You are on page 1of 14
ox10ar2019 (Olt Slaughter’: Lenin sobre Dialética Abate do Penhasco (1962) Lenin sobre Dialética Uma Introdugao aos Cadernos Filoséficos de Lenin Fonte : Introdugdo aos Cadernos Filoséficos de Lenin , de Cliff Slaughter, 1962, Labor Press. 1. Lenin e Hegel 1961 marcou o inicio da publicagio em inglés de uma nova edig&o dos Collected Works. Do maior pensador deste século, VI Lenin. Esses escritos sero absolutamente inestiméveis no processo, agora comecando, de desenvolver a teoria marxista para responder As tarefas revoluciondrias da classe trabalhadora neste e em todos os outros pajses. Assim como Lenin fez sua enorme contribuicao original a teoria como parte da construg&o de uma lideranca revolucionéria no inicio do século, o desenvolvimento tedrico hoje serd feito apenas como parte da luta viva para superar as traigdes e a degeneracéo tedrica da Movimentos social-democratas e stalinistas. Superar as consequéncias dessas traigdes nao é uma questio de palavras, Portanto, ao ler Lenin, nosso objetivo ndo é encontrar receitas para nossos problemas atuais, mas obter uma visio do método usado por esse notavel pensador e Kider politico. Com o uso desse método, Lenin fez importantes descobertas sobre a natureza do capitalismo mundial e sobre as relagdes e ideologias sociais de seu préprio tempo, principalmente na Riissia. Essas descobertas receberam mais estudos do que 0 préprio método, e, no entanto, o uso de Lenin pelo método dialético foi a chave para sua capacidade de analisar novos est4gios no desenvolvimento econdmico e politico e para o dominio da estratégia e das taticas politicas. Artigos futuros na REVISAO DO TRABALHO receberd algumas das contribuigdes especificas de Lenin em varios campos. Aqui estamos preocupados principalmente com seu método de abordagem; todos os volumes publicados até agora poderiam ser usados como ilustragdes do método de Lenin, mas a publicagio de seus Cadernos Filoséficos em inglés pela primeira vez é uma ocasiao titil para abordar a questo de maneira mais geral. Os cadernos nao esto lendo a hora de dormir. Nenhuma frase nelas estava preparada para publicacdo. O texto consiste inteiramente de trechos retirados por hitps:lwwn-marssts.ogleterencelsubjectiphilosophyhworks/enicf him ane oatoa2ot9 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstca Lenin de varias obras ¢ resenhas filoséficas, scus sublinhados nesses trechos e scus proprios comentérios, geralmente muito enigméticos. De maior interesse so as notas sobre a Ciéncia da Légica de Hegel e as Palestras sobre a Histéria da Filosofia . Qualquer pessoa que realize um estudo sistematico dos Cadernos de Lenin ter que ter ao seu lado a Légica de Hegel; somente dessa maneira é possivel ver a continuidade entre notas e extratos separados. Mesmo sem isso, os estudantes marxistas acharao muitas das breves notas de Lenin muito estimulantes e merecem um estudo detalhado. Mas essas anotacoes e extratos fazem parte de um Unico projeto e, portanto, devem ser tomadas como um todo, lidas e reformuladas varias vezes pelo aluno & luz de seu proprio conhecimento do marxismo e dos escritos e aces de Lenin. Depois de passar pelo Prefitcio e introdugao de Hegel, Lenin escreve: 'Em geral, estou tentando ler Hegel materialisticamente. . . ' Fica claro em suas anotagdes que sua intengo era preparar a base para uma exposigo materalista do método dialético que em Hegel permanece na LOGICA E REALIDADE Hegel insistia em uma l6gica que nfo era algo separado da realidade que confrontava 0 homem, uma légica idéntica a riqueza e movimento de toda a realidade, uma légica que expressava todo o processo da crescente consciéncia da realidade do homem, e no apenas uma seca. resumo dos principios formais de argumentagio, refletindo apenas uma breve fase na definigao da realidade pelos homens que pensam. Lenin observ: ©-que Hegel exige é uma lépica cujas formas seriam formas com conteiido, formas de viver, conteddo real, inseparavelmente relacic A logica nfo & a ciéncia das formas externas de pensamento, mas das leis di desenvolvimento “de todas as coisas materiais, naturais e espirituais". isto é, do desenvolvimento de todo o conteitdo conercto do mundo e de sua cognic: soma total, a conclusio da histéria do conhecimento do mundo. O objetivo de Lenin em ‘ler Hegel materialisticamente' era separar o micleo racional dessa légica do idealismo em que era restrito, pois Hegel acreditava que apenas a 'Idéia Absoluta’ tinha realidade, expressando seu necessdrio desenvolvimento na natureza e na histéria. Quando o produto mais alto dessa evolugao natural e histérica, a filosofia critica, compreendeu conscientemente a verdade desse processo, a liberdade substituiu a necessidade. Quando Lenin 'reescreve’ passagens da Légica, o relacionamento é invertido, sem perder o brilho e a riqueza da percepeio de Hegel. Nossos conceitos so a reflexdo, elaborada na historia da logica e da filosofia, do mundo objetivo da natureza apreendido pelo homem social em sua luta pratica para sobreviver e se desenvolver. 0 “salto da necessidade para a” liberdade "nfo é, portanto, uma questio de filosofia, no um ato mental, mas uma transformagdo pratica da sociedade e da natureza pelos homens que alcangaram a consciéncia da necessidade social da revolugio. hitps:lwwn-marssts.ogleterencelsubjectiphilosophyhworks/enicf him ane osio9/2019 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstica Lenin enfatiza bastante a insisténcia de Hegel de que a Dialética nao é um. chave mestra; uma espécie de conjunto de ntimeros magicos pelos quais todos os segredos serao revelados. f errado pensar na légica dialética como algo que 6 completo em si mesmo e depois ‘aplicado' a exemplos particulares. Nao é um modelo de interpretacio a ser aprendido, entao adaptado a realidade de fora; a tarefa é antes descobrir a lei do desenvolvimento da propria realidade. A logica 6 geralmente entendida como sendo a “eiéncia do pensamento", a “forma nua de cogni¢io. A dialética tem sido frequentemente considerada uma _arte_, como se estivesse baseada em um talento subjetivo e no pertencesse objetividade da nocio. Enquanto essa & a abordagem, nao ultrapassamos os limites da légica formal, considerados por Hegel como mortos e fixos, insistindo rigidamente na separagdo dos aspectos dos fendmenos, em vez de nas transigdes entre eles. Hegel diz que a légica Isso 6 caracteristico! deve "no ser abstrata, morta e imével, mas concreta ..." e Lenin: O espirito ¢ a esséncia da dialética! ' Consequentemente, é absolutamente contrario ao espirito da dialética impor artificialmente a ‘triade’ de tese, antitese e sintese em qualquer processo que se escolha abstrair. Hegel é mais explicito: Q fato de que essa unidade, assim como toda a forma do método, & uma twiplicidade, ¢, no entanto,.o lado meramente superficial e externo do modo de_ cognic Ele continua dizendo que essa 'triade’, foi tomado tedioso e de mé reputacdo pelo uso indevido superficial e pela aridez da moderna construcio filoséfica moderna, que consiste simplesmente em anexar a_estrutura formal sem conceito ¢ imanente, determinagio_a todos os tipos de matéria e empregé-la para arranjos externos. £ a logica dos proprios processos - que deve ser exposta. Hegel diz que a dialética tem sido frequentemente ridicularizada como uma brineadeira ociosa de conceitos inteligentes, cujo ‘nico objetivo é demonstrar ceticamente as dificuldades ¢ inconsisténcias do "senso comum". A dialética 6 geralmente vista como um procedimento externo e negativo, que nao pertence ao assunto em si, que 6 bascado na pura vaidade, como um desejo subjetivo de abalar e quebrar o que é fixo e verdadeiro, ou que nfo leva a nada além do inanidez da matéria tratada dialeticamente. Quando Hegel aqui pede um método que 'pertenga ao assunto em si, ele nao esta sugerindo que apenas seja necessaria uma descri¢o do que aparece ao observador A primeira vista. Tais descrigdes sio sempre expressas em formas definidas de pensamento e no sao "descrigdes puras". £ possivel gravar as caracteristicas externas de fendmenos, em seguida, para chegar a julgamentos ‘base’ nessas observagdes que na verdade so uma imposigSo sobre os fatos de alguma suposigio no expressa ou teoria. A dialética tenta sondar 0 auto-movimento essencial do proprio fendmeno; as relagdes entre seus diferentes aspectos podem ento ser mostradas como partes de um processo hitps:wwn-marssts.rgieferencelsubjectiphilosophyhworks/enflf him ana osio9/2019 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstca unificado, nfo apenas como determinagées separadas cuja tinica inter-relagao 6 uma imposta pelas demandas de consisténcia no pensamento. Hegel diz: no se comporta como reflexfio externa, mas retira o elemento determinado de 6 o que Plato exigia da cognigfo, que considerasse as c imanente nelas. Essa ‘captura de aspectos externos, exemplos e comparagées' e ‘generalizagio! deles muitas veres desfilam como método cientifico, particularmente no estudo da sociedade e da politica. Em vez de a lei do desenvolvimento das coisas ser descoberta, obtemos um arranjo puro e “consistente" de caracteristicas abstratas de fendmenos semelhantes. Lenin comenta a nitidez das criticas de Hegel a esse método, extraindo, por exemplo, seu veredicto sobre _que primeira sume Esse procedimento de conhecimento, refletindo sobre a experién pereebe 5 determinagées no fendmeno, em seguida as torna a base como explicacdo os materiais ou forcas fundamentais correspondentes que devem roduzir essas determinacdes do fendmen que é avangado como explicaco de uma coisa acaba sendo apenas Determinacio deduzida daquilo para o qual se destinam a ser as hipdteses invengSes derivadas de uma reflexao acritica, O método dialético de Hegel ¢ frequentemente condenado como uma acomodagio ao status quo , com sua insisténcia na "identidade do pensamento e do objeto”. Mas se a dialética 6 entendida adequadamente, no leva a nenhuma conclusio. As citagdes a seguir explicam claramente a natureza dindmica ¢ erftica do conhecimento dialético e ilustram bem o processo pelo qual Lenin trabalhou na reformulagio materialista da Légica de Hegel : A identidade da idéia consigo mesma é uma com 0 processo ;.0 pensamento que liberta a realidade da demonstraco iluséria de mutabilidade sem propésito ¢ a ransfigura na _Idéia nfo deve representar essa v um mais_obstinada ; seu repouso consiste na seguranca e cerleza com as quais cria eternamente e supera eternamente essa oposi¢ao, encontrando- se consigo mesma Lénin, lendo Hegel materialisticamente, substitui: do pensamento com o objeto é um processo : 0 pensamento (= homem) nao deve imaginar a verdade na forma de repouso morto, na forma de ‘uma imagem nua (imagem), pélida (fosca), sem impulso, sem movimento, como ‘um género, como um niimero, como um pensamento abstrato. A coincidénci hitps:wwn-marssts.rgieferencelsubjectiphilosophyhworks/enflf him ana oaon2019 CC Slaughter: Lenin sobre Dialtica A idéia contém também a mais forte contradigdo, o repouso (para 0 pensamento do homem) consiste na firmeza ¢ certeza com que ele cria eternamente (essa contradigao entre pensamento e objeto) e a supera eternamente ... Finalmente, Lenin reescreve a passagem: ‘A cognicao é a eterna e interminavel aproximacéio do pensamento ao objeto. O reflexo da natureza no pensamento do homem deve ser entendido niio "sem vida", nao “abstratamente”, ndo desprovido de movimento, néio sem contradicées Mas no eterno processo de movimento, o surgimento de contradigbes ¢ sua solugio, Lenin antes e depois de 1914 £ habitual em alguns circulos afirmar que somente quando Lenin leu Hegel em 1914- 45, ele entendeu a dialética; de fato, esta na moda considerar isso como comprovado. Nos seus primeiros escritos, diz-se que Lenin era bruto e mecdnico; supde-se que essa grosseria tenha sido mais explicita em seu Materialismo e Empiriocritismo (1908), mas a implicago é que suas atitudes sobre a organizagio do Partido e questées politicas eram rigidas e dogmaticas. £ importante ver que este caso é sustentado em uma base muito estreita: em vez de um exame do trabalho real de Lenin, incluindo Materialismo e Empiriocriticismo,. geralmente nos séo apresentados trechos truncados deste tltimo trabalho, que distorcem seu significado, ou uma série de citages curtas dos Cadernos que supostamente mostram que Lenin renunciou a seu passado filoséfico. Raya Dunayevskaya chega ao ponto de dizer: '£ na segéo "Silogismo", onde Hegel destréi a oposigao entre subjetividade e objetividade que Lenin explode com os aforismos que revelam agora decisivos foi sua ruptura com seu proprio passado filoséfico ". (Marxismo e liberdade , 1958, énfase minha, CS) Nesta passagem, a referéncia é As observacdes de Lenin nas paginas 179 e 180 da presente edicio, prineipalmente o seguinte: s marxistas criticaram (no inicio do século XX) os kantianos e humistas mais 4 maneira de Feuerbach (¢ Buchner) do que de Hegel. primeiro capitulo, sem ter estudado ¢ compreendido completamente toda a I6gica de Hegel . Conseqiientemente, meio século depois, nenhum dos marxistas entendeu Marx !! Nao ha exame das obras anteriores de Lenin, apenas especulacdes de que essas passagens implicam uma condenagio das suposicées filoséficas passadas de Lenin, ou seja, que ele se inclui entre os "marxistas que no entendiam Marx". Agora, embora nao haja divida de que sua leitura de Hegel, no inicio da Primeira Guerra Mundial, enriqueceu a teoria de Lenin, permitiu-lhe penetrar mais profundamente na esséncia hitps:wwn-marssts.rgieferencelsubjectiphilosophyhworks/enflf him sia ox10ar2019 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstca das contradigGes do imperialismo e do movimento da classe trabalhadora, é bastante errado faga a demarcacao rigida que agora é tio freqiientemente feita entre os. fases ‘pré-hegeliana’ e ‘pés-hegeliana’ de sua vida politica. Antes, ha um desenvolvimento realmente dialético no préprio trabalho de Lenin. 1914 e seu trabalho em direcio a Revolugao de 1917 ¢ a construgao de uma nova Internacional Comunista maream um novo estagio na histéria do movimento, o est4gio em que Lenin e seus seguidores trouxeram & consciéncia de uma seco da vanguarda da classe trabalhadora a realidade do 0 novo estdgio do imperialismo e as tarefas com as quais ele enfrentou a classe trabalhadora. O estudo de Lenin sobre Hegel faz parte desse avango, uma parte necesséria do processo pelo qual a consciéncia foi avancada. Como qualquer outro avango no marxismo, sé poderia vir de um homem imerso na intensa teoria e pratica do movimento vivo da sociedade e da politica por muitos anos. o estagio em que Lenin e seus seguidores trouxeram consciéncia de uma secio da vanguarda da classe trabalhadora a realidade do novo estigio do imperialismo e as tarefas com as quais ele enfrentou a classe trabalhadora. O estudo de Lenin sobre Hegel faz parte desse avanco, uma parte necessaria do processo pelo qual a consciéncia foi avangada. Como qualquer outro avango no marxismo, s6 poderia vir de um homem imerso na intensa teoria e pratica do movimento vivo da sociedade e da politica por muitos anos. o est4gio em que Lenin e seus seguidores trouxeram A consciéneia de uma seco da vanguarda da classe trabalhadora a realidade do novo estagio do imperialismo e as tarefas com as quais cle enfrentou a classe trabalhadora. O estudo de Lenin sobre Hegel faz parte desse avango, do proc féncia foi uma parte nece: :0 pelo qual a con: angada, Como qualquer outro avango no marxismo, s na intensa teoria ¢ poderia vir de um homem imers pratica do movimento vivo da s ociedade e da politica por muitos ano: Se Dunayevskaya tivesse examinado todo o trabalho de Lenin com o mesmo método que ele descreve em Cadernos Filoséficos; em vez de comparar formalmente frases marcantes com partes abstraidas de outros trabalhos escritos em diferentes cireunsténcias e com énfases deliberadamente diferentes, ento seu trabalho poderia ter tido algum valor para o marxismo; mas, na verdade, ela permanece atolada no método formal de que acusa o infcio de Lénin. Lenin poderia muito bem estar apontando para o seu proprio caso quando citado com tanta admirac&o a comparacio feita por Hegel. Lenin escreve, A logica se assemelha a gramitica , sendo uma coisa para o iniciante e outra para quem conhece o idioma (e os idiomas) e o esptrito da linguagem. Uma coisa é para quem aborda a légica e as ciéncias em geral pela primeira vez e outra para quem volta das ciéncias para a légica. Entdo a légica da "o carter essencial dessa riqueza"; (a riqueza da visio do mundo), "a natureza interior do espirito e do mundo ... Lenin 6 um revolucionario experiente e realizado que retorna a logica hegeliana como logica; ele traz para a tarefa toda a experiéncia da luta de 20 anos na construgio de um partido revolucionario contra tendéncias que refletem as forgas complexas da sociedade russa, luta acompanhada sempre por um estudo profundo da realidade social hitps:lwwn-marssts.orgleterencel/subjectiphilosophyhworks/eniclf him ana ox10ar2019 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstca € de todas as escolas de pensamento que expressam os interesses dos as aulas nessa realidade. Assim, sua "leitura" de Hegel 6 plena e rica, capaz de apreciar - e expor a insoléncia e a profundidade do método dialético formalmente apresentado por Hegel. Essa nova apreciacao da riqueza do conceito dialético do conhecimento foi uma parte importante de sua insisténcia na teoria e no prinefpio, no entendimento das tarefas da classe trabalhadora e de sua lideranga naqueles anos em que, como ele mesmo dizia, O uso de Cadernos Filosdficos para desacreditar o trabalho anterior de Lenin é uma cobertura para uma tendéneia ao idealismo em alguns criticos. Torna-se importante condenar a exposig&o de Lenin a idéia de que o conhecimento é o reflexo da realidade objetiva e impl mente ou explicitamente condenar seu conceito de "partido de novo tipo" como uma necessidade para a revolugio socialista. Portanto, 6 necessdrio descartar reivindicagdes como a de Dunayevskaya que "A notacchave de seus Cadernos Filosdficos ¢ nada menos que uma restauragao da verdade ao idealismo filoséfico contra o materialismo vulgar, ao qual ele havia dado luz verde com seu trabalho sobre Materialismo e Empiriocritismo". Dunayevskaya cita naturalmente 0 aforismo de Lenin: "O idealismo inteligente est mais préximo do materialismo inteligente do que o materialismo estépido" (cle reescreveu isso para ler: "O idealismo dialético est4 mais préximo do materialismo [dialético] inteligente do que o materialismo metafisico, subdesenvolvido, morto, bruto e rigido”. LCW38_277 .) Mas nfo faz sentido sugerir que Lenin revise suas opinides sobre a relag&o geral entre materialismo e idealismo. Na pagina 293 dos Cadernos de anotagées , ele escreve, apos as notas em Légica , apés a citagdo tao amada dos idealistas, o seguinte: Hegel ocultou completamente (NB) o principal : (NB) a existéncia de coisas fora da consciéncia do homem e independente dela '. (LCW38_293) Foi para enfatizar precisamente que is 0 foi "a principal coisa" que o Materialismo ¢ 0 Empiriocritismo foram escritos, em resposta a um grupo de 'Cagadores de Deus' no Partido Russo, em 1908. Em suas anotagdes sobre Hegel, a preocupagao de Lenin 6, ante explicar explicitamente 0 néicleo racional do método desse maior idealista e do apenas até a véspera; Dunayevskaya nao cita nenhum dos mostrar que o "idealismo objetivo" consistente leva a fil Ma vigaristas espirituosos de Lenin com o fracasso de Hegel em deixar o idealismo para sofia As véspera materialismo historic tras, mesmo que eles estejam espalhados livremente pelos Cadernos . Uma pequena amostra ser suficiente: O mistico - idealista - espiritualista Hegel (como toda a filosofia oficial, idealista e clerical de hoje) exalta e expatia o misticismo, o idealismo na historia da filosofia, ignorando e menosprezando o materialismo. Cf. Hegel em Demécrito-zero! Em Platdo, uma enorme massa de lama mistica. (pp. 281-2) E uma massa de mingau fino pairava sobre Deus. . . (LCW38_303) hitps:lwwn-marssts.ogleterencelsubjectiphilosophyhworks/enicf him m6 ox10ar2019 (Olt Slaughter’: Lenin sobre Dialética Aqui em Hegel é freqiientemente encontrado sobre Deus, religio, moralidade em geral, absurdo idealista extremamente banal. (LCW38_309) em muitos lugares Lenin leva Hegel a se encarregar de ocultando as fraquezas do idealismo " (LCW38_289), ‘uma evasio sofistica do materialismo' (LCW38_289), ‘uma evasio covarde do materialismo’ (LCW38_258) e ele tem pena de Deus !! o canalha idealista! ! «(LCW38_295) O fato de essa condenacio do idealismo nao impedir Lenin de tirar o maximo proveito da légica de Hegel é uma homenagem & sua grande agudeza intelectual combinada com um partidarismo implacdvel. bastante estranho ao espirito de seu trabalho cité-lo seletivamente para transmitir a impressio de que ele "rompeu com seu passado filoséfico". Ele no fez nada desse tipo, e 0 Materialismo e o Empiriocritismo manterGo seu significado como uma declaragio brilhante dos fundamentos materialistas do Marxismo contra o ‘realismo' pseudo-cientifico. A apresentagio de problemas semelhantes nos Cadernos de Notas é um refinamento, mas por nenhum estiramento da imaginagdo uma rejeigéio ao trabalho de 1908. O PAPEL DA CONSCIENCIA Se examinarmos até os primeiros trabalhos de Lenin sobre questées sociais e politicas, 6 dificil ver qualquer justificativa para a visio de Dunayevskaya de que, antes de 1914, Lenin realmente no compreendia o conceito de unidade de opostos, que ele via os lados opostos dos fendmenos. simplesmente coexistindo lado a lado, em vez de interpenetrar e determinar um ao outro. Ela tem que admitir que, em sua pratica politica, Lenin mostrou uma compreensio da dialética, mas isso parece ter sido rnte", enquanto em seus pensamentos Lenin permaneceu rigido e mecAnico. incon: Muito além do aspecto cémico dessa divisio, pode-se demonstrar que os escritos de do método dialético, Lenin esto completamente imbufdos sstudando proc s sem sua totalidade e em seu desenvolvimento, com uma amarga luta contra aqueles que, como os Narodniks, abstrairam caracteristicas separadas da sociedade e as avaliaram com algum conjunto de normas abstratas. Qualquer namero de citagdes deO que os amigos do povo séo ou 0 contetido econémico do narodismo ilustrariam a compreensao de Lenin, j4 em 1896, da "unidade dos opostos". Um resumo do método de Lenin contra os sociélogos de Narodnik talvez. seja titil. Esses narodniks tentaram defender pequenas propriedades camponesas, principalmente como parte da comuna da aldeia russa. Para fazer isso, eles fizeram. um estudo da condigao dessa secdo de produtores, de suas propriedades, do impacto sobre elas de outras classes e da politica do governo etc., e eles frequentemente faziam relatos angustiantes do efeito do comércio em levar o camponés independente & miséria. Lenin apontou que um estudo. somente a propriedade da terra e até mesmo uma descri¢&o ardente e partidéria da miséria dos camponeses nfo substitufam o comeco de hitps:lwwn-marssts.orgleterencel/subjectiphilosophyhworks/eniclf him ana ox10ar2019 (Clit Slaughter’: Lenin sobre Dialética uma analise de toda a estrutura econémica que determinava as tendéncias e os relacionamentos dominantes na sociedade russa. O setor daquela sociedade que os Narodniks escolheram defender expondo sua miséria no era uma alternativa as condicdes econdmicas em desenvolvimento, exceto em suas mentes. Somente vendo a propriedade dos pequenos camponeses como um 'momento' no desenvolvimento da estrutura das préprias condigdes que eles lamentavam, eles poderiam entendé-la, isto 6, alinhar seus conceitos tebricos ao desenvolvimento econémico real. Claramente, este 6 apenas um exemplo do prinefpio exposto por Lenin (¢ Hegel) nas citagdes no infcio deste artigo.status quo . Como Lenin poderia chamar sua critica das condigdes existentes de abstrata quando as obras que produziam estavam cheias de dados sobre as condigdes da vida camponesa? Porque 'a pequena agricultura camponesa’ foi abstraida de seu contexto realmente desenvolvendo na estrutura econémica, num contexto em que esta necessariamente ligada a todos os aspectos que os populistas abstraidase chamado de 'negativo'. O resultado desse método equivocado foi a impoténcia politica. © narodismo rejeitou o fato basico do conilito entre trabalho e capital, mas ‘através do prisma - das condigdes de vida e dos interesses do pequeno produtor, e, portanto, o fez de maneira distorcida e covarde, criando uma teoria que nao dava destaque ao antagonismo de interesses sociais, mas a esperancas estéreis em um caminho diferente de desenvolvimento". Mas Lenin assumiu os cacos contra alguns dos chamados marxistas como Struve, bem como contra os narodniks. Vale a pena insistir em sua critica ao "objetivismo” de Struve, pois nos leva a um ponto vital, o papel da consciéncia humana e a relagio entre teoria e pratica. O ataque consistente de Lenin ao "objetivismo" nos primeiros escritos desmente os criticos que afirmam que ele negligenciou a agéncia humana em sua teoria anterior a 1995. Embora Struve tenha criticado corretamente os narodniks por sua defesa do atraso, ele acabou se tornando um apologista do avanco do capitalismo, ¢ ndo um marxista capaz de analisar suas contradicGes. Lenin 0 atacou por ver o progresso téenico ‘por um lado’ como progressive e a escravidfo ‘por outro lado’ como regressivos, Essas duas io fas do mesmo desenvolvimento do capitalismo: Sua escravidao que ele agora demoliu como retrograda nio passa de manifestagao inicial do capitalismo na agricultura, daquele mesmo capitalismo que leva mais tarde a um progresso técnico abrangente, ete. O que falta em Struve é 0 ponto de vista de uma determinada classe na contradigao Dasica de classe da sociedade: A principal caracteristica & . . objetivismo restrito que se limita a provar a inevitabilidade e a necessidade do proceso e néo faz nenhum esforgo para revelar em cada estagio especifico desse processo a forma de contradigo de classe inerente a ele um objetivismo que descreve o processo em geral, e nao cada um dos antagonistas classes cujo conflito compée o proceso. hitps:lwwn-marssts.orgleterencel/subjectiphilosophyhworks/eniclf him one ox10ar2019 (Clit Slaughter’: Lenin sobre Dialética . . embora ele indique corretamente a existéncia de um processo, ele nao examina quais classes surgiram enquanto ocorria, quais classes eram os veiculos do processo, ofuscando outros estratos da populagio a eles subordinados; em uma palavra, o objetivismo do autor nao chega ao nivel do materialismo. . Esse objetivismo leva Struve a apresentar problemas de uma maneira nao-classe que nao deixa de ter paralelo no pensamento politico atual. Por exemplo, ele pergunta: 'De que maneira, com que base, nossa economia nacional pode ser reorganizada?’ e Lenin responde, "Nossa economia nacional” é uma economia capitalista, euja organizagio e reorganizagio so determinadas pela burguesia, que "administra" essa economia. Em vez da questo da possivel reorganizagdo, o que deveria ter sido colocado 6 a questiio dos estgios sucessivos do desenvolvimento dessa economia burguesa. Lenin, em outras palavras, exige uma abordagem que veja todos os "aspectos” do processo como partes necessariamente interconectadas do todo, desenvolvendo-se na oposicéo necesséria; além disso, a andlise oferecida deve ser vista como parte da consciéncia dos representantes das classes sociais que se opdem no processo de desenvolvimento, com as distorgdes caracteristicas de cada classe, apenas o ponto de vista da classe trabalhadora capaz de sustentar uma visio cientifica da unidade e desenvolvimento geral de todo o sistema. Aqui estdo as bases reais de toda a abordagem teérica e prdtica de Lenin na politica, bases sobre as quais ele construiu prodigiosamente por anos. A Revolugio de 1905 foi um ponto de partida para o des envolvimento politico do pensamento socialista russo, além de um passo decisivo na experiénci da propria classe trabalhadora. Lenin mostrou em seus escritos daquele perfodo que ele nao precisou esperar até 1914 para poder apresentar com muita clareza a diferenga entre materialismo dialético e "vulgar" no destaque dado & agao consciente. Em suas duas taticas de social-democracia , Lenin condena o método que oferece . .. wma descrigdo geral do processo (e) nao diz uma palavra sobre as tarefas concretas de nossa atividade. O novo método iskraista de exposigao lembra uma das referéncias de Marx (em suas famosas Teses sobre Feuerbach ) ao antigo materialismo que era estranho as idéias da dialética ... Eles degradam a concep¢ao materialista da histéria ignorando os lideres ativos e lideres. e parte orientadora da histéria, que pode e deve ser desempenhada por partidos que compreendem os pré-requisitos materiais de uma revolugdo e se colocaram A frente das classes avangadas. Tudo isso parece muito estranho ao lado da sugestiio de Lunayevskaya de que somente em 1914 Lenin compreendeu conscientemente o papel da consciéncia ¢ 0 papel das massas na histori 0 muito . Lenin jé havia escrito no exilio, em 1897, uma caracteri: direta da conexao entre a falta de método cientifico dos narodniks e sua relagdo com a io das ma: . Esta citagdo termina esta s io do argumento: . «Sua falta de realismo sociolégico os impele a uma maneira especifica de pensar ¢ raciocinar sobre assuntos problemas sociais que podem ser chamados de hitps:lwwn-marssts.ogleterencelsubjectiphilosophyhworks/enicf him son osi05r2019 Cit Slaughers: Lenin sobre Dialtica autoconceito estreito ou, talvez, mentalidade burocratica . 0 Narodnik esta sempre se dilatando no caminho que "nés" devemos escolher para o nosso pais, 0 infortinio que surgiria se "nés" direcionassemos 0 pais por esse caminho, as perspectivas "nés" poderiamos garantir a nés mesmos se evitassemos o perigos do caminho que a velha Europa tomou, se "seguirmos o que é bom", tanto da Europa como do antigo sistema comunitario da vila antiga, e assim por diante. Daf a completa desconfianca e desprezo dos Narodnik pelas tendéncias independentes das classes soci: que esto moldando a hist6ria de acordo com seus préprios interesses ...cresce mais amplo e mais profundo, 0 tamanho dessa massa da populagio que ¢ o criador consciente da histéria deve aumentar. 0 Narodnik, no entanto, sempre considerou a popula¢do em geral, e a populagao trabalhadora em particular, como objeto desta ou daquela medida mais ou menos sensivel, como algo a ser dirigido por esse ou aquele caminho e nunea considerou as varias classes da populagdo. como formadores de histéria independentes no caminho existente, nunca perguntou quais condigdes do caminho atual poderiam estimular (ou, pelo contrério, paralisar) a atividade independente e consciente desses formadores de histéria . (minha énfase, CS) A TEORIA E A PRATICA E apenas com base em ‘ver a existéncia da realidade objetiva independente da consciéncia humana como’ o principal ‘que Lenin é capaz de dar a grande contribuigao reflexdo e & cognigio como um proceso ativo , néo como um espelhamento morto, que ele faz nos cadernos . Somente uma compreensio materialista do papel ativo da pratica humana no mundo real poderia formar a base para a riqueza das concepgées de Lenin, pois é desse mundo real que se deriva a verdade infinitamente crescente e enriquecida da compreensio humana. Se Lenin tivesse escrito um livro sobre dialética baseado nos cadernos, teria sido uma apresentac&o das linhas de crescimento desse conhecimento humano, o processo pelo qual o homem desenvolveu continuamente novos processos de aprendizado do mundo real por meio de sua pratica e do desenvolvimento do pensamento. Todos os aspectos do desenvolvimento de técnicas, da filosofia e das ciéncias sociais, devem ser vistos como parte desse processo pelo qual 0s conceitos do homem se tornam cada vez mais "cheios de contetido”. Isso implica que todos os aspectos da histéria do pensamento e da filosofia sejam vistos nfo abstratamente, negativamente do ponto de vista do numero de elementos certos e errados nele contidos, mas em seu proprio desenvolvimento concreto e como parte de todo o ser humano. progresso. Em segundo lugar, implica a negagdo completa do dogmatismo na teoria. Nao ha uma verdade fixa, um segredo do mundo a ser finalmente descoberto, e nossos conceitos sobre a realidade que conhecemos sao verdadeiro 7m o caréter mutavel da s, na medida em que expre realidade em questo, juntamente com a mudanga e a flexibilidade de nossos préprios conceitos, cujos limitagdes sao reveladas por toda experiéncia e avango no pensamento. Lenin enfatiza fortemente a seguinte passagem: hitps:lwwn-marssts.orgleterencel/subjectiphilosophyhworks/eniclf him wie o31o92019 CC Slaughter: Lenin sobre Dialtica 6 falsa_, porque expressa "identidade silenciosamente persistente", Nao é verdade que o finito simplesmente neutraliza o infinito ¢ vice-versa. Na verdade, temos um processo, Hegel insiste que o pensamento nao deve imaginar, uma vez que va além da aparéncia & esséncia, que ele tenha feito seu trabalho. Pelo contrario, a descoberta da verdade um processo infinito, e os conceitos que a refletem so os modos de desenvolvimento de uma penetragio cada vez mais profunda dessa realidade. Lenin diz brevemente: 'A coineidéncia do pensamento com o objeto é um processo'. O homem nfo chega a verdade, ao ‘repouso’ em sua relagio com a verdade, simplesmente chegando a conclusées sobre ela. O pensamento do homem é relaxado. desenvolvendo-se livremente, em "repouso", somente através da negaco do repouso, somente através da firmeza com que ele cria eternamente a contradicio entre pensamento e objeto e supera-a eternamente", Essa visio da relagdo entre conceitos e realidade & brilhantemente formulada, e compreender essa relagio é a esséncia da politica marxista como de qualquer outra ciénci como exemplo o problema que . Tomemos freqiientemente surge no trabalho cotidiano da organizagio marxista. Enquanto s e pensa que a "verdade" sobre politica consiste em algum segredo fixo da doutrina marxista, em algum conjunto de receitas, a realidade se mostra muito intratavel, enfrentando constantemente o revoluciondrio com frustragée "decepgoes e “desilusées". Os métodos de trabalho tornam-se inconsist ent s e temperamentai em uma palavra, subjetivistas. Mas se houver um esforgo constante e consciente para sondar e aprender com a realidade, com 0 movimento vivo, e com o entendimento tedrico cada vez mais profundo que flui disso para bascar a atividade e organizagéo do Partido, uma sede de enriquecimento pela penetragdo da realidade viva, entéo resultado é diferente. Embora issoparece mais ‘dificil reexaminando suas proprias suposig6es, mas d4 origem a métodos de trabalho mais firmes e relaxados, 'tepouso' real repousando sobre a forca, em virtude da seguranca e certeza e determinago com as quais 0 processo de aprendizado, penetragao e busca 6 organizado, a fim de preencher nossos conceitos com contetido objetivo. Este é 0 processo de criago e superacdo da contradigao entre nossas idéias e realidade objetiva. ', menos ‘seguro’ constantemente O reflexo da natureza no pel vida',_ndio_“abstratamente", ndo desprovide de movimento, _niio sem. contradigées , mas no eterno processo de movimento, 0 surgimento de contradigdes e sua solucio As implicagées dessa visio da cognicdo, do proceso pelo qual os homens adquiriram e continuarao a obter conhecimento da verdade, para uma visao marxista da histéria da filosofia, sio apontadas por Lenin em algumas passagens curtas muito estimulantes, particularmente em o fragmento On the Question of Dialectics , que apareceu anteriormente em inglés, mas seré muito mais significativo agora que pode ser comparado com as notas anteriores que se preparam para ele. hitps:lwwn-marssts.orgleterencel/subjectiphilosophyhworks/eniclf him sane ox10ar2019 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstica Lenin diz, muito especificamente que 0 auto-movimento das coisas através da luta dos opostos 6 a ciéncia da dialética. Essa 6 a conseqiiéncia lgica do entendimento de que a dialética 6 0 auto-movimento da realidade e dos conceitos que refletem a realidade, e nao uma logica externa que impés suas préprias distingdes e comparacdes com a realidade. Dialética é a teoria de como a realidade se classifica , com o crescente conhecimento humano visto como o mais recente desenvolvimento dessa realidade, e nao como uma maneira de classificar a realidade. Hegel é citado por Lenin para este efeito: A A razio de pensar por_assim dizer,_a brusca diferenca de jermos diversos, a_mera variedade de pensamento pictérico,em_diferenca gssencial ,_em oposicdo . Somente quando os miiltiplos termos so levados ao onto de contradieZo, tornam-se ativos ¢ sims uns com os outros, recebendo aatividade espontinea Nao é necessario mencionar aqui as ocasides em que Lenin aplicou essa abordagem as questdes politicas de tal maneira que ele era constantemente condenado por doutrinairismo e faccionalismo. Ao longo da histéria da social-democracia russa, ele lutou amargamente com sua ala pequeno-burguesa e intelectual, expressando-se primeiro através de Struve e dos "marxistas legais", depois no subjetivismo e no espirito de "circulo" de Plekhanov e na objecéio menchevique As concepgGes proletirias de jaram” os de organizagio, nas idéias de extrema esquerda que surgiram durante os anos reagiio, até a luta contra o liquidacionismo e a fraqueza daqueles que “con: reformistas em vez de lutar para estabelecer a independéncia da classe trabalhadora contra eles. Como Trotsky reconheceu mais tarde, ele e outros consideravam mesquinhez e grosseria o que de fato equivalia em Lenin a necessidade politica, com base em um método de proceder a partir das contradigdes basicas que 0 movimento enfrentava. Mais uma vez, artigos posteriores abordardo alguns desses pontos importantes. E vital ver a unidade entre a carreira politica de Lenin e seu método dialético. Para sua insisténcia de ferro nos prineipios, mesmo as custas de dificuldades pessoais ¢ organizacionais que horrorizavam aqueles com métodos mais impressionistas, Lenin pos em pratica a idéia de que a classe trabalhadora deve decidir seu préprio destino, deve colocar a conquista de sua independéncia politica através de um partido revoluciondrio antes de todas as consideragées parciais. Vacilagées politicas e tedricas, reagdes subjetivas as dificuldades e A disciplina, no eram questdes separadas ou parciais; eles tiveram que ser analisados e resolvidos de maneira decisiva do ponto de vista da construgdo de um movimento nas condigées concretas da Russia. O estudo de Hegel em 1914-15 ajudou a aumentar sua cons des so ncia da universalidade e profundidade ¢ método e, assim, equipou-o para a tarefa ainda maior de reorientar 0 movimento s. Os fatos estudados para LeninO imperialismo e seu trabalho sobre a Segunda lista do mundo inteiro. Isso no poderia ser feito apenas em bases empiri Internacional e a Revolugaio Ru: ssa foram selecionados e tiveram significado apenas no hitps:lwwn-marssts.ogleterencelsubjectiphilosophyhworks/enicf him 131 asrovao19 Cit Staughies: Lenin sobre Dilstica Ambito do método dialético, mais ou menos esbogado nos Cadernos , com énfase na interconexo de todos. aspectos dos fenémenos, a identidade dos opostos, a necessidade de aprofundar cada vez mais a pratica dos homens na mudanga da natureza e de si mesmos. Um retorno ao estudo da pratica e do método de Lenin hoje 6 uma parte essencial da solugo de nossas tarefas revoluciondrias. Leitura adicion: ia de classe , Cliff Slaughter 1975 Cadernos Filoséficos de Lenin | Resumo da dialética de Lenin Ambivaléncia filoséfica de Lenin , Dunayevskaya teoria marxista e consci Arquivo de Filosofia @ marxists.org hitps:iwwn-marssts.orgieterencelsubjectiphilosophyhworks/enilf him sana

You might also like