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Manual de Psicologia Clinica | para Hospitais gee ‘SUMARIO AMRESENTAGAO. 9 A ENTREVISTA CLINICA & MAIS QUE INSTRUMENTO. DIAGNOSTICO EM HOSPrTAIS 11 Consderages gern 11 fogue da ina weica 14 a)trd 15 Dy Salinge 18 Regen 16 Forma eestucura 17 s} Deion feces 17 ye ria aera 17 ‘Somidigids 17 Objeivos 18 2) Dg 18 Dynes 18 ADeacwsehemnroninfation 18 Roto 18 Proceso diagnisico 20 Enraves pars o proceso diagnéstico 36 OPACENTEEMESTADOCRITICO 39 (© paciene eric na Unidad de Terapia Intensive 40 (© prolongamento da nternacioe oatendimensa partion de clic ao pacont dependents de veatlagiomectnica 49 Consideragtes Finis 85 AUNIDADE DEEMERGENCIA 61 Carters do ambiente «sins repercnses Pricolgicas 61 A demands de sinéaca psicaligica 66 Aruasio do pricilogo 70 ATUAGAO DO PSICOLOGO EM UNIDADESINFANTIS 75 Comsilerages gers 75 Arango em Unidades de Neonatologia (aero aseis meses) 76 a) Awa com pois 77 yAnucso com segape 85 Aruagio com ringas ete mesesa onze anos) 87 1) Awa com beds ate 24 mex) 90 1) Atendonone rclc ndoidul dings 90 6) tendon ndteripin emt gig rings 18 Ata com pos 92 2) Atagao vom sepipe 94 Aaso com adoescente doze a dezoito anos) 98 4 tata pel coronal 98 Lat el enidade fot)— 98 Lato peor ae iftein 97 Aruago com paideadolescentes 109 ‘Awagio coma equipe 12 AVAMILIA HOSPITALIZADA 117 A faa esos caracterinicas 117 Fania, adoecimento ehospaliaso 120 Imervengies possives 123 © confronto da familia eo adoceercom 131 2) A dence agade 131 Dy Adsonecrinice 132 0 familiar incapatado" 138 DAmone 135 Eipe de side fami: ams elas delicala 137 RANSPLANTEDEORGAOS 145 Breve histrco 14 2) Template cardi 47 1) Trnplnt cdi ao 150 )Dhapanepuimenar aio 151 Aspects polices do proceso dewansplane 152 Period deselesio. 156 sling pcos dean edoaloente 157 ‘Amica pcos do pct adty 164 Peviodo de espera 167 a} crags paneoadolacente 168 bytanso ait 176 Period ps-operatiioimediato 178 1) Pare eriangaeparsoablexente 180 ytansoaiuty 188 Peri ps-operatioitermedivio 18 1) Parse eriangae parr oadlexente 18S tensa aint 186 Periodo pésopertériotandio 18 1) Parse eriangaeparzoadleente 189 Dyno aiatin 139) Comsideragbes ais 202 (OFSPACO DE BRINCAR 211 Esrturaefuncionamento da recreagio: no ambulatri, ‘a tnidade deneeragio enoeity 214 Como equip recebe a atvidades de recreago? 215 Inerodusio dos pais na brincadira eo bear paraadultos 216 AUTORAS 219 sirestres 223, APRESENTACAO Vole ontem par casa, Permite-me, a doenga, lear ide normal, aso menos ism. Feces esi de ava common general, conto os prose ‘contrast ge too de tr.” (Osman Lins [Nas pins que se seguctn deseo esponder 8 pergunts “Com un piel cinco hospital, fsa trea", mito rns do que demonstra que Ta ste profsiona. ‘Noss integio no dar uma repost fecads, inque- ionivel mas de aprexentar nosso modelo de tab, que se tmaniém side fd as de trata anon, Neste pefodo,scgua € inevtavelmente inodazimos mudangas a este mesmo modelo Festa imagem que queremosdifundit hi premissas que se !mantém imu para exerccio dentro do hospital com, por cvemplo, sempre atender a0 pacientee sua fami, priorzar wendiments em grupo, contrib para as ages ca espe). Por ‘utr lado, os modelos wo podem eno devem ser tanspestos ‘Sum hospital pars orem, ta ver ue representam reales “iecente: Agu prtorzanon inure a tadoo ques reiciona ‘om ela pré eno povprocedimenti, porque fazemos parte de ‘i hospital que posit oeonfecimentaprévio do paciente, ‘compan durante aimoragio e opera planejnveiicar 2 plano de pérata. Outros hospitals tem igualmente voc ‘rag, mas eceem eeneainham pacientes para consoeos, posts de sade eoutres. Prtano, 0 psicsogo ter aceso a0 cent 6 no momento da intenagio. ‘Ouera diferengaderalidade diz respi ao perfil da popu- Iago: o modelo sofrert alteragoes (em sa parte mute se 08 ones forem gests, ox ortopédics, ou oncldgicos, porque ‘process de adoecer (ingest de meicamentos,exames inv Srl erérios de curse) io espetics a cal 'Nio podemos dear de mencionar queacscotha de riposde sividades do pselogo também dever responder is olcagSes ‘Er Adminisragto Superiore das equpes co hospital, salvagiae ‘Tada as derizes especfss de nossa profsso, ‘Creo ter discurdo amplamente ess premisss em ona publiagio sobre A pritca de Psicologia Clinica ent hospitats (Cast do Pieslogo, 1999) ace manual que hoje esté em suas mvs, letore cles, represents sinese deste el, esningan muito deste fare, ‘Soosuas parvcularidades, Por, ousamoschamslo “manual” pseudo esrito da palavia: mano ma. “Os etninamentor de diferentes linhasrericas aeabaram send intoctados nesta amilgama entre osber faze, entre ‘Sheil eo varivel, de tl forma, que ino € mis possivl (Genifearmon exatamente #guem dar eréditasexclasvos. Mas também nfo é esta 2 nossa propesa. Queremos deixar 2 mio lin face, dindnico, quaveinertve,reflexivo sempre. Noo € neceseiaajustifatva,orespalo centfico Sempre, masestio em desenvolvidos em omtras publica, Alem dis, ao apresen turmor a modelo de trabalho, estamos colocando-oacima de er pairings eres det daquela inate. O erablho do esto clini em hospital a precisa sex irepreensvelmente Trrlan uma determinada opeiotebric. Todassdo bere-vindas Those, contibuindo com resultados, que & 0 que ial pore pra 0 paciente para sua fami para a equipe e park ross pri eaizagdo de dever camped eben “No Beal desta publcagio, voce encoatrarreferéncias de sites mas za por nds part atualiagio necessria de Hoss ptes comangando-a com est era de saber obrigatoramente omportlhade eglobalzado. Ths letra; esperamos que este Tivo verdadeiramente i tua roc dis ness para 2 as mos. Prof. Dra Rllhie Wilma Romano ENTREVISTA CLINICA E MAIS QUE INSTRUMENTO DIAGNOSTICO EM HOSPITAIS Bate Wits Romano Consideracées gerais Hlouve ue tempo em que corpo/ala eram uma 6 unidade Sad, doers, feadmenos da nature eram formas de mani Festa do ere de vas confit de serlestar no mundo. Tudo rs magia, Sloso, religo simultancamente. 0 fiero © 0 ‘acerdnetinbam papel fndamenal, porque aces er psu! instar os dense, Detinano poser, ober, 0 impor eo sub igor. Ao pacintecabia esarrecimento, a pacinca,o medo, »sividade. Efi, o pocente mio coma Na Grecia Antiga,iniciow-se a explicagio racional das fends, despezando-seos recursos sobrenataras para com casio e controle dos males. Neste contextohistrico, cultural ‘obetudoflosfico, em nko aera hiocriiea ea valorzagio Ls sti nie, respaldada eo es plares + informasio do paciene: que com suas propriaspalaveas lestevia seus sintomas. A observa do medic: tanto dos sinas da enfermidade «quanto da apartnciaecomportamento deste doen, da rene wridade do seu adaecer das lags cause do mal com 0 sisbiente em que o paiene vive, Assim, Hipseraesincoduz co conecto de que o adoccerestava liga & realidade, a0 otidiano do individu. + Ovcxame fsco: raramente era realizado, porque no havi sina sfcieneinformogio nem conhecimento sobre anatomia ‘Biologia. Dae tempo cnt cli pour domo sen enh lige don tore bop A ‘Sikemisdo mec ea ade pl ananmse ae vee accra ama prove deustncakaka rae eee que omeco mostovaaopoceme queers caparde ce Sh tncefae sr rfane mai etme do ‘fee prope, rer copa eobtet dado parable tn pogtsin core, rer dose Vina ii clic tral tne ese ho pre inde do dre (ee WStnawerso spe dsomos sani coner som Tee Geert Se morinaner opts ception, © so goons como sgt queen ene Bitte ao memo tempo laconacierage com Os ‘Sisto. dear gun ee ss do so ‘Movduos sade elo msn ol Teil cmpscnio weet dx ene oa eo eferiadey 2 SRENSTes mcm sn gor om deren pss Nase wee de cna at ocgn es scparpnds ps fics dow cocoa "ovo lane sempre dn rod nn torsade quo Ani pra compre Ses oman dees compeense em rie ats dna pen claro, gr ahi tre ise specton shina sal ds Jong das do pe ‘SS al dn docoga crc eatin em SERS Soom, oan sompo oes sino AiNPATMCINEA MSQUERERMEMO MACROSOMIA 82 ab mudangas comportaments sun evoluo até o momento ‘que sex relivando a entrevina. Frequentemente, quando sujet relata a quia, 0 profisionalj pode anteer muitos dsdados 8 motvos qe levaram 3 conta. Mas ouvir elo «lo prépeiopaciene € sempre muito importante, porque ji se nig, por exerpl, a percepsSe, as dieeldades em estar, sccle eomideraa queisa como sua (princpalmentese fo encam- lado por alguém)- Eni, €opaieneflando sobre ele mesmo. Muitas vezes com a deurigio dor sntmnas,o préprio pciente ‘cota aoc os com circansncias de a vida em momentos Prximos,relatando como foram afetadas sus atvidades, suas ages imterpesoas tant em fngio do aparecimento da quia {quanto em terms de seu desenvolviment Evidentement, no cso de paciente com algum comprome- timeato também fic, deve se completa o relat verifcando-e ve cle ett vob cidados médica on de outro profsiona, por ‘sl motivo, hi quanto tempo, se ingetio de medicanen- tom. Cama o se €biopsicossocal,devesecompletarahistra im ambiente familia socal, ocupacionl os escola, atudes “as auras pasos, de quem hi apoio e comprensio, qualidade sos lage, entre otros. Come € posse obervar, hs mits incidncias ence uriizagio, a forma ea compreenso de uma “teva tanto pelo médicn quanto pelo picSlgo. to porque * orvia lines, neste moment, referee A organizasio do yestsumento do profesional em valriar sins €sintomas € ‘lumbrar potencil para modifies anc dos cuss pro Issionais quanto do paciente). ‘Coma pode ser observado, eto, hisévia aa € mais do cant apes Josip pa aine vo histra regres, a evdente par. profissional experiente que hs um com inna eee om dois mortentos. Por io, a oben da hietria linia no deve procesarlinearmente (imei it, e depois sila) mas deve seguir um movimento epizalyem que omesno onto er ado novanente, pr mum novo plan. Mo for andar apres ate de, poses Ean Ent apmeiacnevia comes co osc te soot edepos st cnet ems subset 000 SREESnensdieavo, endo aordom dstopicn ibn cra el ot condudo plop orl pai. ‘Runt expo J pfsienl a inca [eT uae sequel dos dads, de forma conoigc€ 3 “igi donna 00 a0) Je mise Se ewe ei, eet” € um res de cio lpr tr dia pesos ng, Heo HAG eso co oto pacens).Arespracdnde Ore ream comple toes de gs On 2 eis comoraty Jeon eis de commis Ge ect a ervacommo psn e cli € a oben cs compres de informs que esac TRA Sc Sint, quer de terenio trap, 08 aaa fe cnamanharen (conform apesentad © expr Pe salam) ot alec em eto ap, tceen pci cnc bcs, por ume eeepsS0 ‘Jol cme dap coma uli, oconhesinen So Suns aer estad, deforma a ater wn deseo chat een “Sc pzligin cla peer nena dvr forms fre coideraos tern specs Ness Hi se Sandon elu date forma st, Eaietnon comin sobre o oer aero Enfoque da linha tebriea Dependendo da opto que tena sido fet sobe alisha re ica aserseuida, haver formas expecfias de entendinentos Je Chondagem e postra na lagi do psiélogo como o seu seit sme a entrevista clinica, Vale resumie que o postlane, em ‘da linha teria tr diferentes arias ecompreensto ji desde ‘capa de entevet até a conclisio eencaminhamento do cso. Desa forma, as concep tedricas como ade paps de Kell, 4 ietiva, de"Thorne,e da aprendizgem, de Dollard e Mill Mas para exemplifies enfocalas rs, consideradas sais Syncs, para que, comparaivamente sea possitl ter una iden das posiiidades de enrevine conforme a hina tesrica ‘ubjacente (a ins eric eto identical pelo autos 4a) Freud [Em 1778, Mesmer ierousin a entrevista hipnétics. Ese pica peri até meade do clo XIX, aplcada por Charcot. Fe extuiososestavam inerssados nas implcages erica © lias da hier, Freud abandonow esse método esimplesmente pediu pars ‘paciemte fale ivement, Aereditava que apenas ua pens sida incial poderinencorajar a pacinte. Esta inovaqa0 10 rocedimenco da entrevista foi chamada de proceso clinico de sodas live (0 pup do entreistador€audaro pacente a explora seu ‘conseiemeeinconsciente de ormaa possibliar uma econstrogo ‘le sa pesonaldade hic. A bala € no passado do suit red ger que o entrevisador semen ars do paciente (Oppel do entrevista é buscar a autocomprecnsie, 0 sg ‘ado do prio materiale seus sintomas pela ascii lve A relagdo paicblogo-syjetto durante 4 emrevsa € inten, cvolvendo tatsferéncia e contatransferénca. A énfase dads rsestaelags0€nmais ase no fet do que no conberiento &) Sullivan Este autor preconia a toria das relaies iterpesonis, baseando-e na compreensio de que o entrevistador € um tservdor participant. Asin, papel do entrevisadoré see ‘lemento ative partcpante do proceso da envi, Por so, recomenda que entevisador sente ede frente pars pacient, ‘A eanrevista€ um sistema de process imerpessoais. Como € um proceso de comunicogio, tudo send considerado fone de Informagao para o enteisiador: 0 que a pessoa diz, como ela la entonago, velocidad da fl, silncen-O pcdlog deve ‘evr pars paciente como outa expeincia humana embora ‘msiniaso profssional). Dee também serum smal consante ‘para padeohabital de interagSohomanadopacente, buscando evidenias do self do entrevista e de seus mécodosdefensivos. Enso, para salina tice, anfaseé nas reads iterpesoais ( papel do entre € de colaborar de modo objetivo «como psilogo compreendendo as proprio pela compreensio| ‘de nar relagbes com aout estou ‘A velaga pscblogo sito durante a entrevista & de uma relago mais eonitiva do que feria 6) Rogers Ahipétese desta linha teria € de que a cares deve se ‘eonmada no cence, porgue ele (iene) &capar de achar suas pra slugs sivas para ses problemas individ (© papel do enreiidor € aectr sea cine sm reserva, hscando compreende-lo ¢transmitindo esta compreensio, Encoraja- part o reconhecimentoe claricagdo de ets sen mento, qo so fro de maturaSo e aprendiagem. Visa mais pessoa do cliente do que os problemas apeesentados. A dizecso hs emrevie tare do cen (0 papel do emtrecitad & dct seus problemas com 0 terapeut até conseguir uma condo de ameaceiragio que Ie permis toalmene sia abilidades. ‘Arelagdo piclogo-seto durante entrevista Ghaseada a realdade a énfase € maior no afta do que na cgnigio. Forma eestrutura, _Acsovisespricligisciiea pode era segues formas «) Diretiva ow fechada IN ealdade exe tipo deentrevnta€ um qustionsrio com esguntasprevists programas, ncasive com eelagso sua ‘eqbdacia © entevistador condu a enrevsta ser altel ‘mss considera as reagSes do paciente en lagi inguagem 0 Soba snerrapges, por exemple, 16) Nao diretiva ow aberta O sito flalivzementsobresusproblemasesentimentss © enirevitador tm apa iberdade pars pergustare inert. ‘camp da entrevista no fo, masdindic, en permanente ada. Esta ausnciadedretividade, contd, no €oalmente ‘erdadeia, una ver que, endo uma eneevsta uma interagso ‘erbal eno verbal, qualquer tipo de imtevenso que for feta lo entrevistador saguramene iafluencaes 0 comperamento hint 6) Semidirigida [Neste tipo de entrevita, sna hi pergunts preva, as sis era seqhéncis poder ser manda apart dos veto rs assinaladoslvremente pelo cliente. As intervengBes tem 3 Fnaidade de eslarecimencos,amplar e drecionar informagies, sina as ifcldadesebloueies. Asim, novas quests tm im poder se itd. Objetivos 0 instramento entrevista picoigica cna pode ter as sesuints fnaldades 4) Diagndstica ata entrevista tem a fiaidade de esabeleer um digns igo om eoletar dos para ee fim. Ao su ina inicio terapeuticaadequada pra o cso 1) Terapéutica Pract enevista wz sea inerpretagio coms inaidae deintersirem dicaesapresentadas pelo pacinte, 20 mesmo {fanpo em gu se apreendem a nforragSes sobre pacient, «) De aconselbamento ow informatioa Com as enrevisag cles dadosbscos sob cto pasa tag pon oer mas eo rnin a pclogo dae do que reee ero pe se epee, eta expos de bein ct reap earomente tov objeivos ene pctogo € PAG Ribas comemplados como ojos naiddes pls 5 ae podem dinar eats dames por exc, sere sola mo perc, dco de cond com a tine ‘stromal gue ate ro pacente em seu proceso de ows et) Roteiro 09H pr se hc uns envi clinica picldgien (ainda que ys drei) depende da sna fnalidade, AVSRGNEALSUSCUERETIMIRORUCNSSTEO MANOS 1 i forma que algumas reas de investgagio poder ser powco ‘spray, dependendo do que sca, que se quer responder, ‘onanto outas deve ver exausivamente pesquiadas ‘Oueraparculardade a ser observa na condagSo de uma ‘nroista€a idade do sujito. Geralmenedifereniamrse entre ‘ists para altos e para eiangas (a talzada com adolescemte ‘no € mito diferente da eservada para adulos). Em snes, a8 ‘mesa dovem observa + Com adler: habitalmente © peGprio paienteprocura 0 ricslgo on €crcaminhade por otro prions, mas € 0 Prprio suit quem fornece 0 dados. Obrém-se dado sobre !infncia(inclaindo-ewocibiidde,sntomas de problemas ‘mocionas) a puberdsde adolescencia (com problemas ‘spectcos densidad, sextalidade) eidade adults (hea ‘cspacional,atvidades soca lazer, 0 adocce) Corn erangas vam sempre eraida pelos pais, que também se encarrogam de explictaro motive da coasuls, quer tena sido idemifeado por els ou por outtos (escola, médico) esa forma, 0 proceso inicise com eles, princgalmente ‘entficando como petecbem o problema (se para eles exist ‘ou nio) equal ovinculo com a crianga. € importante araiar fan, sab rs aspecten: 1. Onganiasio exrutural: como ex constitu, nero de membres, auséncis,integragto com a socedade 2 Ineragio econstelago familiar: competisio, ooperasio, comunicago, expectatvs 3. Conte cultural: costumes, aloes crenas. Sempre asocie 4 ext caters familiar pelo menos ms ‘observa da rang (emo que ela tena pou idade, 00, para ab maioes, entevstasaravés da utlzago de ecusos come horas de jogo dings. poste asim completara tevin com indicaores as como fase da evolu, caps ‘dade de ase papi capacidades smb eieletal, rmotricidade, rolerincia 8 frustragso, manifesta de apres vide, socaizagio et “+ Com adolescents: embora até os deasito nos ha ainda neers de entrevistaro pais, adolescent deve servis Como um “quase adult” ~ capar de informa, perguntar, “ater, paricipar- Ct cle, oenfogue ser em quests prias fata era, ei como lazer, ocala, paps a {ie infoomasio qoe possi sobre o seu adoesimento, auto ‘dado, antes, seualidad, dingmica familar com ego fn creacimentoy aang no corpo, Hberdade, espag vital: A precaugo a ser tomada & de esclareer aos pis tanto quanto So adolesente que o ie for abordado com os primeicos 8 de conhecimento do over, mas noo inves. Processo diagnéstico Um proceso diagno aravés da entrevista clinica pi coligica € um proceso contnin,haseado em cinco etapa 3 pré-eneevna, a tap ics a etapa de desenvolvimento 01 xploragto, a fase fin, 2 comnicago o eneaminkamento ‘Apesar da qusisaforalizar-veaas duos primeias eapas 0s ‘motives do prcesa dignéstio etespectivoenesminhamento ‘onfguram se ao long de todas etapas. ') primeira etapa ade pré-etrevisa ~ comesa quando «ls noela de que o psiclogo va recebero pucente.Jé neste eta comes ase confgisar, porque a decisio de Jar wise marcar acon coresponde admissioexplica fu pli da essen de um problema. Isto quer dizer que: AORSKCHACASU NEMMTO BONES EKNESIIAS 21 + Houve algun fo seleconado como queixa + Houve uma deciso de 0 fat selecionado deve on no ser inverpretado como am problema (to porque alganssintomas “So mas olrados, ou se tena uma acomodao}, + Houve uma deeis8io de basar ajuda + Houve uma defnigio sobre qual tipo de jada. Assen, ependendo das concepsdes socalmente mais actives € dos recursos externosdspontels, pase por procura Um nico (pra ques somites) ou um psiélog fara qucias Pique. 0 fats de ordem emocional ¢ sua admissto, seu reeo- isimento,goralmente #0 vsts com ressténcia, come algo ‘erganhoso, on como tna capa de que se deo de fer, ot vetererrado, Eno, raramente acontece de o pacienteidentifcar necesidade de buscar tengo psicolgca,e dese movinentar ‘somtneamenté em dregio jada, reutando eno, na grande sora da vere, em i encaminkament (peineipalment se ‘questi fia fora queixa principal) Assim as formas de iniiar {tn proceso diagno slo: encaminhamento de outros profi- ‘sons de omer pesos da fami, e menos frequentemeate 8 Ise espontines ss abordaget inca fr diferengae lvanta am pont ‘undamental que opsialogo deve responder fina pré-entrevisa ‘quem 0 cliente? Ou pars que & jude? O cliente nem sempre "a paiete. Cliente €aquele que se apresenta como aba de ‘stay ou gem apresenta a isa? Este pont é fundamental purr aspects + Vai powibitar quantfar prevent ogra de moras ‘numéica da empresa solictante ear pel sgl dasinformagbes. ‘De qualquer forma, apresentagio excita das concsdes ckpende,evidenterent, do elo de ea ume do pensamento slinio wlzado,Porémn, hi algumas constates gue devern se ‘servis, bem como uma seguéncia no registro: + Dados de ientitcagio mais amplos, tater devesiem ser dado de ciacterizagio), em que tem-se uma visio imeia ‘a insergtn do indifduo em seu mundo icrossocal, + Bpoca e cirunstncias da realizagio da avalingo. + Motiv da cons, + Hissin de vid ina suits (nclindo descrigio do grupo familar e sua dintmica, + Recursos tiizados no process dagnéstico (nica, ests) reltadon obtidon + Disgnéstico dino ou conchae dagnéstiaressatando-se também os aspects sade + Propo, Encaminhamento, ara registro em pronto, prcebese que ees tpicos vox maior das vezes, estaro distibutdus a0 longo do cempo fm que dar © proceso. Devese estar atento para oimizar a ‘olagio: dador de identfcagio que jf castem repeidas ves ‘hn pronnutsio (aos cabesalhos das otha de evlugio) devem er sispensados. Por exenspo, registro no pronto da paciente ‘tania, 56 anos, quadeo de atte roumatoide & depressio, ‘nvernada pela sega ver cn setembro de 2004, para eazago Ucexames complements. “ ound: acLocK CINCAMEA AE O tei do psicélogo deve iniciar com dadosrelevantes¢ ‘complemeatares deidensficas, se houver, como, por exempl, pacienteproveniente do interior, encontrsse sem os families, ‘0 que pode estar colaborando para o agravamento do quidem, ‘tc Nahitria clinica, podem constr tpicor de relaconarento ‘om os outros pacientes econ os membros da equip O prog éstico pode resulta da ntegrasiode dads conkrme descrito ‘Ao anotar 0 dia da consult, automaticamente 6 remete 0 letora entender que so avalagesreaandasdarate segunda interagiodapaciente— porto, implica também a cicunstdnia «ha avaliagio: ntermagio. A énfise dove ser dadaem sea paciente foi avaladaacaraa, com imerrapgies et Ei sinese, com base aa compreensio e integrago dos dao verbs e mio veins do pacer, o pscslogo deve cer clementosnio s6dagndstics, mae tame ptognsticoy, «deve contempt + Tipos de problemas arcsec A maurez,incensidadee televinca dessesdatnbios + Osaspecios sais preservals, ncindo a capaci do pacente de asimilarcontrbuigs adapeativase de se mex Fear em fungi dela + Condigtes emocionas, cultura e econdmicas, nfo si do pacente, mas embers des fain. + Quando houvernecessdade de mas de um encaminamento, cstabelecer uma esa de prioidades, de forma a io sobre ‘arrepa pacienee familia Como as concusses que tesultaram em encaminhamento ose ascarm em anpectos interim mas tama cnside- ‘ou avid de relagho do pacente, algunas indicagbes poem ser para especaldades ou para outas areas que to dieramente AmeasMcinca MAS UENEMMENMOBUCROMEOOAOSIS — 35 sinculadas@ ajnda pguics. Por exemplo, encaminkamento de no para centtos de convvénia de tect idade com alia ‘Ge reimegrasio social para insert em quadeos depresivos. ‘Outro exemple: pars que © paienterefaga sua autoimagem, helhore wn antoescina econfiang,sierratividades que mexam nm 0 corpo, como nadar, dana. Paraiso, € prevso que © icdlogo exe ibereo de rendencosamentefaerindicages em tr linha tric. Pereebe-ae, a0 longo desta exposigio, que no esquema do proce derealzagio de wn digadstico, 0 elemento crucial no Co rest, aha rtica, mas 0 propre piclogo. Ele possi as feramentas mas s grandes decisis (que nfo so pou) esto fm sas mos. Ele temo pacente que he di as esposas. Mas primis que aba aplicar estes ou cond entrevisas 0 ses ‘Scseateabl depende fandamestalmente de sua sensibislade ‘linc. Para desenvols-s, deve estar sempre consent do que eons, expla implictamente, 2 ave raciona ou io, 7 dane tl 0 proceso dagnéstico, ‘Un aspecta que merece ser essalado € de que cada proces singiticn seve corresponder a0 reise das bservages, da ‘onda etcaminhamentos reaiaados. Sio sempre para c= twoe do pice es foro as, pars eselaracimento de quem ‘ole o proceso. E aqui opseclog se depara com a questo ‘Vsiil profssional edo repsteo de informagdes em promuitio, porculariand-se para otha em hospitas + que deve ser regia: as informasiesadequadhs para 0 ctendimento dos outros membros da equipe, em lingnagem Simple, porém proisonal + Confdencaidade das informasies: no momento em que 0 pscslog pasa. fazer parte de una equipe muliprfisonal, Todos tm scewova informagiesconfdencais uns dos outros, ce pasa set regidon por um e6igo de éticaem sae, © pio individual. Aguees profisionis que ago posuem codigo pectic, que peas carcteristies de suas abuiges tm aces a informasies confdenciais, como serena © et tur, € reservada + panigio de dipenta por jsta east pela CLT por viola de segredo de conhecmento exclusiva ‘ha empresa. Porn, o pislogo poe e deve comunicr & registrar as infoemages de seu confecnento que sejam pet tines orientadora dan ages da equip de sai, vido cexclustamente ao enestar do pacient Entraves para 0 processo diagnéstico 0 priélogo deve comsiderar que 0 pacinte tn um sf mento psicoligco, e que ambos se movem mum interrlagio mesmo prévia a0 atendinent. Assim, 0 priniiro enconiro € ansidgeno para ambos. As ieias que awam antes do conto Inia dependem da personalidade de cada tm e surge da recesidade de eransormar a stuagéo desconhesidatemerosa, «em ones, conhecid, fail. Para muits pessoas & uma expesincia inlia estar com tum psiclogo, Conversar com alguém que ao inv de citi ¢ uve, ove, mostando qe compreende, sm, pore, alga. Eo tipe de elas quests algun que no perguta nada paras pesoalmente, mas feelin seu interesefoalmente no prciene (© paiemte, descobrindo esas craters no psidlago «desconecendo sua personalidade mas faguezas~ coloc-o ‘mo oniporente (esti para resolve), consder-o como idea Srgem atavés de comentris como "a senhors me ajvdou uito”, “fo primeira pessoa para quem conte iso", Ma ete Igae também pode ser conferdo por similaridade insti (principalmente em hospi) ~ “vim paca me ear, voce tah ha agu, lgo voe® me cur". Evidentemente pode aparecer no pcinte um tipo opesto de sentiment que ej de projet de AOeNRGNCAEMEGHEREMNE TO DNENESTCOSNHEATAS 97 snsedade, de seatimentosnegaivos. Isto se di princpalmente {quando opacente encaminhado, eque nose enha propia (Srrealneceidide de anda Reeuse afar, nto sabe que fl ‘falta com frequéncia Por outro lado, em pesquisa realzada pelo CRP = 6" epi —sbredscriminagio no tendimento pole ‘im reurso de sade mental om propries pacientes apontam que ‘So csciminados por pare dos prisinais devi 2: dferengas Caluras sexual (*mres no tem queas reais") fica erin (Cidouo preter”), presenga de exignatizantes asociados ‘llVampatagio, de pee), apresenagso pessoal entre otros. "Mas deve ser comsiderado gue herbs difcadades pro senents do pipe piste. Assi, 0 pscdlogosofe presses + Pacente, que quer aj, slugs, + Familia que quer que um dos seus sia ajudado, econseque ‘emenigalviesem grap familia + Mein ambien (equine, instuigio), qe quer que o uahalho fej desenvolvid com competes, urgenei,eficca, No Se eve deseonsierartambén o sspecto competitive. + Profiional que fer 0 encaminamento, que quer auxlio ou tefong paras prin ateimeno ou trabalho. + Proprio picélago que entrevista, que quer corrsponder 3 sutoimagem que fa de proprio ‘Como considers fais, para se sarisfinee no exerci desun ungies, opicblogn deve ser como condigaes pesos + al voeagiohumantica para entender 0 outro, conduzindo asim 2 autenticiade ue influ na atieedeinconsient do pacer. “+ Hlumildae, reconhecendo seus limites sem deixar de 1eco- nace seus valores, Combecendo sus aebutos, mas estando prepara part repenslor sem sense diminuido. + Consequentemente,capacidae de asim e ingenvidade GGaranindo assim a posse de asimilar novas singe ‘ou conhecimentos 3 no rio ateipada Como rfere Bion “J irs a0 encontro sem desc, emt ‘voneade de cura, sem meméria que pega a servagao do n20 ‘ntalogado™. Ou ses, a relagio com o paciemte no deve remetet ‘nada além dela prépri, para jastamente ser spreenda com linia que Existe outro dado que deve ser salientado na relagio pcdlogo-paciente que € prdprio de massa epoca: a presenge de outrasentidades (lem a dupa) permcando «cada a serem dispensidos. Reereae 3 preacupagi em comtensio de ‘ust, normatizando a relat psictloge-pacente no merc, 2 instuiges que tas outros internsesdeterminando o tipo de sssstnca, sua durap, fimlidade, Até mean av movimento ‘de desinsituionaliagio da doenga mental pode-eperguntar se se deve a um verdadero penst ou prorzar as pessoas ou tem ses unamentos,inaidaes, expecta akados na realidad condi (© PACIENTE EM ESTADO CRITICO Anda Tomes Citic, 1 Refronteo cracterizado por wma erie 2 Anu de dscrimento eto, juga seve ‘ apecogan esecalada. 3. Que envoeeincertect ‘ow sc; ergoeo. 4 De importancia dcioa para tim desfech. (Diconbi Medic de Blakistn, 1879) CO adccer sbioe grave Fonte de desorganizasopiguiss ‘sn experdncia va clminar na quebra de certezas do paiente ‘cds ia, condigio humana, alive e moral ser exp Sitada, A espa cole decorrentes do impacto caso peinameaga 3 vida vio dependerdaestrtura de personlidade, "lo momento devia em que ocorremy, da historia do pacinte€ ‘de seus aires, Ess rexpostas podem arar muito, indo desde fo afataneno da realdade, aegaio, raiva até o conformism © scitagho dos prpios tes. : “hinseguranga quanto A possibiidade de recuperaco, 2 inpcevinblidade quanto a0s watamenos necesirios eo tempo {ue demandario oma a inernagio nas unidades de emerge is on de terapia intensiva um comtato com 0s sentiments de

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