You are on page 1of 7
Brose; Pad. Moros Virvuas Fee VSAM Dal | Hn O Yamyai' Canitibg. Rio dk Jono: ~ Liksrocicn O VAMPIRO DE CURITIRA Ay, me d& vontade até de morrer. Veja, a boquinha dela est4 pedindo beijo — beijo de vir- gem é mordida de bicho-cabeludo. Vocé grita vinte € quatro horas e desmaia feliz. & uma que molha © labio com a ponta da lingua para ficar mais exci- tante. Por que Deus fez da mulher o suspiro do Moco e o sumidouro do velho? Nao é justo para um pecador como eu. Ai, eu morro s6 de olhar para ela, imagine entéo se. Nao imagine, arara a I Digitalizada com CamScanner © sapato que machuca o pé. E, sapato, ser esma- gado pela dona do pezinho e morrer gemendo. Co- mo um gato! Veja, parou um carro, Ela vai descer. Colo- car-me em posig&o. Ai, querida, nao faca isso: eu vi tudo. Disfarce, vem'o marido, raga de cornudo. Atrai o pobre rapaz que se deite com a mulher. ei a bandinha do Tiro Rio Branco. _ ~~ Desdenhosa, o passo resoluto espirra faisca das ~ pedras. A propria égua de Atila — onde pisa, a grama jé no cresce. No braco néo sente a baba do meui olho? Se existe forca do pensamento, na nuea os sete beijos da paixio. ‘Vai longe. Nao cheirou na rosa a cinza do co- ragdo de andorinha. A loira, tonta, abandona-se na mesma hora. © morcego, 6 andorinha, 6 moscal Mie do céu, até as moscas instrumento do pra- zer — de quantas arranquei as asas? Brado aos céus: como nao ter espinha na cara? Eu vos desprezo, virgens cruéis. A todas po- deria desfrutar — nem uma baixou sobre mim 0 olho estrébico de Iuxtiria. Ah, eu bode imundo e chifrudo, rastejariam e beijavam a cola peluda. 13 Digitalizada com CamScanner vvizinha. — Ja vai entrar, meu bem? {Quase gritou, a mio no decote da blusa ama “— Puxa, que susto! Meio sorriso, verificou se era seguido. — B aqui que voc’ trabalha? ata com quem? Ah, sozinha, €? Que | smportante 7 7 tiva, caricla © cabelo ruivo. — Nao. Nao me pegue. Nelsinho inclinou-se para o languido e ac Tecusa que, tao indolente, era antes um mudou de idéia e empurrou a porta com o pé, L& fora, sentado no carro, um motorista gordo bo- cejando volveu a cabeca tarde demais. Para surpresa de Nelsinho, nao ficou no escuro: os dois quadros luminosos das bandeiras no soalho. A moga, ainda sem entender — mew Deus, terei de fazer uma carnificina? —, bulia na segunda porta. Chegando-se por tras, mdos concha empolgou-Ihe o busto. Sua longa busca Tecompensada e, sob as barbatanas, encontrou a mansa paz de dois pequenos seios, Surpreendida, sem largar a tranea, inocente do que Ihe acon- tecia: — Nojento... Seu nojento! Ao ouvido bom do heréi queixume de amor, algum travo de furia, A moca cravou-lhe as unhas ha mio. Ela enterrava as unhas, Nelsinho esma- Bava os seios com forga. Crispando a mao, ale- @rgu-se de roer as unhas, nao a machucava. mais do que devia. A menina nao resistiu e gemeu, a cabeca inclinada para tras. Deixou que se voltasse. Soltando os seios, agarrou nas duas maos o rosto. 19 Digitalizada com CamScanner 3 2 E 5 3 3 & 5 iO 5 8 s s 3 iS is 2 8

You might also like