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Estatica Os projetos de foguetes e de suas estruturas de langamento necessitam dos conheci- ‘menos basicos tanto da estética como da dindmica. Estes conhecimentos si0 a es séncia das matérias de engenhasia mecdnica CAPITULO 1 Principios Gerais Objetivos do Capitulo + Fomecer uma introdugZo as quantidades basicas e idealizagdes ut + Estabelecer as Leis de Newton para Movimentos e as Leis da Gravitagao. adas na mecfinica + Rever os prineipios para a aplicagao do Sistema Internacional de unidades (SD). + Examinar os procedimentos-padro para a solugo numérica de problemas. + Apresentar uma orientago geral para a solugdo de problemas. 1.1 Mecanica A mecénica pode ser definida como o ramo das ciéncias fisicas dedicado ao estado de repouso ou movimento dos corpos sujeitos & agao de forcas. Em geral este assunto € subdividido em tr€s ramos: mecénica dos corpos rigidos, meciinica dos corpos deformaveis ¢ mecénica dos fluidos. Este livro trata apenas da mecfinica dos corpos rigidos, que forma uma base para o projeto e a andlise de muitos tipos de componentes estruturais, mecfnicos e elétricos encontrados na engenharia, A mecdnica dos corpos rigidos também faz parte do conhecimento necessério para o estudo da mecanica de compos deforméveis e da mecanica dos fluidos. ‘A mecanica dos corpos rigidos é dividida em duas éreas: estitica e dindmica. A es- 1dtica tata do equilfbrio de corpos, isto &, 0 equilibrio de corpos em repouso ou que se ‘movem com uma velocidade constante; a dindmica, por sua vez, trata dos corpos em. ‘movimento acelerado. Embora a estitica possa ser considerada um caso particular da dindmica, em que a acelerago é nula, a ela é reservado um tratamento em separado nos, cursos de engenharia, uma vez que muitos objetos sio projetados com a premissa de que permanecam em equilibrio. Desenvolvimento Histérico. Os assuntos da estitica foram desenvolvidos mui- {0 cedo na historia, pois os prinefpios envolvidos podiam ser formulados simplesmente ‘partir de medicdes da geometria e das forgas. Por exemplo, os documentos escritos por Arquimedes (287-212 a.C.) tratam do principio de alavancas. Os estudos de polias, planos inclinados e o fenémeno de cargas de impacto também foram registrados em ‘documentos antigos — em tempos em que as exigéncias de engenharia eram limitadas basicamente & construgdo de prédios. 2 Capitulo 1 Pri ios Ger ‘Uma vez que 0s prinefpios da dindmica dependem da medida precisa do tempo, ste amo da meciinica foi desenvolvido bem mais tarde. Galileu Galilei (1564-1642) foi tum dos mais importantes colaboradores dessa érea, Seu trabalho consist em experi- :mentos utlizando péndulos e corpos em queda livre. A contribuigao mais importante em dindmica, entretanto, foi feita por Isaac Newton (1642-1727), conhecdo pela auto ria das trés leis fundamentais do movimento e da lei de atragio gravitacional universal Pouco depois de postuladas essas leis, importantes técnicas para a sua aplicagao foram desenvolvidas por Euler, D’Alembert, Lagrange e outros 1.2 Conceitos Fundamentais Antes de comegarmos 0 estudo da mecinica de corpos rigidos, é importante entender- ‘mos o significado de certos conceitos e prinepios fundamentals. Quantidades Basicas. As quatro seguintes quantidades sto utilizadas pela meca- nica de corpos Comprimento. 0 comprimento & necessirio para localizar a posigio de um ponto no espaco, descrevendo assim a dimensao do sistema fisico. Uma vez definida uma unida- de padriio de comprimento, podemos definir quantitativamente as distncias e as pro- priedades geométricas de um corpo como miiltiplos desta unidade de comprimento, ‘Tempo.0 tempo é concebido como uma sucesso de eventos. Embora os prinefpios da estitica sejam independentes do tempo, esta quantidade tem uma importante fungzo no estudo da dinamica Massa. A massa é uma propriedade da matéria pela qual podemos comparar a ago de ‘um corpo com a de outro. Esta propriedade se manifesta como uma atragiio gravitacional centre dois corpos e fornece uma medida quantitativa da resisténcia da matéria a mu- dancas de velocidade. Forga. Em geral, a forga é considerada um “empurrao” ou um “puxdo” de um corpo sobre outro. Esta interacdo pode ocorrer quando existe contato diteto entre os cor- os, como o caso de uma pessoa empurrando uma parede, ou quando existe uma dis- tancia de separagio entre os corpos. Neste tiltimo caso podemos citar como exem- plos as foreas gravitacionais, elétricas ou magnéticas. Em quaisquer dos casos, a for- ca é completamente caracterizada pelo seu médulo, diregdo, sentido e ponto de apli- cacao. Idealizacdes. Modelos ou idealizagies sio utilizados em mecinica de modo a fa- cilitar a aplicagio da teoria. Algumas das idealizagées mais importantes serao defini- das a seguir. Outras, mais complexas, serdo discutidas nas situagdes em que sejam ne- cessarias. Particula. Uma particula tem uma massa, porém suas dimensdes so despreziveis. Por ‘exemplo, o tamanho da terra ¢ insignificante quando comparado &s dimensbes de sua Grbita, e portanto a terra pode ser modelada como uma particula no estudo de seu mo- vimento orbital. Quando um corpo € idealizado como uma particula, os prinefpios da rmeciinica sao reduzidos a formas simplificadas, uma vez. que a geometria do corpo nao seri envolvida na andlise do problema. Corpo Rigido. Um corpo rigido pode ser considerado a combinagio de um grande niimero de particulas que permanecam a distincias fixas entre si antes e depois da apli- ‘cago de uma carga. Como resultado, as propriedades materiais de qualquer corpo ad- mitido como rfgido nao devem ser consideradas na anslise das forgas que atuam sobre © corpo. Em virios problemas as deformagoes reais ocorrentes em estruturas, méqui- nas, mecanismos e similares sao relativamente pequenas, tornando vélida para andlise ahipdtese de corpo rigido, orga Concentrada. Uma forga concentrada representa o efeito de uma carga consi- derada atuante em ui ponto de um corpo, Podemos representar uma carga por forga concentrada, uma vez que a direa sobre a qual ela atua é muito pequena se comparada ao tamanho do corpo. Um exemplo poderia ser a forca de contato entre uma roda e 0 solo, As Trés Leis do Movimento de Newton. Todos os preceitos da mecinica de corpos rigidos so formalizados com base nas trés leis de movimento de Newton, cuja validade € assegurada por observacGes experimentais. Estas leis se aplicam aos movi- mentos de particulas medidos a partir de um sistema de referéncia sem aceleracdo, Re- lativamente & Fig. 1-1, elas podem ser estabelecidas, em poucas palavras, conforme deserito a seguir. Primeira Lei. Uma particula originalmente em repouso, ou movendo-se em uma linha rela com velocidade constante, permaneceré neste estado de movimento desde que nao seja submetida & ago de uma forca desbalanceadora, Segunda Lei, Uma particula sob a ago de uma forga desbalanceadora F fica sujeita a ‘uma aceleragio a na mesma diregiio e sentido da forga e médulo diretamente proporci- onal & forga.* Se a forga F & aplicada a uma partfeula de massa m, esta lei pode ser expressa matematicamente como F =a co) 10 reagiio entre duas particulas so iguais em Tereeira Lei. As forcas mituas de :médulo, sentidos opostos ¢ colineares. Lei de Atragdo Gravitacional de Newton. Pouco tempo apés a formulagio das trés leis do movimento, Newton postulou a lei de governo da atragao gravitacional entre quaisquer duas particulas. Matematicamente, esta lei pode ser escrita como mits ao F onde F = forga de gravitagio entre as duas particulas G = constante de gravitacio universal; de acordo com evidéncias experimentais, G = 66,7310") mitkg's") ‘massa de cada uma das duas particulas r= distncia entre as duas particulas Peso. De acordo com a Eq. 1-2, quaisquer duas particulas ou corpos apresentam for- {gas de atragio miitua (gravitacional) atuantes entre si. Entretanto, no caso de uma par- ticula localizada na superficie da terra, ou proximo a ela, atinica forga gravitacional de modulo significativo age entre a terrae a particula. Conseqiientemente, esta forca, de- nominada peso, sera tinica forca gravitacional considerada em nosso estudo de mecé- Da Bq. 1-2, podemos desenvolver uma expresso aproximada para encontrarmos 0 peso W de uma particula de massa m, = m. Se admitirmos a terra como sendo uma esfera que ndo gira, com uma densidade constante e massa m, = M, entio, se réadis- tancia entre o centro da terra e a particula, temos mM, w=c Fazendo g = GM,/P podemos escrever [w=me] as) ‘Comparando com a Eq, 1-1, denominaremos o termo g de aceleragtio devido a gravida- de. Uma vez. que ele depende de r, podemos verificar que o peso de um corpo nao & uma quantidade absoluta, Ao contrario, seu médulo ¢ determinado em fungiio do local ‘onde for realizada a medicdo. Para muitas andlises de engenharia, entretanto, g € deter- minada ao nivel do mar e a uma latitude de 45°, posigdo esta considerada “local pa- dro “Die de ur forma a orga destino que tua bey poperina tox _tansade de movimento nerd parila Segio 1.2 _Conceitos Fundament ye BR Basilio r—@ Movimento sslrado forga de A para ft F F ABS foeca de B para Aglo-re0580 Fig. 1-1 4 Capitulo 1 _Principios Gerais 1.3 Unidades de Medidas As quatro quantidades bisicas — comprimento, tempo, massa e forga — no sio todas independentes entre si; na verdade, elas esto relacionadas pela segunda lei de Newton do movimento, F = ma, Gragas a esta relacdo, as unidades utilizadas para definir essas quantidades no podem ser todas escolhidas arbitrariamente. A igualdade F = ma somente sera mantida se tres das quatro unidades, denominadas unidades basicas, forem definidas arbitrariamente e a quarta unidade for obtida a partir da equacio. Unidades do SI (Sistema Internacional). O Sistema Intemacional de unida- des, abreviado ST por causa do francés “Systéme International d’Unités”, é uma versio ‘moderna do sistema métrico que recebeu reconhecimento internacional. Conforme ‘mostrado na Tabela I-1, 0 sistema SI estabelece o comprimento em metros (m), 0 tem- ‘po em segundos (s) ea massa em quilogramas (kg). A unidade de forca, chamada newton (N), €derivada de F = ma. Assim, | newton é igual 8 forca necesséria para impor a | uilograma de massa uma aceleragio de I m/s? (N= kg-mis'). ‘Se 0 peso de um corpo no “local padrao” deve ser determinado em newtons, a Eq, 1- 3 deve ser aplicada. Neste local g = 9.80665 nvs*; entretanto, para efeito de célculos, o valor g = 9,81 m/s? sera utilizado, Assim, W =mg (g = 9,81 mist) «aay Portanto, um corpo com massa de | kg tem um peso de 9,81 N, um corpo de 2 kg pesa 19,62 N, e assim por diante. ie ; ; ae Unidades do Sistema FPS.* Nos Estados Unidos, um sistema de unidades ainda bastante usual 60 FPS, em que 0 comprimento 6 expresso em pés (ft), a forgaem libras (Ib) eo tempo em segundos (s), Tabela 1-1, A unidade de massa, denominada slug. € 98IN derivada de F = ma. Assim, | slug é igual & quantidade de matéria acelerada em | fu quando sobre ela age uma forga de IIb (slug = Ib-s') » Tabela 1-1 Sistemas de Unidades 1 stag ‘Nome Comprimento ‘Tempo Massa Forea Sistema Inernacional metro segundos quilograma_ [newions™ de Unidades (SI) (m) (s) (kg) () m2 kgm ett el Sistema FPS pes segundos litras (fy) (s) (ib) ade devo Para determinarmos a massa de um corpo com um peso medido em libras, devemos aplicar a Eq. 1-3, Se as medidas sio feitas no “local padrio”, entdo g = 32,2 fst sera utilizada para os célculos. Logo, w m=— @ 8 Assim, um corpo pesando 32,2 Ib tem uma massa de 1 slug, um corpo de 644 Ib tem ‘uma massa de 2 slugs, e assim por diante, 32,2 fst) as) Conversdes de Unidades. A Tabela 1-2 fomece um conjunto de fatores de con- versio diretos entre as unidades do FPS e do SI para as quantidades basicas. Devemos 0 ssa FSF, Pounds, Second) eve susorigem nga ina asta wizale nos Estados Unido embors ‘enka sendopraavament subd pelo SL do) Segio 1.4 » Tabela 1-2 Fatores de Conversi Unidade de Unidade de Quantidade MedidadoFPS Igual ‘Medida do SI Forea 1b 44482 Massa slug 14,593 8 ke, ‘Comprimento, ft 0,304 8 m lembrar também que para o sistema FPS 1 ft (milha), 1000 Ib = I kip (quilolibras) e 2000 Ib 12 in, (polegadas), 5280 ft = 1 mi ton. 1.4 Sistema Internacional de Unidades (SI) O sistema SI de unidades ¢ utilizado extensivamente neste livro tendo em vista sua ten- déncia de uso como sistema padrdo de medidas. Conseqilentemente, suas regras de utilizagZo e algumas de suas terminologias relevantes para a mecanica sero apresenta-~ das a seguir. Prefixos. Quando um valor numérico é muito grande ou muito pequeno, as unidades utilizadas para defini-1o podem ser modificadas pelo uso de prefixos. Alguns dos pre- fixos utilizados no sistema SI sio mostrados na Tabela 1-3. Cada um representa um riltiplo ou submiltiplo da unidade que, se aplicado sucessivamente, move a virgula de um valor numérico de trés em trés casas.* Por exemplo, 4 000 000 N = 4000 kN (quilonewtons) = 4 MN (meganewtons), ou 0,005 m = 5 mm (milimetros). Note que sistema SI nio inclui o maltiplo deca (10) ou o submiltiplo centi (0,01), que fazem parte do sistema métrico. Exceto para algumas medidas de volume e érea, a utilizagao destes prefixos deve ser evitada em ciéncia e engenhatia, > Tabela 1-3 Prefixos Forma Exponencial Prefixo _Simbolo do SI Mitiplo 1.000 000 000 10 iga G 1000 000, 10" mega M 1000) 10 auilo Kk Submiitiplo 0,001 10? m 0,000 001 10 BH 0,000 000 001 10” n Regras de Utilizacdo. As regras a seguir slo fornecidas para a utilizagio apropri- ada dos varios simbolos do SI: 1. Um simbolo munca é escrito no plural “s”, pois ele pode ser confundido com a unidade de segundos (s). 2, Ossimbolos sio sempre eseritos em letras mintisculas, com as seguintes excegdes:sim- bolos para os dois maiores prefixos mostrados na Tabela I-3, gga e mepa, so escritos como G e M, respectivamente; e simbolos representando nomes de pessoas também io expressos em eras maidsculas, como N. 3. Quantidades definidas por vérias unidades que so miltiplas umas das outras sfio separadas por um ponto para evitar conflitos com a notagao de prefixos, conforme indicado em N = kg-m/s* = kg-m-s-*, Outro exemplo é ms (metro-segundo), que € diferente de ms (milissegundo). ‘TO gelograma iis unidadeiia defini com o reo. Sistema Internacional de Unidades (S1)_5 6 Capitulo 1 Principios Gerais 4. O expoente representado em uma unidade com prefixo refere-se tanto & unidade quanto 40 seu prefixo. Por exemplo, iN: mm representa (mm)? = mm-mm. (uNY = wN-wN. Da mesma forma, 5. Constantes fisicas ou nimeros com varios digitos de ambos os lados da virgula se- io representados com um ponto entre cada trés digitos em vez de virgula; p.ex., 73 569,223,427, No caso de quatro digitos em cada lado da virgula, 0 ponto € opcional, isto €, 8537 ou 8.537. De qualquer forma, procure utilizar décimos e evitarfragoes, isto 6, escreva 15,25 em vez de 15% 6. Aoefetuar os céleulos, represente os valores em termos de suas unidades bdsicas ou suas derivadas convertendo todas as poténcias de 10. O resultado final poder, as- sim, ser expresso uilizando um tnico prefixo. Ap6s.arealizagio dos eélcuos, tam- bbém é mais apropriado mantermos valores numéricos entre 0,1 e 1000; para valores fora deste intervalo, um prefixo apropriado deve ser uilizado. Por exemplo, (50 N)(60 nm) = [50(10°) NJ[60(10-2) m} (000 (10-8) Nem = 3(10°9) Nem = 3 mN-m 7. Prefixos compostos no devem ser utilizados; por exemplo, ks (quilomicros- segundo) podria ser expresso como ms (milissegundos), uma vez que 1 kas 110109 = 10-5) s = I ms. 8. Com exceciio da unidade bisica quilograma, em geral evite 0 uso de um prefixo no A e 20 Fig. 2-1 14 Capitulo 2_Vetores Forcas Fig. 2-2 Vetor A e seu negativo (oposto) VJ Do Fig. 2:3 Multiplicagio e divisio de um vetor por um esealar =A Fig, 2-5 Adigdo de vetores colineares 2.2 Operacdes com Vetores Multiplicacio e Divisio de um Vetor por um Escalar. 0 produto entre 0 vetor Are oescalar a, fornecendo aA, édefinido como o vetor tendo um médulo [a], 0 sentido de aA & 0 mesmo de A, se a for pastivae seri oposto ao de A caso a seja nega- tivo, Em particular, o negativo de um vetor € formado pela multiplicagao do vetor pelo escalar (— 1), Fig. 2-2. A divisio de um vetor por um escalar pode ser definida utilizan- doas leis de multiplicagdo, uma vez que Ala = (L/a)A, com a # 0. Exemplos grificos destas operagées so mostrados na Fig. 2-3 Adicio ou Soma Vetorial. Dois vetores A e B como forga ou posicdo, Fig. 2-44, podem ser adicionados para formar um vetor resultante R = A + B pela utilizagio da regra do paralelogramo. Para efetuar esta soma, A e B so unidos por suas origens, Fig. 2-4b. Linhas paralelas aos vetores sio desenhadas a partir das extremidades de cada vetor interceptando-se em um ponto comum, formando assim um paralelogramo de lados adjacentes. Conforme mostrado, a resultante R é a diagonal do paralelogramo, que se estende das origens de A e B até a intersegZ0 das linhas. Podemos também adicionar Ba A utilizando um ridngulo de vetores, que é um caso especial da regra do paralelogramo, onde B é adicionado ao vetor A na forma da gem para a extremidade, isto é, pela unido da extremidade de A a origem de B, Fig. 2- 4c. A resultante R se estende da origem de A até a extremidade de B. De forma andlo- ga, a resultante R pode também ser obtida pela soma de A ao vetor B, Fig. 2-4d. Por comparagio podemos observar que a soma de vetores & comutativa; em outras pala- ‘vras, 0s vetores podem ser somados em qualquer ordem, isto é, R= A+ B= B+ A. (b) Regra do paralelogramo —_(¢) Tridngulo de vetores (W) Tridngulo de vetores Fig. 24 Adigo de vetores Como um caso particular, se dois vetores A e B forem colineares, isto é ambos ti- ‘verem a mesma linha de ago, a regra do paralelogramo reduz-se a uma soma algébri- ca ou escalar R = A +B, conforme mostrado na Fig. 2-5. Subtragao de Vetores. A diferenca entre dois vetores A e B de mesmo tipo pode ser expressa como R'=A-B=A+ (-B) Esta soma de vetores é mostrada graficamente na Fig. 2-6. A subtragio de vetores é portanto definida como um caso especial da adigio; assim, as regras para soma de vetores também so aplicadas para a subtragio, “8 Regra do paalelogramo ‘Tidingulo de vetoes Fig, 2-6 Subtragao de vetores, Seco 2.3 _Vetor Adigio de Forcas _15 \ /-Resultane b ee Linhas prallas sto ragadas a putida Componentes ‘extremidade de R para formar suas componentes @ © Fig, 2-7 Decomposigdo de um vetor Decomposicaio Vetorial. Um vetor pode ser decomposto em duas componen- tes, a partir do conhecimento das linhas de ago de cada componente, pela uilizagio da tegra do paralelogramo. Por exemplo, se R na Fig. 2-7a deve ser decomposto em ‘components atuantes ao longo das linhas a e b, partimos da extremidade de R com uma linha parateta a a até que intercepte b. Da mesma forma, uma linha paralela a b 6 desenhada passando pela extremidade de R até o ponto de intersecao com a linha a, Fig. 2-7a. As duas componentes A e B sio assim desenhadas de forma que tenham origem na origem de Re extremidade nos pontos de intersecio, conforme mostrado na Fig, 2-7b. 2.3 Vetor Adicao de Forgas Evidéncias experimentais mostram que uma forca é uma grandeza vetorial, uma vez ue tem um médulo, uma direcdo e um sentido especificos, e pode ser adicionada a outras, forgas de acordo com a regra do paralelogramo. Os dois problemas comuns na estitica envolvem a determinacao da forga resultante, a partir do conhecimento de suas compo- nentes, e a decomposi¢ao de uma forga conhecida em duas componentes. Conforme descrito na Seco 2-2, estes dois problemas necessitam da aplicagio da regra do paralelogramo. ‘Se mais de duas forgas devem ser adicionadas, a aplicagdo sucessiva da regra do para- lelogramo pode ser aplicada de modo a obtermos a forga resultante, Por exemplo, se rés {orcas F,,F, e F, atuam no ponto O, Fig, 2-8, a resultante de quaisquer duas destas forcas € obtida — digamos F, + F;—e sta resultante pode ser somada a terceira forga, fore cendo a resultante das trésforeas, isto 6, Fy = (F, + F,) + F,, Utilizararegra do parale- Jogramo para adicionar mais de duas forgas, como mostrado aqui, freqiientemente exige exaustivos edlculos de geometria e trigonometria para determinar os valores numéricos do médulo e da direcao da resultante. Para minimizar este esforgo, problemas desse tipo siio facilmente resolvidos com a utilizagdo do “método das components retangulares”, que serd apresentado na Segao 2.4, Se conhecermos as forgas F, € F, que as duas comrentes a e b exercem sobre 0 gancho, odemos calcula sua forga resultante F, utiizando a regra do paralelogramo. Este p ‘cedimento requero tragado de linhas paralelas 2s correntes ae b passando pelas extre- midades de F, F,, conforme mostrado, formando assim um paralelogramo, De forma Similar, sea forga F, aluante sobre a corrente c & conhecida, suas das ‘componentes, F,¢ F,,atuantes ao longo de ae b, também podem ser detetminadas partir da regra do paralelogramo. Neste caso, devemos partir da extremidade de F, © ‘agar linhas paralelas aa e a b, formando assim um paralelogramo. 16 Capitulo 2_Vetores Forcas Procedimento de Andlise Problems que envolvem a soma de duas forgas podem ser resolvidos de acordo com 0 procedimento a seguir: Regra do Paralelogramo + Faca um esquema mostrando a soma de vetores utilizando a regra do paralelogramo. + As duas componentes de uma forca podem ser somadas de acordo com a re- grado paralelogramo, fornecendo uma forga resultante definida pela diagonal do paralelogramo. + Se uma forca deve ser decomposta em componentes ao longo de dois eixos direcionados a partir da origem da forga, entio, partindo da extremidade da forga, trace linhas paralelas aos eixos, formando o paralelogramo. Os lados do paralelogramo representam as componentes desejadas. + Dé nomes ais foreas conhecidas e desconhecidas, bem como aos angulos no cesquema representativo do problema, Identifique as duas incégnitas. Trigonometria + Redesenhe uma metade do paralelogramo para ilustrar otrifngulo de vetores, mostrando a adiglo das componentes. + Omédulo da forea resultante pode ser determinado a partir da lei dos cossenos, e sua direcdo é determinada utilizando a lei dos senos, Fig. 2-9. + Os médulos das componentes de uma forga sao determinados a partir da lei dos sens, Fig. 2-9, Tei dos tenoe Aerie ee Sena” senb~ ene Le don cossenas CNET Ce Fig. 2.9 Pontos Importantes + Umescalar é um niimero positivo ou negativo. + Um vetor é uma quantidade que tem médulo, diregao e sentido. * A multiplicagio ou a divisao de um vetor por um escalar mudaré o médulo do vetor. O sentido do vetor seré alterado se 0 escalar for negativo. + Como um caso particular, se os vetores forem colineares, sua resultante sera obtida pela soma algébrica ou escalar, EXEMPLO 21 (0 parafuso na forma de gancho da Fig, 2-10a est sujeito a duas forcas F, e F,, De- termine 0 médulo e a diregao da forga resultante, Solugio Regra do Paralelogramo. A regra do paralelogramo para a soma de vetores é mos- trada na Fig, 2-106. As duas inedgnitas do problema so 0 médulo de F,¢ 0 Angulo A (teta), Trigonometria, & partir da Fig. 2-10b pode ser construido 0 tridngulo de vetores, Fig. 2-10c. F, € determinada pela utilizacdo da lei dos cossenos: 10 2.3 Vetor Adigio de Forgas 17 Fig. 2-10 = V (100 N)? + (150 N)’ — 2(100 N)(150 N) cos 11! = V'10.000 + 22.500 — 30,000(—0.4226) = 212,6N =213N Resp. Angulo 6 é determinado pela aplicagao da lei dos senos, utilizando o valor caleu- lado para o médulo de Fy, 150N _ 212.6N send — sen 115° SON 226 N (9063) 6 = 308" Assim, a direcdo ¢ (phi) de Fy, medida a partir da linha horizontal, é b= 398° + 150° = 548° Resp. EXEMPLO 22 Decomponha a forga de 200 Ib atuante em uma tubulagdo, Fig. 2-11a, em compo- nentes nas diregdes (a) xe y, (b).x"e y" Solugio Em cada um dos casos a regra do paralelogramo é utilizada para decompor a forga F ‘em suas duas componentes. Em seguida é construfdo o tridngulo de vetores para obtermos os resultados numéricos por trigonometria Parte (a). A soma dos vetores F = F, + F, é mostrada na Fig. 2-11b, Em particular, observe que 0 comprimento das componentes é marcado ao longo dos eixos x € pds a construgdo das linhas que partem da extremidade de F paralelas aos eixos, de acordo com a regra do paralelogramo. Do tridngulo de vetores, Fig. 2-1 1c, podemos escrever F_ = 200 Ib cos 40° = 153 Ib Resp. F, = 200 Ib sen 40° = 129 Ib Resp. Parte (b). A soma dos vetores F = F,, + F, é mostrada na Fig. 2-1 ld. Observe cui- dadosamente como o paralelogramo é construido. Aplicando a lei dos senos e utili- zando os dados colocados no tridngulo de vetores, Fig. 2-Ie, temos Fe _ 2001b sen 50° sen 60° 18 Capitulo 2_Vetores Foreas | 20010 200% 5 5 ® © 200 5 Fig 21 : © sen 50° 200 (sen 0°) 177Ib Resp. F,_ 20016 sen 70° sen 60° sen 70° Pe H ep. 200 (See Bye) = 217 Ib EXEMPLO 23 A forga F atuante na estrutura mostrada na Fig. 2-12a tem um médulo de 500 Ne deve ser decomposta nas duas componentes atuantes ao longo das barras AB e AC. Determine o angulo 0, medido abaixo da horizontal (sentido horério), de forma que componente Fc seja direcionada de A para C e tenha um médulo de 400 N. Solugao Utilizando a regra do paralelogramo, a soma vetorial das duas componentes forne- cendo a resultante é mostrada na Fig. 2-12b. Observe cuidadosamente como a forga F=S00N @ resultante € decomposta nas duas componentes Fy Fc. que tém suas linhas de aciio adamente estabelecidas. O correspondente tridngulo de vetores € mostrado 400N _ 500 send — sen 60" (Se ) sen 60° = 0.6908 Assim, 0 = 180° - 60° — 43,9° = 76,1" “Go Resp. Utilizando este valor para 0, aplique a lei dos cossenos e mostre que Fy» tem um ‘médulo de 561 N. Observe que F também pode estar direcionada a um angulo @ acima da horizon- tal (sentido anti-horério), conforme mostrado na Fig. 2-12d, e ainda produziracom- ponente Fic desejada, Mostre que neste caso 0 = 16,1° ¢ Fy = 161 N. EXEMPLO 24 ane! mostrado na Fig. -13a esté sujeito a duas forgas F, e F. Se a forga resultante tem tum médulo de 1 KN e € direcionada verticalmente para baixo, determine (a) os médu- los de F) e F; para 6 = 30° e (b) 0 médulo de F; ¢ F; se F deve ter um valor minimo, 1.000. © 1.000" © © Fig. 213 20 Capitulo 2 Vetores Forcas Solugio Parte (a). Um esquema da soma de vetores de acordo com a regra do paralelogramo 6 mostrado na Fig. 2-130. Do tridngulo de vetores construido na Fig. 2-13c, 0s mé- dulos desconhecidos de F, ¢ F; sio determinados utilizando a lei dos senos. F 1.000 N sen 30° sen 130° F,=653N Resp, F,__ 1.000N sen 20° sen 130° Fy = 446N Resp. Parte (b). Se 0 nao € especificado, entio pelo tridngulo de vetores, Fig. 2-134, F, pode ser adicionada a F, de vérias formas e fornecer a forga resultante de 1000 N. Em particular, o comprimento ménimo ou menor médulo de F, ocorrerd quando sua linha de acao for perpendicular a F,. Qualquer outta direga0, como OA ou OB, for- neceré um valor maior para F. Assim, quando @ = 90° — 20° = 70°, F, sera mini- ‘ma, Do trifngulo mostrado na Fig. 2-13e, podemos verificar que Fr = 1,000 sen 70° N = 940 N Resp. F2= 1.000 cos 70° N = 342 N Resp. Problemas 2-1. Determine o médulo da forga resultante e sua diregio medida no ‘entido horrio a partir do eixo x postivo, aN Probl. 21 0 Probl.23 y 1oKN 2-2, Determine o médulo da forga resultante e sua diregio medida no Sentido anti-hordtio a partir do eixo x positvo. sow Probl. 2-2 2.3. Decomponha a forga de 200 N em suas componentes atuantes ao longo dos eixos x’ e y" e determine os médulos dessas componentes, 2-4, Determine o médulo da forga resultante F, = F, + F,e sua die io, medida no sentido horério a partir do eixo t positive. 2-5. Decomponha a forga F, em componentes atuantes 20 longo dos eixos we y determinando seus médulos. 2.6. Decompona a forga F, em componentes atuantes 20 longo dos eixos we y determinando seus médulos. Probls. 2-4/5/6 Fy=M0N 2-7. Determine o médulo da forga resultante Fy = F, + F, e sua dire ‘¢do, medida no sentido anti-horario a partir do eixo w positive, *2,8. Decomponha a forga F, em componentes atuantes ao longo dos eixos we u determinando seus méxulos, 2.9, Decomponla a forga F; em componentes atuantes 1 longo dos cixos we u determinando seus médulos. Fy= 2500 Probls. 2-7/8/9 2-10, Determine as componentes da forga de 250 N atuante ao longo dos eixos we wt — — 0 By 250 Probl. 2-10 2-11. O dispositive mostraco na figura ¢ uilizado em préteses cirtirgi- cas da junta de um joetho. Se a forea atuante ao longo da perna & de 360 NN, determine suas componentes ao longo dos eixos.xe y'. "2-12. 0 dispositivo mostrado na figura é utilizado em préteses cirtr- sgicas da junta de um joetho. Se a forga atuante ao longo da perna é de 360 N, determine suas componentes ao longo dos eixos x’ y. y? Probls. 211/12 Problemas 21 2-13. Uma forga vertical resultante de 350 Tb é necesséria para manter ‘obalo na posigo mostrads. Decomponha esta forga em componentes atuantes a0 longo das linhas de apoio AB e AC e ealcule o médulo de cada uma das componentes, Probl. 2-13 2-14, Determine os médulos das duas componentes de uma forga de 600 NN, uma direcionada ao longo do cabo ACe a outra ao longo do eixo AB dda estrutura Probl. 2-14 2-15. Decomponha a forca F, em componentes atuantes a0 Tongo dos eixos we ve determine os médulos destas componentes 2-16. Decomponha a forga Fem componentes atuantes ao longo dos eixos ue ve determine os médulos desias componentes.. F,=250N Probls. 2-15/16 2-17, Determine © médulo e a dirego da forgaresultante Fy. Expresse ‘resultado em fungio do m6dulo das componentes F, e F;¢ do angu- lob. Fp Probl. 217 2.18. Se a tragio no cabo mostrado na figura € de 400 N, determine o médulo ea directo da forga resultante atuantes sobre a polia. ingulo ‘desta direc20 6 0 mesmo da linha AB sobre o bloco. 400 ee Probl. 2-18 219. A bracadeira rebitada da figura suporta duas forgas. Determine 0 ngulo # de forma que a forea resultante seja direcionada ao longo do ix x negativo, Qual o médulo desta forga resultante? 701 Probl. 2-19 2.20, A placa da figura est sujeita is forga atuantes sobre os elementos Ae B, conforme mostrado. Se 9 = 6O?, determine o médulo da resul- ‘ante destas Forgas e sua direcZo, medida no sentido horério em relagio 0 cixo x positivo. Probl. 2-20 Fy=500b 2-21, Determine o Angulo @ do elemento de conexdo B da placa para ‘que a resultante entre as forgas Fe F, seja direcionada 20 longo do eixo x positivo. Qual é o médulo desta forga resultante? Probl. 2-21 Fy=500Ib 2-22, Determine o Angulo de projeto 0 (0° = 0 90°) para o elemento ‘AB de forma que a forea horizontal de 400 Ib tena uma componente de 500 Ib direcionada de A para C. Qual é a componente da forga atu- ante ao longo do eixo AB? Faga d = 40°. 2-23. Determine 0 ngulo de projeto ¢(0" << 90") entre os elemen- tosAB e AC de forma que a forga horizontal de 400 Ib tenha uma com- ‘ponente de 600 Ib que tua para cima e para a direita no mesmo sentido de B para A. Caleule também o médulo da componente da forga ao lon- ode AC. Faca 0 = 30" 0015 Probls. 2.22/23 2.24, As duas forcas Fe F, atuam sobre um parafuso com olhal. Se suas linhas de ago esto defasadas de um Angulo Be o médulo de cada foreaé Fy determine o médulo da forga resultante Fy e 0 n= gulo entre Fye Fy Probl. 2-24 2.25. 0 bote da figura deve ser puxado para a praia por meio de duas cordas. Determine 0 médulo das forgas Te P atuantes em cada corda de modo a desenvolverem uma forea resultante de 80 Ib, direcionada, 0 Tongo da quilha aa conforme mostrado. Faga @ = 40" 2.26.0 bote da figura deve ser puxado para a praia por meio de duas cordas. Sea forga resultante€ de 80 Ib, direcionada ao longo da quilha 42a, conforme mostrado, determine 0 médulo das forgas'T e P atuantes em cada corda eo ngulo 6 de P de forma que o médulo de P seja mi- rrimo. Admita que a forga P atue numa dinegio a 30° em relacdo a qui- Jha, conforme mostrado. Probls. 2-25/26 2.27. A vigada figura € suspensa por meio de duas correntes. Determi- ne 0 médulo das forgas F, ¢ F, alwantes em cada corrente de modo a ddesenvolverem uma forga resultante de 600 N direcionada ao longo do «ixo y positive. Faga 8 = 45°. 2-28, A viga da figura & suspensa por meio de duas correntes. Se a forga resultante de 600 N, direcionada ao longo do eixo y positivo, determine o médulo das forcas F, e Fy atuantes em cada corrente ¢ & direcdo Ode F, de modo que © médulo de F, seja minimo. F,atua a ura Angulo de 30° com 0 eixo y, conforme mostrado. F F, Probis. 227/28 Problemas_23 2-29. Tres correntes atuam sobre um suporte de modo a gerarem uma forea resultante com médulo de 500 Ib, Se duas das correntes estio su- Jeitasas Forgas conhecidas, conforme mostrado, determine a orientagio ‘da terceira comrente, medida no sentido horario a partir do eixo x po sitivo, de modo que 6 médulo da forga F nesta corrente seja minio. ‘Todas as forgas tém suas linhas de a¢do n0 plano x-y. Qual o médulo da forga F? Sugestdo: Encontre inicialmente a resultante das duas forgas conhecidas. A forca F atua nesta directo. 20018 Probl. 2.29 2.30. Tes cabos puxam um tubo de modo a gerarem uma forga resul= ‘ante com médulo de 900 Ib. Se dois dos cabos esto sujeltos a Forgas conhecidas, conforme mostrado na figura, detertine a ditegio do ter cziro cabo de mado que o médulo da forga F atuante neste cabo seja ‘minimo. Todas as Forgas tém suas linhas de agio sabre o plano x-y. Qual © médulo de F? Sugestdo: Encontre inicialmente a esultante das duas forgas conhecidas, Probl. 2-30 24 Capitulo 2_Vetores Forcas @ |. Var K ) Fy F Fig. 2-14 Fig. 2-15 2.4 Adic&o de um Sistema de Forcas Coplanares Quando a resultante de mais de duas forcas deve ser obtida, & mais simples encontrar as componentes de cada forga ao longo de eixos especiticos e adicionar estas compo- nentes algebricamente, obtendo assim as componentes da resultante, do que calcular a resultante das forgas pela aplicago sucessiva da regra do paralelogramo, conforme dis- cutido na Seco 2.3 Nesta segio iremos decompor cada forga em termos de suas componentes retangu- lares, F, e F,, que t8m como linha de acdo 0s eixos xe y, respectivamente, Fig. 2-14a, Embora os eixos estejam nas direcGes horizontal e vertical, em geral eles poderiio ser direcionados em quaisquer inclinagdes, mantendo-se sempre perpendiculares entre si, Fig. 2-14b, Em quaisquer dos casos, pela regra do paralelogramo temos: F=E,+8, F Conforme mostrado na Fig. 2-14, o sentido de cada componente &representado gra- ficamente pela extremidade da seta. Para 0 desenvolvimento analitico, entretanto, de- ‘vemos estabelecer uma notagio para representar o sentido das componentes retangula- res. Isto pode ser feito por uma das duas formas descritas a seguir. F.+F, Notagdo Escalar. Uma vez designados os sentidos positivo e negativo dos eixos x © y, 0 médulo eo sentido das componentes retangulares de uma forga podem ser ex- pressos como escalares algébricos. Por exemplo, as componentes de F na Fig. 2-14a podem ser representadas pelos escalares positivos F,¢ F,, pois seus sentidos e direcdes ccorrespondem aos sentidos posirivos dos eixos xe y, respectivamente. De forma andlo- ‘za, as componentes de F’ na Fig. 2-14b sio F/e —F/. Neste caso, a componente y é negativa, pois F’esté direcionada ao longo do eixo y no sentido negativo, importante lembrar que esta notagao escalar deve ser utilizada apenas para efeito de calculos, e nao para a representagao grifica nas figuras. Ao longo deste texto, a extremi- dade da seta represencativa de um vetorem qualquer figura indica o sentido de um vetor _graficamente; Sinai algébricos no sGo utilizados com este objetivo. Assim, os vetores nas Figs. 2-I4a e 2-14 so designados pela notacao (vetorial) em negrito.* Quando os simbolos, eseritos em itlico, sao colocados préximos de uma seta indicativa de um ve- tor, eles indicam o médiulo do vetor, que & uma quantidade sempre positiva, Notagao Vetorial Cartesiana. E também possfvel representar as componentes de uma forga em termos de vetores unitarios cartesianos. Neste caso, os procedimentos da flgebra vetorial sdo facilmente aplicados e, conforme perceberemos adiante, esta sistemattica ser particularmente vantajosa na solugio de problemas em trés dimensbes. Em duas dimensbes, os vetores unitdrios cartesianos Le j io utiizados para repre- sentar as diregdes e sentidos dos eixos x ey, respectivamente, Fig. 2-15a.** Estes ve- {ores Sio adimensionais, tem médulo unitério, e seus Sentidos (extremidades das setas) serio descritos analiticamente por um sinal positivo ou negativo, dependendo se esti- ‘verem no sentido positivo ou negative dos eixos.x ou y. Conforme mostrado na Fig. 2-15a, 0 médulo de cada componente de F & sempre wna ‘quantidade positiva, que é representada pelos escalares (positivos) F, ¢ F,, Portanto, a0 estabelecermos a notagao representativa do médulo, da diregao e do sentido de cada com- ponente, podemos expressar F na Fig. 2-ISa como um vetor cartesian, isto é, F=Fit+ hj ‘Da mesma forma, F’ na Fig. 2-156 pode ser expresso como F = Fit Fj) ‘ou simplesmente Fa- Fi sons gatos i liza si, com fate et epi, qn repress eos spe, p> ‘SNotdeenlvimenon mani oss ni sdoasalens indica com um nl ene, somo Prete poles Resultante de Forgas Coplanares. 0s dois métodos deseritos anteriormen- te podem ser uilizados para determinar a resultante de vérias orcas coplanares. Pa ra isto, cada forga é inicialmente decomposta em sus componentes xe y e, em se guia, as correspondentes componentes sao somadas utlizando dlgebraescalar, pois Sto colineares. A forgaresultante é. portanto, formada pela soma das resultantes das componentes nas direges x ¢ y utilizando a regra do paralelogramo. Por exem- plo, considere as trés forgas mostradas na Fig. 2-16a, cujas componentes nas dire- bes xe y sioilustradas na Fig. 2-16b, Para resolver este problema utilizando a nota- 40 vetorial cartesiana, cada forga é inicialmente deserita como um vetor cartesia- 1 isto é, vetor resultante & portanto Feo B+ Fr + Fy Fy + Fy ~ Pai + Pai + Fad — Pal (Fux ~ Far + Fag) + (Fiy + Fay — Fah = (Fra)i + (Fr) Se a notacdo escalar for wilizada, ¢ sendo x positive para a direita e y positivo para cima, pela Fig. 2-166, temos ®) Fag = Fie~ Fax + Fre (1) Fry = Pry + Pay ~ Fa Este resultado € 0 mesmo determinado anteriormente para Fp, escrito em fungao de suas ‘componentes i e j. No caso geral, as componentes x ey da resultante de varias forgas coplanares podem ser representadas simbolicamente pela soma algébrica das componentes xe y de todas, as Forgas, isto é, Fre = BF ca Fry = 2E, Ao aplicar estas equagdes € importante utilizar a convencdo de sinais estabelecida para as componentes, qual seja, componentes no sentido positivo dos eixos coordena- dos io consideradas escalares positivos, enquanto aquelas no sentido negativo dos eixos coordenados sio consideradas escalares negativos. Se esta convengio for seguida, os, sinais das componentes da resultante definirio os sentidos destas componentes. Por exemplo, um resultado positivo indicard que a componente tem o sentido positivo da coordenads. ‘Uma vez determinadas as componentes da resultante, elas podem ser esquematiza- das ao longo dos eixos.xe y em suas diregdes e sentidos, permitindo 0 célculo da forca resultante pela soma de vetores, conforme mostrado na Fig. 2-16c. Deste esquema, 0 nédulo de F, pode ser determinado pelo teorema de Pitégoras, isto &, angulo 6, que especifica a diregao da forga resultante, também pode ser determinado por trigonometria, Fy Fi tg Os conceitos acima sao ilustrados numericamente nos exemplos a seguir. © Fe, F, ko Fre © Fig. 2-16 ‘A resultante das quatro forgas dos eabos atu- antes sobre uma estrutura de apoio pode ser ddeterminada pela soma algébrica das compo- nentes nas diregdes x e y. em separado, das forcas em cada cabo. Esta resultante F, pro- dduz 0 mesmo efeito que as forgas dos quatro cabos sobre 0 apoio, 26 Capitulo 2 Vetores Forcas @ » Pontos Importantes * A resultante de vérias forgas coplanares pode ser facilmente determinada se ‘um sistema de coordenadas x-y for estabelecido e as forgas forem decompos- tas relativamente a estes eixos, + A direciio de cada forca 6 especificada pelo angulo que sua linha de agio faz ‘com um dos eixos coordenados ou por um triingulo representativo desta dire- ao. * A orientagio dos eixos xe € arbitrria, e 0s sentidos positivos podem ser es- pecificados através dos vetores unitérios cartesianos i ej. + As componentes.xe y da forca resultante so determinadas pela simples soma algébrica das componentes de todas as forgas coplanares, + O médulo da forga resultante é determinado a partir do teorema de Pitégoras, «, quando as componentes sao esquematizadas sobre 05 eixos xe y,a direga0 desta resultante pode ser determinada pela trigonometria. EXEMPLO 25 Determine as componentes xe y das forgas F) ¢ F;atuantes no mastro mostrado na. Fig. 2-17a. Expresse cada forga em vetores cartesianos. Solugio Notagdo Escalar. Pela regra do paralelogramo, F, & decomposta nas componentes x € y,conforme ilustrado na Fig, 2-1 7b, O médulo de cada componente é determinado pela ‘tigonometria, Estando F), no sentido x negativo e F,, no sentido y positivo, temos, Fy, = —200 sen30° N= ~100N = 100N Resp. Fiy = 200 cos 30° N = 173 N= 173 NT Resp. AA forca F, 6 decomposta em suas componentes x e y conforme mostrado na Fig. 2- 17b, Neste caso, a inclinagdo da linha de agao da forga 6 indicada, A partir do trian- gulo representativo desta inclinacdio, podemos obter o Angulo @, ou seja, @= tg, (2). €em seguida determinar 0 médulo das componentes da mesma forma que para F,, Um procedimento mais simples, entretanto, seria utilizarmos 0 conceito de tri- Angulos semelhantes, isto &, R 260N ~ 13 Analogamente, y= 200 cos 30° N Fy, = 200.00 0° N ® © Fig. 2-17 Observe que 0 médulo da componente horizontal, F.,, foi obtido pela multiplicago do médulo da forca pela relagao entre o lado horizontal do triangulo e sua hipotenu- sa, o passo que 0 médulo da componente vertical, F, foi obtido pela multiplicacio do médulo da forga pela relagio entre o lado vertical e hipotenusa. Assim, utili zando a notagao escalar, Fay = 240 N= 240 N-> Resp. Fry = -100N = 100N L Resp. ‘Notagdo Vetorial Cartesiana. Uma vez determinados os médulos e as diregdes das componentes de cada forca, podemos expressé-las como um vetor cartesiano: F, = [-1004 + 173j] N Resp. {240i — 100§) N Resp. EXEMPLO 26 elo mostrado na Fig, 2-18a esté sujeito a duas forgas F, e F,. Determine o médulo ea orientagio da forga resultante. Solucio E Notagdo Escalar. Este problema pode ser resolvido utilizando a regra do paralelogramo; entretanto, neste exemplo, decompomos cada forga em suas compo- nentes nas diregdes x y, Fig. 2-18, e as somamos algebricamente. Indicando os sentidos “positivos” das componentes das forgas nas diregGes xe y a0 lado de cada equacio, temos Fp. = BBs Fre = 600 cos 30° N ~ 400 sen 45° N 2368 N +9 Fay = 3; Fey = 600 sen 30° N + 400 cos 582,8 NT A forca resultante, mostrada na Fig. 2-19c, tem um médulo de = 629N Resp. Da soma vetorial, Fig. 2-18¢, a diregao 6 sera 582,8N Gs sy) on Resp. ‘Solugito I Notacao Vetorial Cartesiana. A partir da Fig, 2-18b, cada forga expressa como um. vetor cartesiano fica @ Oo Fig. 218 ‘elo 2.4 _ Adicio de um Sistema de Fore 28 Capitulo 2_Vetores Forca Assim, (600 cos 30° N = 400 sen 45° N)i + (600 sen 30° N + 400 cos 45° N)j (236,81 + 582,8j) N © médulo e a diregao de Fy sao determinados da mesma forma mostrada acima. Comparando os dois procedimentos de solucio, percebemos que o uso da nota- 0 escalar é mais eficiente, pois as componentes escalares podem ser obtidas dire- tamente, sem precisarmos escrever cada forga como um velor cartesiano antes de somar as componentes, Posteriormente serd mostrado que a andlise vetorial cartesi- ‘ana é mais vantajosa na solugao de problemas tridimensionais, EXEMPLO 2-7 ‘Aextremidade O do mastro mostrado na Fig. 2-19a esta sujeita atrés forgas concor- rentes e coplanares. Determine 0 médulo e a orientagao da forga resultante. Solugiio ‘Cada forca ¢ decomposta em suas componentes nas direcdes x e y, conforme mos- trado na Fig. 2-19b. Somando as componentes na direcio x, temos Fee = 400 N + 250 sen 45° N— 200(4) N 383,2 N = 383.2 Ne O sinal negativo indica que Fg, ava para a esquerda, ito é, no sentido negative do cixo x, conforme representado pela seta pequena. Somando as componentes na di- rego y, temos +1 Fey =F; Fay = 250 cos 45° N + 2003) N = 2968NT A forga resultante, mostrada na Fig, 2-19c, tem um médulo de Fy = V(=383.2) + (2968)? 85 N Resp. a soma de vetores mostrada na Fig, 2-19¢, o Angulo @ pode ser obtido por + (2968 _ O=tg ee 37,8 Resp, Note como € conveniente utilizar este método em comparagio aplicagio por duas vezes da regra do paralelogramo, 250N © » Fig. 219 Problemas 29. Problemas 2.31, Em cada um dos casos mostrads na figura, decomponha a forga fem suas componentes nas diregdes x e y. Esereva os resultados zando a notagao vetorial cartesian. 2-33. 0 vento exerce uma forga resultante de 600 N sobre o bote, atu- ante na direeo mostrada. Expresse esta forga como um vetor earesia- no explique o significado de cada componente. F=101b @ x ’ ca eae : F=100 | * Probl. 2-33 Faw i @ Probl. 2-31 2-34, 0 conta entre o fémur ea tibia de uma pera ocorre no ponto A, ‘onforme mostrado na figura. Se uma forga vertical de 175 Ib €aplica- ‘daneste pont, determine as componentes a0 longo dos eixos xe y: Note £2.32. Fim cala um dos casos mesos na figura. decomponhaafor- _ & componenéy represents forga normal sobre a regio de apc pear eeses irepdes xe, Esereva os resultados ul slizamento) entre os ossos. Ambas as componentes, xe, represen- Seer en eee cane tam as Forgas que eausam a compresso do lguido sinovial nos espa- ‘gos da regido de apoio, Fe Fel - > ward —“@—.: @ o Probl. 2-34 @ Probl. 2-32 2-35, Expresse as foryas FF, € F, como vetores eartesianos. 30 Capitulo 2 _Vetores Forcas £2.36, Determine 0 médulo da forca resultante e sua diteglo, medida 2-41. Resolva o Probl. 2-1 pela soma das componentes retangulares ou iritio a partir do eixo x positiv. {das Componentes das Forgas nas diregOes xe y, obtendo sua resultante 2.42, Resolvao Probl. 2-2 pela soma das componentes retangulares ou ‘das Componentes das Forgas nas diregbes xe y, oblendo sua resultante. 2-43, Resolva o Probl. 2-7 pela soma das componentes retangulares ou ‘das componentes nas diregbes x y das forgas, oblendo sua resultante ®2-44, Resolva o Probl. 2-4 pela soma das componentes retangulares ou «das componentes nas ditegdes«¢ y das Forgas, obtendo sua resultant, 2-48. Resolva o Probl. 2-18 pela soma das componentes retangulares ‘ou das componentes nas diregves.xe v das forgas, obtendo sua resultan- te. 246, Expresse as forgas F, Fs € F, como vetores cartesianos. 2-47, Determine 0 médulo da forga resultamte e sua orientagio, medida ‘no sentido anti-horério a partir do eixo x positiv. Probls, 2-35/36 2.37, Expresse as forgas FF, ¢ F, como vetores cartesianos 2-38. Determine o médulo da forea resultant e sua dirego, medida no ‘sentido anti-horétio a partir do eixo x positiv. Fy=36KN Probils. 246/47 *2-48, Expresse as forgas F, Fe Fy como vetores cartsianos. Sots Sarak 2-49, Determine o médulo da orga resultantee sua direc, medida no 2.39, Expresse as forgas Fe F, como vetorescartesianos. Pace cos Peer 2-40, Determine o médulo da forga resultant e sua dnegG0, medida no sentido anti-horiro a partir do eixo x positive, y= 20515 F\=30kN Probis. 2.39/40 Probis, 248/49 Problemas 31 2-50, Expresse as forgas F, eF, como vetores cartesianos ¢ determine o 2-53, Quatro Forgas concorrentes atuam sobre uma placa. Determine 0 médulo da forga resultante e sua diregZo, medida no sentido anti-horé- médulo da forga resultant e sua dirego, medida no sentido ant-horé- rio a panir do eixo x positiv. tio a partir do eixo x posiivo, 60m Probl. 2-50 2-51. Trés forgas concorrentes atuam sobre um anel, Se cada uma tem lum médulo de 80 N, expresse cada forga como um vetor cartesiano e cencontre a forga resultante, Probl. 2-53 2.54, As us forgas dos cabos mostrados na figura atuam sobre um pparafuso com olhal. Determine os dois médulos possiveis para P de modo que a forga resultante tenha um médulo de 800 N. 1.090 18 Probl. 2-S1 Probl. 2-54 2.55. As tts forgas mostradas na figura so aplicadas a um suporte. 2-52, Determine o médulo da forga resultantee sua diregl0, medida Determine a faixa de valores para o médulo da forga P de modo que a no sentido anti-horirio a partir do eixo x positivo. resultante das és forgas nfo exceda 2400 N, S00 ele Bs Probl. 2-55, 2-56, As tes forgas mostradas na figura agem sobre a estrutura de um suporte. Determine 0 médulo de Fe sua dirego # de modo que a forga resultante seja direcionada a0 longo do eixo «’ positivo e tenha um médulo de 800 N. 32. jtulo 2_Vetores Forcas 2,87.Se F, = 300Ne 6= 10? determine o médulo eaditeg joeixo.x’ positive, daresultantedas rés__forcasseja to pequena quanto possfvel. Qual o médulo da forga resul- no sentido anti-horério a parti Forgas atuantes sobre o suport. Probls, 256/57 Fig, 2-20 Sistema orientado de coordenadas Fig. 221 medida 2-88, Determine o médulo da forga F de modo que a resultante das trés tante neste caso? Laan F 8kN Probl. 2-58 2.5 Vetores Cartesianos As operagdes da flgebra vetorial, quando aplicadas na solugo de problemas em irés dimensées, sao bastante simplificadas se os vetores forem inicialmente representados na forma de vetores cartesianos. Nesta segdo apresentaremos um procedimento geral desta forma de representacdo e, em seguida, na proxima seco, aplicaremos esta abor- Pontos Importantes * A anélise vetorial cartesiana é geralmente utilizada para resolver problemas ttidimensionais. + Os sentidos positivos dos eixos x, y¢ z slo definidos pelos vetores unitérios cartesianos i, je k, respectivamente. +O médulo de um vetor cartesiano é A = (AT +A + AE + A direcdo de um vetor cartesiano € especificada através dos Angulos diretores coordenados a, Be 7, entre a linha de agao do vetor eas diregdes dos eixos x, ‘ye (sentidos positivos), respectivamente. As componentes do vetor unitério, w= AJA representam os cossenos diretores de a, Be . Somente dois destes, Angulos devem ser especificados. terceiro Angulo ¢ determinado a partir da relagio costa + cos'B + cos*y = | + Para encontrar resultante de um sistema de forgas concorrentes, expresse cada forga como um vetor cartesiano e adicione as componentes i je k de todas as, forgas do sistema. EXEMPLO 28 Expresse a forga F mostrada na Fig. 2-29 como um vetor cartesiano. Solugio ‘Uma vez que somente dois angulos diretores coordenados esto especificados, 0 ter- ceiro angulo a deve ser determinado pela Eq. 2-10, isto é, cos*a + cos"B + cos*y = 1 costa + cos? 60° + cos? 45° = 1 cos a = V1 — (0,5° — (0,707) = 205 Fig, 2-29 36 Capitulo 2_Vetores Forcas Assim, existem duas possibilidades para a quais sejam, a= cos (0, 60° ou a = cos (=0,5) = 120° Pelo exame da Fig. 2-29, verificamos que & necessiirio que « = 60°, pois F, est na diregio positiva do eixo x. Utilizando a Eq. 2-11, com F = 200 N, temos. F = F cos ai + F cos fj + Feos yk (200 cos 60° N)i + (200 cos 60° N)j + (200 cos 45° N)k = [100,05 + 100,0j + 141 4k]N Resp. Aplicando a Bq, 2-6, note que realmente 0 médulo de F € 200 N. VET REF (00,0)? + (10,0) + (141,47 = 200N EXEMPLO 29 Determine 0 médulo ¢ os angulos diretores coordenados da forca resultante atuante no anel mostrado na Fig. 2-30a. Solugio ‘Uma vez que cada forga é representada na forma vetorial cartesiana, a forga resul- tante, mostrada na Fig, 2-30, seré Fy = SE = F, + Fy = (60j + 80k} Ib + (50% — 100j + 100k} Ib ‘50% — 40j + 180k} Ib O médulo de F, € obtido utilizando a Eq. 2-6, isto é, VSO} + (—40)? + (180 = 191,0 91 Ib Resp. (0s Aingulos diretores coordenados a, fe sto determinados a partir das compo- nentes do vetor unitério na diregao de F. F,_ 50,40 =~ 7,” 1910! 1910! * oo = 026171 ~ 0.2094} + 0.9422 Uy assim, tem cosa = 02617 = a =74,8° Resp. cos B= 0.2094 B= 102° Resp. cos y= 0,9422 y= 196° Resp. Estes angulos sdo mostrados na Fi a componente j de u,, € negativa. )-30b, Em particular, observe que B > 90°, pois y= (501 40} 1804) © ® Fig. 2:30 Scclo 2.6 Adicio ¢ Subtracio de Vetores Cartesianos, EXEMPLO 210 Expresse a forea F mostrada na Fig. 2-314 como um vetor cartesiano, Solugio s aingulos de 60° e 45° definindo a diregdo de F, ndo so Angulos diretores coordena- dos. As duas aplicagdes sucessivas da regra do paralelogramo, necessirias para decom por F, em suas componentes nas diregdes x, yz, s40 mostradas na Fig. 2-31b. Por trigonometria, os médulos das componentes so 100 sen 60° Ib 100 cos 60° Ib Fix = 50 cos 45° I y= 10015 © © Fig. 231 Observando que F,, tem seu sentido definido por ~j, temos Fy = (35,41 — 35,4] + 86,6K) Ib Resp. Para mostrar que o médulo deste vetor 6 de fato 100 Ib, aplicamos a Eq, 2-6 Vie = V@S5AP + (354)? + (HGF = 1001b Se necessirio, os angulos diretores coordenados de F, podem ser determinados a partir das componentes do vetor unitério atuante na diregdo de F. Assim, logo, Bi = cos” '(—0,354) = 111° a1 = cos” 1(0,866) = 30,0° Estes resultados so mostrados na Fig. 2-31c. Utilizando esse mesmo procedimento, mostre que F, na Eq. 2-31a pode ser es- crito na forma de um vetor cartesian como F, = (106i + 184) ~ 212k) N Resp. 38 Capitulo 2_Vetores Forcas EXEMPLO 211 Duas forgas atuam sobre o gancho mostrado na Fig. 2-32a. Especifique os angulos diretores coordenados de F, de forma que a forga resultante F,,atue ao longo do eixo {y positivo e tenha um médulo de 800 N. Solugio Para resolver este problema, a forca resultante Fe suas duas components, F, Fy serio expressas, cada uma, na forma de vetores cartesianos. Em seguida, conforme ‘mostrado na Fig. 2-32b, serd imposto que Fy = F, + Fy. Aplicando a Eq. 2-11, F, =F, cos ani + F, cos Bij + Fy cos yk 300 cos 45° Ni + 300 cos 60° Nj + 300 cos 120° k (212.14 + 150j — 150K} N Fig. 2-32 Uma vez que a forga resultante F, tem um médulo de 800 N e atua no sentido +), temos Fa = (800 N)(+)) = {800]} N Logo, devemios atender as seguintes igualdades Fr= 800} 150} — 150K + Fa,i + Fay + Fock 800j = (212.1 + Fy.) 1+ (150 + F,)j + (-150 + Fa.)k Para satisfazer a estas equagdes, as correspondentes components i, je k dos lados esquerdo e direito devem ser idénticas. Esta condigo equivale a estabelecer que as componentes x, y, z de F, devem ser iguais as correspondentes componente’ x,y, 2 de (F, + F.). Assim, O=2121+ Fre Fag 800= 1504 Fy Fay -150+ Fee Far « suas componentes so conhecidos, podemos utilizar Bre Ye Uma vez que 0 médulo de F, Eq, 2-11 para determinar =2121 21241 = 700.008 a3; ay = cos! (=Z) = 108" Resp 650 650 = 700. = cos"? (522) = org esp. 50 = 700.05 i By = cos" (FE) = 218 Resp 5 150= 700c0s 93» = 08"4(52) = 776° Resp Problemas 39 Problemas 2-59, Determine o médulo e os angulos diretores coordenados das for- 2-63, A junta da figura é submetida as trésforgas mostradas. Expresse gas F, = (601 — 50j + 40k} Ne —40i ~ 85j + 30k} N. cada umia das forcas na forma de vetores cartesianos e determine © Esquematize cada uma destas forgas no sistema referencia x,y médulo ¢ os &ngulos diretores da forga resultane, 2.60, Expresse cada uma das forgas da figura na forma de vetores cartesianos. Probl. 2-60 Probl. 2-63 2.61. Expresse cada uma das forgas da figura na forma de vetores cartesianos, 2-64, A engrenagem da figura est sujeita 3s duas forgas causadas pelo ccontato com outra engrenagem, Expresse cada forg como um vetor cartesiano. 2-65. A engrenagem da figura esta sujeita&s duas forgas causadas pelo Contato com outra engrenagem. Determine a resultante das duas forgas le expresse 0 resultado como um vetor cartesiano. F\=350N Probl. 2-61 2.62. Expresse cada uma das forgas da figura na forma de vetores ccartesianos, =501b Probls. 2-64/65 2.66. 0 olhal da figura esta sujeito as duas forgas mostradas. Expresse y= 60001 ceada uma das forgas na forma de um vetor cartesiano e, em segt determine a forga resultante, Encontre o médul e os Angulos diretores Probl. 2-62, ccoordenados desta forga resultante. 40 Capitulo 2_Vetores Forcas 2.67, Determine os Angulos diretores coordenados de F 2-70, Um homem puxa uma corda com uma forga de 60 Ib. Se F atua ‘ho oitante mostrado, determine suas componentes nas disecOes x,y, = F\=300N 5 Probl. 2-70 £2.68, Oeixo £ exerce ts componentes de forga sobre a ferramenta F, ° ‘ Encontre o médulo ¢ a diregio da forga resultante, A forga F,atua no 2-71. Determine o médulo eos angulos dretores coordenados de F, de oitante mostrado. ‘modo que a resutante das trés forgas atue ao longo do eixo y positive tenha um médulo de 600 Ib. 2-72, Determine 0 médulo e 0s ngulos diretores coordenados de F de modo que a resultante das trés forgas sea mula, 5 ae Probl. 2-68 A= M000 2.69. A forca F tem um médulo de 80 Ib e atua no oitante mostrado. Determine os médulos das componentes de F nas diregdes x,y,z. Probls. 2-71772 2-73, Especifique 0 mOdulo F, ¢ as ditegdes a, Bye de F, de modo ‘que a resultante das tr8s Forgas seja Fy = (9j} kN. Probl. 2-69 Probl. 2-73, 2-74, Determine o médulo e os angulos diretores coordenados de F; de ‘modo que a resultante das duas forgas atue ao longo do eixo x positive etenha um médulo de $00 N. 2-15, Determine o médulo eos angulos diretores coordenados de F, de ‘modo que a resultante das duas forcas seja nula, Probls. 2.77/78 2-79, A massa pontual da figura esté sujita a uma forga eletrosttica repulsiva F com componentes F, = 40 mN e F, = 20 mN. Seo angulo B= 135°, determine 0 médulo de F e F,, = 180 Probls. 2-74775 2-76. 0 olhal da figura € sujeito 3 forca F do cabo que tem uma com- pponente a0 longo do eixo x, F, = 60 N, uma componente ao longo do =80.N, eum Angulo diretor coordenadlo = 80°, Determi- neo médulo de F. Probl. 2-80. Especifique o médulo e os angulos diretores coordenados a, By © y,de F),de modo que a resultante das ts forgas atuantes no suporte da figura seja F, = (—350k) Tb, Note que F, apéia-se no plano x. Probl. 2-76 2.77.0 pino da figura estésujeito is ts forgas mostradas. Determine 10s angulos diretores coordenados a, B,¢ y, de F, de modo que a forga resultanteatuante sobre © pino seja Fy = (350i) N. 2-78. O pino da figura est sujeito as tr Forgas mostradas. Determine (0s ngulos diretores coordenados a, By ¢ 7, de F, de modo que a forga, resultanteatuante sobee o pino seja nla 42 Capitulo 2 Vetores Forcas Fig. 233 2.7 Vetores Posicao Nesta segtio introduziremos o conceito de um vetor posigdo. Sera mostrado que este vvetor é de grande importincia na formulagdo de um vetor forga cartesiano direcionado entre quaisquer dois pontos no espago. Posteriormente, no Cap. 4, utilizaremos este conceito para determinar 0 momento de uma forca, Coordenadas x, y, z. Ao longo deste livro utilizaremos um sistema orientado de ccoordenadas para referenciar a localizacio de pontos no espago. Além disso, adotare- ‘mos a convengiio seguida por virios livros técnicos de representar 0 sentido positivo do eixo z de referéneia para cima (sentido de zénite), sendo esta portanto a diregao para a medida da altura de um objeto ou a altitude de um ponto, Com esta convengao 0s ei- os xe y estar em um plano horizontal, Fig. 2-33. Os pontos no espago serao locali- _,Zad0s em relagio i origem de coordenadas, ponto O, através de medidas sucessivas ao longo dos eixos xe z. Por exemplo, na Fig. 2-33, as coordenadas do ponto A sio obtidas partir de O, medindo x, = +4 m a0 longo do eixo x, y, = +2 m ao longo do eixo y, € z, = ~6 mao longo do eixo z. Assim, 0 ponto A fica definido por A(4, 2. ~6). De forma aniloga, as medidas ao longo dos eixos x, ye z de O até B fornecem as coorde- nadas de B, isto é, B(0, 2, 0). Também o ponto C seria definido pelas coordenadas (6, ~1, 4), ‘Vetor Posicio. O vetor posigdo r é definido como um vetorfixo que localiza um pon- {0 no espago em relagio a um outro ponto. Por exemplo, se r tem sua origem na origem das coordenadas, O, ¢ extremidade no ponto Px, y, 2), Fig. 2-344, entao 0 vetor r pode ser expresso na forma de um vetor cartesiano como =xityj+zk Observe como a soma dos vetores caracterizando as trés componentes resulta no vetor r, Fig. 2-34b. A partir da origem O, “caminhamos” a distincia x no sentido +i, em se- ‘guida y no sentido +e finalmente z no sentido +k, chegando assim a0 ponto P(x, ¥. 2) No caso mais geral, 0 vetor posigdo pode ser ditecionado do ponto A para o ponto B noespaco, Fig. 2-35a, Este vetor também sera designado pelo simbolo r. Por uma questo deconvencio, entretanto, em algunas situacdes sera conveniente nos referirmos a este vetor utilizando dois subscritos para indicar seus pontos de origem e extremidade. As- sim, r poders também ser designado como ry. Observe também que r, € Tp, na Fig. 2- 35a, sio referenciados com apenas um subscrito, pois eles t&m suas origens na origem das coordenadas do sistema de referencia. Pela Fig. 2-35a, uilizando a soma de vetores, podemos perceber a seguinte igualda- de vetorial mtrety Resolvendo para re expressando r, € fy na forma de vetores cartesianos, temos bry — ty = (xpi + yj + tuk) — (vai + yaj + Zak) Fig. 2334 Secio 2.7_Vetores Posicio 43 SRE e x teak | alt Ga i . a val ra « @ ® ou (xp —Xa)i + (yp ~ yalj + (@0 ~ za)k 13) Assim, as componentes i,j,k do vetor posi¢do © podem ser obtidas a partir das coor- denadas da origem do vetor, A(t, \ 24) subtraindo-as das correspondentes coorde- nadas da extremidade BU Vm Za). Também aqui podemos observar que a soma dessas trés componentes fornece 0 vetor r, isto é, “caminhando” de A até B, Fig. 2-35, per- corremos inicialmente uma distancia (xy — x,) no sentido +i, em seguida (yy ~ y,) no sentido +e, finalmente, (z_ ~ z,) no sentido +k. © comprimento ¢ a diregao do cabo AB utilizado para apoiar uma estaca po- «dem ser determinados pelas medidas das coordenadas dos pontos A e B em re- Iago aos eixos x,y,z. vetor posigdo r ao longo do cabo pode entdo ser esta- belecido, O méduio r deste vetor posigio representa comprimento do cabo, ¢ a diregio do cabo & definida pelos Angulos diretores coordenadios a, Be y, que ‘fo determinados a partir das componentes do vetor unitétio, obtidas através {do vetor posigao u = ri. EXEMPLO 212 ‘Uma fita elistica€ fixada aos pontos A e B conforme mostrado na Fig. 2-36a. Deter- ' ‘mine seu comprimento e seu sentido medidos de A para B. Solugio Inicialmente estabelecemos um vetor posigao de A até B, Fig. 2-36b. De acordo com Eq. 2-13, as coordenadas da origem A(| m, 0, ~3 m) sio subtraidas das coordena- das da extremidade B(—2 m, 2 m, 3 m), fornecendo r= [-2m~—1 ml + [2 m-0}j + [3 m—(-3 mk = [31+ 2] + Ok] m 44 Capitulo 2 _Vetores Forcas Fig. 237 Estas componentes de r podem também ser determinadas diretamente por obser- vvacdo da Fig. 2-36a, pois elas representam a direcfo, o sentido e a distancia a ser “percorrida’” na diregdo de cada eixo para, a partir de A, chegarmos em B, isto é, 20 longo do eixo x {—3i) m, a0 longo do eixo y {2}} me finalmente ao longo do eixo z (6k) m. médulo de representa 0 comprimento da fita elistica VE3F + OF + 6 Formulando um vetor unitério na diregao de r, temos 7m Resp. 26 mr 7 rs 7* nados. “3 (2 he ee) . 2! = cos"! = 73, Resp. 2 () e e E occ ? Estes angulos s40 medidos a partir dos eixos positivos do sistema de coordenadas colocado na origem de r, ponto A, conforme mostrado na Fig. 2-36c. Fig. 2:36 2.8 Vetor Forga Direcionado ao Longo de uma Linha Freqiientemente em problemas estaticos tridimensionais o sentido de uma forga é indi- cado por dois pontos através dos quais passa sua linha de aco, Esta situagio é mostra- da na Fig. 2-37, onde a forga F estd orientada ao longo da corda AB. Podemos definir a forga F como um vetor cartesiano, pois ela tem a mesma direcdo e sentido do vetor r direcionado do ponto A para 0 ponto B sobre a corda. Esta orientag3o comum especificada pelo vetor unitério w = rir. Assim, r= ra= r(*) Embora tenhamos representado o vetor F simbolicamente na Fig. 2-37, ele tem unida- des de forga, ao contrrio de r, que tem suas componentes associadas as coordenadas x, y, 2, com unidades de comprimento. Seqio 2.8 _Vetor Forca Direcionado ao Longo de uma Linha_ 45 > Pontos Importantes * Um vetor posigao localiza um ponto no espago em relacdo a outro ponto, * Oprocedimento mais simples para determinarmos as componentes de um ve- tor posiedo é determinarmos a distincia que um ponto deve “percorrer” nas diregdes x, y, z— “caminhando” da origem para a extremidade do vetor. * Uma forga F atuante na diregao e sentido de um vetor posicio r pode ser repre- sentada na forma cartesiana se 0 vetor unitario u referido ao vetor posigio for 7 © "2-8, As psig do pont A de um pti do pono de uma ant taforam media eiagion un ecidr ddan cleorco lo Probl 2.90 Calzado em 0, Determine a istinia ene AB. Sgestdac Formule ‘etr posi dieionado de para Beem segid, case seu dale 291, Determine odo os ngulsdiretoescoordenados da forga realms Probl. 2-91 Probl. 2-88 2.89. Determine os comprimentos das cordas ACB e CO. 0 n6 em C *2-92, Determine o médulo e os Aagulos diretores coordenados da For- est localizado no ponto médio entre A e B. «ga resultant. 50 Capitulo 2_Vetores Forcas Probl. 2-92, 2.93. Expresse cada uma das forgas na forma de vetores cartesianos & determine © médulo e os angulos dreiores coordenados da forga rest- tante. Probl. 2-95 : *2.96. 0 motor de um aeroplano é suportado por barras conectadas uma estrutura espacial que compoe a estrutura do aeroplano. As cargas previstas para duas das barras sio mostradas na figura. Expresse cada, ‘uma dessas forgas como um vetor cartesian, Probl. 2-93 2.94. 0 engradado da figura, suportado pela estratura de barras de um {guindaste, gera uma forga F, = 600.N 20 longo da barra AB e uma for- Probl. 2-96 4 Fc = 900 N ao longo da barra AC. Represente cada forga como um vetor cartesian. 2.97, A janela da figura € mantida aberta por um cabo AB. Determine © ‘comprimento do cabo e expresse aforga de 30 N em sua diregio atuan- Fp G00N fe:no ponto A como um vetorcartesiano. Probl. 2.94 2.95. A placa da figura é suspensa através de trés cabos que exer ccem as forgas mostradas. Expresse cada Forga como um vetor carte- Problemas 51 2.98. A forca atuante sobre o homem pelo efeito da ancoragem de seu 2-101. 0 cabo OA exerce uma forga no ponto O expressa por F = (404 barco através de uma corda é F = (401 + 20j ~ $0k} N. Se ocompri- + 60j + 70k} N, Se o comprimento do cabo & de 3 m, quais as coorde- mento da corda é de 25 m, determine as coordenadas do ponto A (%, y, nadas (xy, 2) do ponto A? =2) da localizagio da incora, Sm F °, — Probl. 2-101 Probl. 2-98. 2.99. 0 cabo AO exerce uma forga sobre 0 topo do poste expressa por F = (~120i ~ 90j ~ 80k} Ib, Se ocabo tem um comprimento de 34 fe, determine a altura z do poste € a localizagio (x,y) de sua base. 2-102, Determine a posigd0 (x, 0) para o cabo fixo BA de modo que a resultante das forgas exercidas sobre o poste seja direcionada a0 longo de seu eixo, de B para Oc tenha um médulo de 1 KN. Qual é 0 médulo da fora F,? Probl.2-99 x *2-100. A torre de uma antena é suportada por trés cabos. Se as forgas nesses cabos sio F, = 520, F = 680 Ne F, = S6DN, determine 0 ‘médulo e a diteedo da forga resultante atuante em A, Probl. 2-102 2-103. 0 mastro da figura € mantido em seu lugar por meio de trés ea- bbos. Se as forgas em cada cabo tém os valores indicados na figura, de- termine a posicZo (x, 0, z) para a fixagdo do cabo DA, de modo que a {orga resultante sobre 0 mastro sejadirecionada ao longo de seu eixo de Dpara 0. 2-104, O mastro da figura é mantido em seu lugar por meio de tes ceabos. Se as forcas em cada cabo tém os valores indicados na figura, determine o médulo eos Angulos diretores coordenados da forga resul- Probl. 2-100 ‘ante. Fagax= 3,50 me z= 30m, 52 Capitulo 2 Vetores Foreas 2-107. lustre da figura é suportado ports correntes concorrentes no Ponto O. Sea forgaem cada corrente iem um médulo de 60 Ib, expresse taada forga como um vetor cartesiano e determine 0 médulo e os angu- ls diretores coordenaclos da forga resutante Probls. 2-103/104 2-108, A carga em A gera uma forga de 200N no cabo AB, Expresse esa forga como um vetor cartesiano, atuante em A e direcionado para B. Probl. 2-107 2-108. 0 lustre da figura é suportado por trés correntes concorrentes ro ponto O. Se a forga resultante em O tem um médulo de 130 Ib e é direcionada 20 longo do eixo = negativo, determine a forga em cada ‘corrente admitindo F, = Probl. 2-105 2-106, A placa cilindrica da figura est sujeita 3s Forgas dos és eabos {ue slo concorrentes no ponto D. Expresse cada forea exercida pelos ccabos sobre a placa como um vetor caresiano e determine o médulo e (0s fingulos diretores coordenados da forga resultant. 2.9 Produto Escalar Nos problemas de estitica, por vezes precisamos determinar o ngulo entre duas linhas ‘ou as componentes de uma forea paralela e perpendicular a uma linha. Nos problemas bidimensionais, podemos utilizar a trigonometria para a determinagio destes ngulos, pois fica simples sua visualizagdo geométrica. Nos problemas tridimensionais, entre- tanto, essa visualizagio ¢ freqientemente mais dificil em conseqiiéncia, procedimentos da anilise vetorial devem ser empregados na sua solugao. O produto escalar define um procedimento particular de “multiplicagao” de dois vetores eé uilizado na solugio dos problemas anteriormente mencionados. © produto escalar dos vetores A ¢ B, escrito A-B e lido como “A escalar BY, é de- finido como o produto dos médulos de A e Be 0 cosseno do angulo Bente suas dire- es, Fig. 2-41. Expresso na forma de equacio, temos ALB = AB cos 6 (2-14) onde 0° = @ = 180°. O produto escalar é ser um escalar, e ndio um vetor. im designado em virtude de seu resultado Propriedades da Operacio 1, Lei comutativa: AB=B-A 2. Multiplicagio por escalar: a(A-B) = (aA)-B = A-(aB) = (A-B)a 3. Lei distributiva: A-(B + D) = (A-B) + (A-D) E fécil provara primeira ea segunda propriedades pela uilizagdo da Eg. 2-14. A prova da ei distributiva€ deixada como exereicio (veja 0 Probl. 2-109). Operacées com Vetores Cartesianos. A Eq. 2-14 pode ser uilizada para en- contrarmos 0 produto escalar entre os possiveis pares de vetores unitarios cartesianos. Por exemplo, Fi = (1)(I}cos 0° (1)(1)e08 90° = 0. De forma similar, temos i 1 kk =0 kj=0 Estes resultados nao devem ser memorizados, pois podemos entender facilmente como foram obtidos. Considere agora 0 produto escalar de dois vetores genéricos A e B expressos na for- ima de vetores cartesianos. Neste caso temos AB = (Ad + Ajj + A-k)-(Bsi + Bj + BK) ABabi) + ABE) + ABH + AyBulj-i) + AyBy(j-f) + AyBoGi-k) 4+ A-Ba(kei) + A-B(k-j) + A-BAK-k) Bretuando os produtos escalares, o resultado final fi ABAD. + A,B, + AB (2-15) Assim, para determinarmos 0 produto escalar de dois vetores cartesianos, multiple ‘mos suas correspondentes componentes x, y, ze somamos algebricamente os resulta~ dos desta multiplicagdo. Uma vez que 0 resultado € um escalar, devemos ter 0 cuidado de ndo incluir qualquer dos vetores unitérios no resultado final Aplicagies. 0 produto escalar tem duas importantes aplicagies em mecdnica, 1. Ongulo formado entre dois vetores ou linhas que se interceptam. O Angulo Bentre as direges dos vetores A ¢ B na Fig. 2-41 pode ser determinado a partir da Eq, 2-14 e escrito como AB AB oncort(AB) ore oir Segio 2.9 Produto Es 33 54 Capitulo 2_Vetores Foreas Nesta expresso, AB é calculado pela Eq, 2-15. Em particular, observe que se A-B 0, @= cos"! 0 = 90°, e portanto A seri perpendicular a B. 2. As componentes de um vetor paralela e perpendicular a uma linha. A componente ddo vetor A paralela ou colinear linha aa ‘na Fig. 2-42 é definida por Aj, onde Aj = ‘cos @. Esta componente é, em alguns casos, referida como a projecdo de A sobre 4 linha, pois sua determinagao & feita a partir de um Angulo reto. Se a direedo da linha for especificada através de um vetor unitério u, entao, sendo u = 1, podemos determinar A diretamente do produto escalar (Eq. 2-14), isto é, Aj= Acs 0= Aw Portanto, a projegdo escatar de A ao longo de uma linha é determinada a partir do produto escalar de A pelo vetor unitdrio u que define a direcdo da linha, Observe {que se este resultado for positivo, o sentido de Ay coincidiré com o sentido de u, éenquanto se Aj for um escalar negativo, Ay teré o sentido oposto ao dew. A compo- nente Aj representada como um vetor seri portanto Ay = A cos 6u=(A-u)u Observe que a componente de A perpendicular linha aa’ pode também ser obtida, Fig. 2-42. Uma vez que A = Aj + A. entio A, = A ~ A). Existem duas possiveis formas de obtermos A... A primeira seria determinarmos 6 a partir do produto escalar, = cos”! (A-wA) e, em seguida, A = A sen 6, A segunda seria a partir do conhe- cimento de Ay utilizarmos o teorema de Pitégoras, do qual podemos escrever AL= a= AF. nee ‘Ay=A con Ou Fig. 2-42 Sea corda exerce uma forca F sobre a junta, a projegio O fingulo entre a corda e a viga A pode ser deter nado utilizando o produto escalar. Simplesmente for- mule 0s vetores posigio ou os vetores unitirios a0 longo da viga, uy = yr, © 20 longo da corda, We = clre. Uma ver que 0 definido entre as linhas de ago desses vetores, podemos determiné-lo utilizando 0 = cos (ry trate desta forga ao longo da viga A pode ser determinada de- finindo inicialmente a direedo da viga wilizando 0 ve- tor unitirio u, = rr, € em seguida formulando a forga ‘como um vetorcartesiano F = F(rdir.) = Fu. Aplican- 4400 produto escalar, a projegio desejada ser F, = F- uy. 2.9 Produto Escalar 55 » Pontos Importantes + O produto escalar € utilizado para determinar o angulo entre dois vetores ou a projegdo de um vetor em uma diregio especitica. + Se os vetores A e B so expressos na forma cartesiana, o produto escalar € determinado pela multiplicacdo das respectivas componentes x, y, z€ adicio- nando-se algebricamente estes resultados, isto 6, A-B = A,B, + A,B, + AB. + Pela definigao do produto escalar, o ngulo formado entre as linhas de ago dos vetores A e Bé 6 = cos (A-B/AB). + O:médulo da projecio do vetor A ao longo de uma linha cuja dirego & espe- cificada por u € determinado pelo produto escalar Aj = A-u. EXEMPLO 2-16 Acestrutura mostrada na Fig. 2-43a esta submetida a uma forga horizontal F = {300j} NN, Determine 0 médulo das componentes desta forga paralela e perpendicular bar- 1a AB. 1h F= (3001 @ » Fig, 2-43 Solugio (© médulo da componente de F ao longo de AB ¢ igual ao produto escalar entre F e © vetor unitirio u, que define a diregdo de AB, Fig. 2-436, Sendo 2i + 6] + 3k Voy + 6 + BF \2861 + 0,857) + 0,429k nto F cos 0 = Ftp = (300j)-(0,2861 + 0,857j + 0,429) (0)(0,286) + (300)(0,857) + (0)(0,429) 257, N Resp. ‘Uma vez que o resultado € um escalar positivo, F,, tem o mesmo sentido do vetor unitatio u,, Fig. 2-43b. Expressando F,y na forma de um vetor cartesiano, temos Fan = Fant = (257.1 N)(0.2864 + 0,857) + 0,429k) {73,5i + 220) + 110k) N Resp. A componente perpendicular, Fig. 2-43b, 6 portanto F, =F — Fag = 300j — (73,51 + 220j + 110k) {-73,51 + 80j — 110k} N 56 _Capitulo 2_Vetores Forcas Fig. 2-44 ‘Seu médulo pode ser determinado tanto pelas componentes deste vetor como pelo teorema de Pitigoras, Fig. 2-43h: Fy Reon = V(300) — 257,17 SN Resp. EXEMPLO 217 (O tubo mostrado na Fig. 2-44a est sujeito a forca F = 80 Ib. Determine o ngulo @ entre F eo segmento BA do tubo e os médulos das componentes de F paralela e per- pendicular a BA. Solugio, ies Walaa nectererate ctennnos circ mecca vee eee RE Gl Em seguida, determinaremos o Angulo @entre estes dois vetores com origens comuns. tna = (21-2) + Uf Fac = {-3) + 1K) ft Assim, FaarFne — (= 2)(0) + (=2(-3) + (A) cos = oat nc 3V10 Resp. Componentes de F. A forga F € decomposta em componentes conforme mostrado na Fig. 2-44, Uma ver que F,, = F-ty,, devemos inicialmente determinar o vetor unitério ao longo de BA e a forga F como vetores cartesianos. (21-3) + 1K) Assim, Figg = (— 7589) + 25.30k).( = 0 + 50,60 + 8.43 59.0 1b Resp. « © Problemas _57 Problemas 2-109, Dados rés vetores A. Be, mostre que A(B-+D)=(A-B) + (AD), 2-113. Determine os ngulos #e entre os segmentos de cabos da figura. 2-110. O cabo BC da figura exerce uma forga F = 28N sobre o topo do ‘mastro. Determine a projecio desta fora ao longo do eixo z do mastro. i : Probl. 2-113 2-114, Determine o Angulo @ entre as duas cordas da figura. Probl. 2-110 il HILL, Determine o angulo entre os dois cabos da figura. 2.112, Determine a componente da forga F = 12 Ib atuante nadiregio ‘do cabo AC. Expresse 0 resultado como um vetor cartesiano, Probl. 2-114 2-115, Determine o angulo #entre os lados da placa triangular da figura. "2-116, Determine o comprimento do lado BC da placa triangular da figura. Resolva o problema calculando o médulo de ry: em seguida, verifique o resultado calculando 6, ry, Fee, com a uilizago da lei dos Probls, 2-111/112 cossenos, determine o comprimento desejado. 58 Capitulo 2_Vetores Forcas : "2-120, Determine a projegZo da forga F ao longo do poste mostrado na figura = (21-+4]+ 10k) kN Probls. 2-115/116 Probl. 2-120 2-117. Duas forgas atuam sobre um gancho, conforme mostrado na ft- ura. Determine o fngulo @ entre elas. Qual a projesto de F, ¢ F; a0 longo do eixo y? 2-121. Determine 0 médulo da componente projetada da forga Fao longo {do poste mostrado na figura, 2-118, Duas forgas atuam sobre um gancho, conforme mostrado na ‘aura, Determine a projec de F, 20 longo de F,, +50) — 10K} wb on fk Probl. 2-121 y 2-122. Determine o Angulo @ entre os dois cabos mostrados na figura, 2-123, Determine a projeeo da forga F, ao longo do cabo AB. Deter ‘mine a projeio da forea F, ao longo do cabo AC. Probls. 2-117/118 2-119, Determine 0 médulo da componente projetada do comprimento a corda OA a0 longo do eixo Oa. Probls, 2-122/123 sort 92-124, Uma forga F = (—40k} Ib atua na extremidade do tubo mos- ‘ado na figura. Determine os médulos das eomponentes F, e F, dire- Probl. 2-119 cionadas a0 longo do eixo do tubo e perpendiculares a ee. Probl. 2-124 Fe(-40k) bb 2-125, Determine o Angulo 8 ¢ entre 0 eixo OA do poste e cada um {dos cabos, AB e AC. 2.126. Os dois culos mostrados na Figura exercem sobre 0 poste as For- {2s indicadas. Determine 0 méulo da componente de cada forga atu- ante ao longo do eixo OA do poste. Probls. 125/126 2.127. Determine o médulo das componentes projetadas da forga F = {605 + 12) — 40k] N ao longo dos cabos AB e AC. 2-128, Determine o Angulo Bentre os cabos AB e AC mostrados na figura, 0.75 ml Probls, 2-127/128 Problemas 59) 2-129. Uma forga F = (500k) N atua em um ponto A. Determine o ‘méculo das componentes F, ¢ F, atuantes a0 longo do cixo OA e per- pendiculara ele, Probl. 2-129 tm 2-130, Uma forga F = 80 N € aplicada ao brago de alavanca de uma cha- ve. Determine o angulo 8entre a linha de ago da forgae a alavance AB, 300 mm Probl. 2-130 2-131. Uma forga F = 80 N é aplicada ao brago de alavanca de uma cchave, Determine os médulos das componentes desta forga atuantes 20 longo do eixo AB do brago de alavanca da chave e perpendiculares a cle. 300 mam 60 _Capitulo 2 Vetores Forcas Probl. 2-131 Probl. 2-132 "2-132, Se F = {164 + 10j— 14k} N, determine 0 médulo da projegdo 2-133. Sea forea F = 100 N esté apoiada no plano DBEC, que paralelo, 4e F ao longo do eixo do poste e perpendicular a ele. a0 plano.x-ze faz um Angulo de 10? com a linha DB conforme mostrado, determine o ngulo que F faz com a diagonal AB do engradado. Probl. 2-133 Problemas de Revisao 2-134, Determine as componentes xe y da forga de 700 Ib mostrada na Figura, 700 Ib , Probl. 2-136 2-137. Determine 0 médulo, a diregdoe o sentido da resultante Fy = F, — +B, + F, das ues forgas da figura, calculando inicialmente a resultan- te F’ =F, + Fe, em seguida, F, = F’ + F,. Especifique a diregio ‘medida no sentido anti-hordrio em relagdo ao eixo x positiv. 2-135. Decomponha a forga F da figura em duas cimponentes, uma fatuante na direpdo paralelae outra na direglo perpendicular a0 eixo a. F280 Probl. 2-135, 2-136, Determine 0 médulo, a direeio e o sentido da resultante Fy F, +, + F, dastrés forcas da figura, calculando inicialmente a resul- ante F’ = F, + Fe, em seguida, Fy = F’ + F,, Especitique a diregdo ‘medida no sentido anti-horirio em felagio ao eixo x positivo. Probl. 2-137 Problemas de Revisio 61 2-138. A perna de uma pessoa é mantida na posigio mostrada na figura 2.141, O cabo AB da figura exerce uma forga de 80 N sobre a extremi- Pelo quadriceps AB, que ¢ fixo a pélvis no ponto A. Se a foreaexercida dade da haste OA de 3 m de comprimento, Determine o médulo da pro- neste misculo pela pelvis é de 85 N, na diregio mostrada, determine & ego desta forga ao longo da haste, ‘componente da forca estabilizadora atuante 20 longo do eixo y positive ‘ea componente da forga de sustentacZo atuante ao longo do eixo.x ne- ative. Probl. 2-141 2-142. Expresse cada uma das forgas da figura na forma de vetores car- tesianos. Probl. 2-138 2139, As duas forgas F, e F, mostradas na figura atwam sobre um gan- cho. Determine o médulo, a diregdo e o sentido da menor forga F, de ‘modo que a resultante das tés forgas tenha um médulo de 20 Ib. on Fy maak | =a s t Probl. 2-140

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