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Pe TiUT) | O romance regionalista. | O teatro romantico Do serto de Mato Grosso a0 interior de Minas Gerais, passando pela vastiddo dos campos gatichos, surge no romance romantico a imagem de um pais grandioso. A descricao de espacos e costumes | desconhecidos estabelece o contronto entre tipos rurais e urbanos, | ampliando assim o conhecimento que se tinha do Brasil na primeira metade do século XIX. Este capitulo procura compreender como isso se apresenta no romance regionalista e no teatro romantico. Pedro Weingarines, Interior do emporio (setae), 1882. Oleo sobre tl, 75 X 100 cm. ‘tela registra uma cena do interior de uma reiao do Bras 344 canoe Cua PEE (0 que vocé devers saber a0 ‘1. Observe a imagem de abertura. Que tipo de espaco a cena retrata? H ee uel = Identifique, na tela, elementos que comprovern sua resposta, i 1. Quel foi 0 projeto literério Seelamencec resonates | 2+ Agora observe as pessoas. © que elas parecem fazer? = Como parece ser 2 Ovel a importénete se Como parece ser 0 relacionamento entre elas , i Easels 0 que, na imagem, sugere esse dima entre as pessoas | expacos brasilerosmo in | 3, podemos associar o clima entre as pessoas que esto no empério cio do século XIX. ‘uma cena caracteristica das cidades de interior. Por qué? Quai as ciereneas entre 0 = Em que regiao do Brasil poderia ter ocorrido essa cena? regionalismo de José de 5 item identifi 30? nice ecaaeter cca Que elementos permitem identificar essa regiao’ Franklin Tavora e 0 de Bernardo Guimarées. PEE Gul ko Como se caracterizouo tea- reflexéo sobre comporta- ‘mentos tipicos da sociedade brasileira. eat 4, Os diferentes espacos caracteristicos de um pais to grande come- | 4. De que modo Martins Pena gam a surgir nos romances regionalistas. Observe como o Visconde sao teatro como espaco de de Taunay procura apresentar de modo detalhado a configura- 80 tipica de uma cidade de interior. A vila de Sant’Ana Debaixo do céu hé uma coisa que nunca se vis uma cidade pequena sem falatdrios, mentiras e bisbilhotices. Lavergne. bl De longe é sumamente pitoresco o primeiro aspecto da po- voacio. Ponto terminal do sete de Mato Grosso, assenta no abaulado dlorso de um outeirozinho. O que Ihe dé, porém, encanto particu- lar para quem avé de fora, é 0 extensolaranjl,coroado antalmen- te de mithares de éurcos poms, em cuja folhagem verde-scura se cencravam a5 casas eressalta a cruz da modestaigreja matrz. ‘Transpondo limpido regato ¢ vencida pedregosa ladeira com casinholas de sapé i direitae& esquerda, chegese arua principal, {que tem por mais grandioso ediffcio espacosa casa de sobrado, de construcio antiquada, Ornamenta-a uma varanda de ferro e um. Pedro Weingartner (1853- telhado que se adianta para a rua, como a querer abrigé-la da =1929) nasceu e viveu no Rio totalidade dos ardores do sol. Grande do Sul. Orf80 muito cedo, i raques, baixote, re- ee ai que mora o major Martinho de Melo Taques, baixote, fica, onde tomou contato com 0 chonchudo, corado. mundo das artes. Em 1877, se- Na sua loja de fazendas, a0 rés do chao, resine-sea melhor gente uiu para a Alemanha ¢ Id pas- dalocalidade, para ouvilo dissertar sobre politica, ou narrara guerra Sou a se dedicar exclusivamente dos farrapos no Rio Grande do Sul ¢ a vida que se leva na corte do 20 estudo da arte. Foi aluno na Rio de Janeiro, onde estivera pelos anos de 1838 ¢ 1839. Real Academia de Belas Artes em. Berlin e continuou seus estudos fem Paris e Roma. Chegou a ser De ver em quando, naquelasilenciosa rua em que tao bem se estampao tipo melancélice de uma povoacao acanbada ecm de- cadéncia, aparece uma ou out ‘Of da, Jevanta nu Consierado 0 “primero ointor elenca, ape on outa tropa carregada, que leant Sede 2 cates Sense oyemetho nln roonacienosdemuhe ta de alguimas de suas obras res, ou porta crianeas palidas das febres do Tigudas de comerem ter romance regionalite,O teatro romantica 345. Bh _ LITERATURA 2 Também aos domingos, a hora da missa por ali cruzam mulhe % | _resvelhas,embruthadas em manthas acompanhando outras mais © | mocinhas, que trajam capote comprido até aos pes e usm daque- : 2) _espentesandaties de mods em tempos que vi lenge BE] TANS Vicondede, us 20S Fake 21,18 agen e 5 (i ritoresco: qué iguo de ver vegiteado; evolve, finan 3| Ouro: eqns clea g g| Mantas: tipo de manta com que as mulheres envohem a cabega e pute do corpo E| Andale Alri oda pa Bll a} Aredo e'scaragnalleTau- | nay (1843-1899) era neto do. | Procure imaginar avila de Sant‘Ana, De acordo com o text, quas so itor Nica! Antari) EN | 05 elementos centrais em toro dos quais se organiza essa povoacao? Um dos plsgitas integrates da miss3o francesa trazida 20 5. Que funco, além do comércio de fazendas, tem a loja do major Bras por D. Jo V Pare evar Taques? Justifique. 4 associagao com 0 avd famo- 0, publicou o romance inocén- Eu nasci naquela serra Aces em: 28 mar 2005 ‘A mtsica composta por Angelino de Oliveira para o fle Tisteze do Jeca,estre lado por Mazzaropi —conhecido ator do cinema nacional nas décadas de 1950 a 1970 —, tornou-se simbolo do lamento sertanejo. Ouce a musica e depois discuts com seus colegas: a imagem do sertanejo, apresentada nesses versos, ¢semelhan: te aquela que aparece nos romances regionalistas? No retrato que faz de Arnaldo, Alencar des individuo e natureza, Observe. ‘a perfeita integracao entre A par com a comitiva, mas por dentro do ‘mato, caminhava um viajante & escoteira. (..] Sua paciéneia nao se eansava, tinha caminha- do assim horas e horas, por muitos dias, com a perseveranca e sutileza do cagador que segue 0 rasto do campeiro. [..] cavalo cardao, que ele montava, parecia com preendé-1o eausilé-o na empresas no era preciso que a rédea Ihe indicasse 0 caminho. O inteligente animal sabia quando se devia meter mais pelo mato, quando podia sem receio aproximar-se do comboio. ‘Andava por entreas érvores com destreza admiravel, sem quebrar os galhos nem ramalhar 0 arvoredo. (.] Era o vigjante mogo de vinte © um anos, de e% tatura regular, il, e delgado de talhe. Som breavashe 0 resto, queimado pelo sol, um buco negro como os compridos cabelos que anelavam-se pelo pescoco, Seus olhos, rasg dos vividos, dardejavam as veeméncias de um coragao indomavel Aut SCAR, José de. 0 sxzangj, 18. ed, Sko Paulo: Ediouro, s/¢p. 13. (Eragmento) Johann Moritz Rugendas, Aegoria dda Revolugao Anita Garba, 1846-1808. Glee pastel sabre carv30, 43x 275en, LITERATURA = Na vastidao dos pampas, Uma guerra nos pampas a solidao do herdi A casa das sete mulheres, de Em 0 gadcho, Alencar nos conta a histéria de Manuel Canho, menino Jayme Monjardim e Marcos marcado pelo assassinato do pai, morto pelo castelhano Barreda, Revoltado, Schechtman. Brasil, 2003, © garoto jura vinganca, que s6 consegue alcancar na idade adulta. O cenério Dirigida por Jayme Monjardim e _histérico em que a aco se desenrola é o da Guerra dos Farrapos e 0 contetido baseada no romance de Leticia romaintico fica por conta da historia de amor entre Manuel Canho e Catita, \Weerachonsi, Acasa das sete mu- . : recta undosepcodesmas sec asegUr stra aimpotania do cenato para os romances regio ‘emacionantes da historia basi: ‘a Revolucdo Faroupiha, A narrati va 6 centrada na visio das mulhe res da familia do lder dos farrapos, ‘que sio testemunhase protagonis- O viajante tas da lutatravada no Rio Grande do Sul Em tom pico, essa minis ‘Namanha de 29 de setembro um cavaleiro corria a toda brida pela verde sétie junta cco. realdade emo campanha que se estencle ao longo da margem esquerda do Jaguario. (..] ‘a0 idealsmo, acoragem e as pa bes arrebatadoras como tragos ‘que definem suas personagens. Era o cavaleiro moco de 22 anos quando muito, alto, de talhe delga- do, mas robusto. Tinha a face tostada pelo sol e sombreada por um buco negro e ji expesso. Cobriathe a fronte larga um chapéu desabado de baeta preta. O rosto comprido, o nariz-adunco, os olhos vivos e cintilan tes davam 3 sua fisionomia a expressio brusca e alerta das aves de altana- ria, Essa alma devia ter 0 arrojo € a velocidade do voo do gaviao. Pelo traje se reconhecia © gaticho. O ponche de pano azul forrado de pekicia escarlate caialhe dos ombros. A aba revirada sobre a espridua dis :mostrava a cinta onde se cruzavam a longa faca de ponta ¢ oamolador em. forma de lima, Era cor de laranja0 chiripé de ld enrolado nos quatris, em volta das ae . bragas escuras que desciam pouco além do joelho. Trazia botas ineirigas z de potrilho, rigadas sobre o peito do pé e omadas com as grossaschilenas i SSCMMMES tra Ll pawwer ® Quem pio conhecesse os costumes da provincia do Rio Grande do Sul, suporia que esse cavalero ia naquela desfilada corre alguma rés 20 campo; ou fazer uma excursio a qualquer charqueada préximna. Mas 23 pessoas vaqueanas reconheceriam & primeira vista um vigjante d escotera Cena da minisérie Acasa des sete mulheres i : i : i (0) bag: penagem v0 bo map ALENCAR, José de. O geisha Porto Alegre: LPM, 1999 p.17.18. Fraguento) act eld flpndo de lou de algodo ‘Adunco:cuvo, com formato de guncho, ‘Altnariacapaidade, caractviiea de A idealizacao romantica manifesta-se na apresentaco do vaqueiro Manuel slgumas wer de oar ato, (hirps:retinglo de pano, em geal de Uiermelia, pasado entre aconar© Canho. Depois de enumerar suas caracteristics fisicas, o narrador afirma: "Essa alma devia ter 0 arrojo e a velacidade do voo do gaviso". reso’ eintura, usidoantigamente por Chama a atencao também a grande quantidade de termos especificos, epee ane ere ne neeeenEne Sone conhecidos por quem vive no Sul do pais ou tem familiaridade com os costu- ientnn writs es mes dos vaqueires. Tanto isso é verdade, que o narrador alude a esse fato ‘jus, aperadas por bao ot no. ("Pelo traje se reconhecia 0 gaticho" ou “Quem nao conhecesse os costumes Chiles (cegionalisno): pode espora da provincia..."), 0 que contribui para reforcar a intencao de Alencar de carac- ‘com roseta grande. terizar aspectos tipicos daquela regio. (Gharqoea loci de abate de bois prepato de charque (eae corsa & fect 30s Vaqueanas:pesoasquecoahecem mito @IUTSTEED eateries ‘Arnaldo Loredo e Manuel Canho representam o tipico her6i masculino criado por Alencar. Sda jovens, belos, fortes, apaixonados e viver livres, perfeitamente Integrados & natureza que os cerca. © romance regionalisa. 0 teatro romantica 353 LITERATURA Em uma cena digna de uma novela de cavalaria, Arnaldo arrisca sua vida para salvar Dona Flor de morrer em um incéndio. incéndio, causado por alguma queimada im- prudente, propagavase com fulminante rapidez pe- las arvores mirradas que nao passavam entio de uma cextenst mata de lenha. [..] Do meio desse torvelinho, o dragio de fogo se arremessava desfraldando asduasasas flamantes, cujo bafo abrasado ja crestava as faces mimosas de Dona Flor, ea revestiam de reflexos purpiireos. | Entreas duas torrentes fgneas que transbordavam, | inundando o campo e nao tardavam socobréla, a don- zela no desanimou, e fez um supremo esforco para arrancar seu cavalo do estupor que Ihe causava 0 ter ror do incéndio. Negros rolos de fumo, porém, a cnvolveram,¢ su- focada pelo vapor ela sentiu desfalecerthe a vida. [..] © corpo desmaiado resvalou pelo flanco do baio, mas nio chegou a cair. Um brago robusto o suspen- deu quando jaa fralda do roupao de montar arrasta- va pelo chao, ‘Apenas o sertanejo conheceu o perigo em que se achava a donzela, rompeuthe do seio urn grito selva- ‘gem, o mesmo grito que fazia estremecer o touro nas brenhas, e que dava asas ao seu bravo campeador. No mesmo instante achavase perto da moca, a ‘quem tomara nos bracos. Para salvésla era preciso vol. tar antes de fecharse 0 circulo de fogo, que gia por todos os lados com excecio da estreita nesga de terra por onde acabava de passar.[..] As duas trombas de fogo, que desfilavam pelo cam- po fora, se haviam encontrado, nao frente a frente, mas entrelagandose, de modo que deixavam ainda, de espaco em espaco, restingas de mato poupadas pelas chamas, Arrojouse o mancebo intrepidamente nessa vor ragem, Estreitando com o brago direito 0 corpo da donzela cujo busto envolvera em seu gibio de couro, ‘com um eve aceno da mio esquerda suspendia pe- las rédeas o bravo campeador que, de salto em salto, transpés aquelas torrentes de fogo, como tantas ve- zes sobrepujara rios caudalosos, abarrotados pelas cchuvas do inverno. [..] Para rodear a coluna de fogo que Ihe cortava 0 \caminho da fazenda, teve 0 sertanejo de dar grande 354 Carino 18 volta, que o levou aos funcios da habitagio, comple- tamente deserta nesse momento [...] Saltou o mancebo em terra sem esperar auxilio, e atravessando a varanda deitou 0 corpo desfalecido de D. Flor no longo canapé de couro adamascado, ‘que ornava a sala principal Compés rapidamente, mas com extrema delica deza, as amplas dobras da saia de montar, para que nao ofendessem o casto recato da donzela, descobrin- dorthe a ponta do pé, nem desconcertassem a gracio- sa postura dessa linda imagem adormecida. Com os olhos enlevados na contemplacio da formosa dama, | agitava como leque a aba do seu chapéu de couro, refrescando-the 0 rosto. ALENCAR, José de, O seta, 18 ed Sao Pauls Ediouro, /a. pAH5. (Fragmento}. 4. Arnaldo € 0 herdi regional desse romance: um bravo vaqueiro cearense, Que elementos do tre- cho mostram esse herofsmo? Identifique os elementos regionais presentes na caracterizagao de Arnaldo e na apresentacao do cenério. » Que tragos da caracterizacdo de Arnaldo permitern comparé+lo aos cavaleiros medievais? 3. Que imagens so empregadas para indicar a for- ‘sa do incéndio que ameaca a vida de Dona Flor? # De que modo essa descrigao contribui para refor- «2r a bravura de Amnaldo ao salvar Dona Flor? 4. Nos dois sltimos paragrafos do texto, uma outra imagem de Arnaldo se apresenta: ele nao age ‘mais como o destemido vaqueiro. Que caracteri- zacdo € feita do herdi nesses parégrafos? ® Arnaldo ama Dona Flor, filha de seu patréo. Que tipo de amor o rapaz nutre pela jovem? Explque. 1D tort: redercibo, Famaotes:com a cor dara ssermethad. ‘restaurant Purpireos decor mertethad, qa: relat Fogo. Socobrir perder corgem, desi anc: ad. aio: cao decor cana. Fala si banca ques pe debe doves reas mts ra chad Canpesdor cao wo para andar eee amp em bcs de gad. Gigi rear: Neagu pequen prsio de equ, ‘Voragen: edeoinho. Gio: cascade coro wad por aque 0 LITERATURA Heroismo no sertéo Visconde de Taunay e o Em 0 sertanejo, 0 sertéo nor- . . . destino € apresentado como oce- patriarcado do interior fre ce tne tone ee Reto ebravrapotagoniz#, no sertdo do Mato Grosso, ern mio um cenéio de ara beleza, Taunay forum halen Nea sovesena ter oma bm eit oman resonate bese res at smnee Gas Fen ie is econ Sigcetenmma serie sE Boca ona do foxener, rors Goa Node oe eee sr celeb aiadetaie pal ¢ medi pls Seas ie recs erenanaets Sauer tareiasocal gan Sea densarod picmacor var Donato pea moe Sse rendre Em Inocéncia, 0 espaco regional destacado é 0 do interior do Mato Grosso e sua apresentacao sugere uma retomada romantica do focus amoenus da tradigéo cléssica: local harmonioso, pacifico, ideal. A diferenga, aqui, é que esse espaco € 0 do sertdo. Sua idealizacéo, porém, & absoluta, como se pode observar no trecho abaixo. 1 i i i Ali comega o sertio chamado bruto. Pousos sucedem a pousos, € nenhum teto habitado ou em ruinas, nenhuma palhoca ou tapera dé abrigo a0 caminhante contra a frialdade das noites, contra o tem poral que ameaca, ou a chuva que esta caindo, Por toda ‘parte, a calma da campina nao arroteada; por toda a parte, a vegetacao virgem, como quando af surgi pela vex primeira, A estrada que atravessa esas regides incultas desenro- lase A maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento dominante na composicio de todo aquele solo, fertilizado alias por um sem-ntimero de limpidos ¢ Ihantes regatos, ribeirdes ¢ rios, cujos contingentes sio ‘outros tantos tributaries do claro e fundo Parand ou, na contravertente, do correntoso Paraguai ‘TAUNAY, Visconde de. inci 29. e. So Paulo: Aiea, 2001, p. 11-12. (Fragmento) yorbu- ‘as personagens do livro também sao muito bem construidas, merecendo des- ‘aque o trabalho com a linguagem, que dé vida ao texto do romance. Observe | ‘Além de realizar verdadeiras "pinturas” do espaco em que se passa a acéo, | I © didlogo entre Pereira e a escrava Maria Conga. | O romance regionalita. 0 teatro romntico 355. LITERATURA Um sucesso internacional (Quando 0 romance nocénca foi publicado, em 1872, conquistou Imediatamente 0 gosto do pibli- co, A hist6ria foi logo traduzida para 0 francés, 0 italiano, 0 ale- ‘mao, 0 inglés, o espanhol, 0 oa- ta, 0 sueco, 0 dinamarqués, 0 po- ones, o flamengo e o japones. Das paginas dos folhetins e do liv, Inocéncia foi adaptado para © teatro, virou lbreto de épera e cchegou ao cinema em trés adap tacées diferentes, de 1915, 1945 1983, Sua imersa popularidade atesta a capacidade de Taunay de fazer um impressionante retrato das pessoas, dos costumes e da regio da interior do Brasil, ‘Cena d filme inocenia, 1983, reqs de Wetter Lima ir cee Tecnica do corte & a interrup- «io da agio, geralmente em mo- ‘mento de grande suspense, no fi- ‘nal do capitulo, para prender 3

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