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ENERGIA E MOVIMENTOS ERGIA E FENOMENOS E baa tora aut RADIACAO Para estudar a energia € necessario confinar o estudo a um junto de particulas que sao 0 objeto de estudo, ENOS TERMICO que € 0 corpo, a regito ou 0 con- Embora seja muitas vezes conveniente cassificar a energia como energia quimica, nuclear, térmica, mecinica, elétrca ou magnética, apenas se poder considerar duas formas bisicas de energia: Energia associada ao estado de movimento de um objeto. A unidade no $1 € 0 joule ()) A energia cinétca é diretamente proporcional a0 quadrado da velocidade, por isso a linha de tum grifico F,=(¥) uma reta que passa pela origem, sendo o declive igual am. A linha de ‘um grafico E,=f(v) €uma pardbola, eg «4 Energia armazenada num sistema em conse- «quéncia da sua posigio ou condiclo. A unidade no SI &0 joule (). Energia potencial elétrica devida & interacto en- tue particulas com carga elétrica como os ele troes, Energia potencial eistica devida a alteragto da forma de uma mola Energia potencial gravitica (E,) devida & posicao relativa do sistema ema relagao Terra A soma da energia cinética com a energia potencial de um sistema designa-se energia meciinica (E,) de um sistema. +E, A cnergia interna (E) €a energia que tem em conta a estrutura do sistema, constituido microscopi- ‘camente por muitas particulas. Corresponde & soma da energia potencial interna com a energia ci nética interna de tum sistema, Um aumento da massa ou da temperatura contribui para o aumento da energia interna do sistema, rn Energia que resulta das vias interagSes entre as Energia asociada ao movimento das particu que partculas que constituem o sistema a nivel constituem o sistema a nivel mlerosedpico, crore Quanto maior é a temperatura (1), maior é a agitagao (Quanto maior € a massa (m), maior 6 ndmero de __ das paticulase maior @a energa cindtica méda particulas que constitu e sistema e, portanta, maior é intema dessas particulas. ‘-ndmero de inteagdes, logo, uma maior massa {implica uma maior energa potencial interna, Acenergia total (E,) de um sistema corresponde & soma da energia meciinica, macrosc6pica, com a ‘energia interna, microscépica: Fou = Bat E, 2. SISTEMA MECANICO 0s sistemas em que as variagdes de energia interna nao sao tidas em conta, ot scja, que envolvamn, D apenas alteragdes na energia mec&nica, sio designados sistemas mecinicos. Para simplificar o estado do movimento de um sistema mecinico, pode considerarse o estudo do movimento de uma tmica particla onde se encontra toda a stia massa ~ centro de massa, O estudo ddo movimento do sistema reduzido a uma Ginica particula,loclizada nesse ponto, designa-se mo- delo da particule material Forgadereagso do plano Tretia de le de massa Forcagravtica Representagio de forcas no centro de massa de um cubo. (© modelo da particula material sé vilido para sistemas mecinicos (as variagdes de energia interna so despreziveis, pois uma sé particula ndo tem energia interna) constituidos por sélidos indefor- ‘miveis (mantendo as particulas as suas posigées relativas) em movimento de translacio (todos os pontos do sistema se mover com a mesma velocidadc}, ‘ener sun conseo ERR Le DIDA DA ENERGIA TRANSFERIDA POR AC Pale O trabalho (1H) é a energia transferida pelo ou para o sistema através da atu de uma forga sobre ‘omesmo, sendo a sua unidade coincidente com a da energia, ou seja,o joule () Quando a energia é transferida para o sistema, o trabalho é positive, quando a energia é transferida do sistema, o trabalho é negativo, © trabalho realizado por uma forga é uma grandeza escalar e esti relacionado com a intensidade da forca aplicada (F), com o valor absoluto do deslocamento efetuado (Ar) e com o ngulo existente en- tre a direcao da forca e a direcio do deslocamento (1). W,=Farcosa Para se poder considerar que uma forga realiza trabalho tem que haver deslocamento do sistema ‘como consequéncia da sua aplicacto e tem de existir uma componente, dessa forca, na direcio do destocamento. O trabalho realizado é maximo quando a forca tema direcao do deslocamento e nulo ‘quando a forga atua perpendicularmente ao deslocamento, 1agdes em que as Forgas niio realizam trabalho: , il + No movimento do automével na horizontal, nem Seo automével est parado, a forga aplicada pela ‘peso nem a normal realizam trabalho, pois S30 __ pessoa nfo realiza trabalho, pois no hé desloca- perpendiculaes ao deslocamento, mento, Trabalho realizado por uma forca constante em movimentos retiliness. > 11. Forga constante que atua ma dire e no sentido do deslocamento do objeto. A forgarealiza um trabalho = 0" @ cos(0*) = 1 posiivo, o sistema recebe ‘enetgia ~ trabalho potente © maximo 7 T 2. Foxga constante que atua na diego de deslocamento do objeto, mas ne forca eliza um trabalho sentido oposto. negativo, o sistema cede (= 180° ¢cos(180") energia ~ trabalho resistente © W,=-Far 3." Forga constante que atua perpendicularmente ao deslocamento. (sistema nfo recebe nem cede = 90° ¢ cos(90") =0 enezgia ~ trabalho nulo, 4." orga constante que atua segundo um angulo em rela a dtesav do Se O* << 90%, a foxga realiza deslocamento. ‘um trabalho postive eo sistema recebe energia trabalho potente. Se 90° 0 => AE >0=9 Ejay > jus (0 médulo da velocidade aumenta} < Enya (0 modulo da velocidade diminuiy 0 => Ejua= Bassa (0 MOdulo da velocidade + Seo sistema cede energia: W; <0 => AE<0 => + Se a energia do sistema nao varia: W, =0 => AE mantém-se constante}, © facto de o trabalho da forca resultante ser nulo nao implica que as forgas aplicadas nao realizem. trabalho, mas sim que os seus trabalhos se anulam. Rem ec ne ae On kes say Forgas cujo trabalho realizado para mover uma particula Forgas eujo trabalho realizado numa trajtora fechada centre duas posigbes 6 independente da tajetirla do & no mul. ‘movimento e nlo se essa trajetéra for fechada, Beomplos: Beomplas: orga gravitica Resistinca do ar Forga elstica Fora de atito Trabalho realizado pelo peso DP ‘Quando um corpo € largado no ar, junto & superficie terrestre, cai em dires2o ao solo. Isto acontece porque a Terra exerce, sobre todos os corpos que possuem massa, uma forca de atrac3o a distfncia designada por forsa gravitica A intensidade da fora gravitica, vulgarmente designada por peso do corpo, pode ser determinada, pela expressdo: (0 trabalho realizado pelo peso é: Negativo na subida (resistente) Pos horizontal eo " r a”) jo—-—_ 2 Bola subir ma erie Boia dasar ma vrtcal ‘Bola a delctr-enaherzotal raf av enti) WW, facade) Wraf arewso") We=-mgh women w=0 © trabalho realizado pelo peso é: Premens Bola a descer mum plano inctinado Bola a descer mum degran Far cos W, =, (na horizontal) + W, (na vertical) 4 F, Ar cos) =mgh © peso é uma forga conservativa, pois apresenta um trabalho independente da trajetdria e nulo rum percurso fechado. 0 trabalho realizado pelo peso pode ser determinado pela expressio: —mgah Energia potencial gravitica A imteragio entre corpos origina una forma basica de energia, a energia potencial, Quando essa inte ragio se d4 por agao da forga gravitica, a energia associada corresponde a energia potencial gravitica A energia potencial gravitica de um sistema corpo-Terra é diretamente proporcional a altura, medida ‘em relagio a um nfvel de referéncia, podendo determinar-se pela expressio: ‘A energia potencial gravitica nfo é uma grandeza absolula, pois o seu valor depende do nivel de re- feréncia escolhido, que vai determinar o valor da altura h, Trabalho realizado pelo peso e a variacdo da energia potencial gravitica 0 trabalho realizado pelo peso é simétrico da variagao da energia potencial gravitica: Esta relagao verifica-se qualquer que seja o tipo de movimento ou trajetéria de um corpo: +o trabalho realizado pelo peso de um corpo numa s cenergia potencial gravitica do sistema corpo-Terra: ibida é negativo e traduz-se num aumento da Movimento ascendente— i> I —* 8, aumenta—> AE, >0—+ W; <0 +o trabalho realizado pelo peso de um corpo numa descida é positive e traduz-se numa diminuigao da enexgia potencial gravitica do sistema corpo-Terva a a en eer) remureaacousogie Sendo o peso uma forca conservativa, ¢ uma vez. que o trabalho realizado por qualquer forga conser- vativa sobre uma particula depende apenas das posigdes inicial e final da particula, € possivel gene- ralizar que o trabalho das forcas conservativas que atuam num sistema é simétrico da variagio da cenergia potencial gravitica: =-Ay Pee CON one UiCeN ‘Num sistema em que atuam apenas forgas conservativas ou em sistemas em que, para além das forcas conservativas, atuam forcas ndo conservativas que nao realizam trabalho, o trabalho das forgas, conservativas ser dado pelo trabalho realizado pela resultante das forgas que atuam no sistema que, segundo o Teorema da Energia Cinética, corresponders 4 variagio da sua energia cinética trabalho realizado pelas forgas conservativas no sistema corresponde ao siméirico da variagao da sua energia potencial graviti Entio: =~ Aly, > AE, + ME, AF,=0 F,,= constante (nto hi dissipagao de energia) Db Bs = Eng Quando num sistenta mecinico atuam apenas forgas conservativas ou se também atuaremn Forgas, rio conservativas que nao realizem trabalho, ha conservagao da energia mecinica do sistema, oco rendo apenas a transformagao de energia potencial gravitica em energia cinética ¢ vice-versa, + Uma crianga num baloigo, consideranclo desprezveis as forcas nao conservatvas: ~ durante a descidaa velocidade aumenta, pois a energia potencial esté a transformarse em energia cinética; durante a subida a velocidade dimminui, pois a energia cindtica transforma-se em energia potencial, atin- gindo a crianga a mesma altura com que foi langada. yedmst + Ao largar um péndulo,inicialmente em repouso, de uma altura —2 medida que cai, a energia potencial gravitica 6 convertida em ‘energia cinética ea velocidade auments; = quando 0 péndulo sobe, a velocidade dimimui & medida que a ab tura aumenta ea energia cinétca converte-se em energia potencial gravitica, = havendo conservacio da energia mecinica, a altura atingida pelo péndulo sera igual & altura de onde fot largado, Com base na conservagio da energia mecinica, considerando-se que o peso, que é uma forca conservativa, a Gnica forga a realizar trabalho, pode-se determinar a velocidade com que o péndulo passa na parte infe- rior da sua trajetéria, Fe Bay PEE, p+ By 2 04 mgh, ee a PERU OD one nitey Sabe-se, pelo Teorema da Bnergia Cinética, que o trabalho da resultante das forcas que atuam nur, sistema corresponde & variagao da sua energia cinétia. Wz=-AE, Por outro lado, se atuarem forcas conservativas e forcas no conservativas, 0 trabalho total serd a soma dos trabalhos destes dois tipos de forcas. +; Além disso, o trabalho realizado pelas forgas conservativas corresponde & variagio da sua energia potencial gravitica Cruzando estas informagoes, obtém-se: AE gt Wy O trabalho efetuado pelas forgas no conservativas sobre um sistema é igual a variago da sua ener gia mecanica Entio: sseW, __ >0=> Acnergia mecinica aumenta. sseW, => Acnergia mecinica mantém-se constant. sseW, <0 Aenergia mecinica diminu trabalho de forgas nao conservativas, como a resisténcia do ar efou a forca de atrto, 6 sempre ne- gativo, pois tratase de forgas com sentido contrério ao do movimento. Nestes casos, a energia meci- nica diminui e, por isso, estas forcas dizem-se dissipativas, pois provocam a dissipacao de energia no sistema onde atuam. ‘Nessa circunstancias, a energia dissipada é simétrica do valor do trabalho realizado por essas forsas: ., — Exiga Quando una criangadesce num escorepa wef que a engi cinta com queatinge abs do sco regu io correspond ener potencal com qe inicio o movimento Iso acme pore exis iss ae ee ace ae eee eee eed Ao escorrega em estado do contact corn oconpo da cian durant a desc, No entanto, também existe forgas nao conservativas cujo efeito é aumentar a energia mecinica do sistema A forga muscular é uma forga no conservativa. Quando uma mala que estava parada ¢ arrastada por agio de uma forga muscular, esta faz aumentar a energia cinética da mala. Pees ena Seta UL Poténcia b O trabalho indica a quantidade de energia transferida entre sistemas, no entanto, nada revela acerca da rapidez com que essa transferéncia se processa. ‘A poténcia (P) é a grandeza fisica que relaciona a energia transferida com o intervalo de tempo da transferéncis, ou sta, coresponde 3 energia transfeida por unidade de tempo, sendo a unidade no Sto wat (W) Po Sendo o trabalho uma medida da energia transferida de ou para um sistema, quando esta transfe réncia ocorre no intervalo de tempo, Af, a poténcia média, P, pode ser definida como: ? Ble Rendimento Para se saber a eficiéncia de uma transformagio ou transferéncia de energia, recorre-se ao conceito de rendimento (7), que corresponde & raziio entre a energiatitil e a energia mecinica disponivel. A razio entre a poténcia ite a poténcia total também corresponde ao rendimento, Bay mi” 2 n= = Quanto maior for 0 rendimento de um sistema maior 6a quantidade de energia ttl que ele produz e, consequentemente, menor a energia dissipada — processo mais eficient. + Oxendimento pode tomar valores entre 0 (0%) e 1 (100%). + E uma grandeza adimensional, pois €o quociente entre duas grandezas com a mesma unidade + Num sistema mecanico teal, teremos sempre n < 100%, o que significa que ¢ impossivel a conver: 30 integral de energia cinética em energia potencial gravitica, ou vice-versa, pois hé sempre ener: gia dissipada devido a agdo de forgas dissipativas, como o atrit. Pere sy] VERGIA E MOVIMENTOS ENERGIA E FENOMENOS ELETRICOS ERGIA, FEN E RADIACAO el Um 6 um conjunto de elementos elétricos ligados entre si. Para facilitar a representago dos circuitos e tornar os esquemas mais universais, usam-se simbolos elétricos que representam os diferentes elementos. Soro Hemento | simbolo Hemento | simbolo | Hlemento mn teem Batt ANE nents = Bateria ov Resisténcia © CSL r se —aleff}— rotor Sq. smite ® er (eee iodo enissor _f abeto (2) Limyada voltinetro ag) Oe shea) Se © et — Circuito eletrico de uma tantema: montagem € 4h iagrama esquemstico. O conceito de carga elétrica é fundamental para explicar todos os fenémenos elétricos. A carga (Q) é ‘uma propriedade das particulas que compdem a matéria, O valor da carga elétrica ¢ medido no SL ‘em coulomb (0). Materiais onde é possivel estabelecer com facilidade um movimento de cargas, sao considerados bons condutores elétricos. (Os metais sto materiais que apresentam um gO movimento de cargas elétricas também se grande niimero de eletrées livres (eletroes da | pode efetuar em solugdes liquidas e gasosas. camada de valéncia que se libertam facilmente a agio do niicleo atémico, podendo destocar -se livremente no material). Sao exemplo de bons condutores elétrico. Representacio de eletres livres em movimento num | Representacio de ies positives e negatives em io metalic. ‘movimento numa solugio aquosa. Quando um condutor metilico for ligado as extremidades de uma pilha, como esta apresenta um. polo negativo numa extremidade e um polo positivo na outta, os eletrdes livres do metal ficam sujei- tos a uma forca atrativa em relacio ao polo positivo da pilha e a uma forca repulsiva em relagio a0 polo negativo. Nesta situacio, as cargas so forgadas a adquirir movimento ¢ criase um fluxo de cargas negativas no sentido do polo positive, Acorrente elétrica (1) 60 movimento ordenado de cargas, correspondendo a sua intensidade &.quan- tidade de carga que atravessa a seccio transversal de um condutor por unidade de tempo e tern como Uunidade no SI o ampere (A). Representac de fx de cargas num condutormetilco: movimento ordenado deeletries tives (A); fuxo de ‘argaselétricas que atravessa asec transversal (8). Blo ‘Ainda antes da descoberta do eletrao, a comunidade cientifica convencionou que as cargas num cir- cuito se moviam para o polo negativo. Ficou assim estabelecido que o sentido convencional para a corrente elétrica é do polo positivo para o polo negativo, ainda que, num condutor metilico ligado a ‘uma pilha, a corrente elétrica seja, na realidade, estabelecida pelo fluxo de eletrées do polo negative para o polo positivo, Diferenca de potencial elétrico Cb A diferenca de potencial elétrico ou tensio elétrica (U) corresponde ao trabalho realizado pela forga clétrica para deslocar uma carga unitria entre dois pontos, ou seja, a energia transferida por uni- dade de carga no deslocamento da carga, e tem como unidade no SI 0 volt (¥). u-M Quando a corrente elétrica num condutor é efétuada sempre no mesmo sentido diz-se que é uma corrente continua (CC ou DC}. PM ACU OAC a LN LN un ua a ° Te 8 Tis Esbogas dos grafics de U = f(t) e 1= ft) para uma corente continua (CC ou DC) produzida por uma pitha, ‘Uma corrente elétrica cujo sentido softe inversio ao longo do tempo € designada por corrente alter- nada (AC). uN ua oO cece ol d ts us SISTIVIDADE Materiais onde é possivel estabelecer uma corrente de eletrdes com facilidade s40 considerados bons, condutores elétricos. Os materiais que tém uma condutividade elétrica rauito baixa designam-se aus condutores elétricos e, no caso em que a condutividade elétrica é desprezavel, isolantes elé trico. Entre os dois comportamentos extremos existem materiais com uma condutividade intermé. dia que se designam semicondutores. Fio de cobre usado come condutor elétricn (A), placa semicondutora de sitio (6) e porcelanaisoladoraeltricana firagio de cobos de ata tens (C). Resisténcia elétrica =D A resistdncia elétrica (R) cortesponde a oposicdo que um material oferece & passagem de corrente ‘elétrica e tem como unidade no SI 0 ohm (2). Existem componentes especificamente projetados para oferecer um determinado valor da resistén- ia elétrica, Podem ser utilizados em circuitos para limitar a corrente elétrca, variara tensa elétrica «em certos casos, ransferir energia sob a forma de calor. Alei de Ohm slabelece que, para uma dada temperatura, a tensao elétrica entre os terminais de ‘uma resistencia é diretamente proporcional & corrente elétrica que a atravessa U=RI Um ohm é definido como a resisténeia elétrica de um material que, quando percorrido por uma corrente elétrica de intensidade um ampere, apresenta aos seus terminais uma diferenga de poten- al elétrico de um volt. Nem todas as resisténcias obedecem a lei de Ohm: Uma resistencia que obedece 2 lei de Ohm é, norml- mente, designada resistencia Uinear, Estas apresentam uma resistencia constante e, portanto, a sua curva (i) uma ina reta que carateristica num grafico passa pela origem, em que o declive comesponde & resistencia, uw Coes 17 Resistividade Uma resisténela ado Uinear cord aqusla que mio obe- dece @ lei de Ohm. Nestes elementos, a sua resistencia varia com a eomrente elétrica, como no exemplo apre- sentado na seguinte curva caracteristica. 1 TTR A resistividade (p) depende da natureza e da temperatura do materia e traduz a dificuldade com que os eletrdes se deslocam através desse material, sendo a sua unidade no SI 0 ohm metro (0m). 1,64 x 10 Germinio Siido Papel Mica Viaro Teflon aye x10" 28x10" 2.45 «10 5,65 x10" 4x 10° 47ae 64x 10° 10° 5x10" 10° 3x10" Condutoe Condutar Condutae Condutor Condutae Semicondutor Semicondutor Semieondutor Ikolador Isolador Ieolador Iwolador A resistividade de condutores ¢ inferior a apresentada pelos semicondutores que, por sua vez, 6 infe- rior A dos maus condutores ¢ isoladores. 270 A resistencia elétrica de um condutor fiiforme depende da resistividade, caracteristica do material ‘que o constitu, ¢ da sua geometria (comprimento e area da secgio reta). D> tim, Resistadade= p(n) Sum foea = a(n) Da expresso anterior verifica-se que a resisténcia elétrica é diretamente proporcional 8 resistividade ‘€a0 comprimento do material, mas é inversamente proporcional a érea da sua secgao transversal 7} ‘A resistvidade do tungsténio, a temperatura de 20°C, 65,6510 Om, o que significa que um fio detungs \énio com 1 m de comprimento ¢ 1m de rea de seccao reta apresenta uma resistencia de 5,65 x 10° Q. Variagdo da resistividade com a temperatura A temperatura a que se encontra um condutor tem implicacao no valor da resistividade que este apresenta. De um modo geral, a resistividade e, portanto, a resisténcia elétrica dos metais aumenta ‘com o aumento da temperatura. cobre| —_algminio, pf1o%am ‘Grafica da resistvidade de virios metals em funcio da temperatura. Sabendo o modo como a resistividade de um condutor metélico varia em funcao da temperatura é possivel construir um termémetro calibrando os valores da temperatura em fungio da resisténcia apresentada pelo sensor utilizado, uma vez que esta grandeza pode resultar de uma medigao direta ‘e diretamente proporcional a resistvidade Dois tipos de dispositivos muito utilizados nas medigdes de temperatura s2o os termistores € os RTD (acrénimo do inglés Resistive Temperature Device. Pee Rtg Poténcia elétrica ‘A grandeza que mede a energia elétrica transferida por unidade de tempo é a poténcia elétrica (P) ‘que corresponde também ao produto da tensao elétrica nos terminais de um elemento pela corrente clétrica que o atravessa. A unidade no SI é 0 watt (W). Para condutores éhmicos, em que se pode aplicar a Lei de Ohm, a poténcia também pode ser dada por P=RPou P= R Energia dissipada por efeito Joule > ‘A passagem de corrente elétrica 20 longo de um condutor metélico propicia a existéncia de choques centre os eletrdes livres ¢ 0s ides do condutor que, além de condicionar a corrente elétrica, conduz.20 aumento da temperatura do condutor provocando uma dissipago de energia para o meio envol- vente a0 condutor. Ocfeito Joule corresponde ao efeito térmico provocado pela passagem de corrente elétrica através de um condutor elétrico, Se a poténcia corresponde a energia transferida por unidade de tempo, a poténcia elétrica de um ‘condutor sujeito 20 efeito Joule corresponderd & poténcia que este dissipa quando é atravessado pela cortente elétrica. aspen = UT A energia dissipada como calor por tim condittor no intervalo de tempo em que é atravessado pela correnie elétrica, pode ser determinada pela expresso: Facsigsas = U EAL Para condutores éhmicos, em que se pode aplicar a Lei de Ohm, a energia dissipada também pode ser expressa por: Exeinas= RP AL Existe um limite para a quantidade de calor que um condutor consegue transferir sem softer danos resultantes do calor gerado. Quando este limite ¢ ultrapassado, torna-se excessivamente quente e pode alterar o valor da sua resisténcia ou danificar-se. Dependendo da func0 do componente elé ‘rico, oefeito Joule tanto pode ser benéfico como prejudicial. £ benéfico, quando se trata, por exem- plo, de uma resistencia de aquecimento. Num sistema de iluinac2o, pelo contrario, interessa mini- mizar a energia transferida como calor. No que respeita aos sistemas de iuminagao, a tecnologia que utiliza diodos emissores de luz (LED — acrénimo do inglés Light Emitting Diode), correspondeu a um aumento importante da eficiéncia energetica Circuito elétrico danifcado por aquecimento excessive (A); conjunto de dissipacao térmica do processador de um ‘computador (cooler) (B) eresisténcia eltrica de um aquecedor ao rubro (C). Num circuito elétrico 6 0 gerador elétrico o elemento responsivel pela aplicagdo de urna diferenga de potencial elétrico capaz de criar corrente elétrica no circuito. Para se obter uma corrente continua constante num circuito a diferenga de potencial elétrico apli cada ao citcuito devera ser constant. As baterias sio exemplos de geradores de corrente continua num cireuito. Forca eletromotriz ‘Mesmo que o gerador de corrente continua nfo esteja associado a nenkum circuit elétrico, ele apre- senta uma diferenca de potencial elétrico entre os seus terminais, Essa tensto elétrica, medida em Grcuito aberto, édesignada por forgaeletromotez (e) do gerador. Esta grandeza tem como unidade no Slo volt (V). Um gerador em que se verifica que a diferenca de potencial elétrico nos seus terminais € indepen- dente da corrente elétrica que percorre o circuito a que est ligado designs-se gerador elétrico ideal. uw TR Gréfico da tensio elétrica em funcio da corrente elétrica para um gerador ideal. Resisténcia interna ‘Se o gerador considerado for uma pilha e se esta estiver ligada a um circuito fechado, verifica-se que a tensio elétrica nos seus terminais ¢ inferior & sua forga eletromottiz. Isto deve-se ao facto de, na pratica, a pilha nao ser um gerador ideal ¢ apresentar uma resisténcia interna (R) que provoca dissi- pacao de energia, Os geradores elétricos reais apresentam sempre resisténcia interna, ainda que por vezes esta seja :uito pequena e possa ser desprezada Nas figuras seguintes apresenta-se um gerador que corresponde a tama pilha com resistencia interna R; ‘A diferenca de potencalelétrico entre os pontos Ae B A diferenca de potencial elétrico entre os pontos A e B corresponde & tensio elétrica nos terminais da pilka, correspond & diferenca entre a sua forcaeletromottiz ou sea, aforga eletomotiz da pith, a tensdo elétrica devorrente da sua resistencia interna Usa = Upina= ris U=e-R1 soveatesuaconsengto Curva caracteristica de um gerador Num gerador real, para valores de correntes elé- tricas muito baixas, a tensio elétrica depende da corrente fornecida de um modo linear. Nestas condigoes 0 grifico corresponde a uma reta que se traduz pela expresso: U=e~ R Ie designa- -se curva caracteristica de um gerador. Na curva caracteristica de um gerador, o médulo do declive da curva e a ordenada na origem cor- respondem, respetivamente, a resisténci tena e 3 forga eletromotriz do gerador. un variagao aproximadamente : Tinea Declve = A io inear 4 TTR Grifico da tensio elétrica em fungio da corente elétrica para um gerador real. A forca eletromotriz e a resisténcia interna sio duas caracteristicas de um gerador eet ett EUR) (© modo como os elementos que constituem um circuito elétrico esti ligados entre si é um fator importante e a ter em conta quando se estudam estes circuitos. eementoselétrios igados entze side modo a constitu rem apenas um caminho para a passagem da corrente letzica, g fic ho Diagrama esquematico de uma associagio ‘om série de ressténcias. ‘A-conente elétrica é a mesma em qualquer ponte: ly A tensio elética nos terminais da associagio¢ iqual 4 soma das difereneas de potencial elétrico nos terminais de cada elemento: Upp Us + Usc+ Uco Se toda a instalago elétrica de urna hab Eeementos elétricosligados entre si de tal modo que se constituem varios caminhos para a passagem da cor rente elttca Diagrama esquematico de uma associagio ‘em paralelo de resstncias. ‘A comente elétrica no circuito principal é igual soma das correnteseletricas das varias derivacbes existent: I=h+h+h A tensao elétrica nos terminals da associagao & igual & Aiferenga de potencial eltrico nos terminals de cada Aesivagio existente: Upp Une= Uir= Uca= U so forse ligada em série, a corrente elétrica seria igual em qualquer ponto da habitacio, No entanto, a existéncia de um tnico caminho de passagem da corrente elrica faz com. «que urna faa num qualquer ponto do circuito da habitagio inviabilize a passagem de corrente elétrca em todo Co circuito. Além disto, a tensio elétrica necessiria ao furcionamento do circuit teria ce correspond a soma clas tensbes elétricas de todos os elementos eétricos do circuit. Portant, seria necessério apicar uma tens clétrica clevada a0 cireuto da habitagoe varé-a a ligar ou desligar um componente. Estes fatoresjustficam © facto de as habitagges apresentarem instalacées elétricas subdivididas em diversos ramos paralels. Acorrente elétrica é medida com amperimetros {A tensio elétrica 6 medida com voltimetros ins ‘que sao instalados em sér talados em paralelo. SCOUT oe re aout tan} A abordagem do conceito de resisténcia elétrica edo efeito Joule leva a pensar em dissipagao de ener gia, No entanto, nas transferéncias e transformagoes de energias envolvidas nos circuitos elétricos existe conservacio de energia. Re Diagrama esquematico de um reuit elétrico com elementos ‘puramente resists. L__, Considere um circuito formado por uma pitha, um interrutor e duas resistencias. Desprezando feito da queda de tensdo no interruptor € nos fios de ligacdo, serao as resistencias que funciona, ‘como recetores da energia fornecida pela pilha, Nesta situacdo, uma vez que a associagio € ern série: ies yim = Us, + Un, Multiplicando todos os membros da expresso por Ie, depois, por At, obtém-se as expressdes para a relagdo de poténcia e de energia no circuito elétrico: Ua pans F= Up, 1 Un, E> Pa Pinup AE Pp At+ Py, At > Fs na = Ee, + Bey + Pay Pode enti dizerse que existe conservacio da energia, pois a energia fornecida pela pilha é igual 2 soma da energia recebida pelas resistencias. Ein cada resistencia: F,= Ry PAL Sendo a pitha um gerador nao ideal, a tens4o itil fonecida 20 circuito 6 inferior & sua forga cletro- rmotrz: Us pina™ Eine ~ Us te Pelo que a energia ttl transferida da pilha para o citcuito corresponde a: Ey aig LAD= R, PAL Sendo a energia dissipada dada pela express30: Euauaa™ U; ‘A energia elétrica fornecida ao circuito pelo gerador (e que poders ser uilizada pelos recetores) & igual energia elétrica total gerada subtraida da energia dissipada na resistencia interna, RGIA E MOVIMENTOS E FENOMENOS ELETRICOS ENERGIA, FENOMENOS TERMICOS E RADIAGAO ' Quando se fala em transferéncias de energia, esti a considerar-se um a — um corpo, uma regito ou um conjunto de particulas. Tudo 0 que existe em volta do sistema, que nao faga parte dest, é considerado O limite real ou virtual que separa o sistema da vizinhanga [ €denominado Assim, para estudar qualquer sistema é possi- vel definir uma energia desprezando a maior parte do Universo, Representagio de sistema, Os sistemas podem ser considerados Bonidia.e vinekants: ema aberto ‘sgolade Ae = ermitetoea de matériae de Permite toca de enesga mas nio No permite roca de energia nem enegia com a vizinhan, de matéia com a vizinhanga de matéria com a vzinhanca Em virtude da possivel transferéncia de energia com o exterior, a de um sistema pode aumentar, seo sistema receber energia, ou diminnir, seo sistema ceder energia ao exterior. 2 ran, ens Tames OULD O que & um sistema termodinamico? ‘Um sistema termodinamico é um sistema em que se tem em conta a energia interna pois a sua va- riacio é apreciavel. Esta variaglo provocada por transferéncias de energia resulta, geralmente, numa variagao de temperatura, Equilibrio térmico Db Quando dois corpos a ternperaturas diferentes so colocados em contacto hd transferéncia de ener gia do corpo temperatura superior para 0 corpo a temperatura inferior até atingirem uma situagao de equilibrio térmico, que corresponde a igualdade de temperaturas. A igualdade de temperatura €a Aanica exigéncia para 0 equilibrio térmico Corpos a diferentes temperaturas © com contacto tracam energia até atingiem uma: ‘que corresponde & igualdade de temperaturas entre si. A temperatura ¢ uma propriedade que determina se um sistema est ou nao em equilibrio térmico ‘com outros. O aumento da temperatura do sis tema implica, em geral, um aumento da energia Maior agtardo das particulas —> Maior energia cinética média intema das particulas Escalas de temperatura ‘A maneira mais fiével de medir a temperatura de um sistema ¢ recorrendo a escalas termomeétricas. Estas s20 construidas partindo do pressuposto que algumas das propriedades fisicas de um corpo sofrem alteracées quando sto sujeitas a aquecimento ou arrefecimento, nomeadamente, por expan- sbes € compressbes. Assim, sabe-se que existe uma variagao da temperatura do corpo quando uma des sofrealteracZo, sendo possivel estabelecer uma escala de temperatura. propriedades Sao as situagbes de equilibrio térmico que permitem estabelecer escalas de temperatura, ‘Acescala mais usada internacionalmente éa escala em grau Celsius (C), assim denominada em ho- rmenagem a0 astrénomo Anders Celsius que foi o primeiro a propé-la ern 1742. A temperatura pode ser medida em grau Celsius (°C) ou em kelvin (K), sendo a primeira a mais, ‘usada no dia a dia ea ultima a unidade no SI. Para converter a temperatura em grau Celsius (i) para 1 temperatura em kelvin (7) pode-se usar: T/K=0/°C+ 273,15 A escala de temperatura em kelvin é a escala de temperatura absoluta, correspondendo 0 zero da cescala 8 temperatura mais baixa que se pode atingir em teoria ~ 0 chamado zero absoluto e que cor- responde a - 273,15 °C. Apesar da temperatura ser diferente em grau Celsius e kelvin, uma variagio de temperatura de 1 °C € exatamente igual a uma variago de temperatura de 1K. sec csi cose aL aa ORCL Rey é transf Quando, por exemplo, se mergulha um cilindro de cobre quente em agua fria, ida energia do sistema a temperatura mais elevada (cilindro de cobre) para o de menor temperatura (gua) até se atingir 0 equilibrio térmico, Nestes casos ¢ transferida energia como calor. O calor é a energia transferida entre sistemas vizinhos que se encontram a diferentes termperaturas, sendo a unidade no SI o joule ()). + 0 calor flui sempre de uma regiao a temperatura mais elevada para outra a menor temperatura. + A quantidade de calor recebida por um dos corpos é simétrica da quantidade de calor cedida pelo outro seo conjunto for um sistema isolado. + Por convencao, 0 calor € negativo se transferido do sistema para oexteriore & positivo se étrans- ferido do exterior para o sistema As experiéncias de Thompson e de Joule contribuiram para 0 reconhecimento do calor como ener gia, além de estabelecerem a relagio entte calor e trabalho. ‘Thompson fol quem primelro estabeleoru uma relaplo ete calor e trabalho. Ao supervisionaro furcionamento de canhies, vecificou que a rsca perfuradora faa aque- cnr consideravelmente a imalha de feo e que era neces- sirio una grande quantidade de igua para arefecer 0 canho. Este facto velo demonstrar que era possvel aque= cet agua através da fricgo resultante do movimento, nio endo necessiio o contacto com uma chara ou com ur. corpo com maior temperatura como era suposto. Assim, constatou-se que ¢possvel aumentar a energia interna da ‘agua, que transferindo enegia sob a forma de calor quer sob a forma de trabalho, sugerindo a existéncia de uma ‘elago entre trabalho e cal. > A experiéncia de Joule, esquematizada na figura, per- ritiu demonstrar que em alguns casos, o trabalho de orga externas zevulta numa vaslacio de temperatura, tal como quando se transfere energia para o sistema sob 2 forma de calor. ‘Aravés da experinciaconstatou que a qua ia aquecendo 4 medida que as pés iam rodando. Medidndo o trabalho realizado sobre a gua ea temperatura final, determinou a ‘eneisia 0b a forma de trabalho, que fi necesséio forne- cer a gua para que tudo se pasasse como se a éoua ‘vest sido aquecida num fogto, Encontrou, assim, arela- ‘go enze a caloria eo joule: 1 cal = 4,285 9 b (© modo como ocorre a transferéncia de energia sob a forma de calor nao ¢ igual em todos os siste- 1mas. £ habitual identficarse tes tipos de proces cconvecciio e radiacho. 1s de transferéncia de energia por calor: condug3o, © processo de transferéncia de energia por radiactio pode fazer-se sem haver contacto entre os siste- mas, un contacto entre sistemas. vez que ocorre por emissao e absorgio de radiagao eletromagnétic em regides com total auséncia de matéria (no vazio), enquanto a condu que pode propagarse a convecsio exigem sao, rennos Tics RDG fp Emissio e absorgio de radiagio Um compo, desde que esteja a uma temperatura superior a0 zero absoluto (0 K), emite energia na forma de radiacao — energia transferida por ondas eletromagnsticas. ‘Todos os corpos emitem radiacio e, a temperatura ambiente, emitem predominantemente no infra- vermetho. Isto permite detetar a presenca de pessoas em locais inéspitos e nao iluminados, utili- zando cAmaras termogréficas (miquinas sensiveis & radiacio infravermelha), 0 que pode revelar-se ‘muito itil em buscas por alguém que tenha desaparecido numa montanha, numa floresta ou como sistema de detecao de intrusos em habitagoes elojas. Para comparar a energia emitida por dois corpos distintos deve ser considerada a poténcia da radia~ do emitida, designada poténcia irradiada pelo corpo. E ru A radiacZo emitida por um corpo distribui-se pelo espaco, designando-se por irradiincia (E) a ener- gia da radiagio emitida por unidade de tempo e unidade de area. Esta grandeza tem como unidade no SI 0 watt por metro quadrado (W m”). tida através do corpo. Quando a radiagio incide na superficie de um corpo, pode ser absorvida, refletida ou transmi- ee Bee) facasso. Ersisane = Eteits + Ennis + Extoride [absorvida | A radiagao visivel que ¢ refletida pelo corpo ¢ responsdvel pela cor dos objetos. Quando a luz branca, resultante da combinagzo de todas as radiagoes da zona do visivel, incide sobre um corpo, este ab- sorve parte dessas radiages, chegando apenas aos olhos do observador as outras cores, as que foram refletidas pelo corpo. Assim: ‘Um objeto preto, absorve toda a radiacdo visivel que Um objeto que seja branco seemite toda a raiagio ince sobre ele. Como nenhuma radiagdo vsivel € _vsivel que incide sobre ele e ndo absorve nenlnuma. refletida pelo objeto, este apresenta-e preto. a |OCUT! © 0s corpos pretosregistam temperaturas mais elevadas que os corpos brancs, quando exposts, durante um. cotta intervalo de tempo, a radiagio vsivel * De um modo gera, os corpos opacos eescuros sio bons absorsores da radiarSo visivel, enquanto os corpos clatos e polidos so maus absorsomes. eeranesseonsenieio A radiagio solar na produgio da energia elétrica — painel fotovottaico Desde o final do século XIX que se conhece a propricdade de certos materiais (materiais semicondu: totes, como o selénio € o silicic), de produzirem uma diferenca de potencial elétrico nas suas extre midades quando a radiacio incide sobre eles. Esta propriedade é atualmente aproveitada para con- vertera energia da luz solar em energia elétrica em sistemas designados painéis solares fotovoltaicos, {ues conttids por eas oorlakas De forma a maximizar o rendimento de um sistema fotovoltaico € necessario dimensionar a érea atendendo a irradiancia solar média no local da instalagao, ao ntimero médio de horas de luz solar por dia e & poténcia a debitar. oe a Camads pS See Estrutura efungSo de uma célula fotovltaica, Perec 26 Para além da transferéncia de energia sob a forma de calor por radiagao, nos sélidos ¢ ainda possivel, transferir energia sob a forma de calor por condugao; nos fluidos pode exist condugao e convecsa0, sendo o segundo mais eficaz Em ‘Mecanismo de transferénca de enerala como calor que ‘cone devo & transferéncia de energia das particulas ‘mais agitadas (a maior temperatura) para as mais lentas (a menor temperatura). ‘As particolas mais aitadas propagam a agitaco is particlas vizinas havendo assim transeréncia de ‘nerga sem transporte de matéria, se PAE ‘muito agitadas agitadas pouco agitadas Mecanismo de transferincia de energia como calor que ‘corte em Fidos (Viquides e gases), acompanhado de ‘movimentos do proprio fluide que sto designados correntes de conveesio. ‘A porgio de fuido que se encontra a uma temperatura ‘mais elevada torna-se menos densa esobe, criando ‘uma conrente “quent” ascendante. Enquante sobe, essa porgdo de fluido arrefece tomando-se mais densa, até que inverte o sentido do movimento originando ‘ura conente "fia" descendente, A comente “quente” ascendente ¢ a corrente “fia” descendente ocorrem. simultaneementee repeter-se, 20 longo do tempo, originando correntes de convecsio, permitindo ‘tansferéncias de energia ¢ 0 aquecimento ou arrefecimento de todo «fiido. a b Conducao ~ Condusio de calor entre a resistencia de um jarro clétrico ¢ a gua (A) ¢ a0 longo de uma colher zetilica mezgulhada numa sopa quent (B) SATO aT A condutividade térmica (i), que mede a capacidade de uma substincia para condu- zir calor, 6 uma constante que depende do material de que & feito 0 corpo sendo, por tanto, uma propriedade do mesmo. Rela- ciona-se com a taxa temporal de transferén- cia de energia como calor por condugio, sendo a unidade no SI o watt por metro € kelvin (W mk). ‘Um material que transfere facilmente ener- gia por conducZo é um bom condutor de calor ou condutor térmico e tem um ele- ‘ado valor de condutividade térmica. Um material com condutividade térmica baixa é ‘mau condutor de calor ou isolador térmico. sro rennmios rcs FrAnHgLo ‘A convecsio faz parte de muitos processos natu tis E fundamental no sistema climtico da Terra ce explica também a existencia de brisas mariti- mas (A) e terrestres (B) guns cre Espuma de poliuretano 0.024 ‘Ar (seco) 0,026 Lae vido 0.048 Madeira (pinho) oat Video 19 ‘go nox u Aluminio 235 Cobre 401 Pata 428 ‘A conditividade térmica dos materiais 6 que permite explicar as diferentes sensacoes que temos quando pisamos pisos de diferentes materiais cam os pés descalgos. Quando a pele est era contacto com urn metal 01 com madeira, ainda que ambos se encontrem 2 mesma temperatura, se esta for inferior & temperatura do corpo, o metal parece estar mais fti. Isto acontece porque, como o metal tem maior condutividade tér- mica, é transferida energia continuamente da pele para o metal, Pelo contrivio, a madeira é um material isolador térmico, pelo que a energia transferida dos pés fia localizada na zona de contact, ficando esta ra pidamente a mesmna temperatura De uma maneira geral, nos liquidos, a condutividade térmica 6 inferior a dos sélidos metalicos. Nos gases a condutividade térmica ¢ ainda menor, uma vez. que as particulas dos gases esto ‘muito afastadas umas das outras, comparativamente com as dos liquidos e as dos sélidos. ‘Acnergia a transferir, para uma substincia, sob a forma de calor € diretamente proporcional a varia ‘lo de temperatura que se quer provocar e 8 massa de substancia, sendo a constante de proporciona~ Tidade a capacidade térmica massica, D> E=meaT ‘A capacidade térmica mssica ou calor especifco (c) corresponde & variagdo de energia por unidade de massa ¢ de variagao de temperatura da substincia, sendo medido no ST em joule por quilograma cekelvin (J kg" k"). 0 valorda capacidade térmica missica depende do material que constitui a amos- tra existindo um valor especifico em cada estado fisico que, normalmente, varia com a temperatura. ‘A capacidade térmica missica da agua € 4186 | kg" *C", isso significa que é necessério fornecer (ot temo- ver) 4186 J de energia a cada quilograma de agua para que a sua temperatura sumente (ou dimimua) 1 K O grafico de E= (AT) apresenta uma linha reta que passa na origem,o que ers traduz a proporcionalidade direta entre estas grandezas, sendo o declve igual ame, Para duas amostras com a mestna massa, quanto maior for a capacidade térmica méssica, maior sera o declive. = A Lei ou Principio da Conservacio de Energia estabelece que a quantidade total de energia num sistema isolado permanece constante. Dos sistemas a temperaturas diferentes, isolados em relagi0 ao meio exterior, colocados em con- tacto ente si, trocam energia sob a forma de calor até atingirern o equilibrio térmico, ou sea, até f- ‘carem 4 mesma temperatura. A energia cedida pelo corpo a temperatura superior € igual, em mé= AE,=—AB, Coletor solar 0 Solé, por exceléncia, a fonte de energia da Terra. Um coletor solar pode transformar energia solar ‘em energia térmica para fornecer agua quente (sanitéria, para aquecimento central ou, ainda, para aquecimento de piscinas). De uma forma simples, um coletor plano ¢ constituido por + uma placa absorsora metilica e negra que permite uma boa condugdo térmica e uma absorgio significativa da radiagio solar incidente. + uma placa isoladora que se situa entre a placa absorsora ¢ o fundo da caixa e que impede as perdas de energia sob a forma de calor, do interior do coletor para o exterior, por conducio. «uma serpentina de tubos metilicos para que a energia seja facilmente conduzida para o fiuido de transferéncia térmica. + uma zona de vécuo entre a cobertura e a placa absorsora que reduz. as perdas de energia sob a forma de calor por condugao e por convecgio. cobertura Placa absorvente Crete com id. a ata ioladora = Pca iota ae en 3.7 VARIAGAO DE ENTALPIA DE FUS/ Pa) A situagdo representada na figura seguinte mostra como varia a temperatura em fungio do tempo para uma quantidade de Agua desde que foi retirada do congelador, 3 temperatura de ~ 5 °C, até a ebuligio. rH 1001 ‘A energia a transferir, sob a forma de calor, para que uma amostra mude de estado fisico é direta- ‘mente proporcional a massa de substincia, de acordo com a expresso: E=mAH Avariacio de entalpia (AH) €a constante de proporcionalidade da expressio e indica a energia que 6 necessario fornecer & unidade de massa de uma substincia para mudar de estado fisico, apre- sentando valores caracteristicos para cada substdncia e para cada mudanga de estado fisico, A unidade no SI € 0 joule por quilograma (J kg"). ( valor 3,33 x 10° J kg" para a variagio de entalpia de fusto da Agua significa que é necessirio fornecer 3,332 10° J de energia a cada quilograma de gua no estado sélido (gelo), & temperatura de fusso, para que esta passe ao estado liquido. ea O grifico de E= fm) apresenta uma linha reta que passa na origem, o que traduz a proporcionalidade direta entre estas grandezas, sendo o declive igual a AH. a) Pee Cee aay! MICA Trabalho ¢ calor sdo processos de transferéncia de energia entre o sistema que se esté a considerar € 6 exterior. Se o sistema nao for isolado, essa transferéncia de energia implicard uma variagio da energia interna ou externa. A Primeira Lei da ‘Termodinamica diz que, numa transformacao entre dois estados, a variacao de energia interna de um sistema é igual 8 soma do trabalho realizado sobre o sistema (ou que o sis- tema faz sobre o exterior) com o calor transferido para o mesmo (ou cedido por ele) Mr > AU=W+Q ox lade" de energia que “entra” ou “sai” do sistema, + positivos,o trabalho ¢ o calor fornecidos 20 sistema pelo exterior, + negativos, o trabalho € o calor cedidos pelo sistema ao exterior. Pum ce Me eto ore ‘As maquinas térmicas permitem obter trabalho iit a partir de um fluxo de calor entre duas fontes a temperaturas diferentes, uma fonte “quente” ¢ uma fonte “fia”. © Enunciado de Plank do Postulado de Kelvin, correspondea um dos enunciados da Segunda Lei da Termodinmica que diz que é impossivel construir uma méquina térmica que, operando ciclic mente, converta em trabalho titil todo o calor que recebe de uma fonte “quente". Tem que existir cnergia dissipada para uma fonte “fria”, sistema que recebe calor. ‘Um outro enunciado da Segunda Lei da Termodinfmica afirma que “Os processos que ocorrem es- pontaneamente na natureza levam a uma diminuigao da energia itil do universo”. (motor de combustio interna de um autre & um explode na mquina térmica, Nennuma mi in erica pdersapesenar um rendimenio de 10%. © rendient das melhores maquina micas Sins em gerd inferior a 50° eno caso dos motores de como, spens da oem des 20%, o que tee a eae meee tare ed tebe eerie LABORATORIO DE FISICA o Incerteza de uma medigao Numa medigio direta, por mais rigoroso que seja o instrument utilizado, hi sempre uma incerteza associada & medida. Assim, sempre que se efetua uma medicio direta deve também registarse a incerteza absoluta de leitura dos aparelhos ou instrumentos de medida utilizados. Quando o fabri cante dos instrumentos de medida nao a fornece, deve usar-se o seguinte procedimento: See Semon eee ae A preciso é uma medida da reprodutibilidade de um resultado, isto é, avalia a proximidade de uma série de medigoes de uma mesma grandeza,efetuadas nas mesmas condigbes de medicio, Eafetada pelos erros aleatérios e pode ser estimada pela incerteza, quanto menor for a incerteza maior é 0 grau de precisio. A exatiddo avalia a proximidade entre o resultado da medica ¢ o valor de referéncia, f afetada pelos ‘erros sistematicos e pode ser estimada pelo erro relativo, quanto menor o erro relativo maior a exati- dio de uma medicio. Utilizagao da calculadora grafica Edi io de listas e obtencao da reta que melhor se ajusta a um conjunto de pontos experimentais, ‘ThNspire CX 1, Blaborar uma tabela com os valores pretendidos: + No menu principal, selecionar o icone Jj correspondent a “Adicionar Listas e Folha de Cal- culo” (figura 1) Figura. Figura 2 Figura 3 + Introduzie na tabela os valores experimentais em duas colunas, uma correspondente aos valores das abcissas e a outra a0 valor para as ordenadas + Atibuir designacdes ds colunas (por exempla, “distancia” e “energia”) (figura 2}. 2. Construir um grifico a partir dos valores introduzidos: oe: + Carregar nas teclas [aaa para selecionar a opgi0 "5: Dados e Estatistica”; + Clicar sobre 0s eixos para adicionar as variveis X e ¥ (gua 3) 3. Determinar a equagao da reta que melhor se ajusta ao conjunto de pontos experiments + Premir a tecla ment] e selecionar sequencialmente: “4: Analisar"; “6: Regressdo”; “1: Mostrar year (mx+b)" ou “2: Mostrar linear (a+bx)” (figuras 4 € 5), te oe gos oe Figura 4 Figura 5 Casio fx CG 1, Elaborar uma tabela com os valores pretendidos: + No menu principal premir Statistics; + Em Listt introduzir os valores da varidvel independente (por exemplo, distancia) ¢ em List2 os da varidvel dependente (por exemplo, energia) (figura 6) = Figura 6 2. Construir um grifico a partir dos valores introduzidos: + Premira tecla F1(GRAPHI) e para definir o tipo de grafico premir F6(SET) + A definigdo do tipo de grifico faz-se em “Graph Type": premix F1(Scatter) (Ggura 7): + Premir “EXIT”, e em seguida premir novamente F1(GRAPHI) 3. Determinar a equacto da reta que melhor se ajusta a0 conjunto de pontos experimentais: + Premira tecla FI(CALC}, de seguida F2(X) e, por fim, FA(ax + b) (figura 8); + Para visualizar a reta de regress2o premir F6(DRAW) (figura 9)

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