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CPM - Programa de Certificagao de Pessoal de Caldeiraria Caldeiraria Tragados de Caldeiraria Tragados de Caldetraria ‘Trabalho realizado em parceria SENAl / CST (Companhia Siderurgica de Tubaréo) Coordenagéo Geral Supervisao Elaboragio Aprovagio Etoragao Luis Cléudio Magnago Andrade (SENAl) Marcos Drews Morgado Horta (CST) Alberto Farias Gavini Filho (SENAl) Wenceslau de Oliveira (CST)) Carlos Roberto Sebastido (SENAl) Silvino Valadares Neto (CST) Nelson de Brito Braga (CST) Ricardo José da Silva (SENAI) Roviséo: Carlos Roberto Sebastiéo - Outubro de 2005, ‘SENAI - Servigo Nacional de ‘Aprendizagem Industrial DAE - Divisao de Assisténcia as Empresas Departamento Regional do Espirito Santo ‘Av, Nossa Senhora da Penha, 2088 - Vitoria - ES. CEP 29045401 - Caixa Postal 683, Telefone: (27)3325-0255 CST Companhia Siderirgica de Tubarao FHD - Divisdo de Desenvolvimento e Remunerago AV. Brigadoiro Eduardo Gomes, n° 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES. CEP 29163-970 Teletone: (27) 3348-1484 Direitos Autorais Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei n® 9.610, de 19.02.98 (Lei dos Direltos Autorais), 6 prolbida a reprodugo total ou parcial, por qualquer meio ou processo, seja eletrénico, sistemas Graficos microfilmicos, mecdnicos, inclusive processo xerografices, de folocdpias © de gravagées, ‘sem autorizagao prévia da LTC- Livros Técnicos e Cientificos Editora S.A. Essas prolbigdes também se aplicam as caracteristicas da obra e sua editoragdo. A violagdodos Direitos Autorais importa em busca e apreensdo e indenizacao diversas (Arts. 101 a 110 da Lei 9.610/98), sendo também punivel ‘como crime capitulado no Artigo 184 do Cédigo Penal Brasileiro, Prefacio Este trabalho 6 0 resultado de uma extensa pesquisa realizada entre Engenheitos, Técnicos e Instrutores, com o objetivo de capacitar os profissionais, da tea de caldeiraria, que atendam aos quesitos da Norma da ABRAMAN (Associacao Brasileira de Manutencao) a prestarem exames no Centro de Qualificagéo (CEQUAL), visando sua certificagao, Apés a avaliagao do contetido de varios livros relacionados ao assunto, a equipe optou por selecionar e resumir as informagdes contidas no livro de “Tubulagdes Industriais” do Professor Pedro Carlos da Silva Telles — Editora LTC — 10* edi¢ao, e a apostila de Caldeiraria Naval do SENAI, por terem todas as informacées técnicas necessarias para atender aos objelivos propostos. Sumario 1. Tragados de caldeiraria ... 2. BisSettiz ......-.eeeceeeeeeeeee 3. Divisées de Angulos 4, Tragado de Tangente.... 5, Divisdes da Circunteréncia 6. Tragado de Espiras. 7. Desenvolvimentos ¢ Planificagses.. . 8. Tronco de Cone..... 9. Curva de Gomo 10. Quadrado para Redondo. 11, Retangulo para redondo .. 12. Intercessdo de um Cone com um Cilindro 13. Tubulagao Industrial . 13.1, Processos de Fabricagao de Tubos 13.2. Processos de Extrusdo e Fundigao. 14, Fabricagao de Tubos com Costura.. 15. Juntas de Expansdo . 15.1 Movimentos das Juntas de Expansao. 15.2, Juntas de Telescépio.... 16. Purgadores, Separadores e Filtros ... 16.1. Principais Tipos de Purgadores. 17. Filtros para Tubulagées.. 18. Suporte de Tubulagao. 19. Alinhamento de Tubos 20. Desenhos Isométricos. 21. Valvulas. 22. Conexées de Tubulagao. 22.1. Outros Acessérios de Tubulagao...... 23. Espessura de Parede de Tubo.... 24. Pintura das Tubulagées. 25. Preparacdo para Montagem 26. Soldas. 27.Montagem de Tubulagdes 28. Limpeza das Tuybulagées ... 29. Ajustagem de Suportes Fixos ¢ de Suportes de Molas . 30. Testes de Pressdo em Tubulagées e em Valvulas 31. Preparagao e Execucao de Testes de Pressao em Tubulagoes ... 32. REFERENCIA 07 09 1 13 23 27 41 48 51 52 54 55 59 62 63 66 66 81 84 87 92 103 126 140 143 145 145 153 163 166 170 171 172 175 1. TRAGADOS DE CALDEIRARIA LEVANTAR UMA PERPENDICULAR NO MEIO DE UMA RETA D AB, reta dada. Com ponta seca em A tragar dois arcos acima e abaixo da reta. Em seguida, com ponta seca em B tragar outros dois arcos que cortem os primeiros nos pontos C e D. Por estes pontos, passa a perpendicular pedida. LEVANTAR UMA PERPENDICULAR POR UM PONTO QUALQUER DE UMA RETA AG x D 5 AB, reta dada. Ponto X. Com ponta seca em X marcar os pontos C e D. Depois, com ponta seca em Ce D, respectivamente, tragar dois arcos que se cruzem no ponto E. A reta que une E com X é a perpendicular pedida. POR UM PONTO Y DADO FORA DA RETA, FAZER PASSAR UMA PERPENDICULAR AB, reta dada. Y ponto fora da reta. Com ponta seca em Y, tragar dois arcos que cortem a reta nos pontos C e D. Em seguida, com ponta seca em C e depois em D, tragar dois arcos abaixo da reta AB, que se cruzem no ponto E. Areta que une 0 ponto E com o ponto Y é a perpendicular procurada. LEVANTAR UMA PERPENDICULAR NA EXTREMIDADE DE UMA RETA AB, reta dada. Com ponta seca em A, e qualquer abertura do compasso tragar 0 arco CD. Continuando com a mesma abertura do compasso e ponta seca em D, tragar o arco E, Com ponta seca em E (e mesma abertura do compasso) tragar 0 arco F. Ainda com mesma abertura do compasso e ponta seca em E e depois em F, tragar dois arcos acima que se cruzem no ponto G. A linha que une o ponto C ao ponto A é a perpendicular procurada DADO UM ANGULO ABC QUALQUER, TRAGAR OUTRO IGUAL NA EXTREMIDADE DE UMA RETA ‘ABC, angulo dado. AB, reta dada. Com a ponta seca do compasso no vértice do angulo dado, tragar um arco que corte seus dois lados nos pontos E e F. Depois, com a ponta seca na extremidade A da reta (sem mudar a abertura do compasso) tragar outro arco, Em seguida, com abertura EF e ponta seca em E, tragar outro arco que corte o primeiro no ponto F. Ligando-se o A da extremidade da reta com F, obtém-se outro angulo igual ao primeiro. 2. BISSETRIZ TRAGAR A BISSETRIZ DE UM ANGULO QUALQUER ABC, angulo dado. Com abertura qualquer do compasso e ponta seca no vértice do angulo dado, tragar um arco que corte seus dois lados nos pontos E e F. Depois, com ponta seca em E e depois em F, tragar outros dois arcos que se cruzem no ponto G. A linha que liga o vértice B do angulo com o ponto G é abissetrz. TRACAR DUAS PARALELAS A UMA DISTANCIA DADA Ar-——_t B AB, primeira paralela, Z, distancia dada. Em dois locais quaisquer, préximos das extremidades da semi-reta AB, levantar duas perpendiculares C e D. Depois, com abertura de compasso igual a Z e ponta seca em C, marcar E. Com ponta seca D marcar F. A linha que liga E com F é paralela a AB. TRACAR A BISSETRIZ DE UM ANGULO CUJO VERTICE NAO CONHECEMOS: AB e CD sao os lados do angulo de vértice desconhecido. Num ponto qualquer do lado CD levantar uma reta que toque 0 lado AB formando a linha EF. Centrar em E @ tragar um arco que toque nos pontos G e H, marcando também o ponto 1. Centrar em F e tragar outro arco que toque nos pontos | e J, marcando também o ponto 2 Centrar no ponto 1 e depois em H e tragar dois arcos que se cruzem no ponto 3. Centrar em 1 e depois em G, e tragar outros dois arcos que se cruzem no ponto 4, Centrar em 2 e |e tragar dois arcos que se cruzem no ponto 5. Centrar em 2 e Je tragar dois arcos que se cruzem no ponto 6. Ligar E com 4 e F com 5 de modo que se cruzem no ponto 7. Ligar E com 3 e F comé de modo que se cruzem no ponto 8. Alinha de centro que liga 7 a 8 6 a bissetriz do angulo. 3. DIVISOES DE ANGULOS DIVIDIR O ANGULO EM TRES PARTES IGUAIS ABC, angulo dado. X, vértice do angulo. Centrar em X e com uma abertura qualquer do compasso tragar o arco DE. Em seguida, com a mesma abertura, centrar em E e tragar um arco marcando 0 ponto G. Centrar em D com mesma abertura_e marcar 0 ponto H. Ligando X com G e X com 11 0 angulo reto fica dividido em trés partes iguais. 10 TRAGAR UM LOSANGO EINSCREVER NELE UMA CIRCUNFERENCIA EM PERSPECTIVA AB diagonal maior. CD diagonal menor Ligar A com C e A com D. Ligar B com C ¢ B com D, formando assim o losango. Dividir ao meio os lados do losango marcando os pontos E, F, Ge H. Ligar D com E @ C com G, marcando o ponte |. Ligar D com F e C com H, marcando o ponto J. Em seguida, centrar 0 compasso em D e tragar um arco que ligue E com F. Centrar em Ce tragar outro arco que ligue G com H. Centrar em | e tragar um arco que ligue G com E. Centrar em J e tragar outro arco que ligue F com H, ficando assim pronta a circunferéncia em perspectiva, it 4. TRAGADO DE TANGENTE TRAGAR UMA LINHA TANGENTE A UMA CIRCUNFERENCIA DADA Tragar a circunferéncia e marcar nela 0 ponto X. Ligar o ponto O (centro da circunferéncia) ao ponto X. Centrar 0 compasso em Xe tragar um arco marcando o ponto 1. Centrar em 1 e com a mesma abertura do compasso marcar 0 ponto 2. Gentrar em 2 marcar 0 ponto 3. Centrar em 3 e depois em 2 e tracar dois arcos que se cruzem no ponto 4. A linha que liga 4 com X é a tangente pedida. 12 POR TRES PONTOS DADOS_ QUE NAO ESTEJAM — ALINHADOS, FAZER PASSAR UMA CIRCUNFERENCIA Fig.13 te JOS c ABC, pontos dados. Unir os pontos A, B e C por meio de retas. Dividir estas retas ao meio e tragar as retas EF e GH de modo que se cruzem no ponto 1. O ponto 1 € 0 centro. da circunferéncia que passa pelos pontos dados anteriormente. Fig.14 c ABC, triangulo dado. Achar o meio do lado AB e também o meio do lado AC, marcando os pontos D e E. Ligar D com C, e ligar E com B, de modo que se cruzem no ponto 5. O ponto 5 é ocentro da circunferéncia 2B 5, DIVIDIR CIRCUNSFERENCIA DIVIDIR UMA CIRCUNFERENCIA EM TRES PARTES IGUAIS E INSCREVER O TRIANGULO Fig.15 c NO D B Tracgada a circunferéncia, tragar também a linha AB. Depois, centrar o compasso em B e com abertura igual a B1, tragar o arco CD. Ligar A com C e A com D. Finalmente, ligar D com C, formando assim o tridngulo. 14 DIVIDIR UMA CIRCUNFERENCIA EM QUATRO PARTES IGUAIS E INSCREVER O QUADRADO Fig. 16 Ss Tragada a circunferéncia, tragar também as linhas AB e CD. Ligar A com C e A com D. Ligar B com C e B com D, formando 0 quadrado dentro da circunferéncia . DIVIDIR UMA CIRCUNFERENCIA EM CINCO PARTES IGUAIS E INSCREVER O PENTAGONO, Cc Fig. 17 Tragada a circunferéncia, tragar também o didmetro AB. Em seguida tragar a perpendicular CD. Dividir DB ao meio, marcando o ponto E. Com uma ponta do compasso em E e outra em C, tragar o arco CF. Em seguida, com abertura igual & reta pontilhada FC e uma ponta em C, marcar os pontos G e H. Com uma ponta em G (e mesma abertura anterior) marcar o ponto |. Com uma ponta em H, marque o ponto J. Ligar C com H, H com J, J com |, | com G, G com C, ficando assim pronto o pentagono dentro da circunferéncia TRAGADO DO PENTAGONO SENDO DADO 0 LADO ‘AB, lado dado. Com uma ponta do compasso em B e abertura igual a AB, tragar uma circunferéncia. Em seguida, com centro em A, tracar outra circunferéncia de modo que corte a primeira nos pontos C e D. Tragar a perpendicular CD, depois, com centro em D (e a mesma abertura anterior), tragar uma terceira circunferéncia, marcando os pontos 1, 2 e 3. Ligar o ponto 3com o ponto 1 © prolongar até tocar o lado da primeira circunteréncia, marcando 0 ponto 4. Ligar 2 com 1 e prolongar até tocar o lado da segunda circunferéncia, marcando o ponto 5. Depois, com uma ponta do compasso no ponto 5 e abertura igual ao lado dado, tragar um arco que corte a reta CD. Com uma ponta em 4, tragar outro arco que corte o primeiro no ponto. 6, Unir A com B, A com 4, 4 com 6, 6 com 5, 5 com B. 16 DIVIDIR_UMA CIRCUNFERENCIA EM 6 PARTES IGUAIS E INSCREVER O HEXAGONO Tragada a circunferéncia, tragar também o diametro AB. Depois, com a mesma abertura do compasso e centro em A, tragar um arco que toque nos dois lads da circunferéncia marcando os pontos C e D. Mudando a ponta do compasso para B, tragar outro arco que toque em outros dois lados da circunferéncia, marcando os pontos E e F. Ligar os pontos através de retas para que fique inscrito o hexdgono dentro da circunferéncia. 7 DIVIDIR_UMA CIRCUNFERENCIA EM 10 PARTES IGUAIS E INSCREVER O DECAGONO Fig. 20 Tragar a circunferéncia e os diametros AB e CD e determinar o centro O. Depois, fazendo centro em A, tragar dois arcos acima e abaixo da linha AB. Fazer centro ‘em O e tragar outros dois arcos que cortem os dois primeiros nos pontos 1 e 2. Tragar uma perpendicular por estes pontos para determinar o meio de AO, marcando o ponto 3. Com centro em 3 e abertura igual a 3-A, tragar um arco AO. Ligar 3 com C, determinando o ponto 4. Abrir 0 compasso com medida igual a C-4, tragando, a seguir, o arco EF. Com esta mesma medida, marcar ao longo da circunferéncia para dividila em 10 partes iguais. Ligar finalmente estas partes através de retas. 18 DIVIDIR_UMA CIRCUNFERENCIA EM 9 PARTES IGUAIS E INSCREVER O ENEAGONO Tragar a circunteréncia e também os diametros AB e 1D, marcando também o centro O. Em seguida (com a mesma abertura do compasso) tragar o arco OE. Abrir 0 compasso com medida igual a DE, centrar em D e tragar o arco EF. Continuando com a mesma abertura, centrar em F e tragar 0 arco 1G. A distancia GA é igual a um dos lados que dividird a circunferéncia em 9 partes iguais Bastard, portanto, abrir o compasso com esta medida, centrar em 1 e marcar 2; centrarem 2 e marcar 3, @ assim sucessivamente. Depois, unir estes pontos através de retas, para inscrever o enedgono dentro da circunferéncia. 19 TRACAR O HEPTAGONO PELO PROCESSO GERAL. (Obs.: Este proceso permite dividir a circunferéncia_ em qualquer numero de partes iguais.) 4 Fig. 22 Tragar a circunferéncia e também os didmetros 1C e AB, prolongando um pouco para além da circunferéncia a linha de diametro AB. Depois, ao lado do didmetro 1C, tracar outra linha formando um angulo qualquer. Abrir 0 compasso com uma medida qualquer e marcar na linha inclinada tantas vezes quantas se quer dividir a circunteréncia (no caso 7 vezes). Continuando, com o auxilio da régua e esquadro, ligar 7 a C, e mantendo a mesma inclinagao, ligar os outros numeros a linha de centro e marcar nessa linha apenas o numero 2. Abrir o compasso com medida igual a 1C, centrar em C e tragar um arco que corte o prolongamento do diametro AB. Centrar em 1 e tragar outro arco que corte o primeiro, marcando 0 ponto D. Ligar D ao ponto 2 do didmetro vertical e prolongar até tocar a circunferéncia, marcando ponto 2" A distancia 1-2 é uma das partes que dividira em 7 partes iguais. Atengao: sejam quantas forem as partes em que se queira dividir a cirounferéncia, a linha que parte de D devera sempre passar pelo ponto 2 do diémetro vertical. 20 DADO O EIXO MENOR AB, CONSTRUIR O OVULO Fig. 24 Traga-se 0 eixo menor AB e divide-se ao meio, por onde passara o eixo maior CD. Centra-se em 5 e traga-se uma circunferéncia, marcando o ponto 6. A seguir, liga-se A com 6 e prolonga-se para além da circunferéncia. Faz-se o mesmo partindo de B. Depois, abre-se 0 compasso com medida AB, centra-se em Ae traga-se um arco que, parlindo de B, pare na linha A6, marcando o ponto 7. Muda-se 0 compasso para B, traga-se outro arco que, partindo de A, pare na linha B6, marcando o ponto 8. Finalmente, centra- se no ponto 6 e traga-se um arco que ligue 7 a 8, completando assim 0 évulo. 21 DADO O EIXO MAIOR, TRAGARA OVALDE DUAS CIRCUNFERENCIAS Fig. 25 Traga-se 0 eixo maior AB e divide-se-o em trés partes iguais, marcando os pontos 1 e 2. Centra-se 0 compasso em 1 e com abertura igual a A1, traca-se a primeira circunferéncia. Muda-se 0 compasso para o ponto 2 @ traga-se a segunda circunferéncia, marcando os pontos 3 e 4. Liga-se 3 com 1 e prolonga-se marcando o ponto 5. Liga-se 3 com 2 e prolonga-se, marcando o ponto 6. Liga-se 4 com 1 prolonga-se marcando o ponto 7. Liga-se 4 com 2 e prolonga-se marcando 0 ponto 8. Em seguida, abre-se 0 compasso com medida igual a 3,5, centra-se em 3 e traga-se um arco ligando 5 a 6. Muda-se o compasso para o ponto 4 @ traga-se outro arco, ligando 7 a 8 e completando assim a oval. 22 TRAGAR A OVAL DE TRES CIRCUNFERENCIAS Fig. 26 Inicialmente traga-se 0 eixo AB e divide-se-o em quatro partes iguais, marcando os pontos 1, 2 @ 3. Abre-se o compasso com medida igual a Al, centra-se em 1 @ traga-se a primeira circunferéncia. Muda-se 0 compasso para 2 e traga-se a segunda, marcando os pontos 4 e 5. Centra-se em 3 e traga-se a terceira circunferéncia, marcando os pontos 6 e 7. Liga-se 1 com 4 e prolonga-se nos dois sentidos, marcando os pontos D eC. Liga-se 3 com 6 e prolonga-se até cruzar com a primeira, marcando os pontos D e E. Depois, liga-se 1 com 5, prolonga-se e marca-se 0s pontos F e G liga-se 3 com 7 e também prolonga- se nos dois sentidos, marcando os pontos G e H. Os pontos D e G sao os vertices da oval. Centra-se, portanto, em D e com abertura DC, traga-se um arco ligando C com E Muda-se 0 compasso para G e com a mesma abertura, traga-se outro arco, ligando FcomH 23 6. TRAGADO DE ESPIRAL TRAGADO DA ESPIRAL DE DOIS CENTROS. Fig. 27 Primeiramente traga-se 0 eixo AB. Depois, no meio do eixo, marcam-se os pontos 1 e 2, Centra-se 0 compasso no ponto 1 e com abertura igual a 1-2, traga-se 0 arco 2-C. Centra-se em 2 e traga-se 0 arco CD. Centra-se em D e faz-se outro arco DE. E assim por diante, centra-se alternativamente em 1 ¢ 2 e vao se tragando arcos. 24 TRACADO DA ESPIRAL DE TRES CENTROS Fig. 28 Constréi-se primeiro um pequeno triéngulo equildtero e marcam- se os pontos 1, 2 € 3. Liga-se 1 com 2 e prolonga-se. Liga-se 2 com 3 e prolonga-se. Liga-se 3 com 1 e prolonga-se. Depois, centra-se em 3 @ faz-se 0 arco 1,3; centra-se em 2 faz-se 0 arco 3,2; centra-se em 1 faz-se 0 arco 2,1 e assim um arco sera sempre a continuidade de outro. TRAGADO DA ESPIRAL DE QUATRO CENTROS Fig. 29 Traga-se primeiramente um pequeno quadrado e marcam-se os pontos 1, 2, 3 ¢ 4. Depois, faz-se uma reta ligando 1 com 2, outra ligand 2 com 3; outra ligando 3 com 4 @ outra ligando 4 com 1. Em seguida, centra-se o compasso em 4 e traga-se 0 arco 1,4; centro em 3, arco 4,3; centro em 2, arco 3,2; centro em 1, arco 2,1. Como nas figuras anteriores, um arco é sempre a continuidade do outro. 26 TRACADO DA ESPIRAL POLICENTRICA Fig. 30 Desenha-se um hexagono e numeram-se os pontos de um a seis, Depois, tragam- se retas ligando (e prolongando) 1 com 6; 6 com 5; 5 com 4; 4 com 3; 3 com 2; 2 com 1 e 1 com 6. Estas retas nao tém um tamanho determinado. Como nas outras espirais, centra-se 0 compasso em 1 e faz-se 0 arco 6,1. Centro em 2, arco 1,2; centro em 3, arco 2,3; centro em 4, arco 3,4; centro em 5, arco 4,! entro em 6, arco 5,6. 27 7, DESENVOLVIMENTOS E PLANIFICACOES Fig. 32 Fig. 33 [ok [bara As figuras 31, 32 e 33 mostram o desenvolvimento lateral de um cilindro, que é um reténgulo, cujo comprimento é igual ao diametro médio encontrado, multiplicado por 3,142, Em planificagdo de chapas, tanto em funilaria industrial como em caldeiraria, deve-se sempre usar o diametro médio, indicado aqui pelas letras DM. Método para se encontrar 0 DM. Se o diametro indicado no desenho for interno, acrescenta-se uma vez a espessura do material e multiplica-se por 3,142. 1 exemplo: Diametro indicado no desenho 120mm interno; espessura do material, 3mm, 120 + 3 = 123. O nlimero 123 6 0 DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por 3,142. 2° exemplo: O didmetro indicado no desenho é 120mm externo: subtrai-se uma vez a espessura do material . Assim, 120- 3= 117. O numero 117 6 0 DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por 3,142. Obs.: Em chaparia 6 costume usar-se apenas o numero 3,14 ao invés de 3,142. Entretanto, se acrescentarmos 0,0004 (quatro décimos milésimos) ao 3,1416 obteremos 0 numero 3,142 que d4 uma melhor precisdo ao didmetro da pega que sera confeccionada. Para confirmar seguem-se dois exemplos: 12 120 X 3,14 = 376. 2 120 X 3,142 = 377. Verifica-se assim que obtivemos uma melhor aproximagao 28 PLANIFICAGAO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NAO PARALELA - PROCESSO 1 Fig. 35 Fig. 34 ‘Acha-se 0 diémetro médio e desenha-se inicialmente a vista de elevagao (fig. 34). A seguir, traga-se 0 semicirculo 1-7, 0 qual sera dividido em um numero qualquer de partes iguais, 1-2-3-4-5-6-7. A partir destes pontos serao levantadas perpendiculares que tocarao a parte inclinada do cilindro marcando-se os pontos 1'-2'-3'4'-5'-6'-7', A seguir, multiplica-se 0 DM por 3,142 sobre uma reta que devera ser tragada ao lado da fig. 34, marca-se 0 comprimento encontrado. Divide-se esta reta em partes iguais (exatamente 0 dobro das divisées feitas na fig. 34). Por estas divisdes sero levantadas perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7' (localizados na parte inclinada do cilindro), tragam-se retas horizontais que cruzaréo com as verticais levantadas anteriormente, marcando os pontos 1"-2"-3- 4'5"-67". Finalmente, unem-se estes pontos com o auxilio de uma régua flexivel. 29 DESENVOLVIMENTO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NAO PARALELA - PROCESSO 2 Fig. 37 Como sempre, acha-se primeiro o didmetro médio como foi explicado nas figuras 31, 32 ¢ 33, A seguir, desenha-se a vista de elevacao do cilindro e marca-se © angulo de inclinagéo ABC. Traga-se 0 arco AC e divide-se-o em um numero qualquer de partes iguais. Multiplica-se o DM por 3,142 e marca-se o comprimento encontrado 1-1 sobre uma reta qualquer. Levantam-se as perpendiculares 1-7 e 1-14. Transporta-se com o compasso 0 arco AC para as verticais 1-7 e 1-14, dividindo-os em partes iguais. Unem-se estas partes através das retas 1-8,2-9, 3-10, 4-11, 5-12, 6-13 e 7-14. Divide-se a reta 1-1 no mesmo numero de partes iguais e levantam-se perpendiculares que _cruzarao com as horizontais ~tragadas-—anteriormente. Marcam-se os pontos de cruzamento e unem-se-os com uma régua flexivel 30 PLANIFICAGAO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NAO PARALELA - PROCESSO 3 Fig. 39 Fig. 38 Muitas vezes, a chapa em que se esta tragando a pega é pequena, sendo suficiente apenas para fazer 0 desenvolvimento, nao tendo espago para se tragar a vista de elevagao do cilindro. Neste caso, utiliza-se 0 processo 3, que consiste em se tragar a vista de elevagao (Fig. 38) em qualquer pedago de chapa (em separado) com todos os detalhes ja indicados nas figuras anteriores. Depois traga-se a linha AB na chapa em que se esté tragando a peca. Dividir-se-4 em partes iguais e levantam-se perpendiculares. Entao,abre-se 0 compasso com abertura igual a 1A (Fig. 38) e marca-se esta medida no desenvolvimento (Fig. 39). Volta-se ao perfil e pega- se a medida 2B passando-a para o desenvolvimento. Pega-se a medida 3C transportando-a também. E assim por diante, sempre marcando as medidas & esquerda e a direita da linha de centro 7G da Fig, 39. 31 PLANIFICACAO DE CILINDRO COM AS DUAS BASES (BOCAS) INCLINADAS Fig. 40 Fig. 41 Esta pega é bastante semelhante as que foram desenhadas anteriormente, com a Unica diferenga de que tem as duas bocas inclinadas. Pelo préprio desenho desta pagina, verifica-se como é facil a planificagao. Basta que se divida o semicirculo AB ‘em partes iguais e se levantem perpendiculares, marcando os pontos 1-2-3-4- 567 e@ 1'-2'3'-4'-5'6-7'. Levantam-se perpendiculares também na parte que sera desenvolvida (Fig. 41). O cruzamento das linhas horizontais que partem da fig. 40, com as verticais da fig. 41 formam as linhas de desenvolvimento EF cD. Obs.: Esta figura também pode ser desenvolvida transportando- se as medidas com ‘© compasso ao invés de se cruzarem as linhas, 32 PLANIFICAGAO DE COTOVELO DE 45° Fig. 42 Fig. 43 12 VAOS IGUALMENTE ESPA¢ ADOS © cotovelo de 45% é largamente utilizado em instalagdes industriais. Nas figuras anteriores mostrou-se como se desenvolve tubos com a face em grau, nao sendo necessério explicar-se aqui como se faz o desenvolvimento, porque © cotovelo nada mais é do que dois tubos desenvolvidos com o mesmo grau. Assim, dois tubos de 22,5° formam o cotovelo de 45° Obs.: Os encanadores, pelo fato de trabalharem com tubos ja prontos, deverao desenvolver os modelos em chapa fina e para isso deveréo medir o diametro externo do tubo e multiplicd-lo por 3,142 33 PLANIFICACAO DE COTOVELO DE 902 Fig.45 12 VAOS IGUALMENTE ESPACADOS @EXTERNO x 3,142 As figuras 44 e 45 que representam o cotovelo de 90°, nao precisam também de maiores explicagées. Basta que sedesenvolvam dois tubos de 45%, como ja foi explicado anteriormente, e solde-se um no outro. 34 INTERSEGAO DE UM CILINDRO POR OUTRO DE DIAMETRO IGUAL Fig. 50 Fig. 49— A intersegao de dois cilindros saindo a 90° um do outro, também chamada "boca de lobo", é uma das pegas mais usadas em funilaria industrial e é de facil confecgao. Basta que se trace inicialmente a vista de elevagao, e se divida o arco AB (Fig. 49) em partes iguais e marquem-se os pontos 1-2-3-4-5-6-7. A partir estes pontos _levantam-se perpendiculares, até tocar 0 tubo superior, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. A seguir, acha-se o diametro médio, multiplica- se por 3,142 @ a medida encontrada marca-se em uma retaCD na mesma direcéo de AB, e divide-se em partes iguais marcando-se os pontos M-N-O-P-Q-R-S-R-Q-P-O-N-M Apartirdestes, levantam-se_perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'- 2'-3'-4' etc., tragam-se linhas horizontais que cruzaréo com as verticais e levantadas anteriormente, marcando os 35 INTERSEGAO DE CILINDROS COM DIAMETROS DIFERENTES Fig. 52 Fig. 53 A intersegao de cilindros com didmetros diferentes, saindo a 90° um do outro, ¢ feita da mesma forma como foi explicado nas figuras 49 e 50. 36 8. TRONCO DE CONE TRAGADO DO TRONCO DE CONE - PROCESSO 1 Fig. 76 < © tronco de cone é provavelmente a pega mais usada nas industrias, — seja par reduzir uma tubulagdo, seja para escoamento de liquidos etc. E também uma das pegas mais faceis de serem tragadas. No exemplo presente, traga-se primeiro a vista de elevagao (Fig. 75) e em sua base maior 0 arco AB, o qual divide-se em partes iguais 1-2-3-4-5-6-7-8-9. Prolonga-se a linha AC e DB até tocar no ponto S que é vértice do cone. Fazendo centro em S traga-se 0 arco EF a partir da base AB. Com mesmo centro e partindo da base CD traga-se outro arco. A seguir, abre-se 0 compasso com abertura igual a uma das divisdes do arco AB, e marcam-se 0 dobro destas divisdes no arco EF. (Ex.: se a vista de elevacao esta dividida em oito partes iguais, evidentemente, seu dobro 6 16, como na Fig. 76.) Liga-se E ao vértice S, marcando o ponto C. Liga-se F ao vértice S, marcando o ponto HO arco GH é a boca 37 TRACADO DO TRONCO DE CONE - PROCESSO 2 Fig. 77 | ea F-4-% I Traga-se a vista de elevagdo ABCD. Na base maior traga-se 0 arco 1-9, 0 qual divide-se em partes iguais 1-2-3-4 9. Prolongam-se as linhas AC e BD de modo que se cruzem, marcando o vértice S. Abre-se 0 compasso com medida igual a SA e traga-se 0 arco maior. Com mesmo centro e medida igual a SC, traga- se 0 arco menor, A seguir, com abertura de compasso igual a uma das divisées do arco 1-9, marcam-se a partir da linha de centro, metade para cada lado (1-25 7-8-9) no arco maior, determinando os pontos 9 e Ye. Liga-se o ponto 9 ao vértice S, marcando o ponto F no arco menor. Liga-se 0 ponto 9e ao vErtice S, marcando 0 ponto G no arco menor, completando a figura. 38 CONE CORTADO POR UM PLANO OBLIQUO ENTRE A BASE E O VERTICE Desenha-se a vista de elevagéo do cone (Fig. 81) e 0 semicirculo 1-7.0 qual divide-se em partes iguais 1 7. Por estes pontos levantam-se verticais até tocar a base do cone e dai elas serao elevadas até o vértice, marcando no plano obliquo - os_-—spontos.«A-B-C-D-E-F-G. Estes pontos_—_ serio transportados para o lado G7 do cone. Depois, com abertura de compasso igual a S7, traga-se 0 arco maior 1'-1', 0 qual divide- se em partes iguais, utilizando-se para isso uma das divisées do semicirculo 1-7. Numeram-se no arco maior os pontos 1'- 2'-3'-4' 5'-6'-7'-6'-5'-4'-3-2'-1' © a partir destes pontos, tragam- se as retas em diregao ao vértice S. A seguir, partindo dos pontos A-B-C-D-E-F-G (do lado do cone) tragam-se arcos que cortem as tetas tragadas anteriormente 39 9. CURVA DE GOMO CURVA DE GOMO COM UM GOMO INTEIRO E DOIS SEMIGOMOS Proceso para se achar com 0 compasso 0 semigomo: Centra-se em A e traga-se um arco. Centra-se em B e- traca-se outro arco de modo que corte 0 primeiro no ponto 45°, dividindo- se a curva em duas partes iguais. Depois, divide-se cada uma destas partes em outras duas partes iguais, marcando 0s pontos C e D que sao os Angulos de 22,5° correspondentes aos semigomos. Fig. 112 Traga-se da mesma forma da “unha inclinada’, 40 41 10. QUADRADO PARA REDONDO QUADRADO PARA REDONDO CONCENTRICO Altura Fig. 143 ‘@ ” 42 Desenha-se a vista de planta (Fig. 140) e divide-se a boca redonda em partes iguais, as quais serao ligadas aos cantos da parte quadrada. Para se achar a verdadeira grandeza da pega, desenha-se a altura normal da pega (Fig. 142) e depois abre-se 0 compasso com medida A1 (Fig. 140), centra-se em E Fig. 140, pega-se a medida A’, a qual também é transportada para a Fig. 142. Sendo a pega concéntrica, as linhas 2 e 3 (Fig. 140) tém a mesma dimensao, como também as linhas 1 e 4 sao iguais. Deve-se transportar também o deslocamento da pega indicado na planta com a letra D e na Fig. 142 com a letra D' Para se fazer o desenvolvimento (Fig. 143) traga-se a linha de centro G1. Abre-se entéo 0 compasso com medida AH (Fig. 140), centra-se_no ponto G (Fig. 143) € marcam-se os pontos | e J. Vai-se a Fig. 142, pega-se a medida 1F, passa-se para a Fig. 143, centra-se em | e depois em J e tragam-se dois arcos que se cruzem na linha de centro, marcando o ponto 1. Abre-se o compasso com medida 1-2 (Fig. 140), centra-se no ponto 1 da Fig. 143 e tragam-se dois arcos. Pega-se a medida 2F da Fig.142, centra-se em |e J da Fig. 143 e tragam-se outros dois arcos que cruzem com os anteriores, marcando os pontos 2. E assim por diante, até o final da pega, quando, por ultimo, se devera usar a medida AK e D1 para concluir a pega. 43 REDONDO PARA QUADRADO CONCENTRICO Metade do desenvolvimento Todo quadrado para redondo deve ter a base e o colarinho para 0 encaixe dos flanges que serdo parafusados na tubulagéo. Linha de verdadeiras a grandezas (V.G.) Fig. 146 < Fig. GS Processo de tragagem igual ao da pega anterior. Na prdtica, é desnecessario desenhar a vista de elevacéio como também toda a vista de planta sempre que a figura for concéntrica. Aqui ela é desenhada para maior nitidez da pega e melhor compreensao do observador. QUADRADO PARA REDONDO COM O DIAMETRO DA BASE (BOCA) REDONDA IGUAL AO LADO DO QUADRADO Fig. 150 Fig. 149 Metade do desenvolvimento Linha D Lnha L Em quadrado para redondo ou retangulo para redondo, o encontro da linha D com alinha L deve ter sempre 90%. Neste caso de bocas com a mesma dimensdo, a linha D (linha de deslocamento) é igual & prépria altura da pega 11. RETANGULO PARA REDONDO 46 47 Fig. 154 Metade clo Desenvolvimento Muitas vezes, quando se vai tragar uma pega, 0 espago na chapa é pouco, nao sendo possivel tragar a Fig. 150 do desenho anterior. Neste caso, usa-se 0 recurso apresentado na Fig. 152, isto 6, prologa-se o lado AB da visrta de planta até que tenha a altura da pega (Fig. 153) e entao, centrando 0 compasso no ponto A (Figura 152), descrevem-se arcos que, partindo dos pontos de diviséo da boca redonda, parem na linha AC e da/ ele serdo ligados ao ponto E O resto é como nas figuras anteriores. 48 12. INTERSEGAO DE UM CONE COM UM CILINDRO COM EIXOS A 90° - PROCESSO1 Fig. 202 49 Fig. 203, Desenham-se as vistas de planta e elevacdo. Divide-se a semicircunferéncia AB (Fig. 202), em sete partes iguais, obtendo os pontos 1-2-3-4-5-6-7. Partindo destes pontos, tragam-se paralelas até encontrar 0 lado CD do cone, marcando ai 08 pontos 1-2-3-4-5 -6-7 . pestes pontos tracam-se linhas verticais até tocar a linha de centro EF da Fig. 201, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'.5'-6'-7'. Entao, centrando 0 compasso no ponto S, e partindo destes pontos, tragam-se arcos de modo que cruzem a linha de centro. Divide-se a semicircunferéncia GH da vista de planta no mesmo numero de partes iguais da anterior e tragam- se paralelas de modo que cruzem com os arcos tracados anteriormente, marcando os pontos 8-9-10-11-12- 13. Partindo destes pontos, _levantam-se perpendiculares que cruzem com as paralelas do cilindro na Fig. 202 e o encontro das verticais com as horizontais forma a linha de intersecao. O desenvolvimento (Fig. 203) é feito transportando-se as alturas com 0 compasso de modo ja conhecido. Fig. 258 Tragada a Fig. 256, é preciso determinar o comprimento das laterais. Para isso, pode-se usar dois processos. Primeiro proceso: Multiplica-se 0 diémetro D por 3,14 e 0 produto divide- se por 4, 0 resultado X da divisdo é a medida com a qual deve- se abrir 0 compasso, e centrando no ponto M, marca-se N. Como os didmetros das polias sao diferentes, deve-se fazer uma conta para cada polia. Temos entdo a férmula: 4 4 Exemplo: Suponhamos uma polia com 120mm de didmetros: 12)__ 120x314 4 x 2) 1203.14 = 376,80 3°) 376,8:4=94,2 Resp. 94,2 6 a medida com a qual deve-se abrir 0 compasso e centrar no ponto M, marcando N. 2° proceso: Multiplica-se 0 raio por 1,57 @ 0 resultado j4 6 a medida procurada. Exemplo para a mesma polia anterior: O ralo de 120 mm é 60 mm. 60 x 1,57 = 94,2 Esta formula é mais répida porque com uma Unica conta se acha a medida procurada. Obs.: o niimero 1,57 6 constante valendo para qualquer raio, devendo, portanto, ser guardado de meméria, Caso haja esquecimento, basta se lembrar que 1,57 6a metade de 3,14. A vista em perspectiva mostra como deve ficar a pega depois de acabada. 13. Tubulagao Industrial Até pagina 87, esse texto é transcrigao na integra do livro “Tubulages Industrais:materiais, projeto e montagem’, de Pedro Carlos da Silva Telles. Principais materiais para Tubos E muito grande a variedade muito dos materiais atualmente utilizados para a fabricagdo de tubos, $6 a A.S.T.M. (AmericanSociety for Testing and Materials) es- specifica mais de 500 tipos diferentes de materiais. Damos a seguir um resumo dosprincipais materiais usados: ‘Agos-carbono (carbon-steel Acos-liga (low alloy, high alloy steel) Acos inoxidaveis (stainless-steel) Ferrosos | Ferro fundido (cast iron) Ferro forjado (wrought iron) Ferros ligados (alloy cast iron) Tubos metalicos Ferro nodular (nodular cast iron) Cobre (copper) Latées (brass) Cobre-niquel Nao ferrosos | Aluminio Niquel e ligas Metal Monel Chumbo (lead) Titanio, Zircéni Cloreto de poli-vinil (PVC) Polietileno: Acrilicos Materiais plésticos | Acetato de celulose Epoxi Poliésteres Fendlicos etc. Tubos nao metélicos | _Cimento-amianto (transite) Conereto armado Barro vibrado (clay) Borrachas Vidro Ceramica, porcelana etc. Zinco Tubos de ago com Materiais plasticos revestimento interno de | Elastémeros (borrachas), eborite, asfalto Coneretos Vidro, porcelana, etc. 13.1 Processos de Fabricagao de Tubos Ha quatro grupos de processos industriais de fabricagao de tubos: Laminagao (rolling) Tubos sem costura ( Seamless Pip ) Extruséo (extrusion) Fundigao (casting) Tubos com costura (welded pipe) - Fabricagao por solda (welding). Os processos de laminacao e de fabricagao por solda so os de maior importancia, @ por eles sdo feitos mais de 2/3 de todos os tubos usados em instalagées industriais. Fabricagao de tubos por laminagao Os processos de laminagao sao os mais importantes para a fabricagao de tubos de ago sem costura; empregam-se para a fabricagode —_tubos de agos- carbono, agos-liga e agos inoxidaveis, desde 80 mm até 650 mm de didmetro HA varios processos de fabrica¢o por laminagéo, 0 mais importante dos quais & 0 pfocesso “Mannesmann”, que consiste resumidamente nas seguintes operagdes: 1, Um lingote cilindrico de ago, com o diémetro extero aproximado do tubo que se vai fabricar, é aquecido a cerca de 1.200°C e levado ao denominado “laminador oblique”. SEGUNDA ETAPA 2.1 Fabricagao de tubos por laminagao - Laminador obliquo “Mannesmann”. (Cortesia da Cia. Siderurgica Mannesmann.) Fonte: Tolles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 5. Ref. Fig.2.1 2. O laminador obliquo tem rolos de cone duplo, cujos eixos fazem entre si um pequeno Angulo (Fig.2.1). O lingote é colocado entre os dois rolos, que o prensam fortemente, ¢ Ihe imprimem, ao mesmo tempo, um movimento helicoidal de rotagéo e translagao. Em conseqiiéncia do movimento de translagao o lingote 6 pressionado contra uma ponteira cénica que se encontra entre os rolos. A ponteira abre um furo no centro do lingote, transformando-o em tubo, e alisa continuamente a superficie interna recém-formada. A ponteira, que é fixa, esta colocada na extremidade de uma haste com um comprimento maior do que © tubo que resultara. 3. O tubo formado nessa primeira operagao tem paredes muito grossas. A ponteira € entéo retirada e 0 tubo, ainda quente é levado para um segundo laminador obliquo, com uma ponteira de diametro um pouco maior, que afina as paredes do tubo, aumentando o comprimento e ajustando o didmetro externo. 4. Depois das duas passagens pelos laminadores obliquos o tubo esta bastante empenado, Passa entéo em uma ou duas maquinas desempenadoras de rolos. 5. O tubo sofre, finalmente, uma série de operagéo de calibragem dos didmetros externo e interno, e alisamento das supericies externa e interna. Essas operagées sao feitas em varias passagens em laminadores com mandris e em laminadores calibradores (Fig. 2.2) LAMINADOR COM MANDAIL, Fig. 2.2 Fabricagéo de tubos por laminagéo - Laminadores de acabamento. (Cortesia da Cia. Sidenirgica Mannesmann.) Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 6. Ref. Fig.2.2 13.2. Processos de Extruséo e Fundi¢ao 1, Extruséio — Na fabricagdo por extruséo, um tarugo macigo do material, em estado pastoso, é colocado em um recipiente de aco debaixo de uma poderosa prensa. Em uma Unica operagao, que dura no total poucos segundos, dao-se as seguintes fases (Fig. 2.3): AECIPIENTE 1 Fig. 2.3 Fabricagdo de tubos por extrusdo (Cortesia da Cia. Siderirgica Mannesmann.) a) O émbolo da prensa, cujo diametro 6 0 mesmo do tarugo, encosta-se no tarugo. b)O mandril, acionado pela prensa, fura completamente o centro do tarugo. c) Em seguida, 0 émbolo empurra o tarugo obrigando 0 material a passar pelo furo de uma matriz calibrada e por fora do mandril, formando o tubo. Para qualquer ago essa operagao se processa estando tarugo a cerca de 1200°C; as prensas so sempre verticais e 0 esforgo da prensa pode chegar a 15MN =15001).Os tubos de ago saem dessa primeira operagdo curtos e grossos; so levados entao, ainda quentes, a um laminador de rolos para redugao do diametro. Vao finalmente para outros laminadores que desempenam e ajustam as medidas do didmetro e da espessura das paredes. Fabricam-se por extrusdo tubos de ago de pequenos diametros (abaixo de 80 mm) também tubos de aluminio, cobre, latao, chumbo e outros metais nao ferrosos, bem como de materiais plasticos. 2. Fundigaéo — Nesses processos o material do tubo, em estado liquide, é despejado em moldes especiais, onde solidifica-se adquirindo a forma final Fabricam-se por esse processo, tubos de ferro fundido. De alguns acos especiais ndo-forjaveis, e da maioria dos materiais nao-metdlicos, tais como: concreto, cimento-amianto, barro- vidrado etc.Os tubos de ferro fundido e de concreto sao fabricados por fundigao centriftugada, em que o material ‘em estado liquide é langado dentro de um molde cilindrico em posigéo quase horizontal, dotado de um movimento rapido movimento de rotagao.O material é entao centriftugado contra as paredes do molde, que continua em movimento até a solidificagao completa do material.Os tubos de concreto armado séo também vibrados durante a fabricagao para o adensamento do conereto. 14. FABRICAGAO DE TUBOS COM COSTURA Fabricam-se pelos diversos processos com costura, descritos a seguir, tubos de agos-carbono, agos-liga, agos inoxiddveis e ferro forjado, em toda faixa de didmetros usuais na industria Existem duas disposigdes da costura soldada: longitudinal (ao longo de uma geratriz do tubo) e helicoidal (Fig. 2.4), sendo a longitudinal a empregada na maioria dos casos. A soldagem é sempre feita automalicamente; existem varios processos de soldagem, sendo os mais empregados a soldagem por arco submerso (submerged arc welding), e por resistencia elétrica, sem adigao de metal(eletric resistance welding) Fig. 24 Tubo com solda em espiral. LR wate eats ‘SOLDA DE TOPO SOLDA SOBREPOSTA Tipos de solda em tubos com costura. Para os tubos com solda longitudinal a matéria-prima pode ser uma bobina de chapa enrolada, ou chapas planas avulsas. ‘As bobinas sao empregadas para a fabricagao continua de tubos de pequeno e de médio didmetro (450mm, aproximadamente), e as chapas planas, para tubos de médio e de grande diémetro. Na fabricagdo continua a partir de uma bobina, a circunferéncia do tubo é a largura da bobina, que devera por isso ser cortada e a- parada na largura exata, depois do desbobinamento e aparacao. © tubo é formado por meio de rolos conformadores que compri- mem a chapa sucessivamente em duas diregées (Fig.2.5); a sol- dagem é feita por resisténcia elétrica e depois geralmente submetida a tratamento térmico, passando em seguida © tubo por rolos de calan- dragem e desempeno formado é a largura da bobina ou da chapa. Empregam-se também dois tipos de solda: de topo (butt-weld) e sobreposta (lap- weld), cujos detalhes esto mostrados na Fig. 5. A solda de topo é usada em todos 08 tubos soldados por qualquer dos processos com adigao de metal, e também nos tubos de pequeno diametro soldados por resisténcia elétrica. A solda sobreposta 6 empregada nos tubos de grande diémetro soldados por resisténcia elétrica, Sdo os seguintes os processos industriais mais importantes de execugao da solda: a) Solda elétrica por arco protegido (com adigao de metal do eletrodo) Solda por arco submerso (submerged arc welding), Solda com protegao de gas inerte (inert gas welding). b) Solda por resisténcia elétrica (electric resistance welding — ERW) (sem adigdo de metal). Nos processos de solda com adig&o de metal, a bobina ou achapa é sempre dobrada a frio até o diametro final; a conformacdo pode ser conseguida pela dobragem continua da bobina, por meio de rolos, em madquinas automaticas, ou pela calandragem ou prensagem de cada chapa. Qualquer que seja 0 processo de soldagem, a solda ¢ feita sempre a topo e como minimo de dois passes, um dos quais, nos tubos de boa qualidade, é dado pelo lado interno do tubo. Em qualquer caso, exige-se sempre que os bordos da bobina ou da chapa sejam previamente aparados e chanfrados para a solda. A solda por arco submerso e a solda com protecéo de gas inerte sdo feitas automdtica ou semi-automaticamente. O processo de solda manual é raramente empregado por ser antieconémico, Todos os processos de solda por arco protegido sao usados principalmente para a fabricago de tubos de ago de grandes diémetros (250 mm em diante), embora seja possivel a fabricagao de tubos desde 100 mm. A costura de solda pode ser longitudinal ou em espiral. Os tubos com costura so quase sempre de qualidade inferior aos sem costura, mas oseu uso é bastante generalizado por serem geralmente mais baratos. No passado foram muito usados, para diémetros grandes, tubos de chapa de ago rebitada, Esses tubos, jd hd bastante tempo, estao completamente em desuso. Fabricagao de tubos soldados por resisténcia elétrica Nos processos de solda por resisténcia elétrica, a bobina de chapa depois de cortada na largura certa, 6 conformada inteiramente a frio, em uma maquina de fabricagéo continua com rolos que comprimem a chapa de cima para baixo e depois lateralmente, como mostra a Fig. 2.5. Uma vez atingido o formato final do tubo, da- se a solda pelo duplo efeito da passagem de uma corrente elétrica local de grande intensidade e da forte compressaio de um bordo contra o outro pela agao de dois rolos laterais. CORTE LATERAL, DA CHAPA FIOLOS CONFORMADORES (1? ETAPA) Fig. 2.5 Fabricagao de tubos por solda de resisténcia elétrica. (Cortesia da Cia, Siderirgica Mannesmann, HA dois sistemas de condugao da corrente elétrica ao tubo: 1. O processo dos discos de contato [Fig. 2.6 (a)] que rolam sobre o tubo com pequena pressao, préximos aos bordes a soldar. Esse processo aplica-se aos tubos de diametros acima de15 cm. 2. Processo "Thermatool", mais modemo e aplicavel aos tubos de pequeno didmetro, em que a corrente passa entre dois eletrodos de cobre macigo que deslizam suavemente sobre os bordos do tubo, como mostra a Fig. 2.6 (b) . Em qualquer dos casos, a corrente elétrica usada 6 sempre alternada, de baixa voltagem e de alta freqiiéncia (até 400.000 ciclos/s). A corrente de alta freqdéncia tem a vantagem de produzir um aquecimento mais uniforme e mais local, pelo fato de caminhar apenas pela superficie do metal. A intensidade da corrente, que é sempre elevada, dependera da espessura da chapa e da velocidade de passagem do tubo pelos eletrodos. A temperatura no local da solda é da ordem de 1.400°C, devendo por isso, tanto 0 tubo como os eletrodos, terem uma ampla circulagao de 6leo de resfriamento. Imediatamente depois da solda, a rebarba externa é removida e em seguida o tubo € resfriado, desempenado, calibrado e cortado no comprimento certo. Até 15 a 20 cm de didmetro os tubos so soldados a topo, e para diametros maiores a solda é sobreposta, devendo os bordos serem previamente chanfrados. ‘As tolerancias de fabricagao dos tubos com costura de resisténcia elétrica (variagéo da espessura, do didmetro e ovalizagao) podem ser bem mais rigorosas do que as relativas aos tubos sem costura. Disces DE CONTATO #) SOLDA POR DISCOS DE CONTATO + ” *-=-$ol ba wy suronres wrenwepiAnios tana Tuscs Fon 1) SUPORTES INTERMEDIARIOS PARA UBS FNOS) D SuPoRTE FENDURADO Fig. 1- Exemplos de suportes iméveis. A Fig. 1() mostra, finalmente, um modelo de suporte imével pendurado, transmitindo os pesos para uma estrutura situada acima dos tubos. Note-se que esses suportes sé devem ser usados quando se tem uma estrutura superior preexistente, que é aproveitada para suportar os tubos, 19, ALINHAMENTO DO TUBO. Uma das mais importantes tarefas de um encanador é 0 alinhamento adequado, Se feito corretamente, a soldagem serd muito mais facil e 0 sistema 88 de tubulagéo sera facilmente executado. Se o alinhamento nao for apropriado, entretanto, a soldagem sera dificil e 0 sistema de tubulagao pode nao funcionar adequadamente Muitos modelos sao titeis para ajudar o alinhamento. O tube Tums fabrica trés tipos de anéis de solda os quais néo somente fazem 0 alinhamento mais facil como forecem uma abertura correta para a soldagem. Ha variagdes nos métodos de alinhamento nas indistrias em geral os quais se adaptam a cada tipo de encanador. Os procedimentos sugeridos por este centro de Treinamento séo populares entre muitos profissionais e ird rapidamente capacita-los a obter um bom alinhamento. TUBO A TUBO: mova os tubos juntos, em toda sua extensdo, até que os seus chanfros estejam quase encostados, deixando espago de 1/8" para a solda. Centralize os esquadros no topo de ambos os tubos e mova-os para cima e para baixo até que os esquadros estejam alinhados. Ponteie no topo e no fundo (em cima @ em baixo). Repita 0 — procedimento —colocando os esquadros no lado do tubo. Cortija o alinhamento movendo 0 tubo @ direita e @ esquerda. Ponteie em cada lado. Concluida esta fase 0 tubo-a-tubo esta pronto para ser soldado, Fig. 1 NOTA: Todas as unides soldadas deverao estar distanciadas uma pega da outra variando conforme diametro e espessura do tubo. JUNTA "T" AO TUBO: junte os chanfrados deixando lugar para a solda. Ponteie no topo. Centralize 0 esquadro no topo do tubo. Coloque o segundo esquadro no centro de saida lateral do "T". Mova a junta "T" até os esquadros estarem alinhados 89 Fig. 2 METODO ALTERNADO: siga o mesmo procedimento para encostar o tubo a junta "T*. Coloque 0 esquadro sébre a junta "T" como ilustrado. Centralize a régua no topo do tubo. A lamina do esquadro devera estar paralela ao tubo. Confira medindo com a régua em diversos pontos do tubo. 2 Fig. 3 FLANGE AO TUBO: trace os dois centros do Flange entre os furos; coloque o Flange junto ao tubo ponteando, colocando um esquadro no centro do tubo e o outro no centro do Flange, sendo que os dois esquadros fiquem no mesmo alinhamento. 90 Fig. 4 FLANGE A CURVA DE 90°: trace os dois centros do Flange entre os furos, coloque 0 Flange junto a curva, colocando um esquadro no centro do tubo, e outro no centro do fiange, sendo que os dois esquadros fiquem no mesmo alinhamento. CURVA DE 90° A TUBO: coloque o chanfro da curva em linha com 0 chanfro do tubo, deixando o espago de 1/8" para a solda. Ponteie a solda no topo, Centralize o ‘esquadro no topo do tubo. Centralize o segundo esquadro na face altemada da curva. Mova a curva até que os esquadros estejam alinhados o1 CURVA DE 45° A TUBO: coloque o chanfro da curva em linha com 0 chanfro do tubo, deixando 0 espago de 1/8" para a solda. Ponteie a solda no topo. Centralize o ‘esquadro no topo do tubo. Coloque 0 segundo esquadro na face inciinada (45°) da curva (os esquadros vao se cruzar). Para obter um angulo correto de 45°, as distancias A e B no esquadro de 45° tém que ser iguais (ver ilustrago). Uma vez conseguido isto, ponteie o topo e fundo. Repita o procedimento colocando os esquadros no lado do tubo. Fig. 7 METODO ALTERNADO: use o mesmo procedimento para encostar 0 tubo e a curva. Centre o nivel no tubo. Depois, centralize o nivel de 45° na face da curva e mova a mesma até que a bolha do nivel de 45° esteja centralizada. 92 Fig. 8 20. DESENHOS ISOMETRICOS Até pagina 174, esse texto é transcrigao na integra do livro “Tubulagdes Industrais:materiais, projeto e montagem’, de Pedro Carlos da Silva Teles. Os isométricos séo desenhos feitos em perspectiva isométrica, sem escala; faz-se geralmente um desenho para cada tubulagao individual ou grupo de tubulagdes préximas. No caso de uma tubulagéo muito longa pode ser necessdrio subdividir a tubulagao por varios desenhos isométricos sucessivos. Nunca se deve figurar em um mesmo desenho isométrico duas tubulagdes de Areas diferentes. 93 5 IsoMETRICO: 3106 Fig. 1 (a) As Figs.1(a), (b), (c) si0 exemplos de desenhos isométricos, Como pode ser observado, a Fig. 1(a) epresenta uma das tubulagées; as Figs. 81(b) e (c), também representam tubulagdes. Note-se também que a tubulagéo mostrada no isométrico da Fig. 1(a) é a continuagao de uma das tubulagdes do isométrico da Fig. 1(b). 94 Fig. 1( 6) 73 ELEVAGAO PLANTA Fig. 2- 0 mesmo sistema de tubulag6es mostrado em tréés representagées. 96 97 Para melhor entendimento da representagéo em isométricos, a Fig.2 mostra o mesmo sistema de tubulagéo desenhada em planta, em projegao vertical e em isométrico. Nos desenhos isométricos, os tubos verticais séo representados por tragos verticais e 0s tubos horizontais, nas diregdes ortogonais de projet, sao representados por tragos inclinados com Angulo de 30 sobre a horizontal para a direita ou para a esquerda. Os tubos fora de qualquer uma das trés diregdes ortogonais sao representadas por tragos inclinados com angulos diferentes de 30 , devendo ser indicado no desenho 0 Angulo verdadeiro de inclinagéo do tubo com uma qualquer das trés diregdes ortogonais de projeto. Para facilitar entendimento, costuma-se desenhar em tragos finos (como linhas de chamada) 0 paralelograma ou prisma do qual a diregao inclinada do tubo seja_uma diagonal. Os tubos curvados e as curvas nos tubos sao representados por curvas em perspectiva, devendo sempre ser indicado 0 raio verdadeiro de curvatura da linha de centro do tubo. Todos os tubos, qualquer que seja o diémetro, sdo representados por um trago Unico, na posigao da sua linha de centro. Nos desenhos isométricos devem aparecer obrigatoriamente, todas as valvulas e todos os acessérios de tubulagao (flanges, Tés, joelhos, redugées, colares, luvas, unides etc.), mostrados individualmente, um por um, bem como a localizagao de todas as emendas (soldadas, rosqueadas etc.) dos tubos e dos acessérios As valvulas sao usualmente designadas por siglas convencionais como as exemplificadas 3"VGA, 3"VRE etc.,. Os vasos, tanques, bombas, e demais equipamentos e maquinas conectados as tubulagées, aparecem indicados apenas pela sua identificagao, posigao de linha de centro e pelos bocais de ligagao com as tubulagées. E por meio dos desenhos isométricos que se faz o levantamento dos materiais necessdrios para a construgdo dos tubulagdes e, por essa razdo, nesses desenhos devemfigurar detalhadamente todos os materiais, um por um, ainda que sejam pegas pequenas ou pouco importantes, tais como valvulas de dreno e de respiro (com respectivas luvas, niples e bujées), luvas para instrumentos, tomadas para retirada de amostras, etc. Os conjuntos formados pelas valvulas de controle e respectivas tubulagdes de contorno e valvulas de bloqueio e de regulagem também sao mostrados pega por pega. Observa-se também a representacao detalhada da inclinagdo dos purgadores de vapor PV-1 e PV-2. Os desenhos isométricos devem conter todas as cotas e dimensées necessdrias para a fabricagéo e montagem das tubulagdes tais como: dimensées dos trechos retos de tubo, angulos, raios de curvatura, elevagées de todos os tubos, localizagao e orientagéo de todos os bocais de vasos e equipamentos, posi¢ao das hastes e volantes das valvulas etc. As elevacdes dos tubos, a menos que esteja expressamente indicado em contrario, costumam ser referidas a linha de centro dos mesmos. Qualquer tubo que passe de uma folha de isométrico para outra, 6 representado como interrompido, devendo haver sempre indicagao do nimero da outra folha 98 de isométrico na qual o mesmo continue, como se pode observar em diversos lugares nas Figs. 1. KAY ere ower no views witvaus OF vieyuts stogo oniRole ot RetEneko wien of se RN ‘seeueanga| SOLendio€. wivwuea ——vitwutk” com vovante ves Vins Pata cOMRENTES everoR Fivtmo"y™” —gocaL o€ vaso ou courant oe et Pe — rw ns96es com sovon vf 10RD TUBULAGSES COM ROSCA OU COM SOLOA OE ENCAME Fig. 3 - Convengoes de Isométricos. Todos os tubos devem ser designados por sua identificagao completa, tal como nas plantas de tubulagao. Os diversos tipos usuais de valvulas e de acessérios, tém convengdes especiais de desenho, que devem ser obedecidas, como mostra a Fig. 3. 99 Costuma-se fazer em cada folha de isométrico, a lista do material necessario para as tubulagdes representadas na mesma. Cada folha de desenho deve ter também a relagao das tubulagses que figuram na referida folha, com indicagao da temperatura @ pressdo de projeto, pressdo de teste hidrostatico, e do tipo de isolamento térmico e de sistema de aquecimento, se houverem. Nos exemplos das Figs. 1 nao estéo mostradas essas listas. Em todos os desenhos deve haver sempre a indicacao da orientagao (Norte de projeto) para se poder obter a localizagao dos tubos no terreno. ‘A numeragao dos desenhos isométricos deve ser feita em combinagao com a numeragao das plantas, de maneira que seja facil identificar-se em que planta esta representada uma linha que aparece em determinado isométrico e vice-versa. Por exemplo, a planta n. 31 corresponderd a série de isométricos comegada pelo n. 3.101; a planta n. 32 correspondera a série comegada pelo n. 3.201, e assim por diante, como mostra o exemplo da Fig. 81 Geralmente todas as tubulagdes desenhadas em um isométrico estao contidas em uma mesma planta. Todos os pontos em que, as tubulagdes passam de uma folha de planta para outra, devem ser assinalados nos isométricos, com indicagao dos nUmeros correspondentes das plantas, como também mostra os desenhos da Fig. 1. E usual fazer-se, para cada planta de tubulagao, uma lista resumo contendo os nimeros. de todos os isométricos referentes a essa planta e os numeros das _tubulagdes representadas em cada isométrico. Nao se fazem desenhos isométricos para tubulagées subterraneas, geralmente também n&o se fazem para tubulagdes longas, fora de dreas de processamento, onde a maior parte dos trechos seja reta. Alguns projetistas costumam acrescentar_ nos desenhos isométricos os suportes de tubulagao, indicados pelas suas posigdes cotadas e suas convengées. Embora essa pratica nado seja generalizada, a marcacéo dos suportes nos desenhos isométricos traz evidentes vantagens para a montagem. —pa— ee Comoe oar ent —~ ———— ems ne fea —a—_ vente nae ror ose =o , wegtermene Yawso ooirte ve ee ‘roe arava por Saiccamedeoe CONVENGOES DE PLANTAS 100 Vo ue {7 Prone veteaie. ee ee erie SS TRMla a bomen! pore te — => me sp a) —— = eo a =) =e 101 102 CONVENGOES DE DESENHOS ISOMETRICOS 4 a A RT vents vie ue mo ninco Wires as vewue memuange — owiovourie — whaisangwet ire tat ~B - Sau, Eleror Five" Bove! on vems ot 21. VALVULAS As valvulas so dispositive destinados a estabelecer, controlar ¢ interromper 0 fluxo_em uma tubulagao. Séo os acessérios mais importantes existentes nas tubulagdes, e que por isso devem merecer o maior cuidado na sua s ele cao, especificagéo e localizago. Em qualquer instalagao deve haver sempre © menor numero possivel de valvulas, compativel com o funcionamento da mesma, porque as valvulas sao pegas caras, onde sempre ha possibilidade de vazamentos (em juntas, gaxetas etc.) e que introduzem perdas de carga, as vezes de grande valor. As valvulas so entretanto pegas indispensaveis, sem as quais as tubulagdes seriam inteiramente intiteis. Por esse motivo, 0 desenvolvimento das valvulas é to antigo quanto o das préprias tubulagées; a Fig. 1 mostra, por exemplo, alguns tipos de valvulas_projetadas no Séc. XV por Leonardo da Vinci. Nas ruinas de Pompéia e de Herculano (Italia) foram encontradas valvulas macho de bronze, com caracteristicas surpreendentemente avancadas para a época. ‘As valvulas representam, em média, cerca de 8% do custo total de uma instalacao de proceso. A localizagao das valvulas deve ser estudada com cuidado, para que a manobrae a manutencdo das mesmas sejam faceis, e para que as valvulas possam ser realmente titeis. Classificagdo das Valvulas Existe uma grande variedade de tipos de valvulas, algumas para uso eral, e outras para finalidades especificas. Fig. 1 Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 38. Ref. Fig. 4.1 Sao os seguintes os tipos mais importantes de valvulas: 1. Valvulas de Bloqueio (block-valves) 104 - Valvulas de gaveta (gate valves). - Valvulas de macho (plug, cock valves) - Valvulas de esfera (ball valves). - Valvulas de comporta (slide, blast valves). Denominam-se valvulas de bloqueio as valvulas que se destinam primordialmente a apenas estabelecer ou interromper o fluxo, isto 6, que sé devem funcionar completamente abertas ou completamente fechadas. As vdlvulas de bloqueio costumam ser sempre do mesmo diametro nominal da tubulagdo, e tém uma abertura de passagem de fluido com secgao transversal comparavel com a da propria tubulagao. 2. Vélvulas de Regulagem (throttling valves) - Valvulas de globo (globe valves) - Valvulas de agulha (needle valves). - Valvulas de controle (control valves). - Valvulas borboleta (butterfly valves) - Valvulas de diatragma (diaphragm valves). Valvulas de regulagem sao a s destinadas especificamente para controlar 0 fluxo, podendo por isso trabalhar em qualquer posi¢ao de fechamento parcial. Essas valvulas sao as vezes, por motivo de economia, de didmetro nominal menor do que a tubulacao. As Valvulas borboleta e de diafragma, embora sejam especificamente _valvulas de regulagem, também p odem trabalhar como valvulas de bloqueio. 3. Vélvulas que Permitem 0 Fluxo em Um sé Sentido - Valvulas de retengao (check valves). - Valvulas de retengao e fechamento (stop-check valves), - Valvulas de pé (foot valves). 4, Valvulas que Controlam a Pressao de Montante. - Valvulas de seguranga e de alivio (safety, relif valves). - Valvulas de excesso de vazéio (excess flow valves). - Valvulas de contrapressao (back-pressure valves) 5. Valvulas que Controlam a Presso de Jusante. - Valvulas redutoras e reguladoras de pressao - Valvula de quebra-vacuo (ventosas). Valvulas de Gaveta Esse € 0 tipo de valvula mais importante ¢ de uso mais generalizado. As valvulas de gaveta so as valvulas de bloqueio de liquidos por exceléncia ‘empregadas em quaisquer diametros, na maioria das tubulagdes de agua, dleos e liquidos em geral, desde que nao sejam muito corrosivos nem deixem muitos sedimentos ou tenham grande quantidade de sdlidos em suspensdo. Sao ‘empregadas também em didmetros acima de 8”, para bloqueio em tubulagao de ar e de vapor. Em qualquer um desses servicos, as valvulas de gaveta sdo usadas para quaisquer pressdes e temperaturas. O fechamento nessas_valvulas ¢ feito pelo movimento de uma pega _chamada de gaveta, ou de cunha, em conseqiiéncia da rotacdo da haste; a gaveta desloca-se paralelamente ao orificio da valvula e perpendicularmente ao sentido de escoamentomento do fluido (Fig.3 ), assenta-se sobre duas sedes, uma de cada lado Quanto totalmente abertas, a trajetéria de circulagéo do fluido fica reta e inteiramente desimpedida, de forma que a perda de carga causada é muito pequena. Essas valvula sé devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto é, sao valvulas de bloqueio e nao de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam perdas de carga muito elevadas e também laminagem da veia fluida, acompanhada muitas vezes de cavitago e violenta corrosdo @ eroséo. Observe-se que as valvulas der gaveta sao sempre de fechamento lento, sendo impossivel feché-las instantaneamente: 0 tempo necessdrio para o fechamento sera tanto maior quanto maior for a valvula. Essa é uma grande vantagem das valvulas de gaveta, porque assim evitam-se os efeitos = que podem ser desastrosos - , de golpes de ariete, conseqiientes da paralisagao repentina da circulagéo de um liquido; com gases nao existem golpes de ariete, porque sao fluidos compressiveis. As valvulas de gaveta dificilmente déo uma vedagao absolutamente estanque (bubble-tight closing); entretanto, na maioria das aplicagées praticas, tal vedacdo nao é necesséria. Diz-se que uma valvula da uma vedagao absolutamente estanque quando, com a valvula completamente fechada, submetendo-se um dos lados da valvula & maxima pressao de servigo, néo hé a menor queda de pressdo, que seria causada por qualquer vazamento ou gotejamento através da valvula, ainda que insignificante.As valvulas de gaveta, como tém o fechamento de metal contra metal, so consideradas de seguranga em caso de incéndio, desde que os metais ‘empregados sejam de alto ponto de fusao (mais de 1.100 °C). 106 Uma valvula qualquer é considerada a prova de fogo desde que seja capaz de manter a_—vedagao.-~=—s mesmo quando envolvida por um incéndio. Por essa_razao, vélvulas com 0 corpo ou as pegas internas de bronze, latées, ligas de baixo ponto de fusdo, materiais plasticos e etc. nao sao de seguranga contra fogo, nao podem ser usadas onde se exija essa condicao. Y-SOBREPOSTA GAXETAS Fig. 2. Valvula de gaveta, pequena, castelo rosqueado, tipo “RS”. (Cortesia da Walworth Company). Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg.39. Ref. Fig. 4.2 VOLANTE _-SOBRECASTELO HASTE COM ROSCA EXTERNA —SOBREPOSTA GAXETAS CASTELO ‘APARAFUSADO JUNTA GAVETA ‘SEDES FLANGES Fig. 3 - Valvula de gaveta, grande, castelo aparafusado, tipo “OS & Y". (Cortesia da Walworth Company). Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003,pg.39.Ref. Fig.4.3. ‘A gaveta das valvulas pode ser em cunha ou paralela. As gavetas em cunha sao de melhor qualidade e dao, devido a agao de cunha, um fechamento mais seguro do que as gavetas paralelas. Na maioria das valvulas a gaveta é uma pega unica maciga (Fig. 4.3); em algumas a gaveta é composta de duas pegas que se encaixam entre si e se ajustam —_livremente sobre a 107 sede dando um melhor fechamento. Nas valvulas de boa qualidade ou para servigos severos, as sedes sao independentes e substituiveis, sendo a construgaéo preferivel os anéis integrais rosqueados no corpo da valvula As valvulas de gaveta de tamanho grande para altas pressées costumam ter, integral na valvula, uma pequena tubulagao contomandoa —valvula.—(by- pass), fechada por uma valvula. Antes de se abrira valvula principal abre-se a pequena valvula do contorno para equilibrar as pressdes nos dois lados da gaveta, facilitando desse modo a operagao da valvula. VOLANTE ENGRENAGENS DE Fig. 4-Vélvula de gaveta com redugao de engrenagens. Fonte: Telles, Pedro C. Siva, 2003, pg.4. Rf. Fig. Variantes das Valvulas de Gaveta 1, Valvulas de comporta ou de guilhotina (slide valves) - Sao valvulas em que a gaveta é uma comporta que desliza livremente entre guias paralelas. Essas valvulas, que nao dao fechamento estanque, sao usadas em grandes didmetros, para ar, gases e Agua em baixa pressdo, e também em quaisquer didmetros, para produtos espessos ou de alta viscosidade (pasta de papel, por exemplo), @ para fluidos abrasivos). 108 2. Vélvulas de fecho rapido (quick-acting valves) - Nessas vdlvulas a gaveta émanobrada por uma alavanca__externa_fechando-se com um movimento Unico da alavanca (Fig. 5). As valvulas de fecho rapido séo usadas apenas em pequenos diametros (até 3"), em servigos em que se exija o fechamento rapido (enchimento de carros, vasilhames etc.), porque, pela interrupgao_brusca do movimento do fluido, podem causar violentos choques nas tubulagées. ALAVANGA DE oPeRacke \_castevo Fig. 5 Valvula de fecho rapido. (Cortesia da Walworth Company) Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg.41. Ref. Fig.4.4 3.Vélvulas de passagem plena (through conduit valves) - As valvulas de passagem plena, muito empregadas em oleodutos, tém uma gaveta volumosa e contendo um orificio exatamente do mesmo didmetro interno da —_tubulago (Fig. 6). A valvula é construfda de tal forma, que quando aberta, 0 orificio da gaveta fica em igorosa continuagao da tubulagao, fazendo com que a perda de carga através da valvula seja extremamente baixa. Essa disposicao tem ainda a vantagem de facilitar a limpeza mecanica intema datubulagéo,bem comocom a passagem dos“pigs’ de separacao de fluidos, muito usados em oleodutos. A carcaga dessas valvulas tem uma protuberancia inferior para alojar a gaveta quando a valvula estiver fechada. 109 I aoa 2 © L = ees Fig. 6. Vélvula de passagem plena. (Cortesia de ACF Industries Inc-WKM Valve Division). Fonle: Teles, Pedro C, Siva, 2003, p9.44.Rel Fig... Valvulas De Macho ‘As Valvulas de macho representam em média cerca de 10% de todas as valvulas usadas em tubulagGes industriais. Aplicam-se principalmente nos servigos de bloqueio de gases (em quaisquer didmetros, temperaturas e pressées), € também n 0 bloqueio rapido de agua, vapor e liquidos em geral (em pequenos didmetros e baixas pressées). As Valvulas de macho sao recomendadas também para servigos com liquidos que deixem sedimentos ou que tenham sélidos em suspensdo. Uma das vantagens dessas valvulas sobre as de gaveta, 6 0 espago ocupado muito menor. Nessas valvulas o fechamento é¢ feito pela rotagdo de uma pega (macho), onde ha um orificio broqueado, geralmente de formato trapezoidal, no interior do corpo da valvula. Sao valvulas de fecho rapido, porque fecham-se com % de volta do macho ou da haste (Fig. 7). As Valvulas de macho sé devem ser usadas como valvulas de bloqueio, isto 6, néo devem funcionar em posigées de fechamento parcial. Quando totalmente abertas, a perda de carga causada é bastante pequena, porque a trajetoria do fluido é reta e livre. © macho 6 quase sempre tronco-cénico, dispondo, exceto em valvulas muito pequenas, de um meio qualquer de ajustagem na sede, tal como mola, parafuso etc. Existem dois tipos gerais de Vélvulas de macho: — valvulas_ com e sem lubrificagéo. Nas valvulas com lubrificagao ha um sistema de injecdo de graxa lubrificante sob pressdo através do macho para melhorar a vedagao e evitar que 0 macho possa ficar preso; sao as valvulas geralmente empregadas em servigos com gases. O lubrificante usado deve ser tal que ndo se dissolva nem contamine 0 fluido conduzido. O macho tem sempre rasgos para a distribuigao do lubrificante por toda superficie de contato com as sedes. 110 ENGRAXADEIRA —ALAVANCADE MANOBRA ‘ORIFIcIO OE PASSAGEM RASGOS OE ~LUBRIFICAGAG VALVULA MACHO POSIGAOABERTA —_POSICAO FECHADA ‘CORTES EM PROJECKO HORIZONTAL Fig.7. Vélvula de macho. (Cortesia da Walworth Company). Fonte: Tels, Pedro C. Siva, 2003, pg. 45. Relerenle Fig. 49. ‘As valvulas sem lubrificagao, de boa qualidade, usadas para gases tém o macho e as sedes endurecidos e retificados, ou sedes removiveis de material resiliente (borracha, neoprene, PTFE etc.); essas ultimas nao sdo a prova de fogo, sé podendo ser empregadas até o limite de temperatura permitido pelo materialdas sedes. Essas valvulas, que dao todas dtima vedacdo, sao de uso maisraro do que as com lubrificagao; empregam-se, por exemplo, para temperaturas mais altas (acima do limite tolerado pelos lubrificantes), ou também em servigos com fluidos para os quais nao haja lubrificante adequado. Sao comuns também Vélvulas macho pequenas e baratas, nao lubrificadas, chamadas de “torneiras’ (cocks), nas quais o macho é integral com a haste; empregam-se as torneiras para drenos e outros servigos secundarios com Agua, vapor e dleos. ‘As Valvulas de macho com didmetro nominal acima dos limites indicados a seguir devem ser operadas por meio de volante com parafuso sem fim; para diametros nominais até esses limites a operagao é simplesmente por alavanea, como o exemplo da Fig. 7 m1 Variantes das Valvulas de Macho 1, Valvulas de esfera-O macho nessas valvulas 6 umaesfera que gira sobre um diametro, deslizando entre anéis retentores de — material resiliente nao-metélico (materiais plastics, borrachas, neoprene etc.) tornando a vedagao absolutamente estanque (Fig. 8). As vantagens das valvulas de esfera sobre as de gaveta sao 0 menor tamanho e peso, melhor vedagao, maior facilidade de operagéo e menor perda de carga (comprimento equivalente de 3 didmetros, quando completamente abertas). Essas valvulas séo também melhores para fluidos que tendem a deixar depdsitos sdlidos, por _arraste, _—polimerizagdo, _coagulago etc: A superficie interna lisa da valvula dificulta a formagao desses depésitos, enquanto que, paraa valvula de —_gaveta, 0 depésito pode impedir o fechamento completo ou a prépria movimentagao da gaveta As valvulas de esferas convencionais nado séo adequadas para servicos em temperaturas elevadas, devido a limitagées de temperaturas dos angis retentores ndo metdlicos. Existem, entretanto, algumas valvulas de esferas que so “A prova de fogo”, contendo dispositivos especiais de dupla sede garantindo boa vedagdo, mesmo no caso de destruigéo dos anéis _retentores, estando a valvula envolvida por um incéndio. As valvulas de esfera podem ser de “ passagem plena” ou de “passagem reduzida”, nas primeiras, o orificio da valvula é equivalente ‘a segao interna do tubo e, nas outras é menor. Tare ALAVANCA DE MANOBRA. ontricio DE (ESFERA OCA) ‘ANEIS RETENTORES: Fig. 8. Valvula de esfera. (Cortesia da WKM Valve Division-ACF Industries.)__ Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg.46. Ref.Fig.4.10. Existem também valvulas desse tipo que tém 0 furo na esfera em forma de “V" que podem ser empregadas tanto para bloqueio como para regulagem. Tanto as Valvulas macho como as de esfera sdo muito facilmente adaptaveis & operagao por meio de atuadores pneumaticos ou elétricos, com comando remoto.

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