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MASSA E TAMANHO DOS ATOMOS TABELA PERIODICA © objeto de estudo da Quimica pode variar desde o tomo até ao Universo. Por esse motivo, é conve- niente identificar a da dimensdo do objeto em estudo. A ordem de grandeza corresponde & poténcia de base dez mais préxima de um nximero escrito em notagio cientifca As ordens de grandeza das estruturas da Natureza podem ser tao variadas que, para simplificar, usam-se ftequentemente miltiplos e submiltiplos: gig: 1Gu=10'u ecto: Thu Ou deca: Lda ou centi: Leu=10"u mega: 1M O'u mili: 1mu=107 uw quiloTku=10'u deck 1du=10'u micro: 1 yu=10°%u representa qualquer unidade como m (meto) s (segundo), g (gama), etc Sistema cor cc on ‘Atura média de um ser humano wm 47% 10m Bactéria comun um 7x10 m 10 aio médio da Terra 6371 km 6371 x10! 10 Diametro do Sot 1.39 Gm 4,39 10" m 10 ssual a utilizaglo de outros subrmiltiplos como: As dimenstes escala atémica sto to reduzidas que 6 nanémetro:1nm=1x10?m — angstrom: 1A=1x10"m — picémetro: 1 pm=1% 10" m Orem de grandeza dos ros das particulas ~escala atémica, Nanotecnologia A nanotecnologia 6 a area da Quimica que se dedica a0 estudo da manipulago da matéria 3 escala atémica e molecular e permite o desenvolvimento de aplicagdes “alucinantes”. E assim chamada porque os seus objetos de estudo sao normalmente medidos em nanémetros. Constituigdo do étomo 0 tomo é constituide por uma zona central, 0 nécleo (de dimensbes reduzidas, cerca de 10° vezes menor que o étomo, mas onde esta concentrada praticamente toda a massa do étomo) ¢ pela nuwvem letrénica Na ruvem elena localzam-se os eetes de carga negatva com uma massa cera de 2510? vezes inferior dos prot e dos No nici Wocalizam-se os protbes, de carga positiva e (0s neues, sem carga, com massa aproximadarente ‘gas, ‘Rearga nudear & sempre ‘gala soma das cargas dos potdes que se ocalizam 0 nace. Esniss feonn) Eo ero) Proto (P°) 4 100728 eutrao (a) ° 190866 Hetra0 () 4 0,00054858 Em tomo do nileo 0 tomo é eletricamente neutro porque tem um niimero igual de protoes e de eletroes. Os étomos sao considerados as unidades base de toda a matéria. Cada étomo tem caracteristicas proprias, correspondendo-lhe um elemento quimico. O hidrogénio, o carbono, o fer ¢ 0 oxigénio s20 ‘exemplos de elementos quimicos. Cada elemento quimico tem um mimero atémico tinico, que permite a sta identificagio e cada Stomo de um elemento quimico pode representar-se simbolicamente por: sees [A on aX a atomico ‘O mimero atémico (Z) define a identidade de um elemento, ou seja, o ntimero de protdes existentes no micleo dos seus Stomos. ‘© mimero de massa (A) ¢ um niimero inteiro sem unidades, igual ao mtimero total de particulas do niicleo. ‘Atomo de iti, (Gece es ed [ine ones e Namero atomico (2) = 112 de protdes +2 de neutrdes =n. de protoes 0 que sao isétopos? Isétopos sto étomos do mesmo elemento quimico que aptesentam, o mesmo néimero atémico, mas diferem no niimero de massa, ou seja, no niimero de neutroes. (0s is6topos de um elemento tém as mesmas propriedades quimicas mas propriedades mucleares distintas, O hidrogénio tem trés isétopos com ntimeros de massa 1, 2 € 3 (contendo 0, 1 2 neutroes, respetivamente) designs pro, dei to a iH iH iH an? wer Re = Massa isatépica relativa e massa atémica relativa média A massa do dtomo é tio pequena que ¢ impossivel determiné-la diretamente, A alternativa 6 calcular © valor relativo das massas dos varios elementos, tomando a massa de um deles, ou uma sua fracio, como termo de comparagio. ‘A massa at6mica relativa (A, é, ent2o, definida como sendo o ntimero de vezes que a massa de um tomo & maior do que um valor de referéncia usado como padtao, sendo, por isso, uma grandeza dimensional, O valor de referéncia é + da massa do tomo do is6topo carbono-12. ‘A massa isotopica relatva é a massa at6mica relativa de um isdtopo de um dado elemento. Define-se como o nfimero de vezes quea massa atémica do isstopo desse elemento ¢ maior do que o valor padrao. ‘A massa at6mica relativa média de um elemento corresponde & média ponderada das massas isot picas dos varios isétopos de um elemento quimico que se encontram na Natureza. Determinacio da massa atimicarelativa media do loro. D Se Ce 34,97 158 ce 36,97 242 A{Cl) =34,97 x 0,758 + 36,97 0242= 35,45, + A{Ct) = 35,45 significa que a massa do cloro é, em média, 35,45 vezes superior 3 massa de “1 da massa atémica do is6topo carbono-12, + O valor obtido nao é um niimeto inteiro, pois resulta de uma média ponderada + O resultado é mais préximo da massa atémica relativa do is6topo mais abundant, pois tem maior peso na -miédia do que a do is6topo menos abundant. + Armassa atomica relativa média de um elemento pode ser consultada na Tabla Periédica PUL U se Quantidade de matéria A dimensio do tomo é tio reduzida que é impensivel contar 6 ntimero de dtomos de uma porgi de matéria, por mais pequema que seja. A mole (cujo simbolo € mol ¢ a unidade de quantidade de matéria (n), uma grandeza base do SI, ‘que corresponde & porgio de matéria de um sistema que contém um ntimero de entidades igual a0 nniimero de étomos de carbono existentes en 0,012 kg de carbono-12 Atualmente, a constante de Avogadro (Na) ¢ uma constante fisica fundamental, que corresponde ao nnGimero de entidades (étomos, moléculas, ides, eletrOes, fotdes, etc) existentes numa mole da enti- dade considerada ¢ tem 0 valor de 6,02 x 10" mol ', © numero de particulas (N) existente numa pequena porgio de matéria ¢ diretamente proporcional A quantidade de matéria (n), sendo a constante de proporcionalidade a constante de Avogadro (N,). N=0M, A formula quimica de um composto indica simultaneamente quais os elementos que formam 0 ‘composto e quais as suas quantidades relativas, permitindo estabelecer uma relagio, entre a quanti dade de moléculas ¢ a quantidade de dtomos de cada elemento que constitui a molécula ‘mole de moléculas deGH,0, ———___——~a. 6,02 10 molgulas de 0, | 1 Lo Hs Os Co 0; ‘Smoles de tomes moles de tomes 3molesde tomas 18,1 10" tomas 48,2 10" tomas 18,1 x 10° stoma decarbona ——dehitrogénio de oxignio decarbono ——dehidrogénio "de axiggnio ores umcs suo Massa molar D ‘A massa molar (M) € a massa de uma mole de entidades. Exprimesse geralmente em g mol" e é rnumericamente igual 3 massa atémica relativa média dos elementos ou massa molecular relativa média das moléculas quando as substincias se identificam com um elemento ou um composto molecular, respetivamente. ‘A(H)= 1.01, Jogo M(H) = 1.01 g mot" M(t) = 2,02, logo M(H) =2,02 g mor" M(H,0) = 2 AtH) + 4,0) 18,02, ogo, M(H,0) = 18,02.g mol" ‘A massa (ip) de uma porgdo de matéria de uma dada substancia € diretamente proporcional & quan- tidade de matéria(n) presente, sendo a constante de proporcionalidade a massa molar (M) da subs. tancia em causa, Masa =NM_— Quantidade de matéria _N=M Ny Nimero de entdades (m)/¢ > (wn) fmol > (N) /alimensonal Fragéo molar e fragao massica As proporgées relativas dos varios elementos qui titativa) podem ser expressas em: icos presentes num composto (composisio quar Fragao molar (x) Ea rando entre a quantidade de matéra de um constiuinte ¢ a quantidade de matéra total de todos os constituintes. uma grandeza adi- ‘mensional. Frago massica (w) Fa razio entre a massa de um constituinte e a ‘massa total de todos os constituintes. £ uma grandeza adimensional. Multiplicando a raza0 das massas por 100 obtém-se a percentagem ‘A soma das frages molares ou das fragdes massicas dos varios constituintes é sempre igual a1 AA fragio massica e a fragio molar relacionam-se pela expressio: ry be ws y= Mt ing Fg My ou + ncwowras ucos su orem 0 fisico inglés Isaac Newton foi o primeiro cientista a perceber que a luz branca se desdobra numa sequéncia de cores idéntica a do arco‘ris, ao atravessar um prisma de vidro. O conjunto formado pela sucesso continua das varias radiagbes coradas obtidas pela decomposigio da luz branca consti tuo A luz. branca, ou luz visivel, é um caso particular de radiagio eletromagnética que € diretamente acessivel & nossa visd0. No entanto, corresponde apenas a um pequeno intervalo do que representa o conjunto de todas as possiveis radiagdes eletromagnéticas ordenadas ppelas suas energias (comprimentos de onda ou frequéncias) Espetro visive Infravermethas ondas réslo ‘uicro-ondas) IfFaverm Ralos x | Relosy Sef hr ey A frequéncia (f) corresponde ao miimero de ciclos completos realizados pela onda em cada segundo, A luz ou a radiaga0 eletromagnética & considerada uma corrente de fotbes, sendo a energia de cada fotdo diretamente proporcional a frequéncia dessa luz Os raios gama (1), os raios X e a radiagio ultravioleta sao radiagbes eletromagnéticas de frequéncia elevada (comprimento de onda baixo), pelo que apresentam valores elevados de energia As ondas de riio, as micro-ondas e a radiacao infravermelha sao radiagoes eletromagnéticas de frequéncia baixa (comprimento de onda elevado}, pelo que apresentam valores baixos de energia Das radiagbes eletromagnéticas visiveis, as mais energéticas situam-se na regido do azul/violeta e {| _asmenos energéticas na zona do vermelho/laranja Espetros de emissdo e de absorgéo © espettovisivel da luz branca corresponde a um espetzo de emissio continuo ~espetro cujas radia- ges tém valores de energia que variam progressivamente e sem interrupgzo entre as radiagoes limite do espetro, constituindo uma gama variada e continua de radiagBes. Espetro de emissio continuo no visivel. © espetro da radiagao emitida por uma substéncia pode ser continuo ou descontinuo. Por exemplo, as substancias incandescentes produzem espetros de emissdo continuos, ao passo que os gases no- bres (como o helio, o néon e o irgon) originam espetros de emissio de riseas (descontinuos) Espetto de emissio descontinuo Espetro de fundo negro onde se sobrepoem riscas, que podem ser coradas se as radiagbes emitidas pertencerem a regido do visivel, Exemplo:espetro de emissdo do hitio. Espetro de absorcio descontinuo Espetro de finda corado ao qual se sobrepdem riscas escuras, que correspondem as radiacdes que foram absorvidas. Exemplo:espetro de absoredo do ho + Cada elemento quimico possui o seu proprio padrao de riscas espetrais, que fimciona como uma espécie de “impressio digital” do elemento. + Os espetros de absorcio e de emissdo de um mesmo elemento quimico so complementares — ve- rifica-se que as riscas brhantes do primeiro surgem exatamente para os mesmos valores de ener gia que as riscas escuras do segundo. Pra nao ai) Modelo de Bohr e a quantizagéo da energia A radiagao emitida pelo hidrogénio atémico origina um espetro descontinuo, que apresenta, na regio do visivel, quatto linhas ou riscas bem definidas. O9u33 BS, 555 —ai7— 0 fisico dinamarqués Niels Bohr propos, pela primeira vez, uma interpretacio do espetro do dtomo de hidrogénio, usando-o para explicar a estrutura interna dos dtomos. Db Nicleo en cetaos | 282107] —— ‘e) enlist TSsx10->| —— estat ferent { -2axa0-9| ———n=1 volo ico Bae Valores pertidos pra ener do slo do somo eho. Segundo o modelo de Bohr: ” +0 eletrao s6 pode ser encontrado em determinadas érbitas, ou seja, movimenta-se em toro do rmiicleo, descrevendo érbitas fxas. + Acada uma dessas érbitas estd associado um determinado valor de energia, Diz-se, por isso, que a cenergia dos eletrdes ¢ quantizada. + Por convencio, um eletrdo livre 6 um eletrdo infinitamente afastado do miicleo, com energia igual a zero. Como consequéncia, a energia do eletrao no dtomo é negativa, dado que o eletrao & mais estivel quando esta sob a agao das forgas do niicleo. + A energia dos niveis energéticos que o eletrdo pode ocupar vai aumentando & medida que o ele- trio se afasta do nécleo, sendo, no entanto, cada vez menor a diferenca de energia entre dois ni- veis consecutivos. +0 nivel eletronico de mais baixa energia (n= 1) € designado por estado fundamental e & 0 mais estivel A todos os outros dé-se o nome de estados excitados, pois tém uma energia superior a do estado fundamental + Enquanto o elettio permanece (erm movimento) numa determinada érbita, nao absorve nem emite energia. No caso de absorver ou emitir uma quantidade discreta de energia, 0 eletrio pode passar de uma 0 = ‘ ABs Ey—B, ened ne ne2 Meena AFCO J AE=E,-E, Em qualquer dos ca50s, Ena |B}. [As riscas observadas no espetto de emissio do tomo de hidrogénio correspondem, entio, as radia- | coes emitidas quando o eletrao transita de um nivel para outro de menor energia. sagwemosquaacos su oso Séries espetrais do atomo de hidrogénio ‘Uma série espetral é um conjunto de riscas resultantes das transigdes do eletrdo de diferentes esta- dos eletrénicos excitados para o mesmo estado final, excitado ou nao. Séries espetrais do dtomo de hidrogénio: + série de Lyman transigbes eletrénicas de m 2 2 para ultravioleta + série de Balmer — transigées cletronicas de n> 3 para n = 2.correspondentes & emissto de radiaco, ‘no ultravioleta(fraca intensidade) e no visivel + séries de Paschen, Brackett ¢ Pfund — correspondem & emissio de radiacio inftavermelha e refe rem-se 8s transigies eletronicas de niveis superiores para os niveis 3, 4 5, respetivamente. 1 correspondentes a emissao de radiagao =9.72%10°°) 9} List =1,36x 10% F ‘An=3 =2a2%10-9) Mee 55x10) | Hill 100 200 xinm 500 1000 2000 =2a9%10) LL araaas transigGes entre os mesmos niveis de energia, a energia da radiagdo emitida é igual & energia, a radiagio absorvida, Eratiogo emit n,n = Erato absvidamy eng A espetroscopia de absorgio at6mica (EAA) é una técnica de andlise quimica que faz uso da absor ‘go de radiagio por étomos livres no estado gasoso para proceder & determinacio qualitativa e quan- titativa de um grande niimero de elementos quimicos (por exemplo, identificacao de elementos quimticos nas estrelas ou determinagio de quantidades vestigiais em quimica forense). SR o OU ata CaN ode Aestrutura eletronica dos étomos com mais de um eletrio & bem mais complexa que a do ato Ihidrogénio, devido as interagbes que surgern entre os varios eletrdes e entre estes e o nticleo, A energia dos eletrdes nos étomos inclu o efeito das atragbes entre os eletrBes ¢ 0 niicleo (por as. suas cargas serem de sinais contrérios) ¢ das repulsdes entre os letrbes (por as suas cargas serem do ‘mesmo sina. Protoes Protaes Protes eltres eetiGes Besos esis => Pcie sist eens e eee eee Cargas do mesmo sinal rpelem-se e cargas de sina contrérios atraem-se. O efeito destas atragdes e repulsdes influencia a energia do eletrdo no tomo, 0 que leva a que os eletzdes se distribuam por niveis de energia distintos em tomos de diferentes elementos, conf indo ao tomo de um elemento uma estrutura eletr6nica tinica, Para se conhecer a energia de cada eletraio num étomo recorre-se & técnica de espetroscopia fotoele- tténica, que permite calcular os valores das energias de remosaio dos diferentes eletrdes — valor rni- nnimo de energia necessério para provocar a ejegzo de qualquer um dos eletrdes do toro e que & simétrica da energia do eletrao no étomo. (B)emrancs = Reo mione Quanto menor & o valor da energia de remogiio, maior é 0 valor da energia do eletrao no atomo, 0 que indica que ele pertence a um nivel de energia superior, isto &, mais afastado do nicleo. Ao invés, os eletrdes mais internos apresentam maiores valores de energia de remocio, Exum fl 10°85) =1.40 2.45 Valores das energias de remocio eleténica para um stomo poieletrénico. Que informagdes se podem obter a partir de espetros fotoeletrénicos? Os espetros fotoeletrénicos obtidos por espetroscopia fotoeletronica permitem determinar as ener- gias relativas dos subniveis cletronicos ocupados, assim como os ntimeros relativos de eletrdes em cada subnivel, por andlise dos picos: + posicio indica os valores da energia de remosio eletronica; + altura é proporcional a0 miimero de eletrdes em cada nivel ou subnivel de enengia. Espetros obtidos por espetroscopiafotoeletrénica tio a || 2% ws 5 185 10 75 5 25 © pniveisdeenenia Energia de remocio / M mat" i ze eciet + Observam-se dois picos (que correspondem a dois valores diferentes de energia de remagio), logo, os trés cletr0es do litio, no estado fundamental distribuem.se por dois niveis de enerpia (01. pico corresponde 20 11? nfvel de energia eo 2° pico 20 2." nivel de energia). + Como a altura do pico corresponde ao niimero relativo de letrdes em cada nivel de energia ¢ também. possivel concluir que o primeizo nivel de energia comporta mais cletwes ~ dois eletes ~ que o nivel de energia seguinte que comporta um eletrao en 7 sa 5 23 i 23} aed & ve ie ve a) ve = ae} eee eee Energia de remego / MU mot aaa ape + Observam-se trés picos (correspondentes a tes valores de enengia de remogao). A diferenca de energia é ‘muito maior do primeiro pico para 0 segundo do que do segundo pico para o terceito, 0 que pressupoe 3 cexisténcia de dois niveis de energia com 0 2° nivel desdobrado em dois subniveis. + Como os dois primeios picostém uma altura igual enquanto oéiltimo pico tem cerca de metade da altura dos anteriores, conclui-se que os cinco eletrdes do boro se distribuem da seguinte forma: dois eletraes de- ‘vem ocupar 0 1° nivel de energia; outros dois eletroes devem ocupar o subnivel de menor energia do 2° nivel e um eletrdo deve ocupar o subnivel de maior energia do 2. nivel. Dados de espetroscopia fotoeletrénica para os elementos quimicos vectra Peony Aepico 131 237 626 115 193 m6 396 52,6 67,2 80 10611 2° pico 052 090 136 172 245 312 388 468 684 940 3° pico 080 109 140 131 168 208 367 5,50 48 pico 050 0,70 A anilise dos espetros fotoeletrénicos dos diferentes elementos permite concluir que: +o primeiro nivel de energia, &excectio do hidrogénio, ¢ sempre ocupado com dois eletroes; + no segundo nivel de energia podem exist, no maximo, oito cletrdes, distribuidos por dois subniveis, em que o primeiro pode comportar dois eletrées e 0 segundo subnivel seis; + dtomos de elementos quimicos diferentes apresentam valores diferentes para a energia dos eletwes, no mesmo subnivel de energia: a energia de um subnivel ¢ tanto menor quanto maior for a carga nuclear pois maior €4 intensidade da forga atrativa exercida pelo méicleo, sendo maior o valor da ener: gia de remocio eletrSnica dos eletrBes que ocupam esse subnivel; + considerando que um nivel que nio se encontre desdobrado em subniveis contém tim tinico subni- vel, entao 0 nimero de subniveis de energia total ou parcialmente preenchidos rum stomo coincide com o mtimero de valores de energias de remogio eletrénica para esse ditomo, Pee aR Rep Oe Orbitais e niveis de energia Apesar de o modelo de Bohr explicar satisfatoriamente lettonienes =Probabitidade espetro do dtomo de hidrogénio, com base na quantifies | DP io da energia eletronica, nao permitia interpretar os da- dos obtidos para os outros cerca de noventa elementos Gquimicos que surgem na Natureza, ~*~ (© modelo atualmente aceite para 0 tomo é 0 modelo quantco. De acordo com 0 modelo quiintico, a nuvem eletrénica representa a distribuigdo da densidade dos eletrdes 3 volta do miicleo aiémico, correspondendo as regides mais densasa maior probabilidade de ai encontrar eletrdes, Verfica-se que hi uma elevada probabilidade de o eletrao se encontrar perto do niadeo. A orbital atomica é a fungao de onda que representa a distribuigio no espago de urn eletrio no modelo quintico do atomo, As otbitais s As orbitais p (p,,p, €p.), trés por nivel de As orbitals d(d,, dd dy uma por nivel _energia, apresentam dois lobulos simétricos, d) cinco por nivel de enersia, de ener, tendo 0 nécleo como centro. apresentam uma forma mais apresentam complexa. simetria esférica, © tamanho das orbitais s, pe daumenta com o aumento do nivel de energia preenchido, Spin elétrénico © spin eletrénico € uma propriedade quantizada do eletrdo, além da sua massa e carga, que permite dois estados diferentes. Esta relacionado com os dois movimentos de rotagao eletrénicos possiveis, tum no sentido dos ponteiros do rel6gio ¢ outro no sentido contrario a0 dos ponteiros do relogi. s N N s Movimento de otagio eletrénica (spin). Como estabelecer as configuragées eletrénicas dos atomos? > Para se obter a configuracdo eletrénica do estado fundamental dos dtomos deve aplicarse: +0 Principio de Exclustio de Pauli, de acordo com o qual cada orbital s6 pode ser ocupada, no maximo, por dois eletrdes, emparelhados, isto é, com spins opostos. Em dtomos polieletrénicos todas as orbitais de um mesmo subnivel np, ou nd, tém exatamente a mesma energia ¢ sio designadas orbitais degeneradas. Por exemplo, 0 conjunto das trés orbitais p, ‘em cada nivel de energia, que comportam no maximo seis eletrdes com um tinico valor de energia de remogao, tém igual energia + 0 Principio de Construgao ou de Aufbau, segundo o qual os eletrdes se distribuem pelas orbitais, por ordem crescente de energia ale g me wo Dee wt eno woCa— 1s" 2s? 2p* 35? 3p as? + A Regra de Hund —a distribuigo mais favoravel dos eletrdes por orbitais degeneradas ¢aquela que conduz a obtengdo do ntamero maximo de spins paralclos. Distribuigao eleténica mais favordvel paraoatomo «EJ Ed de carbono as 2s "ap As 26 2p © carbono possui quatro eletrdes de valéncia —cletrdes do tihimo nivel de energia A distribuicio dos eletrdes pelas orbitais atémicas pode ser apresentada de diversas formas: Seat scrta das orbitals ralizada por ondem crescente de enezga eo mimero Mg ~ 1s" 2s! 2p" 36° de eletsdes, em cada subnivel figura como expoente. Representacao abreviada ou concisa, em que 0 cerne do étomo é Mg — [ie] 3° representado pelo gis nobre imediatamente anterior, entre paréntesis relos, evidenciando-se depois os eletées mais externos que determinam as suas propriedades. co Representacao das orbitals como caixase os eletes que as acupam como setasoriontadas para cima ou para baixo. Os satidos opostos das setas traduaem o facto de os eletrBes de uma orbital possuirem diferentes estados de spin ‘Num diagrama de energias das orbitas, com a vantagem de se poder visualizar a diferenca de enerala que existe entre os diversosniveis € subniveiseleténicos para o étomo em causa. os| 2p. asf 2p. acl 15 | Energia - uataras wines sur arene IS ELETROES NOS A WN ar W241 ‘A Tabela Periédica & um esquema de organizacio de informacio sobre os elementos quimicos as respetivas substincias elementares. A sua claboragao teve o contributo de varios cientistas Lavoisier agrupou as ‘Chancourtos organizou os elementos || Mendeleev organizou una tabela onde substancas entao porordom crescente de massas atimicas, || colocou os elementos por ordem conbacidas em quatro colocando-os sobre una linha heicidal, || crescente do admero de massa (regra categoria: gases, no conde se observava uma cota Pontualmente desrespeitada), onde os metas, metaiseelemertes || perodicidade des elementos que ficavam || elementos com propiedades semelhantes terrosos. ispasts na mesma coluna ~ se localizavam na mesma colura ~ (763-1 nT ey Cert oe Ce SE PS CSO Meee! Dabereiner xganioa os Newlands ogarisou 9 Com Moseley, Lei Periica elementos em cojurtos ders || elemertos numa table asso fea, quanto os com popiedadessemeltantes © || cbedecend aura sequénca de |_| elementos ste agrupados por por ere eescente de massas || rdem crescent de nassas crdem crescent de nimero Mimics stimics, tendo verfcca queas | — | stmco (2), se absera« pronieaes se eetom a eds |__| repetib praca de iis Cito elementos, Sead todos propiedad TD) (Be), DY || ocatzass na mesma ctuna me?) (W=3) (Re35 ufelse [ule pr meme Aa ES Se | [ A tttina grande modifiacio da Tabla SG Ter iM tM |) percca comecou com o tabab do 8 eT ean a || gino votearrcne em satu fl Gel wae ie 1 | | eemvokeua descoberta dos elementos e ay com nero at6mico superior a 92. SEM eC a er (eN Como esta organizada a Tabela Periédica? Na Tabela Periddica atual, os elementos encontram-se dispostos por ordem crescente de nimero atémico, a0 longo de 7 periodos e 18 grupos. (0s elementos da Tabela Periddica so também divididos por uma linha quebrada, de acordo com as suas propriedades fisicas, em metais, no metais e semimetais, conforme se encontrar, respetiva- ‘mente, & esquerda, & direita ou junto a essa linha. Earenior de rans] Tamentos Lantanios* severed scties" “Metais NSO metais mSemimetais mmGases nobres (0s elementos da Tabela Periédica podem ainda ser agrupados em quatro blocos, sp, def, de acordo com o tipo de orbital que se encontra em preenchimento, 2. 2 3) 38s 4 sep eo nie 20 “ 34 4 Blocop sl ag =» Blocod «6s Ls 5d 6 Blocof >| Is A 66 Ll 7 ca of (05 elementos dos blocos se p, depois de retirado o grupo dos gases nobres, sao designados elemen- tos representativos; os elementos do bloco d so 0s elementos de transicao e os do blaco fsi0 0s ele ‘mentos de transicao interna, Tabela Periddica e configuragao eletronica dos elementos dos elementos na Tabela Periédica esta retacionada com a sua configuracao eletrénica A posi +0 periodo coincide com o mimero do maior nivel de energia preenchido ou em preenchimento; +0 grupo, para os elementos representativos ¢ gases nobres ¢ igual a0 ntimnero de eletrBes de valén- cia (exceto nos grupos 13 a 18, em que se deve somar 10 para obter 0 grupo}. © sédio, com configuragao eletronica ,Na: 1s! 2s? aay Fertence a0 3° period, pois 0 maior nivel de eneraia& 5 Pertence ao grupo 1, pois possi 1 elt de valéncia A Tabela Periédica constitu um instrumento de trabalho dos quimicos, fonte de variada informasao, ‘onde se incluem as propriedades dos elementos, como o raio atémico ea energia de ionizagio, e as propriedades das suas substincias elementares, como o estado fisico, a densidade ou 0 ponto de fusdo e de ebulicao, As substincias elementares associadas a elementos de um mesmo grupo tém propriedades quimicas ‘muito semelhantes, uma vez.que estas proptiedades estao relacionadas com os eletroes de valéncia, oy D > sci roe A SEU a eC ern asa) RAIO ATOMICO. Ea distancia média entre o centro do nitcleo & os eletrOes que se situam na camada mais afss- tada do proprio nicleo. + Ao longo do grupo, o raio atémiico aumenta devido ao aumento do niimero de niveis de cenergia preenchidos. Apesar de haver um au- mento da carga nuclear, predomina o fator afastamento devido ao aumento do namero de niveis, pelo que os eletrées de valencia se encontrann cada ver. mais afastados do niicleo. + Ao longo do periodo, de uma maneira geral, 0 raio at6mico diminui, pois, & medida que au- menta a carga nuclear, aumenta a forga atra- tiva entre o niicleo ea nuvem eletrénica, ocor- rendo uma contragio da nuvem eletrénica. Apesar de haver um aumento do niimero de leties de valéncia, que se repelem entre si, predomina o fator de atragao ao nticleo. ENERGIA DE IONIZAGAO a energia minima necesséria para remover um eletr2o de um tomo neutro isolado (mei gasoso e baixa pressio) no estado fundamental, para uma distancia tal que deixe de existirinte- racio eletrostitica entre o ito e 0 eletr2o. Os valores das energias de ionizacao s0, mui- tas vezes, expressos em kJ mol #0 que corres- ponde & energia necessiria para remover uma mole de eletres a uma mole de Stomos seme- Ihantes. X(@) +E, XQ) +e mat + Ao longo do grupo prevalece o efeito do aur mento do mimero de niveis de energia preen- chidos, estando os eletrdes de valéncia cada vez mais afastados do mticleo. Assim, ao longo do grupo, & medida que au- menta 0 afastamento ao niicleo (aumenta 0 raio atémico) diminui a energia de ionizagio, pois ¢ cada vez menor a energia necesséria & nogao dos eletes de val + Ao longo do periodo, o niimero de niveis de energia ¢ 0 mestno, pelo que prevalece, geral- ‘mente, o efeito do aumento da carga nuclear A medida que aumenta a carga nuclear, au menta a atragao ao nitcleo (diminui 0 atémico) ¢, de uma maneira geral, aumenta a cenergia necessiria para remover os eletrdes de valencia, ou seja, aumenta a energia de ionizagao, Relacionando as duas propriedades, pode concluirse que, & medida que aumenta 0 raio at6mico diminui a energia de ionizacio. — ente sa enensiteatentatE g 5 nto do | Diminuigéo do raio @tSmicO A qualquer étomo podem ser retirados, um a um, todos os seus eletrdes, As energias de ionizacao devem ser cada vez. maiores pois, como diminui o niimero de eletrdes, as forcas repulsivas entre os cletroes diminuem, prevalecendo as forcas atrativas exercidas pelo miicleo, que se tornam cada vez mais significativas ES 5,> | Osetementos do grupo 2m | [Os elementos do grupo 47, com sete tendénciaa perder os seus dois _| | eletbes de valénca, tem tendéncia a lets de valencia captar um ele, tansformando-se transformando-se em ies fem ides mononegativos(anioes Aipositivos (cates divalentes). | | monovalent). Raio iénico e raio atémico Na Tabela Periédica, 0 rao iénico, aumenta ao longo de um grupo tal como o raio atomnico, s catioes apresentam raios menores do queos $ Os anides apresentam raios maiores do que os respetiosdtomos, respetiosdtomoa, 2 siwaeata ¢@ AES -b ldo-Na* * 296 Atomo-Cé Aniso-Ce~ 2 9p" 392 3p Aaggene caugorna’ Nat ts! 2529 Spm Tenpm COIs! 2s! 2p! 3s! 3p! 0 que so particulas isoeletronicas? Particulas isoeletronicas sto tomos e iBes com 0 mesmo ntimero de eletrdes e, portanto, com a ‘mesma configuragao eletrénica. Na comparacio do raio das particulas isoeletrénicas, o efeito predo- minante € 0 aumento da carga nuclear {aumento do nfimero atémico), aumentando a atragao entre ‘o nficeo e os eletrdes. Por isso, quando se comparam particulas isoeletronicas, quanto maior for a ‘carga nuclear menor sera o raioiénico. GASES DISPERSOES TRANSFORMACOFS QUIMICAS Gilbert Lewis e Walter Kossel propuseram, de forma independente, uma explicacio légica para entender a formaco dos compostos, com base na configuragio eletronica dos gases nobres. —refere que um dtomo alcangari uma estabilidade equivalente & de um gis nobre quando o seu iltimo nivel de energia possuir oito eletrdes (ou dois caso se trate do nivel tum). Os atomos com configuragio eletrénica distinta da dos gases nobres unem-se uns aos outros de forma a ceder, captar ou partlhar eletrdes © adquirit a configuragio desses gases. Apenas os cletrdes de valéncia participam nas ligacdes quimicas. —nome pelo qual é conhecida a estrutura ponto/eletrao de Lewis para um ele- ‘mento. f constitufda pelo simbolo do elemento redeado por um ponto por cada eletrao de valencia desse elemento, sendo os quatto primeitos colocados em cada um dos quatro lados do simbolo, ‘enquanto os restantes sao também distribufdos pelos quatro lados na condigdo de cada um dos lados acomodar até dois pontos. 1 18 He 2 43 14 15 16 17 Blige Us Bee : Nae age Ei Ke etae soe se Metal mSemimetal Im N30 metal Notagio de Lewis para os elementos dos blocoss p até 20 4. periodo da Tabela Periéica, _MOPMEDOES HARON AMAA Tipos de ligagées ‘Uma ligagio quimica resulta da unio de Stomos, por interagoes que decorrem da cedéncia, eaptagao ‘ou partlha de eletrdes e que thes permite adquirir maior estabilidade em consequéncia, muitas das vvezes, de um octeto de eletrdes completo, Essa estabilidade resulta da menor energia adquirida pelo conjunto de étomos ligados comparativamente com a energia desses dtomos separados. + Ligacio ignica—ligagdo quimica que decorre da atragao eletrostatica entre catides e anies resultan- tes da cedéncia e captacdo de eletrdes entre atomos de metais e ndo metais, respetivamente; + Ligagao covalente —Tligacao que decorre da partlha de eletrdes entre étomos de elementos de nao ‘meiais e/ou semimet + Ligagio metilica — ligagio quimica que resulta de uma rede de ies metilicos positivos imersos num “mar” de eletrdes de valencia deslocalizados partillados por todos os étornos. PEM oe CLV ‘Os mapas de densidade eletronica das moléculas mostram uma maior probabilidade de encontrar os cletrdes na zona internuclear, 0 que comprova a partilha localizada de eletrdes pelos étomos unidos. A ligagdo covalente resulta de um equilibrio entre as interagbes eletrostaticas atrativas existentes entre 0s micleos eos eletBese as interagdes eletrostiticas repulsivas existentes entre ntileos e entre elettoes, oregsatatvas ae ete eet ‘Cente cevoest Forgas replsvas (erirentclees) a Da anilise do diagrama de energia potencial para o hidrogénio, verifica-se que: «na posigio 1, 0s étomos estio muito distm- 0. tes um do outro, ainda nao ha interaga0 entre eles, considerando-se que a energia toial do sistema é zero; +a posicio 2, com a aproximacao dos Ato. ‘mos, as interacdes tornam-se significativas predominando as atragées entre os eletrdes © as cargas positivas de ambos os micleos. ‘As muvens eletrénicas comecam a sobrepor- _ q3g— Energia eligacio -se levando a uma dimimuigao da energia da molécula, Como as atragdes predominam, h ‘snc reo om a sobreposicgo das nuvens eletronicas cones aso aumenta e a energia continua a diminuir, +0 ponto minimo da curva, posigio 3, &a distancia internuclear para a qual a molécula 6 mais esti- vel, havendo um equilibrio entre as interagbes atrativas ¢ repulsivas. Considera-se que esta estabe- lecida a ligagao covalente, sendo minima a energia da molécala nesse ponto; + para distincias ainda menores, posigio 4, os niicleos aproximam'se o suficiente para que a repul sto entre as suas cargas positivas se torne significativa levando ao aumento da energia da molécula, A curtas distincias hd, assim, um predominio das interagdes repulsivas que leva ao afastamento dos atoms novamente para a posigao de equiliorio. Estrutura de Lewis ae Lary, Pres deletes 1 Enea tates ‘Uma ligacio covalente pode ser simples, dupla ou tripla, dependendo se resulta da partilha de um, dois ou trés pares de eletrdes de valéncia entre os atomos unidos pela ligacio, respetivamente, © miimero de tracos entre os simbolos dos atomos ligados é igual & smultiplicidade da ligaao cova lente ea ordem de ligacao, Estruturas de Lewis Hidrogénio Os atomos partitham um par de eletrdes: diz-se que se estabelece uma ligagéo Oxigénio: ‘Os toms partilham dois pares de eletrées, representados por quatro pontos: ou por dos tagos entre os simbolos dos dtomos igados:diz-e que se ‘estabelace uma Uigagio covalente dupla - ordem de ligacio 2. ‘Cada étomo possui dois pares de eletrdes ligantes e dois pares de eleties indo lgantes. Nitrogenio 0s atomos partitham trés pares de eletrdes estabelocendo-se, nesse caso, uma Ugagdo eovalente tripla ~ ordem de ligacio 3. Como cada stomo de nitrogénio possui cinco eletres de valencia, partilha trés letdes com o tomo vizinho para completar 0 o:teto de eletrSes, havendo, ‘no total, tma partilha de seis eletrbes. ‘A molécula fic, entdo, com dois pares de eletes nao ligantes, um por cada tomo de nitrogeno, etrés pares de eleties ligantes, 30210: ov :0=0: HENS ov 0 atomo de oxigénio parila dis dos seus eletsDes, um com cada atomo de |lrogénio, formando duas UcaqSes covalentes simples. 0 tomo de nitragénio adquire uma configuracio eletrinica semelhante a0 ron, ao estabelecer t16sligagdes covalentos simples com os Stomos de hidrogénio, 0 tomo de carbono partitha quatro eletiées para completaro octeto, formando quatro ligacdes covalentes simples com quatro atomos de hidrogénio Digxide de caxbono 0 tomo de carbono partilha os quatro eletrBes com os dois étomos de oxigénio, através de dus ligagdes covalentes duplas,ficando os tuts étomos com o octeto de eletoes completo. rorsczr03 2 reorsniosmsOAGhsOANIER Comprimento de ligacao e energia de ligacio © comprimento de ligagio a distincia média entre os niicleos de dois étomos ligados numa molé cula, Numa molécula diatémica, a essa distancia internuclear corresponde o minimo de energia ¢ a méxima estabilidade da molécula. +O comprimento de ligasao entre dois dtomos g + De uma maneira geral, o comprimento da li- diminui a medida que aumenta a ordem de { — gacao aumenta a medida que aumenta 0 raio ligacao. dos atomos envolvidos, 117 pm 117 pm 127 9m 29 68 8 CComprimento da tigacio C-0 nas moléculas de diéxido | Comprimento da tiga nas moléculas loreto de de carbono (C0,) e monéxido de carbono (C0). hidrogénio (HCA) e brometo de hidrgénio (HBr). A energia de dissociaco de ligacao, ou energia de ligacio, € definida como a energia necesséria para quebrar uma dada ligacao numa mole de moléculas no estado gasoso. + A energia de ligagdo varia inversamente com 0 comprimento de ligagdo pois, quanto mais afasta- dos estiverem os itomos, menor sera a energia requerida para romper a ligacao. + Em moléculas diatimicas com ligacdes entre étomos de dimensdes semelhantes, quanto maior a ‘ordem de ligacao, mais forte ¢ a ligagao e, consequentemente, maior a energia de ligagdo e menor ‘compritnento de ligacio. Ligagio Order Tora Energia Comprimento PE ana nO Coney Geometria molecular Além dos dois parimettos referidos (comprimento de ligacio e energia de ligagio), que ajudam a caracterizar as ligagdes entre os dtomos, as propriedades fiscas e quimicas de uma molécula depen- dem fortemente do arranjo tridimensional dos seus dtomos, ou seja, da sta geometria molecu. Segundo Modelo de Repulsio dos Pares Eletrénicos da Camada de Valencia (VSEPR): os pares de eletrdes de valencia existentes ao redor do atomo central, quer se tratem de eletrdes ligantes ou nao ligantes, organizam-se de forma a estabilizar a molécula minimizando as repulsdes eletrostaticas, entre esses pares de eletroes. Para aplicar 0 modelo VSEPR devem aplicarse algumas regras: ‘L? Representar a estrutura de Lewis da molécula. 2° Contar 0 niimero de pares eletrénicos em toro do tomo central (nesia contagem deve atender- -se 40s pares de eletrdes ligantes e no ligantes, sendo as ligacdes miltiplas tratadas como liga- Bes simples; por conseguinte, o nimero de dtomos ligados é igual ao mtimero de pares de ele- trodes ligantes). 3. Selecionar o arranjo espacial dos pares eletronicos que garante 0 maximo afastamento entre eles. 42 Identificar a geometria molecular considerando apenas 0 ntimero de atomos unidos ao atorno central. D sossnacs I eres en eer or Ler nnn) Coir igantes | Nao ligant cco OS Tinear Linear “ > oe yn Mh A TWiangolar plana ‘Tangutar plana Peo) 0, ‘ o ‘ oH, Tetraedtica 2 1 ‘ x, 0 2 2 4 @ Woon HO va vt 108,5° a Angular Angulo de tigagao (© Angulo de ligacio é 0 menor angulo formado pelos dois segmentos de reta que passam pelo centro do riicleo do dtomo central e pelos centros dos miicleos de dois Stomos a ele ligados. Para cada geometria molecular verificase que: + Na geometria linear o ngulo de ligagao ¢ 180°; + Na geometria triangular plana o angulo de ligagao € 120°; + Nas geometrias que resultam de um arranjo espacial tetraédrico, como a tetraédrica, a piramidal trigonal ou a angular, o angulo de liga¢ao tem um valor igual ou préximo de 109,5°: ~ 0 Angulo de ligasao na geometria piramidal trigonal (molécula de NH,; 107,39) é menor do que na geometriatetraédrica (molécula de metano: 109,5%), porque o par de eletrdes nto ligantes repele 0s trés pares de eletrdes ligantes, aproximando as ligagbes N-H. ~ o Angulo da ligagao é ainda menor na geometria angular (molécula de gua: 104,5°) porque, em vez de um, ha dois pares de eletrdes nao ligantes que, por efeito da sua miitua repulsdo, v0 exercer uma maior repulsio sobre os pares de eletroes ligantes, aproximando ainda mais as liga- eos | Hg Be Hoy NH me Hise 107.3" HoH Es a Variagéo do &ngulo de ligacdo com o ndmero de pares no ligantes em torno do {tomo central com quatro pares eletrénicos. Polaridade das ligagées e polaridade das moléculas Ligacio covalente apolar — ligacao covalente em que os eletrdes ligantes s3o igualmente partilhados, pelos dtomos unidos. A ligagio covalemte numa molécula diatomica homonuclear, isto mesmo elemento, ¢ apolar. formada por dois itomos do Ligacio covalente polar ~ ligacio covalente em que um dos dtomos atrai mais para si os eletrdes li: gantes. A ligagio covalente numa molécula diatémica heteronuclear, isto ¢, formada por dois stomos de clementos diferentes, € polar. Essa polaridade deve-se a diferente atragio dos eletrdes ligantes a0 rmicleo dos dois dtomos envolvidos na ligagao, 0 que conduz a uma densidade eletrénica diferente ‘em torno dos stomos enwvolvidos na ligago. ete eee) Donec Se eee Set enna Moléculas diatomicas com ligardo covalente apolar sio moléculas apolates (exemplo: H) Moléculas diatomicas com ligagao covalente polar sd0 moléculas polares (exemple: BP) Moléculas como o dibxide de earbono (€0,) ovo metano (CH), que possuem fs tomes das extremidades todas iguaise ndo possuem pares no Aigantes no dtomo central, sio apolares apesar de possuirem Lgagbes polares pois, 2 geometria near ¢ tetraéérica que apresentam, proporciona uma distibuigio simétrica da carga elétrica em relacdo a0 centro da moléeula, Moléculas com ligagSes polares e ‘pares de cletrdes ndo ligantes no tomo central, come o amoniaco (NE) ua qua (H.0},sio polares porque as geometrias piramidal trigonal © angular que minimizam as repulsies eletxénicas conduzem a uma assimetria na distribuigao da carga elétrica suouto nics PPS uM at Cty eas ra (cy [> Hidrocarbonetos Hidrocarbonetos so compostos formados exclusivams classificados: ite por carbono e hidrogénio e podem ser + quanto & forma da cadeia: se for uma cadeia carbonada aberta ser um hidrocarboneto for uma cadeia carbonada fechada ser um hidrocarboneto ciclico; Formula de estrutura e modelo 3D de hidrocarbonetos de cadeiaaberta ede cadela fechada. + quanto a disposicio dos dtomos: s¢ existe uma tinica cadeia de carbonos ser4 um hidrocarboneto near ou normal. Mas se, para além da cadeia principal de carbonos, se identificam outras cadeias secundarias seré um hi Formula de estrutura e modelo 30 de hidrocarbonetos linear e ramificade. = quanto ao tipo de ligagBes: se possui apenas ligagdes simples entre os dtomos de carbono serd um. hidrocarboneto saturado. Mas s¢ possi uma ou mais ligagdes miiltiplas entre os étomos de car- bono seri um hidrocarboneto insaturado, Pe Formula de estrutura e modelo 30 das moléculas de etano,eteno e etino. Como na molécula de etino existem trés pares de eletrdes ligantes entre os dtomos de carbono, as, forgas atrativas s4o mais intensas, aproximando mais os nticleos dos dtomos unidos. Assim, a liga- ¢o C-C na molécula de etino tem um comprimento menor e, por conseguinte, uma energia de li- aco maior do que nas moléculas de eteno e de etano. G ee ed ee = ces = : Eten ot 1329 one ee ta » couse 2 morsmies msrp sen Nomenclatura de alcanos A IUPAC estabeleceu uma série de regras para nomear os compostes organics, entre os quais os alcanos, hidrocarbonetos aciclicos saturados, eos haloalcanos, derivados dos alcanos em que um ou ‘mais atomos de hidrogénio foram substituidos por étomos de halogéneos. (O nome de um alcano é constituido por um sufixo «ano, que identifica o hidrocarboneto como sendo ‘um alcano, ¢ um prefixo que identifica o niimero de atomos de carbono da cadeia aciclica Nomenclatura de alcanos de cadeia linear ‘sees || BS | Se | ESESs 1 oh etano cH 2 or, Peano caer, 3 cH, Propane coca, 4 Cy Butano ca,(CH) CH, 5 Gls Pentano cHy(cH) C8, 5 City Berano cH(CH) C8, Nos aleanos de cadeia ramificada, os substituintes mais simples sio os grupos alquilo — cadeias late ris derivadas dos aleanos com menos um hidrogénio no local da ligacao & cadeia principal (Os nomes dos grupos alquilo obtém-se substituindo o sufixo «ano por -lo, embora 00 final seja sempre suprimido no nome de um alcano ramificado. ‘Nomeagao de um alcano: cH) CH. ‘elo 1) Comecar por selecionar a cadeia principal que seré a cadeia que contém o maior nimero de tomos de carbono ou, em caso de igualdade, a que tiver maior mrimnero de cadeias laterais ~ cadeia vermelha, 2) Numerar os étomos de carbono da cadeia principal, comecando a numeracdo pela extremidade da cadeia que atribui os miimeros mais baixos aos dtomos de carbono onde estio ligadas as ca- deias laterais — numeragio cor de laranja. 3) O nome das cadeias laterais antecede o nome da cadeia principal 4) Os grupos alquilo sio ordenados alfabeticamente e sio antecedidos pelo mimero do stomo de carbono da cadeia principal a que esto ligados, 5) Havendo duas ou mais ramificagbes iguais usam-se os prefixos di, tr, tetra. etc. para indicar o mie ‘mero de vezes que essa ramificacio se repete (esses prefixos no contam para a ordem alfabética). 6) Os niimeros, que indicam as posigBes dos substituintes na cadeia principal, sto separados entre si por virgulas e separados das letras por hifens.. + O nome do composto exemplificado é 3-etil-2,3-dimetilpentano suse ser Grupos funcionais Os hidrocarbonetos sio as moléculas orginicas mais simples, por serem formadas apenas por carbono hidrogénio. Sao também fundamentais pois sdo a base de todos os grupos de compostos orginicos. Os grupos de compostos organicos dividem-se de acordo com os grupos funcionais que contém, Um grupo funcional € um grupo de atomos ligados na molécula, de forma especifica, que confere reatividade e pro lades quimicas préprias A molécula orginica Ateoois: grupo hidrexlo —on ‘Aldefdos: grupo carbonilolgado a um Stomo de carbono Cetonas: grupo carboriloligado a dois stomos de carbon “Aminas: grupo funcional derivado do amoniaco por substitucio de 1, 2.04 3 ‘tomes de hidrogénio por grupos alqulo ‘cool etilico, ou etanel (CH,CH.OH), presente nas bebidas alcodlicas como solvente de perfumes Glicerina ou propano-i,2,3-tiiol (CH,CHCH,OHCH,OH) usada em sabes ou cosméticos. noe 0 formaldedo ou metanal (HCHO) que, em solugio aquosa, & usado como desinfetante ou na conservagao de cadéweres e de pegas anatémicas ou o acetaleldo ou etanal (CH,CHO) Formaldeido ‘A acetona ou propanona (CH,COCH,) usada para remover 0 verniz das ‘unhas ou como solvente de tintas¢ esmaltes. How s I H—c—c—¢ roo = HO, H —y ‘Acetona 3 i =H I ‘Acido acético ou etanéico (CH,COOH), usado como tempero na comida; Acido valérien ou pentandico (CH,CH,CH,CHCODH) que da 0 cceizo 20 queljoroquefort. 4 1 Fe ec 1 Acido valérico ‘Tuimetilamina (CH), responsével pelo odor de peixe podre; Pentano-1,5-diamina (NH, CH,CH,CH.CH,CH,NH,) responsével pelo ‘odor de carne em decomposicao. % yc —N—cry, l cH ‘Trimetilamina 2 psorenics ETHOS BLUE PME S NUS nts) As ligacdes intermoleculares resultam das interagoes eletrostiticas atrativas que existem entre as moléculas, obrigando-as a permanecer proximas umas das outras, principalmente no estado solido e liquido, A ligacao de hidrogénio é a mais intensa das interacoes intermoleculares; resulta de uma partlha pouco significativa de eletres de um par nao ligante de um tomo (como o fiir, oxigénio ou nitro- génio) de uma molécula com um atome de hidrogénio, de outra molécula,ligado covalentemente a tum elemento com muita tendéncia para atraireletrdes (como F, 0 ot N), Estabelece-se nas molécu- Jas de gua, de amoniaco, ou de fluoreto de hidrogénio, por exemple. Ligagdes de hidrogénio ras moléculas de igua. ‘As moléculas que nao retinem condigbes para estabelecer ligagbes de hidrogénio interatuam por ligagdes de van der Waals: + ligacao dipolo-dipolo: estabelece-se por atragdo eletrostatica entre as cargas opostas dos dipolos permanentes de duas moléculas polares vizinhas. a === Ligagio dipole-dipole nas ‘moléculas de cloeto de hidrogénio, + ligacio dipolo-dipolo induzido: estabelece-se por atracio eletrostitica entre o dipolo permanente de uma molécula polar e o dipolo induzido, resultante da distorcao da nuvem eletrénica da molécula eo els ‘Biniecunesa.s (pot Ligacdo dipoto-dipoloinduzido entre molécula de agua e oxigénio. song qumen + forca de disperstio de London: também designada ligagio dipolo instantineo-dipolo induzido, ex plica as interacdes entre moléculas apolares e gases nobres. Consiste na atracao eletrostitica entre dipolos instantaneos, formados por deformacao da nuvem eletrénica, e dipolos induzidos, resultan- tes da polarizacdo induzida em moléculas vizinhas. Dipole instantineo| Melécula apolar Dipole instanténeo Dipole induzido Forga de dispersio de London entre moléculas apolares. As forcas de dispersdo de London: + sdo tanto mais intensas quanto maior for a nuvem cleteOnica, pois mais polarizével éa molécula: + existem também em moléculas polares, somando-se as atragdes entre as distribuigdes assimétricas de carga. A intensidade das forcas intermoleculares aumenta da forma seguinte: ree ror eo ee ee Miscibitidade de liquidos De uma maneira geral, para que duas substincias moleculares + Ada lool con (tal sto elds pares que emir em qualgueepoporao A explicacio esta no facto das interagBes entre as moléeulas de gua e dlcool serem, predominante: ‘mente, ligagbes de hidrogénio e terem uma intensidade comparivel as ligagdes de hidrogénio em cada uma das substincias isoladamente; + A gasolina ¢ 0 leo vegetal sao essencialmente misturas de hidrocarbonetos cujas moléculas so apolares e que se misturam em qualquer proporcio. A explicacio é semelhante. As forcas de dis: persio de London, responsiveis pelas atracbes intermoleculares nas moléculas que constituem 2 gasolina e nas moléculas que constituem o éleo vegetal, sao também responsaveis pela atracao entre as moléculas da mistura; + A Agua (polar) e 0 éleo vegetal apolar) nao se mis- turam. Neste caso, as atragdes intermoleculares, enire as moléculas de gua, principalmente liga Bes de hidrogénio, sio mais fortes que as ligacies de van der Waals que se podem estabelecer entre as moléculas de agua ¢ as moléculas que consti- tuem 0 dleo vegetal serenes caeos esuioracigo GASES E DISPERSOES © quimico italiano Amedeo Avogadro, em 1811, no seu estudo sobre o comportamento dos gases, propés uma explicacao para a relagdo existente entre o ntimero de moléculas dos gases eo volume por eles ocupado. Segundo a volumes iguais de gases diferentes, medidos nas mesmas condigbes de pressio e temperatura, contém o mesmo néimero de moléculas ou de dtomos, se se tratar de um gas atémico, ke>Vvekn © volume ocupado por uma amostra gasosa diretamente proporcional & quantidade de ma- ‘ria presente, sendo a constante de proporcio- nalidade o volume molar, para as condicoes de pressio e temperatura em causa, Esbogo da variagdo do volume de um gis em fungio da quantidade de matéria, Designase (Vq) de uma substincia o vo lume ocupado por uma mole dessa substincia, em deter: “ si am 1 malo, minadas condigdies de pressfo e de temperatura E ae ns Ovolume molar de qualquer substancia no estado gasoso, y em condigbes PTN (T= 273,15 Ke P= 101,325 kPa), & Vaagon(PTN) = 22,4 dim? mot? Tendo em conta a Lei de Avogadro e sabendo que o volume ocupado por uma mole de-um gis é igual a volume molar, obtém-se: V=n¥, Para as mesmas condiigdes de pressdo e de temperatura, em que o volume molar é constante, veri ficase: + quanto maior a massa de uma substincia, maior a quantidade de matéria presente ¢ maior © volume ocupado; + paraa mesma massa de substincias diferentes, quanto maior a massa molar da substancia, menor volume ocupado pela mesma. ‘A massa volimica (p) define-se como o quociente entre a massa ¢ 0 volume de uma substancia a uma dada temperatura, No caso dos gases tem-se: A uma dada pressao ¢ temperatura, a massa vokimica de um gis é diretamente proporcional & sua ‘massa molar, sendo a constante de proporcionalidade o inverso do volume molar: Qual a composicao atual da atmosfera terrestre? Dibxide outros gases yestigits A atmosfera ¢, maioritariamente, constituida por nitro- “p;o5e% sénio (= 78%) ¢ oxigénio (~ 21%), mas também contém, em muito menor percentagem ¢ em quantidades varié- veis, outros gases, como 0 didxido de carbono, o argon € o vapor de gua Composicdo méia atual da atmosfera 20 nivel do mar (vapor de gua no include). Poluentes atmosféricos A crescente atividade humana na indiistria, na agricultura ou na pecuitia, tem vindo a originar alte- ragdes na composicao da atmosfera e variagoes significativas na concentracao de muitos dos seus constituintes vestigiais, Os gases libertados em quantidades excessivas para a atmosfera provocam wma contaminagio pro- Jongada do ar, vulgarmente designada por poluisa0 atmosférica Dependendo da sua origem, os poluentes atmosféricos podem ser classificados como: + poluentes naturais (quando provém de fenémenos naturais}: + poluentes antropogénicos (quando resultam da atividade humana). Os poluentes atmostéricos também podem ser classificados atendendo & forma como sao produzi- dos, em: + poluentes primarios, quando sao emitidos diretamente para a atmosfera: + poluentes secundarios, quando resultam de reacdes que ocorrem na atmosfera, envolvendo poluentes primarios. Fontes de Entre as fontes de poluentes naturais encontram-se os ‘lobes, os fogos florestais naturals ea propria biosfera (decomposicdo de vegetais ¢ de animais,libertagao de ‘ompostos radiativos por macigos rochosos, como acon: ‘tece com a Ubertacio de radon, e tempestades de vero). 0 digxido de enxofte (S0,) ¢ um dos prinipais omponentes dos gases vulciicos havendo ainda emis- slo, em menor quantidade, de outros gases como 0 ‘onérido de carbono (CO) e o sulfureto de hidrogénio GS), ente outros. Durante a decomposicao anaerdbia de materia orginica ‘ni também emissio de gases poluentes, nomeadamente, 0 sulfureto de hidrogénio (HS) e 0 metano (Ci). Solugées, dispersdes coloidais e suspensées A.uma mistura de duas ou mais substincias dé-se o nome de persante, no seio da qual se distribuem as outras, EOE id ‘A queima de combustvesfseis, na produgio de eneraia clétrica, @ a principal fonte antropogénica de poluen- ‘te, lbertando dxios de carbono (C0, e CO), de enxofre (60, e $04), de nitrogenio (NO,)e outras particulas em suspensio. ‘As emissbes provenientes dos veculos motorizados Uber tam essencialmente mon6xida de carbono (C0), diéxido de cazbono (C0,)¢ dxidos de nitrogénio (N0,) formados ‘em consequéncia da presenca de Ne O, na cimara de combustio 4s extensasplantagoes de aroz, a criacao de gato © a atividade agricola em geral, so as principals fontes poluentes de metano (CH). ‘A emiss2o de gases resultante da atividade industrial, rnomeadamente,clorofluorocarbonetos (CFC) e divide de enxofre ($0,), sio outra fonte antropogénica de poluentes. persiio, em que uma delas é 0 dis- per As disperses podem classificar-se como solugoes, coloides e suspensdes com base na ordem de grandeza da dimensio das particulas dispersas. —solugoes + «bispersoescoloidais —_» ¢suspensoes lam Go%m Particula dispersas com dimensoes, inferior 211m Partculas dspesas ‘com dimensaes entre 1m et um Dametro dae lum partials ao) Particulas dspersas com dimenses superiors a1 um O ar atmosférico 6, fumdamentalmente, uma mistura homogénea de gases, ou seja, é uma solugio gasosa. No entanto, sobretudo nas camadas mais baixas da atmosfera, o ar também contém outros tipos de dispersdes, nomeadamente dispersdes coloidais (como o nevoeiro) e suspensées de matéria pparticulada (como poeiras atmosféricas. 3 COMPOSICAO QUANTITATIVA DE O que é uma solugao? Uma sol ea substincia na qual estio dissolvidos os solut "io & uma mistura homogénea em que as substincias dissolvi 's se designam por solutos se designa por solvente, O solvente é 0 componente que apresenta o mesmo estado fisico da solugo, Se houver mais do que ‘um componente nesse estado fisico, solvente & 0 que existe em maior quantidade ou, se as quanti- dades forem iguais, ¢ 0 componente mais volétil Composi¢ao quantitativa de uma solucio > Para caracterizar completamente uma solugio nfo é suficiente indicar quais sio os seus con: tes (composigao qualitativa). E preciso conhecer, também, as quantidade relativas em que constituintes estio presentes (composigio quantitativa), ou seja, a sua concentracao. Existem varias formas de exprimir a concentragio dos solutos numa solucao: meentragio missica (C,) Coe) Razio entre a masta de um solute eo volume da solugao, {Em geral a concentragao mssica exprime-se em gdm? (ou gL *) emboraa unidade no SI seja 0 kg mt * nr) ari enxe a quntiade de mati de um componente ea quantidad de matéia total da soli £ expresso apenas plo seu valor numérico, sem _unidade,podendo varia entre 0 (a substanca naa este na slug) e 1 (zubstancia pur) ‘A soma das ragbes molares de todos os componentes de uma mistura@ igual a1. E Se) Ya cao? ur = pox £0 volume desse scluto existente em cada 100 unidades de volume da solugo, ou sia, igual a 100 vezes a azo entre o wume de um sclutoe o volume da solugio, Dizer, por exemplo, que um vinho tem um teor aleaslico de 12,5% em volume, significa que existem 12,5 mL de alcool (etanol por cada 100 ml. de vino. EES ppm = Eo volume de um soluto existente em cada 10° unida- des de volume da solugi, ou ja, € igual a 10° vezes a razio entre o volume de um soluto e 0 volume da solucio Relago entre partes por milhio em volume © ppreentagem emt volum Ravdo entre a quantidade de matéria de um soluto e 0 volume da solugio. ‘A concentragdo molar exprime-se erm gel, em mol dat? tu mol L*,embora a unidade no SI sea mol m * ree Substituindo, na expressio da concentragdo massica, a masea de scluto pelo produto da respotiva quantidade de matéria pela massa molar, obtem se Mas Vea & =cM ee von) afm .a massa dese soluto que existe em cada 100 unidades de massa da slug, ou sea, ¢ igual a 100 vezes a 12230 entre a massa de um soluto © a masea da solugio. Por exemplo, no soto fisioldgico existe 0,9% em massa de clreto de sédio, 0 que significa que em 100 q de soo existem 0,9 g de cloreto de sido. Se Ci PBI = ze x10" Ea masea de um coluto existente em cada 10° unidades de massa da solug3o, ou seja, & igual a 10" vezesarax30 entre a massa de um soluto € a massa da solugao. Relaggo entre partes por milhao em massa e percenta- gem em massa: py = Ym) 10° momma eronsronugtes saan CConsideranudo uma concentragio de dix de carbono na almosfera igual 0,036 (VV) D possvel exprimir essa concentragao em + mpm, ppm, = 22x 96 Vj¥) = 10° x 0,036 = 3.6% 10" ppm concentragio molar, nas condigdes PTN (0.036% (V/V) para 0 CO, significa que em 100 dm’ de a exister 0,036 dm’ de CO,. 22,4.dm' mot" (condigdes FTN), enti: concentragio missica, nas condigBes PTN Como m=n M=1,61 x10"? <44,01=0,0709 g 0.0709 700 M eM =1,61% 10% 4401 =7,09% 10"! gd? 7,1 10-4 gdm Resulta: Cy = =7,09% 10" g d= 7,1 x10" g dv + 5mm), sabendo quea densidade do ar & igual 2128 gdm” ‘96 m/m) mex 100, Considerando novamente como base de cilculo 100 dim dear: p= TE = m= 1.28% 100= 128 g Ver Enso; (mj) = 207 100 = 0.055496 = 055% Diluigdo de solugdes aquosas Numa solucao dilufda 0 soluto é pouco abundante e ¢ concentragao é baixa, enquanto numa solucio, concentrada 0 soluto ¢ muito abundante ea concentragio ¢ elevada, Quando uma determinada solucao é diluida, 0 seu volume aumenta e a sua concentragao diminui, ‘mas a quantidade de matéria do soluto permanece constant. gl = Pr Como c= 1.9 n=c¥V, entie: Vv . V, oa Vana Geist Vins > Con = Gn Vest ‘Ao quociente entre o volume de soluco diluida obtida (¥,) e 0 volume de soluco concentrada utili- zada (V/) chama-se fator de diluigao, que indica o niimero de vezes que a concentragao final é menor que a concentragao inicial, ou seja: TRANSFORMAGOES QUIMICAS laa Uma € uma transformaglo quimica que leva i formagao de novas substincias. Durante a reagao quimica existe rutura de ligagdes quimicas nos reagentes e formagio de novas ligagoes quimicas nos produtos. HoH oe HH Reagentes: Produtos da reac: utura de ligacoes Formagao de ligacoes A rutura das ligagBes quimicas nos reagentes A formacio das ligacbes quimicas dos produtos, ‘envolve absorcio de energia ~ provoca libertagao de energia — HHHHOO Energia fornecida HH | as igacces H—H | dos reagentes Enorglapotencial, Reagdes quimicas endotérmicas e exotérmicas: variacdo de entalpia ‘Come a energia potencial que resulta do rearranjo molecular numa reaczo quimica ¢, de uma forma geral, totalmente convertida em energia térmica do sistema reacional, a variagio de energia que acompanha uma reagio quimica repercute-se numa variagio de energia térmica. Como tal, utilizam- -se os termos endotérmico exotérmico para mencionar os processos de transformagio quimica que ocorrem, respetivamente, com absorgio ¢ libertaglo de energia térmica. Esta variagio de energia pode ser quantificada através da troca de calor que se estabelece entre o sistema reacional ¢ a vizk- sahanga, em condicbes de pressto constante. A energia medida nestas condigoes tem a designacto de variacaa de entalpia (4H) de uma reacao quimica REAGAO ENDOTERMICA + A energia dos reagentes é inferior & energia dos produtos. +A energia envolvida na rutura das ligacdes quimicas dos reagentes é superior, em valor absoluto, & energia libertada na formacao das ligagSes quimicas dos produtos da reagao. u sistema reacional exige um consumo de cenergia para que a reago ocorra, apresentando uma variagao de entalpia positiva AH>0 ‘Atomos separados Foe end endolenefgia sbrofica Nberade GHPS) akyeo | Produtos ‘Ey ore Ea < crerstlcn | Tao reagentes Em sistemas isolados, e para uma reacao endo- térmica, parte da energia associada a agitacao das particulas converte-se em energia que é ab- sorvida pela reacio quimica sob a forma de energia potencial, provocando a diminuigao da temperatura do sistema reacional. Eat Tipo de sistema] ‘Temperatura | Energia total Tsolado Diminei No se altera ‘Aumenta, capta Abert efechato Mamtem-se Aten: OPE REAGAO EXOTERMICA, + A-energia dos reagentes é superior 8 energia dos produtos. +A energia envolvida na rutura das ligagbes quimicas nos reagentes € menor, em valor absoluto, do que a energia libertada na forma- Gao das ligagdes quimicas nos produtos de rao. ‘ Como resultado ha libertacdo de energia do sistema, apresentando uma vatiagio de ental- pia negativa, AH Energia (entalpia) ligagao produtos AH=2 Dysarts Dyce ‘A combustio do etano pode ser traduzida pela equagao quimica: 2 CHa) +7 O.{g) + 4 CO,/(g) + 6 H,O(g) —4xtic ‘Assim, a variagio de entalpia seré dada por AH=2x Deg + 12x Dew t7X Doey~ (8X Decoy t 12 Don) AH=2% 348 +12 4144-7 x 498 ~ (8 x 799 + 12 463) AH=9150~ 119 — 2798 k] Nesta reacio libertam-se 2798 kj de energia por cada 2 moles de etano ¢ 7 moles de onigénio consumidas e por cada 4 moles de diéxido de carbono e 6 moles de Sgua formadas. a raoeaeines muna IES TERA Precast eC LeU ‘ Fotodissociacao e fotoionizagao A radiagio eletromagnética, ou simplesmente a luz, ¢ capaz de interagir com a matéria, desenca- deando transformagoes quimicas. As reagdes quimicas que se iniciam por agio da luz. sio designa- das por reagbes fotoquimicas e correspondem a processos endoenergéticos, isto é, a processos que necessitam de absorver energia para ocorrer e que apresentam uma variagio de entalpia positva Dependendo da substancia em causa e da energia dos fotdes incidentes, podem desencadearse dois fenmenos: FOTOIONIZAGAO FOTODISSOCIAGAO Reacdo quimica desencadeada pela absorciode | Reacdo quimica desencadeada pela absorgao de sum foto capaz de provocar a ejecio deum ele} um foto capaz de provocar a quebra homolt- ‘20, ou seja, de ionizara substincia —forma-se } tica de uma ligacao entre os étomos que consti- um io. tuem a substancia — formamse radicais. MSM +e ABA YB 0 que é um radical? Um radical ¢ um étomo, uma molécula ou um io que apresenta, pelo menos, wm eletrdo deserpa- relhado, ou seja, tem pelo menos um cletrao isolado numa orbital. A existéncia desse eletrao desem- parelhado faz com que, no geral, os radicais sejam espécies quimicas extremamente reativas, tendo 6 eletrao grande tendéncia a ligarse a outro eletrao de spin oposto, mesmo que esteja localizado numa outra espécie quimica, Os radicais apresentam as formulas ou simbolos quimicos com um ponto que represent o eletrdo desemparethado. H,0— OH +H" BB+ Be Estabilidade de espécies quimicas na atmosfera ‘A.atmosfera terrestre & composta por quatro camadas: troposfera,estratosfera, mesosfera e termosfera, A termosfera, a camada mais externa da atmosfera, ¢ atingida por todo o espetro de radiagio solar que chega a Terra. Existindo radiagbes muito energéticas nesta camada, a interagao da radiagao com 4 matéria desencadeia reacbes de fotoionizagao e fotodissociagaio das moléculas de nitrogénio (N:) € oxigénio (O)) Fotoionizagio: Fotodissociacio: N,SSN, +16 AH-=1505 kJ mol" N,USNTEN' AH =964 kj mol 0, "5 OF +1e AH=1144k) mol 0,45 0°+0" AH =500kj mor Na estratosfera existe outra molécula constituida pelo elemento oxigénio que apresenta um papel relevante no controlo da radiacao que atinge a superficie da Terra. Trata-se da molécula de ozono (0) a radiagao, sofre fotodissociacao. que, uj Fotodissociagao: 0,So'40, AH=387kj mot" D snanaoas I + a interagao da radiagao com @ matéria, na atmosfera, desencadeia processos endoenergéticos: + a energia requerida para a ionizagio das moléculas de N, € O, & consideravelmente superior & que é necesséria para as dissociar, + quanto maior for a energia de dissociagio de uma molécula diatomica mais forte €a ligagao da molécula: ~aligagaio da molécula de Ny é bastante mais forte do que a ligagio da molécula de O —a ligagio entre os stomos de oxigénio é mais forte na molécula de oxigénio, O,, do que na molécula de ozono, 03; + existindo radiacdes muito energéticas, na termosfera, a interaclo da radiaglo com a matéria desencadeia reacdes de fotoionizacio; +. fotoionizacao e a fotodissociacao das moléculas de N, ¢ O, sao desencatleadas por radiacbes das gamas mais energéticas do espetro eletromagnético; + requerendo, no geral, menos energia, as reaghes de fotodissociacio podem desencadear-se tam- bem em camadas inferiores da atmostera Ozono estratosférico Grande parte das radiagdes mais energéticas do espetro eletromagnético sao absorvidas durante as reagdes fotoquiticas que ocorrem na termosfera. No entanto, ha radiagio ultravioleta biologica- mente nociva que atinge a estratosfera ‘A camada de ozono ~ 20na da estratosfera, onde se encontra cerca de 90% do ozono que existe na atmosfera ~ absorve grande parte das radiagdes UV (funciona como um filtro solar de radiagbes, UVB, bem como das radiagoes UVC que nao foram absorvidas pelas moléculas de oxigénio na me- sosfera), impossibilitando a sua passagem para a superficie terrestr. Sydney Chapman propés, em 1930, um mecanismo de formacio e decomposigio do ozono que ex plica a existencia da camada de ozono. Formagio do ozono: ‘Decomposicao do ozono: 0,4) "S oO) + 018) fe) “S O18) + O48) (O1@) + Oxf) + Mig) > Ose) +M’(Q)) 2 Og) + Ole) > 20418) 30,(@) 320.0) 2.0.18) +3 0.) Gmro {rors erusromugees DAMME Efeito dos clorofluorcarbonetos sobre o ozono estratosférico Num estudo de 1985, Joseph Farman e a sua equipa reportaram a existéncia de uma expressiva rare- fagao de ozono sobre a Antirtda, que denominaram de “buraco na camada de ozon0”, cua origem foi, mais tarde, atribufda ao uso dos clorofluorocarbonetos (CFC). Por serem gases muitos estaveis, os clorofluorocarbonetos (CFC) podem atingir a estratosfera sem se modificarem. Nessa camada sofrem fotodissociacio pela radiacio UVC, formando radicais cloro {que alteram o ciclo do ozono. CoHFig) “5 CCL Fa) + Crs) De acordo com esse mecanismo, o radical cloro reagiria com uma molécula de ozono para formar um radical mondxido de cloro e dioxigénio, Cig) + Os{g) —+ CLO'(g) + 0418) ‘Num tiltimo passo, 0 monéxido de cloro reagiria com um radical oxigénio para se estabilizar, for 'mando-se de novo o dioxigénio eo cloro radical, que fica livre novamente para atacar outra molécula de ozono. CtOV@) + 01) Cig) +0.) ‘Trata-se de um ciclo ern que o radical cloro viabiliza a decomposigao do ozono, contribuindo para a sua drastica diminui¢ao, sem ser consumido. Dessa forma, os gases destruidores do ozono perma- necem ativos durante décadas na estratostera, Ozono estratosférico e ozono troposférico O ozono é um gis altamente instivel ¢ muito téxico, A sua acumulagdo na troposfera pode originar problemas respiratorios ¢ irritacdo ocular, alémn de ter um efeito corrosivo em diversos materiais. E também um dos responsaveis pelo efeito de estufa e participa na formacao do nevoeiro fotoqui- ‘ico (smog), que surge nos grandes centros urbanos e industriais. ‘Assim, pode falarse em dois tipos de ozono, consoante a camada da atmosfera em que este esta localizado: 0 ozono estratosférico, que funciona como filtro das radiagdes UV protegendo a superfi- Ce terrestre da sua ago danosa, ¢ 0 orono troposférico, que atua como poluente quando apresenta, ‘uma concentragdo acima do recomendivel. Altitude he) 8

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