You are on page 1of 34
6.1 INTRODUGAO ee a ando 0 valor da tensiio como ‘Os motores eéricos so dvidkos em dois grandes grupos om : tase: cowente continua alterada, Para melhor visita os aferentes ios de motores el cos, raiser Figura 6.1. A seguir ser desert resomidamente os principals pos apresentados na figura meneionada. 6.2 GARAGTERISTICAS GERAIS DOS MOTORES ELETRICOS ‘As prineipais earacteristicas dos motores elétricos, em geral, so: 6.2.1 Motores de Corrente Continua ‘Sto aqueles acionados através de uma fonte de corrente continua, Sio muito utilizados nas indistrias quando se faz necessério manter 0 contiole fino da velociade nism processo qualquer de fabricagao. Como exemplo, pode'se cilar a inciistria de papel. Sao fabricados em us diferen- tes caracteristicas @) Motores série Sao aqueles em que a corrente de carga éutlizada também como corrente de excitago, isto, 'ts bobinas de campo sio ligadas em série com as bobinas do induzido, Bstes motores nfo podem pata vezi, ol sua veloetade endena a aumentarinefindemiente, danificando & maque ma, ) Motores em derivacio So aqueles em que o campo eaté drctamente igaso 8 font dea a a lumnehagio e em paralelo com ». Sob tensao constante, estes motores des: s senvolvem uma velocidade constante ¢ um conjugado varidvel de acordo com a carga. serra . VOLO LHO OCR VELULELLL OE He ow 5 ©} Motrwne compectos a Sa0 aquel é ta em pal coe gabe conte de das bobinas, Sendo uma ligada em sie ea cue 3 Udi ee nits Tes mck seul sa ranges ae one ek - vacto. isto 6, possuom ura clovada Conyugado de mg ieee 2 lnteno scionamenta do cae ne ca ette atid velcidadesroninatonea ona, 2. 8.2.2 Motores de Corrente Alternada So aqueles acionados através de uma fonte de c i iada. So utilizados na maioria 8 de uma fe te de comente altemada. Sao utilizados | Bee] be | | eS om (eS aye ee ea Fepaise| [roeeee| [ee el bere erent eae (a fa See Soe [aes] ‘FiGURA 6.1 CClassificegi dos motores eléricos at viiostipos de motores eléscos empregados em instalages industria, No catanto, por fo, vida sti longa, custo redv- suamaioraplicago nesta drea, devido a simplicidade de constr sas aio ware manutengi este lv i tratar mais especifiamente dos motores clénicos ‘assincronos de indugao. 6.2.2.1 Motores trifasicos ‘$40 aqucesalimentados por um sistema trifésico a us Fos, em que a5 ise estio defasadas de ib deirivor,Representam a grande maria dos motores empregedos nas instleties indus ais A Figur 62 mostaos sens prineipis componente. Podem Ser 40 p0 indigo on s{ncrone. IGURA 6.2 ‘Motor de indugo tiffsico cel de Gurto-Creuito BS VOE VEU CUFT HH GF HB OOS & OO w Ow wo we w www ~~ 4 ‘ebb “ie 8) Motazes de indugio ‘So constitufdos de duas partes bésicas: + Estator Formado por is elementos ~ Caccaga: cotituida de uma estrutura de construgto robusta, Fabriceda em ferro fundido, ago ou aluminio injtado, resistente& corrosio © com superficie aletada e que tem coro ‘principal funglo suportar todas as partes fixas © méveis do motor. — Nicteo de chapas: constituido de chapes magnéticas adequacdamente fixadas 20 estator, = Sorolamentos: dimensionedos em material condutar isolado, dispostos sobre o ticleo eh gos 8 rede de energia clética de alimentagéo. + Rotor ‘Também constituido de tés elementos bsicos. — Fixo; responsével pela transmisstio da poténcia mecdnica gerada pelo motor, = ‘Nicleo de chapas: constimido de chapas magnéticas adcquadamente fixadas sobre 0 eixo. = Banas ¢sinis de earto-cireuito (motor de gaiola): constitatdo de aluminio injetedo sobre- presséo, — Faolamentos (motor com rotor bobinado): constitufdos de material condutor ¢ dispostos sobre 0 nicleo. a) Demais componentes, + Veatilador: responsével pelo remorSo do calor aéurmulado na carcaga 2 Tampa defletore: componente mecSnico provide de aberturasinstaladas na pate trascire do rotor sobre o ventilador. Terminais: conectores metélicos que recebern 08 condutares de alimentagio do motor. > Rolamentos: componentes mecénicos sobse 0s quai est fixado o ci. + ‘Tampa: componente metilico de fechamento lateral 1 Caixa de ligagao: local onde estio fixados os terminais de ligagdo do motor. ‘As correntes rot6rions so geradas eletromagneticamente pelo estat, tinico elemento do mo- tor ligado & linha de alimentagao. © eomportamento de um moto eltico de nduglo xelatvo aozotor € comparado 20 secundé- rio de um transformador. ‘O rotor pode ser constituido de duas manciras: = Rotor bobinado Constinufdo de bobinas, cujos terminals sio ligados a antis coletores fixados a0 eixo do motor eisoladios deste, ij ‘So de emprego freqiiente nos projetos industrisis, principalmente quando se necessita de con trole adequado a movimentagko de carga, ou se descja acionar uma determinada carga através de reostato de patida. ‘Estes motores sfo construidos com o rotor envolvido por um conjunto de bobinas normalmen- te inteigadas, em configuragfo estela, com os terminais conectados & 1€s anéis, presos meceni- ‘camente 20 eixo do motor, porém isolados eletricamente, ¢igados através de escovas condutoras ‘urna resisténcia tiffsica provida de cursorrotativo. Assim, asresisténcias sfo colocadas em série Gam ¢ eirouito do encolamento do rotor, ¢ a quantidade wtilizada depende do mimero de estégios de partda adotado, que por sua vez, € dimensionado em fangio exchisivamente do valor ami: xima cortente admissivel para acionamento da carga "A Figura 6.3 mostra esquematiciments a ligago dos anéis acoplados ao reastato de partda, com a barra de curto-circuito medianamente inserida: 4 a Figura 6.4-mostra tamnbém a ligagso de ‘im motor com zeostato de partida ajustado para acionamento em trés tempos. " Atenés da Figura 6.4, pode-se abservar que, quando € acionado o contator geral C1 Tigado 208 terminais 1-2-3, 0 motor parte sob o efeito das dua resisténcias inseridas em cada bebinarotérica, 'Apés um certo periodo de tempo, previrnenteajustado, o contator.C3 cuto-cicnita 0 prmeizo fqupo de resistencia do reostato, o que equivale ao seguado estégio. Decorrido outro determinado perfodo de tempo, ocontator C2 opera mantendo em curto-citeuito 0 timo grupo de resistencias EVR ERE SUUU UOOEETwYWYeUTwveE TSECEEEEEE EEE EEE EELELE FIGURA 6.3 Motor de rotor bobinado IGURA 6.4 Reostato de partida arracta Cura-Creto para CrouteTerina Fadatincs CCeuto Terminal de Aimentacio Rosia de Pata do reosisto, o que equivale ao texceixo estéigio. Nesta condigdo, o motor entra em regime normal de fancionamento. (Os motores de anéis so particularmente empregados na frenagem elérica,controland ate- auadamente a movimentagio de cargas verticas, em baixas velocidades. Para isso, usa um sste- she combinado de frenagem sobressinerona ou subsincrona com invexsio das fases de alimenta- Gao. Ne etapa de levantamento, motor €acionado com aligagdo normal, sendo que tanto a forga Fecesséria para vencer a carga resistente, quanto a velocidade dt levantamenta so ajustadas pela jnsergao 04 retirada dos resistores do circuito do rotor. Para 0 abaixamento da carga, basta javer- ter dias fases de alimentagfo e 0 motor comporta-se como gerador, em regime sobressincron, fomecendo energia & rede de alimentagéo, girando, portant, no sentido contréio 20 funciona: mento anterior ‘Sao empregados no acionamento de guindastes comeias transportadoras, compressores 8 pis- tio ete — Rotor em gaicls Constitufdo de um conjunto de barras néo isoladas e interigadas através de anéis condutores ceurto-circuitados. Por sua maior aplicecao industrial, seré 0 objeto maior deste capitulo. ‘O motor de ndhcéo opera normalmente auma velocidade constant, variando igrramente com 1 aplicago da carga mecanica no eixo. 1 fancionamento de um motor de indugéo baseia-st no prinefpio da formagio de campo mag- nético rotativo produzido no estator pela paseagem da cotrentealterada em suas bobinas, Cvj0 ‘uxo, por efeito de sua veriagto, se desloca em volta do rotor, gerando neste correntes indusidas aque tender a se opor a0 campo roativo,sendo, no entanto, rrastado por este ‘© rotor em nenhurna hipétese atinge a velocidade do campo rotaivo, pois, do contréri, nto haveria peragdo de correntes induzias, climinando-se o fendmeno magaético rotsrico responsé- ‘el pelo trabalho mecinico do rotor. Quando o motor est girando sem a presenga de carga meciniea no eixo, comumente chamado motor a vasio, o 1otor éesenvolve unna veloeidade angular de valor praticamente igual & velocida- {de sfncrona 69 campo girante do estator. Adicionando-se carga mecinica ao eixo, orator diminui | | : : ‘sua velocidade. A diferenga existente entre as velocidades s{ncrona e a do rotor é denominada escorregamenio, que representa a fragdo de rotago que perde 0 rotor a cada rotago de campo rotGrica. O escorregamento, em termnos percentuais, € dado pela Equagao (6.1). ww % 100 (%) ep W,— velocidade sfnerona; W— velocidade angular do rotor. 6.2.2.2 Motores sincronos Os motores sfncronos, comparativamente 20s motores de indugo e de rotor bobinado, so de pequena utilizagso em instalagbes industri. (s motores sincronos funcionam através da eplicagHo de uma tenso altemada nos temminais do estator, excitando o campo rot6rico por meio de uma fonte de eomrente continua que pode ser diretamente obtida de uma rede de CC, de um conjunto retificador, de uma excitari2 dietamente acoplada no eixo do motor, comumente chamada de dinamo, ou de um grupo motor-gerador. A excitagio do campo € feite geralmente através de anéis coletores acoplados a0 eixo do motor A conente absorvida pelo circito estaéiio € fungo da corrente de excitag&o para uma deter- riinada carga acionada pelo motor. Quando 6 motor est girando a vazio, a corrente do estator & praticamente igual 4 corrente de magnetizagao, Se for acoplada 20 motor uma carga mecinica, a corrente absorvida pelo estator aumentard,estabelecendo um conjugado motor suficiente para ‘voncer o conjugado resistente. Quando a corrente de excitagao € de valor xeduzido, isto &, 0 motor esté subexcitado, a forga letromotrz induzidanocircuitoestattico € pequena, fazeido com que oestatorabsorva da rede {de alimentagio ums determinada poténciareativa necessézia &formapio de seu campo magnético caja comente estéatrasaca em relacdo &tensdo darede. Seacorrente de excitagao for aumentada gradativamente, mantendo-se a grandeza da carga e, consequentemente elevando-s¢ 0 Valor da forga eletromotriznoestaior, deve-se chegar num determinada instante em que a conente estatrica, até entfo atrasada, fica em fase com a tensto da rede significando um fator de poténcia unitéio. Se este procedimento continuar, ito é, se a conente de excitacéo for eumentada ainda mais, a corrente estatrica se adiantard em relagdo 8 tens, carzcterizando a scbreexcitapio do motor sincrono, fazendo com que este passe a forecer poténcia restiva & rede, trabalhando com um fa- tor de poténcia capacitivo. Esse 6 0 principio bisico da corregfo do fator de poténcia de uma instalagio, utlizando omotor sincrono em altemativa a banco de capacitores. ‘A Figura 6.5 mostra a variagdo da corrente estatérica e do fator de potncia relativaments & corrente de excitagio. A Figura 6 6 relaciona percentualmente a poténcia capacitiva fomecida po. tum motor sfncrono em relacdo @ sua poténcia nominal, em fungio da variagao de carga, para i © dado fator de pottncia capacitivo. Armada FP « Coren Cente deeschazo FIGURA 6.5 Fator de pot@ncia corrente de excitacéo FrOURA 6.6 CCapacidade do mor sinerono no fornecimenta de poténcia OO WW WwW www yew ww were by & webb! 400 0 Potéroia Renta em Fungo = i i o 25 50 7% 10020 Carga (96 68 Ph) Através das curvas da Figura 6.6 conclui-se que um motor sincrono com fator de paténcia 0,80 pode fomecer, quando a vazio, 66% de sva potEacia em cv em poténcia reativa capacitiva. Se for acoplada ao seu eixo uma carga mecinica de valor igual & nominal, ainda pode fomecer 62% de ‘sua capacidade em poténcia capacitiva, Cabe alertar que, neste caso, relativamente A Figura 6.6, 0 ‘motor sincrono esté operando sobreexcitado, ‘Avutilizagdo de motores sfacfonos acionando determinedos tipos de carga mecinica para cor- reso do fator de poténoia dc uma instalacao industrial requer cuidados adicionais com respeito As flotuagées no torque, devido & natureza da propria carga, Também, motores sfacronos, de potén- cia inferior a 50 cv, nAo so adequados & coreeao do fator de poténcia, em virtude da sensibilida- {dc de perda de sincronismo quando da ocorréncia de Tlamactes de tensio na rede de alimentagao, (Os motores sincronos apresentam dificuldades operacionais priticas, pois necessitam de fonte. de excitagao, requerendo manuten¢ao constante e muitas vezes dispendiosa, ‘Uma das desvantagens de utilizagao do motor sincrono est4ina partida, pois €necessdrio que se Jeve o mesmo a uma velocidade suficientements préxima da velocidade sincrona, afim de que ele Possa entrar em sincronismo com o campo girante. Siio empregados vérios recursos para tal finalidade, dos quais so citados dois: + utilizagZo de um motor de comrente continua acoplado ao eixo do motor s{ncrano; + utilizagio de enrolamento de compensagio. Através da eplicagio deste tltimo método, o comportamenté do motor sfacrono duranté a par- tida € semelhante ao do motor de induczo, Durante « patida do motor sion, dotado de enrolamentos de compensagfo também conhe- cidos como enrolamentos amortecedores,o enrolamento de cazapo de comrente continua deve ser ‘aurlo-cirevitado, enquanto se aplica a tenso da rede nos terminais do estator até levar 0 motor & vvazio & condicao de sincronismo, semelhantemente a um motor de indugao. A scgoit, desfaz-se a ligaglo de curto-circalto do ensolameato de campo e aplica-se nele uma corrente contious,sjus- tando-se adequadamente &finalidade de wilizagio a que se prope. ‘Construivamente, os encolamentos amortecedores podem scr do tip gaiola de esquilo ox do tipo rotor bobinado. Neste limo caso, o motor sincrono utilize cinco anéis coletores,conformne ‘squema da Figura 67, sondo qu cm tres destes se acoplam as resistncias extemas do reastaio de patida, enquanto 0s outros dois sio ulizados para a excitasio do campo rotrico, Asemethanga do motor de indugao, amedida que se eduz a resisténca do circuit de amorte- cimento, o motor se aproxima da velocidade sfncrona até que se aplica no enrolamento de campo ‘uma tensio em corrente continu, fazendo 0 motor entrar em sincronismo com 0 campo girante. 6.2.2.3 Motores monofasicos de indugao 0s motores monofisicos so relativamente 20s motores triffisicos de pequeno uso em instala- es industriais. So construfdos normalmente para pequenas potencias (até 15 cv, em geral) LbPEELEEL EWE bHVUU UU UH TU GWE FU HUY WY EUrwveer~~—- HOUEA 67 Motor sincrono A 1 ceed ace stator oe eee esseeaeeeeeel 1 edie Coetoree 0s motores moiofisicos so provides de um segundo enrolamento colocado no estatore def. sado de 90° elétricos do enrolamento principal, eque tem finalidade de tornar rotativo 0 campo estat6rico monofésico. Tsto ¢ 0 que permite a partida do motor monofésico. ‘0 torque de partida € produzido pelo defasamento de 90° entre as correntes do cizeuito princi- pal e do circuito de partida, Para se obier esta defasagem, lige-se a0 cixcuito de partida um condensador, de acordo com esquema da Figura 6.8(3). ‘0 campo ratative assim produzido orienta 0 sentido de rotagio do motor. A fim de que 0 cis cnito de partida nfo fiqueligado desnecessariamente ap6s o acionamento do motor, um disposti- ‘yo eutomético desliga o cnrolamento de pasta, pasando o motor a funcionar normalmente em regime monofésico. Este dispositive pode ser acionad por um sistema de forga centrifuge, con- forme Figura 6.8(2). “A bobina que lige o cixcuto do pastida 6 desenergizada pelo deeréscimo (lo valor da coment: no eircuito principal apés 0 motor entrar em regime normal de furcionamento. ‘A Figura 6.8(b) fomece o detale de igagio desse dispositivo automtico. CO conrensadr de partida do tipo eletroitice que tema caracteristica de funcionar somente quando solicitado por tensGes com polaridade estabelecida. & montido, normabmente, sobre a carcagt do tstetor através de um suporte que também tem a finalidade de protegé-lo mecanicarente 'A Tabela 6.1 fomece as caracteristicas bésicas dos motores monofisicos. Os motores monofésicos podem ser do tipo induczo ou sinerono, cujas caracteristcas bisicas sii idénticas as que foram estabelecidas para 0s motores trifésicos correspondentes 6.2.2.4 Motores tipo universal ‘Seo aqueles capazes de operar tanto em corrente continua como em corrente alternad. $80 mplamente uilizados em aparelhos eletrodomésticos, tnis como enceradeiras,liiidificadores, sons [- y Li ' es aa ie a Ha ui BE BE a oe CLUE 5 ee ee a pm owes jeer eae omc ees ‘TABELA 6.1 Caractersica dos motores eléricos monfisicos potencia Ae | 1s | ua 2 | 15 3 | 22 a | 30 3 |ag ms | 38 yo | 75 1 | 09s as | oat 2 | 15 3 | 22 4, | 30 s | 37 batediras et $40 constitutdos de uma bobina de campo em sétic com‘a bobina da armadura ede tuma bobina de compensacio que pode esta ligads em séric ov em paralelo com a bobina de cam- po, euja compensagio & denominada respectivamente de condutiva ou indutiva 6.3 MOTORES ASSINCRONOS TRIFASICOS COM ROTOR EM GAIOLA Osmotares de indugio trifésicos, rotor em gaiola, so usados na maioria das instalagGes indus- tris principalmente em méquinas ndo suscetiveis a variagbes de velocidade. Para obtengio de velocidade constante, devem-se usar motores sineronos normalmente ‘construidos para poténcias elevadas, devido a seu alto custo relativo, quando fabricados em po- ‘Bncias menores, "A seguir, sero estudadas as principais caractersticas dos motores de indugdo trifisicos com sotor em gaiola. 2 6.3.1 Poténcia Nominal Ha poréncia'que o motor pode fornecer no eixo, em regime continuo, sem que os limites de temperatura dos enrolamentos sejam excedidos aos valores maximos permitidos por norma den- trode sua classe de isolamento, Sempre que sao aplicadas aos motores cargas de valor muito ou pesor ao da poténeia para a qual fram projetads, os seus enrlaments sofrem um aqnecimento Gnonnal, diminuindo a vide stil ds méquina, podendo danificaro isolamento até se estabeleces ‘um curto-cirouto interno que caracteriza a sua quash. 'A poténcia desenvolvida por um motor representa a rapidez com que a energin¢ alicada para mover a carga. Por definigfo, pot@ncia€a relagio entre a energia gosta para realizar um determni- atl taballi ¢0 tempo ern que o mesmo foi executado. Isto pode ser fecilmente entendido quan- do so considera a poténcia necesséris para levantar um objeto pesando 50 kgf do fondo é® um ‘pogo de 40-m de profundidade, durante um perfodo de tempo de 27 s. A energia gasta foi de SO gi 40 m ~ 2.000 kgf -m. Como o tempo para realizar etc trabalho foi de 27 s, a poréacie cxigida pelo motor foi de P= 7.00/27 kat * mils = 74 kg! - mls. Se 0 mesmo trabalho tivesse SEVEEETSSHHUHUOUY VUWOO wT wwe ~~~ --- VLHEEEEE a — — ~eeecR ser incrementada para Pya = 2.00/17 a poténcia do motor teria que ‘poténcias dos que ser realizado em 178, Considerando que 1 ev equivale a 75 ket mis, entio as gf - m/s = 117 gf - ms. motores seriam: 14 Bogs= crc BT 56112 75 inal normalmente é fornecida em cy, seido que 1 ev equivale 80.736 KW. ior depend da elevagao de temperatura dos enrolamentos du ante pcielo de carga, Assim, um motor pode acionar ums carge com potinci SPSS A.sva po- a oa ual até ingir um conjugide um povco inferior a seu conjugado mésime Tiss sobre carga, no entanto, fo pode resltar em temperatura dos envolamentes “superioges & sua classe de ‘ereperatura Do contro, a vide itil do motor ser sensivelmente feta ‘Quarido 0 motor opera Com cargas de regimes intermitentes, a pOwDES ‘nominal do motor deve set ealoulada lovanda er considerapoo tipo deepime, Bsse assunto seréwatat PM Capfaulo 7 Cae informago adicional, a seguir so dads as expresses que pemitem determinar 8 Po téncia de um motor para as atividades de maior uso industrial: {A poténcia nomi ‘A poténcia nominal de um mot 8) Bombas SBxONyNS (62) A 'Py~ poténcia requerida pela bomba, em KW; ‘Q~ quantidade do Iiquido, em m/s; “y— peso especifico do iquido, em ke/aan*; = 1 kg/d? — para gua [A altura de clevagio mais altura de rec 1~ eficiéncia da bomba 0,87 = 7 $0,90—para bombas a pistio; 0.40 < 7 0,10 ~ para bombas centrifuges. alque, em m; EXEMPLO DE APLICACAO (6.1) ‘Catculas a potfncia nominal de 0,50 ms. A altura de recalque mais & tum motor que ser acoplado & urna bomb centage, cxje vezi € de de clevayio é de 15 me desGina-se.8 captago de &gua potivel 98X05 K1XI5 ‘ 0,70 05,0kW + PF, =150 cv (abele. 63). 1) Blevadores de carga oxy we 6) axe 6» P.— pottncia equerida pelo motor do guindaste, EW am 0,70 (C— carga a serlovantada.em kg: y— yelocidade, em mis: 0,50 < V-= 1,50 mis ~para clevadores de pesto®; O0 = V= 0,60 ms — para elevadores de cage EXEMPLO DE APLICACKO (6.2) ‘Determiner a pottncia nominal de un motor mica 62 400 do um clevador de carpa destinado a levantar uma e3f88 2 ) , ; ) , > 5 5 > e B 5 3 ® o 8 a & 3 3 a 3 a a a @ 2 3 2 a a Bp B 2 2 2 a a a 2 2 a \ | | | al WEEEVSEEEEVELE EEE VGCVEE FOO EE UOT Sw EE eye eH 6 $0008 5.3540 Pq = Sv (Tabata 63) 12xa7 . ae ) Ventiladores OxP Re ay 4) ‘Py poténcia requeida pelo ventilador, em kW; Q— vazio, em mle, Po pressto, em Nias sy rendimento: G50 2 0,80 para ventiladres com P > 400 mig; 035 < 9 0.50— para ventladores com 100? = 400 mms, (0.20 < = 0.35 para ventiladares com P = 100 aml. (be. Lmblg = 9,81 Nin Nin? = 1,02 x 10°? kesh? ) Compressores Ka XW.X! = EAN Cn 65) 1000 ne ‘P= potdaciarequerida pelo compressor, em kW; TW, velocidade nominal do compressor, em "ps Ga conjugado nominal do Gompressor, em ™N; ‘he yeadimento de acoplamento: Ma 095 J ExeMPLo DE Apicagho (6.3) Detemfoara pléncia de um compressor sibendose que aredugio do acoplamento 0/66, avelociade o compressa 6 de 1.150 rpm eo conjugado nominal de 40 mN. + Velocidade nominal do motor W, 1430 = 1:42pm Ro 0 Velocidade nominal do compressor 1.130 w= 19,16 ps + Potfacia nominal do motor 2X WX 19,16 X40 _ =suw > P= TSev (Tube 63). a 1.000 X 0,95 qTaereralel 65). Exits uri condggo operaional d motores muito wlizeda em proceso inurns notdement em cea antes, quai das ov mais motores foncionam mecaricamente em paleo. sas roles dere inicas io soopladas por um mecinismo qulqver wala meraricamey- cee Se idem eceguigulent, Dare so, nezasio qe cS motores eum omeSTO SONS Tern, omesmo aero de polos amex pttna nominal 30 #0. oa ais naorestém omeamo rier depos, mas frets ptencias nominal ne x0, ne- salmon dvigem carga na mesa proper de suas poténcias de sada 6.3.2 Tensao Nominal + instalagbes eléticas industriais sfo de 220, 380 6440 V.A ‘As testes do maior utilizago na Grouite depende das tensOes nominais miltiplas para as quais ligagiio do motor nurn determinado ci foi projetado, o que serd objeto de estado posterior. Os motores devem trabalhar dentro de limites de desempenho satsfatécio para uma variago dc tensto de 10% de sua tensfo nominal, desde que a freqiéncia afo varie. No Capitulo 10 se- 180 mostrados os efeitos das variagdes de tensZo e freqUncia sobre as motores, indicando-s¢ 05, Aispositivos de protecio adequados. 4.3.3 Corrente Nominal B aguela solicitada da rede de alimentagdo pelo motor trabalhando & poténcia nominal, coma freqiéncia e tens6es nominais. O valor da corrente & dado pela Equagio (6.6) 736 (A) 6.6) VERY XX cosy pot€ncia nominal do motor, em cv: V— tensdo nominal tifasica, em volts; 1 rendimento do motor; cosi)— fator de poténcia sob carga nominal. 3.4 Fregiiéncia Nominal ‘Baquela fornecida pelo circuito de alimentacio ¢ para a qual o motor foi dimensionado, (O motor deve trabalhar satisfatoriamente se a freqliéncia variar dentro de limites de + 5% da freqiéncia nominal, desde que seja mantida a tensio nominal constante. Os motores triffsicos com rotor bobinado quando ligados numa rede de energia elétrica cuje ‘reqiéncia é diferente da frequéncia nominal apresentam as seguintes paticularidades 2) Motor de 50 Ha ligado em 60 Hz + apoténcia mecancia néo varia; + acomente de carga néo varie; + acomeate de partida diminui em 17%; + avelocidade nominal aumentaem 20%, ist , na mesma proporsso do aumento da freqién- ci, + arelagio entre 6 conjugado méximo ¢ 0 conjugado nominal diminui em 17%; + aselagio entre 0 conjugado de partida © o conjugedo nominal diminai em 17%. 1) Motor de 60 He igado ex SO Hz a poténcia aunenta em 20% para motores de IV, VIe VI pélos; + acorrente de carga no varis; + a yelocidade nominal diminui na mesma proporgao da redueSo da flequéncia: + arelagio entre o conjugada méximo e 6 conjugado nominal avmenta; + arelaggo entre o conjugado de partida ¢ 0 conjugado nominal aumenta, EVE LEOE LCCC S CEH oUVE Seer em =~ 3.9 Fator de Poténcia Deve-se consultar 0 Capitulo 4. 3.6 Fator de Servigo ‘£.um niimero que pode ser multiplicado pela poténcia nominal do motor, a fim de se obter a carga permissvel que o mesino pode acioner, em regime continuo, dentro de eondigses cestabelecidas por norma. (fat de servigo nfo est ligado & capacidade de sobrecarga pépra dos motores, vor geal ‘mente, situado entre 140 ¢ 160% da carga nominal durante periodos curtos. Narealidade, o fator de servigo representa uma poténcia adicional continua, #0 GEELHOLELEES 6.3.7 Perdas Ohmicas BOOOOOM YY wwe wwve~~~- - Fi FIGURA6.9 Perdaselérices num motor BYLELELLEELEEBHD | 6.3.8 Expectativa de Vida Util (0 motor absorve do circuito de alimentago uma determinada poténcia que deverd ser transti tida 20 eixo para o acionamento da carga. Porém, devido a pordes intsmas em forma de calor ge- rado pelo aquecimento das bobinas dos enrolamentos e outras, a poténcia mecinica de saida no cixo é sempre menor do que a poténcia de alimentardo, Deste fendmeno nasce 0 concrito de ren dimento, cujo valor é sempre menor que a unidade, ‘As perdas verificadas num motor elétrico #20: + perdas Joule nas babinas estatGricas: perdas no cobre (P..); = perdas Joule nas bobinas rotGricas: perdas no cobre (P..);, + perdas magnéticas estatricas: perdas no ferro (P,)s + perdas magnéticas rot6ricas: perdas no ferro (P,) + perdas por ventilagao: (P,); + perdas por atrito dos mancais: perdas mecnicas (P,). ‘A Figura 6,9 ilustra o balango das poténcias e perdas elétricas envolvidas num motor elétric. ‘Todo o calor formado no interior do motor deve ser dissipado para 0 meio exterior através da superficie extema da carcaga, auriliada, para determinados tipos de motores, por ventiladores acoplados 20 eixo. ‘Nao se deve julgar 0 aquecimento intemo do motor simplesmente medindo se a temperatura da carcaga, pois isto pode fornecer resultados falsos. (Os mbtores trifésicos ligados a fontes wiffésicas desequilibradas sofrem o efeito do componen- te de seqiéncia negativa em forma de aquecimento, provocando o aumento das perdas, principal mente as perdas no cobre e, reuzindo, assim a poténeia de said dispontvel dos mesos. Portanto, deve-se procurar manter © mais equilibrado possfvel a tenséo entre fases de alimen- tagdo dos motores elétricos, | ‘A vida itil de um motor est intimamente ligada ao aquecimento das bobinas dos enrolemen tos fora dos limites previstos na fabricagZo da méquina, 0 que acarreta temperaturas superiore ‘0s limites da isolago. Assim, uma elevagao de temperatura de 10°C na temperatura de isolaga de um motor reduz a sua vide iil pela metade ¥ também afetada pelas condigdes desfavoréveis de instalagSo, tais como umidade, ambient ‘com vapores corzasivos, vibragbes te ‘O aquecimento, fator principal da zedugio da vida il de um motor, proveca o eavelheciment gradual e generalizado do isolamento até o limite de tensio a que est submetide, quando entto motor ficaré sujito a um curto-circuito intemo de consequiéncia desastrosa TExistem algumas teorias que justificam a perda de vida ttl das isolagSes, De acordo com um elas, conhecida como teoria disruptiva, as ligagBes moleculares dos materiis solaates slide sko romupidas, provocando a ruptura dos mesmos. ] 9 ’ 2 3 5 Q > 8 a @ a a a 2 2 2 a 2 o a 2 2 2 2 2 2 2 . ; a 2 2 a a 2 2 2 ) 2 2 a 2 2 2 2 2 FIGURA 6.10 ca.000 ‘Vida wil das isolagoes 0.000 r0.000 % q 5000 Vie Uti em (Hora g 38 2 2 3)8 8 Temperatura C} 400 120 ‘A vida dtil de uma isolagio pode ser avaliada pelo tempo decomrido apés 10% das amostras do ‘material em anélise apresentarem falha. A Figura 6.10 permite determinar a Vida util das isolagées para as classes Ae B. 6.3.9 Classes de Isolamento ‘Anorma agrupa os materiais isolantes ¢ 0s sistemas de isolamento no que se denomina classe deisolamento, e estes sio limitados pela temperatura que cada material igolante pode suportarem segime continuo sem afetara sua vida ttl. ; ‘Sio as seguintes as classes de isolamento empregadas em méquinas clétricas + classe A Timite: 105°C: seda,algod%0, papel similares impregnados em Iquidos isolen- tes. Por exemplo, esmalte de fios; + classe Elimite: 120°C: fibras organics sinéticas; + classe B limite: 130°C: asbest, mica © materiis 8 base de polésts; + classe F—limite: 155°C: fra de vidro,emiantoassociado amateriis sintéticos (silicones); classe H. limite: 180°C: fibra de vdeo, mica, asbesto associsdo a silicones de alte es dade térmica, As classes de isolamento mais comumente empregadas sto A,B e B, sendo 2 H de pequena ulllizago. Como jé foi visto na See0 6.3.8, a temperatura do enrolamento € fundamental para a vida ttl do motor. 6.3.10 Elevacao de Temperatura A temperamira de serviga dos motores elétricos nfo & uniforme em tadas as suas partes compo- nentes. Para fazer a sua medi¢do, so usados detetores térmicas inseridos nos enrolamentos, 0 que ‘petmite a determinagio da temperatura do chemado ponto mais quente. ‘No entanto, quando nfio se dispbe desses detetores pode-se determinar a temperatura dos enzo Jamentos através da Equagao (6.7): X (235 +7;) — 235 (°C) 62) R T— temperatura média do enrolamento, em °C: {T,— temperatura do enrolamento com o motor fri & mesma temperatura ambiente, em °C; ,~ resisiéncia Ohntica da bobina com 0 motor fio & rhesma temperatura ambiente, em 9; AR, sesisincin 6hmica do enrolamento do motor, medida quando este atingir o aquecimento de regime, em 0. Para se determinar a elevaglo de temperatura do enrolamento deve-se aplicar a expresso: sec VES STCHOUVEWHOCWWeOwwYweowo nw e es BVERECEU SELBEREE CEES IOURA G.11 Poténcia de wm motor % alirade FIGURA 6.12 “Temperataas dos motores slétricos xB 7% RBG =2) °C) (68) T,— temperatura do meio refrigerante no fim do ensaio, em °C. 0 valor.de 7 obtido da Bquago (6.7) representa a temperatura média do enrolamento, dado que a resistencia dhmica média é referente a todo o enrolamento e nao somente ao ponto mais quente, o que seria 0 correto, Porém, na pratice, observa-se que esta diferenga de temperature nfo varia significativamente, ‘0 processo de medida, como se pode notar, 6 baseado na variagdo da resistencia Ohmica do condutor do enrolamento em fungio da variaglo de temperatura tempo de resfriamento de um motor, desde a sua temperatura de regime até a temperatura ambiente, 6 varidvel com as dimensGes deste. Em média, para motores pequenos, pode-e tomé- o como sendo de trés horas, para motores de potencia elevade (acima de 60 ov) de cinco horas. Por dificuldades de ventilagto em determinadas altitudes, motivadas por rarefagao do ar ambi ‘ete, os motores sio dimensionados normalmente para trabaliar, no méximo, «1.000 m acimado nivel do mar. A Figura 6.11 mostra 0 decréscimo percentual da potncia do motor em fungio da altitude de sua instalagao, bem como a influéncia da temperatura do meio refrigerante ‘Como o valor da temperatura é tomado pela média, a elevagSo de temperatura do motor é ad- ritida inferior em 5®C para motores das classes A ¢ B, em 10°C para a classe B, em 15°C para as classes F ¢ H. O grafico da Figura 6.12 ilustra esse procedimento, g= = 7 beh tte te ate FS} eet | § git [aes » Bell? a] of | Ele ee ‘Neste ponto é conveniente fazer uma andlise das circunstincias em que um motor de indugo é ‘conczido a temperaturas elevadas em fungao das condigées a que sko submetidos. Pare isso, pode- se representar um motor de indugda como uma fonte de calor resultante dos efeitos térmicos das ‘bobinas e do ferro do estator, bem como das barras de curto-circuito € do ferro do rotor, Por outro lado, o mesmo motor pode ser representado como um dissipador de calor, através da apo do meio reirigerante, de forma natural on forgada. Se ofluxo de calor gerado esté sendo reirado na forma do rojeto da méquina pelo sistema de dssipagao térmica, a temperatura nas diferentes partes do motor ‘atinge um valor que permite classficar 0 seu funcionamento como de regime permanente bo OEY Eb bLELEHBV HSE H BOT VOLO HEE OO OT EH Y ~~ ~- 6 Serio analisadas as seguintes condigées operativas. 8) Sobrecarga de curtae longa duragio ‘Ao se analisar um motor sob o aspecto de sobrecarga hé duas consideragées a serem feitas. A primeira diz respeito as sobrecargas de curtaduragéo, caracterizades pelas parties dietas do moto, onde a conente se eleva a valores entre seis oito vezes a corrente nominal num custo espaso de tempo, da ordem de 0,5 a5 s, impossibilitando a troca do calor gerado pelo estator e rotor para o meio ambicnte, Devido & corrente elevada e 20 calor produzido, medido pela energia dissipada gual a £ = RP X 1, temperatura nas barras do rotor do motor se eleva a valores de 300. 350°C, podendo ser danificadas por deformagio permanente, Como nfo hf troca de calor com 0 exterior, 08 condutores dos enrolamentos se aquecem ¢, conieqentemente, a sua isolasto, cujo processo é chamado de aquecimento adiabético, "A segunda andlise diz respeito as sobrecargas de longa duragio caracterizadas por sobresgolicitago mecinica no eixo do motor, onde a comente de sobrecarge atinge valores mo- VEX, xnav XL > VOXEL Py [estas condig6es, a corrente que ciroula pelo relé nz operapio bifésica € de 57,7% superior & corrente nominal de motor que, em operasto tefésice, ciccula pelo mesmorelé. Assim, uma motor de 100 cv tem uma comrente nominal de 135,4 A e, quando em operagio bifésica, a corrente que circular pelo relé € de 234,5 A, isto 6, a comentc que sensbilizaré 0 rlé é de 57,7% superior 3 corrente nominal do motor, ou sje: 1, 1354 7,16%X Ty, ou: AL == X 100 = cf Ja«135,4 1,.7% PWUSES DS PEEYVEWEBLEGUUEE SV OWU YYW E were eee ~~ 2 2 2 2 2 Wi Se um relé térmico for ajustédo para 0 valor da corrente nominal, como & aconselhével, a atu ago do relé se dard aproximadamente em és minutos para 0 rel€ afro, isto é,no sew inicio de funcionamento, ou em 45 ¢ com o xlé a quente, isto 6, ap6 decomrido tempo auficiente para oe aleangar a extabilidade térmica. Se 0 motor estver funcionando com uma carga de até 37,7% 40 seu valor nominal, o relé térmico nko seria senSibilizado. Aparentemente nfo haveria danos io rotor j& que a correnteabsorvida pelo mesino seria igual corrente nominal. Porém,nestas cix- cnsténeias ba um grande desequilforio de correntecirculando no estator da méquine e, conse~ aqlentemente, eparecerd um forte componente de seqiéncia negativa,afetando termicameate orotor ¢) Desequilforio de corrente Quando as correntes absorvidas pelos motores de indugao estéo desequilibradas surge umn con- Jugado de frenagem que se ope ao conjugado motor, Porém, o motor continua girandono sentido ‘normal, sofrendo uma ligeiza queda de velocidade angular. A poténcia no eixo do motor pratica- mente permanece inalterac. ‘© campo de seqtiéncia negative qus gira ao contrévio do campo normal ou de seqiéncia positive induz nas bazras do rotor uma comrente na freqiéncia duas vezes superior & frequéncia industrial, Motivatio peloefeito skin, em que as comrentesindesrjades de alta freqiéncia tendem a cicoularatra~ vés da superficie dos condutores dos enrolamentos, 0 rotor fica submetido de imediato aos efeitos ‘térmicos resultant do processo, enquanto oestator praticamente nfo € aterado termaicamente ene absorve nenluuma Corrente adicional,jé que a poténcia no cixo permances constants. Se o motor estiver operando na sua poténcia nominal, o rotor rf softer um aquecimento acima do seu limite térmico e as protecées instaladas nos condutore’ de alimentagao nao sera sensibi- lizadas. Para que o motor seja protegido contra elevagdes de témperatura sto utilizados protetores tér- smicos instalados no interior dos seus enrolamentos, dimensionados em funfo da isolagio emnpre- ada ¢ das caracterfsticas de projeto do motor. Assim, comumente sfo utilizados os seguintes cle- ‘mentos protetores: 2) Terostatos So camponentes bimetélicos construfdos de duas liminas com coeficientes de dilatagao dife- rentes dotadas de contatos de prata em suas extremidades que se fecham quando ocorre uma ele- vvasiio de temperatura definida para aquele tipo de projeto. Para conferir maior grau de seguranga ao motor, podem ser utilizados dois termostatos por fase. O primeizo termostato a0 ser sentibilizado para o valor da elevagao de temperatura do motor faz aniar um alarme sonora e/ou visual, enquanto © segundo termostato ao ser scnsibilizado para 0 ‘valor da temperatura méxima do material isolante faz operar o sistema de protegdo, desligando 0 ‘motor. ) Termorresistores Sao componentes eujo funcionamento é baseado na varigeao da resisténcia elétrica er fung¥o da temperatura aque esto submetidos. Apenas alguns materials seguem essas carcteristica, tas ‘como 0 cobre, a platina e o niquel. Sao febricados de forma a se obter uma resisténcia definida ‘pera cada aplicagdo e que varia linearmente de acordo com a temperatura. Essa caracesistica per- mite que se acompanhe a evolugio do aquecimento do ensolamento do motor durante a sua ope- regio, ‘So aplicados em motores que operam méquinas com fung6es vtsis para 0 provessoe que tra~ balham em regime intermitente de forma muito isegula. Podem ser uilizedos para alarme e des~ ligamento, conforme o uso dos termestatos. 'Esses componentes podem ser conectados em monitores de controle de um sistema industrial sutomatizado, permitindo 0 acoinpanhamento térmico do motor. ©) Termistores ‘So componentes térmicos constituidos de matersis semnicondutores que Variam sua resistén- cia etétrica de forma brusca quando a temperatura do meio cm que est inserido atinge © valor da temperatura de atuacio do termistor. Esses componentes podem ser construtdos de das diferen- 15 formas quanto a0 coeficiente de temperatura + TipoPTC = GE ‘Sio clementos cujo cosficiente de temperatura € positivo, isto 6, a sua resisténcia aumenta de Forma brusca quando a temperatura do meio atinge o valor da temperatura de calibragio do tecmister, ‘A clevagdo brusca da resisténcia clétrica do termistor faz interromper a circulagio de corrente que. ‘miantém abertos o8 contatos de um contator auxilir, responsavel pelo acionamento do disjunior ou de um contator de comande do motor. ara dar maior grau de segurange an motor, podem ser wtilizados dois termistores por fase. O primeiro termistor, a0 ser seusibilizado para o Valor da temnperasure dv motor, 2 atvar won alam ‘sonoro e/ou visual, enquento o segundo termistor, a0 ser sensibilizado para. valor da temperatura ‘mixima do material isolante, faz operar o sistema de protego, desligando o motor. + Tipo NTC ‘Sfio elementos cujo coeficiente de temperatura é negativo, isto é, a sua resisténcia diminui de forma brusca quando a temperatura domeie atinge o valor da temperatura de calibragio do texmisto:. “Aredugdo bruseé darresisténcia elétrica do termistor faz circular comrente na bobina de um cantator auailiar responsével pelo acionamento do disjuntor ou de um coatator de comando do motor. Para dar maior grau de seguranga ao motor, podem ser utilizados dois termistores por fase, da ‘mesma forma que 0s termistores do tipo PTC. Para a protegio dos motores eléticos, so nilizados os termistores do tipo PIC, visto que os cixcuitos eletrOnicos disponiveis operam com caracteristica PTC. EXEMPLO DE APLicagho (6.4) “Determinar a temperatura mécia do enrolaiento © clevagi de temperatura correspondents de um motcr, caja resistincia do enrolamento medida afro (temperatura ambiente de 40°C) fl de 0,240.9. © moter fo! Tigado em carga nominal capés i horas medin-searessténca de sens enrolamentos, obicndo-se 0,301 0. “Avtemperatura do meio refrigerante no momento da tomada das medidas era igual a 40°C. 1=Bexqas+n) m5 01 G01 Gags + 40) — 235 = 109,8% Song 35 +40) sc X (235-4 40) + (4040) = 69,80°C 6.3.11 Ventilagao (© procesco pelo qual é realizada a trace de calor entre 0 interior do miotor ¢ 0 meio ambient define o seu sistema de ventilagio. Os sistemas de ventilago mais usados sao: 6.3.11.1 Motor aberto 2 iquele em que o ar ambiente cixcula livremente no interior da méquine retirando calor da partes aquecidas.O grau de protogfocaracterfstico desses metares 6 0 TP 23. A Figura 6.13 0st soe ipo de motor 6.3.11.2 Motor totalmente fechado aguele em que no hi toca eatze omeio refrigerant intemo ao motor ¢ exterior. O mote ro entanto, nao pode ser considerado estanque, pois as folgas existentes nas gaxetas permite aida do meio refrigerante interno quando este entra em operagdo, aquenendo-se, consequent: ents, também permitem a penetrago do meio refrigerante externo quando € desligadoe inci ‘sou procetso de resiriamento. A trocade calor desses motores feite através da transferéncie? Gator par meio da carcaga, Os motores totalmente fechados podem ser fabricados nos segvint« tipos: ‘reGURA 6.13 Motor eberto FIGURA 6.14 ‘Motor totalmente fechado HEESHEDE EBS VOW UOWWVTEVO~e ~~~ ~~ ~~ BSSEEE Prom sas eB Parser season sar ) Motor totalmente fechado com ventilago externa ‘sa motores providos de um ventilador externo montado em seu eixo que acelera a dissipaglo do calor através da carcaga. A Figura 6.14 mostra este tipo de moter. 1) Motor totalmente Fechad com trocador de calor atar Sio motores providos de um ventilador interno ¢ um trocador de calor montado na sua parte superior, conforme se observa na Pigura 6.15. ©) Motor totalmente fechado com trocador agua ‘siomotores providos de umn ventiladorextemo ¢ um trocedor de calor a-égu2. O calor gerado no interior do motor étransfexido para a 6gua que circula no interior dos dutos que forma o tro- cador de calor, conforme demonstrado na Fignra 6.16. ¢ i “ovo feta i is oe A : i ToURAG.16 {rocador de lor gua 6.3.11.3 Motor com ventitagao forgada a pocum sistema adeqnado onde poguenos aos 25o- ra eo efiigerantenointrior do motores questio Ttrjcados com diferentes tipos, dstacando-se Baquele cuja refrigoragio é efetuadt wnados independentemente forgam 2 ent ‘Ge motores cam ventilagéo forgada podem ser sem filtro ‘Neate caso, um motor acoplado maexremiade de um alo deat forga aca gernte de un ambiente de arno poido paras 0 Jo motor, que © devolve, &m 3 seri abente, conforme demonstra. a Figers 6.17(8) +) Motor com ventilagéo Forgada com fit ‘Neste caso, o motor é provido de wm ventilador dus SF ceo targa, ap6e sun passagem peo ito, a penets Aoe domotor, cones nbjente, conforme demonstra a Figura 6.1700) 4) Motores com ventilaglo forgada trada do meio reir aida, 20 ja 0 ar refrigesante do meio ambiente sonido em seguida jogedo ‘Ventidor 0.35 he ‘edopendenie ie one Sada de Ar Quente (6) Com to salda de Ar Quenta (Sent HCURA 6.17 ‘Motor eom ventilagao indopendente & 63.114 Motor a prova de intempéries Jomo motor deusonave ar enn ambientes COM ficonhecido comumente-c a, Possui umelevado grav de protegs0 sPCW)SS que Ihe oredencia para oper pocir, {gan em todas as dseg6e © elevade selinidade. sb bb SSE BSEESEBEUEEYEESE GEO OO VOTO ~ rrr Ha eee eee eee SUUVGFEVEUVVGVWTVWVwGWWwe Bercuma sas gBMotor a prova de explosto ws 6.3.11.5 Motor & prova de explosao Em certas indiistrias que trabalham com materiais inflamaveis de grande risco, tais como petroquimicas, téxteis e semelhantes, hi necessidade de serem empregadios motores que Supor- fem os esforgos mecinices internos quando, por danos da isolagdo dos enrolamentos, em contato com omeio refrigerante contend materiel combustfvel podem provacar acidentes de proporgGes desastrosas, Esses motores sto dimensionados com uma carcaga.eestrutura robustas,além de pa- rafusos, juntas, ampas etc. de dimens6es compativeis com a solicitego dos esforgos. Poder ser vistos na Figura 16.18. Cota neo spre Lacan ewer Caraga forge 6.3.12 Graus de Protegao WU bESEEREGCELEELELEKHVBEY Refletem a protegio do motor quanto & entfada de corpos estranhos ¢ penetragio de égua pelos Grificios destinados & entrada e saida do ar refrigerante, Os graus do protegio foram definidos no Capttulo 1. No caso dos motores elétricos, « indiistria estabelece alguns graus de protegao que satisfagarn a uma faixa de condigOes previstes pele norma padronizano a sua produgio. Assim, tem-se! 2) Motores abertos ‘As classes de protegdo mais comumente fabricadas sin: P21 ~ 1P22 —1P23, b) Motores fechados [Asclasses de protegio mais comumente fabricadas sao: IP44 —IP94 ~ P35 —IP(W)55 (moto: res de uso naval). 3.13 Regime de Funcionamento O regime de fancionamento de um motor elétrico indica o grau de regulaidade na absorgo de potdocia elétrica da rede de alimentagao devido Bs variagScs do conjugado de'carga. Os motores, tm geral, oko projetados para trabalharem regularmente com carga constante, por tempo indeterminado, desenvolvendo a sua poténcia nominal, o que ¢ denominado regime continuo. Cibe ao comprador do motor a zesponsebilidade de indicar para o fabricante do motor 0 zegi- ime de funcionamento do mesmo, Isso normalmente.€ feito através de grificos elaboredos pelo compradar ou por meio da indicagio do cédigo dos regimes normalizados, ou seja: a) Regime ($1) FE aquele em que © motor tebalhacontinvamente por um tempo significaivamente maior da questa constant térmice dete Neste tipo de regime, quando o motor desligae,s6 re0- sia a operagto quando odas a5 suas partes componentes eso em equltvio com o meio exteroe ‘A Figura 6,19 ilustra essa caracteristica. 5% BEGGS Sb SWEETS GE G F VS WE BBG OHS OTT U VOW Ewes ewe We iGURA 619 Regime de funcionamento $1 FISURA 6.20, Regime de fancionamenta $2 |e (empo de Funcknamenta em Carga. Nerina _ (orgs Constanta Ped Diabioas “enparatra Mca) D) Regime de tempo limitada ($2) aqueleem que omotoré acionsdo carga constante por um dado intervalo de tempo inferior so necesscio pra aleangaro equilib térmico, segnindo-e un perodo de tempo em epots0 6 sufciente para permit 20 motor ating a temperatura do meio relrigerante.A Fighra 60 esea ces caracteristca Te erpe de Funionmanioa Gash Nomina ©) Regime intermitente periédico ($3) E aquele em que o motor funciona & carga constante por um perfodo de tempo definido €12- ppousa durante um outro intervalo de tempo também definido, sendo tas intervalos de tempo mui- tocurtos para permitir ao motor atingir o cqilforio térmico durante o cielo, nfo sendo afetado de ‘modo significante pela corente de partida, Cada um destes regimes de fancionamento € caracte- izado pelo chamado fator de duragdo do ciclo, que € arelagao entre o tempo de funcionamento da mguina eo tempo total do ciclo. A caracteristica de furcionamento é apresentada na Figura 6.21. O fator de duragdo do ciclo € dado pela Equasio (6.9), T res 69) TT, tempo de operacéo da méquina em regime constante; T, ~ tempo de repouso. 4) Regime intermitente periédico com partidas (S4) Fx 4 caracterzado por uma seqiéncia de cclos semelhantes, em que cada ciclo consste em um intervalo de parida bastante longo, capaz de elevar signifieativamente a tomperatra do motor, um perfodo de ccio&carge constante etm perfodo de repousoosuficiente para que orsote atin- " agura 621 1 Regine de funcionamento $3 \ Tr Teripertre Jao seu oqilibrio térmico, A Figura 6:22 representa esta cussteristics de funcionamento, sends {que o fator de ciclo € dado pela Eqvacao (6.10) a+h toe tae (10) 1 Ry T+het 7, — texnpo de pastida do motor «) Regime intermitente com frenagem elétrca (65) “ caratrizado por una senca de ciclo stmehants, em gue cada ciclo conse CT Fare varia bastante longo, capa de elevarsignfintvamente 2 eT 0 motor, se te ceguido deur perfodo de frenagem eétricne, finalmeste, tm perfodo de ciclo a carga cons ae cous oncentepan quo str anjzoseveqiorn omice AT ET 623 ane rca fname send oe ofa clog So pela Equacio (1D. 3 +1, oe «ay Benet ‘Ty tempo de fenagsmn ou conracotens 4) Regine continuo peice com eg nemitente $6) iets semeTnantes, em que cada ciclo compresade dss B caracterizado por uma seqtiéncia de partes, endo wma 2 carga constants © Ou ena caracteristica de Funcionamento, send que o (2). ita em funcionaroento a vazio. A Figura 6.24 representa ‘ator de duragao do ciclo € dada pela Equagéo doce GURA 6.22 ioura 6:23, Regime de funcionamento $4 i Regime de Funcionamento 85 WECEE EG & BU US UEEC SG GU 6 BW UB ES O OOOO OO Y ow wi , , , , > > > > > > ® ® ® ® ® 2 2 a 2 a » ® a a 3 a FuGURA 624 Regime de funciosamento S6 (6.12) tempo de funcionamento a vazio. ste 6 um dos tipos de regime mais freqientes na pita, também: denominada regime inter- ritente com earga contin The soundo coma notmalizagi, exist ainda os regimes $7 $89 S10, dos qusis o eter poderé obierinformagées em linia espectfica curacao doce cao Pordas Baleieas Exempio pe ApLicacao (6.5) Considerar un motor que trabalha durante és horas seguidas e depois'péra durante uma hora (regime '83), Calealar © fator de durago do ciel. IS > Fa= 15% 6.3.14 Conjugado Mecanico J4 9645 OF OZ wa9o$ Mede 0 esfosgo necessirie que deve ter 0 motor para girar o seu eixo. f também conhecio ‘como torgue. Frise uma estete rlagfo entre o conjugado mecfnico ea poténcia desenvolvida pelo moter. ‘Assim, se urna determinada quantidade de energla mccanica for wilizada para movimentar wins ‘Carmaem tomo do seu eixo, a poténcia deseavolvide depende do conjugado oferecido eda veloc dade com que se movimenta-esse carga. © conjagado meeénico pode ser definido em diferentes fascs do acionamento dommotor, 0 Sa: 6.3.14.1 Conjugado nominal ‘Haquele que o motor desenvolve& potfncia nominal quando submetido tenséo e freqiéacis Tim tens6es tifsicas desequiibradas, o componeste de seqiéneia negativa da corrente Provo" cca um torque negative, sitado geralmente em torno de 0,5% do torque nominal, oando 0 dese ghilfoio de tensto no pont de alimentaslo & da ordem de 10%, Isto €, na patie, pode ss Ss ‘prezado, porém #influéncia significaiva de tal fenbmeno d-se nas perdas Ghrnisas do motor 6.3.14.2 Conjugado de partida -Tembém conhecido como conjugado com rotor bloqueado ou conjugado de axranque, ¢ aquele ctesenvolvido pelo motor sob condigbes de tensioc freqiéncia nominais durante apartiéa, ¢£ 90% smalmente expresso em kgf ‘ m ou em percentagem do conjugado nominal ‘0 covjupac de paste dove sor develo elevado a fim de o motor ter condigbes de scionss carga, desde a posigio de inérin até a velocidad de regime em tempo reauzido. No Capitulo 7, ser abordado com meiordetalhe este assunto bt sles bbb bLEELEESEEEESGOWLEEOEEEY~ ~~~ ~~~ IGURA 6.25 CConjugeda X velosidade 6.3.18 Categoria 6.3.14.3 Gonjugado base 4 aquele determinado de scordo com a poténcia nominal e velocidade sfnerone (WV) do motor jormalmente, obtido através da Equagio (6.13). 16x ?, C= 5 Get) (613) Pyq~ poténcia nominal do motor, em ev; W,— velocidade angular, ern xpi 6.3.14.4 Conjugado maximo io maior conjugado produzido pelo motor quando submetido &s condigées de tens ¢ fre- quéncia nominais, sem, no entanto ficarsueitoa.variagbes bruscas de velocidade, © conjugacio ndximo Gove ter valor elevado capaz de superar satsfatoriamente os picos do carga eventuai,além de poder manterrazoavelmente a velocidade angular uando da oconéncin de quedas de tensao momentineas no circuito do suprimento. 6.3.14.5 Conjugado minimo 0 menor conjugado na faixa de veloidade compreendia entre conjugade nominal © conjugate mésimo, eran testo e fesicia nominss §.3.14.8 Conjugado de aceleragao 0 conjugado desenvolvido na partida do motor, desde 0 estado de repouso até a velocidade, de regime, Observando as curvas da Figura 6.25, pode-se conciir que, durante a fase de acslers, fo, a surva do canjugado motor (C) € sempre superior & ccva representative Go conjugado 6 Ganga (C). A diferenga ene as curvasC,, C, fornece 0 conjugedo de scelekagto. Coa z conjugaco motor 3 or i 2 cn go ‘elocdece Angular 100% s panto que cartteizam os diferentes tipos de conjigndo anterionmente definis poder ser detrininados na curva de conjugads X velogidade, normalmente fomecida pelos fabricantes de motores. Jadica as limitagSes dos conjugades maximo c de partie c designads porletras devidamente normalizadas. Fiste assunto serétratado com maiores detalhes no Capftulo 7. SEESUUUWGSODVE UHCI TC OTH ES FH HOT ODE OOEOVVETwWYHSH 6.3.16 Tipos de Ligagao HIGURA 626 Dependendo da maneira como so conectados os terminais das bobinas dos ensolamentos estatricos, o motor pode ser ligado as xedes deelimentagio com diferenies valores de tensio. A mnajoria dos motores € fabrioada para operar em circuitos trffsicos supridos por tenses de 220'V © 380 V, ou ainda 220 V e440 V. ‘A identficaso dos terminais de infcioe fim de uma bobina é feita somendo-se 3 a0 nimero qe marca o inicio desta, ebtendo-s¢ 0 outro terminal correspondente. Isso pode ser observado has Figuras 6.26 ¢ 6.27, 00 seja, ao terminal 1 soma-se 3. obtém-se o terminal 4. Sempre os ter- rminais 1-2-3 sf0 uilizados para ligagéo A rede de suprimenta. Quando o motor € especificedo para operar em tensGes miltipla, por exemple, 220/380/440 ‘V, a menor tensio, no cato 220 V, caracteriza a tensto nominal Ga bobina do motor © gue no ‘pode serultrapassaa em qualquer tipo de ligagZo, sob pena de danifieéla. ‘As ligagGes normalmente efetuadas so: 6.3.16.1 Ligagao em uma tinica tenséio 2) Ligagio em estrela Cada enrolamento tem uma extremidade acessivel(trés texminais) ¢ o motor€ ligado na conifi- goracao estrela, conforme Figura 6.26, ne qual os terminais 4 ~5~ 6 nio so acessiveis. 1) Ligagao em triangulo Cada enrolamento tem uma extremidade acessfvel (trésterminais) € 0 motor € ligado na confi- quragdo tringulo, conforme Figura 6.27, na qual os tcrminais 4—5 ~ 6 nfo sio acessfveis. 6.3.16.2 Ligagdo em dupla tensao a) Ligagio em estrela Asextremidades de cada enrolamento sio acesstveis (seis terminais), permitindo que se fagam_ gages em esta a fim dese adoquaratensHo as bobinas A testo da rede, conforme Fig 6.26. 1) Ligagdo em tidngulo ‘Asextremidades de cada enrolamento so acssves (eis teminas),permitindo ques fagam tigate on uitoglo fim dese adequa a tensio das bobinas ent da ede, eonforine Figura 6a, Os motors ue podem ser igados em exrla ou titnguo (Figura 6.26 e 6.27) dspbem de seis temas neeselveis. Quando aligar € fia cm esl, cada bobina fic sbmetign awit tenkto 1/3 veres menor quea ensdo da alimentao, tendo a coments czclante valor igual cor rented linha, Quando ligagdo eta om iiingolo, cada bobina fica eubmetidatensto da rede, teado a coments ctclant nel Valor de [3 vezes menor do que a corente de ltha, ons f-0 2 4 FIGURA 6.27 IGURA 6.28 serv “Ligaglo em estrela Ligago em tridngulo ‘Ligagia eatela-série BBS BSE bEEESEKLE KEKE SKOEEE LESSEE EBES HE OT OOOOOSCOMDEE zm B ‘B importante observar que nem todo o motor de dupla ligagio estrele-triéngulo pode ser acio- nado atravée de chave estrele-trngula; isto depende da tensio nominal do sistema. Para citar en exemplo, um mator em cnje ilaca est indicada a ligagao 220/3R0 V s6 pode ser conectadlo a rede de suprimento, partindo através de uma chave estrela-tringulo, se a tensdo nominal do circuito for de 220 V. Para uma rede, cuja tensfo nominal seja 380 V, o mesmo motor 86 pode ser conec- tadonne ligagio estrela. Para melhor identifica, basta caracterizar & menos tensBo (no caso 220 V) como tensfo de suprimento do motor, quando este estdligado em triéngulo; a tensio superior (no caso, 380 V) deve ser a tensio da rede para o motor ligado em estrela. ©) Ligagdo estrela-série Oenrolamento de cada fase & dividido em duas partes (0 terminais). Ao se ligar duas dessas partes em série e depois conecté-las em estrela, cada bobina ficaré submetida 3 tensto nominal de fase do motor, conforme Figura 6.28. Neste caso, nove terminais do motor sio acessiveis. + @) LigagZo dupla estrela parelelo Da mesma forma anterior o enrolamento de cada fase € dividido em duas partes (nove termi nais), Ao se conectar dois conjuntos de ts bobinas em estrela e os dois conjuntos ligados em formacio de dupla estrela, cada bobina ficara submetids & tenstio nominal de fase do motor, con- forme Figura 6.29. Neste caso, nove terminais do motor sio acessiveis, ©) Ligagdo tridngulo-série ‘Ligagdo conforme Figura 6.30, Nove terminais fo acessiveis. A tenso nominal das bobinas, ppode ser em 127 ou 220 V. 4) Ligagdo triéngulo paralelo ‘Ligagio conforme Figura 6.31. Nove terminais sio acessfveis. A tenso nominal das bobines pode ser em 127 ou 220 V. +I 7 | ah | og 4 TIGURA 6.29 HIGURA 6.30 : HIOURAG.31 Duplaestrela paraelo ‘Teigngulo série ‘Teingulo paralelo 6.3.16.3 Ligacdo em tripla tensao nominal Ocnrolamento de cada fase 6 dividido em duas partes, podendo ser ligadas em série-paralelo, ‘Todos os terminais das bobinas, num total de doze, sto acessfveis, permitindo ligar 0 motor em. varies tenses de rede, como, por exemple, 220/380/440/760 V. SHOEELESELLEKLELEEKELOO POSS OOOV OT SEE UW EUwWowe 4) Ligagao em triangulo-paralclo Conforme Figura 6.32. »b) Ligagfio estrela-paralelo Conforme Figura 6.33, ©) Ligegto triingulo-série Conforme Figura 6:34. 8) Ligagao estrela-série Conforme Figura 6.35. Relativamente a rede de suprimento, a tenses de placa do motor devem ser assim definidas + apprimeira tensio corresponée & ligaedo em trifngulo-paralelo: Figure 6.32 (220 V), + asogunda tensi6 comresponde & ligagdo estrela-paralelo: Figura 6.33 (380 V); a terceira tensHo corresponde a ligagio em triangulo-série: Figura 6.34 (440 V)s + aquaria tonsio comesponde & ligagio em estrela-série: Figura 6.35 (760 V). |As tenses colocadas em parénteses referem-se & tenstio da rede a que sera ligado um motor, ‘cas tenstes nominais de placa so: 220/380/440760 V. Observe que a tensio de 760 V, por nor- ‘na, esté fora do limite da classe 600 V; portanto, apenas indica a possibilidade de ligago em es: trela-trifagulo. Bsses motores normalmente tém custos mais elevados. ‘A Tabela 6.2 orienta a ligagdo de motores trifsicos, 1elacionando as tenses nomainais de placa com a correspondente tenséo nominal da rede de alimentagio, indicando a possibilidad de fclonamento dos mesmos através de chave estrela-itngulo. Cabe observar que esses motores po dem partir diretamente da rede ou através de chaves compensadoras, Boos AGUA 6.32 FICURA 633 ‘Dangolo-paralelo Estrela-paralelo guna 634 FIGURA 635, ‘Teiingule-sésic Estelasérie Lb bELEEKKLLEELEKBOEBE YD BWOVO COD OWET~wY~ ~~~ ~-- - TABELA 6.2 Possibilidade de ligagao de motores de indugdo através de chave estrela-tringulo les i Sof eR LS a 2201380 380 ‘io possivet noida, ‘R08 1) SENS Beast em 230°V°S" 220/380/440 380 ‘Nao 6 possivel : ‘Paojsedriad ‘0. Nao & posite “3806560 380 Possivel em 380 V A s0iaaor Babs [hae Epes ema V 380 No €possvel Possivel ent 440 ¥ “A Tabela 6.3 fomece as principais ceracterisicas dos motores de indugio de rotor em custo cixcuito. Vale sessaltar que estes so valores médios e podem variar, em faixasestrcitas, pare cad fabricante, dependendo de sva tecnologia e projeta construtivo 6.3.17 Formas Construtivas 6.3.17.1 Aspectos dimensionais [As dimensGes dos motores no Brasil seguem @ norma NBR 5432 que esté nomnalizagio da International Electrotechnical Commission —TBC-72.—* ‘Beta norma toma como base as dimensdes de montagem de méquinas elétricas © atribuem It tras designando determinadas distncias mostradas na Fignra 6.36, conforme especificado. de acordo com + H_-6 altura do plano da base ao centro da poata do eixo; 1 Cog adistincia do centro do faro dos pés Go lado da ponta do eixo ao plana do encesto jponta do eixo, Esta dimensio esté associnda 20 valor H; «Be éa dimensio axial da disténcia ente centros dos furos dos pés. A cada dimensto de podem ser associadas varias dimensbes B, © quc permite reconhhecer motores mis longo: mais curtos, « A-64 dimensio entre 08 centros dos furos dos pés, no sentido frontal; + D~ didmetro do eixo do motor, + HE dimensio extema do cixo do motor. “Asnormas padronizam as dimensBes dos motores usando a simbologia dada pela letras vis anterionnente, Basim, utizando-se uma tabela dimensional de motores, pode-se identifiear {motor designedo por 160M (ABNT) tem H = 160 mm; A = 254 min; B = 240mm; C= 1 mmm; K= 15mm; §D = 42mm eE ~ 110mm. 6.3.11.2 Formas construtivas normalizadas ‘A norma NBR’5031 padroniza as diverses formas construtivas dos motores, t ‘psec aranjo de suas pares em rlagio'’ Excl, poota do exo e& disposiglo dos mance Ss sear com a NBR 5432, 2 calxt de ligagSo de um molor deve eer intalads deforma a.ove nade centro passe por um setorcompreendido entre aparte Superior do motor © 10 g ivy da lina de centro horizontal Go lado dzeto, quando © motor fer visto pelo lade aaa rate A Figura 637 mostra algunas das divers Formas consteutvas normalizadas para mootagem horizontal como para mortagem vertical romando ce ‘TABELA 6.3, ‘Motores assincronos triféisicos com rotor em curto-cirenito 33 92 Ba 192 286 “07 40 e e 3 5 > a > > > > e . 2 3 a a a ® i} 2 . a a a e| at | ep 2 a 2 a 8 a a & a a a a a 3 & a a a 8 eo 730 980 120.0 | 665 vaso | 410 17s0 | 953 2400 | 1332 2240 | 1587 ago | 909 1 or | a8 | a2 3 2a | 95 | 55 5 4 |asz | 73 a8 ss | 206 | 9 a 73 | 166 | isa 5 n | 40 | 260 2 15 | 320 | 288 25 ws | oo | 355 30 zm | m0 | 3 40 30 amo} see oa % 45° | iso} 3 035 092 07300 75 35 | rs20 | i011 | 17m | ope 092 9000 109 ts | a4e0 | ass | 3370 037 092 1.0600 125 50 | 290.0 | 1€09 | 3790 os on 21000 10 | 110 | 3500 | 1942 | 1380 08? 035 2.5100 wo | 132 | 4200] a1] 1985 oa? 095 27300 zo | 150 | aro0 | on | as oa 095 29300 20 | 16a | 5100 | 2830 | 78s 087 ‘ops 31200 , 20 | 185 | sso0 | a2ra | vas 087 095 3.6200 300 | 220 | gsao | ses2 | tres ose 096 6.6600 380 | 280 | soso | 795 | ies gs 096 74000 47s | 353 ramp] si0s | 1788 89 096 9.1000 600 | 430 /138¢0] 7681 | 3380 089 96 12,1000 FICURA 6.36 “Aspectos dimensionais dos motores VOVPVWOH DW HWTSOVY OU VOW UUUEWrey ~~~ ~~~ ~~~ vigmRA 6.37 Algumes formes consirstives normalizadas ‘ BS — Foxada no Flange ft i 4 = (east c fi el 6.3.18 Placa de Identificagao HIGURA 6.38 Placa de identificagio de um soter WEG ‘A placa de identificagéo dos motores 6 0 elemento mais répido que se utiliza para se obter 28 informagies principais necessérias A sua operacdo adequada. A Figura 6.38 mostra aplaca de iden- tificagio de um motor WEG. ‘Com excegao do MOD (modela), os demais dados sio caracteristicas técnicas de fil identi- ficagio, Para decifrar 0 contetido do campo MOD deve-se conbecer 0 seu significado. Tomando ‘como exemplo a placa de identificago mostrada na Figura 6.38, tem-se: DRM MOTORES S.A} DRM INDUSTRI BRASLERA MOTOR DE INDUGAO TRIFASICO | a 00 aR. OOS HODRSPISSE||VSST]_A 760, US Y || ane_s0°C rou |v ‘AGT 190070 car v 7 a0°6, Sa nes st K Na ‘AaNT_NBR 7084 ‘+ 1! ema: linha de fabricap#o do motor, variando d= K a F + 22 letra: tipo do motor — A:motor em anéis; — B: motor de gaiola, 3. letra: sistema de fefrigeracéo A: aberio; ~ F: trocador de calor ar-ar, \W: trocatior de calor ar-agua; I: ventilagdo forgada independente com trocador de calor ar-ar; D: autoventilado por dutos; Tr: ventilagao forgada independente por dutos, — L: ventilagao forgada independente com trocador de calor arAgua; — Vi ventilagao forgada independente aberta; ‘Niimero: representa 2 carcaga (355, 400 ete.); + 48 letra: faragio dos pés (L, A, B, C,D,). 6.4 MOTOFREIO TRIFASICO ‘constituido porum motor trfésico de indugio scoplado sum fisio monodisco, O motor, em sera, faicado totalmente fechado, provido de ventilagio extema, enquanto ofreio, constitu

You might also like