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Agostino, 2 SERRE S PE fresco do Lice 0 See HORACio . eg Propriedade da «Academia Poriugues rES—Director da Faculdave de Letias COLABORADORES FORO DA SILVA cont Je edo Nines Gero be ont da Lieu de Ncobaga €P SANTOS PEREIRA ra publicist (Constituenda) EIA—Professor da Faculdade de Lisboa it JOAQUIN, JOCABETTY ROSA-Drol. da Escola isas0r do Vices do Vises rreita Borges ANTONIO MARIA LOPES™-Prelessore Faculdade de Letras a Lisboa Tardes de Létras Pal unt rerdidetro Goulden inh Jectual a tarde de letras, no passado dia [4 Peter ne te cor eel yo Pace « nosbo muito queride soubor dor Snr. Dr. Agostinho Fortes, f&s a. sug |g confertnela ‘Versando um téma sobremodo sujestivo | *A civilizagio moderna como efeito do} esforgo consciente da gente portuguesa do seculo XV»—éra de esperar.que a Sala dos ‘Actos ge encliesse de espiritos Avidos de st ber. ed (© distincto professor, sociologa ilustre, hiistoriador competentissiino orador. ‘com rraras faculdactes, provow-nos que as viszens dos jueses nao foram ums aveutu- +zas, neti @bra de insensatos. Elas pelo contrério-ohedeceram aum s- pirito de supremacia, a uma orientacto -fonsciente, Depois revelottnos 0 que elas troixe=\ ram 4 Europa nos sous inimeros aspectos. “abi it 4 aesfencia tuto 26 ae for uma salva de palms, na. qual ia todo 6 seu contentamento pela prelecto schela de entuslasmo e de valor. = oI —— Festas Escolarcs Instituto Comercial de Lisboa | Uma comissto de alunos deste Init: | to levou a efelo uina festa no salto da Ik Iustracto Portuguesa no dia 21 do mes pas ‘ado que corret muitssisio animad, «A Academia Portuguesar agradece 0 amayel convite qu the fo feito. Escola Comercial RODRIGUES SAMPAIO Organizada pela «Caixa Fseolarr levam a efeito os alunos desta Escola, uma festa de homenagem a0 seu Corpo Docente, na noite de 11 do corrente. 2 also da festa ser feta por um alu no da Escola. ‘O lustre professor Ex." Snr. Dr. Bar- ‘bosa de Carvalho, foi convidado. a tazer| ‘uma conferéncia. A eloquencia da sua or S6ria € suficiente para o brilho desta festa ‘Seguirsed baile animado por uma das melhores orquestras de Lisboa. (Os seniiores jornalistas que se digna-| am assistir, bastard apresentarem seu cartio de Imprensa. Fropagai e deferidei.a Acatlemin Portuguesa rida alaere pelo pats inteiro| A sil, tisoente a poente, dos Fecacoto inumeras cartas € postais, fellcftando-n0$ © incitando-nos a marchar, ’a hora solene! Fa hora culminante Hoje, como munca, temos uma necessi-| due imetst de pedintios ust, 0 que nos é lito. Reunir a Academia, juntar 0s novos que anclain espalhados, auscaltar as intel ‘gencias que se abrem para a vida cheias de somho, de-aspitagies, de novosshorizontes rasgados ¥ custa do seu batalliar, € um pon- to capital neste momento preetso em que ftantis e fo boas coisas se podem fazer. (O nosso congresso cheio de ideal tent comp inoxacza,_ coma. assupto_palpitante, espertar aquelés que ainda dormem, e mos. trar aos homens que, ndo acreditam'na nos- ‘i tareia, que traballiamos Incansavelmente, | sOfregamente, cheios de vontade e ardor. ”) As teses @ apresentar terio 0 condao| ide sér o mais elevadas © completas a ajui-) vat pal fine br académen que It se irk edn. ‘A mocidade portuguesa vibra de entu- m0 a0 sentirse atrair pela atengao ge ral, i Os mogos acadéinicos estto sentindo ‘quanto valOr fem a sua capa, a capa negra’ fe velhinha que irzo tragar quando imbut ddos no sew papel de homens que pensam, dliscursam para a multidao, falam para o gnatirios das outras missivas nao Ihes fazer nosso querido colega da Faculdade de Di-)" «.."Ela tem o dever de agit, avancan-| do pata a conquista das suas legitimas a3- Piragdes, concretizando justos desejos, im- primindo, dia a dia, nos seus atos, o cunho fda sita ihdividualidade, “Assim, ‘completa mente unica, pela solidariedade nascida ©) levantada.d sombra duma grande Associa-| ‘lo Acadéinica, a Academia Portuguesa pode consiituir uma colectividade que, com (0 seu prestigio e a sua organizacao mode-| ar, contribua para o ressurgimento de Por- fugale. = E depoi “Nto desanimem, e deem vida, incutam Brinde da Academia Portuguesa Registamos ainda miais wm concerrente ao nosso brinde, que & como dissemos, una posta de guinianista @eseother na tmportan- fe fabrica “A Nacional & Francisco dos Santos Viente Junior gue escothen. 0.28 4. e Assinantes propostos: Fernandes, Emesto R. da Silva Junior, Atherindo Duarte José Aiigsto More [tins © José Angusto Madetra aa Costa Cax bral. E" pela’ lotaria desta semana, como ais semos, que se considera rifaida a pasta, ca- endo ao qite tiver-os dois numeros. da Cer- ‘minapdo da sorte grande. renee —— mipERUA TA direegto déste importante estabele- cimento de ensino particular da capital que desde a sua fundaglo,b& 12 anos, estava a cargo do Snr. Dr. Rui Gomes da Costa, ‘nosso professor ¢ amigo, esté agora contin: da ao Dr. Faria Rocha, Que 2 benéfica acco instrutiva e edu sativa desenvolvida pela Escola Minerva seja continuada com a nova direcgao. Paraldade de Direitn de Lishea Procedeu-se 4 eleigto dos eorpos geren- tes para 1933 da Associagio Acaémica des- ta importante Freuldade da Capital, cujos Fesultados foram os seguintes: ASSEMBLEIA GERAL Presidente Acicio Gouveia; bert etista Gomes ¢ 2° Secret ESCOLA 8 Valet, a JUNTA DIRECTIVA Presdente—Acfeio Gouveing Vice-Presidente— Fra Nondete ¢ Silanes ese CONSHLHO EXECUTIVO Presidente! Portier; Secretrio—Jos cove Fetes Testutros Atco Cac Bisse fe Sede""Baiets Gomes ¢ Diss ¢ Bespin, Froncaco Bigot 03 05 ilustres colegas & fesperamos ver levania: o ainda mais 0 brilhn da numerosa cole: cfividade que vo gern ee alma académtca & gente nova do academia [portuguesa envelhectda ‘Assim pois com auxiliares tao precios 4 nossa missto coutinuard fazendo espalhat, nals forte, mais energica, mais alla a nossa idea priméira, 50 Académicd. n ‘dum grande Congres- storia e aFilsolia como directrizes sosiais © sSculo que atravessamos, aquele que enfaticamente se apelida de «-éculo da luzs, de velectricidade>, da «T.S. F.> @ nao sei de quentas mais descobertas: ciestificas, tem uma necessidade muito ‘isis imperiosa que o embrisgemento en- tea onda avassaladore do progresso—0s €stiidos sociel Fouillé j4 da patria de Hugo, clamara ide de imprimir ao século XX, social, moral, duma filoso fia estética do bem e do belo. Ne verdade, enquanto a maior parte da mocide:le coeva enda ewbcbida ns ‘admiracio dos progressos materiais que ‘a cocia experimentsl nos oferece, es quecenido, ne contemplacéo e admiracio statica © passiva, © papel que tem a dee ‘sempenhar no grande agregado humano ; engusnio os homens de ontem permane- ‘cea, manictacos aos grilhGes dourados do ue outrora Thes parecia ideal explendo- Foso © ¥gora talvez convenincia ardilo~ ‘sa, enguento alguns se entregam @ um alheamento de st e dos outros relugian- do-se num misticisto contemplative e es-| perangoso eenquanto aqueles que jalgam Arabslhar mais para o progresso da.so- ciedade, pordem o seu tempo em lutas olfiicas quads individuais, em choques de leias nos cérebros nb préperados pare concsb-F 0 «belo» @ 0 «bem» em toda a ssua plenitude, olvidam-se os pontes ma- (goas, o problema mais importante que a Sociedade nécessita—a preparagiio intele- ‘clual e social das novas geragées. Sim, é necessétio escolher as directri- es que as hostes humanas bao-de seguir, {qual'o molde dos caminhos que c homem Hhacde vilhwr, qual a luz que o seu espi- ito ha-de estolher. Desde tempos remotos que as socie- dades tiveram por guia qualquer cousa de preparative dos espiritos bumanos. A principio a credulidade religiosa dos ntvis, o/complicado € vicioso si tema ‘Pozin co em Roma e na Gréci, as mil ¢ Lina frees de credos e religiSes, 0 mis- ticismo escoldstico de Idade Médias de-| ‘pois a contianga cega na cigncia, a abso- Juta 18 da explicagdo do universo inde pend.nie do «cosmos ; « seguir a creda- Ja confines dos fins do século IXX na isid ia e fnalmente em nossos dias, um misio de Correntes desencontradas cho- cando--«, mutuamente, céntrariando-se, fopoodo-se, expalbanda 0 caos e a desor- dem por tods a parte. Aqui uma renascenga catdlica despe-| dagen to-se contra @ autoridede hist6rica ‘ou cientiice, alem o progresso experi ‘mertal encosteando a oposigéo de espiri- tos idealstus'e indiferentes ao material ¢ mais adcante, qué isnfocada pelo eluvido das idcias, 0 hist6ria agarrando-se 4 au- toridade de> factos, como naufrago a ‘bos mov Preco pelo correio, 500 académico Mermelo e Silva conquistow ‘com esta obra de alto valor, o titulo de Pensao Goncalves Rua Luciano Cordelro, 8 Telefone N; 5296 Comida com abnndancia e cosinhada ‘com © maximo asseio Pregos médicos iJebines. para’ (ish deadeledoa A Academia Portuguesa Evora AVANCEMOS!. Em Cai sobre nés um ice-bergue de in- diferenga, sempre que tentamos qual- quer movimento literdrio, neste meio falsamente cultural a que pertencemos. Todos os impulsos da vida literdria ou jornalistica sao canibatescamente espe~ sinhados pelo indiferentismo baixo da ‘Academia. Dai, esforcos titanicos quési, quan- do se procura firmar algum esboco lite trio. Tem silo, assim, ingrato 0 esfor- ‘60 realizado pelos rapazes da Acade- mia Portuguesa, neste mare-magnum de ndo te rales de uma grande parte dos estudantes. Mas ¢ preciso avangar! E’indiscutivelmente elevado o fim pro- ‘posto pela Academia Portuguesa: con- ‘retisar 0 nossos direitos. constante- mente amorfanhados, expandir 03 nos- $0s sontios mocos, colorit a bizarria in- -constante dos ossos amores: . Sao talvez os métodos medievais do. -ensino a causa de tulo isto. . Quasi tudo se dirige 4 meméria, nada ao ra~ ciocinio, 4 inteligencia. Um bom aluno precisa $6 decorar, mesmo sem perce- ber —benditas excepedes!—, e repetir, fia inconsciencia de um disco de gra- fons, perante o mestre,'perante'todos. Saem das Universidades doutores ? Talvez-.. pondo, na maioria dos casos, 4 frente: bagagem cientifica, caixotes de teorias, unindo os termos pelo sinal de igual ! Daa incompetencia, exames € mais exames—Selecedes! Dai nao se fazer ciencia-nova, a iniciativa indivi- -dual, 0 entusiasmo, 0 gosto, nao terem ACADEMIA PORTUGUESA existensia entre nds. E vemos, triste | do diariamente para as escolas 86 para Mudir. do século XIX: pensar. a livre imaginagdo constituem ‘mecanismo, a sujeieao d autoridade. « . | do preciosissimo dote que a Natureza nos da—a Meméria, tronco eloquentis- simo donde partem, 0 racio emputemos pela intoxicagdo do exces: jsivo descorante —tudo 0 mais! isto, que a moltidao académica € niti- Jdamente refractiria no seu gosto para assuntos independentes, como seja um tando-nos embora, avancemos Academia Portuguesa tem progredido, mas ndo progredira sem n0s ; auxi mo-la, avangando. A fusio de «gen- te-Nova> marca lum enorme avan¢o na sua luta, defenindo-a quasi, enrique= ‘cendo-a, fazendo-a avanear. A pa gina feminina enaltece-a tambem... votos ! A. Leite da Costa. _——_— TOCANOD A GARGALNADA A Done Latiniate muito senbora do seu nariz tem aspiracGes b caste com um jut. we O Be hrc, depo de ae ises sobre andlies, deasobrio que # pulBs tem o condao de dar saltos. s ee “6° Pinto-panssaio,trenco de numero- 88 frviliss zologisas| chora amargamente @ perda das suas esperancas..- que, dita o Gargate 2. © Silva, celebérritas vai-se fornando, bre por vie do telefone. . ‘Mas eles nlp sabem dest! <0 Eletro depois de férias apareceu unt Aormisndo, preguntam-aos porque...» (Oh colegas voces sabem?... =O Abilio vai-se tormando Petrbaio, ten-| cionando onudar a padeiria, para Leiria, por vwia da Maria. =A troupe ite stettan's velo cair 98 cepatorta 0 Temudo desde que vin certo film se cconsidera um gatgon charmant; 0 mesmo ters ‘aspiregaes a alfsste ‘Coitadgs eles sto tantos!... =; Ciciros da 6." de Letras andam a0 sdesalio com as 0 0s apds evolughes aereo-| COBRANCA apresentamos a expressio do nos- 30 reconhecimento pela ‘com quo satisiizeram os seus recl-| bos. ‘A'queles, porém, que nao se en- contravam em casa quando 0 cor-' reto Ihes batew 4 porta, ou que nao) puderam Ir satisiazer 4 estacao te- Tearato-postal, por ticar distante,| padimos a fineza de nos enviarem i importancla da suaassinatura em moeda papel ou selos, a fim de nos’ pouparem despesas de cobranca 0 que antecipada e reconhecidamen- {te agradecemos. eS EATS CURSOS DOS LICEUS AULAS INDIVIDUAIS verdaie, uma leva de forgados entran- Disse um grande pedagogo nos fins ‘ Esta Biblioteca esta aberta ao piibiico das: 10 as 4 horas da tarde, em todos os dias fileis, sendo bastante frequentada. essencial- ‘mente por esfudantes. Esta freqvrencla, ago~ fa mediante @ apresentagao do carlo de identidade, & ferda no seu peso numérico or variadas circunstancias., Nao, s0_ pela apresentacio do bilhete de identidade que fem todos sempre frazem cons\go, mas 30 Dretudo pelas horas do seu funcionamento~ ‘As aulas no Liceu, que comegam as9 bio- rag da manha, terminam quasi sempee & HO raem que & Biblioteca encerra as Sues pore tas, sendo impossivel a muitos estucantes frequenté-la (Ora, sendo de méximo interess= a grande: er elguma cost, lembranos a quem de dt feio 4 conveniencia da allemeb) do Norio fia pitjteca Pde Evora, O meio eboeeme 2 pobrsimo am coos agra onde sapnsada academiea se rein. Dspole dae aes, os esludantes nfo hfo-de pass 0 feb ante’ espago do ia as pensbts 40 canto fia shaming, cochenando intigas someste as, ou vegueat plas res desetas e fre a capital slentejana, a nearestnisando-se © ssrixido-se até com a ida de cate. Esta & Preise Pretendemos, pos lembrar este circunse tancas e peur ao a inisro da Insrugao Gi'a quem competenieo fancoramento, B= eluins da vallossia Bibloleea - de Eyo- fay onde, nas suas amplas sala os estudan< {85 se podeacem encontay, Tere alé es udae ss auatligies ‘Agu dernamos Este pido, cetos ds que ubin duviderd das duas fazbes e urgente ulitdade. BE" conveniente sllentar que 0 actual o- rds da bibboteca InpossPbl ta p ee mple- tora presenga de multos eborenses,empreza- dog bmn euitinigs, no comerco. ec. L'a pots, um eto de lz, de insirucio 2 aque Bey. etebaos dos haboates desta cidade fe aquem Te. Se LICEU Explica-se 0 curso dos liceus ‘@ ambos 03 sexo5 Pregos médicos Calgada de 8, V cente, 94-32 D.! — Li bow {unto ao lieeu Git Vicente) EE SENHORA i Explicagdes a alunos do liceu, ras- tamento. ponsabliisando-se pelo aprovel- | R. Campo de Otrijue, 174| 2, Bardo de Sabrosa, 176-1 Ensing a lingua franceza, por precos mbdicos ted LISBOA 1 DE FEVEREIRO DE. 1933 New ANOT oo0stitaooesoastiasae scnstennosccst tio Direcgfio ae: Redaciores: Jorge Antunes 6 Teno Felyiias ae Gente Nova Secedo cultural, artistica, desportiva e cinematogrdfica Azlahal Abetho, Penafore le Costa, J. Maria Atay dee Pinintel Barata sausomcceg ~ EDITORIAL _ Quando nds marckamos no mellor da ‘nossa vida, quando supomos abertas de par €m par as portas que nos conduzem ao pald- lo do sonho, para fazermos a jenuflexao perante a deusd suprema da Ventira, dando- the gragas ¢ ergier-Ihe hinos, uma mao be- sca 0 nosso sér, e uma dér imensa faz-n0s ‘recur. ‘A vlda de cada dia arremessa-nos uma ‘série de peripécias nium precipitar constant E’ 0 plparotear aflitivo sobre a nossa. fragi- tidade. Vicemos na iusto da. grandeza. Um sim- ples toque, 2 els 0 nosso castelo derruido. Owvtmos urea jura. Uma nova atitude, e eis 4 Jura quebrada, Fazem-nos uma afirmagdo.| Uma nova aurora brilhow para aumenter a nossa esperanea. Um debate, uma réplica, @ tis a afirmagao tornada em ditvida. E assim que nos verpastam cruetmente, quando simples e satisfetos, acalentam den: fro da nossa alma uma auréola risonha. Foi hd dias que recebemos de chofre, de) cara acara, de manolra ingrata, a triste e dilacerante noticla da morte do professor Dr. Mario de Alenguer. ‘No aesperavamos. Sabiamos do estado precitio de Saude do distinto homem de le tras. Tinhamos conhecimento de perto como ‘caminhava a passos grados assustagores a| ‘sua terrivel doenca. Mas que a morte nos ‘roubasse a sua compankia, mas que a morte ‘nos tirasse 0 seu eonvivio, nto esperavanos, ‘nao esperavamos na. verdade, Espirito licido e inteligente, com wma ba- gagem excessivamente completa para a sua| tra; outra ainda, ainda mais uma - 03 por E fodos 0 escutavam com um compene- trado respelto com uma dedicada afencto. “Ali, mais do que o mestre, eslava o ami ‘go, estava o conselteiro, estava o inicador Gum caminho a tomar na vida. De Lisboa fot para Paris para vir se lt consepuia descansar um pouco o seu cérebro intranqalo e 0 seu espirito preocupado. Todavia a maldita doenge nao 0 largava, Dir-se-ia que ela bailando a sua frente, co- imo um espectro harrivel, procurava anigui- Tar agusle homem ainda novo, «de quem ha- Mla muta @ esperar. ‘Jd numa casa de solide francesa, talvez depois de muitas noites de vigitia sem con- ir suavisar 0 sex espirite, quis dormir uns momentos. Una hora passou Mais ou- Weirosgiravam 2 0enfermo descansava enfin. Felismente dorméa. Mas as horas soavam de ‘sessenta em sessenta minutos, e Dr. Mario de Alenguer nao dava sinais. Foram ver dormia a séno eterno, 0 sda dos bons, 0 tl- timo, sbn0 gue nos espera a todos. Morrera. Bom amigo ! grande amigo 1 Assim nos roubaram um ente que por rds \foi tanto. Perdemos com 0 sew desapareci- ‘mento um mestre e um consethetre, Ainda escrevendo este artigo, sob a emo ‘elo gue me causou a triste nova, julgo viver num Sonho. ‘Nia pode ser! comento. Mas logo cato fa realidade plas plavras gue ouo de to- dos os seus discipulos. Paxemos as nossas capas riegras como a lta missdo, qual é a de ensinar e educar,'dor que nos acompanha; apertemos ‘Br Mtoe Alenguerimpaserse & eons: dehelnio as ere cure db soso elarin, deragao de todos 08 seus alunos ed ailmtra- Granco coma a sinceridade da nossa masifes fo de todo o professorado. ta¢ao; e ofertemos d memédrla de Dr. Mario Viajando em peregrinacdo de estivdo pe-'de Alengusr estas saudades, saudades-pala tas Universidades europeiastrazia até d nos. yras, saudades-fldres como ultima homena. apa ad gos alaos, «gam tle queria gem, como reconhcimenl de ger fol ta Eniads, ane die de lnbecbhantos, bilan oT ee Fetes PE bens et. hao te indicaroes. Jorge Antunes. ANT HANNAN ANAKHNMATH ENEMAS Se tu te corrigires, querida Lisboa!?! ‘Mas e dificil eu bem sei, pois pos- suis uma alegria invejavel, essa alegria ‘das gargalhadas do sol que partilhas Vais ser nesias erénicas alfacinhas com todos 0s que te cercam € por 10 analizada com minudéncia e justica, vou gos aue contigo convivem. Depois con- mecher nas tuas chagas, vou falar das| servas uma mocidade inalteravel com os Crénicas_alfacinhas feat aguete gee ¢ fort culo bom assim que eu fulzo que deve realizrse un Festa ‘courateraaagagae © assim que dove fuicbae-se-« Festa da Patise ‘A cicerrar a stssio, @ Ex", Sr. Coronel Lopes Gaivae, em nome da deeeio ds Sociedade de Ge= uray prafer um brisante ueeurso de seilacao ts «GVOS DE PORTUGAL. mifestow © seailinento ea shnpatia da cefed- ja Sitiedade, pein obra, meron que oN, Be ote realize emnforme foes explana no diseu= Syido Sr Dr Comes dos Stotos. & salou a nee eesssicase especialmente no aepecto eu et noses oor mano ques bieeseny da Suctequle de aa aio RR oat 0 de Portage, gue se propoein realizar mir de Ressorghmenio da Patan ACADEMIA PORTUGUESA z A “Academia Portuguesa” em Braga Redacrao Delegada—Avenida Ceniral, n.° 170 Carts Viana Rntini'Va antanes REDACTORES: Armando Cacia [ese Se Antonio He Ribeiro da NINHARIAS 0 restticto limite do 36 admissbes de ca- a sexo fs Escolas do M. Primario, éno pa- recer de todos, motivo, jusilficave!’ de_ ver dadeiro desanimo. Centenas de rapazes, mocidade alegre © Isboriosa, vem. surgit ‘n0 seu pequenino eampo de esperaneas um fuluro pouco ou nada prometedor, As dif. culdades que de ano a ano opoem 20s estu- los0s,é Carreira demasiada ingreme para se veneer. Muitos, em frente déstes_insuparé- ‘vels obsticulos, delxam os seus estudos ‘completo: por falia de melos. Outros, nao podendo levar alto as suas aspiragbes, pro- Curam um curso modesto que os possa pre= ‘caver contra vicissitudes futuras. INésie curso esiao as escolas de M. Pris miério, Ainda hé bem poucos anos estas es ‘colas funcionavam quésiexclusivamente coin alunas, sentindo-ce a falta de repazes.a pon 40 da imprensa se Ocupar disso, 0 que se ‘prova com as iniimeras escolas x fue so e serdo ainda che soras ‘Também @ certo, que os candidatos 0] M, Primério, téohiam apenas uns conbecimen- 408 reduzidas, pois eram admitidos pds um reve exame de instrugio primdria e, no pe- dueno espags de 3 anos estavam aptas a po der exercer © professorado, Entre tanto. ndo acontece agora! Lavoisier o disse: «tudo a fransformars, ¢ assim, s6 quem fiver 0 curso. eral dos liceus (e ste com 12 valores), po- ‘dera concorrer Aquelas escolas, detdo dificil) acesso, Porque? Serd para debelar a crise do desemprego? Nao, porgue parte dos alunos _que_pre~ ender tirar hoje 0 curso do Magistério, o-| ‘Dedecem as circuns’ancias, por 020 terem em Que aplicar a sua actividede a um dado eme-| ler», em troca duma pequena remuneracio. Bor isso baterem as portas das Escolas| Normais numerosos aspirantes a0 professo- rado_primdrio. Sémente ojrsis6rio niimero de 36, de cada sexo, foram admitidos, mas es acaba (Ornish Fetciai Fees ‘Cute Sor, Director | Permitssme V. que ao interessante ings rita do wuso capa'e bstinss ventlade 20 je nalgue Vi intel jemernente digs, ved dat, a0 inea oro cavsifcado desuepeito egy so como sluvo do Tisenito de Eosino. Nor imal, mas fazer wine pectena altsz0 40 Dae feecr de academia co heed de Brage o> Sndtine reproves 0/00 ds capa: ao8 este | dunten do'1" G2 N, elegendo t€fcrs sles 46+ Imengeo px pit tho esclarecer para a resrnte academia do pals melhor sorroborar favoravel 0 no mr Sesejo dn acndemin bracarense, que tre {io dames et gue poeta repiee taro uso ca caps, excalhea tees que acho fetem os menos foidarnentador, a8 $5 12) osestideniesdaguele Instituto, a msior Duarte dries nav tem 0 52 ano ® algune {eem spenas a instracto.primare 28) ean Cotmsbre nao € perio 0 tao mese 0 a a eM on 30) 0 datunseg capi oats pel alanoy ab TEN, eth, ato, ts totes oa] ‘nplicaidos dv endo parGeulen Ache muito bem a atvade tomads pele senda bracaenve que ns mr fence ex presafo defende o prevlégo que lhe € dado fe sae espa e baton, em temp, restctax al por abuso qu se divulgou nos licen BE, Normals, F. dos Correos, E. Academica, fe divlgard tambaia nos Tnvetivos de sino Norms, com erelo ve ext fazendo no Ponte, hed Tistatos in uma secefo pedoge-| gies que s6 pode ser Srequentads por alunos Sue tehem' corso gers! dos liseus'e que ® Grandi | go Licew $4 de Miranda O Uso da Capa e Batina tendo reunida » academia com poderia ser lundoime em reprovar o uso da espa? DeV. Carlos dos Santos. Do nosso celega Armando de Silva Nix ves alune da 7. classe de ciencias do Licen, de Vila Real fecebernos uma carta de qual franscrevemos as seguintes pessagens ! Reece ce fae unaias wees ren laces oreten ts Tee Peeiee eoees aveeal eA ceaeNes aeloeet fetch eae aren dear depois?e - Hetee of lid soot cs gall austin angel pueeene Gurus cadena frets ios, perm eirata’ professor. que, ‘poder cuncorrer as'escolas. femiin ‘em casa aguardando vagas que injusti cavel- ‘mente sao preenchidas pelas suas gentis co- flegas? De certo, so ninharias de somenos jimportancia. os FRANCEZ Da ligdes Em cursos de 2 alunos 35$00 por mez—Resposta Rua Actor Taborda, 27-2.€ és) 1S: em Coimbra os etodetes orgie nfo fz 0 mesmo de Braga? O'mo: fivo no hiteressn 0 que € certo € 09 ala. nas dos I.E, N. tere (02, alr parte) 0 Bano’ des liceus, como os ba tambem com oor ‘Mas bem : aguardemes o final do ingué- rita que nio delsa de ser interessante embe- 408 resullados scjamn talvez desfuvordvels 20a interessados, ‘Bom seria que todos os estudantes des sem 0 seu voto pave ndo predominar id dos exclusivistan, que falsamente dzem s omtade Granime de 0 ido € apenas o seu desejo pessoal, ‘Astim acontecea em Braga, pois nfo se demi, quat Fivenida dc Liberdade, 224, 1.° Especializa¢gdo no ensin: INGLES, ALEMAO E FRANCES Ente & 0 prago por ue x fem UN GRETA ‘am opera de cure 14 ha Havancza de S. Domingos 15, Rua Barros Queiroz, 17 Concertam-se e vendem-se soltas todas as pecas. Aparos, borrachas, tintas especiaes, etc. etc. 10 moderno de linguas Ot. LISBOA 8 ‘Redacxo e Aduinistagie: ‘Av. Almirante Reis, 121 DIRECCAG E BDIGKo DE: ABEL DOS SANTOS Reactor Principal—José Francisco Vi “Comp. © inp. oa «Tipografia Apuedenses Roa da Venda Nova AGUEDA ENSINO Exames de admisséo aos cursos superiores Em Portugal hi, desde longa data ama teria pretensto de medicar os males de que ‘nferma nosso ensino por meio de frases mais on menos buriladas na folka oficial. B sabido de todos que a organizasao do ensino secundtéri, entre nos, ndo correspon ide ao gue era para desejar. Por iim lado temos a boa ou mid. organi- zapa0 dos programas, a sua constants ona 0, sobretido; e por outro, ds vezes uma "nd opie o ensina, Para demonstrar quo perniciosa tim sido essas alteragdes cont nnias de programas, essas reformas que nada Teformam a ndo ser 0 agravamento da mid Aispasizto de professores e alunos, basta faverigdar dos contecimentos geogrificos Hague lanos Siranglios por tax ooo (que extinguia essa disciplina nos 4° ¢ 5. Gnos; nao é preciso mais que conversar une potico sobre historia patria com ésses alunos ‘ite comesaram por aprender alemto € aca- ‘ara por ndo Saber nem alemao nem tat. Infelizmente, isto de historke péiria, diga-se| de passagem, part a grande maioria: dos falasos que passam pelos liceus,é luxo igno- ‘Outro mal, gue advem da mutabilidade ‘constante de programas, é 0 de ficarem por explicar e por estudar muitos eapitalos, que| ‘pela reforma x pertenciam a um derermina- fo aio ¢ pela réforma y ol 2 passaram a afezer parte do ano anterior ou do subseqien- Yee. Dew-se éste facto algumas vezes enguan- fo fregientl 0 lceu e em odrias dseplnas, ‘nie, se assuntos de menor importdncia fo: ram passados quasi em claro, outros hoive, tomo por exemplo na disciplina que mais deseurtda tem Sido, Sempre, em quas! todos 95 lceus—0 portags—portes howe, dia ett, er que, apesar da sia importdncia capi- fal, nent seer se falote Nao soré mo vor ofa Ver alunos em cursos supertores. sem amais terem lido trechos de aidores eliss-| 05? E quantos nto haverd descontecindo is minis elementares regras de gramélca, Can tiem é @ ctlpa? Em grande parte dessa alteragao de programas, = en "S00 03 profesions, ou nether, Falsos mentores da tastrapio gue al ‘ancontnst nos cons, 05 malbreseulpatos 4a igrorcneta de muitos sectoes das tetas tas ciencas, por parte esses alunos que ltocram a infeletuade de cairnas aos de als ste uu viltma de wma et tnsirugao. Fo- arial gneles gue comigo oaviran gus Sempre as suas explleagaes.. de martarto ae ligdes Eston muitos outros. njelles ‘gue pascars pets leas onde esses poeudo- Baadores accion. Presimo que ito venka a ser tide por algun esses professores; ce for faleo 0 gue Sfirmo, eles que me desmintam com arkus tmentarto. "Puma verdadera lastina. ois qué! compreintess que um aluno freplente Sue anos 0 eeu e dat sala depos We ter Feito ‘meta “ktsia de exerccios de raed, durante odo esse tempo ?? ‘2 Ho a que chamam diploma, se jalga com o| ACADEMIA PORTUGUESA. ACADEMIA é PORTUGUES. FILIADO NO SINDICATO DA IMPRENSA PORTUGUESA Ne avulso, $90—5 nim, 2$60—12 num, LICEAL gue sucede com 0 portugués, dé-se com olatim, a fisiea, a histirla. Mas gue bar- baridade. fazer ter compendios de historia universal a estadantes que tenoram. os factos mais notavets da nossa! -o que sucede com estas disciplinas, observa-se.noutras ¢ em qualquer lee. ‘Sto por um lado os causadores deste caos a alteragao constante de. programas ‘como disse ¢ por outro, @ incuria. d'alguns| [professores e a sua adaptagt0 incondiclona- da @ esses programas. Endo menos certo é tambem gue muitos Imeninas odo freoientar o licen e depois as \faculdades com os olkos apenas postos nas lindas letras que os cogrominardo de ba- ‘chareis e doutores. Para qué saber que $x 9 sao 27 ¢ por- ‘que sao? Que lucro eu saber gue howve un Mar. ‘yuea de Pombal e que fez isto ou aguilo? ! dirto certos meninos enfatuados. Que me interessa isso? Jd passon 4 historia ‘Hid muitos deste faez, Mas ao lado des-| tes hé por esse Portagad além muitos rapa- zes com uma vontade de ferro para estuder, nvestigar © que é necessério 6 facilttar-thes 0 in- £780 ids cursos que pot ora sao apandgio dos reos ot remedidos. A seleccao a que visam os exames de admissto, agora decretados, far-se-a pela refericad dos tneptos, desses tals que para Neo roubando'com 0 diploma. brass jescolas, dotem-se as existentes de Professo- 728, mas professores,—condicao "sive qua| orn 0 ensino nao dekard de ser uma burt, desde 0 primdrio ao superior. ‘Boas escolas, melhores professores ¢ todo 0 mal ficard remediado. Prolba-se a entrada nos éstabelecimentos de ensino a todo e qualquer cavatheiro que, | 56 pelo facto de ostentar o rectangulo de car. direlto de desempentar a mais nobre & espl- lose miseto, Ser profesor. Eo mats Ihabre papel que se pode desemipentar na So- tiedade. Portm. nfo é pare todos! Agueles que foram feitos para isso facul- tesedies 0 acesso a ingreme eseada das cléncias e das letras e toda essa sérle de dt ‘plomas rejormadores passaré a um plano se- [eundario. Jodo M. Matos, ses Bebre da Malta eels esi etneeet ah gee ae ae pe tare se REND nn ress Sy aur aaa ene 6800-25 ruim., 12$00—52 num., 25800 América No tltimo timero. do. nosso jornab escrevi um artigo, muito pequenino, que- intitulava «Refotando... «, E, por serem pedidas mais informagGes continuo-0 com muito agrado. Na Exposigéo Colovial Internocional |de Paris, em 1931, Portugal apresenton: por iniciativa da Sociedade de Gzografia de Lisboa, um planisfério das. grandes viagens e descobrimentos dos portugné- ses. Figuravam em logar de primasia os dos COrte-Reaes. E, referiam-se sos er— tigos publicados pelo prof. dr. Edmund Delabarre, da Universidade de Brown, na revista : Old-Time New England, em Ontubre de 1923, no niimero 34, sdbre Pedra de Dighton, (em que ainda néo falei aos mens ilustres coleges), interes sante ofirmagio seculor, atestada por pe- troglifos da auctoriade Miguel Corte- Real {ilho de Joao Vaz o descobridor da Amé~ rica Setentrional em 1472; e, que entre 0s indigenas, dequela tegido, foi Rei— Voluntete Dei Hic Dux Indoram—assim 0 atesta, largamente no seu livro denomi~ nado Pedra de Dighton o ilastre consul de Portugal, nos Estados Unidos da Amé— rica do Norte, ao tempo, Dr. Gilberto Marques, Sobre © momentoso e oportuno as~ sunto também poderemos recorrer & His (ria da Colonisacao Portuguesa do Bra~ sil que nfo deixa de ser um belo earmo— ‘iso planisfério das grandes viagens dos ‘nossos gloriosos marinbeiros de antanhos. Solvador Gongelves. Zarco, que pseu~ dnimo também usou, maniferta e pre~ clara demonstragio de temeridade, nfo podia, nao deve ter sido, certemente ndo- foi, como 0s americanos, os dinamanqué- ses ¢ franctses j& muitas vezes 0 ufirma— ram: 0 descobridor, que os espanhois.& 6 italianos querem dendo-Ihes as suas. Pétrias, que @lie tivesse sido. 9 verda— deiro nome do nauta a que a cima me referi € aquele que nfo tem Patria, se— {guns alguns, e entra nds é conhecido por Gristovao Colombo! ‘Ant6nio Ferreira de Serpa e Santos 'Perreire, escritores que @ @te assunto- {quizeram presior a sua voliosa colabora escreveram uma obra a que poseram> Como titule o nome do pretenso desco= bridor, E,maisse quizerem lhes posso dizer. Yodo Afonso Corle-Real ever ula ver pata A Reda, pol= fara carlaperderde, escoecaado "m5 0 seu nome e morada ou feeloee —

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