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Eng. Arivelto Bustamante Fialho Automagao Hidrdulica Projetos, Dimensionamento e Andlise de Circuitos 5¢ Edigao Sao Paulo 2007 - Editora Erica Ltda. Copyright © 2003 da Eattora Erica Ltda Todos os cretsreservacs, Prob a produ alu paca or quer ni 0 pax, epecmenie er etna arcors, marcincos, igre epee, lnaptens, weap, me etonks. Vaca Imeicajé acy reciprapa foal oy paca om dug” sera ce poessanent cade @ a eee 0 (jaa pare da cra am queer gregtans jacberico. Estas prices apan-se lsroem ts cacorsics Ghee da va eg sua eda. A vooxao tos dos aural © pn cono cine ar 1 8 pars, Congo Pel, cunfame Lee 10686, de 070i 200) cm pena ob custo, de as a uso mos, e a onjaamero cum busca €apesreds«ndenaates dete (age 102.103 parialeunc> To, 103100 6 127 es Be Sd Lnee9 81, ca 180505 La cn Croice Aor), Ora Era cota qu os as noma a apesonate esto cola podem et ase para ‘uals lg Enero, ro eno quae” carats, plots v ngs, da que ouxa de lintemayes Conca sempre co resus sesh. Os fomes de sles eeripeses pone encima, frm as ‘yeres pas Hisar os exenpos, nao ico wreub renrum com @ hve, he gern aut enna a $Kalgsto Evens elas estar eponhelsro ade Err rca pra Suna ‘Dados Interacionais de Catalogapto na Publicaggo (CIP) (Cémara Brasileira da Livro, SP, Bresi) Fiaino, Aiello Bustamante Aulomapio hdiauica:pojetos, dimensionamonte@ andto de okeutos, ‘ Arwolta Bustamante iano, 9. 6. Sao Paul: Ea, 2007, Bittograta, ISBN 978-85-7104.092-1 1 Aorapéo. 2 Circuieshiauioos. 3 Engonavia Ndrdutes, &, Engenrara Indust 5, Estuturas hraulices - Posto e const. 6, adidas hisauleas, 1.71, ori copp-s21.20205 inicos para catlogo sistomatico 1. Automagao hisrdulca: Tecnologia. 625.20086 Consetho Editrla: Dicorzstor Anno Vien Celt Desert: Pot Paue Vira eto DiwerComacee —Paul eben Anes vo Bape te Lina Deere Pudage We nsoSerain’ aldo Teves; —_—beo Tau Cyahawea Esti fica Regina Fagiro ‘Rove Garamst’ Mane Terese Senta les iexWlnG De Figps Reston Dagaragier Grazela Goan 0 Fgpis coms Narco S.deFtarga —Combraglog Riso: Rosana a Sha Editora Erica Lida, Fua Sto Gl, 159- Tatuand (CEP; 03401-090 So Paulo - SP one: (11) 2205-3066 - Fax: (11) 8197-4080 ‘nvw.editoraerica.combr ‘Automagéo Hidréulca ~ Projetos, Dinensionamento e Andlise de Circus Dedicatéria Dedico este livro a todo aguele que ao buscar a informacéo e 0 conhecimento que engrandece o ser, entiquece a alma ¢ transforma uma na¢ao; tem a consciéncia de que o Unico valor que realmente levamos de nossa existéncia € tao somente a consciéncia adquitida com a informacéo, 0 conhecimento e a experiéncia, pois somos nés que definimos a cada dia o tamanho de nossa tinica bagagem. ‘A meus pais ¢ familiares, ‘A todas as demais pessoas importantes em minha vida, A meu querido, bondoso e paciente Anjo Tutelar. "O que farao com as velhas roupas?" "Faremos lengéis com elas" "O que fardo com os velhos lengois?" "Faremos fronhas" 'O que fardo com as velhas fronhas?", Faremos tapetes com elas" "O que fardo com os velhos tapetes? "Usé-los-emos como toalhas de pés "O que farao com as velhas toalhas de és?” "Us las-emos como panos de cho." °O que farao com os velhos panos de chao?” "Sua alteza, nds as cortaremos em pedagos, misturé-los-emos com barro e usaremos esta massa para rebocar as paredes das casas’ Devernos usar, com cuidado e proveitosamente, todo artigo que nos for confiado, pois nao é "nosso" € nos foi confiado apenas tempo- rariamente. BUDA Agradecimentos Gostaria de expressar meus mais sinceros agradecimentos a todo 0 corpo de profissionais da Editora Erica, pelo reconhecimento de meu trabalho e pela excelente formatacac final dada a ele. Agradecimento especial & Rosana Amuda, & Erica Regina Pagano e 20 Mauricio Franca, também profissionais da Editora Erica, com os quais mantive constantes contatos por e-mail ¢ por telefone e que se mostraram bastante solicitos a minha pessoa. Gostaria de agradecer principalmente a Deus, o grande Senhor da Luz, que habita em cada um de nés e esté sempre A nossa disposicao. Sobre o Autor Eng? Arivelto Bustamante Fialho Graduado em Engenharia Mecénica - UNISINOS em Sdo Leopoldo - RS. Especialista em Mecainica dos Sélidos - PROMEC/UFRGS em Porto Alegre - RS. Ex-Professor do curso de Automacao Industrial da Escola Técnica Mesquita em Porto Alegre - RS. Autor dos livros publicados pela Editora Erica: ‘+ Instrumentacao Industrial - Conceitos Aplicagées e Andlises - 2002 = Automacao Preumatica - Projetos, Dimensionamento e Anélise de Circuitos - 2003 = AutoCAD 2004 - Teoria e Prética 3D no Desenvolvimento de Produtos Industriais - 2004, = Pro/Engineer Wildfire 3.0 - Teoria e Prética no Desenvolvimento de Produtos Industriais - 2006, e-mail: emepht@pop.com br 6 ‘Automagdo Hidréulica - Projetos, Dimenslonamento e Andie de Circultos Introdugao. Este livro, em grande parte, surgiu de anotagbes, pesquisas que analisei ¢ sintetizei com o intuito de elaborar um material didético o qual pudesse utilizar em sala de aula durante 0 periodo em que atuei profissionalmente, lecionando t6picos de hidréulica para elunos do curso de autornacao industrial ‘Apés verificar a caréncia desse tipo de material didético no mercado, resolvi entéo produit um livio vollado especificamente para o curso de automagéo industrial, tomando-o abrangente em informagées e dando-lhe um formato mais didético e profissional, para que nao apenas o leitor de nivel médio, mas também © académico fossem capazes de entender a seqiiéncia progressive pata 0 desenvolvimento de um projeto hidrétulico otimizado. © objetivo bisico deste lito & dar ao futuro técnico, projetista ou acadé- mico uma boa viséo teérica e pratica de anélise ¢ dimensionamento de circuitos hidréulicos e suas aplicagdes em automacao de operagdes tipicamente industriais fem que a otimizacéo ou potencializagao de esforgos aplicados a operagies ree: lzadas total ou parcialmente pelo elemento humano fagarse necessétia, prinei- palmente em se tratando de operagées que requeitam acéo repetitiva e elevacio esforco, © livro conta ainda, ao seu final, com um apéndice, no qual o leilor pode encontrar uma série de tabelas, tais como: 1 - conversio de unidades, 2 « classificagao ISO de viscosidades, 3 - normalizagéo de cilindros hidraulicos, 4 - valvulas de controle ditecional, 5 - diagrama para determinacéo de volume de acumuladores, 6 - classificagao schedule para tubulaggo hidréulica e 7 - simbo- logia hidréulica normalizada. Sempre objetivando um excelente aproveitamento ¢ produtividade por parte do leitor, o livro apresenta, além dos conceites, célculos, tabelas, ume série de exereicios ao final dos capftulos. indice Analitico Capitulo I - Conceitos e Principios Basicos S 13 1.1 - Revisao de Conceito.. 13 1.1.1 - Auiomagao e Automatismos w3 112- Fluido..... 4 tes A tatrg lint a alee ai al as 4 114 - Hidrostétiea cn : 4 1.15 - Hidrodinamica eee eld 1.1.6 - Pressao 4 1.1.7 - Conservagio de Energia. 23, 11.8. Transmbséo de Energia Hidréulica. 24 1.19-Vaséo.... ss ‘ . 27 1.1.10 - Viscosidade de um Fluid. 27 1.1.11 - Conversao de Viscosidade Cinematica (cSt) em Dinmica (ep)... si eee 28, 1.1.12 - Equagio de Poiseull eae a) 1.1.13 - Equacao da Contiauidade...... 29, 1.2 - Classificagdo dos Sistemas Hidraulicos 30 1.2.1 - De Acordo com a Presséo. 30 1.2.2 - De Acordo com a Aplicacao. | 30 1.23 - Quanto ao Tipo de Bomba i 30 1.2.4 - Quanto ao Controle de Diregao 30 13 - Esquema Geral de um Sistema Hidréulico. 30 1.3.1 - Sistema de Gera¢0 rn : al 1.3.2 - Sistema de Distribuigao e Controle 31 1.3.3 - Sistema de Aplicacao de Energia 31 1.4 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidréulicos 31 1.4.1 - Vantagens. & ci 31 1.42 - Desvantagens. 32 1.5 - Como € Criada a P1@3880 wsensnnnnnnne 32 1.6 - Fluxo em Paralelo, 34 1.7 - Fluxo em Série 35 1.8 - Queda de Pressao por meio de uma Restrigao_(Orificio) 36 1.9 - Fungo Velocidade i 37 1.10 - Exercicios : 37 Capitulo 2 - Dimensionando Atuadores Hidréulicos Comerciais.........41 2.1 - Dimensionamento dos Atuadorss.... oA 2.1.1 - Diagrama Trajeto x Passo frend 2.1.2 - Presséio Nominal - 43 8 ‘Automazto Hidrdulica ~Projetos, Dinensionanerta e Andlise de Chews 2.13 -Pressio de Trabalho Estimada e Perda de Conga Estimada 43 2.1.4- Forea de Avanco ieee 2.155 - Digmetro Comercial Necessétio a0 Piston 43 2.1.6 - Pressdo de Trabalho... 2.177 - Dimensionamento da Haste pelo Cuitéio de "Euler para Deformagao por Flambagem. - 2.1.8 - Area da Coroa.... 2.1.9 - Cilindros Comerciais... 2.2 - Tubo de Parada (Distanciador) 2.3 - Amortecedores de Fim de Curso. 2.4 - Velocidade dos Atuadores. 2.5 - Vazio dos Atuadores 2.5.1 - Vazao de Avango (Qa) 2.5.2 - Vazao de Retomo (Qr) 2.5.3 - Vazio Induzida. 2.6 - Pressao Induzida 2.7 ~ BxetciC108. son Capitulo 3- Dimensionando Bomba e Motor Hidréulico...... ST 3.1 - Dimensionamento da Bomba i 7 87 3.1.1 - Escolha da Bomba... i 58 3.1.2- Tipos de Bomba...» : sett 0: 3.113 - Cuidados na Instalagao de Bombas .. - 67 3.1.4 - Sentido de Rotacéo.. eeeree 6B 3.2 - Dimensionamento de Motores Hidrétlle os... 68. 3.2.1 - Caracteristicas dos Motores 3 6s 3.2.2 - Tipos de Motor Hidraulico 0 3.2.3 - Definigoes ssa 69 3.2.4 - Dimensionamento @ Seleg0 nee 70 3.2.5 - Exercicio Exemplo «0 lee : 3 33 - Exercicios iain fl ela 7 Capitulo 4- Dimensionando as Tubulacées e as Perdas de Carga......79 4.1 - Escoamento do Fluido em Tubulagées 79 4.1.1 - Namero de Reynolds, 79 4.1.2 - Escoamento Laminar 80 4.1.3 - Escoamento Turbulento .--sssssreonsn sven 80 4.1.4 - Escoamento Indeterminado. 80 4.2 - Dimensionamento das Tubulacoes 81 4.2.1 - Velocidades Recomendadas, 81 4.2.2 - Linha de Sucgl0 re nnnne as BL 4.23 - Linha de Presséo 10 4.2.4- Linha de Retomo 4.3 - Perda de Carga na Linha de Pressio de um Circuito Flidvaulico 4.3.1 - Perda de Carga Distribuida 4.3.2 - Perda de Carga Localizada 43.3 - Fator de Atrito.... s 4.3.4 - Perda de Carga nas Valwulas da Linha de Presséo...... 4.3.5 - Procedimento Organizado elt 4.36 - Perda de Carga Total... 43.7 - Perda Térmica .... 4.3.8 - Exercicio Exemplo . 4.3.9 - Reviséo dos Passos Basicos . 4.4, BXerCfCI08. co lo 5 - Dimensionando o Reservatério 5.1 - Dimensionamento do Reservatério. 5.1.1 - Regta Prética... 5.1.2 - Superficie de Troca Térmica 5.1.3 - Chicana 52 - Trocadores de Calor 5.2.1 - Trocadores de Calor (Oleo - Ar) 5.2.2 - Trocadotes de Calor (Oleo - Agua] 5.3 - Utilzagao de Filtros. 5.3.1 -Filtto na Linha de Suc¢ao 5.3.2 - Filtro na Linha de Pressao 5.3.3 -Filtro na Linha de Retomo .. i 5.3.4 - Regra da Altura do Filtro de Sucg0 wn. 54 - Acessérias. 7 fe 5.4.1 - Cireulagao Inter 5.4.2 - Indicadores de Nivel (Visores de Nivel)... 5.4.3 - Magnetos 55 - Valvulas Controladoras de Presséo 5.5.1 - Valvula Controladora de Presséo Ditetamente Operada 5.5.2 - Valvula Controladora de Presséo de Dois Estagios 5.5.3 - Valvula Controladora de Presséio Pré-operada, 5.5.4 - Valvula Controladora de Pressao Pré-operada com Descarga por Solendide... 5.5.5 - Valvula de Seqiiéncia de Pressio. 4 5.5.6 - Valvula Intertuptora de Pressao Pré-operada. 5.5.7 - Valvula Redutora de Pressio ea 5.6 - Valvulas Controladoras de Vazao 96.1 Valvulas Redutoras de Vazéo..... 5.6.2 - Valvulas Reguladoras de Vazao 101 101 101 102 “108 108 109 110 113 113 113 114 115, 115 115 115 116 116 116 7 wT 117 118 118 120 121 123 ‘Auromagdo Hidréulce, -Projtos, Dimenslonarnenta © Andlise de Cicattos 8.7 - Métodos de Controlar 0 Fluxo .. : 124 5.7.1 - Circuito “Meter Ia" (Controle na Entvada).c.nononunsnane 124 5.7.2 - Circuito "Meter Out" (Controle na Saida) 125 5.73 - Circuito "Bleed Off (Controle em Desvio) 0... nnn» 126 5.8- Valvulas de Bloqueio fi sve 126 5.8.1 Valvula de Retengao Simples..... 126 5.82. Valvula de Retencao com Desbloqueio Hidraulieo cnn 127 5.8.3 - Valuula de Retencao Pilotada Geminada 0... 127 5.8.4 - Valvulas de Sucgao ou de Preenchimento. 128 5.9 - Valvulas Direcionais, 128 5.9.1 - Valvulas Ditecionais do Tipo Pistéo ou Eslera (Poppet Type) 129 5.9.2 - Valvulas Ditecionais do Tipo Carretel Deslzante (Sliding Spo0l) 1. 129 5.9.3 - Valvulas Direcionais do Tipo Careetel Rotativo (Rotary Spo!) 130 5.9.4 - Valvulas Direcionais do Tipo (Proportional Valves) 131 5.9.5 - Namero de Posigées 132 5.9.6 - Nameto de Vias yee 5.9.7 - Tipos de Centros dos Carrett 5.9.8 - Métodos de Operacao 5.10 - Exercicios... Capitulo 6 - Dimensionando Acumuladores Hidréulicos e Intensificadores de Pressio ...... 135 6.1 - Acumuladores Hidréulicos = ca eae 18 6.1.1 - Principio de Funcionamento .....u0 sm ete 1a 6.1.2 - Tipos de Acuriladot 0 ita 135 6.1.3 - Acumulador a Gas do Tipo Bexiga .. 136 6.1.4 - Aplicagées dos Acumuladores vw 137 6.1.5 - Dimensionamento de Acumuladores..... . 149 6.2. Intensificadores de Pressao sa 165 6.2.1 - Principio de Funcionamento aie 166 6.2.2 - Aplicagao aoe 167 63 - Exercicios... 169 Capitulo 7 - Aplicacées Praticas 1 wm 7.1 - Circuitos Série. i” 7.1.1 - Principio de Funcionamento «. i” 7.1.2 Exemplo de Célculo im 7.2- Circuito Paralelo 179 7.2.1 - Principio de Funcionamento .. 179 7.2.2 - Exemplo de Célculo 180 7.3 - Circuitos Mistos 183 11 7.3.1 - Principio de Funcionamento ... 7.4 - Exercicios Capitulo 8 - Aplicagdes Praticas II .. 8.1 - Circuitos Seqiienciais, 8.1.1 - Prinefpio de Funcionamento... 8.1.2 - Aplicagao Capitulo 9 - Aplicagées Praticas II 9.1 - Circuitos Regenerativos 9.1.1 - Principio de Funcionamento.... 9.1.2 - Velocidade de Avanco Regenerada .... 9.1.3 - Forca de Avango Regenerada 9.1.4 - Aplicagéo si 9.2 - Comutagées Regenerativas. Capitulo 10 - Aplicacées Praticas IV. 10.1 - Citcuitos Sincronizados. = 10.1.1 - Principio de Funcionamento. 10.1.2 - Aplicacao. Capitulo 11 - Nocées Basicas de Eletroidraulica 11.1 - Introdugdo a Eletroidraulica..... 11.L1 - Dispositives de Comando 11.1.2 - Dispositivos de Protecao.. 11.13 - Dispositivos de Regulacéo. 11.1.4 - Dispositives de Sinalizacao 11.15 - Sensores Elétricos 11.16 - Sensores Opticos 11.17- Sensor de Pressio ou Pressosiato 11.1.8 - Sensor de Temperatura ou Termostato 11.2 - Circuito Elétrico de Poténcia, 11.3 - Citcuito Elétrico de Controle... 11.4 Comandos..... 11.4.1 - Comando Repetitivo e Comando Automatico das Pistoes 11.5 - Exemplo de Aplicaeso 115.1 - Dispositivo de Dobra com Cireulto Hidrélico e Elético 11.5.2 - Dispositivo para Fabricar Recipiente Metélico por Repixo 11.53 - Sistema para Levantamento de Ponte = Apéndice A - Tabelas Apéndice B- Respostas dos Exercicios indice Remissivo 183 187 189 189 189 191 199 199 200 200 202 205 207 au 21 214 214 221 221 221 223, 224, 225 226 227 207 228 228 229 230 230 235 235 237 241 243 255 279 12 ‘Auwomapao Fldrdulica - Projtos, Dimensionamento e Andise de Cireulios Conceitos e Principios Basicos 1.1 - Revisao de Conceitos 1.1.1 - Automagao e Automatismos Automagao pode ser definida como a “dinamica organizada’ dos autorna- tismos, que em sentido amplo representa a mais evidente expressao de progresso quando orientada para uma economia ou potencializagao cada vez maiores da intervencéo humana nas diversas manifestacées, néo s6 incustriais, como tam- bbém gerais da vida social. Os automatismos 50, em contrapartida, os meios, instrumentos, m&quinas, processos de trabalho, ferramentas ou recursos gragas ‘208 quais a agéo humana, em um determinado processo, fica reduzida, eliminada ou potencializada, Em outras palavras, assim como um “automatismo” é um simples sistema destinado a produzir a igualdade de esforco fisico e mental e um maior volume de trabalho, a "automacio" ¢ a associagae organizada clos automatismes para a consecugao dos objetivas do progresso humano. Em relagao as funcées que desenvolvem, 08 automatismos so "de poténcia" ou "de guia’, segundo que se destinam a potencializar a atividade fisica ou @ men- tal. Na realidade, um processo completo de automagao compreende, sempre, em- bora em proporcées diversas, as duas classes de automatismos citacos, como se poderd ver no estudo dos casos praticos expostos ao longo deste trabalho. Finalmente, digamos que 0 “grau real de automagao” obtide ¢ capaz de obter-se em um proceso nao est exatamente representado pela evolugéo relati- va da proporgéo de trabalho humano que o sistema automético ¢ suscetivel de liminar, se nao, principalmente (como se intui facilmente), pela complexidade absoluta das fungées que o automatismo considerado assume Em sintese, conta muito menos automatizar totalmente uma operacao rela- tivamente simples que automatizar somente uns 50% de um processo complexo Conceios ¢ Frincipios Béscos 13 de dificil realizacéo, pois sendo uma determinada operacéo telativamente sim- ples, pode continuar sendo feita por maos humanas, ¢ um processo complexo, composto de varias operacées, havendo em algumas delas @ necessidade de um resultado preciso (manter a preciséo continuamente), nesse caso, é economica- mente mais vidvel automatizar mesmo que somente parte do processo, evitando assim que a fadiga humana, devido & elevada concentragéo necesséia, cause danos ao processo, 1.1.2 - Fluido E qualquer substancia capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que © contém, 1.1.3 - Hidréulica Provém da raiz grega "hidros’, que significa agua, ou mais precisamente, gua em tubos. E a ciéncia que estuda liquidos em escoamento e sob pressio. Em nosso caso trataremos apenas de dleo-hidrdulica que vem a ser o ramo da hidraulica que utiliza 0 6leo como fluido. 1.1.4 - Hidrostatica Ciencia que trata dos liquidos sob pressdo (mecénica dos fluidos estaticos, sequida de condigées de equilibrio dos fluidos) 1.1.5 - Hidrodinamica Ciéncia que trata dos liquides em movimento {teoria da vazao), e mais pre: cisamente de sua energia cinéiica. 1.1.6 - Pressio Em termos de hidrostatica, define-se pressdo como sendo a forga exercida pelo fluido por unidade de area do recipiente que o contém. Sua unidade no 5. ¢ dada em N/m’ ou Pa, embora seja comum ainda a utilizagdo de unidades como (Atm, Bar, Kgfimm?, Libfin’, etc) ‘Observacdo: No apendice A, a tabela A.1 apreserta diversas falores de con- verso para unidade de pressao, bem como para outras unidades, Deste modo, e de acordo com a definicdo de pressdo, sabendo-se a pressao com a qual um fluido encontra-se confinado em um reservatério, é possivel co- 14 ‘Automasio Hidrdutea - Projetos, Dimensionamento ¢ Andie de Circultos mhecer a forga que ele exerce contra suas paredes, ou no caso a forga necessaria para manter um sistema em equilforio, ou tratando-se de um reservatério aberto, fe conhecendo a massa especifica do fluido e 0 nivel (altura AF) que ele atinge, & possivel saber a pressao que ele exerce sobre as paredes (pressao hidrostética) e, conseqientemente, a forca (figuras 1.1 ¢ 1.2 equagées 1.1 e 1.2), ¥ ® ait 7 al a Sale aid Figure 1.1 -Relogdo de presséo em wn Figura 1.2 Relagio de pressto em um lindo bidrélco teseroatro cheo de aida (1) Pep-g-aH (12) Em que = P= pressio na cémara = P = pressdo manométrica (Nim? [Nm?) =F = forca peso exercida pela = p= massa espectfica do flui- massa m [N] do [kg/m] = A= rea do pistao [m*] = g = aceleragéo da gravidade (vs?) = AH = altura manométrica do fluido [m] 436 em termos de hidrodinamica, a pressfio em uma tubulagao pode ser co- nhecida a partir da equacdo da energia, que leva em consideracao a energia ci- nética e potencial do fluido, a taxa de massa, 2 perda de carga das tubulagoes € conexdes eo trabalho realizado pela bomba de suegéo, figura 1.3 e equagao 1.3. Dee eS ‘Concatiose Principtos Bisicos 15 Bm Figura 1.3 - Fluo de fluido por meio de ume tubulagéo com bomb de suo Me bi vihg ay +hL. (13) Em que = th =Texa de massa [kg!s] = AP =Variac3o de pressdo [KPa] = p=Massa especifica do fluido (kgm?) = Q=Vazao minima necessaria bomba [m°/s} = u, =Velocidade inicial do fluido {m/s} . lelocidade final do fluido (mvs) . Aceleragao da gravidade (m/s?) = A, =Secao transversal interna inicial do duto [cm?] = A, =Secdo transversal interna final do duto [em?] # Ay =Diferenga de nivet (m] # bL = Perda de carga total (presséo) no intervalo de duto estudado! im’? = N= Poténcia necessétia & bomba de suegao para elevar 0 fluido a dlfe- renga de nivel Ay [Wetts] ‘Amensuregao desta viel 6 detahodomente demonrtrada notin 3.5 ch epi 4 deste be, 16 ‘Automagéo Hidrdulca - Protos, Dimensionamento e Andlise de Circutos Ea taxa de massa thé dada por: me aay Ha, entretanto, outras formas de representar a equagao da energia como demonstrado em sequida. as) +g-Ay+hl |=N Equacao da energia relacionando a velocidad de entrada do fluldo vy com as secdes iransversais A ¢ A, do tubulacto, 2) Agl | [-[x] a8 +g-Ay+hl |=N Equagao da energia elacionendo a velocidede de sada do fuido v, ‘om ae segdes iransversots A, € A, do tubulacao, ‘Além destas equag6es, ha ainda a conhecida Equagdo de Bernoulli®, em que as varidveis hL (perda de carga total) e N (poténcia necesséria & bomba) nao sao levadas em consideragao (equagao 1.7) ve = Const, an Multiplicando-a pela massa especifica (p) @ aplicando-a a dois pontos dis- tintos de uma tubulacao, como a representada pela figura 1.4, chegar-se-6 a se- quinte equacao: 1 Plegpevi ty prg=P, +50 ve ty, -p-g as) 2 Dae! Bemoul (1700 - 1782) - Celebre matematice do séeulo NVI flho de Jobo I Bemoul ‘Conceitose Prinelpios Bésicas 7 Reortienando as variaveis, obteremos: = a9 Figure 1.4 -Tabulagdo (escoamento hore) Olleitor j6 deve ter percebido que a equacao de Bernoulli pode somente ser aplicada em irechos em que 0 fluxo do fluido ¢ livre, E por ndo considerar a existéncia da variavel perda de carga (hL), seu resultado nao coresponde exata- mente 20 real, distanciando-se cada vez mais deste quanto maior for o compti: mento da tubulacéo e 0 ntimero de singularidades (conexées utiizadas). Terna que seré abordado detalhadamente no capitulo 4 Da mesma forma, uma répida andlise da equacéo da energia fard com que 6 leitor perceba que a equacéo de Bernoulli € um caso particular da primeira, bastando apenas eliminar dessa os termos rit, hLe N. Em verdade, a equacso de Bernoulli tem origem na conhecida equagao do matematico Euler’ (equacdo 1.10), que estabelecendo a seguinte hipstese (9 senco uma fungao de P ou sendo uma constante), permite a integracdo dela, dando origem & equacao de Bemoull oP gedy + ody (1.20) ° E Sbvio que apesar de o presente item 1.6 tratar sobre 0 tema pressdo, as equagées da energia e de Bernoulli aqui apresentadas podem ser utilizadas para determinacao de qualquer uma das varidveis que as compéem. A seguir, serao apresentados dois exercicios exemplos, resolvidos, demons- trando sua aplicacao. 9 Leonhard Euler (1707 178) Clabee matordtico do cul XUI depo de Joa | Bernoulli com os fos foi edad 18 “Automagao Hidrdullea -Projetcs, Dimensionamento e Andise de Cieuitos Exemplos de aplicacio Deseja-se conhecer a presséo da Agua no ponto B da tubulagéo de ali- mentagéo do reservatorio da figura 1.5. Considere os seguintes dados: Dy (diametro do tubo de succéo) = 100 mm = 0,1 m Dz (diémetro do tubo de preenchimento) = 70 mm = 0,07 m 1p (massa especitica da Agua) = 1000 Kg'm® Q (vazéo da bomba) = 180 Ymin = 0,008 m/s g (forga da gravidade) = 9,81 m/s? AL (perda de carga total) = 5 més? Vz (velocidade do fluido na saida da tubulagao) = 0,78 mis W (potencia da bomba) = 3 HP = 2237 watts AH = [profundidadie do tuba sob a égua) = 3m Ay = (distancia total entre os pontos A e B) = 18m Bomba A Figura 1.5 - Abastecimenio de um reservatrio. —_ ‘Concettose Principios Basicos 19 Solucao A analise do desenho e dos dacios oferecidos nos leva de imediato a perce ber que pode ser usada pata a solucao do problema da equacao 1.6. Essa deci- sao deu-se em fungao do conhecimento da variavel de velocidade de saida do fluido {vp} Objetivando facilitar 0 processo de célculo ¢ evitar ens, inicialmente seré isolada a varidvel AP na equacao em forma literal e posteriormente substitu‘ as varigveis necessarias. Assim: | sf) AP. 1 Es +g-Ay+hL |=N any =a: Ay hl | +P, (1.13) 20 Projetos, Dimensionarento e Andise de Creutos Estabelecida a equagéo que daré a informagéo referente A pressio Py, € possivel agora determinar as demais variéveis ainda no conhecidas que so: @ taxa de massa ti, a pressdo P, e as secGes transvetsais internas Ay e Ay dos tubos de diémetros D, e Dp. Taxa de Massa im De acordo com a equagdo 1.4, a taxa de massa tit sera: ma =1000- “003 ™ s Ko A rh=3. Pressao P, (pressao no ponto A) Obiida pela equagao 1.2 Secdes Aye Ay : 5 3 3 PR 2 } e simplificando, resultara — [al] aber Substituindo agora todas as variaveis na equacdo 1.13, obteremos a pres- 80 P2 no ponto B, ° foe 078%) .0,7599 | py t000% | 2toate [OFFS] 079? sm som 12 aon m? | Ke ¢ “| 1000 88... 745; ait Kg 2 P, = 100043 [sss | +29,4KPa 156,82KPa + 29,4KPa = P, = 586,22KPa Um medidor de Venturi consiste em um conduto convergente, seguido de um conduto de diémetro constante chamado garganta ¢, posteriommente, de uma porcdo gradualmente divergente. E utilizado para deterinar a vazao num conduto {figura 1.5). Sabendo que {vp = 3m/s=1,5 - v3), Py = 10 Kpa eo fluido no condu: to € dleo (p = 900 Kg/m’), determine o valor de P, na garganta de Venturi, Figura 1.6 - Tubo de Vent, 22 “Auiomegao Hidrauliea -Projelos, Dimensionamenta e Andlse de Circaios Solugao ‘A observagéo ¢ a andlise da figura permitem concluir que 0 exercicio pode ser resolvido por meio da equagto de Bernoulli, pois 0 fluxo do fluido é livre (continuo) e mesmo a perda de carga devido & mudanca de diémetros é minimi- zada em fungao das conicidades. Outro aspecto importante € que o termo Ay néo existe, pois y; @ Vp estao no mesmo plano {linha de centro), portanto y, = vz = 0. Assim, a equagao de Bemoulli pode ter seu tltimo termo eliminado, ap, b3-vi), oP : me (19) (1.18) Isolando Py --p [Wizxt) Py =p] AEA +p, (1.16) Lembrando a proposigao dada que (vp = 3mis = 1,5. vy) 2 2 2 ] ef (35) fons S481 + 10.000Pa P, = 7730Pe = 7,75KPa 1.1.7 - Conservacao de Energia A Fisica diz que a energia ndo pode ser criada nem destruida; pode apenas ser convertida em outras formas de energia. Sabemos também da Fisica que, em tum sistema mecénico, a energia mecénica em um determinado instante é dada pela soma da energia cinética com a energia potencial (equacao 1.17) “Conceitor e Princplos Basices 23 EM=him-v? 4m-g-h 0.17) Em que: 2 1 . ja Cinética = Sm-v' Energia Ci 5 = Energia Potencial = m-g-h massa [Kg] velocidade [mvs] aceleragao da gravidade [m/s"] = h= altura (m] "Emm sistema eonservctivo, a energia mectniceiniial € igual é energia mecénica nal. (Principio da Conservagdo de Energia) EM, =EM, (1.18) 1.1.8 - Transmissao de Energia Hidréulica A hidréulica pode ser definida como um meio de transmitir energia. Nesse aso, a energia mecénica inicial gerada pela forga F; € convertida em energia hidréutica, propagando-se pelo fluido até encontrar a plataforma Ay, conver- tendo-se novamente em energia mecénica a ser entregue por meio da forca F.. A= ton A= San! ON ‘A anélise da figura 1.7 permite as seguintes consideracées: Ha uma relagio de proporcionalidade entre F e F que esta intimamente ligada & razdo Aj/A,. Isso quer dizer que: Fra, (1.19) “Fy é civetamerte proporcional a Fy’ Para transformar uma relagdo de proporgao em uma relagéo de igualdade, é necesséio multiplicar um dos termos por uma constante que é dada pela razao Au, Assim F,-42.F, (1.20) mea Essa relagdo também pode ser reescrita como: F, aa (12t) Ae Lembrando entio da definigdo de pressao: "Em lermos de hidrostétca, define’ se pressdo comnd sendo a forea exercida ‘pelo fluido por unidade de érea do recipiente que a contém’. Assim, a relagio de igualdade anterior pode ser representada por: P, =P, (1.22) (© que significa dizer que a presséo é a mesma nas plataformas A, ¢ Ay, bem como em iodo espago interno existente entre ambas plataformas da ala vanea hidréutica (presséo hidrostética) Raciocinio andlogo pode ser feito entre as variéveis Ay, hy € Ay, hy. Ha uma relacéo de proporcionalidade entre hy e hy que esté intimamente ligada & razo Ay/Ap Isso quer dizer que: hoah, (1.23) “hg 6 ditetamente proporcional a hy’ Novamente para transformar uma relagéo de proporgao em uma relagao de igualdade, € necessério multiplicar um dos termos por uma constanie que € dada pela razao Ay/Ay Assim 2a) Essa relagdio também pode ser reescrita como: Ay=hy-A, (1.25) Lembrando da geometria espacial que 0 volume de um sélido regular é: VeAch (1.26) Volume = érea da base x altura Pode-se concluir da relagéo 1.25 que os volumes V; e Vz indicadios na figu- ra so iguais, V=Ve (27) © que foi exposto em relagdo a figura 1.6 pode ser demonstrado pelos va- lores numéricos nela apontados. = Ay = lem? = hy=lom . Sam? = F,=10N . Sem = Fy=50N Supondo que quiséssemos conhecer a intensidade da forga Fp, ou a carga maxima capaz de ser suspensa pela plataforma fy, sabendo que a intensidade da forga F, = 10 N e as areas A, @ Ay sao, respectivamente, 1 cm? e 5 cm®. Solucao Fazendo uso da equagao 1.20, teremos: Sem ION = F, = 50N lem’ , Dimensionamento e Analise de Creultos ‘Supondo agora que quiséssemos conhecer o valor da presséo hidrostética, comprovando a relacéo P; = Py. Solucao Fazendo uso da equacao 1.21, teremos; FF), JON _ 50N = 7 > 10N, =10 Ay Ag lam? Sem! em? om ‘A igualdade entre os volumes V, V2 pode ser assim também demonstra- da: hg“ = hy “Ay > Lem -Sem? =Sem-Lem? > Sem* = 5em? 1.1.9 - Vazao Define-se vazéo come sendo o volume de fluide descarregado pela bomba por unidade de tempo (equacao 1.28), ou ainda o produto entre a velocidade com que um fluido se desloca em uma tubulagae e a secao transversal desta (equagao 1.29). Sua unidade no S11. é dada em [m%s}, embora seja comum encontrar em hidraulica unidades como [l/min] ou [.p.m.}. (1.28) (1.29) 1.1.10 - Viscosidade de um Fluido De todas as propriedades de um éleo lubrificante, a viscasidade 6 a caracte- tistica mais importante, que em termos gerais é definida como senclo a resisténcia oferecida ao movimento relativo de suas moléculas (escoamento). A viscosidade 6 dada pela relagao entre a tenséo de cisalhamento e a taxa de cisalhamento do fluido, ‘A International Organization for Standardization {ISO) elaborou um sis- tema de classificacao para lubrificantes liquidos de uso industrial integrados na DIN 51519, em 1976, usada desde entéio para todas os oleos lubrificantes adoteda interacionalmente. A classilicagéo define 18 categorias de viscosidade entre 2 a 1500 mm*%/s(cSt) a 40°C, conforme a tabela A.2 (ver apendice A) ee ‘Conceits e Principios Basicos 27 A seguir, ¢ apresentada uma pequena tabela simplifieada para a selecao de viscosidades indicadas a sistemas hidraulicos, em fungéo do tipo de bomiba ado- tado, entreianto ela s6 deve ser ulilzada quando nao houver recomendagces do fabricante, Viscosidade Cinematica de Operacao do Oleo em Fungo do Tipo de Bomba Tipo de Bomba de palhetas Pressio de operagéo: Absixo de 70 hem? ‘Acima de 70 kale? de engrenagens (todos os tipos) 0 (dependendo de projeto) 32-68 46 - 100 68-100 68-100 100- 150 100-220 ficas dos fabricantes das bombas sempre terdo re as recomendagdes genéricas 1.1.11 - Conversao de Viscosidade Cinematica (cSt) em Dinamica (cp) A converséo de viscosidade cSt em viscosidade ep é obtida multiplicando a ‘massa especifica do fluido por sua viscosidade em cSt., deste modo teremos ep = p-cSt]. Isso quer dizer que se consideratmos como releréncia a massa es- pecifica do dleo SAE 10 (p = 881.1 kg/m’), a converséo da viscosidade cinemati- ca em dindmica pode ser feita pela seguinte relacao: nlep] = 881,1- vlest]* (2.30) "A exoresto de conversto de vscoxiade Cst em Cp pede ser comprovada expetimentaimente por uma pnt cleténiea em que é tabulada a massa espacicn en vncoidade Cat © Cp do sleo, pata dileentes temperatura. Nessa plana a cohina da masa especie &eriao malpicade pea eons Cat compa ‘ada pereentilmenta a coluna Cp, Os desios abt in todos ferns 0,18 ¢ 9 produo ds unida tls esta na untae de Cp, como pode ser isto wn sega, Unidede de Gp» [Nin = Us Uudade de C3 + Is Unidad de mens expen 9-9 [ay] [mt |_f. teu >= 28 ‘Automagdo Hidréutea Projetos, Dimensionamenta-e Andlse de Creates 1.1.12 - Equagao de Poiseul Equagao que permite conhecer 0 fluxo do fluido (vazao) em uma tubu- lacdo ciindrica telacionando as vaviéveis, dferenca de pressdo (AP), raio (r) e comprimento da tubulagao (L}, com a viscosidade dinamica (n)* do fluido que por ela circula, 4 ror? AP. 7an Bal (1.31) 1.1.18 - Equagao da Conti lade A figura 1.18 em seguida apresenta um tubo em que um fluido incompres- sivel (massa especitica constants) flui ao longo de seu comprimento, E analisada entéo uma quantidade de ‘luido de massa e identidade fixa em dois momentos diferentes. O que quer dizer que 0 volume de fluido por unidade de tempo que flui pelas regides 1 e 2 € 0 mesmo. MMe, Aula _Aavhe hoe (1.32) Lembrando que volume por unidade de tempo é o mesmo que vazao: Q:=Q (133) Ea vazao, como em (1.29), é também uma fungao da sega transversal do duto e da velocidade com que © fluido se desloca em seu interior, dando origem {A conhecida Relagdo de Continuidade, ou Equagao da Continuidade. yA (1.34) Figura 1.8 - Relogao de continuldade. 5 Unidade de viscosdade dinamkca(n)->op = 10° Nain? vertabela A3.- Apéedice A ‘Concettos¢ Principles Basicos 29 1.2 - Classificacao dos Sistemas Hidrdulicos Os sistemas hidréulicos podem ser classificados de diversas maneiras. 1.2.1 - De Acordo com a Pressao Segundo a J.C. Woint Industry Conference}, extinta em 1967 e atual NFP.A. (National Fluid Power Association), os sistemas hidréulicos sao classifica. dos de acordo com a presséo nominal da seguinte forma: Pressio i Classifica Galt 0.0 203.10 Sisiemas de baixa pressao 14235 203,10 a 507.76 Sistemas de média prosséo 352 84 507,76. 1218.68, | Sistemas de média-alta pressaa, 84210 | 121868 a 046,62 Sistemas alla pressao Acima de 210 | Acima de 304662 Sistemas de extrevalia pressao Tobeia 1.2 - Classfcagao dos sistemas sequndo a NFPA. 1.2.2 - De Acordo com a Aplicacao Sao clasificados em sistemas de pressao continua ou em sistemas de pres- so intermitente, 1.2.3 - Quanto ao Tipo de Bomba Sistemas de vazdo constante ou vazao variavel 1.2, - Quanto ao Controle de Direcéo ‘Sistemas de uma via (controlados por valvulas) ou de duas vias {com bom- bas reversiveis) 1.3 - Esquema Geral de um Sistema Hidraulico De acordo com o tipo de aplicagao, existe uma infinidade de tipos de cir- cuito hidraulico, porém todos eles seguem sempre um mesmo esquema, os quais podem ser divididos em trés partes principais: 30 ‘Atomagéo Hidrdulca- Projetos, Dimersionamenta e Andie de Cireutos 1.3.1 - Sistema de Geragio Constituido por reservatétio, filtros, bombas, motores, acumuladores, inten- sificadores de presséo e outros acessérios. 1.3.2 - Sistema de Distribuicao e Controle Constituide por valvulas controladoras de vazé0, pressao e vélvulas dire~ cionais, 1.3.3 - Sistema de Aplicacao de Energia Constituldo pelos atuadores, que podem ser cilindros (atuadores lineares), motores hidréulicos e osciladores. Esquematicamente, um sistema hidréulico pode ser representado conforme a figura 1.9. misao (5 ranswibo (Sema de ma | Zane Di Anlcagio de ao ‘eContole Energi Figura 1.9 - Exquema de um sistema hidréuleo. 1.4 = Vantagens e Desvantagens dos Sistemas Hidréulicos Normalmente recorremos & utllzagéo dos sistemas hidréulicos quando 0 em- prego de sistemas mecénicos e/ou elétricos toma-se impossivel ou necessitamos aplicar grandes esforcos aliados a uma érea de trabalho relativamente pequena. Fezendo uma comparacao entre esses trés sistemas, analisamos as vanta- gens e as desvantagens do emprego dos sistemas hidraulicos. 1.4.1 - Vantagens = Facil instalagao dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade, inclusive em espacos reduzidos. O equivalente em sistemas mecnicos ja nao apresenta flexibilidade * Devido & baixa inércia, os sistemas hidréulicos permitem uma rapida suave inversao de movimento, nao sendo possivel obter esse resultado nos sistemas mecanicos e eletricos, Te 1 cece e Pinciplos Bésleos = Permitem ajustes de variacéo mictométrica na velocidade. Jé os mecé- nicos e elétricos s6 permite ajustes escalonados e de modo custoso & dificil = Sao sistemas autolubrificados, nao ocorrends o mesmo com os meca nicos e elétricos, 1 Relagéo (peso x tamanho x poténcia consumida) muito menor que os demas sistemes. So sistemas de facil protecao. = Devido a 6tima condutividade térmica do éleo, geralmente o préprio reservatério acaba eliminando a necessidade de um trocador de calor. 1.4.2 - Desvantagens * Elevado custo inicial, quando comparados aos sistemas mecanicos e elétricos. = Transformagao da energia elétrica em mecanica e mecénica em hidéu: lica para, posteriormente, ser transformada novamente em mecanica = Perdas por vazamentos internos em todos os componente. = Perdas por aritos iniemos e externos. ‘= Baixo rendimento em fungao dos trés fatores citados anteriormente. = Perigo de incéndio, devido a o éleo ser inflamavel, 1.5 - Como é Criada a Pressao. A pressio resulta da resisténcia oferecida ao fluxo do fluido, e a resistencia ¢ fungao: = Da carga do atuador {figura 1.10); De uma restrigéo (ou orifcio) na tubulagao (figuras 1.11, 1.12 ¢ 1.13) 0.000N N 2O.O00N = 100. A 10cm? cm 100bar J& nas figuras 1.11, 1.12 e 1.13, temos representado um detalhe de um sistema, composto por uma bomba, uma valvula de seguranga (descarga) e um registro, indicando as seguintes situacées: ‘A bomba desloca para a tubulagao de presséo uma certa quantidade de fluido e a valvula de seguranca foi ajustada para abrir-se a uma pressdo de 70 bar, porém 0 registro esta totalmente aberto, e desse modo a pressso indicada pelo manémetro ser zero. 32 F-20000N | 4 BOMBA cs Vitae Desa gio 70 bd Viena Reto tomimante sb) Figura 1.11 « 0 regio comeca a ser fechado, provocando urna restrigao a tubulasao, assim 0 mandmetro comes @indicar uma elevagda na presséo, Mendes [Votan de Descarga Vala Rago (trend) Conceitos e Prinipios Bésicos 33 a [ fatten Tech {ory Ex ——] Figure 1.13 - O registro fol quasetetalmente fochado, asim quando a pressto atingr os 70 bor, provocaré« abertura ia udluula de seguronca, descarregenda 0 fd no tongue 1.6 - Fluxo em Paralelo Uma caracteristica intrinseca de todos os liquidos é o fato de que sempre pprocuram os caminhos que menor resistencia aferecem. 7 oN \stnsegd 70 bar Abe [CAN ‘Var egod 140 bor (cad) SCAM= Vat egal 210 hr Feehady Monts Pant bar Figura 1.14 - 0 ftuxo se dé pela via de menor pressto, ‘que eporeceindieaca no mandmetra mist WV ‘Valu sepa TO bas (Buen Ll ‘Wain ead p/ 140 barber ‘GSR ‘Veils reund p20 be Fecha Figure 1.15 - Bloqueando o via de menor presseo, hovers uma elevacao dela ‘18 tingir a pressao regulada para.a via imermediéria ¢ assim por dante 34 “Automegdo Hidréulca » Projetos, Dimensionamento-e Anise de Circutes ‘As figuras 1.14 e 1.15 apresentaram um sistema com trés vias de fluxo, ha- vendo em cada via uma valvula de descarga regulada com uma determinada pressao, 1.7 - Fluxo em Série Quando as resisténcias ao fluxo estéo ligadas em série, somam-se as pres s6es, A figura 1.16 mostra as mesmas valvulas da figura 1.10, porém ligadas em série e agora com novas regulagens. Os manémetros localizados nas linhas indi- cam a pressdo normalmente suficiente para superar cada resisténcia da valvula, mais a contrapressao que cada valvula sucessiva ofereca, A pressao no manéme- tro da bomba indica @ soma das pressdes necessétias para abrir cada vélvula in dividualmente. Nei tie 0 sa 26a, Figura 1.16 - Plaxo em série (resisténcias em série somam pressoes) CConceitos Prinipios Basicos 35 1.8 - Queda de Pressao por meio de uma Restricéo (Orificio) Um orificio é uma passagem restriia de uma linha hidréulica ou em um. componente, utilizado para controlar 0 fluxo ou criar uma diferenga de pressao. {queda de pressio). Para que haja fluxo de dleo através de um orificio, precisa hhaver uma diferenca ou queda de pressao. Do mesmo modo, se nao houver tlu- 0, no haveré queda de presséo. As figuras 1.17, 1.18 ¢ 1.19 apresentacias em seguida consideram as txés situagdes, as quais passamos a analisar. Figura 1.17 -A pressdo nos dois lados a ubulago & igual ‘assim Sendo, ndo hover flaxo do fluid pela retito [TA Wiens deposi caso Bose — ies Resign One) | Figura 1.18 -A pressdo molor force mais 0 setido &dretta ea dea ‘passa através da resticco (orf) [Rahs ax nate pone \, ee ye XK Resign (Onc) Figura 1.19- Se por algum mative o flaxo ne tubulago crea da restriguo for bloquecd, « presséoiguala-se imediaxomente nes dois lados, 36 “Aufornacao Hidrdulea -Projtos, Dimensionomento-e Anise de Cireuitos 1.9 - Funcao Velocidade A funcéo velocidade pode ser definida como sendo uma grandeza fisica que dé uma idéia da rapidez com que uma massa vatia sta posicéo ou espaco com o passar do tempo Seja a massa da como: ada, Por definigSo, sua velocidade escatar média ¢ calcula eat ty (1.35) Na pratica, quando desejamos obter a velocidade com que uma massa se desloca, utilizamos instrumentos como 0 velocimetto, O dado obtido ¢ conhecido como velocidade instantanea, pois o At 6 140 pequeno que tende a zero. Assim, matematicamente, define-se a velocidade instanténea como: ,_ As lim (1.36) ao No S.l.a unidade de medida utilizada para velocidade & | Em se tratando de hidréulica, podemos ainda escrever a fungéo velocidade em fungéo da vazdo e da secao transversal do duto por onde 0 fluido escoa. Lembrando endo a equacao 1.29, podemos escrever que Q ved 37) A 1.10 - Exercicios 1. Conceitualmente, podemos dizer que o termo automagao é: a} Os meios, instrumentos, maquinas, processos de trabalho, ferramentas ou recursos gragas aos quais a agao humana, em um determinado processo, fica reduzida, eliminada ou potencializada, b) A associagao organizada dos automatismos para a consecugao dos objet vos do progresso humano. c)_ E.um simples sistema destinado a produzir a igualdade de esforco fisico € mental e urn maior volume de trabalho. ‘Conceitos e Principios Basicos 37 2. Quanto ac "grat teal de automacéo" obtido e capaz de obter-se em um pro- cesso, podemos afirmar que 2) Esté exatamente representado pela evolugao telaliva da proporcao de trabalho humano que o sistema automatico é suscetivel de eliminar pela complexidade absoluta das funedes que o automatismo considerado as sume. 6) Conta muito menos automatizar totalmente uma operacao relativamente simples que automatizar somente uns 50% de um processo complexo e de dificil realizacao, ©) A economia possivel de ser obtida para automatizar um proceso, bem como sua viabilidade, nao ¢ fator decisivo para ele. 3. Quanto a0 conceito de fluido, ¢ corteto afirmar que: a) _E qualquer substancia liquica capaz de escoat e assumir a forma do reci- iente que a contém. b) E qualquer substancia gasosa capaz de escoar e assumir a forma do reci- piente gue a contém. c) E qualquer substancia capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que a contém. 4. Calcule a pressao em psi que um fluido confinado @ um reservatério aberto exerce contra o fundo dele, Considere 0s seguintes dados: 81 kg/m) m) = Massa espeeifica do fluido ( = Nivel do fluido no tanque (H = = Aceleragao da gravidade (g = 9,81 m/s} = Diametto do tanque (D = 3m) 5. Suponha que na parede do tanque do exercicio anterior seja aberto um lure de 5 cm de diametro bem rente & base. Calcule a vazio (Q) em min e 0 tempo (t) em minuto para que ele esvazie totalmente. 6. Que volume de éleo em m’ escoaré em 1 hora por um tubo de comprimento L=200 em e didmetro intemo 12 mm, se a dlferenga de pressao dentro do tubo € de 60 bar? Adote a viscosidade cinematica do dleo como 50 cSt. 7. Considerando 0 desenho esquematico represeniado na figura 1.10, calcule a poténcia necessaria a bomba, de modo que o atuador suspenda o bloco a uma distancia Ay(cm), dentro de um tempo (6), conforme os dados sequintes: 38 ‘Auwlomageo Fidraulice- Protos, = Distancia Ay + 30em = Tempo t>5s = Diametro da tubulagao d > 18mm = Diametro do atuador D> 70mm = Perda de carga hL > 3m?/s? = Massa espeeifica p> 881,1 Kg/m? = Gravidade g > 9,81 m/s? 8. Para a questio anterior, deteminar a velocidade do fluido dentro da tubula- cao de diametro 18mm. 9. Sabendo que em uma tubulacao cujo diametro permanece constante durante todo o seu comprimento de 10m flui 20 Yimin de dleo a uma viscosidade de 45 cSt e presséo de 120 bar, pede-se determinar esse didmetro, 10,Utlizande dados da questo anterior, determine a viscosidade do dleo em (cSt), supondo uma vazao de 50 min. ‘Conceltos e Principles Bisicos 39 Anotacées 40 ‘Automacao Hidréulica -Projeos, Dimensionemerto e Andlise de Cirultos <2 om Dimensionando Atuadores Hidréulicos Comercias Dimensionamento dos Atuadores 2.1.1 - Diagrama Trajeto x Passo Quando idealizamos um projeto hidréulico, 6 sempre conveniente de inicio elaborar seu diagrama trajeto x passo, pois ele tem por objetivo representar grafi- camente a seqiéncia de movimentos os quais pretendemos que nosto projeto execute, Com ele é possivel visualizar cada umm dos movimentos executades, 0 momento em que eles oconem, sua funcéo e seu tempo de duracéo. Parida Parada Emerge 0 a BDobea a, 2 Dobe 1 ry Figura 2.1 - Dspostivo de dobra Dimensionando Atuadores Hidréulcos Comercials a A figura 2.1 demonstra um dispositivo idealizado para realizar uma opera- a0 de dobramento de uma chapa de ago. Essa operacao é realizada em seis passes, que podem ser claramente vistos em seu diagrama trajeto x passo (figura 2.2) 1. A chapa é posicionada manualmente sobre a mesa do dispositive. Um en- costo 20 fundo e outro ao lado garantem o paralelismo e o perpendicularismo da dobra. 2. Um botao de pattida E0 é acionado para ativar o ciclo de dobra, que s6 pode ser iniciado se os atuadores A, B e C estiverem recuados e pressionando os fins de curso El, E3 e ES. 3. Hé ainda um botdo E7 que ativa a parada de emergéncia. = Passo 1 - Dada a pattida, o atuador A se distende, fixando por pressao a chapa sobre a mesa. = Passo 2 Ao fixar a chapa, 0 atuador A pressiona o fim de curso E2 gue dispara o atuacior B para realizar a primeira dobra = Passo 3 - Ao final da primeira dobra, o atuador B pressiona o fim de cutso E4 que provoca seu relomo, e ao pressionar E3, ativa 0 atuador iC = Passo 4 - O atuador C se distende e realiza a segunda cobra, = Passo 5 - O retomo do atuador C seré dado pelo fim de curso E6. = Passo 6 - Ao relornar, 0 attactor C pressiona EB que provoca o retomo do atuador A que, ao pressionar novamente El, encerra o ciclo. ‘Camponeies ie = oy og _os I 16 39-22 Deseapiaringe [rome [ ante |) 2 3 5g 21 ‘Clio de simples vanneds] eo is thaagin ca Recund Cntr de dupa ar feta Iota Recuado Tavncaca] Chiko de dle eto (2 dra y Recundo 1 Crete completo Figura 2.2 - Diagrama roleto x passo 2.1.2 - Pressao Nominal ‘A pressao nominal [PN] ¢ obtida em funcéo do tipo de aplicacéo, conforme tabela 1.2 do capttulo 1 2.1.3 - Pressao de Trabalho Estimada e Perda de Carga Estimada A pattir da presséo nominal PN, deve-se obter a pressao de trabalho esti ‘mada Ptb, que é dada pela pressao nominal menos uma perda de carga estimada entre 10.2 15 por cento. Assim, adotando 15%, teremos: Pib=PN-015:PN ay 2.1.4 - Forga de Avanco Ea forca efetiva (Fa) que o cilindro hidraulico deve desenvolver a fim de rea- lizat 0 trabalho para o qual foi projetado. Pode ser obtida por uma variada gama de equacées. Entre ola, Fisica estética, Resistencia dos materiais, Usinegem, etc. 2.1.5 - Diametro Comercial Necessario ao Pistao Conhecidas a forga de avanco Fa e a pressao de traballo estimada Ptb, € possivel determinar o diimetro necesséirio 0 pistao que sera dado por » (EB Entretanto, esse didmetro calculado nao é o definitive do pistéo. E apenas uma referéncia a qual ulllizaremos para consultat 0 catélogo do fabricante e defi ni qual cilindro hidréulico possui digmetro de pistéo no minimo igual ou ligeira~ mente maior que 0 calculado. Nesse caso 0 cilindro que ser8 utlzado no projeto deve observar a seguinte relacao: 22) Dp comercial 2 Dp calculada 23) 2.1.6 - Pressdo de Trabalho Delinido 0 diametro Dp comercial, devemos recalcular a pressao de traba- Iho, que sera a regulada no sistema, Assim: Fa_) PTb = 7 24 (<2 a Dimensionando Atwadores Hidraueos Comerciais 2.1.7 - Dimensionamento da Haste pelo Critério de "Euler" © para Deformacao por Flambagem A configuragao da fixagao do cilindro hidréulico no projeto é de extrema importancia no seu dimensionamento, pois é a partir dela que sera determinado © diémetro minimo de haste, uma vez que os cilindros hidrdulicos sao projetados pare suportar unicamente cargas de tracao e compressao ‘A anélise de deformagao por flambagem baseia-se normalmente na for mula de "Euler’, uma vez que as hastes dos émbolos tem um diametro pequeno ‘em relagao ao comprimento. A carga de flambagem de acordo com Euler é obtida por: wed (25) Isso slgnifica que com essa carga ocone a flambagem da haste. A carga maxima de trabalho, ow maxima forga Fa de avango peritida, sera dada por: Fo 2.6) Sendo. = A= Comprimento livte de flambagem (em), (tabela 2.1) = E = Médulo de elasticidade do aco {modulo de Young) = 2,1 x 10” Nm? "= S = Coeficiente de sequranca (3,5) = J = Momento de inércia para secéo circular fem") ah* 7 ea @n A unzayao do Cater de Euler pare dmensionamento da haste do nist & allamente re sao projets a cetera do dsmeto minim necessra «seguro pa 9 tipo de apes Ge fengo escohid para a pio, ess anela A no apene 4 “Automnagdo Hdréulca Projtes, Dimensionamento e Andlse de Cargas de Euler Z| cosoa Caso? Caso 3 caso4 Uma extremidade | (Caso basco) | Uma extrmidade As cuas exter 4 B| teres [sesimenmame | otcuninen | sade bes outratxa | dadesarteadas | out xa é Representacao Esquemética Comprimento Livre de Flambagem 0.5) Situacao de Montagem para Cilindros Hidréulicos ISS Gaiar a cage $ com evidaco, | Inadequado, pro £ porque ha pos: | wével ocoréncia 2 sibiidede de de trenmento travemento, } TTabela2.1 - Exerplos de Carga de Euler Com um pequeno artificio matemético de substituigo da equacao da va- riével J (equagao 2.7 em 2.5, e desta na equacao 2.6) resulta uma nova equagao Dimensionando Atuaderes Hidrdulcos Comerccis 45 que, colocada em fungae de dh, fornece a equagao para o diémetro minimo ad- missivel da haste em cm: 64.5.2? Fa = 2.8) wr dh Apés 0 dimensionamento do di&metro minimo da haste pelo critério de Euler, estamos aptos entéo a escolher o didmetro de haste dh mais indicado, pois como pode ser visto na tabela 2.2 do item 2.1.9, para cada diametto de pistao Dp oferecido pelo fabricante, ha dois diametros de hastes possiveis de ser usados. Ha, entretanto, alguns fabricantes que chegam a oferecer trés diémetros de hastes para cada diémetro de pista, 05 quais se denominam normal, intermediatio ¢ pesado, ditmetro de haste comercial deve entao estar de acordo com a seguinte relagao: dh comercial > dh caleulado 2.9) 2.1.8 - Area da Coroa A érea da coroa de um cilindra hidrsulico "Ac" é obtida pela diferenga entre as dreas comerciais do pistao e da haste, equagho 2,10, Ac=Ap~Ah (2.10) Se quisermos reescrevé-la em fungao dos diamettos, teremos: fon? -cn2) em 2.1.9 - Cilindros Comerciais ‘As dimensées para os cilindros comerciais esto padronizadas de acordo com a norma ISO/TC 39/SC IN. 5, que define diametros de pistéo de 25 a 400 mm. Entyetanto, a maioria dos fabricantes em seus catdlogos de produto define em polegadas, nas faixas de 1 1/2" a 8", e acima desses valores o cliente deve consultar a fabrica No apandice A o leitor pode encontrar a tabela A.4 proveniente do docu- mento ISO/TC 39/SC IN. 5. Na tabela 2.2 observe um exemplo comercial de um conceituade fabricante (REXROTH). 46 ‘Aulomagéo Hidrdulea- Pojetos, Dimensionamento e Andlse de Cireutos Pressao de Trabalho - PTb (bar) (mm) | (mm) | 50 15 100 | 125 | 150 | 175 210 [ae fees [er aa [os P75 [co 257] sas-[a1s [310 | 250-| 250 220 00 ben eis iso Piao s5 2 50 [as [965 [760] 035] 555 | 490] 245] 390 pe fsa [a aan Paso aso 130 fs as [am1s [960 a0] 705 [een 570505 so aan ae [ass [ais fies | se [aes [ar76 | 960 ae | 170 | os | ois 100 45, 655 495 | 400 335 285, 250, 205 70] 190s | 1498 | i265 | 1105 | 990” [900200 pe Lesa oa sas aan [ae0 [652s > a | asso 20as 750 is20 [aes ieee Pass [a0 nf a TO 605 ea ro 180 [joo [2570 | 20a5 | i725 | 1510 [1355 | 1230 | 1095 | Top bse fees fizan [ates [900 [sis [so oo Tas] 3128 | 2740 | 2305 | 2005 | tao | 75 | 1500 ceo b0 [iais [ions [908 [| os | aon seo a0 ae70 [2005 | 2680-| 2s10-| aoe0 [195 [1700 ‘Comprimento maximo fomecido Lh = 3900 mm Lh>3900, consulta fabrca, Tobela 2.2 - Clindros comerciois(Cotslogo REXROTH). 2.2 - Tubo de Parada (Distanciador) Em cursos elevados (Lh> 100cm) e cargas de pressoes altas, principalmente cargas com componentes perpendiculares & haste, recomenda-se um aumento da distancia enite os apoios, para diminuir a carga sobre a haste no curso maximo de avanco e, conseqiientemente, nao comprometer as vedacoes do émbolo e camisa interna do eilindro. Por essa razéo uma bucha distanciadora é montada entre o bem e o cabe- cote do cilindro, Essa bucha distanciadora (distanciador) aumenta o braco de alavanca e com isso a carga de apoio ¢ diminu‘da, figura 2.3, © dimensionamento da bucha distenciadora (distanciador} pode ser feito por meio das express6es seguintes: Dimensionando Atadores Hidréulcos Comercial a7 C, =04........0.6-Dp (2.12) os. 1,2-dh (2.13) =C,+C, aa) in = Comprimento minimo da bucha distanciadora, Alguns fabricantes fomecem em seus catalogos distanciadores padronizados ppara determinadas faixas de comprimento de hastes. ‘Curso Distanciador Curso Distanciador L (am) C (mm) L (mm) C (mm) 500) 876... 1000 100 BOI... 625 25 1001... 1125, 125, 626... 750 Ea 1126... 1250, 150 751.875 75. 1251... 1250 175, Tabela 23 Disincindor Figura 2.3 Atuador com dlstaneiador 2.3 - Amortecedores de Fim de Curso Quando uma massa se encontra em movimento, seja com velocidade constante ou varidvel, h sempre variagdo da energia cinética (equagao 2.15). Assim, ao analisatmos internamente uum cilindro hidréulico, durante o seu movi- mento de expansao ou retracao, teremos entao a massa formada pelo émbolo mais a haste se deslocando a uma determinada velocidade, portanto produzindo energia cinética. 48 Automacdo Hidkéuliea - Projetcs, Dimensionemento e Andise de Circultos Essa energia cinética deve ser absorvida pelo cabegote do cilindro, no caso da expanséo, ou pelo fundo do cilindto quando ele estiver em movimento de rettacao. Porém, a capacidade de absorgao dessa energia depende do limite de elasticidade do material, Dessa forma, sempre quando a velocidade em que a haste vai se expandir ou retrair exceder 0,.m/s, deve existir uma frenagem hidraulica {amortecedor de fim de curso). A figura 2.4 mostra um exemplo de amortecimento requlavel de fim de curso, utilizado para o movimento de retragao. 2 mv’ EC= (2.15) Cae (2.15) otto [Vita Hedtrade Verto Bunce Seide do Fate [—aacamara Embolo te raul [a SIS (Catnara Anti (Chara Posterior vats de Retengio Figure 2.4 - Amortecedor reguléve! fim de curso. Quando préximo ao final do deslocamento de émboio, no movimento de relragao, a bucha cénica inicia sua entrada na camara do fundo, impedindo assim que 0 restante do fluido saia. A area da cdmara posterior continua a diminuir com (© movimento, comprimindo 0 fiuido, que néo podendo mais sair diretamente pela cimara do fundo, é obrigado a fluir através do orificio, pasando por uma Ualvula redutora de vazdo que dard o efeito de amortecimento hidréulico, até chegar finalmente & saida. i Dimensionando Atadores Hidrducos Comercial 49 2.4 - Velocidade dos Atuadores Conforme visto no item 1.1.9 (equagées 1.28 e 1,29) do capitulo 1, a fun: cao velocidade pode ser relacionada com a varidvel vazéo (Q), area (A), desto- camento (As) e tempo (At). Ao iniciarmos um projeto hidréulico, normalmente ja definimos 0 processo e conhecemos entao os deslocamentos e os tempos em que eles devem ocorrer. Aplicando entéo a equagéo 1.34, podemos detetminar a velocidade dos atuadores. O deslocamento (As) sera igual 20 comprimento da haste do cilindro (Lh) se at at Assim, temos que as velocidades de avango e retomno dos atuadores, res- pectivamente, serao dadas por: va=th (2.16) ‘ata uh 17) ‘ate 2.5 - Vazao dos Atuadores Uma vez conhecida a velocidade de avanco (va) ¢ a de retomo (vr), pode- mos determinar a vazao necessérla de fluido hidraulico que possibilita essas velo- cidades 2.5.1 - Vazao de Avanco (Qa) \Vazao necessaria para que 0 cilindro, ao distender-se, atinja a velocidade (va). Qe=va-Ap (2.18) Lembrande que: Ap= 2.19) Podemos entéo, substituir as equagdes 2.16 e 2.19 na equacao 2.18 e ob- ter 30 a Projetes, Dimensionamento e Analise de (2.20) 2.5.2 - Vazao de Retorno (Qr) \Vazio necessaria para que o cilindro, ao retomar, atinja a velocidade (vr) Qr=w-Ac 221) Porém, lembrando a equagao 2.11 (Dp? dh? (Dp dh?) Ac= a E substituindo-a juntamente com (2.17) em (2.21), obteremos: oth (Dp* —dh?) 22 4-Atr at 2.5.3 - Vazao Induzida ‘Apés o dimensionamento das vaz5es necessérias para o avanco e retorno dos atuadores lineares, toma-se necesséirio fazer uma verificagdo quanto & pos- sibilidade de oconéncia de vazdo induzida (Qi). © fendmeno da vazao induzida ocorre pelo sequinte motivo: = Quando ¢ fomecida uma vazdo qualquer para um cilindro de duplo feito, na tomada de saida do fluido havera uma vazdo que pode ser maior ou menor que a vazio de entrada (figuras 2.5 2.6), a Dp > Entrada de Sate de Fla Fae — * = Figura 2.5 -Avanco Figura 2.6 Retorno. Hé duas formas de calcular a vazdo induzida Qi = 12 Método - A partir das velocidades de avango e retorno; = 28 Método - A partir da relagio de areas do pista e coroa. Dimensionando Atuodores Hidréulcos Comeciais 51 (2.23) | Vazao Induzida no avanco (Qia) Condigno ja = va 224 ¥Méodo| 2 nee ine Qia QB QB = Vario da Bomba Tobela 24 Exemplo 1 Suponha uma bomba que fomeca 32,6 min a um ellindro de 80 mm de diametro de pistéo e 36 mm de diametro de haste. Pede-se calcular a vazao indu- zida no avango e no retomo do cilindro. Solucéo ‘4 ap 326-1. = 326005 ‘nin min Dp =80mm =8cem > Ap=n SE so.26em? ch = 36mm = 3,6cm penn l8P-05F) ose 12 Método Qia = va-Ac 326005 = 8 _ min. ~ 648,625 Ap 50,26em min 32 ‘Automagae Fidhdulica -Projlos, Dimensionamenta e Andilse de Cratos 2 Qia = 648,62 . 40,08 cm? = 2599668 = 26: min ‘min Qir = vr-Ap 2 32600 ve= 98. _min «813,37 Ac 40,08cm? min al min 3 a Qir = 813.37 2. 50,26em? = 40879,97 = 41 min ‘min 2° Método Ap _, ,5026em? ts = 1,2539:1 Ac 40,08cm’ 3 32600 3 @B ‘min em’ \ = =-—__m 6,97 —— — Qin = p5gg GT Oa 3 Qir = QB-r=32600™.1.2539 = 4087714 = a1 min wnin = min ‘A anélise numérica utilizando as equagdes leva-nos conclusao de que fil- tros, dutos de retorno e valvulas em geral, que receberao fluido proveniente de cilindros, devem sempre ser dimensionados a partir da maxima vazio, isto é, a vazio induzida de retorno Qir, pois do contrério criaremos uma "pressdo induzi da’. Nos cilindros de haste dupla e duplo efeito, a vazdo induzida no retomo é igual a vazdo fomecida pela bomba. 2.6 - Pressao Induzida A pressio induzida é originada da resisténcia & passagem do fluxo do flui do. Assim, um duto ou filtro de retomo mal dimensionado, ou qualquer outta resisténcia a safda de fluido do cilindro, pode criar uma pressao induzida, ‘A pressao induzida, assim como a vazdo Induzida, pode set maior ou me- nor que a pressio fomecida ao cilindro. Existem também duas formas de caleular fa presséo induzida (Pi): Dimensionando Atuodores Hidrilcos Comerccis. 33 #12 Método -A partir das forgas de avanco e retorno = 22 Método - A partir da relacao entre as areas do pistao e da coroa Pressao Induzida no avango (Pia) Condicao Pia =F (2.28) Pia > PB Ac (2.29) Pressao Induzida no retorno (Pir) Pir =F 230) Presséo da Bomba | 231) Tabela 25 Exemplo 2 Suponha que a presséo méxima da bomba que aciona o atuador do exempio 1 seja de 100 bar. Determine a presséo induzida no avanco e no retarno do cilindro, supondo ainda que exista alguma resistencia a passagem do fluxo de fluido para o reservatorio a fim de que seja possivel a geracao de press4o induzi- da Solucio PB=100bar=1000-%- —Ap=50,26em® Ac =40em? cmt 12 método Pia = £8 ‘Ac Fa =PB- Ap = 1000-N..50,26 om? = 50260 om Pia = SO260N _195337N. 2 125bar 40,1em' om Pir = FE Ap 3a ‘Automagao Hidraulica - Projetes, Dimensionamento e Andlise de Creutos Fr=PB-Ac =1000-N,.40,1em? = 40100N @ 7 py = fOLOON, Ns 80ber 50,26 cm’ cm* 2° método tag Ac N om’ Pia = PB-r = 1000—™,.1,2533 = 1258. em Dessa forma, sempre que possivel, devemos evitar a formacao de pressao induzida, pois, indiretamente, evitaremos © choque hidréulico, Aqui, também, podemos observar que para um cilindro de haste dupla e duplo efeito, a presse induzida sera igual a presséo fomecida 20 cilindro. - Exercicios 1. Calcular a pressdo nominal PN de um sistema hidréulico, cuja pressao de trabalho Pib é 65 bar. 2. Um cllindro hidréulico deve deslocar urma massa de 500 kg a altura de 1m em 10 segundos. Calcule a Forga de avango Fa, o diametro comercial do pistéo Dp ea pressao de trabalho final PTb (suponha que a PN = 70 bar}. 3. Para o mesmo cilindro do exercicio anterior, e considerando que ele deva Telomar em 5 segundos, calcule a vazao de avanco Qa, a vardo de retorno Or, considerando uma relacdo [r= 1,25), e a vazao da bomba QB. 4, Utilizando 0 eritério de Euler, verifique 0 diémetro minimo admissivel para a haste do cilindro do exercicio 2 (suponha fixagdo conforme caso 3) 5. Ainda com relagéo a0 cilindro do exercicio 2, calcule a pressao induzida no avango Pia, a pressao da bombva PB e a ptessao induzida no retomno Pir. a ‘Dimensionando Atuadores Hidraulcos Comerciois 35 9. Qual ¢ 0 critério para utilizagio de amortecedores fim de curso e qual sua fimalidade com relacdo & energia cinética produzida durante o movimento? Qual ¢ a finalidade do uso de distanciadores (tubo de parada)? Verifique por "Euler" a seguranca da haste de um cilindro hidréulico cujo dh = 18mm, Fa = 5500 Ne Lh = 800 mm. Considere montagem conforme ocaso 1, Faga a mesma andlise para um diémetro comercial de haste dh = 25 mm 10.Calcule 0 didmetro de haste minimo necessério a fim de que possa suportar 36 com seguranga a carga citada no exercicio 8, e aponte conforme a tabela 22 ‘© didmetro comercial DP e ch para esse cilindro. \utomagio Hidauliea - Projetos, Dimenstonamento e Andlse de Cireaios Dimensionando Bomba e Motor Hidrdulico 3.1 - Dimensionamento da Bomba |Apés © término do dimensionamento dos atuadores e verificagio da vazao induzida, devemos ent&o, conforme observacao explicativa ao final do exemplo 1 (capitulo 2), tomar como referéncia para a vazao da bomba, a maior vazao indu- zida calculada, que nomalmente sera a vazdo induzida de retorno (Qir). Nesse cago, assume-se que: Qir > QB > Qia Portanto, para o referido exercicio, a vazdo da bomba que deve ser utilza- da, ao buscarmos no catélogo do fornecedor, no maximo deve ser 41 Ymin, € seguramente tera que ser maior que 26 Vmin, Sintetizando entao, para dimensionar a bomba de um sistema hidréulico, basta que ulilizemos as equacées 2.24 e 2.26 a fim de determinar os limites mé- ximo e minimo de vazao e buscar no catélogo do fornecedor a bomba que satis- faga nossas necessidades, tendo uma vazdo que seja no maximo igual ou menor que a maior vazao induzida calculada. Se no projeto houver a necessidade de ullizagao de atuadores sincroniza- dos, ou seja, dois ou mais aluadores sendo acionados simultaneamente no avan- 0 elou retomo, as suas vaz6es induzidas de retomo devem ser somadas, bem como as de avango. A vazio da bomba sera entéo no maximo igual ou menor que a soma das vazées induzidas no retomo e maior que a soma das vaz6es in- duzidas no avango. Save aB> Faia ay : a Dimensionando Bomba e Motor Fidréulco 37 Havendo a necessidade de utilizacdo de um ou mais motores hidrdulicos no projeto, nesse caso, sendo a vazao requisitada por eles maior que a dos alta Gores, deve a bomba ser dimensionada pela vazao dos motores Entretanto, nao podemos esquecer a questo da pressao da bomba. Ao sele- cionarmos uma bomiba para nosso projeto, devemos considerar que ela fomeca e suporte no minimo a presséo de trabalho necesséria ao atuador de maior solicita 20 quanto & pressdo (cilindro hidréulico ou motor), mais a perda de carga da linha de pressao do sistema (tema a ser estudado no item 4.3 do capitulo 4). Assim PB PTb + Perda de Carga na Linha de Presstio Concluimos entao, que a escolha da bomba é a tiltima etapa a ser feila no dimensionamento de nosso projeto, uma vez que necessitamos conhecer ainda a perda de carga gerada na linha de pressio. 3.1.1 - Escolha da Bomba Outros dados ainda podem auxiliar quando da escolha da bomba nos ca- talogos dos fabricantes, e esses dados so obtidos pelo caleulo do tamanho no- minal 3.1.1.1 - Céleulo do Tamanho Nominal Volume de absorgao (cilindrada} vg = 1000-08 (32h a Momento de torgao absorvido iy BAP, aa 100-1, 9549.N 34) Poténcia absorvida ye Mtn 9549 QB-aP 600: nt 38 Tidréulica- Projtes, Dimensionamento-e Anse de Jolume de absorcao [em/rotagao] = Mt = Torque absorvido [N.m] Rotacao (900 a 1800 RPM] an, = Rendimento volumétrico [0,91 - 0,93] 4 Nan™Rendimento mecénico — hidréulico (0,82 - 0,97] = 1 Rendimento total [0,75 ~ 0,90) = (Mau xm) = QB = Vazdo da Bomba (Ymin] N= Poténcia absorvida [kW] 3.1.1.2 - Exercicio Exemplo Para a bomba de QB = 32,6 Iimin (exemplo 1 - capitulo 1) e supondo que ela esteja acoplada a um motor elétrico com n = 1750 RPM, calcule o desloca- mento (Vg), a poténcia (N) e o momento de torgao (Mt). Considere AP = 100 bar {exemplo 2 - capitulo 2), n, = 0,92e 0.87. = Calculo do volume de absorgao da bomba: (= 1000-QB _ 1000-(32.6 min) _ 99 94 vi = Be ay 1750RPM-(0,92)) = Célculo do momento de torcao absorvido: __QB-aP__ (82.6 1/min)-(L00 bar: 100-1 100-087) Mt # Céleulo da poténcia absorvida _Mt-n_ (7,5N-m)-(1750RPM) 9549) 9549 87 KW A fim de ilustrar 0 que jé fora colocado ao leitor, & apresentado em seguida nna tabela 3.1 um exemplo de uma das intimeras tabelas de selecdo de bombas ‘comerciais de um conhecido e renomado fabricante (REXROTH), Concluindo, de acordo com a tabela 3.1, a bomba a ser utilizada no exerci- cio exemplo poderia ser do tipo G2 - Tamanho Nominal 022, cujas caracteristicas s8o as sequintes: = Vg = 22,4 cm'rotagéo = Qef= 38,4 timin = P= 100bar = N=816kW Dimensionando Bomba e Motor Hidrdutico 59

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