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Quinta-feira, 9 de Julho de 2020 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.020,00 Tala a waren qe ORCA awe TNATURA ‘wren de cada Tn pice now Dios felativa @ sauncio © asim do «Diao ano | ds Repilicn 1° € 2° see & de Kz: 75.0 eps a Republicw, deve ser diisida 8 INDE Yaseen Ke 73415940 | 9 5% sae Ke: $500, serxcido do respective [Nacional EP, ea Luanda, Ra Henrique de cents ea Chdele ta Cary Peat non | SE! 86 xx 43352100 | imposto do seo, dependende a publicag da onwingrensncinal govno * Bad tele. | A2* série Ke 22699000 | sere de depositoprévioa efetuarnatesourra ingens Ast sae Kx 18013820 } daingresa Nocona -E P SUMARIO sanbas reguladns, respectivamente, pelo Césdigo do Imposto Predial Urbano, datado de 1970, e pelo Regulamento para a Assembleia Nacional Liquidagao e Cobranga do Imposto sebre as Sucessoes ¢ Lan 2020: Doagoes ¢ Sisa sobre a Transmissao de Iméveis a Titulo Aprova Cidigo do Into Predial. — Revoga o Diploma Legislative "a" 4044, de 13 de unbro de 1970, que aprova 0 Cedigo do pesto Proial Urbano, @ Lei 18/1, de 21 de Abril e Les n° I6t, <4e21 de Abi c droga todas as normas sche tributagao ds iméves ‘tates do Diploma Legtiva n° 230, de 21 de Maio de 1931, ‘qe prove 0 Regulnento par Liquide Cobrnga do imposte sebve a SucessSes¢ Danes Ssasobe Transeo de Ines ‘Timo Operon Leia 2120: Altera © Cédige Geral Tribu, © ata os artigos BA°-A, 101°-A e 119°-A. — Revons os artigos 108”, 115", 116°, linea b) don. 2 dds artigos 143° 188° do Cidigo Geral Tributio provado pela [Lein"21/14 de 22 de Ou, ¢ aLei n° 18/17, de 17 de Agost, bam come todo 9 Tegsag ao que conirrie 0 dsposto no presente Dplom. Ministérios da Administracéo Pablica, Trabalho e Seguranca Social, do Ensino Superior, Giéncia, Tecnologia e Inovaséo e da Educasio Deceto Esteli Conjunto 220120 “men's tspenc hind et cence Piblas Biri Pile sda fe Fram ede Foot Pfs en tle 0 eis ein, po ego Dikcmtno Retreats Ext Caan 1900 Se Dd oo» Dees Exetvs n= 172 een tes dee hn 980, 3 Mat ASSEMBLEIA NACIONAL Tein." 2020 ‘de 9 de Jato Considerando que o sistema de tributagto do patrimé- rio imobiliério vigente em Angola até a entrada em vigor do presente Codigo, tem a data do periodo colonial, tanto ina vertente estitica referente a detengao de iméveis, como nna vertente dinémica associada as transmissées, sendo ‘Oneroso, de 1931, embora tenham estes diplomas softido sucessivas alteragdes para adapté-los aos virios contextos ‘econdmicos e sociais do Pais, ‘Considderando que esta em curso 0 processo de descentra- lizago administrativa, que vai culminar com a institucio~ nalizagio material das autarquias locais, permitindo que os ‘mumicipios tenham maior autonomia administrativa e finan- ceira através de Fonte proprin de inanciamento, uma vez. que ‘4 Constituigao da Repiblica de Angola estabelece que ima parte dos recursos financeiros das Autarquias Locais deve ser proveniente de impostos locais, e neste dominio, a tri- bbutagao do patrimenio imobiliario desemp entra uma fangao preponderante, constituindo a principal fonte dearrecadagio de receitas municipais; ‘Considerando a imperiosa necessidade de dotar o sistema tributario angolano de mecanismos adequados a realidade ‘econdmica € social através dos quais se pretende garantir © proporcionar maior eficiéncia na gestao do modelo de tribu- {a¢80 do patriménio imobilidrio, em todas as suas vertentes, mediante criagao de ferramentas tecnoldgicas eapazes de dar respostas satisfatorias aos designios de desmaterializagao dos processos € inscrigao de iméveis & de outros proces- 505 essenciais 4 boa gestao do imposto sobre o patrimenio imobiliatio, Considerando a existéneia de iniimeros terrenos com tum grande potencial para o desenvolvimento de activida- ‘des aaricolas, mineiras e outras, que entretanto se encontrar, inertes ¢ improdutivos, em muitos casos por vontade ou des- liso dos seus proprietrios que, inclusive, escusam-se de os cceder a terceiros interessados com capital para a exploragao ddaquelas actividades, tomando, por canta disto, os terrenos improdutivos, 0 que em nada contribui, sobretudo para o fomento da produgio asricola e de actividades afins, num 3768 DIARIO DA REPUBLICA contexto em que a diversificagao da economia nacional deve ser uma indispensével ferramenta para redhizi a forte depen- déncia do petroleo; Visando estimular 0 mercado imobilidrio dos terrenos rurais foram introduzidas normas que permitem a dina- izagdo das transacgdes deste tipo de terrenos, tais como a relefinigao das resras sobre 0 apuramento da materia colectavel A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposiges ccmbinadas da alinea 0) do n°1 do artigo 165° e da alinea d) do n° 2 do artigo 166.°, ambos da Constituigao da Republica de Angola, a seguinte: LEI QUE APROVA 0 CODIGO Do IMPOSTO PREDIAL, ARTIGO L* prevapi0) E aprovado 0 Codigo do Imposto Predial que € parte inteurante da presente Lei ARTIGO 2° Regulamentacoy Compete a0 Titular do Poder Executivo estabelecer, por diploma préprio, a regulamentagao do Cédigo do Imposto Predial que disponha, designadamente sobre a avaliagao © teavaliagao de prstios urbanos e risticos, bem assim sobre a scrigto de prédios, a organizagao, conservagao, alteragao, renovagao ¢ substitnigao de matrizes dos prédios situados no territério da Replica de Angola, ARTIGO 3° (sencao especie) Estao isentas do Imposto sobre 0 Valor Acreseentado a transmissio e alocacio de quaisquer bens imoveis, ARTIGO 4° (Regine de neutatdade feat) Mediante reconhecimento da Administrago Tributéria, 4 transmissio do Patriménio imobiliério da esfera do comerciante em nome individual que esteja, directa e exch sivamente afecto 20 exercicio da sua actividade como comerciante, para a esfera juridica da sociedade comercial que vena a constitnr, pode ainda beneficiar de isen¢io do pagamento do Imposto de Selo e do Imposto Predial sobre as TransmissOes, quando verificadas cumulativamente as seatintes condigdes @) A sociedade por quotas receptora do respective patriménio seja por cle detida em pelo menos 60% b) As restantes quotas sejam detidas pelo seu coniuse, pais on filhos. ARTIGO S* Revouasi0) 1. Sao revogados, 0 Diploma Legislative n° 4044, de 13 de Outubro de 1970, que aprova © Cédigo do Imposto Predial Urbano, a Lei n.° 18/11, de 21 de Abril e a Lei n° 16/11, de 21 de Abril. 2. Sao derrogadas todas as normas sobre atributago dos méveis constantes do Diploma Legislative n° 230, de 21 de ‘Maio de 1931, que aprova o Regulamento para a Liquidagso ‘© Cobranga do Imposto sobre as Sucessdes ¢ Doagves ¢ Sisa sobre a Transmissio de Iméveis a Titulo Oneroso. ARTIGOS* (Disp sides transit) Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, mantém-se ‘em vigor as notmas aplicaveis ao regime de Imposto sobre Sucessies © Doagies relativas aos bens moveis, até que -venham a ser reguladas em diploma préprio, ARTIGO7 (Dividas omissoes) As dvidas ¢ as omissGes resultantes da interpretagio dda aplicagao da presente Lei sio resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGOs* (Entrada ex vgee) A presente Lei entra em vigor 30 (tints) dias apés a sua publicagio ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘08 17 de Junho de 2020 © Presidente da Assembleia Nacional, Fernado da Pleckale Dias dos Santos. Promulgada aos 30 de Junho de 2020, Publique-se. © Presidente da Reptblica, Joko Manuet, Gongatves Lounexco. CODIGO DO IMPOSTO PREDIAL CAPITULOT Disposices Gerais ARTIGO 1 nico) Todos 0s prédios urbanos ¢ risticos ficam sujeitos as rearas estab elecidas no presente Cédigo. ARTIGO (@etinicoes) 1 Para efeitos do disposto no presente Codigo, considera-se: @) Habitagdo prépria e permanente — 0 imével utli- zadopelosnjeito passive ou seu agregado familiar, no qual estejafixado orespectivo domicilio fiscal, nos termos do Codigo Geral Tributario; ) Matiz predial — o tombo de todos os prédios de 1m municipio ou circunscrigho administrativa, constituindo registos fisicos ou electronicos de que constam, designadamente, a caracterizagiio «dos prédios, a localizagao e o seu valor patrimo- nial tributério, a identidade dos proprietirios e, sendo caso disso, dos usufintuarios e superficia- I SERIE -N¢ 101 ~DE 9 DE JULHO DE 2020 3769 ©) Prédko — toda a fracgao de teritorio, abrangendo as danas, plantagdes, edificios © construgGes de qualquer natureza neta incorporados ou assentes, com caricter de permanéncia, desde que faca parte do patriménio de uma pessoa singular ou colectiva ¢ que, em circunstancias noma, tena valor econémico, bem como as ‘guas, plantagves, edificios ou construgses, que estejam nas eireunstaneias acima descritas, © ‘que tenham autonomia econsmica emrelacao ao terreno onde se encontrem implantados, apesar de estarem situados numa fiacgao de territorio que constitua parte integrante de un patriménio diverso ot no tena natureza patrimonial, 4) Prédios omissos — todos os prédios risticos ou tubanos que nite se encontram inseritos na smatriz predial ©) Valor patrimonial — 0 valor do imével resultante da avaliagao fiscal, sobre o qual incide a taxa do imp osto. 2. Para efeitos do presente artigo, os edificios ou cons- trugées, ainda que méveis por natureza, sto havidos como tendo cardcter de permanéncia quando afectos a fins nao transitorios. Presume-se o cardcter de permanéncia quando 0s edificios ou construdes estiverem assentes no mesmo local por um periodo superior a seis meses, 3. Para efeitos deste imposto, cada fracg#o auténoma, no regime de propriedade horizontal, ¢ havida como consti- tuindo um prédio. 4, Siio aplicéveis ao Imposto Predial as definigdes pre- vistas na Lei de Terras, desde que nfo se revelem contrérias a0 disposto no presente Codigo. CAPITULO IT Incidéncias ¢ Tsencdes ARTIGO 3° (Gneidéneta) 1, 0 Imposto Predial incide sobre o valor patrimonial ou da renda dos predios urbanos e nisticos e bem assim sobre as transmnissbes gratuitas ou onerosas de bens méveis, pre- vistas no presente Cédigo, qualquer que seja o titslo que tais transmissbes sejam operadas. 2. © Imposto Predial constinti receita propria das Autarquias Locais ou dos Municipios em cujas circunscri- es tetritorias os predios estejam situados. ARTIGO 4° sencoes tera) 1. Ficam isentos de Imposto Predial: 4) O Estado ¢ as Autarquias Locais; b) Os Estados Earangeiros, quanto aos iméveis, destinados as instalagées das respectivas repre- sentagdes diplomaticas ou consulsres, quando haja reciprocidade de tratamento: ©) Partidos politicos nos termos da leaislagio prépria; @ Os institatos publicos € as instituigbes religio legalmente reconhesidas, quanto a0 patrinnio ecto € exelusivamente afecto a realizacao do sen objecto social ou local do culto, &) A primeira transmissio onerosa de iméveis com ‘valor igual ou inferior a AKz 3 000 000,00 (trés miles de kwanzas), que sejam afectos a habi- tacdo propria ¢ permanente do adquirente: POs prédios risticos relativamente aos quais sejam observados os critérios de aproveitamento til € efectivo, nos termos da Lei de Terras ¢ do Rest- lamento Geral de Concessiio de Terrenos, no que respeita a sua detencao, 8) Os prédios nisticos localizados nas zonas v com dimensio igual ou inferior a 7 hectar Jn) As terras rurais comumitarias definidas em legiska- 80 propria. 2. As isengdes a que se referem as alineas b) € d) do rmimero anterior so reconhecidas pela Administragao ‘Tributéria, a requerimento dos interessados, apés parecer dos departamentos ministerinis competentes em razio da matéria, quando existam, 3. Nos casos em que uma pessoa possua mais de um pré= dio nistico, a isengao a que se refere a alinea ) do n° 1 apenas aproveita a un dos iméveis. ARTIGOS® (senses expecta) 1, Estio isentos de Imposto Predial, mediante reco- mhecimento da Administragao ‘Tributaria, € a pedido dos interessados que devem fazer prova da situagao juridica do movel a seu favor, os iméveis de constnigao precéria as habitagdes sociais, desde que sejam exclusivamente destina- ddos a habitago prépria 2. Para efeitos do numero anterior, consideram-se imé- vveis de construcdo prevéria as habitagoes construidas com ‘materiais precérios, designadamente @) Chapas de zinco, b) Pau a pique, capim, adobe, com on sem qualquer ‘ratamento e madeira, em condigdes de descarte 3. Para efeitos don’ 1, consideram-seabitagdes sociais, as de baixa renda, apoiadas pelo Estado ou pessoas colecti- vvas de direito piiblico, destinadas a criar melhores condigdes de acesso a habitagao com qualidade, por parte das pessoas ‘com menor capacidade aquisitiva, inclnindo as mais desfa- vorecidas, nos termos de regulamento proprio, CAPITULO mT ibutagao sobre a Detencaoe sobre a Renda do Patrimenio Imobiliario Tr SECCAOL Incidincla ARTIGOG? nciencin ajectiva) 1. © Imposto Predial incide sobre o valor patrimenial dos préios, nos casos em que haja detengio dos mesmnos ou sobre os rendanentos que deles provenham, quando estejam, arrendlados 3770 DIARIO DA REPUBLICA 2. Quando o imposto resultante da tibutagao pela renda for inferior ao valor do imposto devido pela propricdade, cconsidera- se 0 imposto apurado com base na propriedade. ARTIGO 7" Ancien subjection) 1.0 Imposto Predial sobre a detengao ou sobre a renda é devido pelo proprietirio do prédio ou titular do rendimento, respectivamente 2. Nos casos de usuftuto,dircito de superficie, dominio Util civil e comodato, o Imp osto Predial ¢ devido pelo titular do respective direito. 3. No caso de propriedade resolivel,o imposto € devido pelo promitente comprador ou por quem tenlia 0 uso ¢ fri- 0 do prétio, 4. Pata efeitos fiscais, presume-se sempre proprietario ou titular do direito mencionado no n° 2 do presente artigo, quem como tal fi de inscrigo, quem tenlia a posse do prédio. 5. Quando se tratar de heranga indivisa, © Imposto Prealal ¢ devido pelo cabega-de-casal 6. Os beneficidrios de cedéncia gratuita de quaisquer prédios pertencentes a entidades isentas de Imposto Predial silo obrigados ao pagamento de imposto pela detengio dos prédios ure ou deva figurar na matriz ou, na falta SECGAO It ‘Voor Patrimontal dos Prédios Usbanos ¢ Rasticor ARTIGO 8° (tateriacolectved 1. A materia colectavel nos predios urbanos correspende a0 valor patrimonial que resulta da avaliagao efectuada nos termos da lesislagao aplicavel materia colectavel nos prédios nisticos ccrresponde 10 valor patrimonial de AKz: 10 397,00 (dez mil trezentos € noventa ¢ sete kwanzas) por hectar 3. Os prédios nisticos que tenham parte produtiva e parte improdutiva, s8o tributados de acordo com a parte que nao tenha aproveitamento itil ¢ efectivo, salvo se 0 contribuinte provar que a produto estejn a obedecer a um processo ara dual, no ambito de um plano concreto de aproveitamento da terra 4. O rendimento colectivel dos jgual as rendas efectivamente recebidas, liquidas de 40% correspondentes a despesas relacionadas com a conserva- 0 e manutengio do imével, no obstante periodo a que respeite 5. Considera-se renda, tudo quanto o senhorio receba do amendatério ou este satisfaca em sta vez, por efeito directo da cedéncia do imével ¢ dos servigos que porventura nele tenha estabelecidos, quer sejam especiais para © arrend- mento, quer comuns a outros arrendamentos do mesmo ou de diversos iméveis e ainda que também aproveitem ao pré- prio senhorio, imoveis arrendados é 6. Considera-se ainda renda do imovel: 4) O montante que o arrendatario pague pelo aluguer de maquinismes © mobilidtios dos estabele- cimentos fabris e comerciais instalados nos b) Tudo o que o senhorio receba pelo aiendamento de casas mobiladas, ©) 0 prego da cedéncia da exploragao de estabeleci- ‘mentos comerciais ow industrias, salvo quando © contrato desaareaa o valor normal da renda 0 da exploragto do estabelecimento, @) As importancias recebidas de quem utiliza quais- quer iméveis para publicidade ow outros fins especiais, ARTIGOS* {ici a tributagao des prédios) 1. Nos casos de predios nisticos sem aproveitamento Util, 0 imposto € devido a partir do terceiro ano da entrada «em vigor do presente Codigo ou da coneessio, aquisigio ou ‘ocupagio do terreno, conforme o caso. 2. Nos casos de prédios mbanos 0 partir 4a) Do ano em que a fracgio do territério © demas, elementos devam ser classificados como prédios ‘urbanos, nos terms da leis ») Do ano seguinte ao do termo da situagio de isen- ©) Do seanndo ano seguinte aquele em que wim ter eno para consirugdo tenha sido concedido, transmitido ou ocupado, @ Do ano da conclusio das obras de edificagio, de melhoramento ou de outras alteragdes que hajam. determinado a varingio do valor patrimonial do predi ©) Do terceiro ano seguinte aquele em que um ta~ reno para construcio tenha passado a fisurar no inventério de uma empresa que tenha por objecto 1 construgio de edificies para venda; .f Do seaundo ano sewminte aquele em que um prédio edificado tena sido adquirido e passado a fis rar no inventario de uma empresa que tenha por objecto.a venda 3. Nos casos previstos nas alineas e) ef) do n.°2, sempre {que ao terreno ou ao pre seja dado um destino diferente, liquida-se o imposto por todo o petiodo decorrido desde @ sta aquisigao, 4. Na situagao prevista na alinea f) do n® 2, o imposto € ainda devido a partir do ano em que a venda do patrims- nio tenha sido retardada por facto imputavel ao respectivo sujcito passivo. 5. Para efeitos do disposto nas alineas e) e f) do.n® 2, (Declare derendimento colective) 1. O rendimento colectavel do imével total ou parcial- mente arrendlado, determina-se através da declaragao dos contribuintes, conforme © modelo a submeter electroni- camente ou @ apresentar na Reparticzo Fiscal da area de situagao dos prédios no més de Janeiro de cada ano e en separado para cada prédio até ao itimo di itil do referido mes, 2. Os contribuintes dever indicar as rendas convencio- nnadas e as efectivamente recebidas no ano anterior e junta, quando ainda nao o tenham feito, os contratos de arrenda- imento devidamente selades. 3. Sempre que as rendas efectivamente reeebidas nao coincidam com as convencionadas, devem os declarantes Jjustificar as diverzéneias, tributando-se em conformidade 4. Quando apenas parte do imevel esteja ou tena estado amrendado, a tributagao ¢ feita de forma ratcada, 5. © senhorio € obrigado a apresentar, na Reparticao Fiscal, dentro de 10 dias a contar da sua celebragio, um exemplar do contrato de arrendamento do prédio on parte de préio. 6. Sem prejuizo do dispostono n: 4 do artigo 6: 0 page ‘mento antecipado das rendas nao dispensa a cbrigatoriedade da apresentagio anual da declaragao com a informagao da renda relativa a0 ano em causa capiTULOIV ‘Tributagao sobre as Transmissoes Gratuitas ‘ou Onerasas do Patrim6nto Imobilisrio ARtiGo 12° nein ajectivay 1, 0 Imposto Predial in sas ot gratuitas 4) Direito de propriedade on figuras parcelares deste ito, nomeadamente 0 usufiuto, 0 direito de superficie € a servidao, inchiindo aquisigdes por usucapiao, sobre bens iméveis, b) Direito sobre as aguas, ainda que sob a forma de sutorizago para as explorar on para minar em terreno alheio. 2. Para efeitos do disposto no nimero anterior, consi- dera-se transmissbes onerosas de bens imovei 4) Aceiéncia de usufiuto, uso ¢ habitagao ou servi dio, a favor do proprietirio, © a aquisigio do direito de superficie pelo proprietirio do solo; b) As promessas de aquisigao © de alienagao no ‘momento do pagamento ou logo que verificada 3 ‘radigio do imével para o promitente adquirente, ou quando este esteja usutintindo do bem; ©) A cesstio da posigio contratual nos contratos- -promessa referidos na alines anterior, vindo o contrato defintivo a ser celebrado entre o primi- tivo promitente alienante e o terceiro; @) O arvendamento com clausula de que os bens aren dados se tomem propriedade do arrendatario depois de satisfeitas todas as rendas acordadas. ©) 0s arrendamentos de longo prazo, considerando- $e comm tais 05 que sii efectuados por 20 ot ‘ais anos, ou que devam findar 20 ou mais anos depois da celebragao do contrato; fi Os arrendamentos que depois de convenciona- dos e que durante a sua vigéncia ou dentro de 2 anos depois de findo, se fizer qualquer con- trato que importe a manutengio dos efeitos do aureadamento anterior, ¢ se @ soma dos anos convencionados for igual ou superior a 10 nos 8) As sublocagdes de longo prazo, considerando-se como tais as que sao efectuadas por 10 ot mais sos, ou nos temos da alines f) hy) Os contratos de consignagao de rendimentos de bens iméveis a longo prazo, considerando-se como tais os que sto celebrados por 10 ot mais Os contratos de servidao perpétua ou temporéria © 0 compascno de longo prazo, censiderando-se como tais os que sao celebrados por 10 ou mais mos, DOs actos que importem a transmissio de benteito- ras em prédios urbanos ou nisticos. Je sobre as transmissoes one- 3772 DIARIO DA REPUBLICA 3. Sao também sujeitas a0 Imposto Predial sobre as lransmissGes onerosas, designadamente: 4) As trocas ou permutas de bens iméveis presentes ou futures, mesmo quando haja transferéncia apenas para tum dos permmatantes, ) As promessas de trocas ou permutas de bens im: veis com tradicao da coisa para ambos on para, pelomenos, umm dos permutantes; JA venda ou cessto do direito a aguas, ainda quesob a forma de mutorizaclo para as explorar ou para ‘minar em terreno alheio; @) As entradas dos s6cios com bens iméveis para a realizagio do capital social das sociedades comerciais ou civis, com ou sem forma comer- cial, a que tenha sido legalmente reconhecida personalidad juridica; &) As transmissbes de bens iméveis por fusio on cistio das sociedades referidas na alinea anterior; A Aaquisigao de unidades de participagao, quotas ou partes sociais em qualquer sociedade ou fund, constituido nos termos da Lei, que possua bens iméveis quando, por via dessa aquisigio, amortizagao o quaisquer outros factos, alum dos s6cios passe a deter 50%6 ow mais do capital social; 9) A outorga de procuragao irrevogavel que confira poderes de alienagao de bem imével ou de quo tas ou partes sociais ou umidades de participacio a que se refere a alinea anterior em que, por renimcia ao direito de revowacdo ou cléusula de natureza semelhante, 0 representado deixe de poder revogar a procuragao;, ‘h) A ovtorga de instrumento com substabelecimento deprocuraciio com os poderes ¢ efeitos previstos inte anterior; fi As arrematagées de bens iméveis por decisio judi- cial, J A resolugao, invalidade ou extinga0, por miitue consenso do contrato de compra e venda ou respectivo contrato-promessa, passado mais de cinco anos sobre a tradigao ou posse do bem, BA adjudicagao de bens iméveis aos sécios por altura da liquidagao da sociedade ou finds; A dagao em cumprimento ou dagao pro solvendo; ‘m) A doagio com entradas ou pensdes a favor do doe- dor ou com encargos de pagamento da divida do donatario ou terceiros, 1) A aguisigio de imével objecto de locagio finan- 0) A aquisigao de imoveis mediante contratos para pessoa anomear; na _) Atransmissao do quinhao hereditario; @) Quaisquer outros actos que operam a efectiva transmissao onerosa de bens iméveis, indepen- dentemente da forma ARTIGO 13° (ence subjecivay 1 Nas transiiss6es gratuitas, ineluindo as aquisig&es por usticapiao, sao sujeitos passives do imposto os benefictrios ddos bens iméveis, bem assim 0 bencficirio da transmissa0 do direito a aguas, ainda que sob a forma de autorizagio para ‘as explorar ou para minar em terreno alheio, 2. Nas transmissBes onerosas, sao sujeitos passivos do imposto os adquirentes dos bens iméveis, sem prejuizo das seguintes rearas 4a) Nas situagdes previstas nas alineas a) €) don’ 3 do artigo anterier, o impesto ¢devido por ambos 08 permutantes na proporgiie do valor deelarado ou do valor patrimonial mais elevado entre os Wveis objectos de permit, by Nos contratos promessa de troca ou permuta com tradigao de bens imoveis ou pagamento para um dos permntantes, o imposto é desde logo devido pelo adquirente do bem, como se de compra ¢ venda se watasse, sem prejuizo do dircito de rearesso contra o outro promitente permutante na proporgao da sua quota-parte. ARTIGO (Constitigno cs obrigaao tebe) A obtigacao tibutéria considera-se constituida 4) Na sucessio por morte, na data da abertura da sucesso: b) Na aquisigdo por usucapiio, na data em que tran- sitar em julgado a decisao proferida em acgto de justificaro jndicial, for celebrada a eseritura de justificago notarial ou quando se tomar definitiva a decisio proferida em processo de Jiustifieagio nos termos do Codigo do Resisto Predial; ©) Na transmissio onerosa e nas outras formas de ‘ransmisso gratuita, no momento em que o¢or- rer a transmisso, 0 pagamento ou a assinafura do contrato, ARTIGO 15° (ator tributive) 1. Na transinissio gratuita ou onerosa, 0 valor tributavel do imével & 0 valor patrimonial constante da matriz, a data da tramsmissio, o determinado por avaliagao no caso de pré= dio omisso, ot 0 valor declarado, consoante o que for maior, 2. No prazo para a apresentacio da participagao a que se refere 0 artigo 19° deste Cédigo, pode o interessado requerer a avaliagao do imovel nos termos das disposigoes reaulamentares aplicéveis. I SERIE -N¢ 101 ~DE 9 DE JULHO DE 2020 3773 43. Nos contratos que importem a transmissio de benfei- torias, o valor patrimonial comresponde ao valor destas, 4, Nos contratos celebrados que déem lugar ao pasa- mento do imposto sobre a transmissio, o valor tibutavel corresponde as rendas globais convencionadas ou ao valor patrimonial, consoante o que for maior 5. Em quaisquer outros casos, © valor tributavel cor- responde ao valor da transmisso ou ao valor patrimonial, cconsoante 0 que for maior caPiTULO V Taxas ARTIGO 16: 30 0 arrendamnento de pds se rsticos) (Pasa sobre n dete 1. A taxa do Lmposto Predial sobre a detengiio aplicé- vel aos prédios urbanos, excepto terrenos para construgao, € determinada de acordo com a tabela seguinte Ne Veer Patra A) ‘Toa | Valor Fo 1 [aes oon em a 2 [aes 000 Oo ba on HNO som > | Seeimagomommateomes | oa 2. A taxa do Imposto Predial aplicavel ao terreno para construgio € de 0,6%%, 3. O valor do imposto do prédio nistico correspande 20 valor do hectare ot a sua soma, 4.A taxa do Imposto Predial aplicavel aos prédios arven- dados € de 25% do rendimento colectavel. ARTIGO 17° (Taxa aicional) 1. Ficam sujeitos a uma tibutagao adicional de 50% do mposto resultante dos n.* 1, 2 €3 do artigo anterior os pré= dios desocupados ha mais de 1 ano, bem como os terrenos para construgio relativamente aos quais ndo sejam obscrva- dos os critérios de aproveitamento itil ¢ efectivo, durante tres anos consecutivos ou seis interpolados, a contar da data da entrada em vigor do presente Cédigo, da sua concessio, ocupagao ou da iltima transmis. 2. Para efeitos do niimero anterior, consideramn-se ainda desocupados quando nao existam contratos em vigor € fac- rragio mensal com empresas de telecomunicagses ou de fomecimento de agua ou de electricidade. 3. Os indices de aproveitamento iil e efectivo dos ter renos sio determinados de acordo cam os crtérios previstos na legislagao aplicavel 4 Nao se consideram desocupados os prédios on tere nos para construgao que se encontrem arrendados, ainda que 6 locatirio deles nao faga uso. 5. Compete as AdministragGes Municipais ou as Antarquias Locais, a Instituto Geognifico © Cadastral de Angola ¢ 2 outras entidades puiblicas com competéncia para © eftito, identficar ¢ remeter a Administragao Tributaia a telagdo dos predios desocupados, incluindo os terrenos para constiuigio em que no siio observadas os indices de apro- veitamento itil e efectivo. ARTIGO 18° (aa sobre as transissoes de Dens iméves) A taxa do Imposto Predial aplicavel & transmissio de bem imével éde 2% CAPITULO VI Liquidacio Detensto ou Renda de Prédios Urbanos ¢ Risticos ARTIGO 19° (Competineia e prazo para iquidagae doimposto sobre a detencdo.u rela) 1. Na detengao dle prédios urbanos e isticos, o imposto € liquidado amualmente, pelo sujeito passivo na Repartigao Fiscal om outros servigos competentes da Administragao ‘Tributéria em 31 de Dezembro do ano a que o mesmo diz, respeito 2. A liquidacao a que se refete o mimero anterior € efectnada, até a0 tiltimo dia util no més de Margo do ano seauinte, 3. Competente ao arrendatirio que disponha de conta- bilidade, modelo de contabilidade simplificado ou liwo de reaistos, proceder & liquidacto do imposto devido pelo arrendamento, até a0 altimo dia util do més seauinte a0 pagamento da renda, 4. Quando 0 arrendatério nid posstia contabilidade, modelo de contabilidade simplificado ou livro de reaistos, a liquidacdo do imposto € devia pelo senhorio, no prazo refe- do no nimero anterior 5. Quando nos termos do artigo 8°, a conclusio on ‘ocupagio ovorra no segundo semestre, © imposto € liqui- dado de modo rateado, 6. Sempre que os pressupostos da isengao deixem de cesistir, @ Administragio Tributiria procede a liquidagao do imposto desde 0 ano, da cessacdo da isengao. 7. Antes da transmiss#o onerosa ou gratuita do imével deve proveder-se a liquidagio imediata do Imposto Predial devido sobre a detengdo, quanto aos chiodécimos corres pondentes aos meses anteriores aquele em que se opere a transmissa0 8. Quando a avaliagiio de prétio omisso se tome defini- tiva liquida-se o imposto por todo o tempo durante 0 qual a ‘omissao sc tenha verificado, com o limite maximo dos cinco ‘anos civis imediatamente anteriores. 9. Nas situagdes em que 0 senhorio, por razies objec- tivas, nfo receba o valor da renda convencionada para tm detemninado exercicio, procede-se a liquidacao do imposto ‘com base no valor patrimionial, tendo 0 seahorio o direito de eduzir 0 valor pago quando venha a receber a renda, SECGAO TL mises Gratutias de lnovels ARTIGO 20° (Competéncin prazo para liquidario do imposto nas transmisses grata) 1. Na transmnissao gratuita de imével operada por morte, doagio ou por qualquer titulo que implique a transmissio gratuita, incluindo a usteapido, a liquidacio € efectuada 3774 DIARIO DA REPUBLICA pelo sujeito passivo até a0 ultimo dia wtil do més seguinte, salvonnos casos de inventario judicial 2. Sempre que 0 sujeito passivo nfo proceda em con- formidade com 0 disposto no niimero anterior, compete & Repatigdo Fiscal da situagaio do imével,liquidar o imposto, dentro do prazo de caducidade, ARTIGO 21° (Particp aco das ransmisates) 1. © cabegardescasal ¢ © bencficiério de qualquer transmissio gratuita sujeita a Inposto Predial sto obri dos a participar a Repattigao Fiscal competente a doagao, 6 falecimento do autor da sucesso, a dectaragao de morte presumida ou justificagao judicial do ébito, a justfica- do judicial ou notarial efectuada nos termos previstos do Cédigo do Registo Predial da aquisigao por usucapifio ou qualquer outro acto ou contrato que eavolva transmissao ‘sratuita de bens iméveis, 2. A patticipagao a que se refere 0 niimero anterior deve identificar 0 autor da sucessdo ou da liberalidade, as respec- tivas datas € loeais, bem como os sucessores, donatérios, uusuicapientes ou beneficdrios, as relagGes de parentesco © respectiva prova, devendo, sendo caso disso, conter a rela- G0 dos bens imoveis transmitides com a indicagao dos valores que devam ser declarados pelo participante. 3. A patticipagao deve ser apresentada na Repattigao Fiscal da situacio do imével dentro do prazo de 60 (ses- senta) dias apos a abertura do testamento ot, no havendo testamento, da verificagao do ébito, ¢ 10 (dez) dias apos a celebragio do contrato on acto de dogo. 4. 0 prazo previsto no mimero anterior ¢ alanzado para 90 (noventa) dias, se o autor a sucessio tiver falecido em pais estrangeiro, comegando a contar a partir da data de emissio da certo de dbito, sEocAo mr “Tromanlssies Oneronns de Imes ARTIGO 22: (Competéncias« praze para liquidacio do imposto ts trmsniste eros) 1. Nas transmissoes oneroses, o imposto é liquidadopelo ‘jeito passivo até 20 ultimo dia util do més seguinte, a con- tar do acto que opera a transmissio ou pela Repartigzo Fiscal do local da situago do imavel, com base na declarago do sujeito passivo ou a titulo oficioso. 2. Em caso de permuta de bens iméveis situados em cit cunscrigGes teritoriais diferentes, a liquidagao do imposto € {eita até ultimo dia ttl do més seguinte, a contar do acto que opera permuta, quando efectuada pelos permutantes ou pela Repaitigao Fiscal do lugar onde estiver situado o itmével de ‘maior valor patrimonial ou, tratando-se de igual valor, por qualquer Repartigio Fiseal a escolha dos pernautantes. 3. Nas transmissGes operadas por adjudieagao, arremata- (80 judicial ou administrativa, por transacgao ou por partilha judicial, 2 liquidacio € efectuada pela Repatticao Fiscal, da situagao do imovel, com base na certidao do respective auto passada pela entidade competente, no prazo de 10 (lez) dias ‘a contar da data da extracgio da certidao ou da sua notifica- ‘0 ao contribuinte, 4. Na verificagao € araduayao dos créditos, a liquidagao do imposto € feita pela Repaitigao Fiscal que deve atender niio 56 a0 imposto constante liquidagio a que se refere 0 rimero anterior, mas ainda ao que deva ser liquidado até & data da venda ou da adjudicagao do imovel. CAPITULO VIL Pagamento ARTIGO 2 (@agamentocenrega dotmnpostd 1. O Imposto Predial sobre a Detengao de Imovel deve ser pago até a0 tiltimo dia dtl do més de Margo pelo sujcito passivo, 2. 0 imposto a pagar nos termnos do niimero anterior pode, todavia, ser pago cm seis prestarGes consecutivas, a pedido do sujeito passivo, 3. 0 Imposto Predial sobre Renda sujeita & retengio na fonte deve ser entreaue pelo substitute tributério até a0 Ultimo dia itl domes seguinte aretencao, que responde pela totalidade do imposto e acréscimos legais, em caso de niio entreza 4. Quando nao houver lugar a reten¢ao, o imposto € pago pelo sujito passive nos termes don. L 5. Niio obstante o disposto n° 3, o senherio fica obrigado ‘4 comprovar no prazo para a apresentacao da declaragao anual © cumprimento da ebrigagao prevista nesse artigo, ssob pena de ser considerado responsével pelo pagamento do ‘mposto em falta, 6. Considera-se cumprida a obrigagio prevista no mimero ‘anterior, nos casos em que o senhorio reveba do substituto tributério, o documento de cobrange que comprove a entree do imposto retido ou, assim nfo sendo, comunique tal facto 4 Repartigao Fiscal competente no prazo de 5 dias a contar do termo do prazo para entrega daquele imposto ARTIGO 24° (Pagumento do impost sobre transinissto de imovels) 1, Nas transmiss6es onerosas € aratuitas, © imposto pago pelos respectivas sujeitos passivos, até ao tiltime dia ‘itil do més seguinte & celebragio do contrato ou pratica do acto que as opere. 2. $e a transmissio se opere por acto, contrato ou facto ‘ocorrido no estrangeiro, o pagamento do imposto deve ser ‘efecuiado até ao itimo dia til do segundo més seguinte ao da pratica do acto, celebragio do contrato ou patticipagso da morte. 3. Se a transmissio se opera por arrematagao, venda judicial cu administrativa, adjudicagio, transacgo ou ‘qualquer outa forma, 0 imposto € pago dentro do prazo de 15 dias contados da data da notificagaopelaAdministragao ‘Tributaia, I SERIE -N¢ 101 ~DE 9 DE JULHO DE 2020 3778 caPiTULO VII Obrigacoes das Entidades Pablicas e Privadas ARTIGO 28° (Coaperacie (© cumprimento das obrigagdes previstas no presente Codigo ¢ assegurado, em especial, pela Administragao ‘Tributaria em cooperagao com todas as entidades piblicas e privadas, nos termes dos artigos sesuintes, ARTIGO 26: (Aaiuistragoes Municipals au Antargus Locals) 1. As Administrages Municipais ou Autarquias Locais| devem cooperar no levantamento dos prédios emissos loca lizados na sua circunscrigio territorial, devendo remeter as, formages & Administragio Tributaia, 2. As Administragdes Municipais ou Autarquias Locais, devem cooperar na adopgao de medidas que incentivem ou, obriguem os titulares ou possuidores de iméveis @ efectua- rem o pagamento do Imposta Predial e, no caso de iméveis, omissos, a procederem a devida inscrigao matricial nas Repaitigdes Fiscais localizadas no municipio ou em outros, servigos da Administragao Tributaria disponibilizados para o efeito. 3. As Administragées Municipais ou Autarquias Locais| devem ainda colaborar com » Administragio Tributtiria no cmprimento do disposto no presente Codigo devendo, nomeadamente, caviar ate ao final do més seguinte a0 da constituigao, aprovagao, alterago ou recepio 4) Os alvaris de loteamento, licengas de construsio, plantas de arquitectura das construgies corres- pondentes as telas finais, licengas de demoliga0 de obras, construgao, pedidos de vistorias, datas de conclusto de edificios e seus melhoramentos ‘ou da sua ocupagio, bem como todos os elemen- tos necessarios @ avaliagio dos predios; ) As plantas dos aglomerados urbanos a escala dis ponivel onde conste a toponimia, ©) As comunicagses previas de instalagio, modifi- cago ou encerramento de estabelecimentos cfectuados nos termos de legislagao aplicavel @) As licengas de fimcicnamento de estabelecimentos afectos actividades comereiaisindustriais eoutras; ¢) Enviar oficiosamente ou a pedido da Administra- 40 Tributaria, outros dados ow informagses consideradas pertinentes para a fiscalizagao deste impasto. 4.Os elementos a que se refere o ntimero anterior podem ser enviados em formato fisico ou por via electrénica, atra- vés de ferramenta disponibilizada pela Administragao ‘Tributari. aRTIgo 27° (Obsigacoes ebutdrtas em proceson judi) 1. Quando, em processo judicial, se mostre niio terem sido cumpridas quaisquer obrizagdes previstas no presente Cédigo, directa ou indirectamente relacionadas com a causa, deve o Tribunal exigir previamente 0 comprovativo do cum- primento das obrigagdes previstas neste Codigo, no prazo de 10 (dez) dias. 2. Quandohouver inventario, o tribunal deve remeter, em duplicado, a Repartigao Fiscal do local da situagao do imé~ vel, no prazo de 10 (dez) dias contados da data da sentenca ‘que julgou definitivamente as partilhas, uma participagao contendo © name do inventariado ¢ os do cabega-de-casal, herdeitos € legatirios, respectivo arau de parentesco ou vin- ‘culo de adop 0 e bens imoveis que passam a pertencer @ cada um, com a especificagao do seu valor patrimonial 3. Seo inventario for arquivado antes da conclusao, é este facto comnnicado Repattigao Fiscal competente no prazo ‘de 10 (dez) dias, devendo anexar 0 processo & comunicagao, ARTIGO 2 (CEntidades fornecedoras de agua, de energiae de servicos de elecomunienges) 1. As entidades fomecedoras de Agta, de eneria eléc- trica e de servigos de teleconmmicagoes devem remeter, até ‘0 décimo dia do termo do trimestre em causa, em formato fisico ou por via electronica, & Administragio Tributéria uma relagao dos contratos celebrados com os seus clientes, ‘bem como as alteragdes que se tenham verficado, 2. A informagio referida no miimero anterior deve ser instruida coma indicagio doNiimero de Identificagao Fiscal (NIF) do proprietério, usuttutuario superficirio ou detentor do imével, respectiva localizagio ¢ afectagio, bem como 0 ‘comprovativo de pagamento do imposto € a certidéo matri- ial, caso existam, ARTIGO 29° (Obrizacio das conservalirias,carxios ntariais outens entidades) 1. As conservatirias € os eaitdrios notariais que lavram, instrumentos ou escrituras que operem ou venham a ope- rar a transmissdo de bens sujeitos a Imposto Predial, devern ‘exigir como condigao prévia © comprovativo do pagamento deste imposto, sobre a detengio e transmissao, 2. Neninim acto relativo A constituiclo, transmissio on reaisto de imével pode ser praticado, sem que se mostre 1pago 6 Imposto Predial sobre a Detengao e Transmissao que seja devido ARTIGO 30° (Obriaacaes dos servigox consulares) 1. 0s servigos consulares nao devem realizar nem dar seguimento a qualquer procedimento de legalizagao rela- cionadlo com a transmnisso onerosa ou gratuita de iméveis, situados na Reptiblica de Angola, realizada ou a realizar no cestrangeiro, sem que Ihe seja apresentado 0 comprovativo do Tinposto Predial, quando devido, 2. Os servigos referidos no nimero anterior devem reme- ter d Administagao Tributétia, até ao décimo dia do termo do trimestre em causa, por vie electronica, uma relagae refe- rente aos actos relacionados com imoveis, 3. A relagao referida no ntimero anterior deve indicar 0 tipo de acto ou contrato, a data da legalizacao, o respectivo ‘comprovativo de pagamento, nomes dos outorgantes, cetti- dao matricial, afectagao, localizagao e mengio da omissio do prédio, quando aplicavel 3776 DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO IX Prazo ¢ Garantia ARTIGO 31° (Prazo especial de eaducdade) © prazo de caducidade no Imposto Predial sobre as ‘Transmissdes ¢ de 10 anos, contados a partir da data em que 0 facto tributario ocorren, ARTIGO 22: (Pritezios ereatorion, Sobre os bens transmitides goza o Estado de imobilié- rio com preferéncia a quaisquer eréditos, podendo executar esses bens, nos termos da legisla¢o aplicavel © Presidente da Assembleia Nacianal, Fernando da Piedack Dias das Santos. Presidente da Repiblica, JoAo Manvet Gongatves: Lourenco. Lein.* 2120 de 9 de Jao Considerando oactwal contexto econémico voltade para a implementagio de medidas internas e externas vocacionadas {4 dinamizagao da economia ¢ ao desenvolvimento socioeco- nomico do Pais, visando o aumento da iniciativa privada ea captagao de investimente extemo, mostra-se imperiose ali nnhar a Legislagdo Tributaria & Politica do Estado. ‘Sem prejuizo da dinamizago das iniciativas da Reforma Estnutural do Sistema Tributario, o actual momentosociveco- némico do Pais recomenda a necessiria avaliagio as principais op¢des de politica wibutéria com vista a esta- belecerem-se os ajustamentos necessirios © adequados 8 realidade econ6mica ¢ social, bem como introduzir alguma flexibilizagao e simplifieagdio dos provedimentos, visando luna maior eficiéncia por parte da Administra¢ao, bem como a facilitago de acesso pelos Contribuintes as suas preten- soes face i Administragao Tributaia, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da alinea 0) don.°1 do attigo 165° e da alinea d) don 2 do artigo 166., ambos da Constituigdo da Republica de Angola, a seauinte LEI QUE ALTERA © CODIGO GERALTRIBUTARIO ARTIGO L* (Alterac ae Cédigo Geral Tributria) Sao alterados os artigos 2°, 5°, 17°, 20°, 21°, 228, 235, 26°, 27°, 285, 36°, 37°, 38°, SIS, 52°, 53.5, 95.9, S75, 58S, 595, 625, 63°, 66°, 72°, 762, 80%, 825, 84°, 858,879, 89.8, 90°, 91.8, 93°, O48, 95°, 988, 102°, 1098, ILS, 12°, 1132, 1179, 1188, 120. 121.% 122°, 128°, 120°, 133°, 136°, 145°, 155°, 158°, 159°, 160°, 161°, 1639, 164°, 165°, 166°, 167°, 171°, 206°, 207°, 210°, 220.%, 221.° © 229°, todos do Codigo Geral Tributatio, aprovado pela Lei n° 21/14, de 22 de Outubro, alterado pela Lei n° 18/17, de 17 de Agosto, que passam a ter a seguinte redacgao: uARTIGO 2° (@ediaieoes) LLB @ Auto ce Noticia ou de Transgressio — Documento oficial Iavrado por um agente de autoridade no exercicio das suas fin- bes, visando a descrigao da constatacao ot ‘erificagao pessoal de um crime ou de uma tanseressao tributavia, respectivamente, ») Autoliquidagéio — Opetagio feita pelo conti- buinte, destinada ao apuramento do montante correcto da colecta do tributo, mediante apli- ceagao da taxa a matéria eolectavel: 6) Beneficios Fiscais — Sto medidas de caric- ter excepcional que implicam uma vantagem ‘cu simplesmente um desagravamento fiscal perante o regime normal, assumindo-se como tuma forma de isengao, redugao de taxas, dedugtes & materia colectavel, amortizagao acelerada ou outras medidas fiseais de natu reza semelhante, @ Cachucidade do Direito @ Liquidagdo — Exctingio do direito e dos poderes de liqui- dagao que a Administragao Tributatia dispoe em relagao as declaragbes fiscais dos contri buintes, por forga do decurso do prazo para 0 feito fixado na lei, ©) Coxficiene de Actualizagtio Monetiria — O ‘mecanismo que petmite actualizagao do valor dos impostos, das taxas, das multas e outras presingées tributirias que tenhiam sido liqui- dados © no pagos nos prazos legalmente estabeelecidos; D Colecia —O valor do imposto a pagar, resul- tante da aplicagdo da taxa do imposto & matéria colectavel apurada, 8) Crédito Tributario — Eo diteito conferido a0 Estado de exigir a devedor 0 cumprimento da obrigagao tibutéria ou o direito reconhe- ido ao contiibuinte para deduzir certo valor em pagamentos subsequentes ou solicitar 0 reembolso: WW Deddes a Colecia — A subtraccao de determinados valores a0 imposto apurado, designadamnente os correspondentes a despe- sas supottadas, dentro de certos limites, num detetminado ano fiscal, D Dhvida Exequenda — Compreende a quontia certa, liquida € exigivel, decorrente de obri- ‘gages tributarias cobradas de forma coerciva por via do processo de execuio fiscal;

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