resicuos solidos), ‘Art. 62. © Cédigo de Meio Ambiente Municipal, a ser promovido pelo Poder Exe- cutivo Municipal, regulamentara a politica municipal de meio ambiente, fixando seus prin- cipios, objetivos, instrumentos penalidades, assim como identificando e caracterizando 8 ambientes naturais a serem preservados, em particular: |. As nascentes hidricas, os cursos d’égua © suas respectivas areas de influ- énoia; Il. Os estuarios; il. O ambiente marinho; IV. As matas ciliares e os remanescentes da Mata Atlantica; V. As Areas de Preservacéo Permanente — APP; VI. As Reservas Particulares do Patriménio Natural — RPPN; Vil. A poluig&o em todas as suas formas. Segéo Ill Do Licenciamento Ambiental Municipal Art. 63 — © licenciamento ambiental municipal ¢ atribuig&o do Poder Executive Municipal, tendo como finalidade a avaliagéo dos impactos ambientais de empreendimen- tos no territério do municipio. Paragrafo Unico — O Poder Executivo Municipal, nas suas atribuigbes de licenci- amento ambiental observara: |= 0 licenciamento ambiental de empreendimentos e ativi ental local @ daqueles que forem delegados pelo Estado ao Mj legal ou convétyio de acordo com a Re: i CONAMA NP 26 eye fes de impacto ambi- ipio, por instrumento Il - descentralizagao ¢ integragéo entre os entes federados na gestéo da politica nacional de meio ambiente, Lei N°. 6.938, de 31 de agosto de 1981; lil - fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), Lei N°. 6.938, de 31 de agosto de 1981; \V-- fortalecimento institucional do érgio de gestéo ambiental municipal; \V - previso de legislacéo complementar, ou outro instrumento que defina as ativi- dades a serem licenciadas pelo Estado e pelo Municipio, considerando: a) condigées, restrigées ¢ medidas de controle ambiental, que serao obedecidas Por empreendedores, pessoa fisica ou juridica, para localizar, instalar, ampliar e operar ‘empreendimento: ») atividades que utilizam recursos ambientais, consideradas efetiva ou potenci- almente poluidoras, ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradagao ambiental (Resolugéo CONAMA N°. 2867/1997), Art. 64. Fica instituido 0 licenciamento ambiental municipal, de acordo com a Re- solugéo CONAMA n° 237 de 1997, para fortalecer a participagao municipal no SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). Paragrafo nico. © Codigo de Meio Ambiente do Municipio do Ipojuca, de que trata 0 artigo 62 instituira 0 licenciamento ambiental municipal como instrumento de sua politica de meio ambiente, discriminando 0 prazo para sua regulamentagao. Art. 65. No instrumento legal que a Unido e o Estado delegarao competéncia ao Municipio para o licenciamento ambiental, constaré a classificagao de atividades de im- pacto ambiental, definindo-se os parémetros de impacto ambiental local para cada ativi- dade ¢ porte das mesmas, a fim de estabelecer as competéncias de licenciamento ambi- ental do Municipio. Segao lV Do Estudo de Impacto de Vizinhanca (EIV) Art. 66. O Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) sera exigido pelo Poder Execu- tivo Municipal, observando as questées previstas no art. 37 da Lei N°. 10.257/2001 ~ Es- tatuto das Cidades, com as finalidades de: | - auxiliar na andlise de empreendimentos ou atividades, potenciais ou comprova- damente causadoras de impacto de vizinhanca, levantando informagées adicionais para a ‘compreenséo dos efeitos negatives e/ou positives resultantes de suas instalagdes, II - prevenir impactos negativos de vizinhanga causados pela instalagao de em- preendimentos, usos ou atividades em condigdes urbanisticas e ambientais especificas; IIl- garantir que, na implantacao de empreendimentos, sejam executadas obras & servigos de mitigago e compensagao dos impactos negativos sobre a vizinhanga. Art. 67. Os empreendimentos potenciais ou comprovadamente causadores de im- pacto terao sua aprovagéo condicionada a elaboragao @ apresentagao de Estudo de Im- acto de Vizinhanca (EIV), adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos pre- vistos na legislagao urbanistica. § 1°. - Os custos com a elaboragéo do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV), ‘correréo por conta do empreendedor. § 2°. O Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) deverd ser elaborado e assinado Por um, ou mais, profissional habilitado, de acordo com a natureza das questées aborda- das no mesmo, § 3°. O Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) sera elaborado com base em Ter- mo de Referéncia fornecido pelo Poder Executive Municipal, no qual constardo, alm dos ‘elementos a serem considerados nas analises, os profissionais que deverao se respon- sabilizar pelo estudo. Art, 68. Sao considerados empreendimentos, potencial ou comprovadamente, causadores de impacto de vizinhanga e sujeitos a exigéneig do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV), ds abaixo relacionados, bem como, aqejés que, por sua natureza ou (Mf 6 condigées, requeiram andlise ou tratamento especifico por parte do Poder Executivo Mu- hicipal, conforme dispuser a legislagao urbanistica e ambiental. | - conjuntos residenciais condominiais com mais de 120 (cento e vinte) unidades habitacionais, ou com area construida superior a 10.000,00m* (dez mil metros quadra- dos); I empreendimentos localizados em areas com mais de 1,5 ha (um e meio hecta- re); II - empreendimentos de uso ndo-residencial ou de uso misto que possuam area construida superior a 5.000,00m# (cinco mil metros quadrados); IV - centros comerciais; shopping center, centrais de abastecimento; centrais de ‘carga; terminais rodovidrios de carga e de passageiros; terminais ferroviarios de carga de passageiros; aeroportos; heliportos; hospitals, centros de diversdes; estadios esporti- vos; autédromos; hipédromos; presidios; quartéis; aterros sanitarios; usinas de recicla- ‘gem de residuas sélidos, usinas de compostagem; usinas incineradoras de lixo; estacdes de tratamento de agua e esgoto; estagdes de energia elétrica; matadouros; abatedouros; cemitérios ¢ necrotérios, Art. 69, Os empreendimentos passiveis de prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA) poderdo apresentar este estudo em substitui¢do ao Estudo de Impacto de Vizi- nhanga (EIV). Art. 70. O Poder Executivo Municipal, com base no Estudo de Impacto de Vizi- nhanga (EIV), poderd negar autorizagao para o empreendimento, ou exigir do empreen- dedor, as suas expensas, medidas mitigadoras e compensatérias que neutralizem os impactos previstos, decorrentes da implantacdo da atividade Art. 71. O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou mitigar os impactos negati- vos a serem gerados pelo empreendimento, deverd solicitar, como condicdo para apro- vagao do projeto e licenga de construcao, todas as alteragdes ¢ complementagées ne- cessérias, bem como a execugdo de obras e servigos destinados & mitigagao dos impac- tos decorrentes da implantagao do empreendimento, tais como: | ampliagao das redes de infra-estrutura urbana; Il = compensagao, em Area de terreno ou area edificada, destinada a instalagdo de equipamentos comunitérios em percentual compativel com a necessidade de atendi- mento da demanda a ser gerada pelo empreendimento; Ill - ampliagao © adequagao do sistema vidrio, faixas de desaceleragdo, ponto de Onibus, faixa de pedestres e seméforos; IV - protecao aciistica, uso de filtros e outros procedimentos que garantam a redu- go de ruidos dentro dos parametros permitidos por Lei; \V - manutengdo de iméveis, fachadas ou outros elementos arquiteténicos ou natu- rais considerados de interesse paisagistico, historico, artistico ou cultural, bem como re- ‘cuperagdo ambiental da area; VI- percentual de habitagao de interesse social no empreendimento; Vil - possibilidade de construgao de equipamentos sociais. Art. 72. A aprovagao do empreendimento ficard condicionada & assinatura de Termo de Compromisso (TC) pelo interessado, em que este se responsabiliza, integral- mente, pelas despesas decorrentes das obras servigos necessarios a minimizagao dos impactos decorrentes da implantaco do empreendimento e demais exigéncias aponta- das pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalizagéo do empreendimento, sendo ain- da observado que: | - 0 certificado de conclusao da obra e o alvaré de funcionamento s6 serao emiti- dos mediante a comprovagao da conclusdo das obras previstas no artigo anterior; Il - a elaboragao do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) ndo substitui o licencl- amento ambiental requerido nos termos da legislagao ambiental; Me para a instalagdo de Empreendimentos de Impacto, os moradores dos lotes circundantes, confinantes’¢ defrontantes serdo-necessariamente cientificados, atraves de publicagalp em jornal dé grande circulagdo, a dustaydo requerente, para apresentar oposi- ve 40 fundamentada, no prazo de 15 (quinze) dias, a ser apreciada pelo Poder Executive ‘Municipal, nos termos da Lei. IV’- dar-se-a publicidade aos documentos integrantes do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV), que ficardo disponiveis para consulta, no rade municipal competente, por qualquer interessado, assim como, sero fornecidas cépias do referide Estudo, quan- do solicitadas pelos moradores da area afetada ou suas associagoes; \V-0 Poder Executivo Municipal responsavel pelo exame do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) promovera audiéncia publica, antes de deliberar sobre 0 projoto, na forma da lei, com a presenca dos moradores da area afetada ou suas associagbes. SecdoV Do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) / Relatério de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) Art. 73. © Estudo de Impacto Ambiental (EIA) o instrumento necessério para a localizagao, construgao, instalagao, ampliagao, modificagao e operagdo de empreen mentos ¢ atividades que utilizem 1 recursos ambientais considerados efetiva ou potenciaimente poluidores: l- empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradacdo ambi- ental Art. 74, Para 0s casos ndo previstos om Lai, mas que se enquadrem no interesse do Municipio, o Poder Executivo Municipal podera exigir EIA/RIMA, observada a legisia- 0 Federal ¢ Estadual Art. 75. A exigéncia de EIA/RIMA por parte do Municipio envolve planos, projetos, programas, obras, a localizacdo, a instalag&o, a operagao e a ampliagdo de afividades ndo previstas em legislagdo federal ou estadual, onde sejam necessarios estudos mais aprofundados sobre os efeitos ambientais de empreendimentos. Paragrafo Unico - Serao obrigatoriamente realizados no territério municipal todos 08 investimentos decorrentes de Compromissos de Compensagao Ambiental exigidos em Lei, relativos a empreendimentos no municipio, que apresentem impacios ambientais inreversiveis. Segio VI Do Sistema Municipal de Areas Protegidas (SISMAP) Art. 76. © Sistema Municipal de Areas Protegidas (SISMAP), instituido nesta Lei, tem como objetivos: | - garantir a integridade de reas de relevante interesse ambiental de diferentes. classificagdes, entre elas; parques, pragas, Areas de Preservagdo Permanente (APP), Unidades de Conservacéo municipais, federais e estaduais etc; Il - incentivar a implantagéo de Reservas Particulares do Patriménio Natural (RPPN); < lil -fortalecer as condigdes para a protegao e recuperacao de Areas de Preserva- 80 Permanente (APP), remanescentes de Mata Ailantica e areas estuarinas, Art. 77. O Poder Executivo Municipal 6 o gestor das éreas de protegdo ambiental, ou de relevante interesse ambiental; § 1°, Para a gestéo de que trata o caput deste artigo, o Poder Executive Municipal poder recorrer ao apoio institucional de outras entidades publicas e da sociedade civil, agindo de forma compartithada. Art. 78. Os locais beneficiados pelo Sistema de Areas Protegidas do Municipio serdo prioritarios para o recebimento de compensagdes ambientais. Paragrafo unico - O Cédigo Municipal de Meio Ambiente regulamentara o funcio- namento do Sista Municipal do ‘Areas Protegidas (SISMAP), definindo diretrizes @ pro- XA cnicos para a criagdo de novas aypas protegidas 20 Segdo VII Da Outorga Onerosa do Direito de Gonstruir Art. 79. O Direito de Construir uma concessdo publica, facultada ao proprietario de terreno urbano, e limitado pelo coeficiente de utlizacao definido para cada zona do Municipio, '§ 1°. O cooficiente de utilizagao € um indice que, multiplicado pela area do terre- no, resulta na area maxima edificdvel. § 2° Para efeito de célculo de area edificdvel, esta Lei define no seu ANEXO VII 08 coeficientes de utilizagao para cada zona do municipio. '§ 3° Os coeficientes de utilizagao adotades para cada zona objetivam limitar a in- tensidade de adensamento construtivo a condigdes urbano-ambientais adequadas. Art. 80, O Direito de Construir podera ser outorgado onerosamente pelo Poder Executivo, através de “contrapartida’ financeira a ser prestada pelo empreendedor com as seguintes finalidades: | ~resgatar, para a coletividade, a mais-valia resultante de investimentos publicos realizados em determinadas areas do Municipi Il - compartilhar, com a iniciativa privada, os custos com investimentos em infra- estrutura para as reas de expanséo urbana, Art. 81. O Poder Executivo Municipal podera exercer a faculdade da outorga one- rosa no exercicio do direito de construir, mediante contrapartida a ser prestada pelo be- neficiério, definida por Lei Municipal, conforme disposigées dos artigos 28, 30 ¢ 31 da Lei Federal N°. 10,257/2001 - Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios & procedi- mentos definidos nesta Lei Art. 82. A Outorga Onerosa do Direito de Construir tem como premissa a faculda- de de 0 propriatario de terreno urbano construir acima do coeficiente de utilizagdo basico, mediante contrapartida a ser prestada pelo mesmo, definida em Lei Paragrafo Gnico. A Outorga Onerosa do Direito de Construir poderé ser negada ‘caso se verifique a possibilidade de impacto ndo suportavel pela infra-estrutura urbana existente, ou nos casos de comprometimento ao meio ambiente, Art. 83. O principal objetivo da outorga onerosa do cireito de construir é reverter & coletividade, a valorizacao imobiliaria resultante de investimentos puiblicos. Art. 84. O Municipio podera instituir outorga onerosa ao direito de construir, acima do definido pelo coeficiente de utilzacao, com as seguintes finalidades: 1 - regularizagao fundiaria; I- execugdio de programas e projetos habitacionais de interesse social; IIL -constituigdo de reserva fundiaria; IV - ordenamento e direcionamento da expansao urban: V - implantagao de equipamentos urbanos e comunitarios; VI- criagao de espagos publicos de lazer e areas verdes; Vil - criagao de unidades de conservagao ou protecao de outras areas de interes- se ambiental; Vill - protegao de areas de interesse histérico, cultural ou paisagistico Art. 85, A contrapartida a ser prestada pelo beneficidrio, decorrente da utilizagao deste instrumento, sera calculada sobre 0 acréscimo em metro quadrado de area edifica- vel. § 1°. Para efeito de calculo do valor da contrapartida sobre o metro quadrado ou- torgado onerosamente, sera tomado como base 0 valor venal do metro quadrado estabe- lecido na planta de valores, para efeito de langamento do IPTU. § 2°. A contrapartida de que trata o paragrafo anterior poderd ser prestada de for- ma financeira ou em obras e servigos com valores correspondentes. § 3°, Projeto de Lei do Poder Executivo Municipal estabelecera as condig6es a se- rem observadas\para a outorga onerosa do direito de construir, determinando coeficien- tes de ufiizagdo\basicos e maximos para cada zona do municipio, a formula de calculo para a cobranga 4 os et passiveis de isepgap do pagamento da outorga. \ / Art. 86. A Lei que regulamentaré a utilizagao da outorga onerosa podera permitir a utilizagao do coeficiente de aproveitamento além do basico, limitado ao coeficiente de aproveitamento maximo, definides para a zona, sem contrapartida financeira, desde que referentes as seguintes iniciativas: 1 - empreendimentos imobilidrios destinados a Habitagéo de Interesse So (His); * empreendimentos que promovam a recuperagao de areas ambientais degra- dadas, atestado pelo érgéio municipal responsavel, Hil- empreendimentos que promovam a preservagdo ou recuperagao de edificios ou conjuntos de relevante valor historico e cultural; IV - empreendimentos que promovam, comprovadamente, oportunidades de gera- ‘g40 de emprego e renda para a populagdo local. Art. 87. Nas hipoteses de utilizacdo deste instrumento a expedigo da licenga de construgdo dependeré de comprovagao da quitagae da contrapartida financeira exigida para fins da respectiva outorga, sendo que a referida quitagdo deverd ser providenciada em até 6 (seis) meses apds a aprovagao do projeto inicial ou de reforma. Pardgrafo unico. No caso de Outorga Onerosa do Direito de Construir quando de ‘Operages Urbanas Consorciadas, a contrapartida podera ser direcionada para investi- mentos da operacao, e os critérios de calculo deverao constar do plano da Operagao Urbana em questao, a ser aprovada por lei especifica, Sedo Vill Da Transferéncia do Direito de Construir (TDC) Art, 88. A Transfer€ncia do Direito de Construir tem as seguintes finalidades: | - preservar o patriménio histérico, ambiental, paisagistico e cultural; |I- implantar equipamentos urbanos e comunitarios, ou programas ¢ projetos habi- tacionais de interesse social; lil - beneficiar programas de regularizago fundiaria, urbanizagéo de areas ocupa- das por populagdes de baixa renda habitagdes de interesse social; IV - Proporcionar o aumento ou a redugdo de densidade populacional em determi- nadas Areas da cidade. Art. 89 - Lei municipal delimitara as areas onde incidirdo as Transferéncias do Di reito de Construir (TDC), enquadrando a incidéncia as finalidades previstas no artigo an- terior Segiio IX Do Direito de Preempgao Art. 90. O Direito de Preempedo tem a finalidade de conferir preferéncia ao Poder Executive Municipal na aquisig¢go de iméveis urbanos, para as finalidades definidas neste Plano. Art, 91. O Poder Executive Municipal podera exercer o Direito de Preempgao para aquisigo de imével urbano objeto de alienagaio onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal N°. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. Art, 92, Lei Municipal delimitara as areas em que incidira 0 Direito de Preempoao, observandb: | - a fixago de prazo de vigéncia, néo superior a 5 (cinco) anos renovavel por igual periodo, a partir de 1 (um) ano apés 0 decurso do prazo inicial de vigéncia; I-0 enquadramento de cada area em que incidira este direito a uma ou mais das finalidades enumeradas no art. 26 do Estatuto da Cidade; Ill - a notificagdo, pelo\Poder Executivo, ao proprietério do imével localizado em Area delimitada para o exercicio\deste direito, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias apos a vigancia os NT \ NY / 4 U : IV - a definigéo de outras condigdes para a aplicagdo do instrumento, tendo como base o Estatuto da Cidade. Art. 93. Os imSveis colocados a venda nas areas definidas deverdo ser necessa- riamente oferecidos ao Municipio, que tera preferéncia para aquisi¢ao, observando que: 1-0 proprietario devera notificar sua intengao de alienar o imével para que 0 Mu- nicipio, no prazo maximo de 30 (trinta) dias manifeste por escrito seu interesse em com- pra-to; Il - a notificagao mencionada na alinea acima ser anexada a proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisig4o do imével, da qual constarao: a) prego; b) condigées de pagamento; ©) prazo de validade. il - 0 Municipio, publicaré em érgao oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulagao, edital de aviso da notificago recebida nos termos deste artigo e da intencao de aquisigao do imovel nas condi¢ées da proposta apresentada; IV - transcorrido 0 prazo mencionado neste artigo sem manifestacao, fica 0 propri- etario autorizado a realizar a alienagao para terceiros, nas condigées da proposta apre- sentada; V - concretizada a venda a terceiro, o proprietario fica obrigado a apresentar ao Municipio, no prazo de 30 (trinta dias), cépia do instrumento puiblico de alienagdo do imé- vel. § 1°, A alienagéo processada em condigées diversas da proposta apresentada & nula de pleno direito. § 2°. Ocorrida esta hipotese, 0 Munici base de cdlculo do IPTU ou pelo valor in rior aquele. io podera adquirir 0 imével pelo valor da ido na proposta apresentada, se este for infe- Seco X Do Direito de Superticie Art. 94. O Direito de Superficie tem por finalidade permitir a concesséo de utili {go do imével urbano por tempo determinado ou indeterminado, gratuita ou onerosamen- te, através de registro publico no cartério de registro de iméveis. Art. 95. O proprietario de imével urbano podera conceder a outrem o Direito de ‘Superficie, por tempo determinado ou indeterminado, gratuito ou onerosamente, median- te escritura publica registrada no cartorio de registra de iméveis, conforme disposto nos arfigos 21, 22, 23 24 da Lei Federal N°. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. Art. 96. Somente seré permitido o Direito de Superficie quando a utilizagao a ser dada for compativel com as disposi¢ées ambientais € de uso @ ocupagdo do solo, estabe- lecidas nesta Lei, Segao XI Da Operagao Urbana Consorciada Art. 97. A Operagéo Urbana Consorciada € 0 conjunto de intervenges e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participagao dos proprietarios, mo- radores, usuarios permanentes e investidores privados, com o objetivo de: ||. promover a recuperago de locais decadentes e transformagées urbanisticas, estruturais; - proporcionar melhorias sociais; Ill inserir valorizagao ambiental; IV-- promover ampliagdo de espagos publicos; \-proporeiongy mehheriss de infa-estutura @ slater viro, rum determinado perimetro continuo if descontinuado, Vi - imp cas eratelens para q/ésenvolvimento urbano; h 2 VII otimizar areas envolvidas em intervengées urbanisticas de porte e reciclagem de areas consideradas subtilizadas; Vill - implantar programas de habitag&o de interesse social; 1X -- implantar espagos publicos; X.- valorizar e conservar o patriménio ambiental, historico, arquiteténico, cultural ¢ paisagistico; XI- ampliar e melhorar a rede estrutural de transporte piblico; XIl- methorar e ampliar a infra-estrutura e rede viaria estrutural. Paragrafo Unico - Fica 0 Poder Executivo Municipal autorizado a identificar e ne- gociar com os interessados, operagées urbanas consorciadas a serem submetidas 4 a- Provagdo pelo legislative municipal CAPITULO VI DOS INSTRUMENTOS DE PROMOGAO DO ACESSO AO SOLO Sogdo! Disposigaio Geral Art. 98. Para promogio do acesso ao solo o Municipio do Ipojuca utiizara os se- guintes instrumentos: |- politica municipal de habitagao; I plano municipal de habitagéo de interesse social (PMHIS); Ii) - zona especial de interesse social (ZEIS); IV-- plano urbanistico; V - cadastro municipal de habitagdo; VI- assisténcia técnica e juridica; VIll- concessao de direito real de uso (CDRU); Vill - concesséo de uso espacial para fins de moradia (CUEM); IX usucapiao especial de imovel urbano (individual ou coletivo); X - parcelamento, edificago ou utilizagéio compulsérios, XI- IPTU progressivo no tempo; XII - desapropriagéo com pagamento em titulos da divida publica; XIll - consorcio imobilidrio, Segao ll Da Politica Municipal de Habitagao Art. 99. A Politica Municipal de Habitagao do Ipojuca articular-se-4 com a Politica Nacional de Habitagdio de Interesse Social (PNHIS), integrando o Sistema Nacional de Habitagao de Interesse Social (SNHIS). Art. 100. Os Principios, as Diretrizes e os Objetivos da Politica Municipal de Habi- tago do Ipojuca partem da compreensao da problematica habitacional do Municipio e do recorte institucional, administrative e orgamentario, para definir instruments e mecanis- mos de promogao do acesso & moradia digna para todo cidadéo. ‘Art. 101. Sao Principios da Politica Municipal de Habitagdo | - garantia 4 moradia digna, como um direito constitucional do cidadao; Il - promogao da incluséo sécio-espacial, através da oferta e ampliagdo de condi- Ses de acesso a terra urbanizada e a moradia digna a todos os segmentos da popula- 40 ipojucana, principalmente os de menor renda; Hil - garantia do cumprimento da fungao social pela propriedade urbana, de forma @ regular 0 uso e ocupagao do solo ao interesse coletivo, combatendo os processos de valorizagao desequilibrada do solo urbano e sua retencdo especulativa; IV - fortaiecimento institucional do Poder Executivo municipal como regulador do mercado imobiligrjo 6 provedor de solo yfbano e de moradia para populagao ipojucana; 4 \V- garantia da participagao e controle social da Politica Municipal de Habitagao. Art. 102, Sao Diretrizes da Politica Municipal de Habitagdo: | - regulamentagao de instrumentos Urbanisticos @ Juridico-fundidrios, previstos na Constituicéo Federal ¢ no Estatuto das Cidades, com vistas ao fortalecimento da agao publica na promogao do acesso ao solo urbanizado, de forma a permitir: a) provisdo habitacional; b) regularizagao urbanistica e juridic ponténeos e das areas de urbanizagao precaria Il - regulamentagao de instrumentos e mecanismos de gestéo, previstos na Lei Federal N° 11.124/2005, sua regulamentacao no Decreto Federal N° 6.796/2006, com vistas a garantir a a) participagéio e controle social na elaboragdo, implantagao € monitoramento das ages, projetos e programas da PMHIS; ») integrago do Municipio ao Sistema Nacional de Habitagdo de interesse Social (SNHIS) Art, 103. Sao objetivos da Politica Municipal de Habitagdo no Ipojuca: | -instituir, como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), as dreas de urbani- zagéo precéria, passiveis de regularizacao urbanistica e juridico-fundiaria; 1 instituir a Usucapiéio Especial para Iméveis Urbanos, a Concessao do Direito Real de Uso @ a Concessao de Uso Especial para Fins de Moradia, como instrumentos de regularizagdo juridico-fundidria para as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); Ill - garantir a assisténcia técnica e juridica gratuita nas agdes de regularizagao urbanistica e juridico-fundiaria, a populaco de baixa renda moradora das areas de ura- nizagdo precaria; IV - utilizar instruments e mecanismos de combate a retencdo especulativa da propriedade imobiliaria, de maneira a possibilitar 0 acesso a terra urbanizeda, \V.- constituir parcerias puiblicas e piiblico-privadas, que proporcionem: a) aperfeicoamento e a ampliagao de recursos; b) desenvolvimento tecnolégico; ©) produgo de alternativas de menor custo e maior qualidade, compativeis com a realidade sécio-econémica e cultural local. VI- integrar programas, projetos ¢ agSes da Politica Municipal de Habitagéo com as demais politicas e agdes publicas de desenvolvimento urbano, econdmico e social municipais, intermunicipal, estadual e federal, favorecendo a implantacdo de ag6es inte- gradas e sustentaveis; VII - fortalecer e integrar os setores municipais responsdveis pelo planejamento e controle urbano, pela defesa civil, obras, satide e saneamento ambientais, objetivando: a) combate a ocupagées precarias em areas ambientalmente frégeis ou de risco; b) captagdo de recursos para a execugao da Politica Municipal de Habitacao, Vill - fortalecer e integrar os setores de planejamento urbano, assisténcia social, ‘engenharia ¢ juridico na prestagao de apoio técnico e juridico as localidades de assenta- mento precério, instituidas neste Plano como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS); IX ~ constituir fundos ¢ colegiados representativos como instrumentos de apoio A ‘gestio da Politica Municipal de Habitagdo; X = promover, através do Poder Executivo Municipal, o Plano Municipal de Habi- tagio de Interesse Social (PMHIS), como instrumento de implantagao da Politica Munici- pal de Habitagdo do Ipojuca. indiéria dos assentamentos precarios es- Segio Ill Do Plano Municipal de Habitagao de Interesse Social (PMHIS) Art. 104. O Poder Executivo Municipal promovera a elaborago do Plano Munici- pal de Habitagao de InteresSe Social (PMHIS), para atingir os seguintes objetivos: | - fortalecimento institucional para 0 desenvolvimento de agées, planos e progra- mas habitacionais, especialmente de interesse social; IL aptiddo do Municipio para captagao de recursos junto ao Sistema Nacional de Habitagao de Interesse Social (SNHIS) ¢ ao Fundo Nacional de Habitagdo de Interesse ‘Social (FNHIS); lil - a regulago de instrumentos @ mecanismos de gestao e de planejamento com vistas &: a) ampliagdo da capacidade de regulacao do uso e ocupagao do solo pelo Poder Executivo; b) cumprimento das fungdes sociais da cidade e da propriedade urbana; ©) enfrentar situagées fundidrias que implicaram e ainda implicam na redugdo da capacidade de acesso ao solo urbanizado para moradia, IV - 0 fortalecimento do controle social na gestéo da politica habitacional do ipio contendo. ‘Art. 105. Na elaboracgo do Plano Municipal de Habitagao de Interesse Social serdo exigidos: | diagnéstico ¢ analise da situagao habitacional; II definig&o de prioridades de intervengao; IIL elementos que reflitam os recortes socioeconémico, urbanistico e fundiario do Municipio; 1V- objetivos, metas, indicadores, ¢ instrumentos de planejamento e gestéo; \V - linhas programaticas; VI- recursos ¢ fontes de financiamento. Muni Segao IV Da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) Art. 108. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), estabelecidas nesta Lei, correspondem as parcelas do territério que apresentam uma situagdo de urbanizacao precéia resultante de processos informais de ocupagao do solo e da escassez de recur- 08 para investimentos piblicos. Art. 107. A Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) é 0 instrumento utilizado na regularizagao urbanistica e juridico-fundiaria de areas de urbanizago precdiria, perse- guinio os seguintes objetivos: |= fixar a populagdo e garantir o direi urbanistica; {il - implantar programas de habitagao de interesse social Art. 108. Serdo institucionalizadas como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), para integrar a estrutura urbana, os assentamentos de urbanizaggo irregular e precaria que sejam passiveis de regularizagao urbanistica e juridico-fundiaria e de im- plantagao de habitagao de interesse social, compreendendo: 1 - assentamentos espontaneos; Il -loteamentos irregulares existentes até a data de aprovagao deste Plano; Ill - loteamentos clandestinos existentes até a data de aprovacao deste Plano; IV - empreendimentos habitacionais, de interesse social, promovidos pelo setor pliblico ou em parceria com o setor privado ou associagées da sociedade civil Art. 109. O Poder Executivo Municipal podera encaminhar Projeto de Lei para a instituigéio de novas zonas especiais de interesse social A moradia de qualidade: Promover a regularizagao urbanistica ¢ juridico-fundiaria ¢ da requalificago G80 V Urbanistico Art. 110. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) ter8o sua regularizagéo urbanistica @ juridico-fundiaria orientada por um Plano Urbanistico, a ser desenvolvido pelo Poder Executivo Municipal, de modo participative e que devera conter, no minimo: | - diretrizes e parémetros urbanisticos para o parcelamento, uso e ocupaggo do solo, que considerem e se orientem pelas especificidades ambientais e a estrutura morfo- lagica ¢ tipolagica de cada area; Il - projeto de parcelamento, composto pelas quadras, pelo sistema vidrio e por reas destinadas a equipamentos piiblicos e areas verdes; Uil- projetos com as intervengdes necessérias a regularizagao urbanistica; IV - instrumentos @ procedimentos adequados para a regularizagao juridico- fundiariay V'- 0 numero de relocagées ¢ os iméveis com solo urbano ndo edificado, subutili- zado ou néo utilizado necessérios para fixagao das familias; VI- a delimitagao de espacos passiveis de serem ocupados de forma segura nas reas de risco, tais como: encostas, areas alagadas e faixas de rodovia, restringindo a ‘ocupagéo em locais onde nao forem possiveis medidas mitigatérias ¢ interditando-as ou utilizando-as, preferencialmente, como areas de uso comum. Segao VI Do Cadastro Municipal de Habitagao Art. 114. © Poder Executivo Municipal implantara e manteré atualizado um Ca- dastro Municipal de Habitagao, contendo, no minimo: 1 nlimero e perfil sécio-econémico das familias moradoras das areas Zonas Es- peciais de interesse Social (ZEIS) e demais Areas de urbanizagao precaria; i- ndmero de domicilios e estado de conservagéo das habitagdes; l- caracterizaco da infra-estrutura; IV - levantamento da situagao fundidria fundiario; \V- identificagao dos beneficiarios dos programas habitacionais de interesse soci- al. Paragrafo Gnico. O Cadastro Municipal de Habitagao dever compartilhar infor- mages com outros cadastros municipais, principalmente os cadastros imobilidrio e mer- cantil e os de programas sociais, entre eles os de sade e educagao, Segao VI Da Assisténcia Técnica e Juridica Gratuita Art. 112, O Poder Executivo Municipal, através de seus éraaos competentes, ofe- tecerd assessoria técnica ¢ juridica necesséria para a promogo de agées de regulariza- go urbanistica e de regularizagao juridico-fundiéria, prioritariamente nas Zonas Especi- ais de Interesse Social (ZEIS). Art. 113, O Poder Executive Municipal podera instituir um Nucleo de Assisténcia Técnica (NAT), formado por profissionais das dreas de arquitetura, engenharia, assistén- cia social e juridica, para apoiar a elaboracdo dos Planos Urbanisticos das Zonas Espe- ciais de Interesse Social (ZEIS). Segao VIL Dos Instrumentos de Regularizacao Juridico-Fundidria da Posse da Terra Art. 114. Sao instrumentos de regularizagao juridico-fundidria da posse da terra: |-Concessao do Direito Real de Uso (CDRU); Il - Concessao de,Uso Especial para Fins de Moradia (CUEM); IIl- Usucapiao Special do Inndvel Urbano. \ a §1°. A Concessao de Uso Especial para Fins de Moradia (CUEM), mencionada no Item Il, consiste no instrumento deciaratorio de aquisig&o da propriedade urbana, regula- mentada pela Medida Proviséria N°. 2.20/01, §2°. A Usucapizio Especial do Imével Urbano, mencionada no item ii, consiste o instrumento declaratorio de aquisicao da propriedade urbana, por sentenga judicial, regu- lamentado pela Constituigdo Federal, polo Cédigo Civil @ pelo Estatuto da Cidade. Subsecao! Da Concessio do Direito Real de Uso (CDRU) Art. 115. A Concessao do Direito Real de Uso (CDRU) consiste na forma de regu- larizagao de propriedade pablica em favor do privado que constitua familia de baixe ren- da, através da celebragao de contrato de concessao entre este e o Poder Executivo Mu- nicipal, observado o cisposto do Decreto-Lei Federal N° 274, de 28 de Fevereiro de 1967. Art. 118. © Poder Executive Municipal, na utiizagéo da Concessao do Direito Re- al de Uso (CDRU), observara as seguintes condigées: 1-0 lote concedido deverd possuir area de até 250,00m* (duzentos metros qua- drados) ¢ estar devidamente registrado no Cartério de Registro de iméveis da Comarca do Ipojuca; lo beneficiario nao podera ser possuidor de outro imével urbano ou rural. Art. 117. O Poder Executive Municipal utilizar a Concess&o do Direito Real de Uso (CDRU), prioritariamente, em favor de familias: | -residentes em lotes ja urbanizados; Il - residentes em assentamentos esponténeos, urbanizados ou em fase de urba- nizagao; Pil -selecionadas para receberem unidades habitacionas, em conunto habiiacio- nais implantados pelo Poder Executive Municipal, IV - selecionadas para receberem lotes urbanizados, em loteamentos implantados pelo Poder Executivo, Segio IX Do Parcelamento, Edificagiio ou Utilizagado Compulsorios Art. 118. Estardo sujeitos ao parcelamento, edificagao ou utiizagdo compulsérios, a tributagao progressiva no tempo e a desapropriagao, de que tratam o art. 182 § 4°, da Constituigéo Federal e o Estatuto da Cidade, os lotes ou glebas nao edificados ou subuti- lizados, que nao estejam atendendo a fungéio social da propriedade urbana nos termos desta legislagao e que ainda reunam as seguintes condigoes: - estejam localizados em areas dotadas de infra-estrutura urbana implantada por westimentos pliblicos ou privados, onde esta infra-estrutura resulte em sua valorizagéo imobiliaria; | - estejam localizados em area nao parcelada, ndo edificada, sem utilizagao ou subutilizada, se configurando impedimento ao crescimento equilibrado dos nicleos urba- 0 IIl- onde 0 seu parcelamento, edificagao ou utilzacdo possa promover o acesso a moradia e a servigos sociais e urbanos e/ou a geragao de trabalho, emprego e renda. Art. 119, O Poder Executivo Municipal podera exigir dos propriatarios de lote ou gleba, que nao cumpram sua fungao social nos termos desta legislagdo, que promovam 0 Seu parcelamento ou edificacao, observando os parémetros legais que definem as condi- ‘95es de urbanizago e expansao urbana equilibrada. Art, 120. Considerarp-se vazios os lotes ou glebas, ndo edificados, cuja utllizagao esteja em desagofdo com esta Lei cy Art. 121. Consideram-se subutiizados os lotes ou glebas cujos coeficientes de Utilizagdo no atinjam 0 minimo de 0,05 (cinco centésimos) e/ou edificagdes que estejam ‘comprovadamente desocupadas ha mais de 05 (cinco) anos, Art. 122. Identificados 0 imével sujeito ao parcelamento, edificagéo ou utilizagéo ‘compulsério, 0 Poder Executivo Municipal deveré notificar ao proprietario, para que pro- mova, no prazo de 01 (um) ano, 0 parcslamento, a edificago ou a utllizago do mesmo, observadas as condigdes estabelecidas nesta Lei, Art. 123 — O propristario notificade devera protocolar 0 pedido de aprovagao de parcelamento ou edificagao no Poder Executive Municipal, no prazo maximo de 01 (um) ‘ano, a partir da data de recebimento da notificagao. Paragrafo Unico - A transmisséo do imével, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior a data da notificagao, transfere as obrigacSes de parcelamento, edificagdo ou utilizagao previstas, sem interrupgao de quaisquer prazos. Art, 124, Apenas sero permitides até 02 (dois) novos pedidos de aprovacdo de projeto, para 0 mesmo lote, protocolados pelo proprietario, desde que néo tenha sido iniciado 0 empreendimento e nao tenha ultrapassado 0 prazo de 01 (um) ano, a partir do recebimento da notificagao. Art. 125. © parcelamento ou edificagao devera ser iniciado no prazo maximo de 02 (dois) anos a contar da data de aprovacao do projeto. Art. 126. A licenca de construgao do empreendimento, emitida pelo Poder Execu- tivo Municipal, 86 poderd ser renovada por no maximo 02 (duas) vezes. § 1°. Para os empreendimentos de grande porte, em cardter excepcional, poder ser prevista a conclusao em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda © empreendimento como um todo, § 2°. No caso previsto no pardgrafo a para cada etapa do empreendimento. Art. 127. No caso de Operagio Urbana Consorciada, a lei que a autorizar fixara as regras @ prazos especificos para aplicagao do parcelamento, edificagdo ¢ utilizagao compuls6ria a lcenca de construgao serd expedida Segiio X Do IPTU Progressive no Tempo Art. 128. Esgotado 0 prazo para o parcelamento, edificagao ou utiizagao compul- séria, o Poder Executive Municipal devera aumentar, de forma progressiva, a aliquota do IPTU do exercicio anterior até atingir o limite maximo de 15% (quinze por cento). Art. 129. A aplicagdo da aliquota progressiva ser suspensa imediatamente, por requerimento do contribuinte, a partir da data em que | - seja iniciado 0 process administrative de parcelamento; |l- seja iniciada a edificagao, utiizagao ou @ recuperacao, mediante licenga muni- cipal Art. 130, A aplicagao da aliquota progressiva sera testabelecida em caso de frau- de ou interrup¢ao, quando nao requerida e justificada pelo contribuinte. Art. 131. Lei municipal especifica dispora sobre os processos de interrupgao, sus- penséo ¢ restabelecimento da aliquota progressiva de que trata o pardgrafo anterior, e das penalidades cabiveis em caso de dole ou fraude. Segdo XI Da Desapropriagdo com Pagamento em Titulos da Divida Publica Art. 132. Caso a obrigagéo de edificar, parcelar ou utilizar, nao seja atendida no 0 Poder Executivo Municipal podera manter a cobranca pela ue se cumpra & referida obrigagdo, ficando garantida a desapro- priagao do imével, 6tn pagamento em titulos da divida publica, conforme previsto no art Es 182 § 4, inciso Ill, da Constituigéo Federal, em conformidade com a regulamentagao do Estatuto da Cidade. Art. 133. E vedada a concessao de isengdes ou de anistias relativas a tributagdo progressiva aplicada para fazer cumprir a fungdo social da propriedade, Art, 134, O Poder Executive Municipal, mediante prévia autorizagdo do Senado Federal, emitir titulos da divida publica, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, para pagamento do prego da desapropriagao. Art. 135. Os pagamentos em titulos da divida publica municipal serao efetuados ‘em 10 (dez) anos, mediante parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizago e os juros legais. Art. 136, O Poder Executivo Municipal procedera ao adequado aproveitamento do imével desapropriado no prazo maximo de 05 (cinco) anos, contados @ partir da sua in- ‘corporagao ao patriménio puiblico. Paragrafo unico. Os iméveis desapropriados sero ulllizados para a construgao de habitagées populares ou equipamentos urbanos, podendo ser alienados a particula- res, mediante prévia lcitagao. Art, 137. Fica mantida para o adquirente de imovel a obrigagéo de imediato parce- lamento ou utilizagdo expressamente referida na notificagao de que trata a Secdo IX des- ta Lei. Art. 138. No caso de alienagao, os recursos obtidos seréo destinados, prioritaria- mente, para: | - regularizagao fundiria; II - execugao de programas e projetos habitacionais de interesse social; lil - constituigao de reserva fundiaria; IV - ordenamento e direcionamento da expansdo urbana; V- implantagao de equipamentos urbanos e comunitérios; Vi-etiagao de espagos piiblicos de lazer ¢ areas verdes; Vill - criag&o de unidades de conservacéo ou protegdo de outras areas de interes- se ambiental; Vill - protege de areas de interesse histérico, cultural ou paisagistico. Art. 139. O Poder Executivo Municipal podera facultar ao proprietatio de rea a- tingida por estes instrumentos, através de requetimento, o estabelecimento de Consércio Imobiliério como forma de viabilizagao financeira do aproveitamento do imével. Paragrafo Gnico. A Prefeitura podera promover o aproveitamento do imbvel, dire- ta ou indiretamente, mediante concessao urbanistica ou outra forma de contratacdo. Segao XIl Do Consorcio Imobiliario. Art. 140, Considera-se Consércio Imobilidrio a forma de viabilizagdo de plano de urbanizagdo ou edificagéo por meio da qual 0 proprietario transfere ao Poder Executivo Municipal seu imével e, apés a realizagéo das obras recebe, como pagamento, unidades imobilidrias devidamente urbanizadas ou edificada § 1°. O valor atribuido as unidades imobiliarias a serem entregues aos proprieté- rios seré correspondente ao valor do imével antes da execugdo das obras. § 2°, O valor real desta indenizaoao devera: a) refletir 0 valor da base de calculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IP- TU), descontado o montante incorporado em fungao das obras realizadas, direta ou indi- retamente, pelo Poder Executivo, na area onde o mesmo se localiza; b) excluir do seu célculo expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros com- pensatérios. Art. 141. © Poder Executivo Municipal podera propor o instrumento do Conséreio Imobiliatio, além das situagdes previstas no Artigo 46 do Estatuto da Cidade, para viabili- zar empreendimentos habitacionais e outras intervengdes urbanisticas previstas nesta Lei. Art, 142. Os Consércios Imobilidrios, devidamente autorizados pelo Legislativo Municipal, deverdo ser formalizados por Termo de Responsabilidade e Participacao pac- tuado entre 0 propristario do imével e o Poder Executivo Municipal, visando garantir 2 ‘execugdo das obras necessarias ao empreendimento, bem como das obras de uso publi- £0, CAPITULO Vil DOS INSTRUMENTOS DE PROMOGAO DO CONTROLE E MONITORAMENTO DA GESTAO Art. 143. Para promocao do Controle e Monitoramento da Gestéo, 0 Municipio do Ipojuca utiizara como principal instrumento 0 Sistema de Monitoramento ¢ Gestao institu- ido nesta Lei. Art. 144. © Sistema de Monitoramento e Gestéo da Politica de Desenvolvimento Urbano do Ipojuca compreende o conjunto das instancias, processos gerenciais de parti cipagéio, monitoramento ¢ deliberagéo compartithados entre o Governo e a Sociedade Civil, composto por. | - érgo municipal responsavel pelo planejamento e implementagao das agées da Politica Municipal de Desenvolvimento Urbano; II conselhos setoriais; Ill - fundos setoriais para fomento do desenvolvimento urbano e seus conselhos gestores; IV - conferéncias da cidade. Art. 145. Para aplicagéo dos instrumentos definidos neste Titulo, 0 Poder Exe- cutivo Municipal observaré o disposto no ANEXO V desta Lei TITULO IV ESTRUTURA ESPACIAL E ZONEAMENTO CAPITULO! DISPOSIGOES GERAIS Art. 148. O zoneamento compreende o principal instrument de planejamento fisi- co-espacial do Municipio, por refletir a op¢ao estratégica para o ordenamento territorial, partindo da leitura dos principais problemas e potencialidades urbano-ambientais existen- tes nas diversas partes do territorio e dos impactos positives e negativos gerados pela dinamica sécio-econémica, com vista a: | orientar as ages ¢ os investimentos piiblicos e privados sobre o territério; Il - regular 0 processo de parcelamento, uso € ocupagao do solo, conformando a propriedade imobiliaria a sua fun¢ao social Art. 147. 0 zoneamento estabelecido nesta Lei tem como objetivos: | - garantir a equidade no acesso ao solo urbano, através da regulago do uso e ‘ocupagao do solo; U1 efetuar a requalificacgo urbano-ambiental das areas jé urbanizadas; Ill - promover o atendimento és demandas por urbanizagao; IV - induzir 0 proceso programaco de expanséo urbana; \V~ promover a qualificagao dos usos que se pretendem induzir ou restringir em cada area da cidade: VI- identificar os vazios urbanos onde se deseja parcelar e urbanizar, Vill - recuperar, conservar e proteger os recursos naturais existentes; Vill - dar tyatamento especial para ds, areas de interesse social, histérico-cultural, ambiental e eco) “rf fo } f) ( : 1X - garantir a regularizagao urbanistica e fundiaria das areas de ocupag&o preca- ria e em situagao de risco; XI - favorecer a compatibilizagao da intensidade de ocupagao do solo com a dis- ponibitidade de infra-estrutura; Xll - regularizar os usos para a preservagao da qualidade de vida ¢ do meio ambi- ente; Xill- dinamizar areas de centralidades e eixos de atividades miiltiplas existentes @ potenciai XIV - potencializar infra-estrutura @ ampliar e manter os espagos publicos; XV - regular as atividades incomodas @ os empreendimentos de impacto socioe- conémico e urbanistico Paragrafo nico. Para atingir os objetivos fixados no caput deste art amento contempla a definigao das diretrizes de parcelamento, uso e ocupagao do solo para cada parte do Municipio, estabelecidas nesta Lei CAPITULO II DA MODELAGEM ESPACIAL Secdo! Disposigées Gerais Art. 148. A modelagem espacial do Municipio do Ipojuca divide o territério em ma- crozonas, zonas e zonas especiais detalhada nos ANEXOS VI, Vile IX desta Lei, Art. 149. 0 territério do Municipio do Ipojuca divide-se em 02 (duas) macrozonas: |- Macrozona de Sustentabilidade Rural (MSR); I1- Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA). Subsegdo | Da Macrozona de Sustentabilidade Rural (MSR) Art, 150, A Macrozona de Sustentabilidade Rural (MSR) compreendendo a por¢do este do territério municipal & conformada por uma extensa area de cultivo da cana-de- aticar, permeada por estruturas naturais que garantem o equilibrio ambiental do territério © apresenta ampla rede de estradas vicinais, que permitem a conectividade entre os ni- cleos urbanos dando mobilidade e acessibilidade no tervtério municipal Paragrafo Unico. A Macrozona de Sustentabilidade Rural ter sua area geogréfi- ca delimitada no ANEXO IX (MAPA 1) ¢ descrita no ANEXO Xil desta Lei. Art. 151. 0 Poder Executivo Municipal observard os seguintes objetivos na gestéo da Macrozona de Sustentabilidade Rural (MSR): \ - garantir 0 desenvolvimento agroindustrial existente e proporcionar 0 desenvol- vimento econdmico do Municipio a partir desses recursos; Il - proteger as estruturas naturais remanescentes, com destaque para a Area de Protegéio de Mananciais, as Areas de Preservagao Permanente (APP) e os macigos de mata atlantica remanescentes lil - proporcionar estudos para criagao de éreas especiais, integrantes do Sistema Municipal de areas Protegidas, com destaque para os macigos vegetais remanescentes de mata allantica e 0 espelho d’agua projetado da barragem projetado do rio Ipojuca; IV - possibilitar a melhoria da rede de estradas vicinais, permitindo melhores con- digdes de: a) mobilidade; b) acessibilidade aos povoados e assentamentos; ©) circulagao de bens e mercadorias V - possibilitar a implantagdo de Zonas ndmicas, através de novos afranjos produtivos,, \ peciais para viabilizar atividades eco- ntralizados dos polos tradicionais. f 32 Subsegao I Da Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA) Art. 152. A Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA) compreende a porgao leste do Municipio, caracterizada por elementos fisicos e naturais que induzem e condicionam o processo de apropriagao espacial, com destaque para: |-0 sistema vidrio estruturador, composto por rodovias: a) estaduais; b) federais; ©) vias locas. II- 08 niicleos urbanizados de Sede municipal, dos distritos de Camela e Nossa Senhora do ©, e da orla; III 08 ecossistemas estuarinos, compostos por: a) mangues; b) rios; ©) faixa de praia Paragrafo Unico - A Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental tem sua area geografica delimitada no ANEXO IX (MAPA 1) e descrita no ANEXO XI desta Lei Art, 183. O Poder Executive Municipal observara os seguintes objetivos na gestao da Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA): | integrar os nucleos urbanizados dos distritos; Il conservar e proteger as estruturas naturais, com vistas ao equilibrio urbano- ambiental; Ill- ordenar 0 processo de expansao urbana. Segiio ll Do Zoneamento Art. 154, O zoneamento divide a Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA) nas 09 (nove) zonas: 1 zona de requalificagao urbana (ZRU), I~ zona de urbanizagdo preferencial 1 (ZUP~1), Ill- zona de urbanizagao preferencial 2 (ZUP-2); IV -zona de urbanizagao preferencial 3 (ZUP-3); \V- zona de equilibrio ambiental (ZEA), Vi-zona de sustentabilidade da orla (250); Vil - zona de interesse turistico (ZIT); Vil - zona de atividades industriais ¢ logisticas (ZAIL); IX zona de atividade portudria de SUAPE (ZAP). Paragrafo Unico - As zonas explicitadas no caput deste artigo tem seus parame- tros de parcelamento, uso e ocupaco do solo definidos no ANEXO Vil, suas areas geo- graficas delimitadas no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) e descritas no ANEXO XII desta Lei. Subsegao! Da Zona de Requalificagdo Urbana (2RU) Art. 155. A Zona de Requalificagao Urbana (ZRU) compreende areas de urbani- zago consolidada dos nucleos urbanos de Ipojuca Sede @ dos distritos de Nossa Senho- ra do O e Camela, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3 e 4) e descrito no ANEXO XII desta Lei, apresentando as seguintes caracteristicas: | - limitagdes a0 processo de expansao fisica, devido a forte atividade de cultivo de cana-de-agustr nas areas crcundantes aos nucleos urbanos; XQ ® |= lugares centrais conservando a morfologia original da formagao urbana, com o tragado orgénico e ocupagao diferenciada; lil - elevado nivel de adensamento construtivo, sobretudo nas areas periféricas, que se encontram ocupadas por assentamentos espontaneos de urbanizac&o precaria e caracterizadas pela existéncia de: a) situagdes de risco de alagamentos, declividade do solo e deslizamentos; b) auséncia de sistemas de saneamento basico. Art. 156. O Poder Executivo Municipal observara os seguintes objetivos na gestéo da Zona de Requalificacdo Urbana (ZRU): | - promover a regularizagao urbanistica e fundidria da ocupagdo existente, parti- cularmente nas areas: a) centrais, onde 0 conjunto edificado resguarda caracteristicas morfolégicas ¢ ti- polégicas de relevante interesse histérico-cultural; b) periféricas, onde a urbanizacdo é precari I= manter as condigées morfolégicas das areas centrais dos niicleos urbanos ¢ preservar as caracteristicas originais do conjunto edificado e da paisagem urbana original da cidad IIl- proteger e conservar iméveis e/ou conjuntos considerados de relevante inte- resse hist6rico-cultural; IV - proteger 0s recursos naturais, tais como cursos ¢ corpos d’agua ¢ macigos vegetais, garantindo condicSes amenas de conforto ambiental Paragrafo unico - A ZRU tem seus parémetros de parcelamento, uso e ocupag4o do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei. Subsegio I Da Zona de Urbanizagao Preferencial 1 (ZUP-1) Art. 187. A Zona de Urbanizago Preferencial 1 (ZUP-1) corresponde as areas ad- jiacentes aos niicleos urbanizados de Ipojuca Sede e dos distritos de Nossa Senhora do © @ Camela, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3 e 4) e descrito no ANE- XO XII desta Lei, onde as condigaes ambientais so favoraveis 4 expansao urbana Art, 158. A Zona de Urbanizacao Preferencial 1 (ZUP-1) cumpre um papel estra- tégico de indugao do proceso de expansdo urbana dos nticleos urbanos consolidados do Municipio. Art, 159. O Poder Executive Municipal observaré os seguintes objetivos na gestéo da Zona de Urbanizagao Preferencial 1 (ZUP-1): | - induzir 0 processo de expanséo urbana dos nticleos urbanizados através de pa- rametros urbanisticos adequados a dindmica imobildria e pela priorizacao de investimen- tos publicos e privados em infra-estrutura urbana; Il - atender a demanda reprimida por moradia, que compée o déficit habitacional do municipio e a demanda decorrente dos grandes investimentos previstos para 0 Com- plexo Industrial Portuario de Suape; concentrar investimentos publicos e privados na implantagao de conjuntos ha- . principalmente de interesse social Pardgrafo Unico - A ZUP 1 tem seus parémetros de parcelamento, uso e ocupa- go do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei e o Poder Executivo Municipal definira as diretrizes de apropriagao do solo, em particular sobre as areas de interesse para a pre- servagéo ambiental ¢ 0 sistema vidrio basico, a serem incorporados pelas plantas de lo- teamento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriacdo do solo na Zona, Subsecao Ill Da Zona de Urbanizagao Preferencial 2 (ZUP-2) Art, 160. A Zona de Urbanizagdo Preferencial 2 (ZUP-2) compreende areas pré- ximas aos nucleo: oe 1s dos Distritos Sede e de Nossa Senhora do O, conforme deli- 5 \ mitado no ANEXO IX (MAPA 1) ¢ descrito no ANEXO XII desta Lei, com condigdes am- bientais favordveis para a expansdo urbana destes niicleos. Art. 181. A Zona de Urbanizacao Preferencial 2 (ZUP-2) cumpre papel estratégico No processo de expanséo urbana dos niicleos urbanos consolidados do Ipojuca Sede e Nossa Senhora do O, com carater secundario, em relagao a ZUP-1. Art. 182. A Zona de Urbanizagao Preferencial 2 (ZUP-2) tem como objetivo orien- tar 0 processo gradual de expanséo urbana da cidade, na perspectiva de consolidacao de uma mancha urbana que integre os niicleos urbanos de Ipojuca Sede ¢ do Distrito de Nossa Senhora do ©. Paragrafo Unico - A ZUP 2 tem seus parametros de parcelamento, uso e ocupa- 40 do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei e o Poder Executivo Municipal definira as diretrizes de apropriagdo do solo, em particular sobre as Areas de interesse para a pre- servacao ambiental e 0 sistema vidrio basico, a serem incorporados pelas plantas de lo- teamento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriagdo do solo na Zona Subsegao IV Da Zona de Urbanizagao Preferencial 3 (ZUP-3) Art. 163. A Zona de Urbanizagao Preferencial 3 (ZUP-3) corresponde a porgéo do territério do Municipio, atualmente utiizada para 0 cultive de cana-de-agicar, com um perfil fundiério configurado por propriedades de grande porte, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPA 1) e descrito no ANEXO Xil desta Lei, apresentando condigées ambi- eniais favoréveis & ocupacdo urbana. Art. 164. A Zona de Urbanizagao Preferencial 3 (ZUP-3) cumppre, juntamente com a ZUP1 @ ZUP-2 0 papel estratégico no proceso de expansdo urbana dos nticleos urba- nos consolidados de Ipojuca Sede ¢ do Distrito de Nossa Senhora do 6. Art. 168, O Poder Executive Municipal observara os seguintes objetivos na gostio | da Zona de Urbanizagao Preferencial 3 (ZUP-3): 1 - orientar 0 processo gradual e programado de expansdo urbana na perspectiva da conexdo entre os niicleos urbanos de Ipojuca Sede e do Distrito de Nossa Senhora do {I garantir baixo nivel de adensamento no proceso de urbanizagao. Paragrafo Unico — A ZUP 3 tem seus parametros de parcelamento, uso e ocupa- ‘s40 do solo, definidos no ANEXO VI desta Lei e o Poder Executive Municipal definird as diretrizes de apropriagéo do solo, em particular sobre as areas de interesse para a pre- servacdo ambiental e o sistema vidrio basico, a serem incorporados pelas plantas de lo- teamento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriagdo do solo na Zona. Subsegio V Da Zona de Equilibrio Ambiental (ZEA) Art. 166. A Zona de Equilibrio Ambiental (ZEA) corresponde & poredo ceste do territ6rio municipal, sob influéncia do ambiente estuarino, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPA 1) ¢ descrito no ANEXO XII desta Lei, tendo como principais caracteristicas | - extensa malha hidrica, em especial, 08 cursos d’agua dos rios Ipojuca, Merepe, Maracaipe e Sirinhaém; |l- varzeas, manguezais ¢ éteas remanescentes de Mata Atlantica; Ill areas de protegdo ambiental iegaimente instituidas, tais como a) APA de Sirinhaém; b) RPPN de Nossa Senhora do Outeiro de Maracaipe. Art. 167. O Poder Executivo Municipal observard os segi da Zona de Equilibrio Ambiental (ZEA): | - preservar os ecossistemas naturais existentes, les objetivos na gesto Il proteger a§ Unidades de Conservacdo, notadamente: | gstadual N°. 9.931 de 14 \ a) a area gets os rios Sirinhaém e Maracaipe (Lei 1F 38 de dezembro de 1986); b) a RPPN de Nossa Senhora do Outeiro de Maracaipe (Portaria IBAMA N°, 58 de 26 de setembro de 2000), Il - proporcionar a criagao de novas Unidades de ConservagSo; V - incentivar atividades econémicas praticadas por populagées tradicionais, no- tadamente aquelas que sobrevivem da pesca artesanal; \V - dar utiizagdo estratégica para o turismo ecologico; VI- permitir a redugao dos impactos ambientais negativos sobre os ecossistemas naturais, através da: a) implantagao de agées mitigadoras e/ou compensatorias pelos empreendimen- tos_de impacto ambiental instalados na Macrozona de Equilibrio Urbano Ambiental (MEUA); b) requalificagao das Areas de Preservacdo Permanente (APP); ©)_implantagéo de Reservas Legais definidas pelo Codigo Florestal (Lei N°. 4.771165); d) incentivo a atividades de uso sustentavel dos recursos naturais; Vi - proporcionar a desocupacao programada e proibir os usos € ocupagSes ina- dequadas sobre dreas ambientalmente frageis, especialmente: a) as areas de preservagéo permanente (APP); b) os manguezais; ©) as varzeas; 4d) 0s estuarios; €) 0s remanescentes de Mata Atlantica Vill - definir parametros urbanisticos que possibilitem a preservagao dos ambien- tes naturais, 0 controle dos residuos, e a mitigacdo de impactos ambientais por empreen- dimentos implantados; 1X proporcionar a integracdo entre programas @ ages de gerenciamento costei- ro. Paragrafo unico - A ZEA tem seus parametros de parcelamento, uso e ocupago do solo, definidos no ANEXO Vil desta Lei e o Poder Executivo Municipal definird as dire- trizes de apropriago do solo, em particular sobre as areas de interesse para a presorva- 40 ambiental e 0 sistema vidrio basico, a serem incorporados pelas plantas de lotea- ‘mento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriagao do solo na Zona. Subsecao VI Da Zona de Sustentabilidade da Orla (ZS0) Art. 168. A Zona de Sustentabilidade da Orla (ZSO) corresponde & porgo do ter- Titério definida pela faixa litoranea, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPAS 1, 5, 6 € 7) descrito no ANEXO XII desta Lei, caracterizado pela existéncia de: | - niicleos urbanizados; Il ecossistema estuarino; Ill elevada potencialidade turistica, Art. 189. O Poder Executivo Municipal observara os seguintes objetivos na gestéo da Zona de Sustentabilidade da Orla (ZSO): |- preservar os ecossistemas naturais, notadamente as areas de: a) mangue: b) varzeas; ¢) remanescentes de Mata Atlantica; 4) areas de preservacdo permanente (APP); ©) praias; ) vegetacdo costeira; 9) alagados. |I- proteger osfemanescentes de Mata Atlantica; Wi - proj ipnar-a-requalificagaé dos atuais padrées urbgnisticos, através de no- \y <\ A [/ & 38 vas disposigées sobre 0 parcelamento, 0 uso e a ocupagao do solo, com redugao dos impactos negativos sobre 0 meio ambiente; \V - garantir 0 direito 4 moradia digna &s familias residentes nas areas de urbani- zagao precéria, através de agdes de regularizacao urbanistica e juridico-fundiaria con- templando, quando necessario, agées de re-assentamento de familias em areas com melhores condigdes ambientais; \V - preservar as caracteristicas morfolégicas ¢ tipolégicas originais da paisagem urbana original da Vila de Porto de Galinhas; Vi- priorizar atividades e equipamento turisticos e de lazer turistico; VII ~ garantir 0 acesso puiblico as praias. Paragrafo unico — A ZSO tem seus parémetros de parcelamento, uso ¢ ocupa- 40 do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei e 0 Poder Executivo Municipal definira as diretrizes de apropriagdo do solo, em particular sobre o sistema viario basico, a ser incor- Porado pelos pleitos de parcelamento do solo provenientes da iniciativa privada, para a apropriagao do solo na Zona Subsegao Vil Da Zona de Interesse Turistico (ZIT) Art. 170. A Zona de Interesse Turistico (ZIT) corresponde a faixa de terra locall- zada a beira mar, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPAS 1, 6 e 7) ¢ descrito no ANEXO XII desta Lei e cumpre fungo econdmica essencial para o municipio, Art. 171. O Poder Executivo Municipal observard os seguintes objetivos na gestao da Zona de Interesse Turistico (ZIT): | consolidar 0 municipio como destino turistico no cenario regional, nacional e in- ternacional; II -incentivar a implantago de atividades turisticas e de lazer balnedrio; Ill - fortalecer a cadeia produtiva do turismo, promovendo o encadeamento eco- némico e a inclus&o socioeconémica da populagao local, Art, 172, A ZIT tem seus parametros de parcelamento, uso e ocupacao do solo, definidos no ANEXO Vil desta Lei e o Poder Executive Municipal definird as diretrizes de apropriagao do solo, em particular sobre as areas de interesse para a preservagao ambi- ental, 08 acessos a praia e o sistema vidrio basico, a serem incorporados pelas plantas de parcelamento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriacao do solo na Zona Pardgrafo Unico - Os parmetros de uso e ocupagdo do solo da area da ZIT, ori- ginalmente de propriedade do Governo do Estado de Pernambuco, conforme delimitado nto ANEXO IX (MAPAS 1 e 6), serdo definidos em estudo especifico, a ser promovido pelo Poder Executivo Municipal e aprovado pela Camara Municipal, contemplando a defi- nigdo de percentuais de apropriagao do solo para preservacao ambiental para equipa- mentos turisticos. Subsegao Vill Da Zona de Atividades Industriais e Logisticas (ZAIL) Art, 173. A Zona de Atividades Industriais e Logisticas (ZAIL) correspondem as porgées do territério localizadas proximo aos Distritos Industriais existentes ¢ projetados, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPA 1) @ descrito no ANEXO XII desta Lei, com fungdo estratégica de suporte ¢ logistica as atividades nestes desenvolvidas. Art. 174. O Poder Executive Municipal observaré os seguintes objetivos na gestéo da Zona de Atividades Industrials e Logisticas (ZAIL): | - garantir suporte, através da implantagao de atividades de apoio, ao Complexe Industrial Portuario de SUAPE; Il - possibilitar, de forma estratégica, a instalagao de atividades de suporte logisti ‘co demandadas pelo Complexo Industrial Portuario de SUAPE; fen supore através da implantagao de atividades de apoio e logistica 20 ; 7 Vas we YN futuro Distrito industrial previsto proximo ao nucleo urbano do Distrito de Camela. Paragrafo tnico - A ZAIL tem seus parémetros de parcelamento, uso @ ocupagao do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei e o Poder Executivo Municipal definira as dire- {rizes de apropriagao do solo, em particular sobre as areas de intoresse para a preserva 40 ambiental e o sistema viario basico, a serem incorporados pelas plantas de parcela- mento produzidas pela iniciativa privada, para a apropriagdo do solo na Zona Subsegao IX Da Zona de Atividade Portuaria de SUAPE (ZAP) Art. 175. A Zona de Atividade Portuaria de SUAPE (ZAP) corresponde ao territério legal do Complexo Industrial Portuario de SUAPE, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPA 1) € descrito no ANEXO XII desta Lei, notabilizado pelas seguintes caracteristi- cas: | - concentragao de atividades industriais de relevante impacto € suporte a eco nomia local, estadual ¢ regional; Il atragdo de grandes investimentos piblicos e privados de expanséio e/ou supor- te as atividades econdmicas; I~ grandes impactos sécio-econémicos, territoriais ¢ ambient sengas: a) do porto ¢ sua estrutura logistica; b) de distritos industriais; 6) de areas de estuarios com presenga de manguezais e arrecifes; d) de remanescentes de Mata Atlantica e reservatérios. Art. 176. A ZAP tem seus parametros de parcelamento, uso e ocupagao do solo, definidos no ANEXO VII desta Lei ¢ 0 Poder Executive Municipal, ce forma associada & Empresa Suape, gestora do Complexo Industrial Portuario, observaré os seguintes obje- tivos na gestao da Zona de Atividade Portudria de SUAPE (ZAP): | = gestéo integrada entre os diversos entes federados e a sociedade civil Il -fortalecimento de usos e atividades industriais e portuarias; Ill - ufilizagao estratégica do Complexo Industrial Portuario de Suape para o de- senvolvimento sécio-econdmico do Municipio; IV - monitoramento das areas de recursos naturais para reduzir riscos de impactos negativos ao eco-sistema; \V - implantago de instrumentos de anélise, para definicao de ages mitigadoras de impactos ambientais negatives; VI- implantagao de programas e agdes de pesquisa cientifica visando a protegao do meio ambiente: Vil - manejo sustentavel dos recursos naturais utilzados pelos empreendimentos instalados neste territério, reduzindo a produgéo de residuos e a demanda por insumos; Vill - ampliagdo e implantagdo de infra-estrutura de tratamento de residuos; IX integragao entre programas ¢ agdes de gerenciamento costeiro. devido as pre- Segao Ill Do Zoneamento Esper Art. 177. Zonas especiais, compreendendo conjuntos especificos de protegao cul- tural e um eixo de desenvolvimento econémico, sujeilos a parametros urbanisticos ¢ a dirotrizes especificas, se classificam em: | - Zona Especial de Manutencao da Morfologia Original (ZEMO); - Conjunto Especial de Protegéo Cultural (CEPC); Ill Zona Especial de Interesse Institucional (ZEII); IV - Zona Especial de Interesse Social (ZEIS); V--Zona Espacial de Protegao Integral (ZEPI): do esonvelvimento Econémico (EDE); eee 38 Vil - Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR); Vill - Zona Especial de Atividade Industrial e Agroindustrial (ZEIA) Paragrafo Unico - As zonas relacionadas no caput deste artigo tém suas areas geograticas delimitadas no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) ¢ descritas no ANEXO Xil desta Lei. Subsecio! Da Zona Especial de Manutengao da Morfolos Original (ZEMO) Art, 178. A Zona Especial de Manutencao da Morfologia Original (ZEMO) com- preende as areas delimitadas no ANEXO IX (MAPAS 2, 3, 4 e 6), com seus perimetros descritos no ANEXO XII desta Lei, situadas nos niicleos urbanos de Ipojuca Sede, dos distritos de Nossa Senhora do © e Camela e no aglomerado original de Porto de Gal has, tem os seguintes objetivo: | preservar a meméria historica ¢ afetiva da populagao local; I~ conservar a paisagem configurada pelos edificios de relevante valor histérico- cultural; lil - manter a qualidade do meio urbano. Art, 179, © Poder Executivo Municipal elaborara planos de requalificagdo urbana para cada ZEMO, contendo no | - identificagao de iméveis passiveis de protegdo especial; Il condigées especiais para o parcelamento, uso e ocupago do solo; lil critérios para disciplinamento da publicidade; IV mecanismos de indugao ou controle de atividades econdmicas. Art, 180. O Poder Executivo Municipal observaré os seguintes objetivos na gestéo da Zona Especial de Manuten¢ao da Morfologia Original (ZEMO): | promover a manutengéo e valorizagao das caracteristicas morfolégicas e tipo- légicas originais de formagao dos nicleos urbanos; Il - favorecer a manutengao © valorizagao dos sitios delimitados pelo Plano de Preservagdo dos Sitios Histéricos do interior (PPSHI), elaborado pelo Governo do Estado de Pernambuco no ano de 1982. Art, 181. As Zonas Especiais de Manutengao da Morfologia, cujos parametros condicionantes de parcelamento, uso @ ocupacdo do solo sao definidos no ANEXO VII. Subsegdo I Do Conjunto Especial de Protegio Cultural (CEPC) Art, 182, © Conjunto Especial de Preservagdo Cultural (CEPC), instituldo por esta Lei, compreende: | 08 conjuntos edificados dos nicleos originais dos distros, povoados e vilas, composto, entre outros, por igrejas, capelas, conventos, casas dos romeiros, pragas € demais construgdes do entomo imediato; I~ os conjuntos remanescentes dos engenhos de agiicar, de arquitetura singular e significativa para a manutencao da identidade local da meméria coletiva; ilo patrimonio cultural de relevante expresséo artistica, historica elou paisagisti- ca, que requerem sua manutengao, restauraggo. Art. 183. O Poder Executivo Municipal observaré os seguintes objetivos na gestéo do Conjunto Especial de Protegao Cultural (CEPC): | identificar e proteger a identidade local e a meméria coletiva, considerando: a) a referéncia historico-cultural; b) importancia para a preservagdo da paisagern urbana e rural; ©) importancia para a manutengao da identidace dos distritos, povoados, vilas ou localidades; d) 0 valor estétiop formal ou de uso social relacionado com a afetividade por ele cid. /) 6 {| - preservar e conservar os bens histéricos e culturais, considerand. a) introdugo de altemativas econémicas para a sustental patriménio; b) geracao de oportunidades de trabalho e renda, Iil- implantar instrumentos de preservagéo compreendendo Inventérios, cadastros e fombamento municipal; IV - instituir instrumentos urbanisticos e tributarios em favor dos respectivos pro- prietarios desse patrimdnio, visando o estimulo pela preservacdo do imovel; Art. 184. Ficam instituidos como CEPC os seguintes conjuntos: | - CEPC | - Convento do Senhor Santo Cristo ¢ Casas dos Romeiros / Igreja de So Miguel; Il CEPC Il- Capela de Nossa Senhora do 0; Ill - CEPC Il - casario original de Camela (imbveis da quadra delimitada pela Rua Santo Anténio, Travessa da Boa Vista, Rua da Boa Vista, Rua do Cemitério e Rua sem denominagao). Art, 185. Os CEPC estéo delimitados no ANEXO IX (MAPAS 2, 3 ¢ 4) e desoritos lo ANEXO XII desta Lei ¢ serdo objetos de planos especificos com vista & conservacdo, restauragao e/ou reabilitagéo do patriménio, a serem promovidos pelo Poder Executivo Municipal, ouvido 0 érgao responsavel pelo tombamento. Art. 186. As edificagées integrantes dos Conjuntos Especiais de Protegao Cultural (CEPC) devem ser mantidas nas suas condigdes originais, apenas permitindo-se intervenges intemas sem modificagao na sua volumetria, nas fachadas e na coberta. Art. 187. Os projetos de intervencao de edificagées integrantes dos Conjuntos Especiais de Protegao Cultural (CEPC) estarao sujeitos a andlise especial pela Comissao de Andlise de Projetos Especiais (CAPE), devendo: 1 atender aos planos especificos de que tratam o artigo 185; l= no caso de ecificagdes tombacas, estar acompanhados de parecer favoravel a0 projeto emitido pelo 4rgao responsavel pelo tombamento. Paragrafo Unico. Poderd ser negada a licenga de reforma de iméveis que com- pem os CEPC, se for verificada que a obra poderd causar descaracterizagao do mesmo. Art. 188. Outros CEPC poderdo ser instituidos, através de Lei Municipal, a partir de estudos técnicos especificos. lade desse Subsecéio Ill Da Zona Especial de Interesse Institu nal (ZEI) Art. 189. A Zona Especial de Interesse Institucional (ZEll) compreende a area de- limitada pelas vias previstas no projeto de desvio da rodovia PE-60, no trecho que tan- gencia 0 nucleo urbano do Ipojuca Sede, conforme delimitado no ANEXO IX (MAPA 2) ¢ deserito no ANEXO Xil desta Lei, Art. 190, O Poder Executivo Municipal observaré os seguintes objefivos na gestéo da Zona Especial de interesse Institucional (ZEII) | - elaborar Plano de Ocupagao para regular 0 parcelamento, uso ¢ ocupagao do solo, permitindo-se apenas equipamentos comunitérios ¢ urbanos; Il promover a desocupagao da area e 0 re-assentamento das familias residentes; |i - garantir 0 Direito de Preempgao na aquisigao da gleba resultante, tendo em vista 0 seu interesse piblico. Pardgrafo Unico - © Poder Executivo Municipal definird em Piano Urbanistico 0 cordenamento da apropriagéo do solo, em particular o sistema viario basico, a serem in- corporados pelas plantas de parcelamento produzidas pela iniciativa privada, para a a- propriagéo do/solo na Zona. i) ubsegao IV Da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) 40 Art. 191. A Zona Especial de interesse Social (ZEIS) corresponde os assentamen- tos urbanos irregulares existentes no Municipio, sendo portadoras das seguintes caracte- risticas: | - ocupagao por populago de baixa renda; \l- passiveis de regularizagao urbanistica; IIL- livres de restrigdes ambientais e legais para regularizagao juridico-fundiaria, Art. 192. O Poder Executivo Municipal observard os seguintes objetivos na gestéo da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS): |.- garantir 0 direito constitucional & moradia; II - promover a incluséo sécio-espacial através da regularizagéo urbanistica @ ju dico-fundiéria, nas areas de: a) assentamentos espontaneos; b) loteamentos imegulares; ©) lotearnentos clandestinos. lil - ampliar as condigdes de acesso ao solo urbano susceptivel de ocupagao, re- duzindo a ocupagao irregular com moradia em logradouros puiblicos, encostas de morros, reas de protego permanente @ faixas de dominios de rodovias e ferrovias; IV - promover a integragdo territorial dos assentamentos urbanos iregulares ao tecido urbano da cidade, orientando a priorizagao de investimentos piblicos para a am- pliagdo da oferta de: a) infra-estrutura; ) servigos e equipamentos urbanos; ‘c) melhoria das condigées de: 11 moradia; 2.- acessibilidade e mobilidade, principalmente nas éreas de morros. V - promover a implementagéo de programas de Habitaggo de Interesse Social (HIS); VI - promover a redugao da situagao de risco, nas areas vulnerdveis a escorrega- mentos e alagamentos, priorizando: a) investimentos em obras de contengao; b) transferéncia de famifias, quando a situag&o de risco ndo puder ser mitigada, para éreas proximas as localidades de origem: Vil - constituir reserva fundiaria para promover o re-assentamento de familias si- tuadas em areas de risco, areas non aedificandi, ou sob intervengao urbanistica; Vill - ampliar a oferta de espagos e equipamentos de uso coletivo e Tecuperagao e manutengao dos jé existentes; 1X propiciar 0 acesso as linhas de crédito popular para a construgao e melhoria habitacional Art. 193. A ZEIS teré o seu planejamento e a regulatizagao urbanistica ¢ juridico- fundiaria definida em Plano Urbanistico promovido pelo Poder Executivo Municipal, que observara as especificidades dos padrées urbanisticos e a participagdio das comunidades beneficiarias contendo, no minimo: | - a delimitagao do perimetro de intervencao; Il as diretrizes ¢ parametros urbanisticos especificos para o parcelamento, uso ocupagéo do solo; ~ a proposta de parcelamento, com as intervengdes necessérias a regularizacao a; IV -'a indicagao do instrumento de regularizagdo juridico-fundiario, mais adequa- do, dentre os quait a) usucapiao especial do imével urbano; b) cna 10 do direito real de uso (CDRU); ¢) concesséo de uso especial para fins de moradia (CUEM), preferencialmente qm agoes men 4 etahiemento dos prozedimentasjuriicos necseséros; KP SFX estir na urbani “ \V - a delimitacao dos espacos passiveis de serem ocupados de forma segura, res- ‘ringindo a ocupagao nas areas onde o risco nao puder ser mitigado, interditando-as ou utiizando-as, preferencialmente, como areas de uso comum; VI- a Indicagéo das moradias a serem transferidas para outros locais e os imé- veis, com solo urbano nao edificado, subutilizado ou néo utiizado, necessérios para 0 novo assentamento das familias. ‘Art. 194. Ficam instituidas como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) as seguintes localidades: |= no Nucleo Urbano do Distrito SEDE: a) ZEIS Campo do Avido / Antonio Dourado Neto, delimitada no ANEXO IX (MA- PA 2) e descrito no ANEXO XIl desta Lei; b) ZEIS Vila Séo Miguel, delimitada no ANEXO IX (MAPA 2) ¢ descrito no ANE- XO Xil desta Lei; ©) ZEIS Capim Verde, delimitada no ANEXO IX (MAPA 2) e descrito no ANEXO XII desta Lei, I-10 Niicleo Urbano do Distrito de Nossa Senhora do O: a) ZEIS Sitio do Nestor, delimitada no ANEXO IX (MAPA 3) e descrito no ANEXO XII desta Lei; Ill no Ncleo Urbano do Distrito de Camela: a) ZEIS Alto da Caixa D’agua / Alto da Palmeira, delimitada no ANEXO IX (MAPA. 4) e descrito no ANEXO XII desta Lei; b) ZEIS Alto do Cemitério, delimitada no ANEXO IX (MAPA 4) ¢ descrito no ANE- XO XI desta Lei: ¢) ZEIS Alto da Compesa, delimitada no ANEXO IX (MAPA 4) e descrito no ANE- XO Xil desta Lei; IV-na Orla: a) ZEIS Soc6, delimitada no ANEXO IX (MAPA 6) e descrito no ANEXO XII desta Lei: b) ZEIS Salinas, delimitada no ANEXO IX (MAPA 6) e descrito no ANEXO XII desta Lei; c) ZEIS Pantanal, delimitada no ANEXO IX (MAPA 6) e descrito no ANEXO XII desta Lei; d) ZEIS Maracaipe, delimitada no ANEXO IX (MAPA 6) ¢ descrito no ANEXO XII desta Lei; €) ZEIS Serrambi, delimitada no ANEXO IX (MAPA 5) ¢ descrito no ANEXO XII desta Lei \V-fora dos Niicleos Urbanos’ a) ZEIS Ruropolis, delimitada no ANEXO IX (MAPA 2) € descrito no ANEXO XII desta Lei; b) ZEIS Bela Vista, delimitada no ANEXO IX (MAPA 2) e descrito no ANEXO XII desta Lei; ©) ZEIS California, delimitada no ANEXO IX (MAPA 2) @ descrito no ANEXO XII desta Lei. Art, 195. Os perimetros das ZEIS referidas no artigo anterior poderdo ser altera- dos a partir da elaboracdo dos seus respectivos planos urbanisticos. Art. 196. Poderdo ser criadas novas ZEIS por Lei Municipal, observados os se- guintes critétios: | - constituir assentamento ocupado, predominantemente, por familias de baixa renda que demandem: a) regularizagao urbanistica; b) regularizagao juridico-fundidria; C) implantagdo de habitagao de interesse social. |l- constituir area vazia destinada a programas de habitagao de interesse social Art. 197. O processo de criagdo de novas ZEIS deve ser coordenado pelo Poder Executivo Municipal, com acompanhamento do Conselho da Cidade (CONCIDADE). \ 4 \ | Art, 198. Nao podero ser transformados em ZEIS os assentamentos situados, exclusivamente, em areas de risco de desabamento ou de inundagao. ‘Subsegio V Da Zona Especial de Protegao Integral (ZEPI) Art. 199. A Zona Especial de Protegao Integral (ZEPI) corresponde a porgdes do territério com caracteristicas naturais relevantes, cuja protecdo integral, garante a manu- tengao e 0 equilibrio ambiental dos ecossistemas. Art. 200. Ficam instituidas como zonas especiais de protecdo integral (ZEPI): | - APA de Sirinhaém ¢ a RPPN Nossa Senhora do Outeiro, que compreendem a porgiio do terrtério detimitada pele: a) area de protegdo ambiental de Sirinhaém (APA Sirinhaémn); ') reserva particular do patriménio natural nossa senhora do outeiro (RPPN Nossa Senhora do Outeiro). II - Mata da Gamboa, que compreende a porgao do territério delimitada pela Mata da Gamboa. Paragrafo Unico - As ZEPI referidas no caput deste artigo tem suas areas geo- graficas delimitadas no ANEXO IX (MAPA 1 e 7) e descritas no ANEXO XII desta Lei Art. 201. Os condicionantes de parcelamento, uso © ocupagao do solo na APA de Sirinhaém e na RPPN Nossa Senhora do Outeiro, obedecerao as diretrizes definidas na Lei Estadual N° 9.931/86 de 11/12/1986, sendo vedado as seguintes iniciativas: - parcelamento para fins urbanos e ocupagao com edificagées, exceto para os /o- tes resultantes de projeto de parcelamento aprovado anteriormente a vigéncia desta Lei, |l- desmatamento ¢ movimentagao de terra a qualquer titulo; III fangamento de lixo urbano ou individual; IV - langamento de despejo liquido urbano ou industrial sem tratamento adequado, previamente aprovado pelo 6rgéo ambiental competente. Art. 202. O Poder Executivo Municipal observara os seguintes objetivos na gestéo da Zona Especial de Protegao Integral (ZEPI): 1- proteger a APA Sirinhaém e a RPPN Nossa Senhora do Outei Il promover o reflorestamento e a preservacdo da Mata da Gamboa; Ill- preservar os ecossistemas estuarinos em estado natural; IV coibir o corte e extracao de espécies vegetais e de mineraii \V.- coibir a degradaggo da qualidade ambiental, nas margens da rede hidrica exis- tente, ocasionados por assentamentos urbanos periféricos as areas urbanas da ola. Subsegao VI Do Eixo de Dinamizagao Economica (EDE) Art. 203. © Eixo de Dinamizagao Econémica (EDE) compreende as porgdes do territério municipal delimitadas por uma faixa de 500,00m (quinhentos metros) de largura, paralela e de ambos 0s lados da rodovia PE-060 e do anel viario metropolitano projetado pelo Governo do Estado de Pernambuco, medidos a partir da faixa de dominio dessas rodovias, destinado implantagao de empreendimentos | - apoio as atividades produtivas locais, especialmente, aos setores: industrial, comercial, turistico @ de servigos; Il- pequenos e médios portes geradores de economias de passagem, compativeis com o ambiente rodoviarro, Paragrafo Unico - Os Eixos de Dinamizagao Econémica tem seus parametros e condicionantes de parcelamento, uso e ocupagao do solo definidos no ANEXO VI, suas reas geograficas delimitadas no ANEXO IX (MAPA 1) ¢ descritos no ANEXO XII desta Lei. Art, 204. © Poder Executivo Municipal observara os seatintes objetivos na gestéo | - potencializar ambas as rodovias nomeadas no artigo anterior como eixos eco- nomicos estruturais de municipio; Il - possibilitar a desconcentracao dos investimentos publicos e privados voltados a atividades econémicas; = promover 0 encadeamento produtivo dos empreendimentos implantados ou previstos; IV - possibilitar a implantagao de pequenos ¢ médios empreendimentos voltados 20 apoio rodoviario, servicos, artesanato e demais empreendimentos solidarios; \V - criar economia de passagem a partir da implantagao de pequenos ¢ médios empreendimentos voltados ao apoio rodoviario, servigos, artesanato demais empreen- dimentos solidarios; \VI- ampliar as possibilidades de acesso a emprego e renda Paragrafo Unico - © Poder Executivo Municipal definira as diretrizes de apropria- ‘G40 do solo a serem incorporadas pelas plantas de parcslamento e implementagao dos empreendimentos, produzidas pela iniciativa privada, para a apropriagdo do solo no Eixo. Subsegao Vil Da Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR) Art. 205. A Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR) corres- ponde a area de assentamentos rurais de reforma agréria, legalmente definida pelo IN- CRA-PE ¢ assentamentos organizados pelo Fundo de Terras do Estado de Pernambuco (FUNTEP), organizadas ou no em movimentos sociais, séo destinadas ao fomento das seguintes atividades econdmicas associadas a: | - agricultura diversificad {1 agropecuaria; {il - agroindistria, em especial ao estimulo @ apoio & procugdo socialmente estru- turada da cana-de-agticar: Art. 206. Fica instituida a Zona Especial de Desenvolvimento Rural (ZEDR), con- forme delimitado no ANEXO IX (MAPA 1) e descrito no ANEXO Xil desta Lei. Art. 207. O Poder Executivo Municipal observard os seguintes objetivos na gestéo das Zonas Especiais de Desenvolvimento Rural Sustentavel: 1 - fomentar a produgao agricola © agropecuéria, compativel com 0 zoneamento agro-ecolégico do Municipio, para comercializagdo interna ¢ em escala metropolitana; Il proteger ¢ estimular a produgao agricola em escala familiar; IIl- buscar o atendimento em quantidade e qualidade da demanda oriunda do polo turistico; IV - integrar os assentamentos rurais a dinamica econdmica do muni \V- fixar 0 homem no campo; Vi- fomentar mecanismos de financiamento aos pequenos produtores; Vil - incentivar a criagao de organizagdes cooperativas e associativas e sua viabi- lizagao; VIIL- incentivar a integragao social e produtiva entre os assentamentos com vistas a0 aumento da eficiéncia econdmica, IX promover a integrago dos assentados pequenos produtores ao sistema de gestéo participativa municipal a partir da integracao entre 0 conselho de desenvolvimento rural sustentavel e 0 conselho da cidade (CONCIDADE). Art, 208, As regras de parcelamento, uso ocupagdo do solo da Zona Especial de Desenvolvimento Rural Sustentavel (ZEDR) sero definidas em plano especifico a ser elaborado pelo Poder Executivo Municipal, observadas as direttizes dos Planos de De- senvolvimento (PDA) dos assentamentos de reforma agréria, ‘Subsegao Vill idade Industrial e Agroindustrial (ZEIA) Especial de j { he “4 Art. 209. A Zona Especial de Atividades Industriais e Agroindustriais (ZEIA) cor- responde a porgao do territério, com localizagao estratégica destinada a instalagao con- trolada de alividades industriais, agroindustriais, atividades econdmicas estruturadoras € equipamentos de abrangéncia regional, com vista a; | - dinamizar @ fortalecer as cadeias produtivas existentes e potenciais no Ambito do Municipio e da regio; Il - promover inclusao espacial e sécio-econémica, através da geragdo de traba- Iho, emprego ¢ renda. Art. 210. O Poder Executivo Municipal desenvolverd estudos técnicos € de viabili- dade econémica para a delimitacdo de Zonas Especiais de Atividades Industtiais e Agro- industriais (ZEIA), preferencialmente, em territorios conformados: | pelo entroncamento entre a BR-101 e 0 anel vidrio metropolitano projetado pelo Governo do Estado de Pernambuco; Il - pelo entroncamento das rodovias estaduais: PE-060 @ PE-051, nas proximida- des do nucleo urbano de Camela. Paragrafo Unico — Os territorios indicados no caput deste artigo, onde serdo de- senvolvidos estudos técnicos ¢ de viabilidade econémica, estdo indicadas no ANEXO IX (MAPA 1) desta Lei. Art. 211. Devera ser considerado como elo estratégico das ZEIA 0 Complexo In- dustrial Portuatio de SUAPE. Art. 212. O Poder Executive Municipal observaré os seguintes objetivos na gestao das Zonas Especiais de Atividades Industriais e Agroindustriais (ZEIA): | - promover incentivos ¢ investimentos em infra-estrutura para implantagao de novas indistrias visando: a) dinamizagao da economia local; b) desenvolvimento regional: ¢) atragao de empreendimentos e reserva estratégica de area para consolidagao de novas zonas industriais e de comércio especializado, com usos diferenciados, a médio longo prazo. 1 possibilitar estudos de viabilidade econdmica para adequacdo das areas indus- itiais ao perfil das indistrias locais, prevendo o incentivo a re-locago de micro-indistrias existentes no nticleo urbano; IIl-- controlar e ordenar a implantagao de indiistrias de modo a evitar inadequa- Ges urbanisticas; IV - promover gotamento sanitario; \V - incentivar a instalagao de equipamentos especiais, estruturadores da dinamica socioecondmica regional, em especial 0s voltados a produgao, distribuicdo, comercializa- {40 € apoio logistico & produgao econdmica e cultural; ‘VI fomentar 0 desenvolvimento da atividade industrial e agroindustrial no ambi do Municipio, reconhecendo as cadeias produtivas locais, potenciais e existentes na rec ao. ra-estrutura adequada, em especial abastecimento de agua ¢ es- Vii- estruturar, através de parcerias, programas de capacitagao para a populagao, como forma de potencializar iniciativas econémicas solidarias locais, tais como’ a) micro-empresas; b) cooperativas; ©) associagées, Vill - viabilizar a ampliagdo de linhas de acesso 2o crédito, principalmente para as iniciativas locais, considerando a capacidade de geracao de trabalho, emprego e renda; DC - regular a implantagao das atividades de forma compativel com a estrutura ambiental da regio e com o recorte institucional e financeiro do Municipio, a partir de um Plano de Implantagao e Gestao da ZEIA, a ser promovido pelo Poder Executivo Municipal @ aprovado pela Camara Municipal ‘Art. 213,,A ZEIA seré regulada pelo Plano de Implantagao e Gestdo que contera no ini i 0 \ \ X\ AQ “ | - proposta de estruturagaio da ZEIA, indicando os investimentos necessarios para sua viabilizagdo e as medidas de mitigagao dos possiveis impactos ambientais gerados coma sua implantagao; Il - usos permitidos e parametros de ocupacao do solo, compativeis com a estrutu- ra ambiental e os mecanismos de controle ambiental; Ill - instrumentos de medi¢ao de possiveis ou comprovados impactos, dentre os quais: a) estudo de impacto de vizinhanga (EIV). b) estudos ambientais especificos, para os casos previstos em Lei; IV - instrumentos juridicos de concessdo de uso ou superficie, utlizando, prefe- rencialmente, 0 Contrato de Concessao do Direito de Superticie; \ - contrapartidas prestadas pelas empresas @ serem instaladas na implantagao de infra-estrutura e na contratagao de mao-de-obra local; VI- beneficios fiscais passives de concess4o; Vil -linhas de crédito, CAPITULO Ill DO PERIMETRO URBANO E RURAL Segdo! Do Perimetro Urbano Art. 214. © perimetro urbano do Municipio do Ipojuca compreende a porgao do territério destinada a consolidar ¢ expandir a cidade, observando adequada relagao entre: |-as dreas ja ocupadas com estruturas fisicas; Il as 4reas ambientalmente passiveis de ocupagao com estruturas fisicas; lll - as areas de recursos nalurais remanescentes a serem preservadas para ga- rantir o desenvolvimento ambientalmente equilibrado. Art. 215. O perimetro urbano do Municipio do Ipojuca compreende os niicleos & suas reas de expansdo situadas na Macrozona de Equilibrio Urbano-Ambiental (MEUA), conforme delimitado no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3, 4, §, 6 € 7) @ descritos no ANEXO XII desta Lei ‘Art. 216. A propriedade que for cortada pelo perimetro urbano somente teré como urbana a rea englobada por este, salvo se a parte remanescente de terreno possuir érea inferior a0 médulo rural, ocasiao em que a propriedade sera considerada, urbana em toda a sua extensao. Art. 217. © perimetro urbano de Municipio do Ipojuca compreende: |- areas urbanas (AU); Il &reas de expansao urbana (AEU), Il- dreas nao urbanizéveis (ANU). Subsego! Das Areas Urbanas (AU) Art. 218. As areas urbanas (AU) compreendem as de urbanizagao ja consolidada @ tem suas areas geograficas delimitadas no ANEXO IX (MAPAS 1, 2, 3, 4, 5, 6 @ 7) @ descritas no ANEXO XII desta Lei. ‘Art. 219, As areas urbanas compreendem as porgies do tertitério delimitadas nesta Lei pelas | - Zona de Requalificagio Urbana (ZRU), I - Zona de Sustentabilidade da Orla (ZS); Ill Zona de {nteresse Turistico (ZIT) j IIl- Zong de \Atividade Portuaria de SUAPE (ZAP). ; PEE \y V7 «6 £ fA ‘Subsego Il Das Areas de Expansdo Urbana (AEU) Art, 220. As 4reas de expanséo urbana (AEU) compreendem as reas contiguas as areas urbanas e ambientalmente passiveis de urbanizagao e tem suas areas geogréfi- cas delimitadas no ANEXO IX (MAPA 1) e descritas no ANEXO XII desta Lei. Art. 221, As dreas de expansao urbana compreendem as porgées do territorio delimitadas nesta Lei pelas: \ Zona de Urbanizagéo Preferencial 1 (ZUP-1); Il- Zona de Urbanizagao Preferencial 2 (ZUP-2); Il Zona de Urbanizacao Preferencial 3 (ZUP-3); IV- Zona de Equilibrio Ambiental (ZEA); \V-Zona de Atividades Industriais Logisticas (ZAIL). ‘Subsegao Ill Das Areas Nao Urbanizaveis (ANU) Art. 222. As areas néo urbanizaveis (ANU) compreendem aquelas de recursos naturais remanescentes e passiveis de recuperagao e/ou preservacao. Art. 223. As 4reas nao urbanizaveis, compreendem as porgées do territorio delimi- tadas pela Zona Especial de Protegdo Integral (ZEP!), conforme o ANEXO IX (MAPA 1) ¢ descrito no ANEXO XIl desta Lei Sego Il Do Perimetro Rural Art, 224. © perimetro rural do Municipio do Ipojuca compreende a porgao do terri- tério, compreendida na Macrozona de Sustentabilidade Rural © destinada a atividades agroindustriais, conforme o ANEXO IX (MAPA 1) e descrito no ANEXO XII desta Lei, ‘observando adequada relacdo entre: | - as areas ambientalmente passiveis de ocupagao com atividades agro-siivo- pastoris; Il - e as dreas de recursos naturais remanescentes e passiveis de preservagao para garantir 0 desenvolvimento ambientalmente equllibrado. TITULO V EE DISCIPLINAMENTO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAGAO DO SOLO CAPITULO | CLASSIFICAGAO DOS USOS Art, 225. Os usos classificam-se nas seguintes categorias: | -residencial; Il- ndo-residencial; iL misto. Art, 226. Considera-se residencial 0 uso destinado & moradia Art. 227. As edificagdes de uso residencial classificam-se nas seguintes tipologi- as: {— edificagdo residencial unifamiliar, I- edificagao residencial multifamiliar; Art. 228. O uso residencial pode se dispor nos lotes de forma isolada ou na forma {\de cepa: has seguintes tipologias: |\ ¥ : Vue \ x \ sx | - residencial unifamiliar isolado; Il condominio vertical; Ili- condominio horizontal; IV- condominio vertical em conjunto. Art. 229. Para os efeitos desta Lei considera-se: | - uso residencial unifamiliar isolado aquele destinado a moradia de uma unica familia; |i - condominio vertical, 0 edificio de apartamentos, composto por mais de uma u- nidade residencial unifamiliar sobrepostas e/ou justapostas; {il - condominio horizontal, 0 conjunto composto por mais de uma unidade resi dencial IV - condominio vertical em conjunto, o conjunte composto por mais de um edifi- cio de apartamentos. Art, 230. Em qualquer das tipologias citadas no inciso | do artigo 227 a unidade de moradia se compée, no minimo, de 01 (um) cémodo comum e 01 (uma) unidade sanité- via, Art, 231. Considera-se uso néo-residencial aquele que no contempla a atividade de moradia, destinando-se ao exercicio de atividades comerciais, de servicos, industriais, institucionais, de cultura, lazer, recreagao e outras. Art. 232, considera-se misto 0 uso constituido por atividades residenciais € néo- residenciais, dentro do mesmo lote ou edificagao. Art. 233, Os usos estabelecidos neste Capitulo observardo as disposigées desta Lei, explicitadas nos ANEXOS Ill, IV-A, 1V-B, Vile VII. CAPITULO I DOS PARAMETROS URBANISTICOS Segdo! Da Disposi¢do Geral Art. 234, Esta Lei estabelece os seguintes parametros urbanisticos, reguladores do parcelamento, uso e ocupagao do solo. 1 late minimo; I= testada minima, Ill coeficiente de aproveitamento; IV- taxa de solo natural; \V - taxa de ocupagao; VI- gabarito; Vil - afastamentos frontal, lateral e de fundos. Art. 235. Os parametros ¢ condicionantes de Parcelamento, Uso ¢ Ocupacio do Solo esto definidos no ANEXO Vil desta Lei Segio ll Do Lote Minimo e da Testada Art. 236. Lote Minimo é aquele de menor dimenséo medida em metros quadrados (m?) tratando-se de lote ou gleba resultante de parcelamentos ou desmembramentos. ‘Art. 237. Testada Minima é a menor extensdo expressa em metro linear (m) cor- respondente divisa do lote ou gleba com o logradouro publico que Ihe da acesso. : Segio Ill (Do Coeficiente de Aproveitamento y\ \ \ 7 42 Art, 238. Coeficiente de Aproveitamento é o indice que, multiplicado pela area do terreno, resulta na rea maxima de construgao permitida, estabelecendo o total de metros quadrados que podem ser construidos no lote ou gleba, exceto para Zona de Sustentabi- lidade da Orla (ZSO), onde a area maxima de construcao permitida, em metros quadra- dos, sera calculada airavés de formula especificada no ANEXO VII desia Lei. ‘Art. 239, Para efeito desta Lei e de utiizagao dos instrumentos da Outorga One- rosa do Direito de Construir e da Transferencia do Direito de Construir, o Poder Executivo Municipal podera estabelecer Coeficientes de Aproveitamento acima dos definidos, para cada zona, no ANEXO VII desta Lei, através de Lei Municipal. Art. 240, O calculo da area total de construgdo permitida pelos Coeficientes de Aproveitamento computaré todos os pavimentos da edificagao, com todos os elementos compartimentos que os compéem. §1°. Excetua-se do disposto no caput deste artigo, para os usos nao-residenciais € condominios verticais, a area do pavimento cobertura, quando este for de uso exclusivo da casa de maquinas de elevadores e reservatorios ¢ a cobertura da edificagao @ a area destinada 4 garagem ou estacionamento. §2°, A area destinada & garagem ou estacionamento, tratada no paragrafo primet- ro, sera calculada considerando-se uma area de 25,00m? (vinte e cinco metros quadra- dos) por vaga, destinada 4 guarda do veiculo, circulagao e manobra. '§3°. A planta do pavimento destinado a garagem ou estacionamento deverd cons- tarda representacdo grafica do sistema interno de circulagao e manobra. §4°. As vagas deverao ser numeradas, sendo permitidas vagas duplas enfileira- das, desde que vinculadas a uma mesma unidade residencial. '§5°. O sistema intemo de circulacdo e manobra devera ser dimensionado de ma- neira a permitir as manobras necessaries e garantir 0 acesso a vaga, observando os pa- rémettos definidos do Codigo de Obras Municipal Segio IV Da Taxa de Solo Natural e da Taxa de Ocupagdo Art. 241. Taxa de Solo Natural é 0 percentual minimo de area do fote ou gleba a ser mantido com suas caracteristicas naturais, livres de impermeabilizagao, favorecendo: |-a absorgdo das aguas pluviais, l- a ampliagdo da cobertura vegetal ¢ a valorizagao paisagistica ambiental. Art. 242. Taxa de Ocupagao € 0 percentual maximo de area ocupada pela proje- ‘go vertical da edificagao sobre o plano horizontal do lote ou gleba Paragrafo Unico - Entende-se por projegao vertical da edificagdo a area de con- torno do pavimento térreo, mesmo que ele nao tenha elementos de fechamento para o exterior. SegioV Do Gabarito e dos Afastamentos Art, 243. Gabarito é a altura maxima da edificagdo, definida no ANEXO VII, consi- derando que 0 pé direito de cada pavimento fique compreendido entre 2,60m (dois me- tros @ sessenta centimetros) € 3,00 ({rés metros). Paragrafo Unico — A altura maxima de uma edificagdo, estabelecida no ANEXO Vil, considera a distancia tomada em metro linear entre a soleira do piso de ingresso ao imével e a linha horizontal passando pelo ponto mais alto da edificago, excluindo-se a caixa agua. 144. Afastamento é a distancia minima que deve ser mantida entre a edifica- inhas divisérias do lote ou gleba, expresso em metro linear, constituindo-se em rento Frontal, Lateral ¢ de Fundos. \ ” § 4° - Quando 0 plano da fachada ndo for paralelo a linha diviséria do terreno, 0 afastamento sera tomado a partir do ponto médio da fachada, num segmento de reta perpendicular a divisoria correspondent. § 2°- O afastamento tomado de acordo com 0 determinado no parégrafo anterior proporcionara distancia variada entre a fachada inclinada em relagdo a divisoria do terre- no, nao podendo o afastamento menor ser inferior a 1,50 (um metro ¢ cinqiienta centime- tros). CAPITULO Il USOS E ATIVIDADES GERADORES DE INCOMODIDADE Art, 245. Sao considerados usos e atividades geradoras de incomodidade aqueles previsios no ANEXO IV-A desta Lei Art. 246. A instalagao de usos geradores de incomodidade dependeré do cumpri- mento as exigéncias estabelecidas no ANEXO IV-A e demais disposicoes desta Lei Art. 247. As atividades atraentes de tréfego deverdo dispor de estacionamento na proporgdo determinada nesta Lei, e local para carga e descarga, ambos localizados, ne- cessariamente, no interior do imével. § 1°. As atividaces geradoras de ruidos deverdo apresentar projeto de tratamento actistico em observancia aos parametros definidos no ANEXO IV-B desta Lei § 2°. As atividades geradoras de odores e residuos liquidos ou sélidos deverdo apresentar licenga de instalag&o dos érgaos responsdveis pelo controle ambiental. § 3°. Caso seja verificada a impossibilidade de localizagao destes elementos no interior do lote, devera ser apresentada solucao técnica adequada, externa ao lote, defi ida em estudo de impacto ambiental aprovado pelo érgao ambiental do competente, CAPITULO IV NORMAS TECNICAS PARA PARCELAMENTO DO SOLO Segio! Do Parcelamento Art. 248, O Parcelamento do Solo no Municipio do Ipojuca, regido pelas legista- goes, Federal e Estadual, pertinentes ¢ pelas disposigdes desta Lei compreende | -loleamento; II - desmembramento; Ill - remembramento. Art, 249. Nao poderdo ser parcelados: | - terrenos alagadicos e sujeitos a inundagdo, antes de tomadas as providéncias para assegurar a drenagem das aguas. I~ terrenos que tenham sido aterracos com material nocivo a satide publica, a menos que tenham sido previamente saneados; lil terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), exceto nos ‘casos em que sejam executadas obras necessérias que atenuem os efeitos dessa decli- vidade, devidamente, licenciadas pelos érados responsaveis pelo controle ambiental. ‘Art. 250. Serdo objetos de andlise especial, os parcelamentos: |= que compdem os nucleos urbanos e vilas, pré-existentes a esta Lei, mesmo que ndo atendam as disposigées aqui fixadas, instituidos ou ndo como zonas especiais de manutengao daMorfologia ie (ZEMO), como forma de preservar: ido urbano; dro morfolégico original. Vow Il - considerados ilegais, clandestinos e/ou iregulares, anteriores a esta Lei e que nao atendam aos requisitos aqui dispostos, desde que instituidos como zonas especiais de interesse social (ZEIS), como forma de promover: a) integragao ao tecido urbano adjacente; b) regularizagdo juridico-fundidria Art, 251. Os assentamentos habitacionais na forma de condominio horizontal Conjunto habitacional, estao sujeitos as exigéncias urbanisticas definidas nesta Lei. Art. 252. Nas zonas especiais de interesse social (ZEIS) o parcelamento do solo obedecera aos parémetros urbanisticos estabelecidos no seu respectivo Plano Urbanis- tico considerando, preferencialmente, os padrées minimos de parcelamento, estabeleci- dos no ANEXO Vil desta Lei Segao Il Das Espécies de Parcelamento Art. 253. © parcelamento da categoria loteamento constitui a subdiviséo de uma gleba em unidades imobilérias autonomas (lotes), observando: |-a abertura de novas vias de circulago; Il -@ eriagao de logradouros puiblicos; IIl- destinagao de percentual equivalente a rea total da gleba, conforme disposto ‘no ANEXO VII destinado a: a) implantagao de equipamentos urbanos comu b) areas verdes; ©) implantagao de Sistema Vidrio. § 1°. Consideram-se comunitérios os equipamentos piiblicos de: a) educagaio; ») cultura; ©) satide; d) lazer similares. § 2°. As éreas destinadas a equipamentos urbanos comunitérios ndo poderio a- presentar declividade superior a 15% (quinze por cento). § 3° O sistema vidrio, a excegéo das vias situadas em Zonas Especiais de Inte- resse Social, deveré obedecer. | - declividade minima de 0,5% (zero virgula cinco por cento) e maxima de 17% (dezessete por cento); Il - para as vias principais, largura total minima de 12,00m (doze metros) sendo 7,00m (sete metros) de faixa de rolamento para veiculos e 2,50m (trés metros e cingilen- ta centimetros) de largura para cada passeio; I~ para as via secundarias, largura total minima de 10,00m (dez metros) sendo 7,00m (sete metros) de faixa de rolamento para veiculos e 1,50m (um metro e cinguenta / centimetros) de largura para cada passei § 4°. Fica estabelecida a testada maxima das quacras igual a 250,00m (duzentos @ cingiienta metros) e profundidade maxima de 100,00m (cem metros). | Art. 254, Os loteamentos 86 poderdo ser comercializados dispondo de: |-- sistema vidrio, com drenagem das aguas pluviais; Il rede de energia elétrica; Art. 255. O dimensionamento dos lotes deverd obedecer aos padrées de parce- lamento estabelecidos no ANEXO VIL Art. 256. © parcelamento da categoria desmembramento constitul a subdivisdo de uma gleba em unidades imobilidrias aulénomas, desde que nao implique na abertura de novas vias ¢ logradouros pablicos: ‘Art. 287. O parcelamento da categoria remembramento constitui a jungao de dois ‘u mais lofes ou glebas numa Gnica unidade. Paragrafo Unico — A solicitagao de remembramento de lotes deve ser acompa- fem relacdo a finalidade e ao so do solo pretendido. \\ : CAPITULO V DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS Segao! Dos Loteamentos Art, 258. O processo de aprovagao dos projetos de parcelamento obedecera aos seguintes procedimentos administrativos | consulta prévia ao drgéo técnico estadual do sistema de gestdo da Regiéo Me- ‘ropolitana do Recife, ficando dispensados os desmembramentos de lotes situados em loteamentos ja aprovados e de lotes com area inferior a 1,00 ha (um hectare); {1 ficenga previa de loteamento junto ao 6rgdo estadual responsavel pelo licenci- amento ambiental; II consulta previa a Prefeitura Municipal do Ipojuca; IV - licenga de implantagdo de loteamento junto ao érgao estadual responsavel pela gestdo ambiental e de outros érgaos que a Prefeitura julgar necessario & aprovacdo do paroelamento, considerando suas especificidades. Art, 259. Antes da claboragdo do projeto de loteamento o interessado devera so- licitar ao Poder Executive Municipal a expedi¢ao das normas técnicas e dos parametros de parcelamento do solo previstos para a zona em que se situa a gleba a ser loteada através dos seguintes documentos: | = requerimento ao drgdo competente da Administragdo Municipal; 11 titulo de propriedade da gleba a ser loteada; |il- certidao negativa de débitos (CND), junto a Fazenda Municipal, IV - planta do imével em 02 (duas) vias preferenciaimente nas escalas 1:1.000 ou 18.000, assinadas por profissional habilitado e inscrito na Prefeitura contendo, no mini- mo, as seguintes informagdes: a) limites e divisas da gleba a ser loteada; b) curvas de nivel a cada 2,00m (dois metros); ¢) orientagdo da gleba, sua localizagao e situago completa; 4) localizagao de cursos e corpos d'agua, macigos vegetais e construgées existen- tes; €) indicagao dos arruamentos contiguos a todo o perimeiro, a localizagao das vias de comunicago, das areas livres ¢ dos equipamentos urbanos e comunitarios, e- xistentes no local ou em suas adjacéncias, com as respectivas distancias da area a ser loteada; 4) tipos de usos predominantes a que o loteamento se destina; 9) caracteristicas, dimens6es e localizagdo das zonas de uso contiguas; h) outras indicagées que possam interessar a orientagdo geral do parcelamento, especificamente requeridas pelo Poder Executivo Municipal. Art. 260, © Poder Executivo Municipal indicara nas plantas apresentadas junto ao requerimento de que trata o artigo anterior, as seguintes diretrizes a serem observadas, de acordo com as normas técnicas e os parémetros de parcelamento do solo previstos neste Plano Diretor: | - indicagdo das ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compée o siste- ma vidrio do Municipio, relacionados com o loteamento pretendido ¢ a serem respeitadas, II - tragado basico do sistema viario principal; III - localizagao aproximada dos terrenos destinados aos equipamentos urbanos & comunitarios e as areas verdes; IV-- faixas non aedificandi pre V - faixas non aedificanc tas ery Lei: tas em Lei; dominio de rodovias existentes e projetadas, previs- Y 6 VI- zona ou zonas de uso predominante da rea, com indicagao daqueles compa- tiveis e com os parametros de parcelamento do solo previstos. Art. 261. Apés a concessdo das diretrizes de Loteamento pelo Poder Executivo ‘Municipal, o requerente submetera a aprovagéio municipal o Projeto de Arruamento e de Infra-estrutura que devera conter as seguintes especificagées: | -planta do imével em meio digital e em 06 (seis) vias em meio analogico, prefe- rencialmente nas escalas 1:1.000 ou 1:500, assinadas por profissional habilitado e inscri- to na Prefeitura, com as seguintes informagoe: a) tragado do poligono referente aos limites da propriedade com as dimensées lineares ¢ angulares, imoveis confrontantes e rumos magnéticos; ') indicagao dos confrontantes, arruamentos ¢ loteamentos contiguos; ©) localizagao dos cursos dagua, construgées existentes e servicos de utilidade publica existentes; d) indicagao de areas alagadigas ou sujeitas a inundagées; e) indicagéo de curva de nivel a cada 2,00m (dois metros) e cotas altimétricas previstas nas intersegdes das vias projetadas; #) localizagao de reas verdes e arvores existentes: g) uso predominante a que o parcelamento se destina, assinalados nos respecti- vos lotes; h) subdivisdo das quadras em lotes ¢ das areas destinadas @ equipamentos co- munitérios, com as respectivas dimensées ¢ numeragdo; i) sistema de vias, espagos abertos para recreacao @ dreas destinadas a equipa- mentos pitblicos; }) dimensées lineares e angulares do projeto com raios, cordas, arcos, pontos de tangéncia e angulos centrais das vias; k) indicago dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos angulos de curvas e vias projetadas; 1) perfis longitudinais e transversais dos eixos de todas as vias e pragas projetadas em escala adequada com a indicag&o dos pontos de intersegéo das vias, com inclinagao das rampas previstas e do perfil natural do terreno; m) perfis transversais das vias de circulagdo em escala adequada; 1) indicagdo das servidées e restrigbes especiais; 0) explicitagao da conexao do sistema de vias propostos ao sistema viario existen- te, de forma que permita uma devida integragao ao sistema viario existente; p) indicagéo em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das aguas plu- Viais e do projeto de ituminagao publica. Il - projetos de terraplenagem e energia elétrica; Ill - cronograma de execugdo das obras com duragéo maxima de 04 (quatro a nos); IV - certidao atualizada da matricula da gleba, expedida pelo Cartério de Registro de Iméveis. Art. 262. O pedido de aprovagao para o Loteamento deveré ser acompanhado de planta em meio digital e em 06 (seis) vias em meio analogico, na escala 1:1000 ou 1:500, contendo as assinaturas do proprietario e do profissional responsavel inscrito na Prefeitu- ra, discriminando | - indicagao dos limites da propriedade, com os confrontantes, arruamentos loteamentos contiguos; 11 - subdiviséo das quadres em lotes ¢ areas destinadas a equipamentos comuni- tarios, com as respectivas dimensées e numeragao; lll - dimensées lineares @ angulares do projeto e areas de todos os lotes e terre- nos destinados a finalidades especificas; IV - apresentagao do quadro de\areas contendo a indicagao em valores absolutos @ percentuais: a) do total da gleba; b) dag quadras; 83 ©) dos lotes; d) areas verdes de uso public; €) dos equipamentos comunitarios ¢ urbanos; f) das areas destinadas ao comércio e servigos; 9) das vias de circulacao; h) das faixas non aedificandi ¢ de dominio, se houver, i) de terrenos remanescentes se houver. \VI- memorial descritivo do loteamento contendo, no minimo: a) descrigdo sucinta do loteamento, com suas caracteristicas, a denominagao da propriedade, localizagao, dimens6es, confrontagdes e a fixagéo da zona ou zonas de uso predominante; b) nome do loteador e nome do responsével técnico; ©) denominagao do loteamento; d) condigdes urbanisticas do loteamento @ as limitagdes que incidem sobre os lo- tes e suas construgées, além daquelas constantes nas normas técnicas e nos parametros de parcelamento, uso e ocupago do solo, definidos nesta Lei, @) descrigao da area dos lotes ¢ das areas de equipamentos publicos que passa- ro para dominio do Municipio no ato de registro do loteamento; f) enumerago dos equipamentos urbanos, comunitarios e dos servigos publicos, ‘ou de utilidade publica, existentes no loteamento e nas redondezas. Art, 263 Caso se constate, a qualquer tempo, que a Cerfido da Matricula da Gle- ba apresentada nao tem mais correspondéncia com os registros e averbagdes cartoriai do tempo da sua apresentagao, além das conseqiiéncias penais cabiveis, serdo conside- rados insubsistentes: | ~ as normas técnicas parametros de parcelamentos definidos anteriormente; Il - as aprovagdes conseqiientes. Art, 264, 0 loteador se obriga a transferir para o patriménio do Municipio, median- te Escritura Publica de Doagdo, todas as areas destinadas a equipamentos puiblicos comunitérios contidos no Memorial Descritivo, Paragrafo Unico. O Poder Executivo Municipal somente receberé para oportuna ‘enlrega ao dominio publico respectiva denominacdo, os logradouros pubblicos e as 4- reas destinadas a equipamentos publics, que se encontrem nas condigées previstas nesta Lei. Art. 265. 0 interessado devera caucionar como garantia das obras de abertura de vias, pavimentagéo, eletrificacao, terraplenagem e drenagem, mediante escritura piblica, uma drea da gleba a ser loteada, cujo valor, seja igual a 100% (cem por cento) do custo dos servigos a serem executados, ou outra garantia real, considerando os seguintes pro- cedimentos: 1-0 Termo de Cauedo deverd ser averbado no Cartério de Registro de Iméveis; Il - as obras a serem executadas pelo loteador terdo prazo de 24 (vinte ¢ quatro) meses para a sua conclusao. § 1°. Expirado 0 prazo para concluséo das obras exigidas, caso as mesmas nao tenham sido realizadas, 0 Poder Executivo Municipal promovera acao competente para adjudicar ao seu patrimSnio, a area caucionada que passara a constituir um bem domin al do Municipio, com o objetivo de garantir a execugao das obras. § 2°. Antes de expirado 0 prazo, 0 interessado podera solicitar junto a Prefeitura um pedido de prorrogagao do mesmo que ndo poderd exceder a 24 (vinte e quatro) me- ses. § 3°. Caso 0 loteador nao cumpra a realizagdo das obras, cabe a Prefeitura a e- xecugdo das mesmas em prazo ndo superior a 24 (vinte e quatro) meses, contado da dala de adjudicacao da caucao ao seu patrimor § 4°. Na conclusao de todas as obras e servigos oxigidos pela Prefeitura, © apos a devida inspegao, final, Q interessado solicitara, através de requerimento, a liberagao da \ area caygionada XY \A § 5°. O requerimento devera ser acompanhado de uma planta do projeto de arru- ‘amento, relificada, tal como executado, que ser considerada oficial para todos os efel- tos. Segao Il Dos Desmembramentos Art. 266. Para aprovagdo de projeto de desmembramento, 0 interessado apresen- tara requerimento ao Poder Executive Municipal, acompanhado: | - da certiddo atualizada da Matricula da Gleba, expedida pelo Cartério de Regis- tro de Iméveis; I= da planta do imével contendo, no minimo: a) a indicagdo das vias existentes e dos loteamentos préximos; b) a indicacao do tipo de uso predominante no local; ©) a indicagao da diviséo pretendida para a Gleba; Art. 267. Os lotes resullantes de projeto de desmembramento obedecerdo as normas técnicas e parametros de parcelamento do solo definidos no ANEXO VII desta Lei para a zona em que se situem. TITULO VI DISCIPLINAMENTO DO SISTEMA VIARIO E DO SISTEMA DE TRANSPORTE. CAPITULO I SISTEMA VIARIO MUNICIPAL Segaol Da Classificagao Funcional do Sistema Vidrio Art. 268. Considerando as definigdes do Cédigo de Transito Brasileiro (CTB), Lei NP, 9.503, de 23 de setembro de 1.997 ¢ o funcionamento do sistema vidrio atual, as vias existentes e propostas esto classificadas em: 1 arteriais; I~ coletoras; IIl- de pedestres; IV -locais; V- estradas. § 1°, As Vias Arteriais sfio aquelas caracterizadas por intersecdes em nivel, ge- ralmente controladas por semaforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros ¢ as vias cole- toras e locais, possibilitando o transito entre as regides do Municipio. § 2°. As Vias Coletoras séo aquelas destinadas a acolher e distribuir 0 fluxo de ve- culos que necessita entrar ou sair das vias arteriais, possibilitando o trénsito dentro das egides da cidade. § 3°. As Vias de Pedestres séo aquelas destinadas a circulagao de pessoas a pé. § 4°. As Vias Locais sao aquelas caracterizadas por intersegdes em nivel, sem semaforos, destinadas apenas ao acesso local ou a areas restritas, § 5°. As Estradas so vias rurais pavimentadas ou nao. ‘Art. 269. As expeciativas do Municipio, para o sistema vidrio caracterizado no ar- figo anterior, pretender 1 - malhorar a integracao entre o¢ cin 08 Mripios vzinhos @ com a cidade ‘hiicleos urbanos municipais e destes com 6 Il - proporcionar boas condigdes de acesso ¢ mobilidade as areas urbanas e de expansdo urbana do Distrito Sede, de Nossa Senhora do O, de Camela e de toda a faixa litoranea : Paragrafo Unico ~ Fica a critério do oraéo competente da Prefeitura a aprovagao ¢ licenciamento de Operagées Urbanas que visem aprimorar a circulagdo, a seguranca dos cidadéos, a seguranga no transito, a implantagdo de equipamentos, tais como: tu neis, viadutos, passarelas aéreas de pedestres etc. Art. 270, A Classificag&o Funcional do Sistema Vigrio Municipal esta representada ‘graficamente no ANEXO X (MAPAS 1, 2, 3. 4) cesta Lei. Art. 271. Considerando o interesse para 0 desenvolvimento do Ipojuca, fica 0 Po- der Executive Municipal autorizado a negociar com 0s governos federal @ estadual, a compatibilizagao dos projetos de ampliago e melhoria das vias sob a jurisdigdo dessas duas instancias e observadas as prioridades previstas no ANEXO XI desta Lei, CAPITULO II SISTEMA DE TRANSPORTE URBANO Secdo! Das Disposigdes Gerais Art. 272. O sistema de transporte urbano é constituido: | - pelo sistema de transporte piiblico de passageiros municipal Il_- pelo sistema de transporte publico de passageiros intermuni IIL - pelo transporte nao motorizado; V1- pelo sistema de estacionamento. Paragrafo Unico — Fica mantido o sisterna de transporte altemnativo, até que uma Tegulamentacao de todo o sistema, compatibilizada com 0 Plano de Transportes da Regi- 0 Metropolilana do Recife, estabelega novos parametros operacionais para o transporte pliblico de passageiros no municipio. Art. 273. Considerando as necessidades das pessoas portadoras de dificuldades de locomogao o Poder Executivo Municipal promovera a elaboracao de um Plano de Re- ‘cuperagao © Implantagao de Calcadas na cidade do Ipojuca, nas Vilas de Nossa Senhora do © © Camela nas vias urbanas da faixa de praia, especialmente em Porto de Gali- nhas, Maracaipe e Serrami Secdo ll Do Sistema de Transporte Pablico de Passageiros Municipal e Intermunicipal Art. 274. O Sistema de Transporte Publico de Passageiros Municipal complemen- tard 0 Sistema de Transporte Piiblico de Passageiros Intermunicipal, com vista a garantir © funcionamento integrado dos sistemas de transporte na Regido Metropolitana do Reci- fe. Art. 275. Para incentivar 0 uso do transporte piblico em substituigao do transporte privado, na faixa de praia de Muro Alto, Porto de Galinhas, Maracaipe e Serrambi, serdo observados: | = a implantagdo de um servigo especial com veiculos de pequeno porte, confor taveis e seguros para o atendimento da demanda de viagens internas a orla, devendo articular-se com os patios de estacionamento; I= a consisténcia do niimero de taxi, em operagéo na orla, as demandas reco- nhecidas. Art, 276. Com relagdo ao\Sistema de Transporte Publico de Passageiros Intermu- nicipal, € indispensavel a integragao fisica, tarifaria e operacional, nas estacdes de inte- ‘grago das linhas intermunicipais\com destino ao Municipio do ipojuca, integrantes do Sistema Estrutural lpfegrado de Trdpsporte da Regido Metropolitana do Recife (SEI). \ Segao Ill Do Transporte Nao Motorizado Art. 277. O transporte nao motorizado visa incrementar 0 uso da biciclota ¢ asse- gurar circulagao segura aos pedestres. Art. 278. © Poder Executive Municipal podera priorizar a implantagao de ciclovias nas vias coleloras, das areas de expanséo urbana da cidade do Ipojuca e da faixa de praia; Paragrafo unico. O incentivo ao uso da bicioleta na feixa de praia sera dado com a implantagao de uma rede ciclovidria permitindo 0 uso da bicicleta como sistema de transporte ‘Subsegdo Unica Do Sistema de Transporte por Bicicletas Art. 278. © Sistema de Transporte por Bicicletas considera o aluguel das bicicle- tas por tempo determinado, podendo ser integrado aos patios de estacionamento, Art. 280. O Poder Executive Municipal promovera as condigdes para a concessao A iniciativa privada de uma rede cicloviaria interligando: | Muro Alto, Porto de Galinhas, Maracaipe e Serram |I- Ipojuca, Nossa Senhora do 0, Acesso a Muro Alto, onde se integra a ciclo prevista na alinea anterior, Il - Porto de Galinhas a Vila de Camela; IV- As vias coletoras do Loteamento Recanto Porto de Galinhas; Art, 281. O Poder Executivo Municipal promoverd a realizacdo de um estudo es- pecifico para implantagao do sistema de transporte por bicicleta previsto no artigo anteri- or. Segio IV Do Sistema de Esta namento Art, 282. © Poder Executivo Municipal poder criar pontos de astacionamento ro- tativo pago em Porto de Galinhas, em atendimento a faixa de praia e aos locais de co- mércio ¢ servigo. Paragrafo unico. A definicio dos pontos de estacionamento e niimero de vagas por ponto dependeré de estudo especifico a ser elaborado pelo Poder Executivo Munici- pal. Art, 283. A exploragao dos estacionamentos podera ser concedida iniciativa pri- vada, que deverd oferecer um servigo de transporte coletivo operado por veiculos de pe- ‘queno porte, seguros @ confortaveis, para complemento das viagens até o destino final. Art, 284, Os estacionamentos rotativos deverao ser implantados, prioritariamente, nos nUicleos urbanos de: | Porto de Galinhas; I- Maracaipe; {Il - Muro Alto. Pardgrafo Unico ~ O numero de vagas a serem oferecidas nos estacionamentos rotativos, o itinerério da linha de transporte coletivo, o horério de operacéo, prego da tarifa @ outros dados operacionais, serdo definidos pelo Poder Executivo Municipal. Art, 285. Empreendimentos imobilidrios de grande porte como: hotéis, resorts, flats, centros comerciais, éreas de recreagao, dentre outros, deverdo oferecer vagas de estacionamento compativeis com as suas necessidades, conforme estudo especifico a ser aprovado pela Prefeitura, quando do licenciamento das obras. Pardgrafo Unico - Os estgcionamentos previstos no caput deste artigo séo desti- nadas as der ail dds equipamentos e ao trafego por eles gerados. \ al we 7 TITULO VIL SISTEMA DE MONITORAMENTO E GESTAO CAPITULO | DO MONITORAMENTO E GESTAO Art. 286. O Sistema de Monitoramento e Gestao atuara nos seguintes niveis: | - de formulagao e implantagao de estratégias das politicas; I= de gerenciamento do Plano Diretor e na formulacdo e aprovagao dos progra- mas e projetos para sua implantagao; Iil- de monitoramento e controle dos instrumentos urbanisticos e dos programas e projetos aprovados, tnciag TY 287-0 Sistema de Moritoramanto © Gestéo é compostepelas sequintes ins- tancias: | - Orgao municipal responsével pelo planejamento e implantagao das agdes da Politica Municipal de Desenvolvimento Urbano; Ii Conselho da Cidade (CONCIDADE), IIl- Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA); IV -Comissao de Analise de Projetos Especiais (CAPE); \V - Fundo Municipal de Habitagéio e Desenvolvimento Urbano (FMHDU); VI- Conferéncia da Cidade. Segdo| Do Orgiio Municipal Gestor da Politica de Desenvolvimento Art, 288. O Poder Executivo Municipal é 0 gestor da politica de desenvolvimento, tendo em vista: 1a organizagao dos érgdos de planejamento e execugdo da politica; Il - a qualificagdo institucional, através de programas de capacitagdo e desenvol- vimento. Seco Il Do Consetho da Cidade (CONCIDADE) Art. 289. © Conselho da Cidade (CONCIDADE) tem natureza consultiva e & com- posto por representantes do Poder Executive Municipal e a sociedade civil. Art. 280. Sdo competéncias do Conselho da Cidade (CONCIDADE): 1 - acompanhar a implementacdo e analisar questées relativas ao Plano Diretor; \i- acompanhar a execugo dos pianos de interesse do desenvolvimento urbano; IIL- debater relatérios anuais da Gestéo Urbana; IV ~ gerir os recursos advindos dos instrumentos de politica urbana, instituidos nesta Lei; \V- debater e opinar sobre as propostas de alteracSes do Plano Diretor e legisla- ‘go complementar, VI - convocar, organizar e coordenar conferéncias relativas @ implementagao da Politica de Desenvolvimento Urbano. Paragrafo Unico ~ A Secretaria Executiva do CONCIDADE seré exercida por des da administrapto direta da Prefeitura, a ser estabelecida por Decreto 66 Art. 291. O Conselho da Cidade teré reunides ordinarias mensais e poder contar com CAmaras Técnicas especificas a serem ctiadas por decisbes plendrias para asses- sorar suas atividades. Art. 292. © Conselho da Cidade seré composto por 16 (dezesseis) membros dis- tribuidos da seguinte forma: | - 08 (oito) representantes do Poder Publico Municipal, sendo: a) 05 (cinco) do Executivo; ) 03 (rs) do Legislativo; 08 (cito) representantes da sociedade civil, sendo: a) 04 (quatro) de movimentos sociais organizados; b) 02 (dois) do segmento empresarial; ©) 01 (um) de sindicatos de trabalhadores; ¢ 4) 01 (um) de Organizagbes No Governamentais. Segao Ill Da Comissao de Anilise de Projetos Especiais (CAPE) Art, 293, Fica criado a Comisséo de Andlise de Projetos Especiais (CAPE), como 6rgée consultivo, de composig¢ao paritaria entre representantes do Poder Publico e da Sociedade Civil § 1° - A CAPE sera composta de 10 (dez) membros, sendo 05 (cinco) do Poder Puiblico e 05 (cinco) da Sociedade Civil, com a seguinte distribuigéo: | =do Poder Publico: a) 02 (dois) representantes do érgéo do Poder Executivo Municipal responsavel pelo Planejamento e Gestéo Urbano; b) 01 (um) representante da Camara Municipal; ©) 01 (um) representante do érgéo do Poder Executivo Estadual responsével pela Gestao € Licenciamento Ambiental; 4d) 01 (um) representante do Orgéo Metropolitano de Planejamento; |i da Sociedade Civil: a) 01 (um) representante de entidades empresariais; b) 02 (dois) técnicos de notéria especializagao, convidados pelo Poder Executivo Municipal; ©) 02 (dois) representantes de associagées comunitérias. § 2° - © Mandato dos conselheiros sera de 02 (dois) anos renovavel por igual pe- riod. § 3° - Cada fitular terd um suplente que o substituira nas suas auséncias ou impe- dimentos, § 4° - 0 érgao do Poder Executivo Municipal responsdvel pelo Planejamento & Gestéo Urbana atuara como Secretaria Executiva da CAPE. Art. 294. Compete a CAPE: | - Analisar ¢ dar parecer sobre os casos omissos ¢ os ndo perfeitamente defini- dos nesta Lei; Il - Analisar ¢ dar parecer sobre a implantagéo de empreendimentos de impacto, geradores de interferéncia no trafego e atividades potencialmente geradoras de incomodo a vizinhanga; lil - Analisar € dar parecer sobre as questées relativas as edificagées e insiala- ges, posturas municipais © parcelamento do solo, que Ihe forem submetidas polos or- ‘gos municipais, na forma prevista nesta Lei, Seco IV Do Fundo Municipal de Habitagao e Desenvolvimento Urbano (FMHDU) \ Art. 295, Fica criado Fuhco Municipal de Habitacéo e Desenvolvimento Urbano (FMHDU), défétureza contabil, dom o objetivo de gerenciar os recursos destinados a ce 4 \K 9 implantar a Politica de Desenvolvimento, considerando inclusive 0 que estabelece a Lei Federal 11.124/2005 ¢ 0 Decreto Federal 5.796/2008. Paragrafo Unico — O FMHDU tera subconias de apoio a programas especificos. Art. 296. O FMHDU ¢ constituido por: | - receitas provenientes da aplicagao dos instrumentos estabelecidos no Plano Diretor; Il - recursos préprios do Municipio; Ill - recursos provenientes do Fundo Nacional de Habitagéo de Interesse Social (FNHIS); IV - recursos provenientes de empréstimos intemos e externos para programas de habitag&o e desenvolvimento urbano; \V - contribuigdes e doagdes de pessoas fisicas ou juridicas, entidades e organis- mos de cooperacao nacionais ou intemacionais; VL- transferénoias intergovernamentais; Vil - transferéncias de instituigBes de direito privado nacional e internacional; Vill - doagées; IX - recursos financeiros auferidos com a adogto da Outorga Onerosa do Direito de Construir. IX = retorno dos investimentos do proprio Fundo ou que tenham sido realizados ‘em beneficio de empreendimentos urbanos. X - outras receitas que Ihe sejam destinadas por Lei. Paragrafo Unico - O Fundo Municipal de Habitag&o ¢ Desenvolvimento Urbano (FMHDU) sera gerido de acordo com as diretrizes estabelacidas na Lel 11.124/2005. SegdoV Da Conferéncia da Cidade Art. 297. A Conferéncia da Cidade € 0 forum de debate e consolidagée da Politica Municipal de Desenvolvimento Urbano (PMDU) nos termos preconizados pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), Art. 298. A Conferéncia da Cidade tem os seguintes objetivos: 1 - propor diretrizes para a Politica de Desenvolvimento Urbano; 11 identificar os principias problemas e suas causas, que afligem a cidade; lil- avaliar 0 Sistema de Gesto da Politica de Desenvolvimento Urbano; IV - identificar as prioridades e indicé-las para as esferas estadual e federal con- forme chamamento do Conselho Nacional das Cidades. CAPITULO It SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAGOES URBANAS Art. 299. O Sistema Municipal de informagées Urbanas ¢ o instrumental destinado ‘a subsidiar, em termos de informagées atualizadas, o planejamento, 0 monitoramento, a implantago e avaliagdo da politica urbana municipal. Art, 300. Sao diretrizes a serem observadas pelo Sistema: | — adotar 0 bairro ou localidade como unidade territorial basica; | - atender aos principios da simplificago, economicidade, eficdcia, clareza, pre- cisdo e seguranca; {Il - disponibilizar informagées a todos os cidadaos, ressalvados os casos previ tos em Lei IV = articular-se com os demais sistemas de informagées e bases de dados sejam eles municipal, estadual, ou federal; V reorporar tecnologias ¢ sis de © gegureriga do sistema f; A femas apropriados para a melhoria da produtivida- 0 Art. 301. O Sistema Municipal de Informagdes Urbanas utiizara como base 0 Ca- dastro de Iméveis @ 0 Cadastro Mercantil, incorporando, quando pertinente, as informa- des contidas nos cadasiros de programas sociais existentes. Art. 302. O municipio devera realizar a revisdo e atualizagao do Cadastro Imobili- rio e do Cadastro Mercantil, de maneira a adequar-se & modelagem espacial proposta nesta Lei, bem como, revisar e atualizar a Planta de Valores do Municipio. TITULO VII DAS DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS. Art. 303. Os fundos municipais e seus respectivos conselhos gestores definidos nesta Lei serdo constituidos om até 12 (doze) meses da sua promulgacéo. ‘Art. 304. O Poder Executivo Municipal regulamentara esta Lei por decreto munici- pal, no prazo de alé 180 (cento e oitenta) dias, objetivando estabelecer rotinas operacio- nais e penalidades pelo ndo cumprimento das suas disposigées. ‘Art, 305, Todos os planos, estudos e projetos requeridos nesta Lei, de responsa- bilidade do Poder Executive Municipal, sero contratados no prazo de até 12 (doze) me- ses @ concluidos em até 24 (vinte © quatro) meses, contados a partir da promulgagao desta Lei. Paragrafo Unico — No prazo de 180 dias 0 Poder Executivo Municipal encami- nharé, 20 Legislativo, projeto de Lei regulamentando o sistema de transporte alternative no municipio, nos termos do Paragrafo Unico do Art, 272 desta Lei ‘Art. 308. © Poder Executivo Municipal fica autorizado a negociar, através da A- géncia CondepelFidem, a contratagéo de consércio piblico destinado a gerir o interesse ‘comum entre os Municipios do Ipojuca ¢ de Sirinhaém, relativo & normatizagdo, gestéio do uso @ ocupagao do solo e expanséo do niicieo urbano de Camela em territorio de Siri- nhaém. ‘Art. 307. Todos os casos ornissos serio resolvidos pela Comissao de Analise de Projetos Especiais (CAPE), cujos pareceres constituirdo resolugées normativas para to- dos os casos semelhantes, Art. 308. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagdo, estando revogadas todas as disposigées em contrario. SALA DE SESSOES, E JUNHO DE 2008. Odimgl’s Jose dg Silva Pres José Alves|Bepprra Junior 1° Se Amaro Ales da Silva 2 Secretalio ot

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