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DESENVOLVENDO A SENSIBILIDADE SENSORIAL TATIL : PLANTAR EM PORTADORES DE AUTISMO INFANTIL ATRAVES DO “TAPETE SENSORIAL’ - ESTUDO DE TRES CASOS* DEVELOPING SENSITIVITY TACTILE SENSORIAL PLANTAR OF THE INFANT AUTISM PATIENTS ‘THROUGH ‘THE “SENSORIAL CARPET” - STUDY OF THREE CASES Elaine Samora Carvalho e Franga Antunes Terapeuta Ocupacional da Associagéio Amigos do Autista - Departamento de Fisioterapia e Terapia ‘Ocupacional - Aragatuba -SP Carolina Rubio Vicentini Fisioterapeuta da Associago Amigos do Autista -Departamento de Fisioterapia © Terapia Ocupacional - ‘Aragatuba - SP RESUMO © Austimo 6 hoje definido como Transtorno Invasivo do Desenvolvimento que consiste om sinais e falhas de integragaosensorial, ou seja, as disfungdes ocorrem aA a partir de modulagdes pobres frente a estimulos nas situagdes de vida Terapia de Integragéo Sensorial explica que 0 cérebro organiza as informagdes sensoriais de forma a produzir padres estaveis de comportamento, que permite ainteragéo produtiva com o ambiente e a aprendizagem. O sistema tatilprocessa informagées sobre aqullo que esta em contato com a pele, a temperatura, a toxtura, informagées vitais para nos proteger de perigos. Baseado na teoria de Integrag&o Sensorial, e devido a observacao realizada com criangas autistas quando faziam caminhadas em solo quente ou quando pisavam em pedras ponteagudas fol observado que néo apresentavam reagao aparente. Visando desenvolver a sensibilidade tatil plantar em criangas autistas foi desenvolvido o Tapete Sensorial ©, constituido de varias texturas, indo do menos agressive para 0 mais agressivo, sendo selecionadas para estudo trés criangas autistas, sendo uma do sexo feminino e dois do sexo masculino que néo apresentavam reago aparente. Os resultados obtidos demonstram que através da estimulagao frente ao Tapete Sensorial, corre uma organizagéo do proceso neurolégico, a * Este trabalho fol apresentado no VI Congresso Brastero de Autism, Séo Paulo, om 04 de julho de 2008 e no | Congresso Brasco Je Educagdo Especial! Encontro de Educacdo Espocale IX Ciclo de Estudos sobre Deficinoia Merial, Sdo Cavos, Novembro de 2003 Cademnos de Terapia Ocupacional da UFSCar 2005, vol. 13 n° 1 ‘a7 partir do pressusposto da plasticidade do sistema nervoso central, auxiliando desta forma o desenvolvimento de sua integragao sensorial. Palavras-Chave: Autismo; Tapete Sensorial; Integraco Sensorial. ABSTRAT Autism has being defined as a Developing Invasive Disturbance which consists a sensorial integration failure sign. It represents that non-functionalities occur due to weak modulations face daily situation stimuli. Sensorial Integration Therapy explains that the brain organizes sensorial information in such a way that stable behavioral pattems are produced, allowing productive interaction between the ‘environment and the learning process. Based on such theory, the Sensorial Carpet a has been developed. It consists of several textures which varies from ‘smooth to more rough. In order to develop the tactile skills of the Infant Autism patients, three children from the Autism Schoo! Integration Center were selected, whose one of three was a female child, and the other two were male children who did not react to the stimulus presentation. The outcome demonstrated that throw the Sensorial Carpet occurred an organization of neurological process, from plasticity of central neural system, giving the development of sensorial integration. Key wordis: Autism; Sensorial Carpet; Sensorial Integration. INTRODUCAO Autismo Infantil € uma condigio neuropsicolégica, sendo caracterizado, entre outros sinais e sintomas por dificuldade extrema de estabelecer relagdes interpessoais. Em 1906, Plouller introduziu 0 termo autista na literatura psiquiétrica, ao estudar pacientes que tinham diagnésticos de deméncia precoce.Em 1911, Bleuler difundiu o termo autista como perda de contato com a realidade, causada pela impossibilidade na comunicagao interpessoal. Em 1943, Kanner relata “Alteragdes Autisticas do contato afetivo”, referindo- se 0 transtorno principal, patognoménico, é a incapacidade que tem estas criangas, desde o comeco de suas vidas para se relacionar com pessoas e situagies. Segundo American Society for Autism (ASA), € Organizagio Mundial de Satide, contida na CID-10 (OMS, 1988)’, inadequacidade no desenvolvimento, que se manifesta © autismo visto como uma de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de vinte bebes entre dez mil nascidos sendo quatro vezes ‘mais comum entre meninos do que meninas. A epilep: 6 comum, ¢ trés quartos das pessoas com autismo também apresentam retardo mental. Nao existe até hoje um consenso, quanto as causas do autismo infantil, vérios fatores tem sido implicados: dentre as causas ambientais, as que provocam sofrimento fetal agudo ou crénico; a participagio de {atores genéticos colocam como a mais provével devido ‘a alta taxa de prevaléncia de autismo em gémeos -monozigéticose irmios autistas tem vinte e cinco vezes mais chances de sofrer da sindrome, As infecgdes congénitas principalmente a rubéola ¢ doengas de inclusfo citomegélica, e algumas infecgSes virbticas pés-natais e intoxicago quimica e ambiental tem sido relacionadas com o autismo. (O autismo & encontrado em todo o mundo e em familia Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 2005, vol 13 n° 48 de qualquer configuragao racial, étnica ou social (GAUDER, 1992), hoje 6 considerado como Sindrome Comportamental com etiologias miiltiplas ¢ curso de um distirbio de desenvolvimento (CAMARGOS, 2002)* da mesma maneira, © CID-10(0MS, 1988)" classificago F84-0, enquadra 0 autismo na categoria “Transtorno Tnvasivos do Desenvolvimento”, caracterizado por anormalidades qualitativas na interagio social-recfproca e nos padrées de comunicagio e por repert6rio de ineresse e atividades restrtas repetitivas e estereotipadas. Segundo SCHWARTZAMN & ASSUMPCAO (1995) * se manifesta antes dos trés anos de idade e presenta, déficit relativo no relacionamento de outras pessoas como portadoras de sentimentos proprios, pensamentos, intengGes, tem averso ao toque; ¢ hi distirbios da ‘motricidade e da percep¢do, havendo uma incapacidade corginica em que o processamento de informagSes ¢ a ‘ompreensio do mundo ocorrem de mancira totalmente Aistinta; ¢ aparente insensibilidade a dor Na maioria {as vezes ndo atendem ao comando verbal, hiper-ativos, invtadigos, arredios, gritam ou emitem sons diferentes. Além disso, podem ser agressivos ¢ apresentar comportamentos perigosos,sujeito a causar dano em si préprio, auto-agressivos, mordem suas préprias miios ‘ou compo € outra pessoa que o estiver acompanhando. Podem apresentar manias de arrancar pélos, ‘ticotilomania, de comer terra, papel e outros materiais, © movimentos corporais estereotipados. ‘Alm disso ha sinais de falhas de integracio sensorial, ou seja, disfungdo frente a estimulos nas situagées de vida didtia (MILLER, 2000}, Tudo o que fazemos no nosso dia-a-dia, dependente de informagées sensoriais, ec ungas que apresentam falhas neste processamento, tendem a ser mais desorganizadas, com dificuldade de prestar atengio e se relacionar com as pessoas, pois, nao organizam e interpretam informagées sensoriais da ‘mesma maneira que os outros. Considerando essas dificuldades, toma-se importante © estudo de casos em que através da Terapia de Integragdo Sensorial, obtivemos padrées estiveis de comportamento, permitindo a interagio produtiva com ‘ambiente e a aprendizagem. A Integraciio Sensorial é © proceso neurolégico que organiza as sensagaes do compo € do ambiente de forma a ser possivel 0 uso eficiente do corpo no ambiente . (AYRES,1989) ' ‘A boa adaptagao de um organismo ao seu meio requer aquisigéo e processamento de muitas informagées. O tato & considerado um sentido predominante durante a ‘evolugio humana, Muitos reflexos so desencadeados por via tétil e/ou propriocepeio, isto 6, o sistema tatil fomece informagées sobre aquilo que esté em contato com a pele, a temperatura, a textura, 0 formato ¢ 0 deslocamento de objetos. Por isso, a exploragao ativa do ambiente 6 componente essencial do desenvolvimento infantil, pois o estado de alerta do sistema nervoso central é influenciado pelo sistema ttil € proprioceptivo, As informacées que recebemos dos miisculos, ligamentos ¢ articulagées, nos informando sobre a posigdo das partes ce nosso corpo no espago, a forca € a direso do movimento. A proptiocepgao, jjustamente com as informagées vestibulares e téteis, nos dio as sensagGes basicas para o desenvolvimento da consciéncia corporal que vio guiar nossas interagées fisicas com o ambiente. Todas as ages motoras, tanto autométicas quanto voluntérias dependem do _processamento somatosensorial adequado para contribuir para desenvolvimento das praxias. Segundo AYRES (1989)!as sensagdes so como alimento para o cérebro, mas a crianga precisa desenvolver habilidades para ‘organizare interpretaressas informagées, caso contrério cocorte a disfungio de integracdo sensorial, isto 6, problema na capacidade para regular e organizar de ‘maneira gradual e adaptada ao ambiente, a intensidade ‘enatureza da resposta a estimulos sensoriais, no qual apresentam trés tipos de paddies de resposta: “Resposti Excessiva ( overresponsivity) sob as mesmas (Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 2005, vol. 13 n* 1 9 condigSes, apresenta resposta maior do que uma pessoa sem problema de modulagao; “Baixa Resposta” (underresponsivity) menos resposta, mais apagada; “Resposta Flutuante”- maior variagio nas respostas(over/under) do que o observado em pessoas sem problema de modulagio-dificuldade para fazer respostas adaptativas. io res sera Namal ea Soran Sener Dated ener Tsaciotesomia earaararenoaa ‘io classificadas em problemas de modulago. Cada ‘um de nés tem um padrio ou nivel de alerta para outros estimulos. Padrées desorganizados de moderacio tém grande impacto no comportamento ¢ desempenho ‘funcional e parecem bastante relacionadas com alguns ‘comportamentos observados em criangas com distirbios invasivos (LERT, 2001). Os distirbios de modulagio sensorial mais comuns so il e vestibular. A relacionados ao sistema defensividade tétil € um distérbio de modulagéo caracterizada por reago aversiva ao contato fisico com pessoas ¢ objetos. ‘Visando desenvolver a sensibilidade tétil plantar, na tentativa de proporcionar um processamento somatosensorial adequado, o setor de Terapia Ocupacional Fisioterapia realizou a estimulagao tatil plantar em criangas autistas da presente Instituigao, devido a ausEncia desta sensibilidade, detectada através da observagio feita quando realizavam caminhadas em solo quente do sol ou pisavam ein pedras pontiagudas e niio apresentavam reagio aparente. [0 Tapete Sensor foi confeccionade ‘lizando de uma ‘nap para ser base, sobre esta base foram colados os Seguintes| ateias: espuma, sceia grossa, xa para madeira, pedras grandes arredondodes, Peas pequenas Pontes, Pedrinhas de agaico, ampinkas de gaa JAS texas v0 do estilo menos sresivo parm o mais resi. A foto a0 Indo provi iasero tape Objetivos Desenvolver a sensibilidade tétil plantar em criangas autistas através da estimulaco somatosensorial, feita através d a utilizagio sistemética do Tapete Sensorial ‘Materials e Métodos Métodos Participantes: Foram selecionados trés criancas com diagnéstico de Autismo Infantil, sendo uma do sexo feminino com quinze anos de idade e duas do sexo masculino, uma com dezesseis ¢ a outra com sete anos de idade, Nenhuma apresentava reagio frente ao estimulo sensorial na regio plantar. Local: Foi realizada em uma Associagio de Amigos do, Antista, em uma cidade do interior do Estado de Sio Paulo., no Departamento de Fisioterapia e Terapia ‘Ocupacional. Instrumentos de avaliacZo: Foi claborada uma ficha de avaliago que contém os dados pessoais das criangas, fs meses do ano ¢ os dias da semana e do més que ocorrem a estimulagio. Hii uma legenda como indicadora cada resposta apresenta pela crianga, esta resposta é demonstrada através da observacio de sua expresso facial frente ao estimulos ‘as diferentes texturas. Caderos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 2005, vol. 13 n° ‘50 Legenda: © Cavinha triste - no apresentam nenhuma reagao a0 estimmulo e sua expressio facial ndo se altera © Carinha serena - comesa apresentar uma pequena sensibilidade, tendo pouca alteragio na expressio facial endo interrompe a passagem aos mais agressivos. © Carinha feliz - apresenta sensibilidade, sua expres- siioficil apresenta mudanca, “Faz caretas demonstran- do incomodo ¢ interrompe a passagem aos mais agres- sivos. ‘Sendo utilizado 0 Tapete Sensorial como instrumento de estimulagdo plantar neste estudo. Procedimento: ApGs a montagem e confecgio do Tapete Sensorial Assinatura de Termo de Livre Consentimento pelos pais autorizando a participagdo das criangas no estudo, iniciou-se a estimulagio sensorial em setembro de 2002. A estimulagao ocorre duas vezes por semana (As tergas ce sextas-feiras) sendo uma realizada pela fisioterapeuta © a outra pela terapeuta ocupacional de forma individualizada, em sessées de 30 minutos, erepetindo cinco vezes a passagem pelo tapete € seguindo a seqiiéncia do material menos agressivo(macio) para o ‘mais agressivo(éspero ou pontiagudo). terapeuta conduz.a crianga pela mio edé ordem verbal “Trabalho” e solicita que esta ande sobre o tapete, ¢ a cada textura apresentada fala verbalmente para crianga 6 tipo de textura, identificando com um adjetivo, Ex: Acrianga pisa na espuma eo terapeuta diz: espuma Este procedimento é utiizado para todas as criangas € 20 final de cada sessio, so anotados 0s resultados demonstrados por cada crianga na ficha avaliativa de acordo com a legenda. Resultados Apés dois meses de intervengao as criangas A, Be C ‘comegaram a demonstrar percepedo frente As diferengas de texturas, demonstrada pela expresso facial que apresentavam quando pisavam nas texturas mais agressivas, jé que as expresses faciais néo cram demonstradas no inicio da estimulagio. As criangas B e C durante a realizagdo da atividade interrompem a passagem nas texturas mais agressivas apés passarem pela 3* vez. pelo Tapete. Acrianga A continua apresentando averso nas texturas mais agressivas e reage com a expressio facial de percepgio do estimulo, porém ndo interrompe a passagem. Crianga A. Data de Nase. 07/12/8' ‘Set ‘Out Nov. ‘Dez s7@[71]7@/s 79/312 40 S Tz/[S} 10] eS a7 B/S} Sli71 So 24 |S |22[S [ze ZS 6/@[4/@/711S|eTeS wmle/m/e/s/e/a|S 20/8 [S| mle |z/;S 27 | S| 2S] 2; Za, S Crianga Data de Nase. 03/04/88, ‘Sat ‘ut Nov. Bez 37S (12/5 ]°/3 12> fo;S fs |e] i2|e]|10/e a7[*= [15/2] 19/2 ]17[ 2 24 [@ [a2 [S| 26|e 2 |e ee 74 le}7/s]s6 [> Ble ]ii|e] se] ]e 20/ S| i [ S| 15 |S | 20; So a7 |S |25|S]22|e 23 [So Crianga Data de Nase.01/02/0! ‘Set ‘Out Nov. Dez s]Te= 77 /S7s 15] 3 [> fo;@efs|e]i|e|wlo 7S is] Ss] 19 / Se |i o Ba 22 |S [ae [S S 2 |e e/s/4/e/7/e] 6 |e wpe }ia7|e]se lea o 20, ® |i] S is |e | 20> 27 [|S [25] S [22/6 2 fo Cadernos de Terapia Ocupactonal da UPSCar, 2005, vol. 13 n° 1 1 Discussio Diante dos resultados demonstrados ¢ analisados podemos observar que a partir das estimulagées sensoriais frente ao Tapete Sensorial ocorreu uma “organizaglo do processo neurolégico que se desenvolve quando estimulado a partir do pressuposto da plasticidade do sistema nervoso central Este tipo de terapia envolve basicamente as estimulagies téteis, proprioceptivas e vestibulares, obtém de forma gradual e cada vez mais maduras € organizadas as respostas, resultando em novas aprendizagens ¢ comportamentos estaveis, ou seja, as criangas que apresentam sinais de falhas de integragio sensorial através deste tipo de intervencio apresenta resultados satisfat6rios. Conclusio ‘Tendo em vista que a integraglo sensorial se desenvolve € que 0 Sistema Nervoso Central é plistico, conch que a participagéo das criangas autistas frente a atividade sensério-motora como passar pelo Tapete Sensorial pode auxiliar no desenvolvimento de sua integragio sensorial, ocorrendo uma melhor organizagio das respostas adaptativas, contribuindo assim para organizagio geral do comportamento da crianga , de sua aprendizagem e interago com 0 meio. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. Ayers, AJ. Developmental Dysprasia: Hit an unitary function? Occupational Therapy Joumal of Research, V7 p.93-110, 1989. 2. CAMARGOS Jr Walter (coord) Transtomo Invasivos do Desenvolvimento: 3° Milénio/ Walter Camargos Jr © colaboradores - Brasflia Ministério da justica, Coordenadoria Nacional para Integrio da Pessoa Portadora de Deficiéncia, AMES, ABRA, 2002. 3.GAUDER, E Christian_Autismo ¢ outros atrasos de desenvolvimento, Brasilia, CORDE, 1992. 4 Leer, R. Cem Bilhées de neurénios. 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