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Estacdes Elevatorias de Esgotos™ PROF.ENG®. ADILSON COUTINHO SEROA DA MOTTA (**) 1, CONCEITUACAO: ‘Todas as vézes em que, por qualquer motivo, se torne imposstvel, dificil ou inconveniente do pon- to de vista técnico-econdmico, o escoamento dos ¢s- gotos pela simples ago da gravidade, entra em co- itagtio © uso de instalugées destinadas a transmitit 0 liquid a energia necessdria a garantir tal escoa- mento. ‘A essas instalagdes costuma-se denominar, ge- néricaments, “estacdes elevatérias de esgotos” ou, simplesmente, “elevat6rias de esgotos”. Examinando-se 0 caso de um sistema de esgo- tos em sua forma mais completa, incluidas as fases de coleta, transportes ¢ destino ov disposicio final, com ou sem tratamento prévio, das Sguas servidas, podem set distinguidss as seguintes aplicagdes bési- cas para as estagdes clevatérias de esgotos: a) Na fase de coleta: Blevagdo das guas servidas de pavimentos situados em nivel inferior a0 do coletor pi blico, ou, conforme seja, inferior a0 do lo- sradouro piiblico; nA dispositivos legais, co- mo o “Cédigo de Instalagdes de Esgotos Sanitérios no Estado da’ Guanabara”, que ‘exigem a prévia ‘elevago dos efluentes de Pegas ou aparelhos sanitérios situados abal- x0 de nivel do logradouro em que se ache ‘© coletor piiblico: outros dispositives legais ‘exigom, apenas, que os aparelhos ou pecas serem esgotados sem uma precedente ele- vacio, nio se situem abalxo do nivel do co- letor piblico, b) Na fase de transporte: Elevagio eventualmente necesséria para que ‘0s esgotos se escoem 20 longo da réde pir blica, ©) Na fase de destino ou disposicio final: c.1, Com tratamento prévio; — Elevagdo, quase sempre necesséria, para permitir que o efluente da 1é- “a de possa percorrer a linha de tratax mento, Em certos casos, suficiente se torna uma tnica elevagio, na ca- beceira da estagdo de tratamento; outras vézes, € imprescindivel ou conveniente uma segunda elevacio, antes do Iangamento no corpo recep- tor; em cada caso especifico, © pro- blema deve sofrer uma cuidadosa anélise técnico-econdmica, que pos- sa conduzir & solugéo mais adequa- da, No interior da estago de tra- tamento, freqlentemente se_verifica a necessidade de outras elevagdes ov bombeamentos, ditados, geralmente, pela conveniéneia da _recireulagio parcial ou total dos efluentes de de- terminados dispositivos de condicio- namento dos esgotos, Existem, ou- trossim, em grande mimero de ca- sos, instalagdes destinadas a0 bom- ‘beamento dos “Iddos dos esgotos”, as quais, entretanto, nfo serfo obje- to de exame nesta exposigéo ¢.2. Sem trafamento prévio Elevagio, quase sempre necesséria, Para permitir 0 langamento do efluente do sistema, em condigdes sa- tisfatérias, no corpo receptor. Observagio: Um dos fatéres importantes a se- rem considerados no estudo da necessidade ov ndo do elevagdo do efluente de uma réde ou de uma estagiio de tratamento, em um corpo receptor, 6 0 (NOTA) — Fisbora muitos dos aspectos que aqul serio bordados sojam comuns is elevatdrias de esgotos pluviais 2s de esgotos unitérios ou combinades, este capltulo desti- rae, bisleamente, 20 estudo das clovatérlas de esgotos sanilirios dos sistemas separadores absoluics. (Aula ministrada durante 0 Curso do Projetos de Sistemas de Esgotos Sanitérios, patrocinado pelo Depar- tamento de Aguas e Bsgotos de Sio Peulo e minlsizado no CETESB. (*) Consultor da PLANIDRO, Professor da Escola de Engenharia da URI e da ENSP. REVISTA DAE eventual grav de variaglio do nivel déste siltimo, so- bretudo pela agdo de marés, enchentes, etc. A guisa de exemplo, pode ser citada a construgio de reservatérios de acumulagdo de efluentes de esgotos em regides de costas litordneas altss e nas quais 0 nivel da maré oscila de vétios metros, a fim de ar- mazenar os esgotos durante as horas de preamar, evitando-se, assim, o bombeamento, ja que os efluen- tes seriam langados ao mar no perfodo de vazante, quando, no exemplo admitido, haveria condigées para o Jangamento livre, por gravidade, Sdmente uma anélise técnico-econdmica das alternativas “re- servatérios de acumulagio x elevacio", permitiria o encontro da solugio mais indicada, Diante das aplicagées bésicas que acabam de ser mencionadas © suas variantes, cabem as seguin- tes consideracdes: — a aplicagio basica a que se refere a alinea “a” corresponde a instalagées prediais, fu- indo, portanto, a0 escopo déste Curso, des- tinado a0 trato dos sistemas piblicos; assim sendo, apenas eventualmente poderi vir 2 set feita alguma referéncia & aplicagéo em peuta; — no que concerne as hipéteses capituladas na variante “c.1." da aplicagio “c", aquelas re- lativas a0 Iangamento do efluente tratado, nO corpo receptor, ¢ as referentes aos bom- beamentos no interior da estacdo (recircula- ‘$40 de efluentes), corespondem a estagies elevat6rias de caracteristicas mais simples, i que lidardo com esgotos integral ou par- cialmente tratados ¢, portanto, mais ou me- nos livres de materiais causadores de obstru- gées, abrasio, ete... ‘Assim sendo, tratarse-4 essencialmeite, a0 lon- 0 do Curso: — das estacdes elevatérias destinadas as aplica. des referidas na alinea “b” ¢ na variante “c.2” da alinea ‘te’ — das estagizs destinadas a elevagdo dos efluentes das rédes piblicas, com 0 objetivo de permitir 0 subseqiients trinsito dos mes- mos ao longo das estagdes de tratamento (primero caso da subalinea “c.1.") Em outras palavras, estudar-se-o instalagdes ‘que visam a realizar a elevagiio dos esgotos a par- tir de um ponto para o qual convergem os efluentes de uma ou mais bacias ou sub-bacias sanitérias, en- ‘caminhando-os para destino conveniente, tal destino podendo ser um conduto principal de esgotos, si- tuado em cota mais elevada, uma outra estogio ele- REVISTA DALE vatéria, uma estagio de tratamento ou um ponto de Tangamento num corpo receptor. Dentre as estagGes elevatdrias de esgotos, sto, por vézes, distinguides dois tipos: a) “estagdes elevatdrias” prdpriamente _ditas (lift stations"), caracterizadas pelo fato de apresentarem uma fimha de recalque de ex- tensio reduzidissima, destinando-se, simples- mente ,2 introduzir um verdadeiro degrau no “grade” caracteristico do conduto afluen- te, reduzindo, destarte, a profundidade em que se vinha processando © eseoamento; 1b) “estagdes de bombeamento” (“pumping sta- tions”), caracterizadas por apresentarem li- thas de recalque de extensdes mais ou me- nos aprecifiveis, bem como alturas mano- métricas substancialmente mais elevadas. Entretanto, no decorrer déste Curso, para maior simplicidade, sero mencionadas apenas “estagdes elevatérias”, de um modo geral, em sua acepeio ampla, salvo alguma eventual referéncia especitfica a um dos dois tipos bisicos citados. Quanto A sua situagde em relagdo a0 nivel do solo, as elevatérias podem apresentar-se_inteiramen- te sublerrineas, ou entfo com uma parte mais ou menos apreciével acima do terreno, sendo muito pre- ferivel o segundo caso, no qual, abaixo do nivel do solo, ficariam apenas as dependéncias que convém sejam sempre subterrineas, como, por exemplo, 0 pose de sucgdio e a casa das bombas, Quanto & operagdo, as elevatérias podem ser de funcionamento automético ou nie. No primeiro caso, precaugdes especiais devem ser adotadas con- tra as obstrugdes € seus efeitos, seja pela adogio de bombas especiais, mais dificilmente sujeitas a obstru- goes (como as do tipo “stereophagus”, por exem- plo), seja pela cuidadosa e eficaz protecdo dos equi- pamentos, mediante a instalagie de disjuntores au- tométicos, alarmas ¢ outros dispositivos capazes de ‘garamtir, tanto quanto possivel, a integridade das instalagdes. f oportuno acentuar que determinados dispositives de proteco devem ser instalados em qualquer caso, mesmo que a clevatéria néo seja de funcionamento automético. 2, NECESSIDADE: A construgdo de estagdes elevatérias de esgotos destinadas as finalidades que interessam a0 Curso, conforme definido no item anterior, justifica-se, em principio, nos seguintes casos: 8) em terrenos planos ¢ extensos, a fim de ¢\ tar que as canalizagées atinjam profundida- des excessivas; b) sempre que houver conveniéncia de se evi- tar um desenvolvimento excessivamente grande para 2 canalizagdo coletora tronco da bacia ou sub-bacia em estudo; €) mo caso do esgotamento de Areas novas si- tuadas em cotas mais baixas do que as da zona ja dotada de réde; ) para a descarga de interceptores ou emissé- rios em corpos rec=ptores ou estagdes de tratamento, quando nio for posstvel utilizar apenas a gravidade (declividade conduzindo a pontos de chegada abaixo do nivel con- veniente para o langamento, variagdes mui- to grandes do nivel da gua no corpo re- coptor pela ago dz enchentes, marés, etc.) E indispensivel, entretanto, 0 prévio estudo comparativo entre a solugéo baseada na construgeaio de uma estagio ¢levatéria ¢ as outras solugbes pos- siveis, levando-se em consideracdo, em qualquer ca- 50, os custos relatives & construgio, & operagio, & manutengio ¢ 2 conservagéo, bem como & garantia de funcionamento do sistema. A fim de diminuir ‘© custo das estagées elevatérias de esgotos, quer 0 inicial, quer o de operago, manutenso e conserva- 40, convém adotar-se o sistema separador absoluto, bem como fiscalizaremse as instalagdes prediais, a fim de evitar, tanto quanto possivel, que contribui- ges pluvisis sejam encaminhadas & réde de esgotos sanitarios, 3. LOCALIZAGAO: ‘A localizagio de uma estagdo clevatéria de ¢s- gots & condicionada pelos seguintes fatéres princi- ais: a) terreno de baixo custo, facil acesso, préprio para construgio e a salve de inundagées; b) local em que haja facilidades para descar- ‘gas de emergéncia, impostas pot interrup- Ges forgadas do funcionamento da cleva- A6ria (pr6ximo a ios, canais, galerias de fguas pluviais, ete.) ©) Jocalizago favordvel, quer em relagio aos coletores que deverdo convergit para a ele- vat6ria, quer ao ponto de descarga da linha de recalque; assim, pois, convém ser feito ‘© estudo econémico da situagio ideal da elevatéria, quanto ao tragado das canaliza- ‘ses afluentes, condicionadas estas pela sua declividade © pela profundidade méxima estabelecida em fungio das circunstincies, reajustando-se tal situagio em fungio da Jocalizagéo do ponto de descarga. Deter mina-se, assim, a localizagio ideal da ele- vatsria, dos pontos de vista téenico © eco- 50 ndmico, desde que obedecidas, simultinea- mente, as prescrigées das alineas a ¢ b. 4. CALCULO DA VAZAO DE PROJETO: Deve ser realizada uma cuidadosa investigagio sObre as Areas que contribuem para a elevatdria, na época do projeto, e sibre aquelas que deverfio con- tribuir, no futuro, procurando — se defini, da me- Thor forma, as tendéncias de expansio da communi dade em foco. Todos os esforgos serio descnvolvidos tendo como meta, em ultima aniliss, obterem-se valores mais ou menos seguros para a vazio afluente na época atual (época do projeto) € na época de sat ragio urbanistiea, bem como tentar conhecer, na extensio possivel, o regime de variaglo de tais va- 2808 ao longo do dia mais desfavord 4.1, VAZKO ATUAL: Serio expostos dois métodos basicos de investi- acto, cuja aplicagio dependerd, essencialmente, das circunstineias especificas de cada caso © das maio- res ou menores facilidades com que s= possa contar. 4.1.1, Método de investigagses diretas: Comeca-se por determinar, utilizando-se 0s meios disponiveis, quais as densidades populacionais, das diverses reas contribuintes, pesquisando-se, ac mesmo tempo, os diferentes usos dados A terra, so para fins residencisis, comerciais ou industrials. A Gisponibilidade de fotografias aéteas recentes cons tui uma inestimével ferramenta de trabalho, com- pletada por verificagdes ou amostragens locais, sem- re que julgado necessério. A existéncia de plantas cadastrais atualizadas poder’, outtossim, representar ‘uma extrema facilidade para a obtengio das densi- dades populacionais, convindo, da mesma forme, proceder a observagées ‘in loco’, para conhecimen- to de determinados aspectos. Na auséncia de fotografias aéreas ou plantas eadastrais, apela-se para os dados do censo mais re- cente e procurs-se realizar um intenso programa de Verificages ¢ amostragens nos diversos selores cen- sitérios, De qualquer forma, a preocupacio bisica preliminar seré a obtencdp de valéres, tanto quanto possivel préximos dos reais, das densidades de po- pulagio da regido cujos esgotos deverio ser encami- ahados & elevatéria, Tenta-se, a seguir, determinar qual 0 valor da “taxa per capita per diem” de Sgua potével da re- sido em exame ¢ qual a relagio que se pode admi- ir, Tazoavelmente, que exista entre a mesma e 2 REVISTA D.A.E, vazio encaminhada & réde piiblica de esgotos, tam- bém por habitante, por dia. ‘Tal procedimento permitira estimar-se a quota unitéria média d= contribuigdo de esgotos a0 longo do dia, em I/hab. d, para a comunidade considera- da, podendo ,alidis, variar o seu valor, de uma Area parcial para outra da regitio total contribuinte. Denominando-se Ar, As, Ac, as diversas freas parciais, caracterizadas por densidades. popula- cionais especificas dj, ds, ..... de, & somatéria dos produtos de cada drea pela densidade corresponden- te daré a populagio total atual contribuinte para a elevatéria: ZAG Admitindo-se, para simplificagto, que a taxa ‘unitétia média de contribuigdo de esgotos por habi- tante por dia “ga” seja uniforme para tdda a regio de que se trata, 0 produto da mesma pela popula- Go total atual contribuinte dard a vaxio média afivente a elevatoria: Pu Xda = Qu No caso de haver variagio do “dn”, de uma area para outra, a somatéria Ande as daré a desejada vario média afluente & clevatéria. A etapa subsegiiente seré pesquisar a existéncia ou no de fatéres especiais que possam produzir alteragdes importantes nas tendéncias usuais de va- riagiio das vazdes de esgotos. Em decorréncia de tal pesquisa, poder-se-4 estimar uma telagio “K” entre a vardo méixima ¢ a varia média, 20 longo do dia mais desfavordvel, obtendo-ée, destarte, Qnux em fungio da vazio média Qu calculada: Quan = K x Qu Entretanto, quase impossivel se torna evitar a ocorréncia de infiltrago na réde de esgotos, mesmo na de um sistema separador absoluto, como € 0 caso corrente no Brasil, infiltracko essa que ¢ extrema- mente agravada, via de regra, nos dias chuvosos. Assim sendo, mister se faz adicionar, A vaio mé- xima estimada, a parcela de infiltragio “I”. A estimativa do ‘I", salvo observacies © ox rigneias destinadas a fornccer dados mais exatos para casos especiticos, € normalmente feita com base em dados indicados por fontes fidedignas © que pares sam ser satisfatdriamente aplicveis a0 projeto em causa, REVISTA DALE Adota-se, freqiientemente, para a infiltragio em dias chuvosos, 0 valor de $ litros por segundo por quilémetro de réde. ‘Assim, pois, em primeira anilise, a elevatéria deverd ser dimensionada para fazer face, de modo satisfat6rio, & vazio méxima afluente esperada, in- clufda a infiltragéo em dias de chuva: Q Que + ste poderd ser um critério em principio acei- tavel, para 0 caso de uma regifio contribuinte de pequeno ou médio porte. Todavia, no caso de grandes bacias contribuin- tes, nfo deve set, de modo algum, despresado o efei- to regularizador da vazio, advindo do volume total dos condutos da réde, especialmente dos grandes ¢o- letores troncos, interceptores ¢ emissérios. Neste caso, alguns autores sugerem que se ado- te, para vazio de projeto, nio a vazéo méxima, mas sim a vazio média, acrescida da infiltragao: Q=Qa4+1 Dependeré da expetiéncia ¢ do bom senso do projetista, em cada caso especifico, a escolha de uma posigio razodvel, entre os dois extremos, ou a adogio de um déstes. 4.1.2, Método de comparagio com outras dreas: Em certas cidades, 05 6rgéos oficiais responsi- veis pelo problema de esgotos realizam, direta ou indiretamente, investigagdes conlinuas s6bre 0 fun. cionamento das rédes existentes. Em tais casos, é freatiente 2 disponibilidade de curvas de variagio hordtia das vazGes de espotos de- terminadas para uma série de bacias tipicas. Assim sendo, quando se pretende projetar uma nova estagio elevat6ria, facil e seguro seré aplicar- se, is bacias contribuintes, o$ elementos basicos de ‘que so dispde para as bacias tipicas, sendo apenas indispensavel uma cuidadosa verificagio, para se afe- rit a legitimidade da assimilagio das bacias em es- tudo As bacias controladas. Constatada a aplicabilidade dos elementos dis- ponfveis, ao caso em exame, jé se poder partir do conhecimento da quota unitatia de contribuigio de esgotos por habitante, por dia, bem como da varia $40 horéria da vazio ao longo das 24 horas didrias. Valores. mais coerentes com a realidads especifica, poderio ser, provavelmente, neste caso, atribuidos A infiltrago. nos digs chuvosos. Determinada a populacio da maneira j4 vista anteriormente, poder-se-4 chegar, sem maiores pro- blemas, & vazio de projeto, mantidas, ainda, as mes- 1 mas consideragies emitidas no final do subitem 4d 4.2. Vaniio de saturagio urbantstica: Preliminarmente, imprescindivel se faz consta- lar a existéncia ou nao de Planos Diretores, Cédigos, de Obras ou outros. dispositivos legais que impo- mham condigdes orientadoras. do desenvolvimento urbano, Paralelamente, uma andlise profunda das tendéncias de crescimento s6cio-econémico da regiio ‘em foco deve ser realizads, com énfase para a ela- boragio de estudos racionais de crescimento © dis- tribuigéo da populagio, bem como de possiveis ex- pansées das reas contribuintes para a elevatéria a ser projetada. Admitindo-se que haja, de fato, normas I vigentes © perfeitamente definidas, deve-se, in mente, dividir a regiéo contribuinte em éreas de ca- racteristicas urbanisticas uniformes e, para cada uma delas, levando-sc em consideragao 0 uso especifico da terra, se residencial, industrial ou comercial, os lotes de terreno ¢ respectivas taxas de ocupacio, 0 gabarito fixado (n° de pavimentos), 0 tipo de u dades (habitacionais ou no), etc., seré facil estimar- se a densidade populacional que deverd ter lugar na fase de saturagio urbanfstica, ou seja, de utiliza- gio integral da drea, Entretanto, uma judiciosa ¢ realistica apreciagio deve ser efetuada, quanto & efetiva probabilidade de vir a ser atingida a situagio limite apontada, sendo aconselhavel, entio, a anélise comparativa com ou- tras reas cujo deesnvolvimento possa servir de mo- délo vélido para a afericio em vista, Supondo-se aceitivel a idéia de se atingir, al- gum dia, a saturagio urbanistica, deve-se procurar estimar, através dos estudos de crescimento popula- cional h& pouco recomendados, a, época provivel fm que tal situaggo devera ser aleancada. © niimero de anos que separam a época do projeto da poca de saturagdo, constitui um elemen- to de relevante importincia no que diz respeito & orientagio a ser adoteda quanto & utilizagio préti- ca dos dados de saturagéo e, em titima anilise, da vaziio de projeto correspondente, No caso de se achar extremamente afastada a época de saturacio poder-se-& planejar a construgio da elevatéria por etapas racionais sucessivas, desde gue se verifique a perfeita viabilidade, bem como 4 conveniéncia téenico-econdmica de tal programa- io, sendo imprescindivel que nenhuma etapa venha @ comprometer a estabilidade ou a causar qualquer problema série com relago & etapa ou as etapas anteriores. Neste caso, a ctapa final seria projetada de for- ma a atender as condigdes de saturacdo, Quanto aos a equipamentos, com forte razio, deveria ser estabe- lecido um escalonamento judicioso para a aquisic¢io © a instalagio dos mesmos. De qualquer forma, 0 conjunto de unidades de recalque de uma elevats- Fla, a qualquer momento, deve (er uma capacidade total de vazio que leve em conta a descarga maxima afluente prevista para a suturagio, ou para o final a etapa correspondente, ov, pelo menos, para o fint do periods respective, dentro do escalonamento fi- xado para a compra € a instalagto dos equipamen- tos da estacdo. No caso de reas ji densamente ocupadas, con- vém, via de regra, construir-se a elevatéria em uma ‘inica etapa, com facilidades para atender & satura- so urbanistica, embora se possa estabelecer um cer- to escalonamento, prudente, para x aqui instalaglo dos equipamentos. Apresentadas estas consideracGes sbbre a ma- neira de utilizacio dos elementos de saturagio urba- nistica, no projeto de uma estagio elevatéria, cabe retornar ao ponto em que se tinha indicado a forma de se obterem as densidades populacionais. limites para as diferentes dreas contribuintes. Designando-se por Asi, As: Ass 0s valores dessas Grease por ds, dea, -.. dea as densida- des populacionais de saturagio correspondentes, ter- se & para a populag&o total de saturagZo contribuin- te para a elevatéria: EAs + dan = Paw. De forma semelhante & exposta no subitem 4.1.1., feriamos uma vazio média afluente para a satura- do igual a: Qn = Pew da isto no caso de uma taxa “per capita per diem” de esgotos uniforme para téda a regio contribuinte, ou entéo: Qe E Aw © daw + ae quando houver variagdo na quota unitéria de con- tribuigdio de esgotos. Andlogamente, procurar-se-ia estimar a relago en tre as descargas méxima e média de saturagio, a fim de se chegar a obter: Qa = Kor x Qu Quanto & infiltragio, poder-se-4 manter o valor men- cionado de 5 I/s. km, sendo que, para o caso das fireas de expansio, ainda sem urbanizacio definida, © comprimento da futura réde de esgotos sanitérios REVISTA D.A.E, poderd ser estimado através de um coeficiente que © cortelacione com a Grea contribuinte correspon- dente. No QUADRO 4.2.1 s8o transcritos os va- Jéres recomendados para a extensfo “L” da réde, por hectare, em fungéo das caracteristicas urbanas dos baitros, indicades as densidades demogréficas correspondentes, conforme preceituam as *Normas € Especificagdes para a Blaboracdo de Projstos de Es- gotos Sanitérios para a Area Metropolitana da Ca- pital de Sio Paulo”, baixadas em 1960 pelo Depar- tamento de Aguas e Esgotos de So Paulo. QUADRO 4.2.1 i a L Caracteristicas Urbanas dos Bairros (em hab/ha)| (em m/ha) 1 1 — Baieros resdenciis de tuxo com tote padrio de oom | 100 | 150 I — Bairros residenciais médios com lote padrio dz 450m? 120 180 IIL — Bairros residenciais populares com Jote padrio de 250m’ 150) 200 TV — Bairros mistos residencial-comercial da zona central, com : — predominancia de prédios de 3 ¢ 4 pavimentos 300 | ts0 V — Bairros residenciais da zona central’ com predominincia : de ediffcios de apartamentos com 10 ¢ 12 pavimentos 450°} 150 VI — Bairros mists residencial-comercial-industrial_da_ zona | urbana com predominancia de comércio e indistrias arte- sanais e leves 600 150 IVit — Baicros comerciais da zona central com predominincia edificios de escritérios. 1000 200 | Poder-se-4 escrever: Qa = Qom. 41 onde “I” seria obtido mediante a multiplicacio da rea contribuinte pelo coeficiente tirado do QUA- DRO 4.2.1 ¢ pelo valor unitirio referido, de 5 V/s, km, feita a necesséria transformacio de uni- dades. As mesmas consideragées expendidas no final do subitem 4.1.1 guamto so eleito regularizador de- corrente da capacidade de acumulagio de grandes rédes contribuintes, especialmente de seus condutos de maior porte, cabem, dbviamente, no caso da es- timativa de vazio de projeto para a época de satu- ragio urbanistica, permilindo que se escreva: Mais uma vez, cabe quanto ao critério a ser aplicado em cada caso es- Pecffico, Entretanto, mister se faz dar énfuse para © importante fato de que a meneionada regulariza- qo da descarga afluente, mere’ do grande volume da réde contribuinte, s6 poder ter Ingar se ¢ en- quanto tal réde funcionar em condigées hidréulicas plenamente satisfatorias, sem qualquer sobrecarga com relagio & sua capecidade maxima ideal, pois, do contritio, ela perderé téda € qualquer possibili- REVISTA DAE dade de exercer o papel de érafio regularizador da vaio e eliminador do ‘peak’. De qualquer maneira, o efeito regularizador fo- calizado mio deve ser, de forma alguma, encarado com otimismo © de modo generalizado, convindo, Sempre, a verificagao cuidadosa das condicdes espe- cificas de cada caso em. estudo, F oportuno, outrossim, chamar a atengio para as dificuldades de que se revestem as estimativas re- ferentes & época de saturagio urbanistica, como, por exemplo, no caso da fixagio de um valor convenien- te da “taxa per capita per diem” de esgotes, para tal época. Indispensivel se torna uma anélise cuidadosa das condigées atuais da comunidade € de todas as suas tendéncias de desenvolvimento para o futuro, j4 que 0 “per capita” € fungdo d= uma sériz de fatd- res, entre os quais as condigdes atuais e as previsi- veis do abastecimento de égua local, © grau de indus: trializagio, 0 grau de progresso e confdrto, etc.. Em tddas esas projegdes para 0 futuro, as aor mas, os conselhos ¢ as sugesties de cariter geral constituem, sem diivida, uma excelente orientagio inicial para o estudo do problema, mas nada subs- titui a verificagio minuciosa, “in loco", das condi- Ges ineremles ao caso em exame e de todos os fa- tOres influentes a serem considerados nas épocas atual ¢ de saturagao urbanistica. 3 Nos casos em que, conforme anteriormente mencionado, se tore conveniente uma construcao da elevat6ria e/on uma instalagio de seus equipa- mentos, por etepas, os estudos de crescimento po- ulacional, j4 aqui vigorosamente recomendados, po- deréo permitir a estimativa das vazdes de projeto serem consideradas para as fases intermedidrias, apli- cando-se a estas os demais conezitos expostos. Con- cluindo éste item “4”, cabe observar que nenhuma consideragio serd feita com vistas A vaziio de pro- jelo para elevatérias a serem construfdas em cariter precdrio, ja que a necessidade das mesmas nasce de situagGes eminentemente particularizadas ¢ de extre- ma variabilidade, 0 que torna de todo impossivel emitirem-se conceitos de cardter genérico, 5. NOMERO DE UNIDADES DE RECALQU! Para melhor ordenacio do assunto © maior cla- reza de exposigéo, serio considerades trés casos: a) Para pequenas elevatdrias, 9 ntimero.mini- mo seré de 2 (duas) unidades, que em tal caso deverio ser iguais, devendo cada uma Gelas estar em condigSes de, isoladamente, atender & vazio maxima prevista. b) Em elevatérias maiores, © mimero minimo seré de 3 (iiés) unidades, que em tal caso poderéo ser iguais, devendo duas quaisquer, em funcionamento simultineo, poder aten- der & vario maxima prevista; no caso das unidades néo setem iguais, mister se faz que, com qualquer das trés fora de servigo, especialmente 2 maior, as outras duas pos- sam, em funcionamento simultineo, fazer face A vazio maxima. ©) No caso de estagdes elevatérias de grande porte, devem ser, projetadas e instaladas varias unidades de reealque. Deve-se, ou- trossim, na medida dos dados disponiveis, proceder & determinago da curva de va- jagio horéria da vazio afluente, dimen jonando-se as unidades de recalque de for- ma a concordar, da melhor manzira possi vel, a linha correspondents As vazies de eealque com a curva de variagiio da vazio afluente, dentro de uma faixa de renc mentos satisfatdrios, Em tais estagies po- deté haver uma ov mais unidades de velo- cidade vatiavel, para tornar mais fécil tal ajustamento. £ oportuno esclarecer, toda- via, que essas unidades de velocidade va- ridvel sfio de custo muito mais elevado do que as de velocidade constante, além de apresentarem problemas mais delicados de manutensao. se Exemplo pritico: Uma elevatéria de gra es proporcdes poderd ter, por exemplo, 4 (quatro) bombas maiores, de 1580 1/s, ¢ 1 (uma) menor, de 1050 1/s; 2 (duas) das maiores poderio ser elétricas e de veloci- dade constante, 1 (uma) elétrica © de velo- cidade varidvel e 1 (wma) acionada por motor de combustio interna; a unidade menor poderd ser elétrica ¢ de velocidade varidvel. Numa elevatéria assim instalada, diminui, de muito, a importéncia do cha- mado “pogo de succio", conforme seri ve- rifieado no item 9. De um modo geral, a0 se estabelecer 0 nime- 0, bem como a capacidade das bombas, para uma estagio elevatéria, deve-se garantir uma reserva ins- talada que corresponda, pelo menos, a cérca de 25% a capacidade total, No caso das estagdes de gran- de vulto, dotadas, portanto, de diversas unidades de recalque, 0 limite ora apontado seré, via de regra, perfeitamente satisfatério. Entretanto, para unidades de porte reduzido, as alineas “b” e “a” déste item ja fazem prever reservas da ordem de 50% ¢ mes- mo 100%. ‘A imposiggo de uma reserva instalada destina- -se a contribuir para maior seguranga da continui- dade de operagdo adequada da elevatéria, cm face da vazio aflueate, a qualquer momento, bem como ‘a permitir © repouso ¢/ou a inspegio ¢ a manuten- tengo preventiva das diversas unidades. Evidentemente, para que se reduza ao minimo a possibilidade e/ou a duracio de eventuais situa- ges de incapacidade da elevatéria de atender 2 va- zio afluente, em decorréncia de avarias ocorridas com mais de uma das unidades instaladas, impde-se, como medida de extraordindria importancia, a exis- téncia ¢ a disponibilidads imediata de unidades com- pletas, bem como de todos os aczssérios € pegas necessirios, no almoxarifado do érgio responsdvel pelo funcionamento da estagio. Para maior uniformidade ¢ conseqiiente focili- dade de operagio e manutengio, convém que as uni- dades de recalque de uma clevat6ria sejam © menos possivel diversificadas, sem prejuizo, contudo, das recomendagdes constantes déste item. 6. TIPOS DE UNIDADES DE RECALQUE: ‘As unidades de recalqu> normalmente utilizadas ‘em estagbes elevatdrias de esgotos compreendem os seguintes tipos: — bombas centrifugas, em seu sentido amplo, abrangendo: — bombas centrifugas radiais (“centrifugal pumps” ou “radial flow pumps”) REVISTA DALE — bombas axiais ou de hélice (“axial flow pumps" ou “propeller pumps”) — bombas centrifugo-axiais ou de descarga mista (“mixed flow pumps” ou “angle flow pumps") — ejetores pneumiiticos (“pneumatic ejectors") — parafuso hidréulico de Arquimedes (“Archi- medean waterscrew") Deixam de ser mencionados os “air lifts” ¢ as bombas alternativas (“reciprocating pumps"), por- quanto, hoje em dia, raramente sio utilizados para a elevagao de esgotes, sendo apenas oportuno obser- var que estas Gltimas apresentam largo emprégo como dispositivos para clevar Kédos de esgotos. As- sim mesmo, as bombas centrifugas jé Ihes vém dis- putando a primazia neste dltimo terreno. Seguem-se comentérios mais ou menos detalha- dos sdbre cada um dos tipos que sz acaba de rela- cionar. 6.1. BOMBAS CENTRIFUGAS (no sentido amplo); Embora geralmente se use proteger as bombas destinadas a recalear esgotos, mediante a instalagio de grades de barras, a montante das mesmas, com © fim de retirar os chamados “sélidos grosseiros", € recomendavel, em principio a adogio de bombas do tipo “nonclog pumps” (bombas dificilmente su- jeitas a obstrugdes) para a elevacHo das dguas ser- vidas em geral, salvo excecdes ou restrigies explici- tamente feitas. Impée-se, gerakmente, a condigio de possuirem rotores ou impelidores que permitam a passagem li- vie de esferas de 6 em (2 1/2") ou mais de diime- tro, convindo que a rea minima da seglo de pas- sagem represente 75 a 90% da Area da seco reta da canalizagdo de descarga da bomba. Os rotores, impelidores ou impulsores poderiio ser do tipo “aber- to” ou “fechado”, desde que satisfagam as condigées estabelecidas, © “rotor abstto” & constituide de um cubo de roda ou de um miicleo central, ao qual s2 fixam radialments as palhetas; 0 rotor fechado apre- senta duas placas paralclas, entre as quais s¢ sitam as pathetas, a clas rigidamente fixadas; entre os dois, achamse compreendidos tipas intermsdidrios, que podem ser classificados como rotores “semi-fecha- dos” ou “semi-abertos”, caracterizados pela existén- cia de uma tinica placa, a um dos fados da qual se fixam as pathetas; entretanto, éstes iltimos so co- mumente incluidos entre os rotores “abertos”, Co- mo caso particular de rotor fechado, podemos ter © rotor dito “tubular”. As ILUSTRAGOES 6-1 € 6-1A anexas apresentam alguns tipos de rotores aber- tos ¢ fechados. REVISTA DALE, © rotor fechado mantém, por tempo mais lon- 80, a eficiéncia e os espagos livres internos originais, mormente quando 0 teor de ateia no esgsto & alto, Quando a altura de elevacio & excessivamente grande para uma bomba dotada de um Gnico impe- lidor, ou seja, para uma “bomba de simples estigio”, recomendivel se torna a utilizagio de bombas com dois ou mais impetidores em série, conhecidas como “bombas de miltiplos estégios". A altura de eleva- Go eresce de 30 a 45 metros para cada estégio; centretanto, certas bombas de simples estigio tém-se apresentado capazes de atender a alturas manomé- tricas até 90 metros e mesmo mais. £ altaments convenient? que as bombas utiliza- das para o recalque de esgotos sejam instaladas em niveis tais que possam trabalhar sempre “afogadas”, climinando-se, assim, a necessidade de prévio “es- corvamento”, optracio incémoda, que exige equipa- mentos adicionais . Por outto jado, convém que as bombas para ‘esgotos sejam de baixa rotagdo, a fim de se obter uma durabilidade maior, tendo em vista, a natureza do Ifquido, 0 qual contém, freqiientemente, materiais abrasivos, como areia. De acérdo com sua posigio, os conjuntos mo- tor-bomba utifizando bombas centrifugas, em seu sentido amplo, podem ser classificados em: — “conjuntos de eixo horizontal” — “vonjuntos de eixo vertical", que compresn- dem duas modalidades: — "de bombas nio submersas! — “de bombas submersas” — “conjuntos submersos”, Segue-se uma breve andlise dos tipos e modali- dades qu: acabam de ser mencionados, tendo-se em vista suas vantagens ou seus inconvenientes especifi- cos principais, no que concerme ao seu. USO na ele- vacio de esgotos: a) Conjuntos de eixo horizontal: localizam-se em “casas de méquinas” (ou “casas de bombas”), em nivel inferior ou superior ao dos esgotos afluentes, sendo muito preferivel o primeito caso, como ja fi- cou dito, a fim de que a bomba possa funcionar “afonada”, dispensando, destarte, escorva prévia; tais conjuntos ocupam mais espaco horizontal do qu: os de eixo vertical, o que implica em maior custo de terteno ocupado ¢ maior érea de construgfio; quan- do se situam em nivel baixo, como alias acaba de ser recomendado, hA 0 isco de danos a0 motor, em decorréncia de eventuais imundagdes, causadas por fatéres internos ou externos em relagdo 2 elzvat6ria; BOMBAS CENTRIFUGAS EM SENTIDO AMPLO BOMBA CENTRIFUGA RADIAL BOMBA AXIAL OU DE BOMBA CENTRIFUGO-AX1AL, (DE suc¢ho DuPLA, mo caso) HELICE (reoretcer) OU DE DESCARGA MISTA (a) (B) (c) ("STANDARDS OF THE HYDRAULIC INSTITUTE") ALGUNS TIPOS DE IMPELIDORES USADOS EM BOMBAS CENTRIFUGAS (0) ce) (FY (6) cay a) (KSB DO BRASIL) x ILUSTRAGAO 6-2 REVISTA D.ALE. TIPOS DE ROTORES EXTRAIDA DO LIVRO - PUMP;"OPERATION AND MAINTENANCE” T.G. Hicks ILUSTRAGAO 6-14 REVISTA DAE 7 apresentam, contudo, mais baixo custo de instalagio, operagiio © manutengio. A ILUSTRACAO 6-2 apre- senta um esquema de um conjunto motor-bomba de cixo horizontal. 1b) Conjuntas de eixo vertical: b.1) de bombas nao submersas: as bombas Io- calizam-se sobre 0 fundo da casa de bombas, tor- nando fiéci) o atendimento da recomendagio de tra- balharem “afogadas”; 0s motores, acoplados a elas através de cixos mais ou menos longos, localizam- se, preferencialmente, em nivel superior a0 do ter- reno, com vistes a uma efetiva protec contra inun- dagées de origem interna ou externa a elevatéria; & medida que 0s eixos se tornam mais Iongos, maior necessidade surge de se adotarem precaucdes capa~ zes de assegurar o funcionamento perfeitamente equilibrado de tais eixos; dentre as precaugdes que se acaba de colocar em pauta, podem-se destacar as seguintes: — instalago de mancais intermedisrios; — 0 assentamento do motor sdbre 0 respectivo ergo deve ser feito de modo a permitir pe- quenos ajustamentos recfprocos entre @ mo- tor € 0 eixo, com 0 objeto de corrigit qual- quer defeito de alinhamento; — a junta flexivel de acoplamento entre 0 mo- tor © a bomba deve estar Socalizada numa caixa acessivel ¢ flexivel; — tem de ser evitado que os mancais interme- didrios lancem Sleo ou graxa durante © mo- vimento do eixo, os inconvenientes dos conjuntos de eixo vertical em relagio aos de eixo horizontal so, conforme refe- ido, 0s custos mais elevados de instalagio, opera- 40 ¢ manutsngo. A ILUSTRACAO 6-2 apresenta lum esquema de um conjunto de cixo vertical b.2) de bombas subsersas: a diferenca bésica entre esta modalidade ¢ a anterior reside no fato de que a bomba fica inteiramente submersa no liquido, dentro do pogo de sucgio, situando-se © motor em local seguro e protegido, a0 abrigo de inundagdes; esta modalidade, como é fécil de compreender, nao se presta @ ser ulilizada para a clevagio de esgotos sanitérios, dadas as dificuldades de avesso para ins- eco © manutengio da bomba, ©) Conjuntos submersos: neste caso, a bomba € 0 motor, dirctamente acoplados entre si, encon- tramse abrigados por uma carcaga capaz de assegtt rar absoluta estanqueidade para 0 motor, ¢ 0 con- junto permanece totalmente imerso, fixado a uma tubulagdo de descarga e suprido de energia elétrica por um cabo devidamente protegido contra 0 agres. sive meio ambiente; afiguram-se evidentes os sérios, problemas de manutengi0, muito mais graves do ‘que no caso dos conjuntos de cixo vertical com bombas submersas, 4 que os inconvenientes para aquéles citados deixam de se limitar & bomba, es- tendendo-se ao motor; assim sendo, pouca aplicagio parecia caber aos conjuntos submersos. para 0 caso da elevacio de esgotos sanitétios; todavia, a fabrica sueca FLYGT estudou, projetou ¢ hoje constréi, em larga escala, ui tipo de “conjunto submerso”, com diferentes modalidades, tornando plena e facilmen- te superdveis os problemas de inspegio, manutencio preventiva e reparos .como se veré mais adiante. J4 se viu anteriormente que as bombas centri- fugas, em scu sentido lato, abrangem as seguintes modalidades: 6.1.1. Bombas comtrifugas radiais: So aquelas em que a pressio € desenvolvida principalmente pela ago da férca centrifuga; po- der aptesentar, na sucgo, uma entrada simples ou dupla, embora esta ultima nio se preste a ser utili- zada no recalque de Sguas servidas, jé que & mais fa- cilmente sujeita a obstrugdes pelos trapos e estépas comumente encontrados nos esgotos; na ILUSTRA- CAO 6-1 aparece um esquema, transcrito dos “STANDARDS OF THE HYDRAULIC INSTITU- TE, U.S.A.", indicando 0 percurso do liquido em uma bomba centrifuga radial de sucgio dupla, evi- denciando que, nas bombas centrifugas radiais, 0 guido normalmente entra no impelidor pelo centro » escoando-se radialmente para a periferia; as bombas centtifugas radiais sio, dentre as centrifu- gas em geral, as de mais freqiiente aplicagfio no re- calque de esgotos. 6.1.2. Bombas axizis: Nestas, a pressiio € desenvolvida basicamente pela impulsio exercida pelas palhetas do impelidor sdbre 0 liquide; a poténcia requerida por esta mo- dalidade de bomba é maior quando sua sada se acha bloqueads do que quando ela esté recalcando a vario de projeto; assim sendo, seu uso é restrito aos casos em que @ altura de clevacio e a vazio variam entre fimites pouco afastados. Os interva- los de val6res da vazio © da altura de elevagio cor- respondentes & modalidade em pauta (vide tabela mais adiante), bem como as caracteristicas do poyo de sucgdo pela mesma requerido, fazem-na ideal, do ponto de vista de custos de equipamentos e estru- tura, para recircular esgéto decantado ¢ para bom- bear efluentes sob baixa altura de elevagio. A ILUSTRAGAO 6-1 anexa apresenta um esquema in- dicando 0 percurso do liquido, o qual penetra axial- REVISTA DAE. ELEVATORIA DOTADA DE_BOMBAS VERTICAIS emma = LEGeNDA i f| A-suCgho. CHS a ResisTRO ED WANCAL INTERMEOIARIO [: FouotoR s & véLvuta of RETENCKO ToRECALOUE ELEVATORIA DOTADA DE BOMBAS HORIZONTAIS ILUSTRAGAO 6-2 REVISTA DAE ” mente, através da tinica entrada de sucgio, © descar- rega quase axialmente, 6.1.3. Bombas de descarga mista ou centrifugo- -axiais: Estas bombas, as vézes também chamadas “cen- trifugo-propulsoras’, constituem um caso interme- difrio entre as bombas radiais ¢ as axiais; nelas, a presstio desenvolvida em parte pela forca centri- fuga © em parte pela impulsao das palhetas sébre 0 iquido; as bombas de descarga mista sio geralmen- te mais baratas do que as radiais, para vazGes aci ma de 126 I/s (2000 g.p.m), em virtude de sua rota- cio mais elevada e das menores dimensdes exigidas para uma dada capacidade; na ILUSTRACAO 6-1 aparece © esquema indicativo do percurso do liquido, © qual penctra axialmente através da (nica entrada de suecio © é descarregado em parte axialmente & em parte radialmente. © QUADRO 641 corresponde a tradugio da “TABLE 2” do “MANUAL OF PRATICE N° 8", da WATER POLLUTION CONTROL FEDERA- TION, apresentando interessamtes caracteristicas das tts modalidades que se acaba de passar em revista, Deixou-se de realizar a conversio das unidades para © Sistema Internacional, a fim de evitar certas di- vergéncias com dimensdes comerciais j4 padroniza- das ¢ constantes do QUADRO, Do ANEXO I constam, entre outras, valiosas informagées técnicas sdbre as bombas radiais, axiais © centrifugo-axiais, ais informagGes, extraidas de uma publicagio do famoso Curso de Engenharia Hi- drilica de DELFT, na Holanda, acham-se acompa- nhadas das respectivas ilustragées. QUADRO 6.1 — CARACTERISTICAS DAS BOMBAS CENTRIFUGAS PARA INSTALACOES: Tipo de bomba Condigées adequadas de servigo 6. Intervalos de variacio das veloci- dades especificas-impelidor aberto Wo 7. Tipo de construco 2. Intervals de vatiagio dos dia- metros (polegadss) (a) za10 8a 84 Ban 3. Intervalos de variagio das vazdes (om) @) 40 a 6000 1000 a 80000 | $00 a 100000 4. Intervalos de varingfo das alturas de elevagtio (pés) tb) 40 a 100 10 2 60 1a 40 5. Intervalos de variago das veloci- dades_especificas-impelidor fecha- do (N) 1200 a 3000 4200 a 6000 —---- 1200 a 3000 Eixo horizontal ou) Bixo horizontal ou vertical 8. Tipo da earcaga Voluta com uma ‘inica entrada de sucgo © Votute 9. Méxima velocidade de rotagio (rpm) 1800 1800 1800 10. Poténcia requerida com a descar- [Inferior & |Superior & ga bloqueada (vaziio nua) Jcorrespondente & lcorrespondente & lvazio nominal @ vaio nominal DE ESGOTOS. Axial Centrifago- Radiat axial Exclusivamente esg6to decantado Esgéto bruto gradeado ou esgdto decantado 5000 a $000 8000 para cima JEixo horizontal ou vertical vertical (a) Intervalo usual de diémotros comerciais, Unidades mi 4s salda da bombs, wsiores, dispontvels sob encomenda especial, O diametro é 0 (b) Alturas mézimas de elevagio s5 podem ser obtidas para pequenos ditmotros ¢ para velocidades de rolagio mé- xmas. (©) Careaga tipo voluta com suegéo simples para valores de N, entre 4200 © 6000. Carcaca provida de difusores para valores de N, entre $000 e 8000, quando mio houver risco de trapos, estapas ou malarias semelhantes, (a) Inferior a correspondente 4 vacko’ nominal, para N, > 000, Superior & correspondente vaso nominal, para N, < $000, REVISTA DALE. Na alinea “e” da parte genérica déste subitem 6.1, f8zse referéneia acs “eonjuntos submersos” e, especificamente, &s bombas de fabricagio ‘FLYGT”, cuja concepsi0, sem diivida alguma, veio revolucio- nar © emprégo de tais conjuntos, jé que permitiv superar, de maneira extraordindriamente simples, os staves problemas ligados & inspesio, A manuten¢io preventiva € aos reparos dos equipamentos de que se trata, © ANEXO II apresenta as principais caracteris- ticas das bombas “FLYGT” e ilustragGes esclarece- doras, extraidas de catélogos técnicos, com a auto- rieagdo da firma Fabsica de Aco Paulista S.A — FACO, de Séo Paulo, representante de tais equipa- mentos para 0 Brasil. Ainda dentro das finalidades gerais déste subi- tem 6.1, ou seja, dentro do campo compreendido pelas bombas centrifugas, em scu sentido amplo, faz-se mister discorrer sdbre as principais caracte- risticas do funcionamento das mesmas, de forma su- maria, sem entrar em detalhes que melhor cabem a publicagdes especializadas, como as que figuram na bibliografia citada no final déste trabalho. A fim de evitar possibilidades de confusio com as anteriores subdivisoes déste subitem, enumerar- seo as caructeristicas de funelonamento e quais- quer outros aspectos dignos de nota, utilizando alga rismos romanos, da forma que se segue. I — Altura de elevacio: Neste trabalho sObre “estagdes elevatérias de esgotos”, 0 conceito de “altura de elevagio” deve ser entendide como a energia total, expressa em “me- fos de ‘igua” (ou “metros de coluna de Sigua), ne- cessiria a elevar o esg6to, em tltima anélise, a par- tit de um determinado nivel, até 0 nivel subseqiente esejado, sendo ambos os niveis impostos por carac- teristicas ou exigéncias do sistema em estudo, A dis- tncia vertical entre os niveis de jusante © montan- te corresponde & denominads “altura geométrica” (HQ; as perdas de carga “normais” ou “por atrito” (h) © as “acidentais" ou “localizadas” (h.), verifica- das ao longo do sistema elevatério, cortespondem a parcelas de energia representadas, também, por alturas expressas em “metros de gua”. Assim sen- do, a “altura de elevacao", que, no caso das bombas centrifugas, se confunde com a “altura manométri- ca", seri expressa pela equa Wa = How = Hy boa sb he II — Vario ou descarga: Serio empregadas quaisquer das duas palavras para exprimir a quantidade de esgéto a ser recalea- REVISTA D.A.E. dda, na unidade de tempo, pelo sistema elevatério, preferindo-se, em certos cas0s, 0 témo “vazio” para & quantidad> que affui a0 local (‘vazio aflvente”) 2 0 térmo “descarga” para aquela que se afasta (“descarga efluente”, “descarga recalcada”); nfo ha- ver, entretanto, qualquer rigidez, usando-se indi- ferentemente as duas expressies em foco. A vazio ou a descarga (°Q” ou “q") serio. expressas em “m’/s” ou em "1/3". IIL — Rendimento de um conjunto clevatério: © “rendimento” ou “eficiéncia” de um conjun- to elevatério depende dos rendimentos especificos de seus componentes, Assim sendo, pode-se escrever para o “rendimento total” de um dado conjunt T= NeW onde: 1. = tendimento total do conjunto motor-bomba, ‘Tm = rendimento do motor , = rendimento da bomba Em virtude de razdes ligadas aos processos de fabricagio, os conjuntos elevatéries de maior porte apresentam rendimentos mais elevados do que os de pequenas proporgées: Os motores elétrices, que sfio os mais freqiien- femente usados em estagdes elevatérias, apresentam rendimentos que se clevam até cérca de 90% para grandes unidades, mas que baixam até petto de 60% para motores de pequeno porte, Quanto as bombas centrifugas, & possivel ser atingido um readimento préximo a 90% para ws dades de grande capacidade, reduzindo-se a cérca de 50% para as bombas de pequenas descargas. IV — Poténcia de um conjunto elevatério: ‘A poléncia requerida por um conjunto motor- -bomba para clevar uma cerla vazio de um dado liquide, a uma determinada altura, pode ser forne- cida, em “cavalos-vapor", pela seguinte expressio (ou, sensivelmente, em HP, jé que 1CV equivale a 0,986 HP): Qs Haw Pp = ————_ 1S onde: “t= peso especitico do liquido (~ 1000 kg/m? no caso de dgua ou esgoto) “1 Q = How = vvariio ou descarga, em m’/s altura manomé 1, em metros rendimento total do conjunto motor- -bomba, ™ Na pritica, para se obter a poténcia do motor destinado a0 acionamento de um conjunto, deve-se adicionar sempre uma certa folga sObre a poténcia calculada pela férmula, a fim de se ter uma mar gem de seguranga, Tal folga deve ser tanto maior quanto menor {6r a poténcia do motor considerado. AZEVEDO NETTO (1), recomenda os seguin- tes acréscimos para o caso de motores elétri 50% para bombas até 2 He 30% para bombas de ...... 2a 5 HP 20% para bombas de Salo HP 15% para bombas de - 10.020 HP 10% para bombas de mais de 20 HP Evidentemente, apés reajustada a poténcia cal- culada pela f6rmula, j4 incluida, portanto, a mar- gem de seguranga, & necessério verifiear quais as poténcias de motores realmente disponiveis na praca, a fim de se adotar um modélo que atenda, da me- Ihor forma possivel, as necessidades de trabalho do conjunto elevatério em pauta, V — Curvas caracteristicas dog conjuntos elevatériog: Efetuando-se ensaios em uma bomba centrifuga trabathando a velocidade constante, medida esta em “rotagdes por minuto” (rpm), podem-se determinar a altura manométrica, a poténcia consumida ¢ 0 rendi- mento, em fungio de diferentes valbres da_vazéo. Assim sendo, tomando-se, um sistema de eixos re- tangulares ¢ marcando-se em abcissas as vazbes, po- dem ser obtidas trés curvas diferentes, conforme sc adotem para otdenadas os valéres d> “Huu”, de “p” ou de “n” correspondentes as diversas vazdes con- sideradas. ais curvas, assim obtidas, sio denominadas “curvas caracteristicas” da bomba ou do conjunto elevatério. Na ILUSTRACAO 6-3 aparecem curvas carac- teristicas de uma determinada bomba centrifuga, d= elevada capacidade, de fabricagio americana, apro- priada a0 recalque de esgotos sanitétios. Como se verifica, tal bomba foi encomendada para recalear uma vazio de 4750 gpm (~ 300 1/3), sob uma ak tra manométrica de 68 pés (~ 21m), mantida uma otaglio de 960 rpm. Os valdres impostos para “Q” © “How”, aplicados 0 grifico, dario 0 pomto “A”; a ‘a vertical que passa por éste indicaré os val8res correspondentes & eficiéncia “ny” € & poténcia “P”, nas respectivas curvas. Obter-se-fo: 1 ~ 70%; P 112 HP, i de imensa importancia 0 conhecimento das curvas caracteristicas das bombas, pois cada bomba € projetada, ymente, para elevar uma determi- nada vazio, a uma certa altura, em condigdes de maximo rendimento ¢, & medida que o par “Q, Hoa” se afasta das condigdes ideais, 0 rendimento “q” tende a diminuir, Assim sendo, quando se apresenta um problema conereto, em que é solicitada a elevacio de uma vazio “Q” a uma altura “Hyn” mister se faz ten- tar conseguir uma bomba cujas curvas caracterist cas indiquem que seré obtido um rendimento consi- derado satisfat6rio para 0 par “Q, Hen” impésto elas circunstincias. Quanto mais achatada fOr a curva “y" = £ (Q), maior seré a flexibilidade da bomba © possivel seré atender, de maneira aceitivel, a uma série de pares “Q, Han” diferentes. No ANEXO I sio apresentados valiosos diagramas que indicam a variago percentual da altura de elevacio fe da vazio, em relagio aos valores bésicos ditos “normais”, isto é, aquéles correspondentes ao rendi- mento maximo. ‘So apresentados, outrossim, diagrames corres- pondentes a bombas de velocidade varidvel; neste caso, hi uma série de curvas correlacionando “Hoan” com “Q", uma para cada velocidade; aparecem, tam- bém, curvas chamadas de “isoeficiéncia", obtidas unindo-se os pontos de mesmo rendimento. B importante observar que, quando um diagra- ma de curvas caracteristicas é apresentado para uma determinada bomba, éle se refere a um diimetro especifico do respectivo impelidor, usuelmente 0 mé- ximo compativel com o “estdjo" dado. Entretanto, normalmente, impelidores de diferentes didmetros podem ser utilizados para um mesmo estdjo. E Sbvio que, para cada difimetro, serio obtidas dife- rentes curvas caracter‘sticas. Por outro lado, para um dado tipo de impeli- dor, de ditmetro perfeitamente definido, a posigio de suas Iiminas ou palhetas provocara modificages em seu regime de funcionamento e, consegilente- mente, em suas curvas caracteristicas. ‘Tat fendmeno € indicado em um dos diagramas do ANEXO I. Quando duas ou mais bombas sio instaladas em série, supondo-se que tédas tenham vazbes iguais, quando funcionando isoladamente, @ altura de elevagio do conjunto assim formado seri igual & soma das alturas de elevagio de cada uni- dade isolada, ‘Se duas ou mais bombas, que tenham a mesma altura manométrica quando funcionando isolada- REVISTA D.ALE. yva Vistaam 2 3 * ne cporéwcin AD entice s ercibcia pa z CURVAS CARACTERISTICAS DE UMA BOMBA 1000 GPM, +x63,1 1/s 14.12 TYPE SWE_CENT_ PUMP. 2 oe $x10,5048m 4750, GPM. 68 ATH, 960 RPM 2p r1ol4 CV 90 20. 70 © a) 50 40 cacruma neanou mica, waz 30 sooo vig. cancons ren minure USS ehiBis “hasatetn,’ stn INGros T T T oT ° ' 2 3 4 5 5 1 e ° ° (LUSTRAGAO 6-3 ‘mente, forem instaladas para trabalharem em para- elo, a vazio resultante para o conjunto sera igual A soma das vazGes de tddas elas, desde que a altw: ra manométrica permanega a mesma. Ainda o ANEXO I apresenta diagramas que iustram © comportamento de bombas funcionando em série e em parateto, VI — Velocidade especifica: ‘A “velocidade especifica”, “rotagio especitica” ‘ou “niiméro especifice de rotacées”, € uma das mai importantes particularidades das bombas, pois per- mite caracterizar, de forma bem definida, um deter- minado tipo de bomba, no importando seu tama- ho ou sua velocidade de rotagio. Por definicio, a “Yelocidade especifica”, comumente designada por “a.” ou “m”, € 0 niimero de rotagées por minuto de uma bomba ideal, geométricamente semelhante 3 bomba considerada e capaz de fornecer a unidade da vazio para uma altura de clevagio também uni- ‘aria. A expresso da velocidade especifica, em uni- dades_métricas, pode ser apresentada da seguinte maneira: Qe A, = 3,65 x RPM x Hm onde: Q = vazio em m/s H. = altura manométrica em metros Para cada tipo de bomba, o valor de “n,” deve ficar compreendido entre determinados limites, sob pena de se obter uma bomba de funcionamento pre- cirio e baixo rendimento, A velocidade espectfica, entre outras coisas, per- mite definir 0 perfil ou a forma do impelidor. Im- pelidores para grandes alturas manométricas, usual- ‘mente apresentam velocidade especifica baixa, 20 asso que rotores destinados @ reduzidas alturas de elevagdo, normalmente apresentam alta velocidade espocifica, Segundo afirmativa de AZEVEDO NETTO (1). as bombas centrifugas radiais so satisfatérias para valores da velocidade especifica compreendidos entre 90 e 300 as centrifugo-axiais para valéres entre 30 © 800, encontrando-se, acima déste ultimo valor, 0 campo de aplicagio das bombas axiais. E oportuno ressaltar que, na comparagio de rotor de sucgio axial simples, com outro de dupla sucgio, & indispensivel dividir-se a vazio por 2 ou a velocidade especifica por 2, ou entéo deve ser mencionado 0 tipo de rotor ¢ a rotagdo especitica correspondente. © ANEXO I apresemta diagramas relativos & selegiio do tipo adequado de bomba a ser utilizado, em fungio da velocidade specifica, 64 VIL — Cavitagio: Dada uma temperatura definida, denomina-se “pressio de vapor” de um liquido aquela em que qualquer adigio de calor transformaré o Ifquido em vapor, ou qualquer subtragiio de calor transformara © vapor, acaso formado, em liquido. Considerando-se uma bomba centrifuga em fun- cionamento, se, por qualquer motivo, a pressio do liquido se tornar infetior & pressio de vapor na tem- peratura ambiente, haverd transformacio do Mquido em vapor; qualquer acréscimo subseqiiente de pres: séo, ainda na mesma temperatura, dari lugar a0 fendmeno inverso, ou seja, provocaré a transforma- ‘so do vapor formado ,em liquide. ‘Ao fenémeno que se acaba de deserever suma- riamente, denomina-se “‘cavitagio”, exatamente pelo fato de se formarem, na massa Ifquida, “‘cavidades” preenchidas com vapor. ‘Téda vez que a pressio em qualquer ponto de uma bomba em funcionamento tinge o limite critico (neste caso, o valor da tensio de vapor correspondente), tem inicio wma série de vibragdes € ruldos, 0 funcionamento torna-se precé- rio, © rendimento baixa ¢ sérios danos podem ser causados as instalagdes, em virtude da vibrago mais ‘ou menos intensa. Por outro lado, 0 verdadeiro “bombardeio” causado pelas violentas e sucessivas mudangas de estado fisico, as quais se apresentam sob a forma de pequenas ¢ imimeras explosses na masse liquida, pode causar ¢ freqiientemente pro- duz, de fato, a remocéo de particulas do material do rotor, originando uma série de mimisculas esca- vases (“pitting”) que, com 0 correr do tempo, aca- bam por destruir substanciais partes do impelidor. Oportuno se torna definir uma grandeza estrei- tamente ligada a0 fendmeno da cavilacdo: trata-se do indice "NPSH” (‘net positive suction head” = “altura Iiquida de succdo positiva’). Quando a superficie tivre do liquido a ser ele- vado por uma. bomba se acha situada acima do cen- tro desta ultima, 0 NPSH pode ser definido como 0 valor da pressiio atmosférica local, adicionado da pressio estética absoluta no flange da succao (cor- rigida, tal pressio, para a horizontal que passa pelo centro da bomba), e subtratdo da perda de catga total ao longo do trecho de sucgdo © da pressio absoluta. do vapor do liquide, na temperatura de bombeamento (vide expressio geral mais adiante) No caso da superficie livre do Kquido a ser elevado pela bomba se achar situada abaixo do cen- tro desta, 0 NPSH sera igual a pressfio atmosférica, deduzida da soma da pressiio estética absoluta no flange da sucyo, com a perda de carga total no trecho da sucgio © com a pressio absoluta do vapor do liquido na temperatura do bombeamento (vide expressio geral mais adiante). REVISTA DALE Ha a distinguir_ © “NPSH disponivel” ¢ © “NPSH requerido”. © primeiro € uma earaeteristica do sistema que estiver sendo considerado, podendo set definido como a diferenga existente entre a al- ura manométrica de sucgo € a pressio de vapor do liquido, na temperatura de bombeamento; é, pois, fungio da pressiio atmosférica, da altura de succio (positiva ou negativa), das perdas no trecho de suc- gio © da presséo de vapor do liquide. © “NSH requerido” pode ser definido como a diferenca mi- nima admissivel entre a altura manométrica de suc- so © a pressio de vapor do liquide na temperatura de bombeamento; é uma earacterfstica da bomba, va- indo de uma para outra marca, de um para outro modélo de um mesmo fabricante, e, ainda, em fun- G80 da velocidade de rotagio ¢ da descarga de uma dada bomba. Assim sendo, enquanto o “NPSH dis- pontvel” pode ser facilmente calculado para um dado sistema, 0 “NPSH requerido”precisa ser for- necido pelo fabricante, em fungao dos ensaios espe- cificos conduzides. 0 “NPSH disponivel” deve ser sempre maior do que ou pelo menos igual a0 “NPSH requerido”, sob pena de surgirem problemas no funcionamento a bomba, muito particularmente a cavitagZo e suas consegiiéncias. © “NPSH disponivel”, para pogos de succio exposios a0 ar atmosférico, que € 0 caso usualmen- te encontrado em estagdes elevatirias de esgotos, pode ser calculado pela seguinte expresso: Ps PB NPSH, = —— + S ~ Eh, -—— t t Ps ~ Pe NPSH, + S~- rh, 1 onde: Ps = pressdo atmosférica local; Pe = pressiio absoluta de vapor do liquido, na temperatura de bombeamento; S = altura estatica de sucgiio; pesitiva, no ca- so da superficie livre do pogo de succio ‘estar situada ackma do centro da bomba (caso altamente recomendivel para a ele- vagio de esgotos, como ji se viv) © mega tiva, quando se situar abaixo; Eh, = somatoria de tédas as perdas de carga no trecho de sucgio, até a flange de en- trada da bomba; peso especifico do liquido bombeado. Y Julga-se oportuno reproduzir aqui as recomen- ages dadas sdbre as situagdes condeniveis que de- vem ser evitadas para impedir a cavitagio (6): a) Altura manométrica total muito mais baixa que a correspondente 20 ponto de melhor REVISTA DALE. rendimento, ou operagho com capacidade muito maior do que a correspondente a0 ponto de melhor rendimento (pois 0 NPSH requerido pela bomba aumenta aproximada. mente com 0 quadrado da vazio). b) Altura de sucgio negativa maior do que © valor méximo definido anteriormente ou altura de suceGo positiva menor do que o minimo definido anteriormente, pois resul- taria em NPSH, menor que NPSH.. ©) Temperatura do liquide sensivelmente supe- rior @ que serviu para selegio da bombs, pois © valor da pressio de vapor pode au- mentar, reduzindo 0 NPSH disponivel. ) Rotagdes muito superiores aquela para a qual a bomba foi selscionada (pois 0 NPSH requerido aumenta aproximadamente com o quadrado da velocidade). ©) Instalagées com linha de sucgao demasinda- ‘mente comprida, cheia de curvas, vélvulas, etc., € com difimetro niio adequade, acarre. tando excessiva perda de carga. © valor méximo da sucgio negativa ¢ © valor minimo da succo positiva, aos quais se refere a ali- nea “b”, stio definidos pelas seguintes equacdes: Pe Sime = —— = (NPSH, + Zh, + ——) v Y P. Pa Sai = NPSH. + Xb, + —- Y Y E interessante mencionar 0 fato de que, sob 0 ponto de vista do “NPSH requerido”, as bombas de eixo vertical séo preferiveis as de eixo horizontal, Conciuindo os comentirios relativos a0 fendme- no da cavitagéo e, particularmente, ao indice NPSH, & de extrema oportunidade ¢ alta importincia ressal- tar que 0s dados ¢ formulas apresentados nesta ali nea VIL admitem, para 0 esgéto, um comportamen- to semelhante 20 da 4gua pura, havendo referencias, apenas, & “pressio de vapor” do liquide bombeado. Entretanto, faz-se mister dar a méxima énfase para 0 fato de que o esgéto, sobretudo quando “ve- Iho" ou, mais ainda, quando “séptico”, apresenta intensa formagio de determinados gases, oriundos da decomposicio da matéria orginica. Assim, pois, 0 problema, é, a rigor, muito mais complexo, jé que a presenca de tais gases vai, sem divida alguma, agravar o problema criado com a produgo do vapor ¢, mesmo na auséncia déste, hé a temer a ago prejudicial dos préprios gases, isola- damente, sObre 0 escoamento hidréulico e 0 funcio- namento das bombas. 6s 6.2. Bjetores pneuméticos: Sie dispositivos utilizados em estagdes elevats- rias de pequeno porte, para vaz6es baixas ¢ reduzi das alturas de elevagao dos esgotos. Apresentam a vantagem de um funcionamento continuo, mesmo para vazSes afluentes inferiores a 1 1/s (um litro por segundo), dispensando pogos de sucgio ou de acumulago, 0 que os torna ideais para serem us dos na elevacdo dos efluentes de instalagées sanité- rias prediais situadas abaixo do nivel da rua ou, se for 0 caso, abaixo do nivel do coletor piblico. So aparelhos robustos, mais durdveis do que as bombas sendo seu funcionamento usualments mais garantido do que 0 destas. Suas vantagens especificas, dentro de sua limitada faixa de aplicagio, compensam, em muitos casos, sua baixissima eficiéncia, que € da or- dem de 15%. No caso de se projetar a instalacfio de um certo mimero de pequenas elevatérias, nfo muito afastadas umas das outras, utilizando ejetores pneumaticas, torna-se aconselhivel, em principio, construir uma Gnica central de ar comprimido, para © acionamento dos ejetores de t6das as elevatérias do sistema em foco. As aberturas titeis e as segdes de passagem dos cjetores devem ter a dimensio transversal minima de 10 cm. Segundo 0 MOP n® 9 da WPCF, podem ser creditadas aos ejetores ‘as seguintes vantagens: — 0 esgdto permanece encerrado durante sua passagem pelo ejetor ¢, conseqilentemente no ha escapamento de gases de esgéto, a no ser através do dispositivo de ventilagios —a operagio € inteiramente automética e 0 ejetor entra em funcionamento sdmente quando necessétio; —o niimero relativamente pequeno de partes méveis em contato com © esgoto requer pouca atengdo ou lubrificagao; — 08 ejetores nfo se obstruem facilmente; — niio & necessirie © prévio “gradeamento” do ‘esg6lo, jé que as valvulas ¢ condutos de Ii- gagio deixam passar livremente quaisquer sblidos que entrem no ejetor. Aproveitando-se a clara e compacta descricio constante da mesma obra citada, pode-se apresenlar (© funcionamento de um ejetor pneumitico da for- ma que se segue: “Um ejetor consiste, essencialmen- te, de um tanque fechado, para o interior do qual (0 esgdto fui, por gravidade, até atingir um determi nado nivel. Em seguida, pela ago de um flutuador ‘ou de outro dispositive de contréle, ar € admitido no interior do tangue, através de valvulas especiai ou diretamente de um compressor, em quantidade © pressio suficiente para promover a descarga do It auido, ry ‘A valvula de retengio instalada no conduto de entrada do ejetor impede que o esgéto saia do tan- ‘que, a nio ser através da valvuls de retenglo insta- Jada. no conduto de saida, a qual se destina a evitar © retémo do esg6to recalcado. O ar sob pressio vai deslocando o esgéto, volumetricamente, até que (© atingimento do nivel minimo do esgoto, estabele- ido pela limitagio do percurso do flutuador ou por outro dispositivo de contrdle, provoque a interrup- go da entrada de at”. Ainda da mesma fonte retiaramse as seguintes recomendagées informes técnicos: “£ recomendével que os ejetores sejam instala- dos em duplicata, a fim de assegurar que 0 servigo néo se interrompa no caso de falha mecfinica de uma unidade ¢/ ou durante os periodos em que se toma necessirio remover © equipamento para repa- os, manutengio ou limpeza, A seguinte férmola empfrica fornece a quantidade de ar requerida para operar um ejetor: Qn +3) v= 250 onde V € 0 volume de ar livre requerido, em pés ciibicos por minuto, H é a altura total de elevagio, em pés, © Q é a descarga de esgdto, em gales por ‘minuto, A fim de permitir a expansio do ar no respectivo tangue de armazenamento, & medida que 0 esgoto for sendo deslocado, a capacidade do tan- que © as caracteristicas dos compressores seleciona- dos devem ser adequadas 20 provimento do volume de ar necessario, a uma pressio pelo menos 40% mais alla que 2 exigida para a elevacio do esg6to até a méxima altura considerada”. ‘A ILUSTRACAO 6-4 apresenta um ejetor a ‘ar comprimido -— fabricagéo Yeomans Bros. Co. facilitando a compreensio do seu funcionamento, ha pouco deserito (2). 6.3. Parafuso hidrinlico de Arquimedes: As bombas tipo “parafuso hidréulico de Arqui- medes” estiveram por muito tempo esquecidas, mas, ditimamente, seu uso esté se tornando cada vez mais comum na elevagio de Jiquidos a pequenas alturas. No caso de aguas servidas, pelo fato de dispensa- rem qualquer condicionamento prévio, tais bombas ‘vém sendo consideradas como a melhor solugo para infimeros problemas de elevagtio de esgotos. Constam, essencialmente, de um parafuso cilin- rico, de maiores ou menores proporgées, montado no interior de uma calba inclinada; os extremos do cixo do parafuso apsiam-se em mancais ¢ um mo- tor situado préximo extremidade mais clevada € REVISTA D.A.E. EJETOR A AR COMPRIMIDO ILUSTRACAO 6-4 REVISTA D.AE empregado para comunicar a0 eixo do parafuso um movimento de rotago conveniente. © liquido a ser bombeado chega ao extremo in- ferior do parafuso através do conduto afluente, ¢ as pas do parafuso impulsionam as particulas liquidas, a0 longo da calha, até 0 extremo superior, de onde parte © conduto efluente, Julgou-se conveniente, tende em vista o grande interésse atualmente despertado pelas bombas déste ‘ipo, apresentar, sob a forma de anexos, informa- ‘ees © elementos técnicos provenientes de trés fon- tes altamente credenciadas, a saber: — 0 ANEXO [, ja anteriormente citado, apre- senta dados ¢ ilustragdes transcritos do re- nomado Curso de Engenharia Hidrdulica do DELFT, na Holanda. ~~ 0 ANEXO III exibe dados ¢ ilustragées da firma fabricante “J. CONRAD STENGE- LIN”, da Alemanha, gragas & cortesia de seus representantes exclusivos para o Brasil, a firma “FILSAN PROJETOS B EQUIPA- MENTOS HIDRAULICOS LTDA", de Sio Paulo, SP. —o ANEXO 1V apresenta uma ilustragdo e dados relativos As bombas do tipo em foco, fabricadas pela “SPAANS”, da Holanda, 7. CASA DE BOMBAS: ‘A “casa de bombas", ou “climara séca", ow “poco séco” (‘dry well”) de uma estagio elevatéria de esgotos € © compartimento no qual se instalam as bombas destinadas & elevago que se faz necess ria, Nos casos em que bombas e motores se acham ‘no mesmo compartimento, costuma-se dar a éste, alternativamente, a denominagio de “casa de méqui nas”. Em determinados tipos de elevat6rias, as boms- bas sto instaladas no interior do préptio pogo de suegiio, como jé mencionado anteriormente (bombas submersas ¢ conjuntos-motor bombas submersos) ine- Xistindo entio, uma “casa de bombas” na acepeio usual do térmo, ‘As dimensées da “easa de bombas” dependem, basicamente, do némero ¢ do tipo das bombas a se- rem instaladas. Os conjuntos motor-bomba de eixo vertical exigem casas de bombas de menor area, além da vantagem de permitirem qu2 os motores € outros equipamentos elétricos sejam colocados em 1o- ceais situados acima do nivel de possiveis imundagdes. Como ja citado anteriormente, a pratica mais aceita € a de se construir 2 casa de bombas sufi- cientemente funda para que 2s bombas permanegam sempre “afogadas", qualquer que seja 0 nivel do esgdto no pogo de succio, ‘As casas de bombas devem ser adequadament2 iluminadas e ventiladas, Espacos suficientes ao redor de cada bomba dos demais equipamentos devem ser assegurados para faciiltar a circula¢do e, particularmente, a ope Tagio e a manutengio. Escadas regulares, providas de corrimdes, devem ser preferidas as escadas do tipa “de mio" ou “de marinheiro”, podendo ser uusadas escadas circulares, onde © espaco for muito limitado. ‘A forma geral e as dimensdes das casas de bombas devem ser estudadas de modo a atenderem as recomendagées constantss déste item, nfo se pa- dendo esquecer, entretanto, qu: elas devem ser, na extensio possivel, adequadas, do ponto de vista es {trutural © econdmicas, quanto 20 aspecto da cons- trugao. Embora as estruturas retangulares sejam dese- jveis, em principio, gragas a0 maior rendimento & maior facilidade que apresentam, no que se refere & utilizagéo do espago horizontal, estruturas cilindri- cas tipo “caixio” podem ser mais econémicas no caso de profundidades apreciaveis, em precirias con- digées de fundagio ¢ quando os esforgos horizontais slo da mesma ordem de grandeza dos verticais. 8. POCO DE RECUPERACAO: © “poco de recepsio”, “de suegio”, “de acumu- lagio", ou “pogo molhado” de uma estagio clevats- ria de esgotos é antes de mais nada, uma estrutura dz transigho que recebe as contribuigées de um ov. mais condutos afluentes, livres ou forgados, ¢ as co loca & disposi¢io das unidades de recalque. Entretanto, como se verificaré no item seguin- le, © pogo de recepgio poderd ser dimensionado, sempre que for julgado conveniente, para funcionar como um verdadeiro acomodador ou ajustador entre as vazbes afluentes © as de recalque, a fim de tor- ac minima a vatiagéo das condigées de funciona. mento das bombas instaladas na elevatéria. Tal procedimento simplifica, extraordinariamente, 0 pro- blema que consiste em se procurar estabelecer nimero adequado de bombas e as caracteristicas necessérias de cada uma delas, com o objetivo de permitir 0 acompanhamento, tio préximo quanto possivel, da curva de variagio da vazio afluente, 36 que agio regularizadora do poco, assim con- cebido, tende a uniformizar essa vazio, a0 longo do dia, em t6mo de sen valor médio. Considerando-se as dificuldadesinerentes & construgio de qualquer estrutura subterrinea @ le- vando-se em conta que tais dificuldades crescem com a profundidade, desejivel seria, em principio, que © pogo de recepgio de uma elevatéria fsse sempre projetado ¢ construido de modo a se ter a REVISTA DALE minima profundidade cabivel, em cada caso especi- fico, Todavia, nfio se pode perder de vista o fato cessencial de que um pogo de recepeio, conforme dito no inicio déste item, tem a finalidade precipua de receber as contribuigdes afluentes, colocando-as & disposigdo das unidades de recalque e, assim sendo, profundidade dos condutos que chegam a cleva- ‘toria ser um condicionador fatal da profundidad: minima a ser imposta a0 poco, Assim sendo, indispensavel se toma que o nivel maximo do esgéto no pogo de recepgao se situe em posigéo tal que ndo haja qualquer obsticulo ao es- coamento ,nos condutos livres afluentes, evitando-se remansos, dos quais resulta sempre o funcionamento precério da réde contribuinte, com a ocorréncia de velocidades demasiadamente baixas, que conduzem & decantagio da matéria orginica, com todos 0s seus graves inconvenientes, que envolvem, sobretudo, a progressiva redugio da seco de vazio e a produ- cdo de gases como o éeido sulfidrico, & medida que © do orginico sedimentado passa ao estado sép- tico. pois, altamente desejével, que todo conduto afluente a um pogo de tecepgio apresente, no seu extremo de jusante, a qualquer momento, condigées de escoamento do maximo rendimento hidréulico, No caso especifico de elevat6rias que recebem efluentes de estagdes de tratamento, para lhes pro- porcionar uma ditima elevagao, antes do langamen- 10, € em certos outros casos, pode acontecer que as estruturas subterrineas de tais elevatérias, inclusive seus pogos de recepeio, se situem a pequenas pro- fundidades; excepcionalmente, até mesmo pode ocor- ter a desnecessidade de estruturas subterraneas, em virtude dos efluentes chegarem em niveis superiores a0 do terreno. Paredes verticais que possam ser atingidas em todos os seus pontos devem ser adotadas a fim de facilitar a limpeza e limitar a um mfnimo a possi- bilidade de depésitos provenientes’ da eventual de- cantago de uma parte dos slides carreados pelos esgotos. Sempre que ¢ onde for praticével, 0 fundo do poco deve ter uma inclinagio minima de 45° (quatenta © cinco graus) n0 sentido das bocas de sucgio das bombas, a fim de reduzir, na medida do possivel, a estagnagio das matérias sélidas que se tendem a depositar, © facilitar © arrastamento des- tas, quando as bombas esvaziarem completamente 0 poco, A experigncia tem demonstrado que um minimo de estagnagiio se verifica, quando a declividade & de 1,75 vertical para 1,00 horizontal, Dentro desta nha de preocupacdes, portanto, devem ser cvitados, na extensao vidvel, quaisquer fundos chatos, bem como espagos mortos, nos quais o liquido tenda a pérmanecer estacionério. REVISTA DALE. © poco dz recepgio deve ser dividido em dois ou mais compartimentos que possam set usados multinea ou separadamente, a fim de evitar a paralisagio total da elevat6ria, por ocasio das lim- pezas periédicas indispensiveis, no pogo, ou quando se tomarem necessérios servigos de limpeza, reparo ow manutengio, no trecho de suogio de qualquer das bombas. © néimero minimo de compartimentos do pogo deverd ser de 2 (dois) € 0 nimero maximo corresponderé. & construcin de um compartimento isolado para cada bombs, E indispensivel que se prevejam t6das as faci- Hidades para acesso, inspegio, limpeza, iluminagio ¢ ventilagiio do pogo. Recomenda-se, vigorosamente, que os acessos 20 pogo de recepcdo sejam sempre localizados fora da casa de bombas ¢ de outros compartimentos da ele- vat6ria, a fim de evitar a invasio dos mesmos pelos gases de esg6to que emanam do pogo, em maior ou menor proporeao, conforme as condicdes especificas de cada caso, Quanto & forma geral ¢ as dimensdes dos po- gos de recepsio, devem elas satisfazer as recomen- dagées tanto déste item como 3s do seguinte, apli- cando-se-hes, outrossim, as observacdes constantes do final do item 7, referentes as casas de bombas, no que concerne aos aspectos estrutural ¢ econémico, inclusive quanto ao eventual uso de estruturas cilin- Aricas tipo “caixo”, DIMENSIONAMENTO DO POCO DE SUCCAO E SELECAO DAS UNIDADES DE RECALQUE As contribuigdes de esgotos sanitérios que che- gam a uma estagdo clevatéria de esgotos variam, Obviamente, em quantidade, durante as 24 horas do dia, segundo uma curva que é usualmente conhecida como “curva de variagio honiria da vazio de esgo- tos” no ponto considerado. J4 se viv, anteriormente, que, para pequenas bacias contribuintes, a variagio hordria da vazio afluente € considerdvel, mas, 8 medida que aumen- fa a area da bacia e crescem de vulto os respectivos coletores troncos, interceptores ¢ emissérios, tem Iu. gar uma redugao sensivel e progressiva nessa varia- io, um verdadeiro “emaciamento” ou “achatamen- 10” dos “peaks”, enfim, estabelece-se uma faixa mais estreita de valres, em térno da vazio média ao longo do dia. Esse efeito, conforms também jé antes explica- do, nasce da grand: capacidade de armazenamento do sistema afluente, 0 qual funciona, por isso mes- mo, como se fdsse um reservatério de regularizacio de descargas. Entretanto, foi dada énfase, outros: 6 sim, para o fato de que tal fendmeno s6 ocorre quando a réde apresenta funcionamento. normal, in- teiramente dentro de sua capacidade de projeto sem qualquer sobrecarga, Determinados fatdres podem, eventualmente, ‘afetar de forma substancial a curva de que se tra- ta, como por exemplo: — tal curva varia, entre certos limites, confor- me o dia da semana considerado, bem como em fungio das estagdes do ano; — @ cxisténcia ou néo de “populacées flutuan- tes” na regio em estudo poderi alterar de- cisivamente o diagrama de vaz — mesmo num sistema separador absoluto, a vaziio afluente a uma estacio elevatéria de esgotos sanitérios sofre acréscimos sensiveis, Por ocasiao das chuvas, mercé da infiltra- do e das figagGes clandestinas, ambas, in- felizmente, inevitiveis na prética; tais contri- duigdes adicionais assumem, por vézes, pro- porgdes extarordinérias, Considerando-se uma dada estagdo elevatéria € sua respectiva bacia contribuinte, & imprescindivel que, preliminarmente, se procure realizar téda sorte de estudos, investigagies, pesquisas ¢ anSlises, capa- ues de dar uma idéia, tio aproximada quanto pos- sivel, da conformacio da correspondente curva de Varisgio heriria da vazio, nas condigées que pos- sam ser consideradas mais representativas, levadas em conta as situagdes mais desfavoriveis. Anslises comparativas criteriosas, prudentes e bem fundamen- tadas, com bacias devidamente controladas ¢ real- mente semelhantes fquelas em exame, poderio cons- tituir uma das melhores maneiras de se atingir a meta referida. Admitindo-se que tenha sido, afinal, obtida uma curva que se aproxime, suficientemente, da realida- de, e supondo-se que ela indique uma aprecidvel va- Hiagiio da descarga, no decorrer das 24 horas do dia, duas formas extremas existem de se encarar 0 pro- blema: — a primeira consiste em se procurar unifor- mizar a vazio hordria, fazendo-a tender Para seu valor médio, através do dimensio- namento do pogo de recepsiio, de modo tal, que éle possa funcionar como um rescrva- t6rio de regularizag3o da vazio afluente; — 8 segunda traduzse na selecio adequada dos conjuntos motor-bomba, em térmos de niimero, tipo capacidad: © flexibilidad: de funcionamento, de modo a permiti vel acompanhamento da curva de v: vaio afluente dentro de faixas de rendi- mento satisfatério. 7 A adogio da primeira alternativa simplificaria, extraordinariamente, a tarefa, freqientemente dificil © complexa, da selecio conveniente dos conjuntos motor-bomba de uma elevatéria, dada a ponderével luniformidade que destatte seria oblida para a va- x30 a ser recaleada durante todas as horas do dia ‘ou da noite. Entre as duas formas extremas, hé, evidente- mente, diversas manciras intermedidrias de se abor- dar o problema da inter-relacio entre vazdes afluen- te © descargas recalcadas, procurando-se obter so- lugSes satisfatérias, sob os pontos de vista técnico © econdmico, dada énfase acs aspectos sanitirios envolvidos. B interessante observar que, nos casos de ser muito grande a capacidade de regularizagio do sis- tema afluente, ou quando sio utilizadas bombas ca- pazes de se ajustarem, sem maiores problemas ¢ com razoével eficiéncia, & curva de variagio da va- 20 afluente, 0 pogo de recepgio pode ser reduzido a um simples canal de distribuigio do esgato as di- ‘Yersas bombas instaladas, Deve, contudo, ser feito, para cada caso, um criterioso balanceamento técni- co-econdmico, sempre destacados os aspectos sani- trios, a fim de se determinar a melhor solucio, Aanilise do problema tem demonstrado que, freqientemente, a solugio mais indicada consiste na instalag%o de conjuntos motor-bomba selecionades de forma a propiciar o fécil acompanhamento da cur- va de variagéo da vazio afluente, daf resultando um pogo de recepgio de reduzidas dimensées. Assim sendo, julga-se conveniente expor, a se- guir, uma série de consideragées, intimamente liga das ao assunto em foco, tentando-se definir as mii- twas implicagées que existem entre as dimensées do pogo de recepgio © as caracteristicas de funciona- mento das unidades de recalque. Tais consideragdes serio desenvolvidas com apoio principal nos “Ma- nuals of Practice” N° 8 © N° 9, da WPCF. Do dimensionamento do pogo de recepgiio ¢ da selegio das unidades de recalque, vio depender Jar- gamente: — 0 tempo durante 0 qual o esg6to serd roti do na elevatéria; — a freaiigneia de operagio dos conjuntos mo- tor-bomba; —a eficiéncia do tratamento, no caso em que a clevatéria em estudo se destine a bom- bear 0 esg6to na cabeceira, no extremo de jusante ou em qualquer ponto intermedidric de uma estagio de tratamento, Embora sob os pontos de vista elétrica © me- cinico seja aconselhavel que os conjuntos motor REVISTA DALE -bomba operem sempre durante perfodos mais ou menos longos, evitando-se fregiientes partidas e pa- radas dos mesmos, & preciso atentar-s3 para 0 fato de que a consecugio de tal objetive no deve im. plicar numa retencdo excessiva do esgéto, em de- corréncia das dimensGes considerdveis que se teria, talvez, de impor ao poco de recepgio, para garan- tir as condigdes de funcionamento mencionadas. Realmente, uma permanéncia demasiada, no po- G0 de sucgio, poderd tornar séptico 0 esgéto, dai resultando todo um cortejo de condigdes indesejé- veis, com violento desprendimento de gases fétidos ¢ favorecimento da corroso quimica das estruturas expostas ao ataque dos agentes agressivos que ca- racterizam a fase de anaerobiose. Por isso mesmo, a forma, bem como as dimensbes do poco € 0 tes- peetivo tempo de detengao devem ser tais que a deposigio de sélidos se reduza a um minimo ¢ que o esg6to no atinja 0 estado séptico. No caso de uma estagio de tratamento, ¢ de extrema importincia garantir-se uma sensivet unifor- midade da vardo total da elevatéria, durante todo 0 dia ov, pelo menos, evitarem-se, a0 méximo, va- riag6es bruseas da vazio, a qualquer momento, sob pena de ocorrerem perturbagdes mais ou menos se- veras do funcionamento das unidades de tratamento, especialmente daquelas de sedimentagio ou de neta $40, com inevitavel redugio da eficigncia global. Embora a maior parte dos critérios de estabc~ Tecimento do tempo adequado de detengéo sejam baseados na vazio afluente média, é fundamental € decisivo © papel dos valores méximos ¢ mfnimos da vazio afluente, no dimensionamento do pogo de recepcao. Para elevat6rias que nfo sejam de grande por- te, uma solugdo simples ¢ bastante satisfatéria con- iste em dimensionar-se 0 pogo molhiado de modo que, para qualquer combinagio de vazdo afluente € descarga recalcada, 0 ciclo de operagio de cada ‘bomba nio tenha duracdo inferior a § minutos ¢ 0 méximo tempo de retencio no pogo no exceda de 30 minutos. No caso de unidades de recalque de grande capacidade, € da méxima conveniéncia que elas sejam operadas de forma tanto quanto possivel continua, Para tanto, 0 dimensionamento do pogo de succio deve ser efetuado de modo a se asseau- rar uma perfeita coordenagio entre a selegio de cada um dos conjuntes motor-bomba ¢ a fixacio dos niveis do esg6to, no pogo, para os quais 2s bom- bas devem ser ligadas ou desligadas. Levando-se em consideragio que otientagdes jd foram dadas quanto aos critétios relativos ao niime- ro de unidades de recalque (item 5), 2 determinagio da vazio de projeto (item 4), a0 intervalo mfnis de funcionamento de cada bomba e a0 mé tempo de retencio do esgéto no pogo, as seguintes REVISTA B.A equagies, de extrema simplicidade ¢ clateza, aju- dam a raciocinar sObre a maneira de combinar 0 volume adequado para 0 poro de recepgio com a capacidade de recalque conveniente da elevatéria, mediante uma judiciosa selesio de conjuntos motor- -bomba: Vaa-d pitsaq-dta-f=a@49 onde: @ = vazio afluente (m’/s) P = vazio de recalque (m/s) f = perfodo de funcionamento do recalque (3) d= perfodo de interrupgio do recalqus (3) V = volume stil do pogo de sucgio (m’) Diversificadas so as opinides a respeito dos va: lores limites apropriados para “f" para “", elém do fato de que cada caso especifico deve ser exami- nado & Inz das circunstincias ¢ das condigées que Ihe sfo peculinres. Entretanto, acredita-se que 0 va- Jor “minimum minimorum” de $ minutos para “f" seja uniinimemente aceite, parecendo légica a adogio do periodo de 1$ minutos como minimo razodvel, Quanto a0 tempo de detengio méximo, 30 minutos afigura-se um valor aconselhdvel e prudente, embo- ra alguns autores, especialmente em determinados casos, estendam tal limite até 4 horas, ¢ mesmo mais, © que conduzitia 0 esg6to, quase que fatal- mente, salvo condigdes muito especiais, a0 estado séptico, com todos seus notérios inconvenientes. Claro esté gue “a” © “£" devem ser verificados ara as condigées de vazio minima prevista, j& que, das formulas ha pouco apresentadas, pode-se-tirar: v d=— 4 acd f£=——_ P-a na relagio (1), fixando-se 0 valor de ga minima conduzité a0 “daw”, OW seja, a0 limite superior estabelecido; qualquer vazio superior leva- 16 a perfodos de interrupcio do recalque ¢, portan- to, a tempos de detencio, inferiores a0 teto fixado; na relaco (2), fixados, por hipdtese, “d” ¢ “PY, a vari mfnima conduziré a0 “faix", ot seja, 20 Timi- te inferior do periodo de funcionamento do recal- ‘que; qualquer vazio superior conduziré a periodos de funcionamento superiores 20 minimo fixado. Uma forma mais apurada de se proceder 20 Gimensionamento do pogo de bombas € aquela que n se baseia no tragado do diagrama de massas da vazio afiuente, durante 0 dia mais desfavordvel, procuran- do-se, a seguir, por tentativas, ensaiar combinagées de volumes de poco ¢ capacidades de recalque sébre a curva de volumes acumulados da vazio horétia, de modo de funcionamento razodveis para as bombas, sem partidas © paradas demasiadamente freqlientes. Babbit ¢ Baumann (3) apresentam um exemplo ilus- trado, referente a uma determinada elevatéria, para a qual se supdem conbecidos diagrama de massas da vazo afluente, 0 volume do pogo de recepclo & © néimero ¢ a capacidade das bombas. A cuidadosa andlise do funcionamento da elevatéria durante as 24 horas do dia, com as observagdes relativas a0 estado do pogo de recepeiio, ora cheio, ora vazio, 64 uma nitida idéin do problema e da inter-relagio entre © dimensionamento do pogo e a selecio das unidades de recalque. O ANEXO V transcreve, mantidas a3 unidades originats, 0 texto ¢ a figura eferentes ao exemplo de que se trata. Como se verifica diante de tudo que foi expos- to até agora, no presente item, assaz delicados, com- plexos € variaveis sto os problemas, intimaments ligados entre si, do dimensionamento do pogo de recepedo € da selecio das unidades de recalque de uma elevatéria, do ponto de vista das vaz6es envol- vidas e suas variagdes. A experiéncia pessoal do projetista no trato de assuntos dessa natureza constituiré fator decisive no acérto di solugio escothida. Todavia, mesmo chegando-se a uma conclusfo que possa ser considerada feliz, no estudo do yolu- me adequado do pogo, bem como do niimero e da capacidade das bombas, estas teriam definidos, quan- do muito, apenas dois de seus aspectos: — descarga aproximada de cada conjunto’ mo- tor-bomba; — conveniéncia ou nao de serem instalados conjuntos de velocidade de rotagdo variavel De absoluta necessidade seré determinar, com aproximagao satisfat6ria, as alturas manométricas correspondentes a cada unidade, para as. diversas condigdes de functonamento. Imprescindivel se faz uma anilise euidadosa das diversas condigées de operagio da clevatéria, procurando-se determinar as perdas de carga ori nadss em todo o sistema para as principais situagées de vazio de recalque de cada bomba funcionando isotedamente, de duas ou mais fancionando em pa- ralelo, ete. A discussio do assunto, procedida a seguir, se- ra caleada nos “Manual of Pratice”,n.%s. 8 ¢ 9 da PCF, A escolha criteriosa, que se tem em mira, do miimeroe das caracteristicas das bombas a serem n instaladas, pode ser considerada como um dos mais relevantes tépicos do projeto de uma elevatéria, pro- yavelmente 0 de maior responsabilidade depois da determinacio da vazio de projeto. As diversas com- binagdes possiveis de bombas ¢ respectives motores precisam ser analisadas e balanceadas diante dos miiltiplos aspectos envolvides, como sejam: custo inicial das estruturas e dos equipamentos, flexibili dade © economia de operaco € manutengio e ex géncias dos processos de tratamento, quando fér 0 caso. No decorrer de tal anilise, devem ser desen- volvidas consideragées sSbre 0 uso de motores de Velocidade constante ou variével ¢ sobre a utiliza- G0 de conjuntos motor-bomba de” eixo horizontal ou vertical. A primeira observagiio a ser feita, da mais alta importincia €-a de que as bombas de uma estacio elevatéria devem ser selecionadas entre aquelas que ‘apresentem curvas caracteristicas “altura de eleva- ‘so-vazio” capazes de cobrirem, na extensio poss! vel, em condigdes de funcionamento aceitaveis, inclu- fe quanto a0 rendimento, t6da a faixa de funcio- namento da elevatéria. EB geralmente necessério efetuar algumas esti- mativas preliminares referentes aos didimetros das, canalizagGes, bem como ao niimero ¢ a espécie das ‘conexdes ¢ pecas especiais, a fim de tornar possivel 2 construgtio da “curva de altura de elevagio do sis- tema”. Os didmetros podem ser estimados com aproximagio razodvel, em fungio das velocidades recomendaveis para 0s diversos casos. especiticos, sendo que o didmetro da linha de recalque deve so- frer, normalmente, uma anilise téenico-econémica, da maneira que seri indicada em outro item, mais adiante. Quanto ao niimero ¢ A espécie das cone- xGes © pecas especiais, so determinados através da observagao do esquema (“layout”) elaborado para a elevatéria, As estimativas feitas podem sofrer revi- ses ¢ reformulagdes durante 0 processo de selecio das bombas. Um aspecto de extrema importincia ¢ que, mui- tas vézes, € subestimado, aparece no caso de Tongas inhas de recalque, quando, freqiientemente, a varia- sdo de nivel de esg6to no poco, a altura estitica de elevagio € as perdas de carga normais ¢ acidentais no interior da elevatéria so, tdas elas, de impor- tincia secundaria, diante da perda de carga total por atrito, a0 longo da canalizagio de recalque. Mesmo quando conferido 0 destaque que, dz Lto, merece tal aspecto, permanece ainda a divida nascida das controvérsias que até agora se desenvol- vem a respeito. A esséacia do problema em pauta reside no fato notério de que 0 coeficiente de escoamento em uma canalizagio varia nfo s6 com a natureza das paredes internas do conduto, mas também com as REVISTA DAE. modificagSes advindas na superficie das mesmas, com © correr do tempo. No caso das linhas de te- calque de esgotos sanitarios, certos autores esposam ¢ defendem a teoria da formagio de uma pelicula, apés determinado periodo, sdbre a superticie das pa- reds internas do conduto, em decorréncia das pré- prias matérias contidas nos esgotos, dando lugar a condigées uniformes e permanentes de atrito gera- dor de perdas de carga, qualquer que seja o material do conduto, Dentro déste ponto de vista, dois valéres prin- cipais hd a considerar, no que se refere ao céleulo da perda de carga total na linha de recalque, para as diferentes vazbes da elevatéria: — um valor inicial do coeficiente de escoamen- to, caracterfstico do material e do acaba- mento interno das paredes do conduto; — um valor permanente do cocficient> de es- coamento, a paftir da implantacio da peli- cula hé pouco mencionada. Entretanto, mesmo aceita a teoria exposta, mi to discussio e incerteza ainda existe com relacio a importantes aspectos, como sejam: — valor do coeficiente de escoamento, apés implamada a pelicula; — tempo nacessirio & implantagio da pelicula. As opinides variam e, enquanto alguns estudi 0s indieam para Ci (coeficiznte de escoamento da formula de Hazen-Williams) 0 valor 120, outros pte- conizam valéres entre 90 © 100. De qualquer forma, hé a destacar 0 fato in- conteste de que, no inicio do funcionamento da ele- vatéria, haveré uma certa perda de carga total, por atrito, a0 longo de uma linha de recalque nova, ca~ racterizada por um determinado Cami; a0 cabo de tum determinado tempo de uso, ter-se-4 um coefi- ciente de escoamento Ciw:, Constante ou niio, con- forme a hipétese admitida, mas, de qualquer forma, Provavelmente inferior ao inicial. Sendo a perda de carga total ao longo da linha de recalque uma componente da altura total de ele- vagdo da estagio ¢, conforme se mencionou, cons- tituindo, freqientemente, uma parcela decisiva desta Ultima, € absolutamente imprescindivel levar-se em considerago a mencionada variagio do Cay em funglio do tempo, j4 que as bombas deverio enfren- tar situagées diversas, com alturas manométticas to- talmente diferentes. Mister se faz, portanto, tentar conhecer, tanto quanto possivel, os valores das per- das de carga ¢ suas influéncias sobre o funciona- mento das bombas, para as duas situagdes extremas, & considerar: — Coeficiente de escoamento inicial, ou més mo; REVISTA DAE. —- coeficiente de escoamento permanente, ou minimo, A melhor maneira de s¢ conseguir tal intento consiste em, preliminarmente, consteuirse a eurva de altura de elevacio — vazio do sistema”, para t6- Ga a gama de vazies da elevatéria, Tal curva, co- mumente conhecida como “curva de altura de eleva- so do sistema” (“systemhead curve") & obtida lan- gando-se, num sistema de eixos cartesianos retangu- Tares, em abcissas as vaz0es e em ordenadas as so- mas das alturas estéticas de elevacdo com as perdas do carga 20 longo das canalizacdes, conexos e pecas especiais do sistema (perdas normais ou por atrito + perdas localizadas ou acidentais), correspondentes is diversas vaz6es consideradas. Tendo em vista q © nivel do esg6to no pogo de sucgio esti sujeito a variagGes por vézes aprecidveis, & aconselhivel cons- truiremse as curvas do sistema para as duas situa ges extremas, isto é, para o nivel maximo ¢ para © nivel mfnimo no pogo; esta observagio tem espe- cial importincia nos casos em que a altura estitica de elevagio nfo é muito grande ¢ a linha de recal- que € curta, nfo dando margem a avultadas perdas por atrito; & medida que a altura estitica de eleva- gio eresee ¢/ou a linha de recalque apresenta exten~ so mais ou menos consideravel, a variagio do nivel no pogo vai perdendo sua importincia, podendo, mesmo no ser copsiderada digna de cémputo, Apenas as perdas verificadas nas partes do sis- tema de canalizagdes, conexdes © pecas especiais co muns a todas as bombas so normalmente levadas em conta para a obtenclo das “eurvas de altura de elevagio do sistema”. As perdas de carga normais © acidentais entre 0 pogo de sucgio ¢ a entrada de ca- da bomba e entre a stida desta e 0 barrilete sio, usualmente, subtraidas da “curva altura de elevagiio -vazio da bomba considerada”, Tal subtragio dé Iv- gar a uma “curva altura de elevacio- vazi0 modifi- ‘cada da bomba”, a partir da qual 0s diversos pontos de operagio podem ser facilmente determinados. Os’ coeficientes necessdrios A estimativa das per- das no sistema de canalizagdes, conexdes ¢ pocas ¢s- peciais podem ser facilmente encontrados nos ma- nuais especializados, No caso, ora em anélise, de longas linhas de re- calque, as “curvas de altura de elevagio do sistema” (ou, simplesmente, “curvas do sistema”) devem ser desenvolvidas de forma a apresentarem as méximas € minimas perdas de carga por atrito possiveis, a se- rem estimadas para aquelas linhas, durante o tempo de vida til das unidades de recalque. Como jé se referiu, as perdas de carga 20 lon- g0 dos trechos de sucgiio e descarga privatives de ca- da bomba nio devem ser incluidas nas “curvas de al- tura de elevagio-vaziio do sistema”, sendo muito mais interessante deduzir tais perdas da “curva caracteris- a fica”(‘curva altura de elevacio-vnasio”) rtspectiva da bomba considerada, a fim de se obter uma ima- gem Teal da capacidade de vazdo de uma operacio méltipla, cnvolvendo duas ou mais bombas. Esta dedugio dé origem a uma “curva caracteristien mo- dificada da bomba”, que corresponde & sua vazio junto ao barrilete, A vazio do bartilete correspon- dente a uma operagio miltipla de bombas ¢ obtida somando-se as varies para pontos de igual altura de elevacio, com base nas indicagGes das “curvas caracteristicas, modificadas”. ‘A ILUSTRAGAO 9-1 apresenta um conjunto \ipico de “curvas do sistema”, juntamente com “eur- ‘yas caracteristicas” individuais representativas das ‘bombas, “curvas caracceristicas modificadas” ¢ “cur- ‘vas caracteristicas modificadas combinadas”, indican- do operagéo miiltipla das bombas. A intersecio das “curvas caracteristicas modificadas” © das “curvas carncterfsticas modificadas combinadas” com as “cur- yas de altura de elevagio-vario do sistema” indica fa vario de recalque total da clevatéria para as di versas condigées de operacao, A mesma figura apre- senta quatro “curvas do sistema”, sndo duas corres- pondentes aos niveis maximo ¢ minimo do esg6to n> pogo de recepsio, admitindo Cr = 100, as duas outras referindo-se, também, aos niveis maximo > ‘minimo no pogo, mas para um valor Cxw = 140. ‘Tais valores de Ci podem ser habitualmente con- siderados como os limites extremos a serem levados fem conta para linhas de recalque de esgotos sani- térios. E de boa norma selecionar bombas que permi- tam atender vazio total exigida da clevatoria pa- ra as condigées de maxima altara de elevagio a ser esperada. Entretamto, nfo se deve esperar, de for- ma alguma, que isto ocorra nas condigdes de méxi- mo rendimento, As bombas devem ser escolhidas de forma a apresentarem sua maxima eficiéncia nas condigdes médias de operasio. No caso da figura em exame, admitindo-se que 2 vazio total da cleva- t6ria deva ser obtida mediante a operagiio simult- nea das bombas n.%s 1, 2 ¢ 3, funcionando em pa- ralelo, a altura total de elevacio requerida no bar- rilete de descarga da estagio seri aproximadamente de 51 pés (~ 15,5 m), com nivel méximo no pogo de recepeHo € Cw = 100 para a linha de recalque. Se tal ponto for projetado horizontalmente até as “curva caracteristicas modificadas” individuais das bombas ¢, em seguida, verticalmente, até as “curvas caricteristicas” individuals das bombas, a altura de elevaco exigida para as bombas n.°s 1 2 sera de 54 pés (~ 16,5 m); para a bomba n.° 3 seré de apro- ximadamente $7 pés (~ 17,4 m). A diferenga entre a altura de elevagio exigida no barrilete de descarga ¢ a requerida para cada bomba, corresponde & perda de carga total nos tre- ™ chos de sucgiio ¢ descarga de cada uma, respectiva- mente. ‘A figura também indica a altura de elevagio mfnima em que cada bomba iri opcrar. No caso das bombas n.°s 1 e 2, a altura de clevagio minima serd de aproximadamente 41 pés (~ 12,5 m) para a bomba n° 3 seré de aproximadamente 42 pés (~ 12,8 m). Estas alturas de elevagio minimas sio impor- tantes e devem ser fornecidas aos fabricantes das bombas, j4 que éles geralmente determinarfio a ma xima “poténcia ao freio” (ou “poténcia no’ eixo”) re- ‘quetida para © acionamento da bomba ¢ a méxima velocidade na qual a bomba pode funcionar sem cavitagio, No momento de se adquirirem bombas, deve ser fornecida ao fabricante do equipamento d= recalque a altura de elevacio minima sob a qual o equipamento deve operar, de modo que possa ser escolhido 0 equipamento adequado. B preciso ter em mente que a vazio de uma bomba centrifuga € uma varidvel que dependeré da altura total de elevagao sob a qual ela opera, Quan- do se diz que uma dada bomba apresenta uma certa vario, esta vaziio referese exclusivamente a um ponto da “curva caracteristiea” ¢ variara em fungio das condigdes reais da altura de elevasio. © tamanho de uma bomba é usualmente rsfe- rido pelo diametro do orificio de saida da bomba, Bsse tamanho variarf, de fabricante para fabricante, diante de um mesmo conjunto de caracteristicas da bombs. Convém limitar a um minimo de 100 mm (© diémetro de saida das bombas de esgotos, mesmo para pequenas instalagdes, nfo devendo ser esqueci- da a recomendagdo de que uma esfera de 0,06 m (2 1/2") de didmetro deve poder transitar livremen- te pelo interior da bomba, Estas consideragies so de alta importincia para evitar obstrugdes. Concluindo éste item, € importante insistir, mais uma vez, no fato de que devem ser evitadas veloci- dades de rotagio elevadas para as bombas que se destinam ao recalque de esgotos, em viriude da pro- pria natureza do liquido bombeado, o qual, frealien- temente, contém materiais abrasives, sobretudo arcia. 10. MOTORES: Deis tipos de motores so, basicamente, dos em estagdes elevatérias de esgotos: — motores elétricos — motores de combustio interna ‘A simplicidade, @ confianga, a flexibilidade ¢ 0 baixo custo dos motores elétricos, bem como 0 custo relativamente baixo da energia elétrica, usual- REVISTA D.AE. CURVAS CARACTERISTICAS DAS BOMBAS E CURVAS DO SISTEMA 100 e sp cape cuir mpl PY ° T000 2000, 3000 4000 ‘3000 S000 VAZAO DE RECALOUE EM GALOES POR MINUTO ILUSTRACAO 9-1 OBS: A figura acima foi copiada da fl. 267 do “Manual of Practice” n° 9, da Water Polfution Control Federation REVISTA DAE s mente dispontvel nos Jocais em que se necessita im- plantar uma estaglo elevatéria de esgotos, fazem, dos mesmos, 0 tipo mais largamente usado e, fre- ailentements, 0 mais econdmico para © acionamento das bombas de uma elevatéria Enttetanto, no caso de elevatérias integrantes de uma estacdo de tratamento de esgotos, na qual se realiza a coleta do gés proveniente dos digesto- res, poderé ser vantajosa a instalag#o de motores de combustéo interna, utilizando “gas de esgoto", para ‘© acionamento das bombas, tudo dependendo de um judicioso estudo comparativo téenico-econdmico. Muitas vézes, 0s motores de combustio interna w lizados para tal finalidade so do tipo “duo fuel", ou seja, padem funcionar com dois combustiveis di- ferentes, um dos quais o “gis de esg6to”, o outro podendo ser élzo dissel. So quatro os grupos gerais de motores elétri- cos usados em bombas de esgotos: — motores de velocidade constante; — motores de mais de uma velocidac — motores de velocidade varidvel ou ajustével; — combinagées de motores de velocidade cons- tante, com transmissies variévei Embora os trés tltimos grupos permitam uma facilidade maior no acompanhamento da curva de variagio da vazio dos esgotos afluentes & elevaté- Tia, os motores dz vclocidade constante silo os mais largamente usados, pelas suas caracteristicas de custo mais baixo, major facilidade de manuten¢io e maior seguranga de funcionamento. A selegdo do motor adequado a uma dada bom- ba basela-se, essencialmente, nos seguintes aspectos: — anise das caracterfsticas de “torque” das bombus, sob tédas as condigdes de operagio; — andlise do custo combinado do equipamen- to, em si, € de stia operagtio; -— selegio do tipo de carcaca, da classe de iso- Jamento, dos tipos de mancais e do método de lubrificaio, it. SISTEMA DE CONTROL Conforme referido no item 1, as unidades de Tecalque de uma estagio elevatéria de esgotos po- dem ser operadas manual ou automiticamente, No caso de instalagdes de pequeno e médio porte, a ope- ragio automatica tende a ser a mais pratica © eco nomica, desde que © érgio responsivel disponha dos meios necessirios para garantir a eficiente manu- tengio dos equipamentos de contréle, 1% Entretanto, & sempre recomendivel que qual- quer equipamento de comando automético possua, 40 mesmo tempo, comandos manuais, a fim de aten- der a determinadas circunsténcias, inclusive, © sobre- tudo, a situagdes de emergéncia que impossibiliters & operagio automitica, Nas grandes elevatérias, para as quais assistén- cia continua é exigida, o contrdle pode ser exclusi- vamente manual, ou seja, acionado gracas & ini tiva direta do operador. Isto néo significa que seja dispensével uma permanente preocupaclo em tor- nar to fécil quanto possivel comando manual dos equipamentos, através da utilizacko de controle re- moto € de uma série de operagdes automatizadas, em grande parte, embora subordinadas 20 contréle = A vontade do operador presente & estagio. Assim, por exemplo, numa grande elevatéria, o operador dispde, via de regra, de contréle remoto para 0 acionamento. dos registros das linhas de des- carga das bombas; as comportas de tais registros fo, usualmente, movimentadas por motores elétricos ou por dispositivos hidréulicos e, em muitos casos, apés © operador comprimir 0 botiio de contréle que comanda a abertura da comporta de um registro, a aplicagio de energia cessa automiticamente, ao a gic a comporta o fim de seu curso; tem-se pois, no exemplo, uma operagio manual apenas em virtude da intervenigncia do operador, mas allamente meca- nizada, e mesmo parcialmente automatizada, para simplificar © tornar mais eficiente a ago do indivi- duo responsével. Na operacio estritamente automitica das el2va- torias, ou seja, naquela que se processa independen- temente da iniciativa de um operador presente, im- prescindivel se torna a instalagio de dispositivos a ossam, engenhosamente, acompanhar as condicées de funcionamento da estasio, comandando automa- ticamente 0 funcionamento ou © desligamento opor- tuno dos motores e bombas, bem como de outros equipamentos acaso envolvidos, de tal forma que seja rigorosa ¢ eficientemente cumprida 2 missi3 da clevatéria, isto & recalcar, de forma satisfatéria, a vaziio de esgotos que a ela chega. A forma mais simples e comum de se estabel: cer um vinculo entre as variagdes da vazio afluante € 0s equipamentos de contréle, de modo que éstes ‘itimos possam comandar automética © conveniente- ‘mente os conjuntos motor-bomba ¢ outros equipa- mentos auiliares, garantindo um desempenho satis- fatério das fungdes da clevatéria, consiste na utili- zagdo adequada da variagio de nivel do esg6to no pogo de recepedo. Com efcito, tal variagio de nivel € uma conszaiiéncia da variagio da vazio afluente € da descarga de recalque ¢, portanto, torna-se per- feitamente possivel, mediante a instalacdo de dispo- sitivos adequados, que funcionem sob a influénci das oscilagdes do nivel livre do esgéto no poco, REVISTA DALE, acionarem-se interruptores ou chaves, que liguem ou desliguem, nos momentos oportunos, os motores & outros equipamentos auxiliares. Os dispositivos mais comumente usados para tal finalidade so: — Contrdtes operados por flutuadores: Constam, basicamente de flutuadores ou béias, que, de preferéncia, devem funcionar no interior de tubos verticais que os prote- jam contra a turbuléncia usualmente verifi cada no pogo de recepsdo; em s2u movimen- to ascendente ou descendente, os flutuadores acionam, dircta ou indiretamente, os inter- ruptores ou chaves dz comando; estabeleci do um esquema racional de funcionamento, a clevagdo progressiva do nivel do esgdto Provocaré 0 acionamento sucessivo dos di- versos motores, € @ abaixamento do nivel dara lugar a0 desligamento, também suces. sivo, dos mesmos. Em sistemas altamente aperieigoados, pode-se assegurar uma varia. do da descarga de recalque, de forma son- Sivelmente continua, bem como é possivel estabelecer-se um rodizio automatico de fun- cionamento dos motores, com vistas a igua- Ing seu vso, na extensio vidvel, No caso da utilizagdo déste tipo de flutuadores, em esg6to bruto, indispensivel se toma adotar uma série de precaugées para eliminar ow reduzir os inconvenientes de depésitos de gordura no flutuader ou no tubo protetor, ‘0s problemas com trapos, etc. — Contrales operados pneumiticamente: Consistem de interruptores sensiveis & vari so. de presses, montados num bartilete comum, do qual um dos extremos fica mer- guthado abaixo do nivel minimo do esgéto no pogo de recepc%o; a outra extremidade do batrilete & ligada a um pequeno compressor, que injeta ar a uma pressio suficiente para causar borbuthas no extreme inferior do barrilete, A pressio do ar no barrilete i variar com @ submergéncia, a qual € fungio do nivel livre do esgéto; em conseqiléncis, ‘05 interruptores mencionados iro funcionar, igando ou desligando as unidades de recal- que ou atuando sbbre sua velocidade, Sao considerados de baixo custo, seguros ¢ de fécil_ manutencio. — Contréles operadores elétricamente: So constituidos de pares de eletrodos isola- dos, cada um déles devendo ser vineulado REVISTA DALE. a uma determinada descarga de bombea- mento. Para atender a tal finalidade, os eletrodos so dispostos no interior do pogo de sucgio, de modo tal, que o liquido entre ‘em contato com éles, em nfveis prefixados, cada eletrodo correspondendo a um dado nivel. Quando 0 contato tem lugar, fecha- se um circuito e, por meio de relés, € efe- tuada a desejada modifieagio na vario de recalgue. No caso de se utilizar 0 sistema para 0 bombeamento de esgéto bruto, os irapos, a gordura e a escuma podem per- turbar ou mesmo interromper 0 funciona- mento do sistema, o que exige continua lim- peza, a fim de garantir condigées.satisfaté- rias de trabalho. Uma excelente solugio para aliviar © problema consiste em colocar ‘3 cletrodos no interior de um tubo cheio de Agua limpa ¢ provide de uma grande “bexiga” ou “bola de encher", na extremi- dade mergulhada no esg6to, As. variagdes de pressio na “bexiga”, provocadas pela os- cilago do nivel do esg6to no péco, produ- zem variagdes correspondentes no nivel da gua contida no tubo, 0 que da lugar ao acionamento do sistema de contréle. A disposigio que se acaba de descrever po- de ser aplicada a0 caso dos contrdles ope- rados por flutuadores. © ANEXO Il apresenta um tipo de contréle essencialmente simples, baseado em interruptores de contato de merctirio; cada interruptor fica alojado no inferior de um envélucro em forma de “péra”. cuja posigéo espontinea é aquela em que sua parte mais dilatada fica voltada para baixo, situagio na qual o circuito Tigado ao contrle permanece aber- to; com a subida do nivel do esgéto no pogo, 0 em- puxo do liquide provocara a inclinagso da “péra” e, automaticamente, fecha-se © circuito que acionz 0 contréle. Outros tipos de sistema de contréle existe, li- gados a medidores de descarga (tubos Ventuti, calhas Parshall, vertedores, etc.), de tal maneira que 0 pré- prio funcionamento dos medidores, estreitamente re- Tacionados as variagdes de vazio, dé margem a0 acionamento automatico dos dispositivos de contrd- le e comando das unidades de recalque. 12. CANALIZAGOES, CONEXOES E PECAS ESPECTAIS: 12.1. MATERIAIS: © material mais empregado € ferro fundido, especialmente para grandes difimetros, trechos enter- rados, expostos 20 tempo, etc. O ago pode ser usa- n do, desde que devidamente protegido, e de prefe- réncia em trechos néo enterrados, bem como abri- gados do tempo. Nos trechos enterrados, exteriores as clevaté- rias, pode ser utilizado o cimento-amianto e, no caso de difmetros de grande porte, usa-se, freqlientemen- te, © concreto armado. 12.2, TUNTAS: Podem ser em flange, em “ponta e bélsa", ros- queadas ou de tipos especiais; as primeiras devem ser utilizadas nos casos de pegas ou canos removi- veis ¢, por isso mesmo, sio de uso generalizado no interior das clevatérias. Qualquer que seja 0 tipo, as juntas devem se rsempre © mais possivel acessi- veis, Nas canatizagies situadas fora das elevatérias, principalmente nas linhas de recalque, é freqiente © emprégo de juntas do tipo “ponta ¢ bélsa”, usan- do-se, eventualmente, juntas de tipos especiais, Ra- ramente utilizam-se juntas rosqueadas, Eventualmen- le, impée-se 0 emprégo de juntas especiais, inclusive de juntas flexiveis, dentro das estagdes, para supe- rar problema de dificuldades de montagem, evitar transmissio de csforgos indesejaveis as bombas, etc. 12.3. CANALIZAGAO DE SUCCAQ: A canalizagio de sucgio deve ser de um di metro imediatamente superior a0 da canalizaio de descarga da bomba. Devem ser obedecidas as se- guintes tecomendagdes: a) a canalizagio de suegio ters sua extremida- de de montante em forma de sino ou si lar © voltada para baixo; a béca de entra- da deverd estar situada a uma altura, em relaclo 20 fundo do pogo, igual a no mini- mo 1/3 © no méximo 1/2 do diametro da ‘mesma; b) sero adotadas tédas as precaugdes neces- sérias a evitar 0 acimulo de ar no interior da canalizagio de sucsio; ©) a velocidade do liquide nio deve exceder a 1,50 m/s; sera instalado, obrigatoriamente, um regis- tro a montante da bomba; ©) os tubos € pecas especiais deveriio apre tar juntas em flange. 12.4, CANALIZAGAQ DE RECALQUE: 0 diametro da canalizagio de recalque serd cal- culado de forma a se ter 0 custo minimo de cons- 8 trugio, operagio © conservagio do sistema de recal- que, podendo ser utilizada a formula de Bresse pa- Fa casos simples ou para um pré-dimensionamento, ‘As velocidades de escoamento resultantes deverao ser superiores a 0,60m/s € inferiores a 2,50 m/s. O diametro minimo deveré ser de 100 mm (4). De- verio ser obedecidas as seguintes recomendagées: a) as canalizagdes de recalque de uma cleva- téria de esgotos compreendem duas partes distintas: as canalizagdes dz descarga das bombas ¢ a linha de recalque; b) nas elevatérias em que ha varios grupos motor-bomba, metade déstes deverd ter ca- canalizagdes de descarga reunindo-se num Gnico barrilete (“manifold”) e a outra me- tade dos grupos deverd recalcar para um outro barrilete, reunindo-se os dois para, formar q linha de recalque geral da eleva- téria; antes dessa rcunifio, em cada um dos bartiletes sera instalado um registro, a fim de permitir isolé-lo da linha de recalque, 0 que proporciona maior flexibilidade ao fun- cionamento da estagdo; ©) @ jusante das bombas serio, obrigatdria- mente, instalados registros e, sempre que necessirio, valvulas de retengio, preceden- do 0s mesmoss 4) precaugées idémtices As indicadas para as canalizagées de sucgdo, mo que diz respei- to a0 aciimulo de at, serio adotadas nas ¢a- nalizagdes de descarga; ©) na linha de recalque deverio ser instalads vventosas nos pontos altos, bem como des- cargas, em determinados pontos baixos, f) as ligagdes entre tubos e pecas especiais das canalizagées de descarga deverio ser em flange. 13. EQUIPAMENTOS E ACESSORIOS: Néste item sero relacionados os _principais equipamentos ¢ acessdrios que, de um modo geral, devem ser instalados numa estagio clevat6ria de es- gotos, além daqueles ja especificamente abordados ‘em outros itens. Todavia, e malguns casos, foi julgade oportuno fazer novamente, uma breve referéncia a alguns equipamentos j& anteriormente mencionados. Segue-se a relagiio de equipamentos e acessbrios: a) medidores de vaztio: calha Parshall, medi- dores Venturi, vertedores, bocais, etc., com indieador instantineo, totalizador e registra- dor, REVISTA DALE. b) ° 4 2 0 ® hy dD m) a) ° ») a REVISTA DLA. positives para o isolamento da estagio sempre que possivel, descargas de emer- séncia; dispositivos para o esgotamento da casa de bombas: bombas de pogo (manuais ou elé- tricas), ligagées 20 trecho de succio das bombas, ete; medidores para 0 consumo de gua, luz, forga, gis, ete geradores elétricos ou motores no elétricos diretamente acoplados a uma ou mais das bombas, quando tal providéncia for indica das indicador de nivel no pogo: instantineo (a régua € indispensével) ou tegistrador (lini grafo); relégios; telefone: se possfvel, um da réde pablica ¢ ‘outro da réde oficial ou de comunicagio di- reta com os érgios controladores; quando {Or julgado conveniente, pode ser estabele- cido um sistema de radiocomunicagdes com vistas a situagdes de emergéncia; registros: em grandes elevatérias, os regis tros dos recalques des bombas devem ser acionados por comandos elétricos ou hidrdu- licos, devendo ser garantida, entretanto, a operagio manual dos mesmos, para casos de falha de energia normal especitica; valvulas de retengio: de preferéncia de fe- chamento lento, para evitar 0 golpe de arie- tes comportas: podem ser de acionamento ma- nual, hidréulico ou elétrico; podem ser, ou- trossim, de abertura ou fechamento auto- mitico, como no caso das do tipo “borbo- eta, para os “ladrées” ou extravasores; uma talha manual ou elétrica, instalada, de preferéncia, em ponte rolante, para coloca- do, retirada ou simples deslocamento dos equipamentos pesados; mesa ¢ painel de controle central: nas gran- des estagies, 0 comando dos equipamentos convém poder ser feito & distincia, em uma mesa de comando, com painel indicativo de t6das as caracteristicas de funcionamen- to da elevatéria; se as bombas no forem “afogadas”, deve- ré existir equipamento conveniente para a “escorva” das mesmas; méscaras contra gases, guardadas em local seguro; extintores de incéndio, 4 RECOMENDACOES GERAIS: — As estagdes elevatérias de esgostos devem apresentar aspecto agradavel, de modo a tor- né-las motivo de atragio e de simpatia para ‘© piblico, compensando, destarte, na medida do possivel, a repulsa inspirada pela propria natureza do liquido manipulado. Sempre que possivel, estario cercadas de jardins, cuida- dosamente conservados. £ imprescindivel que se cuide devidamente do conférto do pessoal que opera a elevat tanto mais que, pelo mesmo motivo, ou seja, pela espécie do material com que ésse pes- soal lida, € do maximo interésse que se pro- cure atenuar a natureza realmente desagra- davel do trabalho com o eswéto, mediante a criagio de fatéres de conférto que tornem tal atividade mais atrativa. Dentro déss principio, devem ser evitadas ao maximo as elevatérias inteiramente subterrincas, nas quais é priticament: impossivel proporcio- narem-se condigdes razodveis de confor, ‘As elevatérias devem ser sempre bem ven- tiladas, garantindo-se a ventilagio necessi- ria, natural ou artificial, para tédas as de~ pendéncias da mesma. Igualmente, 2 ilumi- ago deve ser plenamente satisfatéria, de modo a atender a tédas as necessidades. de confdrto joperacio e manutengio. Se adota- da a iluminagSo do tipo fluorescente ou milar, precaugdes devem ser tomadas com relagiio a possiveis efeitos estroboseépicos perigosos, pintando-se, se necessitio, as pe- §2 sujeitas a movimentos periodicos répidos, com tintas a c6res adequadas, Dever ser previstos, no projeto, espago ¢ disposigiio que permitam atender, com folga, ‘aos encargos atuais da elevatoria, bem como tornem tarefa simples a ampliagio da capa- dade, em fungio do aumento da descarga afluente. Sempre que julgado conveniente, especial- mente nas elevatdrias de grande porte, deve ser feito um condicionamento prévio do es- goto afluente. Esse condicionamento, na sua forma mais completa, abrangeré: Grade de barras: £ um dispositivo constituide por uma série de barras de ago paralelas, com um espaca- mento geralmente da ordem de 0,05 m, des- ado A retengio de “sélidos grosselros”: estépas, tragos, pedagos de madeira ou fer- n Fo, ete; a limpeza dessas grades pode ser ‘manual, utilizada em unidades pequenas, ow ‘meciinica, Caixa de areia: E uma cAmara em que parte da arsia em suspensio se deposita, em virtude da dimi nuigdo da velocidade do liquide, por férca do aumento da secgio transversal, Freailen- ente so mecanizadas, sendo que, no tipo denominado “detritor’, hé laminas mé- veis em t6mno de um eixo vertical, que Tea- liga uma verdadeira raspagem do fundo da caixa, encaminhando a areia para um pequ>- no pogo, de onde é ela retirada por meio um transportador de movimento alternativo ou por meio de uma néria (“conveyor”) encaminhada a um elevador de areia, 0 qual descarrega em cagambas que, de preferéncia, deverdo. ser retiradas por caminhdes espe ciais, dotados de guinchos, e esvaziados em local adequado. A cnergia mais comumente wtilizada no acio- namento das unidades de uma elevatéria de esgotos € a elétrica. Sempre, entretanto, a © sistema piblico de suprimento de ener clétrica nfo apresente uma garantia satisfa- téria de funcionamento normal, deve-se pre- ver uma outra fonte de energia para atender fas emergéncias, especialmente sea interrup- gio do funcionamento da elevatéria puder ocasionar graves inconvenientes. Em tal ca so, ou se instala um gerador, para fomnecet a energia elétrica necessétia sos grupos mo- tor-bomba que devem funcionar nas situa- ges de emergéncia (normalmente se prevé © funcionamento de apenas parte dos gru- Pos instalados, jé que constituiria, via de regra, exagéro, exigir-se uma atividede inte- gral da elevatéria em tais situagées), ou en- to se instalam, logo de inicio, motores acio- nados por outra fonte do energia que nao 4 elétrica, em posigées tais que possam ser- facilmente scoplados 2 uma ou mais das bombss, quando ocomer a emergéncia. De qualquer maneira, nos casos de incerteza quanto ao fornecimento piblico de energia, convém prever uma fonte suplementar espe- cifica, capaz de suprir, também, os circuitos de uz da elevatéria, pelo menos os pi pais. ‘Uma recomendagdo de especial importincia refere-se aos cuidados que se deve ter com a repercussio das vibragécs, naturais ou no, dos conjuntos motor-bomba sobre a estru- tura da elevatéria. As principais precaugdes usualmente adotadas compreendem: — dimensionamento adequado dos “bergos” s6- bre os quais assentam os conjuntos motor- bomba, de modo que, pela sua massa consi- deravel, possam absorver, sem maiores pro- blemas, as vibragées recebidas. — sistema correto de fixagiio dos conjuntos 20s bergos, interpondo-se materiais como borra- cha ou substincias plisticas, cuja elasticida- de j4 permita 2 absorgio de uma parte das vibragdes, antes de transmitidas aos bergos. — Dentro da mesma faixa de problemas, 6 da maxima conveniéncia evitar-se a transmissio de quaisquer esforgos sobre as bombas, cau- sados pelo péso da tubulagdo, conexdes ¢ pegas especiais, ou por efeitos de dilatagio térmica. Ancoragens, juntas de expansio, juntas flexiveis © outros dispositivos podem evitar que ovorra fato tio indesejivel. — Todas as vézes que um sistema de recalque de esgotos (slevatéria + linha de recalque), elas suas condigdes especificas, dé margem A que se tema a ocotréncia de golpes de ariete, precaugdes devem ser adotadas, a fim de que se evitem possiveis conseqiiéncias de maior ou menor gravidade. De acérdo com as circunstincias peculiares ao sistema, es- tudarse-4 qual © dispositive mais adequa- do a0 caso em foco, dentre os usualmente empregados: volantes, reservatdrins de ar comprimido, chaminés d2 equilfbrio, vélvula de alivio (como por exemplo a valvula Blondelet), ete. Nas clevatérias construfdas em locals su tos @ imundagdes, devem ser adotadas pre- caugdes especizis, tanto na construséo como na instalagio das mesmas. — Em elevatorias nas quais seja possivel haver aciimalo de gis de esgéto, em locais onde existam equipamentos elétricos, éstes deve- rio satisfazer a requisitos como 0s do N.B.F.U. (National Bureau of Fire Un- derwriters, USA). — Em qualquer elevatéria é impreseindivel que se garanta 2 méxima facilidade nfo s6 para acesso a qualquer dos seus érgios, como também para a instalagéo, a manutencio ou a relirada dos equipamentos existentes. Nas elevatérias em que existam equipamentos de péso clevado, deve ser instalada uma talha, eléirica ou manual, de preferéncia montada em pontz rolante; entretanto, em estagdes de pequeno porte, seré accitével a simples instalagio de ganchos, fixados ao tsto da elevatéria, em pontos estratégicos, mantendo- se disponivel, para utilizacio eventual, uma talha portatil de tipo e capacidade adequa- dos. REVISTA DALE, —Se bem que, tedricamente, possa parecer ideal a utilizaglo de grupos motor-bomba de alto rendimento, muitas vézes & preferivel usarse um grupo de eficiéncia satisfatéria, mas inferior & de um outro, se, por exemplo, ste ultimo apresentar, ao contrétio do. pri meiro, sérios problemas de manutengio. Tal aspecto ser tanto mais importante, quanto menores forem as facilidades encontradas no local em que se situa a elevat6ria, no que diz respeito a servigos de manutencio ¢ & aquisigio de pegas © acessérios. 15. CONSIDERACOES DE ORDEM ECONOMICO-FINANCEIRA: Ja se dew énfase, anteriorments, & absoluta ne- eessidade da realizagio de um prévio e cuidadoso es- ‘tudo comparativo téenico-econémico entre as. solu- ges por gravidade © aquclas utilizando estagdes el. vatérias, sempre que as citcunsténcias conduzam 9 uma divida de tal natureza, quanto & opcéo mais conveniente a ser adotada, A tendéncia natural é evidentemente, a des: aproveitar na maxima extensio possivel, essa gencro- sa energia colocada A disposig3o do homem, qual seja, a ago da gravidade, Por outro lado, ¢ agindo no mesmo sentido, hé uma tendéncia espontinea de evitarse, sempre que razoavel, a implantagdo de intalagdes eletromecdr cas, mais ou menos complexas, as quais, além de exigirem fornecimento de encrgia attificialmente produzida e, sem diivida, acentuadamente onerosa, envolvem, outrossim, problemas de operagio € ma- nutengio a0 longo de t6da sua vida Gil, Todavia, jamais devem ser tolerados tabus ou regras generali- zadas e cegas que “a priori”, fixem preferéncias, muitas vézes absurdas e de todo contrérias ao inte résse piiblico. Assim sendo, somente a anilise sere- nna das vantagens e desvantagens de uma ¢ outra so- lugo, através do cotéjo racional entre as mesmas, fundado em s6lidas razdes téenicas e econdmicas, pode conduzir & escélha trangtile da alternativa realmente mais vantajosa. No presente item, além das vigorosas rscomen- dagdes que se acaba de apresentar, quanto ao balan- ceamento racionat do dilema “solugao por gravida- de x solugio através de elevatéria”, serio aborda- dos, embora mui sumiriamente, os critérios usual- mente empregados para o pré-dimensionamento de linhas de recalque e para a otimizagio das solugies alternativas que se apresentam ao estudar-se um da- do sistema elevatério, em conseqiléncia da inter-rela- ho que existe entre o didmetro da finha de recal- que ¢ a poténcia da estacdo elevatéria em foco. F oportuno advertir que as consideracdes a Se- Buir expostas tertio em vista um sistema elevat6ri REVISTA DAE que apresente uma finha de recalque de extensio apreciavel. Nésto caso, licito se torna admitir que 0 custo total C, do sistema elevatério seja basicamente com- posto de 2 parcelas: Gaate C. = custo da elevatéria propriamente dita C. = custo da linha de recalque. Entretanto, para facilidade do estudo, a parcela C, serd restrita as unidades de bombeamento ¢ equi- pamentos elétricos ¢ mecdnicos complementares, abstraindo-se da parte referente 4 construgdo civil, i que, para um dado caso, a variagdo do custo des- ta seria de importincia secundaria. Imaginando-s:_um exemplo concreio, envolven- do uma determinada vazio e um certo desnivel geo- métrico, as variantes possiveis sero fungio do dié- metro que for atribufdo A linha de recalque. A medida que 0 didmetro, estimado em primeira aproximagio, cresce dz valor, evidente se torna que com éle cresce o custo da linha ¢ portanto a parcela ,. Todavia, j& que a vazio € suposta sempre a mes- ma, para um caso especifico, as perdas de carga por atrito, bem como as locatizadas, tendem a dimi- nuir e portanto, com elas, reduz-se o valor da al- tura manoméirica, vale dizer, da poténcia da esta- Go elevatéria; diminunindo a poténcia requerida, menor ser 0 custo das unidades de recalque, redu- zindo-se, pois, a parcela C,. Tomando-se um sistema de eixos cartesianos retangular ¢ marcando-se em abcissas os dimetros fe em ordenadas os custos correspondentes, poder ser tragada duas curvas para 0 caso em estudo, uma correspondente & parcela C,, crescente com 0 didmetro, ¢ outra correspondendo & parcela C., que dccresce com 0 aumento do diimetro, A ILUSTRACAO 15-1 — indica um exempio de curvas dessa natureza, Se para cada valor do didmetro somarmos as ordenadas dos pontos corres pondentes, nas curvas C, e C,, 0 valor da soma for- neceré a ordenada de um ponto da curva soma C. que, assim obtida, resolveré a existéncia de um va- Jor mfnimo; éste valor minimo corresponderd, evi- dentemente, a0 didmetro mais econdmico, em térmos de custo total de linha de recalque ¢ de unidades elevatsrias. Se © raciocinio que acaba de ser interpretado graficamente for conduzido analiticaments, poder- -se-4, por um lado, exprimir custo da linha de recalque em fungdo das suas caracteristicas geomé- cas, do seu péso especifico ¢ do custo da unidade de péso do conduto; por outro lado, 0 custo das unidades de bombeamento pode ser expresso em funcho do custo. da unidade de poténcia instalada ¢ CURVAS DE CUSTOS DE SISTEMAS DE RECALQI ILUSTRACAO 15-1 REVISTA DAB. da poténeia total ou dos elementos em at desdobra, esta se Em iiltima andlise, chega-se & expresséo anali- tica do custo total C, cuja derivada segunda em re- lagéo a “D" revela um minimo ¢ cuja derivada pri- imeira, igualada a zero, permite que se determine 0 valor do diimetro capaz. de tornar mfnimo 0 custo total de investimento inicial. Bsse valor de “D” po- de ser expresso de uma forma simplificada, em re- lagio a “Q", oblendo.se a conhecida {6rmula de Bresse, largamente utilizada no pré-dimensionamen- to de diametros econémicos de linhas de recalque: D=k VQ O coeficiente “K” da férmula € fungi do péso ‘especifico do liquido recalcado, do custo da unidad: de poténcia instalada, do “prégo especifico” do con- duto (custo de um conduto de diimetro © compri- ‘mento unitérios), do rendimento total do conjunto elevatério ¢ do coeficiente de atrito da f6rmula uni versal de perda de carga; independente, entretanto, da altura geométrica de elevazio © do comprimento do conduto. Na pritica costuma-se fixer uma certa gama de valéres de “K” para circunstincias especificas. AZEVEDO NETTO (1) aptesenta “K” variando, de um modo geral, entre 0,7 ¢ 1,6, esclarecendo que, no Brasil, tém sido adotados, via de regra, valores de 1,0 0 14. ‘A aplicagio da férmula de Bresse sob 0 aspec- to em que foi apresentada implica na hipdtese de um bombeamento continuo. Quando tal ndo ocorrer, a f6rmula deverd passar a set D = 13 ¥Q- x" onde: n© de horas de bombeamento por dia, x 24 Observa, outrossim, AZEVEDO NETTO, que o diametro convencional mais vantajoso para tubu- lagdes de recalque de grande extensio se encontra normalmente, dentro de uma faixa correspondente a velocidades entre 0,65 ¢ 1,30 m/s. Critérios.simplificados como os que se acaba de enunciar podem dar lugar a uma solucio definiti- va aceitivel para 0 caso de instalagées de pequeno vwuito. Todavia, para sistemas elevatérios de aprecis- veis proporgdes deve-se realizar sempre a anilise econmica especifica, no se limitande, de forma al- guma ,a investimentos iniciais, mas sim abrangendo, além disso todos os custos relatives a0 consumo de energia, as despesas de operacio e manvtengio, bem como aos gastos correspondentes a amortizagio ¢ jos. REVISTA D.A.E ‘Neste caso, a formula de Bresse constitui, de qualquer forma, um valioso subsidio preliminar, pois permitiria indicar um diametro capaz de servir de base ao estudo detathado especifico Em témo do valor preliminar assim obtido en- saiariamos 4 on 5 diémetros comerciais que seriam submetidos & andlise do gasto anual com energia, operago € manutengio, juros e amortizagao. JOSE AUGUSTO MARTINS, no capitulo XVII de bibliografia citada, apresonta quadro, f6rmula e tabelas que orientam seguramente, quanto & anélise a ser procedida. Sugere, outrossim, valores para a vida provavel das estruturas da instalagio de recal- que, aspecto indispensivel a ser considerado em es- tudo de tal natureza. Ressalva-se, entretanto, o fato de que tais val6res foram sugeridos para 0 caso de sistemas de dgua potével, convindo 9 reexame dos dados para o caso de clevatérias de esgotos. A guisa de contsibvigéo adicional para os es- tudos de custo de elevatdrias de esgotos, julgou-se oportuno apresentar gréficos elaborados por HA- ZEN ¢ SAWYER indicando custos de estagées el vatorias de esgotos em funcio da vazéo ¢ da altura dindmica total. Nes ILUSTRACOES 15-28 ¢ 15-26 aparecem os mencionados gréficos com custos atua- lizados para margo de 1969. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. AZEVEDO NETTO, 5. M, — Manual de bidréulion. fed, revista, Sto Palo, Bdgard Blucher, 1966. 2. BABBITT, H. B. — Sewerage and sewage treatment, T th, ed, New York, Jobn Wiley, 1053, p. 272 9. HARDENBERGH, W. A. — Sewerage and sewage trea- and sewage treatment 8 th, ed. New York, John Wiley, 1982, p. 273214, 4. IDEM, IBIDEM, p. 270. 5, IDEM. IBIDEM, p. 774 6. BOMBAS © estagdes elevatérins utillzudas em abastects ‘mento do dgua, 2* ed. Sio Paulo, PHSP/EPUSP/USP/ OMS, 1968, Capitulo 3, fs. 6 7. ESTADOS UNIDOS. Water Pollution Control Federa tion — Manual of practice ne 8 8. IDEM — Manual of practice no 9, 8, HARDENBERGH, W. A. — Sewerage and sewage trea. ‘Ament. 3 th., ed. Scranton, Pa., International Textbook o,, 1856. 10. HARDENBERGH, W. A. & RODIE — Water supply and waste water disposal, Scranton, Pa., International ‘Textbook Co., 1960. 11, HICKS, — Pumps; selection and application. 12, HYDRAULIC INSTITUTE. New York — Standards. AL th, ed. New York, 1965 18, SEROA DA MOTTA, A.C. — Apestila para uso dos alunos da Escola de Engenharia da UFRJ. ¢ da Es cola Nacional de Satide Publica. Rio de Janciro, 5. 4. 14, STEEL, E,W. — Abastecimento de gua ¢ sistemas de esgotos, Rio de Janciro, USAID, 1966 (Tradugio de José do Santa Ritia). 3 DIAGRAMA DE GUSTOS DE ESTAGGES ELEVATORIAS DE ESGOTOS BASEADO EM UM DIAGRAMA ELABORADO POR HAZEN & SAWYER CUSTOS ATUALIZADOS PARA MARCO DE (969 (INDICE DA REVISTA "CONJUNTURA ECONOMICA": 11 093) Gusta da Estagdo ¢ ‘ar 38 eo ae as 8a er Oe 09 1 2 se vario ror ondary ILUSTRAGAO 15-20 o REVISTA D.A.E. DIAGRAMA DE _ CUSTOS DE ESTAQOES ELEVATORIAS DE ESGOTOS BASEADO EM UM DIAGRAMA ELABORADO POR HAZEN & SAWYER GUSTOS ATUALIZADOS PARA MARGO DE I969 {INDICE DA REVISTA "CONJUNTURA ECONGMICA" 11 093) 3 — w 3 “TTY i stot ry 2 | ' | i i fl i hfe 0 ie Vo ' fa : raid | Ry, Wt 1 TZ, oo ip ft* I { a _ iit. Se i if ia | iid fl \ ——4 i | li L — ser ee % ILUSTRAGAO 15-2b REVISTA DAE ANEXOT Désts_ ANEXO constam excelentes subsidies Para o estudo das bombas centrifugas radiais, axiais centrifugo-axiais, bem como das bombas tipo “pa- rafuso hidréulico de Arquimedes”, Tais subsidios consistem em descrigées técnicas, devidamente ilustradas por figuras, com os respecti- Vos textos traduzidos para o portugués, a partir do original apresentado em inglés no renomado Curso de Engenharia Hidréulica de DELFT, Holanda. Infelizmente ,o extravio de uma das félhes do original nfo permitiu que se apresentasse, aqui, uma descrigao especifica das bombas axiais, s6 aparecen- do, em relagio as mesmas, certas referéncias feitas em anélise conjunta, além dos valiosos informes con- tidos em algumas das figuras. As seguintes ILUSTRACOES integram éste ANEXO: — ILUSTRAGAO A [-1: Diagrama para dimen. sionamento do “parafuso hidréulico de Arqui- — ILUSTRAGAO A 1.2. Esquemas ¢ gréficos das bombas axiais, centrifugo-axiais e radiais — ILUSTRAGAO A 1-3: Esquemas e um grafico relatives & roda hidréulica ¢ 20 “parafuso hidréu- lico de Arquimedes", bem como um diagrama indicando 0s limites de aplicagdo dos diversos tipos de bomba. — ILUSTRACAO A 1-4: Diagramas para a de- terminagéo do tipo de bomba centrifuga a ser vusada. — ILUSTRACAO A I-5: Grifico de variagio de velocidade de uma bomba centrifuga; gréfico in- dicando a influéncia da variagio da posicio das Taminas de um impelidor; gréfico indicando duas bombas trabalhando em série; gréfico indicando duas bombas trabalhando em paralelo, NOTA: As ILUSTRACOES A I-4e A I-5, embora nio mencionadas no texto, foram incluidas neste ANEXO, dado o seu indiscutivel interésse. A I-1 — BOMBAS TIPO PARAFUSO HIDRAULICO DE ARQUIMEDES £ cada vex mais fregiiente a utilizagdo, em de- terminados casos, déste tipo de bombas, apés terem sido elas verdadeiramente esquecidas por muito tem- Po, Sobretudo em virtude de sua extrema simplici- dade, constituem um excelente dispositive de ele- vago de aguas em geral, sendo capazes de lidar com aguas extremamente polufdas, sem maiores pro- blemas, dispensando, inclusive, o uso de “grades de barras”, a montante, Desde que bem projetadas e construfdas, repre- sentam méquinas nas quais se pode depositar alto grau de confianga. Uma extraordinéria vantagem das bombas em Pauta repousa no fato de que 0 processo elevatério & integralmente visivel, em todos os szus detathes, 0 que & absolutamente imposstvel para os. demais tipos de bombas, Quanto ao seu “rendimento” ou “eficiéncia”, po- de-se esperar um valor de 60 a 65% para as unida- des de pequeno porte, elevando-se até 75% para as de grandes dimensdes. © limite prético da altura de elevagto para tais bombas, dentro de boa faixa de rendimento, € de 8 metros; dai para cima a eficiéneia vai caindo rapi- damente, em virtude do erescente retérno da agua, 20 longo das pequenas folgas existentes entre 0 cor po da bomba ¢ as paredes ¢ 0 fundo do canal em que a mesma se encontra instalada, A guisa de exemplo, pode-se citar que uma bomba tipo “parafuso hidrdulico de Arquimedes”, com um didmetro de 2 metros, € capaz de elevar 14 a 1,5 m/s, existindo modelos de maiores di- menses © capacidades. eixo de rotacto déste tipo de bomba forma, geralmente, um Angulo de 26° a 28° com o plano horizontal, Em sua extremidade superior, 0 eixo apéia-se em um rolamento radial que & 20 mesmo tempo, um mancal de escora. Na extremidade infe- rior, sob a agua, éle assenta sdbre um rolamento radial, usualmente de bronze ou metal branco (me- tal patente ou anti-ricsl0), sendo lubrificado por graxa aplicada através de um tubo. Em bombas bem construfdas, éste ditimo mancal opera de forma segura e com muito pequeno atrito, independente- mente do grau de poluigio da Agua que est sendo elevada, 0 que as faz altamente propicias 2 serem Uiilizadas no bombeamento de esgotos, ‘As bombas em estudo podem girar continus- mente, sem qualquer isco, mesmo quando o fluxo do liquido afivente € interrompido, REVISTA DAE, ‘As bombas tipo “parafuso hidréulico de Araui- medes” vém sendo larga ¢ proveitosamente usadas para esgotos, tanto em estagdes de tratamento como em estagbes elevatGrias isoladas, atendidas as pe- culiaridades apontadas anteriormente. © gréfico anexo (ILUSTRACAO A I-1) indi- ca as dimensdes das bombas correspondentes as di versas. descargas. AI-2 — BOMBAS DE DESCARGA MISTA: ‘Tais bombas podem ser construidas com car- cagas tubulares ou em forma de espiral. Ambos os ipos de carcacas tém sido largamente usados, sendo que 0 tubular é freqentemente utilizado em pogos; reste Gltimo caso, diversos impelidotes podem ser instalados em série, ao longo de um extenso eixo, na medida das necessidades. Em desenho anexo (ILUSTRACAO A 1-2, FIG. 2) aparece um esquema déste tipo de bomba © um grifico correlacionando a vazio com a altura manométrica, a poténcia consumida no cixo © a efi- igncia, Verifica-se que, a partir do ponto de mé- xima eficiéncia, a altura manométrica decresce com © aumento da vazo (mais vagarosamente, porém, do que no caso da bomba helicoidal) ¢ que a po- éncia decresce ligeiramente; a altura manométrica eresce quando a vazio diminui, ¢ a poténcia cresce ligeiramente, de inicio, e em seguida decresce. F ge- ralmente permissivel deixar que éste tipo de bomba funcione com um registro fechado ou estrangulado, A eficiéncia decresce, a partir do seu ponto étimo, tanto com 0 aumento quanto com a diminuigéo da vazio. & importante destacar o fato de que a rela- do “altura manométrica-vazdo” apresenta uma cur- va de inclinagio acentuadamente mais suave, n0 caso da bomba em foco, do que no caso da bomba heli- coidal ou de descarga axial. Para © caso de bombas de grande porte, cu dosamente construidas pode ser atingida uma efi- cigncia de 85%. ‘A altura manométrica pode elevar-se até 20 ou 25 metros. Para maiores alturas manométricas, con- vyém, geralmente, utilizar bombas centrifugas. © cixo da bomba pode apresentar qualquer in- clinasZo, sendo imprescindivel que éle se apéie sdbre um rolamento radial focalizado préximo do impeli- dor; éste mancal situa-se fora da carcaga, quando esta 6 do tipo em voluta ou espiral; no caso da car- caga tubular, 0 mancal acha-se no interior da mes- ma ¢, portanto, inteiramente mergulhado no liquido. A 1-3 — BOMBAS CENTRIFUGAS RADIAIS: A figura 3 (LUSTRACAO A 1-2) apresenta um esquema ¢ um grafico relativos & bomba centri- REVISTA DALE, fuga radial. © gréfico indica que a altura de ele- vaso cresce apenas ligeiramente com © decréscimo da vazio. A curva “altura de elevacio — vazio” € sensivelmente achatada, sendo tal achatamento um pouco mais pronunciado do que no caso da bomba de descarga mista € consideravelmente mais acen- tuado do que no caso da bomba axial. A poténcia requerida diminui com o decréscimo da descarga e aumenta com o crescimento desta ‘l- tima (exatamente 0 oposto do que ocorre com a bomba axial). Conseqilentemente, éste tipo de bomba pode ser pésto em funcionamento com o respective registro fechado, j& que a poténcia requerida para © acionamento da bomba & consideravelmente infe- rior mo caso da vazio nula do que no caso da va- zo de projeto. Unidades de grande porte sio freqlientemente postas em fumcionamento com o registro intencio- nalmente fechado, a fim de dar lugar a uma baixa demanda de partida, Uma eficiéncia de 85% e oca- sionalmente mais, pode ser atingida por grandes bombas. Alturas manométricas de 70 a 80 metros podem ser aleancadas, sendo que bombas muito grandes atingem alturas manométricas consideravel- mente maiores, chegando, algumas vézes, a mais de 200 metros. © eixo pode ser colocado em qualquer posigio desejada, Os mancais ficam situados fora da careaga da bomba, A 1-4 — SUMARIO: Pode-se concluir que a bomba axial € a mais conveniente para os casos que requerem grandes descargas ¢ pequenas alturas de elevasio; a bomba centrifuga representa a methor escolha para os ca- sos que exigem pequenas vazes ¢ grandes alturas de clevagio; a bomba de descarga mista pode ser melhor aplicada no campo intermediério, Um niimero ilimitado de variantes déstes trés tipos principais torna possivel projetar bombas ¢ im- pelidores apropriados para atender a qualquer exi- géncia de descarga ou elevagio. Contrariamente ao que ocorre com a bomba tipo “parafuso hidréulico de Arquimedes”, € perigoso permitir que os referi- dos tipos de bombas funcionem durante muito tem Po no caso de ter ugar uma interrupcéo no supri- mento de égua ou na descarga, porque, em tal caso, os mancais deixam de ser efetivamente resfriados. AI-S GRANDES ALTURAS DE ELEVACAO: Mediante 0 uso de 2 ou mais estigios, isto 6, fazendo com que 2 ou mais impelidores trabalhem ‘em série, maiores elevagdes podem ser atingidas com qualquer um dos tipes de bomba meneionados. Embora bombas axiais com diversos impelido- res em série possam ser construfdas, elas nilo sio de uso comum. Para alturas de elevagio de 14 metros, por exemplo, uma bomba de descarga mista & pre- ferivel a uma bomba axial de 2 estigios. ‘Bombas de descarga mista com diversos ou mes- mo com um grande atimero de estigios so freqiien- temente usadas em pocos tubulares. Os impetidores, so, neste caso, instalados um acima do outro, em um tubo que € colocado no pogo. A grande vanta- gem déste sistema tubular reside no fato de que o didmetro da bomba pode permanecer pequeno. O motor de comando de uma bomba de pogo € insta- lado acima do nivel do solo. Se um motor elétrico € usado, éle pode ser montado diretamente acima da bomba, Ha também, modelos nos quais 0 mo- tor fica situado seb a bomba, no interior de um compartimento séco e¢ bem vedado, ou dentro de um compartimento inundado, porém protegido con- tra detritos flutuantes, ‘Bombas centrifugas com impelidores instalados em série so assaz comuns. © mimero de impetido- res 6, algumas vézes, elevado, Bomba centrifugas de 2 ou 3 estigios, com descargas de 15 ou mesmo 20 m’/s, com alturas de elevacio de mais de 400 metros, so encontradas em alguns casos (“Pumped Storage Schemes”), Bombas a vapor, com varios impelidores instalados em série, podem atingir altu- ras de elevagio equivalentes a 320 atmosferas, 0 que corresponde a 3200 metros de coluna de égua A 1-6 — LIMITES NORMAIS DE APLICACKO DOS VARIOS DISPOSITIVOS DE. ELEVACAO DE AGUA: A figura 6 (LUSTRACAO A I-3) indica os limites normais de aplicagio dos dispositives eleva- A6rios anteriormente descritos. Tais limites nfo de- vem ser considerados, de forma alguma, como ri- gorosamente definidos ¢ esto, por isso mesmo, in- dicados de maneira vaga no grifico. As éreas de aplicagdo interpenetram-se, na tealidade, Os seguintes tipos so apresentados na figura 6, na ordem da grandeza da altura de clevayiio que podem atingir: a roda hidréulica (a qual esté se tor- nando obsoleta), a bomba tipo “parafuso hidréulico de Arquimedes”, a bomba axial, a bomba de des- carga mista (ou centrifugo-axial), a bomba radial de estégio simples, a bomba radial de estigios mbél- tiplos, a bomba rolativa de engrenagem e a bomba de émbolo imerso, Tipos intermediérios sio a bomba axial de miil- fiplos estigios ¢ a bomba centrifugo-axial de miilti- plos estigios. E também possivel construir uma bomba tipo “parafuso hidréulico de Arquimedes” em dois ou mais estégios, cada um déles com seu acionamente proprio. REVISTA D.A.E. € 5 84 < 2 "e -* ° s4 Tota i Blem FUNGOES (0,0) E (0,n) PARA UM PARAFUSO HIDRAULICO DE‘AROUIMEDES, OF LAMINA TRIPLICE, ADOTANDO~ SE: tro, prz6e? EXEMPLO: @ + 40. m/min VALORES ENCONTRADOS? (A ALTURA DE ELEVAGKO DO D = 150m Lioutvo Nao INFLUI SOBRE ">" 36,2 epm “OD "a", MAS SIM, DNICAMENTE,, CAEFICIENCIA SERA, SENSIVEL- SOBRE A POTENCIA REQUERIDA) MENTE, DE 65 © 70%) 4 Cépio traduzido éo ori dulice de DELFT, Holanda) ILusTRAGAO A I-3 REVISTA DAE Pom Pow BOMBA Axia FECHADA ABERTA PERCENTAGE OA ALTURA NOMMAL OE ELEvicko.rorEweIAE EFICIENEIA AOMBA DE DESCARGA MisTA ree HESHO IMPEL.DOR EM “nowDA ScM-AxiAL” te BOMBA CENTRIFUGA BOMBA CENTRIFUGA RADIAL, Ft RAQIAL 3 is 3 is g ico dt DELFT, Helonds) res ILUSTRAGAO A I-2 REVISTA DALE. FIG, 4 ROA HiDRAULICA 3 _—_—_, RODA HIDRAULICA E& | PARAFUSO HIDRAULICO| 0 a | 5 we oun, pencentaagh 04 vAzko WoRUAL, Se? Tineornfet eathes no soe A pa SUCCAO E A VELOCIOADE CONS wane. FIG. 5 PARAFUSO HIDRAULICO DE AROUIMEDES $00 3 MORMAIS OE APLicAGiO De vAmios DIsPOsiTIVOs PARA ‘souos! evevacho oF Keun 100: 50 BomBA AXIAL p-— panaruso wiomiyiico original do Curso ae Engennorio 10 de DELFT, Holanda) (Cépie tresuzia i ILUSTRAGAO A 1-3 REVISTA DALE. m Zo g k F FR fF * © verocione ESPECIFICAng (nétrice) wy a . ia DETERMINACAO as Bo tipo as A pompa ae 2s a Aerie Jo origina Engerhoria Nideéulico de ELF T,Holandl 08 DLAMETRO_0 IMPELIDOR im ‘nos oz ILustRagho A I-§ REVISTA DALE. VaRIAcKo DA VELOCIOADE 4 IX1 7 x VARIACKO oA Posi¢ko OE UNA BOMBA o OASLAMINAS oF fg UM IMPELIDOR et (Ra TN tis iM) oe | 1 | i | | | Fat See q a égua € aspireda ov em b: hd ret8rno através do bombo 2 recalcoda através do bombo 1 jo de vl, pela bombo Z. jo Curso de Engennario fe DELFT, Holende) ILUSTRAGAO A 1-5 REVISTA DALE ” ANEXO Este ANEXO tem como finalidade apresentar informagées técnicas referentes as bombas fabrica- das pela organizagio “FLYGT”, da Suécia. Os dados ¢ os desenhos que se seguem foram preparados com base em catélogos obtidos por cor- tesia da firma “FABRICA DE AGO PAULISTA — FACO", de So Paulo, SP, representante dos fa- bricantes no nosso Pais. Déste ANEXO, constam as seguintes ILUS- TRACOBS: — ILUSTRACAO A II-1: ‘ba submetsos “FLYGT”. — ILUSTRACAO A IL-2: Elevatéria subterrinea dotada de conjuntos motor-bomba submersos “FLYGT”. — ILUSTRACAO A II-3: Dois tipos de elevaté- rias subterrineas dotadas de conjuntos motor- bomba sumersos “FLYGT”. Conjuntos motor-bom- CONJUNTOS MOTOR-BOMBA SUBMERSOS “FLYGT”: Como se mencionou no item 6 déste trabalho, inctuem-se, entre os diversos tipos de unidades de Fecalque, os chamados “conjuntos submersos, basi- camente caracterizados pelo fato da bomba ¢ do mo- tor integrarem um conjunto que opera inteiramente imerso no liquido a ser bombeado. Observou-se, também, que 0 emprégo de tais conjuntos para o recalque de esgotos sanitirios, particularmente daqueles nfo tratados, acarretava sérios problemas de manutencio preventiva e corre- tiva, dadas as dificuldades de acesso, inspeco, reti- rada e/ou troca de unidades, pegas ou acessérios. Entretanto, a firma sueca FLYGT revolucio- nou, por completo, 0 conccito que se tinha a res- Peito dos conjuntos da espécie em foco, conceben- do, projetando ¢ fabricando em escala crescenie um tipo de unidade de recalque cuja inspegdo rotineira © cuja manutencio ou substituiggo passavam a ser de extrema simplicidade. Nas bombas FLYGT, conforme se poderd ve- Tificar e compreender perfeitamente, através das ILUSTRAGOES que acompanham éste ANEXO, 0 motor ¢ a bomba acham-se alojados em um conjun- to hermético dotado de olhais capazes de se deslo- carem ao longo de guias verticais, tomando tarefa banal a retirada, a qualquer momento, da unidade “ de recalque completa. Um dos aspectos mais im- portantes © curiosos a destacar, consiste no acopla- mento facil, imediato © automético, entre o flange de safda da bomba e 0 da béca do tubo de descarga da elevatéria: a simples descida do conjunto motor. -bomba, ao longo das guias verticais, dé lugar & perfeita justaposig¢zo dos dois flanges, assegurada a vedagio pelo simples péso do conjunto, sem ne- cessidade de poreas ou parafusos, o que garante, da ‘mesma forma, a retirada eventual, da unidade, pelo seu simples Jevantamento, seja manualmente, seja utilizando uma talha, conforme o péso do equipa mento a ser considerado em cada caso. A ILUSTRACAO A II-1 exibe um conjunto motor-bomba em seus detalhes ¢ indica os sistemas de levantamento ¢ abaixamento do mesmo. ‘As ILUSTRACOES A Il-2 ¢ A II-3 apresen- tam estagGes clevatérias dotadas de conjuntos mo- tor-bomba submersos FLYGT. Seguem-se algumas das caracteristicas t{picas das bombas “FLYGT™, selecionadas dos respectivos atdlogos: 1 — Pequeno nimero de pecas méveis. 2 — Dimensdes reduzidas. 3 — Uma das mais destacadas vantagens da bom- ba “FLYGT” 6 como se mencionou, o tipo de acoplamento entre cla ¢ a tubulagdo de recalque, sem quaisquer parafusos ou porcas, ‘mediante um simples encaixe que se dé auto- ‘miticaments ao artiar-se a bomba, ao longo da respectiva guia, até sua posigio normal de operagio; para inspecionar-se a bombs, é suficiente igé-la, ao longo de sua guia, até o nivel do terreno; o flange de ligagio existen- te na béca da tubulagio de recalque adapta- se perfeitamente ao flange correspondents existente na saida da bomba; 0 péso da pré- ria bomba é suficiente para manter os flan- ‘ees unidos. 4 — As inspsces, 08 ajustes ¢ as trocas de peas desgastadas sio muito ficeis e podem ser efetuados em qualquer lugar, 0 que faz com que a bomba nao necessite interromper por muito tempo sew funcionamento. 5 — Segundo o fabricante, a nevessidade de ins- eso de bombas em condigdes normais de funcionamento limita-se a uma ‘nica vez por ano; tal inspecio é de extrema simplicidade, ji que basta igar-se a bomba, ao longo de sua REVISTA DAE. 10 — R— ‘guia, até 0 nivel do terreno, sem necessidade de retirar parafusos ou porcas, nem de se en- ‘rar no pogo. ‘As bombas “FLYGT” nio exigem manuten- a0 regular de juntas ow mancais, sendo su- ficiente uma simples inspecio 2 vézes por ano, E de relovante importancia 0 fato de ser in- teiramente desnecesséria a existéncia de casa de méquinas, j4 que os motores trabalham dentro do préprio poco de sucefo. Uma estagio elevatéria projetada para utili- zar bombas “FLYGT” necessita, aproximada- mente, da metade do espaco exigido por uma clevatéria convencional, j& que dispensa a existéncia de casa de méquinas ou de depen- déncias para pessoal de operacdo ¢ manuten- so. ‘As elevatérias para bombas “FLYGT™ estio absolutamente livres de longos eixos de trans- missio, mancais de apoio € tubos de suc¢io, tendo em vista que a bomba fica imersa di- Fetamente mas Sguas residuais a serem recal- cadas, Como funcionam diretamente dentro da massa liquida, dispensam tubos de aspira- fo e vélvulas. ‘Uma destacada vantagem traduz-se no fato de que a gua succionada pela bomba resfria, 80 mesmo tempo, a prdpria bomba que se acha nela imersa. xiste, outrossim, um sis- tema de refrigeragio incorporado, destinado a um resfriamento satisfatério do. motor. © tesfriamento do motor se faz de maneira suficiente pela radiagio do calor da carcaga do estator, ‘A bomba pode funcionar a séeo por tempo praticamente ilimitado, As bombas “FLYGT” para 4guas residuais so projetadas de modo a petmitirem a pas- sagem dos s6lidos carreados pelos esgotos. REVISTA DAE. Bo 4 16 — we 1B — Caracteristicas do impulsor da bomba “FLYGT” CP — 200: & possivel variar-se a capacidade da bomba mediante a simples substituigéio do impulsor. © impulsor 6 con: tituido de um canal, & prova de obstrucées, com uma segio de passagem minima de 125 mm (5"). Trapos, pedagos de madeira, arcia € outros detritos podem passar sem dificul- dade pelo interior da bomba. © motor hermético das bombas “FLYGT”, capaz de trabalhar normalmente imerso no seio do préprio liquido a ser bombeado, ex- clui qualquer preocupagio relativa a inunda- ges, a0 contrério do que ocotre com a maioria dos motores empregados no recalque de esgotos. Os componentes das bombas “FLYGT” sio apdronizados, 0 que facilita a eventual utili- zagéo de peas de uma bomba, em outra de tipo semethante. As clevatérias .projetadas para bombas “FLYGT” séo geralmente construfdas, em grande parte, com pegas pré-fabricadas, que podem ser ripidamente montadas no local, diminvindo, destarte, tempo de construgio. A “FLYGT” fornece, ela prépria, 0 equipa- mento especial que garante 0 comando auto- mético do funcionamento da bomba. Tal equipamento € constituido de reguladores de nivel que funcionam quando o liqui atinge determinados niveis, conveniente © pré- viamente fixados, e de uma unidade de co- mando, a qual devidamente acionada pelos sguladores de nivel, faz a bomba funcionar ou parar antomaticamente. Em instalagSes, providas de 2 bombas, se uma delas ficar avariada, ser automaticamente destigada, a0 mesmo tempo em que a outra seré colocada ‘em funcionamento. Sio fornecidas para vaz6es de 700 I/mim (~12.1/s) a 90001/min, (150 1/3). CONJUNTOS MOTOR-BOMBA SUBMERSOS oos DETALHES DE SISTEMA DE ELEVAGAO E ABAIXAMENTO “FLYGT" CONJUNTOS ued Condutos para os cobos eletri- con. ‘Supecte interior do barra guia. Ligogio de descorgs. UM CONJUNTO MOTOR—BOMBA @ D Alga de etvacdo, com a respective coe reat ® One enue pore o nessagem do isco ibe ® Ralomento cam ume fiero de extros ® Rotor do moor. © aor do moter D, Eino Ge ago de alto quolisade, F de duce fieiras oe © otomento 00g) ssteres. A @ Poratuso de inspegBo. @ Conjunto de estonaueidede. @D Cimaro de steo. @ Rotor ée bombs, se ago tundias. @ corpo de rombe, se ago fon ‘Ane! de desgoste, de tundiggo de co- Are igo eno 40 esietor, de age fundide. omais. Gonehe de tnagéo. © ranse ce acopiomante WLUSTRAGAO A-II-1 REVISTA DAE. ELEVATORIA SUBTERRANEA DOTADA DE CONJUNTOS : ween SS Ss mu | 1 yy A | LZ) — natn ont © conmamenre cirmce CAL [fk PL gases pe j 32490 ventwagio ILUSTRAGAO A II-2 REVISTA DAL DOIS TIPOS DE ELEVATORIAS SUBTERRANEAS DOTADAS DE CONJUNTOS MOTOR: MER: "FLYGT" SISTEMA DE CONTROLE REGULADOR DE Nive! i : 103 de 0,65/0,80; 0,95/110; 1,05/1 120/1,30; 14 € 1.5, Os comprimentos de codes disponives sho de" 6m, 13m 6 20m, + ss ES Pre yy. {-Unidade de contréle elétrico 8- Valvulas de 2-Regulador de nivel (para alarme) 9- Anéis pré-fabricados de concreto FEntrada do esgéto 10- Caixitho de acesso, com alcapses 4 Bombas para esgito, submersiveis, FLYGT || Barras-guias 5-Tubo de ventilagao 12 Reguiadores de nivel (para portida) G-Tubo de recalque 13- Regulador de nivel (para parada) 7-Registros 14-Conexéo de descarga ILUSTRAGAO ALI-3 REVISTA DAE. ANEXO I Este ANEXO apresenta uma série de informes técnicos de alta valia, referentes a bombas tipo “pa- rafuso hidréulico”, de fabricagdo da firma “J. CON- RAD STENGELIN”, da alemanha. ais informes foram traduzidos de catdlogos gentilmente cedidos pela firma “FILSAN PROJE- TOS E EQUIPAMENTOS HIDRAULICOS LTDA”, de Séo Paulo, SP, representante exclusiva dos fabri- cantes, para o Brasil. ‘Além do texto explicativo, 0 ANEXO inclvi 3 (trés) ILUSTRAQOES, a saber: — ILUSTRAGAO A Ill-1: BOMBA TIPO PA- RAFUSO HIDRAULICO “MODELO ESTA- CIONARIO: Curvas 7, Q e P para diversas pro- fundidades de imersio; pontos notéveis ¢ dimen- ses. — ILUSTRACAO A III-2: BOMBA TIPO “PA- RAFUSO HIDRAULICO” MODELO ESTA. CIONARIO: Diagrama para selegio. — ILUSTRACAO A IL-3: BOMBA TIPO “PA- RAFUSO HIDRAULICO “MODELO BASCU- LANTE: Pontos notaveis ¢ dimensdes. A) BOMBA TIPO “PARAFUSO HIDRAULICO” MODELO EBSTACIONARIO DESCRICAO: Este tipo de bomba (‘‘parafuso hidréulico”) pode elevar agua pesadamente poluida, sem diluicéo ou pré-tratamento, Pedras, madeira, trapos, papel, animais mortos, etc., néo precisam ser climinados. Quantidades méximas ¢ minimas de gua po- dem ser bombeadas sem interrupgio e sem obstru- 6es, nfo havendo interferéncia da variagio da vazio afluente. Conseqilentemente, no sio exigidos pocos especiais para as bombas. A manutengio é insigni- ficante. A durabilidade € muito grande. A eficiéncia 6 de aproximadamente 60 a 70%. No caso de gran- des vazées, varios parafusos hidrdulicos podem ser instalados, um ao lado do outro. Alturas de eleva so supetiores a 5 ou 6 m podem ser vencidas atra- vés de uma disposigio em duplo estégio. Cada pa- rafuso bidréulico consiste, essencialmente, de um cixo dco, provido de munhdes ou pinos capazes de REVISTA DAE. trabalhar com mancais ou transmissdes, ¢ de lamni- nas helicoidais soldadas ao longo da superficie exter- na do eixo, segundo uma disposigéo miltipla (lami- nas duplas ou laminas triplices). © acionamento do parafuso produzido por um ‘motor situade no extremo superior do eixo, dotado de redugdo por engrenagens © acoplamento eléstico, © apoio superior € garantido por um mancal de escora provido de rolamentos cilindricos. © apoio inferior € executado através de mancat simples, em bronze, lubrificado por agua € graxa. A lubrifica- ‘gio déste mancal é felta por meio de uma bomba de graxa “Bosch”. Apés softer aplicagio de jatos de areia, 0 parafuso 6 protegido contra a corrosio mediante pintura, em varias camadas, com tintas plasticas especiais. Os munhdes so soldados ao eixo e podem ser facilmente removidos dos mancais, em caso de re- visio. DETALHES CONSTRUTIVOS: Os parafusos hidréulicos sio instalados logo junto ao final do conduto afluente; no caso da plu- ralidade de parafusos, toma-se necesséria uma calha de distribuigo adequada. No caso de ser possivel um remanso no conduto aflusnts, 0 pogo de admis- slo da bomba necessita apenas ser um pouco mais, profundo, em relacfo & parte inferior do conduto afluente. ‘A parte superior do parafuso deve ser coloca- dda suficientemente alta, de maneira que, mesmo no caso de vazio méxima, seja possivel uma descarga livre, Quando um remanso puder ocorrer no condu- to efluente, uma vélvula contra refluxo deveri set instalada. © parafuso gira numa calha semi-circular, a qual pode ser construida em chapa de ago ou em concreto. ‘A calha & aberta na parte superior. O motor ¢ a fransmissio podem ser encerrados numa caixa de chapa de ago, de modo que os custos de constru- G0 civil fiquem limitados as ligagdes na alimenti plo e na descarga das bombas. No caso de elevatorias de grande porte, 0 mo- tor € © mecanismo de transmiss4o ficam abrigados ‘num pequeno compartimento, adequado a tal fina- lidade. A clevatéria pode também ser construfda sub- terranea. SISTEMA DE OPERACAO: Quando um determinado nivel minimo de égua € atingido na calha de alimentagio, a bomba & au- tomaticamente posta em funcionamento por meio de interruptores de eletrode ou de mola ¢ desligada quando 0 nivel cai. Como é fécil concluir pelo que 4 foi anteriormente mencionado, 0 funcionamento dos interruptores € deveras limitado, devido & larga faixa de vazdes em que pode operar o parafuso. Na hipétese de varios parafusos serem instalados, a operacio ¢ distribuida por etapas, em fungio do au- ‘mento das vazies afluentes. APLICAGOES: Especialmente para gua néo tratada prévi ‘mente, mas também para drenagem e irrigagSo, para Pequenas alturas de elevacéo © quaisquer varies de- sejadas. VANTAGENS: ‘Simples; insensivel a variagdes das condigdes de trabalho, dentro de certos limites; & prova de impe- récias comuns; baixa rotaglo; durabilidads; desne- cessidade de pogo de sucgdo; boa eficiéncia, mesmo no caso de vazdes varidveis; inexisténcia de obstru- Ges, mesmo quando impurezas grosseiras se acham Presentes na gua (dispensa grades de barras); estru- turas simples, B) BOMBAS TIPO “PARAFUSO HIDRAULICO” MODELO BASCULANTE: DESCRICAO: © parafuso com motor ¢ transmissio, a calha do parafuso ¢ os mancais superiores e inferiores sio montados numa mesma estrutura estivel, de forma constituirem um conjunto compacts. Em seu ex- ‘remo superior, éste conjunto € provido de um eixo transversal, por meio do qual éle pode ser apoiado em dois mancais laterais, ou facilmente retirado. Em sua extremidade inferior, a calha do parafuso, provida de placa de apoio, repousa livremente sdbre © fundo do pequeno pogo de admissio da bomba. Assim sendo, 0 parafuso pode, a qualquer momen- to, ser elevado até a posic¢fo horizontal, tornandose acessivel, sem que se faca necessério esvaziar 0 pe- queno pogo de admissio da bomba. O parafuso pode, outrossim, ser completamente removido. Consaiientemente, © conjunto pode ser usado, com vantagem, como uma bomba volante, para ul Tizaglo em controle de 4gua do sub-solo, desseca- mento de terrenos, etc. A unidade € particularmente apropriada 3 recireulaglo de lédos em estagées de tratamento de esgotos ¢ em todos 0s casos em que ‘uma estrutura dispendiosa deve ser evitada, Nao se toma necessiria uma casa de bombas especial, jé ve © motor se acha protegido por uma cobertura de chapa de ago. Para a instalagio, apenas dois pe- uenos apoios sio necessirios para os dois mancais do cixo basculante. © pogo de admissio da bomba pode ser man- tido pequeno, pois tendo em vista que o parafuso pode ser ficilmente levantado, nfio hé necessidade de acesso ao mancal inferior. DIMENSOES Os parafusos hidréulicos modélo basculante sio fabricados até um diimetro méximo de 800 mm e para uma altura maxima de elevagio de 3,00 m. CAPACIDADES APROXIMADAS Diimetro externo do parafuso (mm) 300 400 500 600 300 Capacidades ou vazdes aproximadas as eoceeo a 10 a 25 a 40 a 90 a 160 REVISTA DAE, DADOS TECNICOS RELATIVOS AS SOMBAS TIPO "PARAFUSO HIDRAULICO", DE FABRICAGAO “J. GONRAD STENGELIN" A) BOMBA TIPO “PARAFUSO HIDRAULICO" MODELO ESTACIONARIO nai CURVAS DOS VALORES DA DESCARGA 0, OA POTENCIA P, E OA EFICIENCIA™L PARA DIVERSAS, PROFUNDIDADES DE IMERSAO. A= Diterenco de nivel entre o supecticie do terrence 0 funda do conduto afluente. " B= Diference 6¢ nivel entre @ tansigae calho-ca- el € of undo do conduto ativente, perotuto cessa de funcionar (2 Méxime nivel Sy Main C= Diterenca ge nivel entre 9 tundo de canal de Hy2Distincia veetical jusante ¢ 6 montonte: S méximos a descarga #9 fundo do conduto otivente, LH: Didmeire ou oltura total do conal de descarga Ge teansicdo entre a cathe ascencente do ratuso @ 0 candi de desearge Pu conguia atiuente, HeeDistéacie vertical entre © acvet de trnsigée B* Angulo 6e inctinacdo do paratise (normeimente 50m otivente SL#Comprimento do paratusc. D sDidmetro externe do poratuss, 4 £Didmetro do ize do poratuse. Observacig:- No caso de consuite tecnico sBbre um coso expecitico, ointeressado deve fornecer 05 volores correspondentes aos segui Soke emi emi cm Lae emp e a ze Wee Além disso, deve responder & seguinte pergun te “ANG que nivel podem ot divas do subscto ou dos mords subir acima do funda de condue ofivente?” “Ressonie: . per iuustRagao a UI-2 REVISTA DAE tor Dapos TECNICOS. RELATIVOS AS BOMBAS TIPO"PARAFUSO HIORAULICO", DE FABRICACAO “J.GONRAD STENGELIN™ A) BOMBA TIPO "PARAFUSO HIDRAULICO™ é TACION. rueuan wont tan. 08 308 e autonte latolasola 3 0neithnin 000m; Nhe ate 30000: inite 6 MusTRagéo A Ii-2 REVISTA DAE, DADOS TECNICOS RELATIVOS AS BOMBAS TIPO"PARAFUSO HIDRAULICO", DE FABRICAGAO "J. GONRAD STENGELIN™ B) BOMBA TIPO "PARAFUSO HIDRAULICO” MODELO BASCULANTE Lego pe mont! 501801180 JLo. | Ae fe Ht — i I | | TL BOMBAS TIPO" PARAFUSO HIDRAULICO": PONTOS NOTAVEIS E DIMENSOES AS LETRAS NO DESENHO ACIMA REFEREM-SE A: ‘As Diterenco oe nivel entre © superticie do terreno e 0 tunde do condote oflvente. 1 Diterenga de nivel entee a transicdo cathe 0 1undo do congvio ofluente. C= Diterenca de nivel entre 0 fundo do canal ae descor soe 0 funae ofluente, ‘entee a nivel de teamsicdo € 141 de replegdo amontonte ¢o paratun lo 00° perotuse 0 = Diémetrocsterno do 6 = Dibmetea Onsereacig:—No caso de consulta técnica sbnee um cate eepecitic espondentes aos seguintes dados: AZ....-cmi Além aisse, ILUSTRAGAO A HIT-3 103 REVISTA DALE, ANEXO IV Este anexo é constituido, exclusivamente, pela ILUSTRACAO A IV-1, a qual apresenta um esque- ma da bomba tipo “parafuso hidréulico” fabricado pela firma “SPAANS”, da Holanda, bem como uma série de interessantes dados técnicos adicionais refe- rentes & citada bomba REVISTA DAE. DADOS TEGNICOS RELATIVOS A BOMBA TIPO "PARAFUSO HIDRAULICO", DE FABRICACAO “ SPAANS" Semin acto CAPACIDADE O83 BOMBAS SPAAN T!PO PARAFUSO HIDRAULICO so oo - 20 4 ILUSTRACAO A IV-12 10 30 4 REVISTA D.A.E. ANEXO V Este ANEXO destina-se a esclarecer ¢ ilustrar melhor a inter-relagio que existe entre a variagio do esgéto afluente a uma elevatéria, o volume do pogo de recepsao © as vazdes de recalque das bom- bas, assunto focalizado no item 9 ¢ de indiscutivel importancia. Compée-se dos seguintes elementos: — Breve, mas clara ¢ excelente abordagem do problema em foco, traduzida de BABBITT & BAUMANN (4). — ILUSTRACAO A V — 1, copiada e tradu- vida da Fig.12-4, de BABBITT & BAU- MANN (5). — Tradugio do texto explicativo da menciona- da Fig. 12-4. “0 modo de proceder no estudo da capacidade de uma clevatéria existente on no projeto de uma nova estago acha-se indicado no seguinte exemplo itustrativo: Uma estagdo clevatéria de esgotos € do- tada de um pogo de recepgio de 2 500 gales de capacidade € de 4 bombas com as seguin- tes descargas, em gpm: 200, 300, 500 € 500. © diagrama de massas das vazdes, num dia em que 0 volume total de esgdto foi de 720000 galdes, apresentado na figura se- euinte. As linhas representativas das vazdes de recalque das diversas bombas isoladas ‘ou combinadas, aparecem no lado esquerdo da figura. Periodos de operagio das bom- bas e instantes em que © poco de recepcio esté cheio ou vazio slo determinados me- diante 0 tragado de linhas adequadas, para- elas as que representam as vazdes de recal- ‘que correspondentes, conforme indicado na figura, Quando a linha representativa do bombeamento se situa 2500 galdes abaixo daquela indicativa do volume afluente, © po- 0 est cheio; quando a linha de bombea- mento atinge 2 do volume afluente de esg6- to, 0 poco esti vazio; a linha de bombeamento no pode estender-se acima da Tinha do es- gto afluente. Néste exemplo, o volume do ogo de recepcHo ¢ as vazbes de recalque sio conhecidos, Quando apenas a curva de varia- glo da vazio afluente de esg6to & conhecida, ‘© volume do pogo e as descargas das bombas podem ser selecionados através de tentativas, tragando-se 0 diagrama de massas do esgéto afluente correspondente ao dia critico (dia mais desfavorével) € ajustando-se combinagdes de volumes de pogo e vazGes de recaique & linha do esgéto afluente, de maneira a obter-se lum pogo de recepgio de pequeno volume, bem como paradas e partidas pouco freqiien- tes das bombas” (4). “DIAGRAMA DE MASSAS PARA MOSTRAR © EFEITO DA OPERACAO DAS BOMBAS SO- BRE UM DADO POCO DE RECEPCA( (©) Meia-Noite: 0 pogo de recepgio esté vazio ¢ ‘a bomba de 200 gpm de capacidade entra em funcionamento. (1) 3 30min: © pogo de recepgio est cheio; a bomba de 200 gpm é desligada ¢ a unidade de 300 gpm entra em acéo. (2) 4h.00 min ; 0 pogo esté chelo; sai de servi- g0 a bomba de 300 gpm e entra a de 500 gpm. G) 5h00 min : 0 pogo esté cheio; a bomba de 500 gpm continaa funcionando ¢ a unidade de 200 gpm entra em servigo, perfazendo 700 gpm de vazio de recalque, (4) 7h 30 min : 0 pogo esti cheio: tédas as trés bombas funcionam simultineamente, produ- zindo uma descarga total de 1000 gpm. (3) 108.00 min: 0 pogo acha-se sensivelmente pela metade, com 0 nivel do esgéto baixando; © operador desliga a unidade de 300 gpm; a descarga total é, agora, de 700 gpm. (6) 13840 min: 0 pogo esté vazio; © operador desliga a bomba menor; a descarga é agora, de 500 gpm. (7) 16h 40 min: 0 pogo acha-se vazio; a bomba de $00 gpm pira © a de 300 gpm é posta em fun- cionamento, (8) 21h 20 min: 0 operador deseja esvaziar 0 po- 0 rapidamente ¢ por isso liga a unidade de 500 gpm e bombeia, pois, A razio de 800 gpm até (9) 21h $0 min: © pogo esté vazio € tddas as bombas acham-se desligadas até... (10) Meia-Noite: 0 pogo estd cheio” (5). NOTA DO TRADUTOR: No texto retro, foi des- crite 0 funcionamento de apenas 3(trés) das 4(qua- to) unidades anteriormente mencionadas. Isto, na- turalmente, € devido a0 fato de se ter considerado outra unidade de S00 gpm como reserva da capa- ‘cidade total da elevatéria (50% de reserva, m0 caso). REVISTA DALE, Diagrama de Massas Relative » uma Elevatéria de Esgotos. ILUSTRACAO AV-1 a q | a — 3 * VOLUME EXPRESSO EM OEZENAS DE MILHARES DE GALES T \ I _ Mista oie OBS: 1) A Fig. acima foi copiada da fis. 274 do livro “Sewerage and sewage treatment, de Babbitt ¢ Baumann — 8° Ed. 2) Os comentérios relatives A Fig. acham-se em fils. do anexo V. REVISTA DALE tor ANEXO VI Néste ANEXO slo apresentadas 6(seis) ILUS- TRACOES referentes & Hlevatéria André de Aze- vedo, do Departamento de Saneamento da SURSAN — Estado da Guanabara, situada na Rua Francisco Sé, em Copacabana, Rio de Janeiro, GB. Embora apresentando algumas falhas de con- cepcio ou de projeto, nio podem ser subestimadas varias de suas caracteristicas técnicas, altamente po- sitivas. E, outrossim, um excelente modélo de bela apresentagdo cstética, aspecto indispensdvel, sobre- tudo no caso especifico de sua localizagio, em um bairro residencial de alta categoria. Além disso, 0 fato de ser dotada de equipa- mento de desarenado mecinica, além de sua gra- de de barras de limpeza também mecinica, concor- 108 eu para que fésse considerado um interessante exemplo para fins de apresentagiio diditica. ‘So as seguintes as ILUSTRAQOES que integram éste ANEXO: ILUSTRACAO =A Vil: PLANTA DE SI- TUACKO ILUSTRACAO A VI-2: CAIXA DE AREIA, MECANIZADA ILUSTRAGCAO A VI-3: DETALHE DA CA- LHA “PARSHALL” ILUSTRACAQ A VI-4; PLANTA BAIXA ILUSTRACAO A ILUSTRACAO A VIS: Vi-6: PLANTA BAIXA CORTE TRANSVER- SAL REVISTA DAE. ' 2 3 4 3 bEseNDA eataclo eevaronn emane Site j—zc01e po caire 20 ‘a ’ “GaDRae” + 2,997 0 - NN NS Tak Giant " AINA DEARETA, MECAMIZADA dot $rs00am tai = A Ploviais gieenn RUA FRANCISCO 8A ILUSTRAGAO A Vi-I [RUA CONSELMEIRO LAFAYETTE ava vasiaae Pogo DE suc¢ho Popo DE aounas (casa De AQUINAS, ‘esTacho CLEvaTSnn sont oc AzEWEOO ava vasiagy eaTAri® ELEVATGnia MONG pe AREWEDO prover: toa® e4u010 sina QUEL aa nue gem wuosoeg coon ILUSTRAGAO LLUSTRAGAO A VI-4 ILusTRAgAO A VI-5 Lecenoa cc7 y . A i 2 - y : H r Why pA c L = AL ZZ = A eimai et em 3 eveon Gu rrageee OF ucrNos : ILUSTRACKO AVI-6 ANEXO VII Neste ANEXO sio apresentados os seguintes elementos: — Conceitos ¢ definigées extrafdos do “WPCF Manual of Practice n° 9", fis. 262/4, bi seados nos “Standards of Hydrautic In tute”. — TLUSTRACAO A VII-I: Relagdes entre al- turas ou cargas das bombas (caso de succdo negativa). — ILUSTRACAO A VII-2: Relagdes entre al- turas on cargas das bombas (caso de succio positiva). Conceitos e dofinigdes extraidos do “WPCF" Manual of Practice n.° 9", fls. 262/4, baseados nos “Standards of Hydraulic Institute”: a) “Referéncia de nivel” (“datum”): Todos os valores referentes a “altura total de sucgéo negativa’ (“suction lift"), “altura total de sucgio positiva” ("suction head”), “altura total de recalque” (“total discharge head”) © “altura Sig de sucgao positiva” (“net positive suction head”) sio expressos em relagio & “referéncia de nivel” (“da- tum’), a qual, no caso das bombas de eixo horizon- tal, corresponde & cota da linha de centro da bom- ‘ba e, no caso das bombas de eixo vertical, corres- ponde & cota do orificic io de entrada do impulsor. b) “Altura total de sucyiio negative” (“suction Iift” ha: ‘A “altura total de succio negativa” existe quan- do a “altura total de sucga0” (“total suction head”) & inferior & pressio atmosférica. Conforme se deter mina em teste, ela € obtida partindo-se da leitura de um mandmetro de liquido instalado no orificio de sucgGo da bomba, convertida em “metros de Iiquido” (© original refere-se a “pés de liquido”) em relagio A “referéncia de nivel”, subtraindo-se da mencionada Icitura a carga de velocidade no ponto de ligagio do mandmetro. ©) “Altura total de sacgio positive” head” hy: A “altura total de suesio positiva” existe quando a altura total de sucgo” (“total suction head”) & (suction REVISTA D.AE. superior & pressio atmosférica, Conforme se deter- mina em teste, ela € obtida partindo-se da teitura de um mandmetro de liquido instalado no orificio de suogo da bomba, convertida em “metros de Iqui- do” Co original refere-se a “pés de Hiquido") em relagio A “referéncia de nivel", adicionando-se & mencionada leitura a carga de velocidade no ponto de ligagdo do manémetro. “Altura total de recalque” ("total discharge head” ha: ‘A “altura total de recalque” corresponde & lei- tura de um mandmetro instalado na saida da bom- ‘ba, convertida em “metros de tiquido” (0 original referesse a “pés de Iiquido”) em relago & “referén- cia de nivel”, adicionando-se & mencionada leitura a carga de velocidade no ponto de ligagdo do ma- németro. ©) “Altura total de clevacio” (“total head” H, as véres referida, também, como “total dynamic head” TDH): A “altura total de elevagio” corresponde 20 va- lor do acréscimo de energia por unidade de péso do liquide a éste transmitido pela bomba, sendo igual, portanto, & diferenca algébrica entre a “altura total de recalque” ¢ a “altura total de sucgio” (“total siction head”). A “altura total de clevagio” tal co- mo se determina em teste, é igual 8 soma da “al- tura total de recalque” com a “altura total de suc- fio negativa”, quando esta existe: no caso de exis- tir “altura total de succSo positiva, se subtrairmos ‘esta da “altura de recalque” obteremos a “altura to- tal de elevagiio” procurada. f) “Altura Iiquida de succio positiva’ (“net posi- tive suction head” NPSH: ‘A “altura liquida de sucsio positiva” é igual & “altura total de sucgio” (“total suction head"), ex- pressa em “metros de liquide" (0 original refere-se a “pés de liquido"), na forma de pressio absoluta, determinada no orificio de sucgio e relacionada & “referéncia de nivel”, dela subtraindo-se 2 pressio de vapor do liquide em “metros de liquido” (0 original refere-se a “pés de liquido”), também na forma de pressio absoluta, Altura estética sucedo negative t ' hee. 7 de recalaue ! | Raferancia de nivel Ae —. ¢ Altura estético de = [4 1 Linha de energia total ‘ We S| 2 || es] 6 vijeg 3} os 3] $ aii 8 gl og |aitura astiitica 8 > ga) eg de recalque $ 4 4 Referénicie de nivel of w~ 43) do | f 7 Altura estdtica de | g | sucede negative 2 Perdas na admisedo m FE ald hg = altura total de suc¢do negative da borbe Loitura do monémetro na entrada da bomba me a I Pie 7 a i] vizot Linka piezome'trica RELAGOES ENTRE ALTURAS OU CARGAS DAS BOMBAS (¢aso DE sucgdo NEGaTIVA) ("WPCF Mamual of Practice n° 9 ~ pag - 263) iLustraGéo A V-1 n6 REVISTA DA | “ 2 Attar ete Altura estatica de sucedo sami 2/2 vi /2a Linha de energia total oiture total do elevasio—> Alturd estética Perdas no admissdo de recalque Bitura manometrica na salda da bomba: 7g" altura total de recaique 4 Aitura estético de suegdo positiva’ inna | prezometrica c Reforéncia de nivel tte : . ve/eo L fy = Altura total de suegdo positive Leiture do manémetro RELAGOES ENTRE ALTURAS OU CARGAS DAS BOMBAS (CASO DE SUCGAO POSITIVA) ("WPCF Manual of Practice n° 9" — pag 264 ILUSTRAGAQ A VII- 2 ANEXO VIIL ime ct tr ci il i Tt ILUSTRACAO A VIII: Estagio de bombeamento de esg6to bruto, em Colénia, Alemanha, utilizando bombas tipo “parafuso hidrdulico de Arquimedes”, com uma capacidade total de 20 m*/ s. us REVISTA DALE,

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