You are on page 1of 108
Sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2004 nih RIA A VIANIV DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA ADEDIIDI IAA Prego deste ntimero — Kz: 810,00 'ASSINATURAS| ‘O prego de adi linha publica 0s Prion Aamo |r Reni bre 2. shes 6 Ke: 78.0 para Kx: 300 750.00] 3 95.00, aereseido do respective Ke: 185 7800) Kr 96 25000 Ke 750000 rie Kr ‘imposto do selo, dependende a publicagio da setle de dept previo efectwar na Herat da Impress Nacional —U. BE, “Tos a comesponéncia, quer ofl, quer relaiva a andneio e asnatuns do «Didrio da ei vivigide a 4 As tid ties, epiblica. deve ser divigida 4 Imprensa | gee Nacionai — UE. om Lands, Cains Ponta], 2* sere 1306 — fend, Tle: clmprensin AB sie Assembieia Nacional Le ne 10 Das Sociedscles Comercinis. — Revoga todas legislagio que contearie ‘6 disposto na presente lei e someadamente os artigos 104° a 206." do Cadligo Comercial, a lei de 11 de Abril de 1901, Leb das © Scciedades por Quotas, 0 Decreto-Lei n." SONMTR, de R de Novembra, Sobre a Fusio € Cisio de Soviedades Comerciais, 0 Decreto-Lein* 49 381, de 15 de Novembro, Sobre Fiscalizago das Sociedudes Anéeimas, 0 atigo 6" da Lei n2 991, de 20 de Abeil © artigo 3° do Decreto m* 38/00, de 6 de Outi, ——————— ASSEMBLEIA NACIONAL Let n? 104 de de Fever A aprovagio de um novo diploma para regular a matéria das sociedades comerciais responde a uma necessidade mperiosa, determinada pela profunda evolugio da econo- mia, (anto nacional, a0 longo dos dltimos anos, como inter- nacional Com efeito, a reduzida importincia da actividade ‘econdmica nacional e o reduzido peso do sector empresarial privado, nos anos que se seguiram a independéncia nacional, bem como @ reduzida capacidade da administragio piblica de proceder a alteragées profundas da legislagio em vigor ao tempo da independéncia, tornaram supérfiua a imediata alteragdo da legislagiio comercial angolana que, no essen- cial, repousa ainda sobre 0 Cédigo Comercial, de 28 de Junho de 1888 ¢ a Lei das Sociedades por Quotas, de 1 de Abril de 1901. Contudo, com a privatizagio do sector empresarial do Estado, com a atraegiio que, cada vez mais, a actividade empresariat vem exercendo sobre os cidadaos nacionais, para a qual vio gradualmente canalizando as suas poupangas, com a redinamizagio de sectores ¢ dreas que, durante varios anos, tinham estado paralisados, nomeadamente nos doménios do comércio ¢ da indiistria, ewiftintese, com todas estas transfor mages, o sector privado da economia vem-se tornando um parceiro privilegiado do Estado, nomeadamente na criagio de ‘emprego, na produgio local de bens essenciais, na transfor- magio ¢ circulagdo das mercadorias. Neste proceso, os empresirios nacionais tm tido frequ jdlade de se associar ou de estabelecer contactos com empresirios osiundos de outros paises, com sistemas logais mais desenvolvidos e actualizados, © que, 2 partida, os coloca numa situagio de menor protecgio face a cesses sistemas, tern: neces Nestas circunstdncias, a desactualizada tegislagio comercial, do século passado, vinha- ver. mais desactualizada e incapa da vida moderna, apresentando cada de responder aos desafios Assim, com a aprovagiio desta Lei das Sociedades Comerciais, reuliza-se © duplo objective de, por um lado, proceder & actualizagao do regime dos principais agentes econémicos de direito privado, as sociedades comerciais, ¢ por outro, de ao fazé-lo, reconhecer © importante papel reservado 2 iniciativa privada para o desenvolvimento da economia nacional, num contexto de liberalizagio econd- mica ¢ de leal concorréneia no mercado. Com essa finalidade, a Lei das Sociedades Comerciais moderniza a regulamentagao de uma série de institutos jé anteriormente regulados pelo Cédigo Comercial ¢ passa, 210 ainda, a regular situagdes que, interessando a disciplina da actividade comercial daqueles agentes evonémicos, no cram, sequer, previstas naquele diploma, acolhendo um vasio feque de inuvaySes, quer ay sivel da paive aspectos relativos a todos 0s tipos de sociedades, quer nos titulos relativos a cada um deles, que, atendendo &s suas particularidades, contém as normas que thes silo especifica- mente aplicéveis. Nesies termos, ao abrigo da alfnea 6) do artigo 88.° da Lei Constitucional, a Assembleia Nacional aprova a seguinte: LEI DAS SOCIEDADES COMERCIAIS CAPITULO 1 Disposigies Gerais ARTIGO.AS, Ww A presente lei aplica-se ds sociedades comerciais, 2, So sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a pritica de actos de comércio e se cor termos da presente Ici. tituam nos: 3..A presente lei é, também, aplicdvel ds sociedades que, tendo por object a praticu de uctos nao comercia uum dos tipos referidos no artigo seguinte. adopter 4, Os casos que no puderem ser resolvides, nem pelo texto, nem pelo espirito da presente lei, nem pelos casos anilogos nela previstos, so regulados pelas normas do Cédigo Comercial ¢, na sua falta, pelas normas do Cédigo Civil na medida em que sejam conformes com os prineipios gerais da presente | tipo adoptado, com os prinefpios informadores do ARTIGO 2° (Tipos de sociedades) 1. As sociedades comere soguinte: iais devem adoptar um dos tipos 2) soviedades: 1) sociedades por quotas: ¢) sociedades andnimas; 4) sociedades em comandita simples; e) sociedades em comandita por aecées. DIARIO DA REPUBLICA 2. As sociedades cooperativas, previstas ¢ reguladas pelos artigos 207° © seguimtes do Cédigo Comercial, continuam a reger-se pelo disposto naquele diploma. ARTIGO, (Lei peso 1. As sociedades comerciais tém como lei pessoal a lei do Estado onde se encontre situada a sua sede principal c efectiva. 2. A sociedade que tenha em Angola a sede estatutiria pode, contudo, opor a terceiros a sua sujeigio & lei diferente da angolana. 3. A sociedade que transfira @ sua sede efectiva para Angola mantém a personalidade jurfdica que the era reconheeida pela lei segundo a qual se regia, mas deve conformar 0 respectivo contrato soc al com a lei angolana, 4. Para efeitos do disposto no ndmero anterior, deve um representante da sociedade outorgar em Angola escritura paiblica onde fiquem exarados, além da transferéncia da sede, os termos do contrato pelo qual a sociedade passa a reger-se. he = 5. O acto previsto no nimero anterior rege-se pela legislago angolana aplicdvel, nomeadamente em matéria de autorizagées necessirias, registo e publicagdes obriga- A6rias. 6. A sociedade que tenha 9 wransferi-la juridiva, se a lei des: sde efectiva em Angola pode endo 1 sua personalidade pais nisso convier: Ira outro pais, 7. A deliberagdo que aprove a transferéneia da sede, prevista no némero anterior, deve obedecer aos requisitos exigidos para as alteragdes do contrato de sociedade, nao podendo, em caso algum, ser tomada por menos de 75% dos ‘votos correspondentes ao capital social. 8. Os s6cios que nio tenham votado a favor da deli jo podem exonerar-se da sociedade, devend notific da sua decisio no prizo de 60 dias apés a aprovagio da referida deliberagao, ARTIGO 4° idade econdmica tuer (Bxercicio de acti iva por suciedades ccom sede fora de Angola) 1, Salvo disposigio legal em contréio, a sociedade que no tenha a sede efectiva em Angola, mas desoje exercer a sua actividade neste Pais por mais de um ano, deve estabe- lecer uma representagiio permanente € cumprit 0 disposto na lei angolana, 1_SERIE — Nv 13 — DE 13 DE FEVEREIRO DE 2004 2. A sociedade que no cumpra 0 disposto no niimero anterior fica obrigada pelos actos praticados em seu nome em Angola © com ela respondem solidariamente os scus gerentes ou administendora em representagdo dela, tenham praticado esses actos. 3. Nao obstante o disposto no niimero anterior, o tribunal pode, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Pablico, ordenar que a sociedade que mio dé cumprimentn ao disposto no n2 I cesse a sua actividade no pais e decrete a liquidagdo do patriménio situado em Angola. CAPITULO I Personalidade e Capacidade Juridicas ARTIGO 5 (Personalidade Juriuiew) As sociedades goram de personalidade juridica a partir da data do registo do contrato pelo qual se constituem, sem prcjuiza do disposio ma presente fei quamto A fusio, cisa transformagio de sociedades. . 1. A capacidade juridica’ da sociedade compreende os direitos © as obrigagées necessirios ou convenientes. 2 prossecugio do seu fim, com a excepetio daqueles que the sejam vedados por lei ou que sejam insepariveis da perso- nalidade singular. 2. As liberalidades usuais, segundo as eircunstdncias do ‘momento em que sio feitas e as condigées da sociedade, nao siio havidas como contrérias ao fim desta. 3. Considera-se contréria ao fim da sociedude a prestagio de quaisquer garantias de dividas de outrem, salvo havendo interesse proprio da sociedade yarante que a justifique ow se tratar de garantias prestadas a outra sociedade em relagao de dominio ou de grupo. 4, As cldusulas contratuais e as deliberagdes sociais que fixem a sociedade determinado objecto ou proibam a pritica de vertos actos no limitam a sua capacidade juridica, mas obrigam 05 seus Srgios a ndo ultrapassar esse objecto ou a no praticarem esses actos. ARTIGO 7" ‘«Responsabitidade civ 1A sociedade responde civilmente pelos actos ou omis- sdes dos seus representantes legais, nos mesmos termos em que os comitentes respondem pelos actos ou omissdes dos seus comissérios 21 2. Os membros dos Srgios e os representantes da sociedade so responsdveis perante esta e perante quaisquer terceiroy interessados nas consequéncias da violagio do ee ny 4° 4 dy antigo anterior, sem prejaizo das consequéncias da validade dos actos previstos nos artigos 194.°, 283.%, 427. e 428. CAPITULO Il Contrato de Sociedade SECCAO 1 Coledragio e Registo (Forma e partes do contrate) 1. O contrato de sociedade deve ser celebrado por escri- tura piblica 2. Salvo disposigdo legal em contrério, o ntimero minimo de partes de um contrato de sociedade & de dois. 3, Para efeitos do disposto no némero anterior, contam como uma s6 parte us pessqis que tenham adquitido uma participagio social em reginfe de contitularidade. 3 Rehico os (@arteipagie dos cng em socedades) |. E permitida a constituigio de sociedade entre cénjuges, bem como a sua participagto numa mesma sociedade, desde que s6 um deles seja sécio de responsabilidade ilimitada. 2. Quando una participaydo social for, por forga do regime de bens, comum aos dois ednjuges, 6 considerado como sécio, ras relagSes com a sociedade, aquele que tenha celebrado 0 contrato de sociedade ou no caso de aquisigio posterior ao contrato, aquele que tenha adquirido a participagio. 3.0 disposto no nuimero anterior niio impede o exercicio dos poderes de administragio atribusdos pela lei civil ao cén- Juge do sécio que se encontrar impossibilitado, por qualquer ‘causa, de 05 exercer nem prejudica os direitos que, no caso, de morte daquele que figurar como sécio, 0 cénjuge tenha 2 participagio. ARTIGO 1 (Conteddo do contrato) 1. Do contrato de qualquer tipo de soctedade devem obrigatoriamente constar: 4) 08 nomes ou firmas de todos 0s sécios ¢ os outros dados de identificagdo destes; 6) 0 tipo de sociedade: ©) a firma da sociedade; d) 0 objecto da sociedade: 22 e}a sede da sociedade: J) © capital social, salvo nas sociedades em nome colective em que todos os sécios contribuam 4) @ quota de cupital ¢ a natureza da entrada de cada sécio, bem como os pagamentos efectuados por conta de cada quota: h) a descrigio ¢ 0 valor dos bens diferentes de dinhciro, com que tenia sido realizada a entrada, 2. Do contrato de sociedade devem, ainda, constar os direitos especiais que porventura se confiram a alguns sécivs, nos termox dos artigos 18.° ¢ 26. da presente | dude relativas as entradas em espéeie que requisitos exigidos nas alfneas g) eh) don. | do presente artigo. 4, Os preeeitos dispositivos da presente lei s6 podem ser derrogados pelo contrato de sociedade, a niio ser que este, cxprecsumente, admits deragagio por deliberacio. dos sécios. agrico 1 (Ciberdade contratual) © {. sem prejuize do disposto em normas legais imperati- vas, as partes podem fixar, i trato de sociedade. mente, 0 contetido do con- 2. As normas dispositivas da presente lei sé podem ser afastadas pelo contrato de sociedade, salvo quando a lei ‘expressamente admits © seu afastamento por simples delibe- agi dos sécios. ARTIGO 122 (Rey tos da firma) 1. Os nomes ow denominagdes ineluidos nas firmas de sociedades devem ser conversinente redigidos em Hogua portuguesa 2, Do disposto no ndmerw anterior exceptuarse 0 uso de palavras ou de parte de palavras de linguas nacionais, hem como de palavras de Hinguas estrangeiras ou de feigio estrangeira quando: a) resultem do uso correcta de termos das linguas nacionais: ») entrem na composigio de firmas ou denominagdes, id registadas: c) correspondam a voedbulos comuns sem tradugto, adequada na Kingua portuguesa ou de uso gene- ralizado; @) cortespondam, total ou parcialmente, a nomes, firmas ou denominagdes de associados: ) constituam marca comercial ou industrial de uso ;mo, nos termos da lei respectiva; {)) resultem da Fuso de palavras ou parte de palavras wgokinas ou estrangeiras admis- siveis nos termos do presente niimero e directa- mente relacionadas com 0 objecto especifico ou retiradas dos restantes elementos da firma ou dos nomes dos associados; 9) visem maior facilidade de penetragao no mercado a que se dirija a actividade que constitui 0 objecto social 3. Os elementos caracteristicos constituidos por designagies de fantasia, sighss ou outras composigaes, quando admissiveis, devem sugerir a actividadle que constitui o objecto social 4. Quando a firma da sociedade for constituida exclusiva- iente pelos nomes ou firmas de todos, algum ou alguns séeios, nit pode ser confundivel com as que j se acharem registadas. 5, A firma da sociedade constituida por denominagiio, por denominacio © nome ou por firma de socio nao pode ser id&n- tica & firma registada de outra sociedade nem por tal format semelhante que possa indyzir em ero, devenlo, tanto possfvel, dar a conhecer ofobjecto da sociedade, ob 6. Da firma das sociedades nao padem fazer parte: nto a vo {bulos comuns de uso genérizo ou topdnimos, ‘que representem apropriagio indevida de nome de localidade, regio ou pais; 1) expressdes que possam induzir em erro quanto 2 caracterizagiio juridica da sociedade, designada- mente expressdes correntemente usadas pars designar organismos ou pessoas coleetivas sem finalidade Iuerativa: cc) expressdes que sugiram, de forma enganadora, uma capacidade (Genied ou {i de actuagio manifestamente desproporcionados relativamente aos meios dispontveis ou que susi- ram quaisquer outras qualidades no existentes: 4) expresses proibidas por lei, contrdrias 4 ordem publica ou ofensivus dos bons éystumes. inceira ou um dmbito ARTIGO 13" (Ovjecto social 1, Devem ser indicadas no contrato, como objecto social, as actividades que a sociedade venha a exercer. 2, Salvo disposigaio eontratuat emi contnirio, compete son sbcios determinar, de cntre ais actividades compreendidas no objecto social, aquelas que a sociedade deve efectivamente ‘exercer, assim como deliberar sobre a suspenstio ou cessagio de aptividades que a sociedade venta exercendo. 1_SERIE — N° 13 — DE 13 DE PEVEREIRO DE 2004 3, Salvo disposigdo contratual em contréio, a aquisigao pela sociedade de participagses em sociedades de responsa- bilidade limitada com 0 mesmo objecto social, no depende de autorizacdo nem de deliberacio dos sécios. 4. O contrato pode, ainda, autorizar a aquisigdo pela saciedade de participagdes em sociedades de responsabili- dade ilimitada, em sociedades com objecto diferente e em sociedades reguladas por leis especiais, bem como autori 14 parlicipagdo da sociedade em agrupamentos de empresas. ARTIGO 142 (Sede) 1. A sede da sociedade deve ser estabelecida em local concretamente definido, que constitui 0 seu domictlio. 2. 0 contrato de sociedade pode autorizar a geréncia ou administragao a mudar a sede social para outro local dentro do territ6rio nacional ARTIGO 15" (Formas locais de representagio) 1. Salvo disposi¢ao contratual em contrério, a sociedade pode criar sucursais, [iliais, delegagdes ou outras formas de repigsentagdo no territ6rio nacional ou no estrangeiro. 2. A eriagdo de sucursais, filiais, delegagdes ou outras, formas de representagdo depende de deliberagdo dos sécios, quando 0 contrato a exija, ARTIGO 16 (Expressio do capital) O montante do capital social deve ser expresso em moeda nacional, podendo, no entanto, para efeitos de pro- tecgao do seu valor, ser indexado a outra ou outras moedas que sejam cotadas pelo Banco Nacional de Angola. ARTIGO 177 uragio) 1. A sociedade dura por tempo indeterminado se outra duragiio nio for estipulada no contrato de sociedade. 2.A duragio da sociedade fixadu no contrato s6 pode ser aumentuda por deliberagio dos sécios tomada antes do lero do prazo fixado, depois desse prazo, a prorrogagio da sociedade dissolvida s6 pode ser deliberada nos termos do artigo 161° ARTIGO 18° (Dircitos, indenanizages e retribuigies) 1. 0 comtrato de sociedade deve especificar quaisquer direitos especiais concedidos a sdcios fundadores ou outros, bent como o nrentante global devido pela soviedade-a sécios ou a terceiros, a titulo de indemnizagao ou de retribui servigos prestados durante a fuse de constituigio. 2. A falta de cumprimento do disposto no ntimero ante- rior torna aqueles direitos ineficazes para com a sociedade. ARTIGO 19° (Acordos parassoci 1. Os acordos parassociais velebrados entre todos ou entre alguns sécios, pelos quais estes, nessa qualidade, se obriguem & uma conduta nao proibida por lei, apenas produzem efeitos entre os contraentes, niio podendo, com base neles, ser impug- nados actos da sociedade ou dos s6cios para com a sociedade. 2. Os acordos referidos no nimero anterior podem respeitar ao exercicio do direito de volo, mas no ao exer- efcio de fungdes de administragio ou de fiscalizagio, 3. Silo nulos os acordos pelos quais um sdcio se obriga a volar, em determinado sentido: 2) segnincin sempre a6 instragies tum dos seus drgiios: b) aprovando semps Gngios: 3 ©) exercendo 0 ditgjto de voto ou abstendo-se de 0 cxercer em cotitrhpurtida de vantagens especiais. ciedade ow de as propostas feilas por esses ARTIGO 20° (Registo) Depois de celebruda a escritura péblica, o eontrato de sociedade deve ser inserito no registo comercial, nos termos da lei respectiva, ARTIGO 21" ‘Assungiio pela sociedade de negécios anteriores ao registo) 1, Com 0 registo do contrato, a sociedade assume de pleno dircito: 4) 08 direitos e obrigagdes decorrentes dos negécios juridicos referidos no n.? 1 do artigo 18.°; b) 0s direitos € obrigagdes resultantes da exploragio normal de um estabelecimento qué constitua objecto de uma entrada cm espécie ou que tenha sido adquirido por conta da sociedade, no cumprimento da estipulago do contrato social; ©) 08 direitos & obrigagées emergentes de negécios juridicos celebrados antes da celebragiio da escritura de constituigZo que nesta sejam expeci ficados e expressamente ratificados: 4) 05 direitos & obrigagoes decorrentes de negocios juridicos celebrados pelos gerentes, admi nistradores ou directores ao abrigo da autori- ‘ayo dada por todos os sécios na escritura de ‘eomstituigdo, noe 214 2. Os direitos e obrigagses decorrentes de outros negé- cios juridicos realizados em nome da sociedace, antes de registado 0 contrato, podem ser por ela assumidos mediante decisio du geréncia ou administragio que deve ser comuni- cada & contraparte, por escrito nos 90 dias posteriores wo tegisto do contrato. 3. Aassungio pela sociedade dos negécios indicados nos no Le 2 retroage os seus efeitos & data da respectiva cele- bragio ¢ libera as pessoas indicadas no artigo 42.° da res sabilidade af prevista, a niio ser que, por l responsaveis. estas continue 4, A sociedade niio pode assumir obrigagoes derivadas de negécios juridicos nzo mencionados no contrato social que versem sohre vantagens ou direitos especiais, entradas em espécie ou aquisigdes de bens. SECGAO 11 ‘Obrigagies e Dircitos dos Séctos SUB-SECCKO 1 ‘Obrigagdese Direltos dos Sécios em Geral ARTIGO 22° (Obrigagties dos sbi Todo 0 s6cio € obrigado: 4) a entrar para a sociedade com bens susceptiveis de penhora e adequados a realizagdo do objecto e fins sociais ou nos tipos de sociedade em que tal seja permitido, como a industri: b) a participar nas perdas, salvo o disposto quanto a sécios de indistria: ©) a efectuar & sociedade, sempre que exigiveis, prestagGes acess6rias; d) a contribuir para o desenvolvimento da sociedude; ©) a niio prejudicar a sociedade, por acgio ou omissao. ARTIGO 23° (Direitos das séeios) 1. Todo 0 sécio tem direitor 4) a quinhoar nos lucros; +) a participar nas deliberagées de sécios, sem pre- juizo das restrigdes previstas na fei ) aobter informagdes sobre a vida da sociedade, nos termos da lei e do contrato e, nomeadamente, a examinar a respectiva escritura da ser nomeado para os Grgios de administragiio e de iscalizago da sociedade, nos termos da lei e do contrato, 2. E proibida toda a estipulagio pela qual algum sécio deve receber juros ou outra importincia certa em retribuigio do seu capital ou indistria, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 24> (Participagio nos lueros ¢ perdas) 1. Salvo disposigdo legal ou contratual expressa em con- trério, os sécios participam nos lucros & nas perdas da sociedade na proporgéio dos valores nominais das respec- livas participagdes no capital. 2. Se ocontrato determinar somente a parte de cuda sécio nos lucros, presume-se ser a mesma a sua parte nas perdas. 3. B nula a cldusula que exclui um sécio da comunhiio nos lucros ou que © isente de participar nas perdas da ic, salvo 0 disposto quanto a séeios de indistria. 4. E nula a cliusula pela qual a divisio de lucros ou pordas seja deixada ao critério de tereeiro. ARTIGO 25° (Unuttuto e penhor de partieipagies) 1A constit de usnfeute sahee participaghes snciais, aps a celebragdo do contrato de sociedade, estd sujeita & forma exigida ¢ as limitagdes estabelecidas para a trans- missio daquelas. 3 2. 0s direitos do usutitudrio slo os indicados nos arti- g08 14662 & 1467. do Cédigo Civil, com as modificagbes previstas na presente lei e os demais direitos que nesta the stio atribuidos. 3. 0 penhor de participagdes sociais esta sujeito a forma cxigida © fis limitagdes estabelecidas para a transmissio pagbes. 4. Os direitos inerentes d participagdio social, em especial © direito aos Iucros, s6 podem ser exercidos pelo credor pignoraticio quando assim for convencionado pelas partes. ARTIGO 26" (ireitas especiais) 1, $6 podem ser constitufdos direitos especiais a favor de algum s6cio por estipulagio no contrato de sogiedade, 2. Salvo estipulagio expressa em contririo, so intean: missiveis os direitos especiais constitufdos a favor dos ‘sécios de uma sociedade em nome colectivo. 3. Nas sociedades por quotas, os direitos especiais de natureza patrimonial sdo transmissfveis com a quota respec- tiva, excepto se for outro 0 regime convencionado, sendlo intransmissiveis em qualquer caso os restantes direitos. 4. Nas sociedades anénimas, os tos especiais 56 podem ser atribuidos & categorias de acgdes e transmitem-se ‘com estas. 1_SERIE — N° 13 — DE 13 DE FEVEREIRO DE 2004 5. Salvo disposigdo legal ou contratual expressa em con tririo, os direitos especiais no podem ser suprimidos ou limitados sem o consentimento do respectivo titular. 6. Nas sociedades anénimas, 0 consentimento referido no ndmero anterior € prestado através de deliberagio tomada ‘em assembleia especial dos accionistas titulares de acedies da respectiva categoria SUB.SECCAO IL Obrigngio de Entrada ARTIGO 27° (Valor da entrada ¢ valor da participagio) 1. © valor nominal da parte, da quota ou das acgées atribuidas a um sécio no contrato de sociedade, nfo pode exceder o valor da sua entrada como tal. se considerando aa respectiva importncia em dinheiro ou o valor attibuldo 205 bens no relatério do contabilista ou perito contabilista ‘exigido pelo artigo 30° ou ainda a soma de ambos, se for Se 0 caso. 2. Verificada a existéncia de erro na avaliago feita pelo contpilista ou perito contabilista, o sécio ¢ responsavel pela diferenga que porventura exista até ao valor nominal da sua participagao. 3. Se, por acto legitimo de terceiro, a sociedade for pri- vada do bem prestado pelo sécio ou se tomar impossivel a prestagiio, bem como se for ineficaz a estipulagao retativa a ‘uma entrada em especie, nos (ermos previstos no n° 3 do. artigo 10°, deve o s6cio realizar em dinheiro a sua partic aco, sem prejutzo da eventual dissolugio da sociedade, por deliberagio dos sécios ou por se verificar a hipstese prevista na alfnea b) don 1 do artigo 142° ARTIGO 28" (tempo das entradas) As entradas dos sécios devem ser realizadas no momento da celebrac da escritura do contrato de sociedade, sem prejutzo de estipulagio contratual que preveja o diferimento da realizagio das entradas &m dinheiro, nos casos e termos em que a lei 0 permita ARTIGO 29°" (Curmprimento da obrignsio de entrada) 1. Sio nulos os actos da geréncia ou administragio e as ages dos sécios que liberem, total ou parcialmente, Jo de efectuar as entradas estipuladas, salvo no caso de redugao do capital, 215 2. E permitida a dagio em cumprimento que extinga a obrigagio do sécio de realizar a entrada em dinheiro, mas a deliberagio que a aprove constitui. para todos os efeitos. uma alteragdo do contrato de sociedade, tendo designadamente que observar 0 disposto quanto as entradas em especie. 3. © contrato de sociedade pode fixur cliusulas penais, para a falta de cumprimento da obrigagio de entrada. 4, Nao podem ser pagos aos sécios que se encontrem em ‘mora 0s lucros correspondentes a partes, quotas ou acy nor s lizadas, mas deve estes ser-thes creditados para compensagio da divida de entrada, sem prejuizo da execugio, nos termos gerais ow especiais, do crédito da sociedade, 5. Fora do caso previsto no niimero anterior, a obrigagao de entrada ndio pode extinguir-se por compen; 6. A falta de realizagio pontual de uma prestagtlo relativa uma entrada importa 0 vencimento imediato de todas as demais prestagSes em divida pelo mesmo sdeio, ainda que respeitem a outras partes, quotas ou acgdes. agco20" (Verificagha tas entradas) I. As entradas em dinheiro devem ser comprovadas mediante a exibigdo perante © notério de uma guia emitida por uma instituiglo bancéria que prove a realizagio do depésito a favor da sociedade, 2. As entradas em bens diferentes de dinheito devem ser objecto de um relatério elaborado por um contabitista ou perito contabilista, ser interesses na Sociedade, designado por deliberagio dos sécios, tendo estes que ser designados apenas pelos contraentes que néio efectuam aquelas entradas. 3. © contabilista ou perito contabitista que tenha elabo- rado 0 relat6rio exigido pelo n.° 2, no pode, durante dois anos contados a partir da data da celebragdo da escritura em que se prevejam as entradas em espécie, exercee, quaisquer cargos ou fungdes profissionais na mesma sociedade oui em sociedades em relagio de dominio ou de grapo com es 4. 0 relat6rio do contabilista ou perito contabilista deve, pelo menos @) descrever os bens © avalid-los, indicando os critérios utilizados para a avaliagi b) idemtificar os titulares e a situagio juridica dos bens: ©) declarar se 0s valores dos bens atingem ou no 0 valor nominal da parte, quota ou acgdes atribu das aos s6cios que efectuaram as entradas em 216 DIARIO DA REPUBLICA espécie, acrescidos dos prémios de emissio, se 2. A deliberagdo dos sécios a que se refere o nimero for caso disso ou da contrapartida a pagar pela anterior néo deve ser cumprida pelos membros da geréncia sociedade. ‘ou adminisiragdo se estes tiverem fundadas rages para crer que: 5. O notario s6 pode atender ao relat6rio a que se refere on. 2, se este tiver sido elaborado nos 90 dias anteriores 4 4) as alteragbes, entretanto, ocorridas no patriménio celebragdo do contrato de sociedade, devendo em qualquer social tomariam a deliberagao ilfcita, nos termos caso 0 seu autor informar aos fundadores da sociedade as do artigo 33."; alteragdes relevantes de valores de que tenha conhecimento, +5) a deliberagdo dos sécios viola o preceituado nos artigos 33. € 34."; ¢)a deliberacio de distribuigo de lucros de exercicio ‘ou de reservas se bascou em contas da sociedade aprovadas pelos sécios, mas enfermando de vicios cuja correcgdo implicaria a alteragio das ccontas de modo que nao seria licito deliberar a distribuigdo, nos termos dos artigos 33." 34° ocorridas durante aquete perfodo. 6. O sécio que tenha realizado entradas em espécie deve por a disposigdo dos restantes sécios o relat6rio elaborado pelo contabilista ou perito contabilista, bem como a infor- magio referida no n.° $ com pelo menos 15 dias de ante: cedéncia em relagio & data’ da celebragdo do contrato da sociedade. 3. Os membros da geréncia ow administragio que, por forca do disposto no mimero anterior, tenham deci 7. 0 relat6rio do contabilista ou perito contabilista, bem —efectuar distribuigdes deliberadas pela Assembleia Geral como a informagio referida no n2 5, estio sujeitos as devem, nos oito dias seguintes & deci tomada, requeres, formalidades de publicidade prescritas nesta lei. em nome da sociedade, inquérito judicial para verificagaio dos factos previstos em alguma das alfneas do niimero ante- ARTIGO 31° + Fior, salvo se. entretanto, a gociedade tiver sido citada para Direitos dos erodores quanto is entradas) ‘acgio de invalidade de deliberacio por motivos coincidentes . com os da dita decisfo. 25 1. Os credores de qualquer sociedade podem: 4, Sem prejutzo do disposto no Cédigo de Processo Civil 4a) sub-rogar-se 8 sociedade no exercicio dos direitos S0b*® © procedimento cautelar de suspensio de deliberagdes que a esta caibam relativamente &s entradas nio Socials, a partir da citagdo da sociedade para aegio em que realizadas, a partit do momento em que elas se 8° a°BUaa invalidade da detiberago que aprove o balango ou tornem exigiveis: a distribuigdo de reservas ou lucros de exercicio. niio podem ) promover judicialmente a realizagto das entradas 8 membros da administragio efectuar 2 distribuiglo com antes de estas, nos termos do contrato, se terem _fundamento nessa deliberagiio, tornado exigiveis, desde que isso seja necessério . . . para a conservagio ou satisfagio dos seus erédi.. _ 5 Em caso de improcedéncia da aegio prevista no tos. rndimero anterior, os seus autores, caso tenharn litigado de mé f, so solidariamente responsiveis pelos prejuizos que a demora daquela distribuigio tenha causado aos outros sécios. 2. A sociedade pode opor-se uo pedidu formulado pelos credores, nos termos da alinea b) do ntimero anterior, satis- fazendo-lhes os seus eréditos com juros de mora, quando vencidos ou mediante o desconto correspondente & anteci- (imite da distribuiio de bens wos seios) pago, quando nao vencidos ¢ com as despesus acres ARTIGO 33° ‘Sem prejuizo do preceituado quanto a redugao do capital social, dio podem ser distribuidos aos sécios bens da sociedade quando a situagdo liquida desta, tal como resultar das contas elaboradas € aprovadas nos termos legais, for inferior & soma do capital ¢ das reservas que a lei ou 0 con- ‘rato nio permitam distribuir aos sdcios ow se tomar inferior ‘aesta soma em consequéncia da distribuiglo. SUBSECGAO I Conservagho do Capital ARTIGO 32° (eliberugio de distribuigd de hens e seu cumprimento) 1. Salvo nos casos expressamente previstos na lei, ARTIGO Me nenhuma distribuigio de bens sociais, ainda que a titulo de Lucrorereservas nko dstetbuives) distribuigio antecipada de lucros, distribuigio de lucros de exercicio ou de reservas, pode ser feita aos sécios sem ter 1. Nio podem ser distribuidos aos sécios os lucros de sido objecto de deliberagio destes. exercicio que sejam necessérios para cobrir prejuizos trans |_SERIE — No13 — DE 13 DE PEVEREIRO DE 20 tados ou para formar ou reconstituir eservas impost Iei ou pelo contrato de sociedade por 2 Nie povlem sor distribuidos ace 04: civio enquanto as despesus de constituigio, de investigagio de desenvolvimento nao estiverem completamente amorti- zadas, excepto se 0 montante das reservas livres e dos resut- lados transitados for, pelo menos. igual ao dessas despesis no amortizadas. 3. As reservas cuja existéncia ¢ cujo montante ndo figu: Fem expressamente no balango niio podem ser distribuidas ios sécios. 4, Devem ser expressamente mencionadas na delibe- ragiio a natureza ¢ © montante day wset vas distiibs las, quer isoladamente quer jantamente com lucros de exereicio, ARTIGO 35° ‘Restituigio de bens indevidamente recebidas) 1. Os sécios devem rests ys hens que det tenham recebido com violagao do dispasto na lei, mas aque- Jes que tenham recebido, a titulo de lucros ou reservas, importincias cuja distribuigio nfo era permitida por lei, s6 so obrigados a restitu-las se conheciam a irregutaridade dt dBvribuigio ou, tendo em conta as circunstincias, néio a dovessem ignorar, 2. 0 disposto no némero a Herior & uplivavel ao tr missirio do direito do sécio, quando for ele a receber as ns- 3. Os eredores soeiatis podem pedir judiciatmente a rest twigdo a sociedade das importineias referidas nos niimeros anteriores nos mesmos termos em que podem demandar os membros dat geréncia ou administragao. 4. Compete 4 sociedade ot aos eredores sociai do conhecimento ou da cognoscibilidade ds 5. Ao rece! a prova irregutaridade. ento de bens previsto no n.? 1 & equiparalo qualquer facto que beneticie 0 patr pessoas com valores indevidamente ateibuidos, néiti dis. referidas ARtIGO 362 (Aquisigio de bens a sécios) A aquisigdo pela sociedade de bens dos sécios deve ser previamente aprovada por deliberagiio da Assembleia Geral sempre que se verifiquem, cumulativamente, os seguintes requisites: 4) ser a aquisigio efectuada imterpost directamente ow por a pessoa, a um fundador da sociedade ‘ou a pessoa que desta se torne sécio no periodo referido na alinea ©): 217 b) exceder © coniravatlor dos hens adquirides as mesmas pessoas, durante o perfodo reteride na alinea ¢), em 10% 0 capital social, no momento da conelusto do contrato pelo qual aquela aqui- sigio tenha sido realizad: e)er esse cont alo sido concluido antes da celebragiio do contrato de sociedade, simul ele ou nos dois anos mneamente com uintes & celebragio dt escritura do contrato de sociedade ou de ‘aumento de capital 2. © disposto no niimero anterior no se aplica a aquisigées feitas em processe judi picendidas uy objevto dit suciediate, al executive ow com- 3. A deliberugiio da Assembleia Geral referida no n° 1 deve ser precedida de veriticagio do valor dos bens adgui dos nos termos do artigo 30°, nao podendo tomar parte na cio a quem os bens sejam adquirides, 4. Os comtratos pelos gua se realize as aquisigoes previstas no n.° 1 devem fer reduziclos a escrito, sob pena de nlidade ot non | quando os termos dos respectives contralos ndo forem aprovados pela Assembleia Geral 5. Sao ineficazes as aguisiges de bens prev ARTIGO 37° (era de mnctade do capital) 1. Os membros da geréneia ou auministragio que, pelas contas de exereivio, veritiquem es ae pordida metade do capital social, deve propor aos siicios que a sociedade seja dissolvida ou 0 capital af seja reduzido, a ndo ser que os sécios se compron tain # efectuar, ¢ ¢fectuem, nos 60 dias seguinies 2 deliberagao que da proposta resultar entradas que muantenham em, pelo menos, 2/3 a cob tur do capital ¢ 0 ntimery anterior deve ser 2. proposta a que se rete apresentada na propria sseimbleit que apreeiar as conlas ou em assembleia convocada para os 60 dias seguintes Aquela Wd aprovagiio judicial, nos casos previstos pelo artigo 73.” 3, Nao tendo os membros da geréneia ou da adminis- tragdo cumprido o disposto nos niimneros anteriores ou niio tendo sido aprovadas as deliberagdes ali previstas, pode qualquer s6cio ov etedor requerer ao tribunal, enquanto aquela situagZ0 se mantiver, a dissolugdio du sociedade, sem prejuizo de os sécivs poderem efectuar as entradas referidas no n® [até ao trinsito em jul, ido da sentenca. 218 SECCAO I Regime da Sociedade Antes do Registo (Relagies nateriores it eseritura pabtien) 1. Se dois ou mais individuos, quer pelo uso de uma firma comum, quer por qualquer outro meio, criarem a falsa aparéneia de que existe entre cles um contrato de sociedade, respondem solidariamente pelas obrigagdes contraidas por qualquer deles. 2, Se for acordada a constituigdo de uma sociedade ‘comercial, mas, antes da celebragio da escritura pablica, os sécios iniciarom as actividad ciais, (Acgio de declaragio de nulidade e notiicagio para regularizacio) 1, A.acgiio de declaragao de nulidade pode ser intentada, todo o tempo, pelo Ministério Paiblico. por qualquer sécio. or qualquer membro da geréncia ou administracdo ou do Conselho Fiscat da sociedade, ¢, ainda, por qualquer terceiro que tenha um interesse relevante e sério na procedéncia da acgio. 2. No caso de vicio sanvel, a acydo 86 pode ser proposta antes de decorridas 00 di dade tenha sido interpetada para o sa ‘comtar da ek: 3. No prazo de tr6s dias g contar da ¢ os membros da geréncia-gy da administraydo devem comu- nicar por escrito aos séoted de responsabilidade ilimitada bem como aos s 5 das sociedades por quotas, «1 propo: sigdo da acco, devendo, nas sociedades anénimas, a comu- 4, Ano observancia do dispusto no némero anterior fay. incorrer em responsabitidade reeai a obrigagio de comunicagio. civil as pessoas sobre as quais ARTIGO 47? (Vieios da vontade ¢ incapacidade nas socledades por quotas, tundnimas em comanglta por aegBes) 1. Nas sociedades por quotas, anénimas e em comandita por aegdes, o erro, 0 dolo, a couegiio & a usura podem ser invocados como justa causa de exoneragdo pelo s6eio lesado ou cuja vontade tenba sido vieiada, desde que se verifiquem ‘0s requisitos de que a lei civil faz depender negocio juridico. 2. Nus sociedades a que se refere © ntimero anterior, a incapacidade de um dos coniracntes torna 0 negécio juuridico anuldvel relativamente ao incapaz, ARTIGO A” (Vieins da vontade ¢ incapucidade nas sociedad em nome

You might also like