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Programa Operacional Potencial Humano

Eixo: 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida


Medida: 2.3 – Formações Modulares Certificadas
Entidade Formadora: CSIS – Consultores de Gestão, Lda.
Entidade Beneficiária: Associação Comercial e de Serviços de Pombal

Fundamentos Gerais de Higiene no Trabalho

“ Iluminação”
Programa Operacional Potencial Humano
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Introdução

O homem sempre precisou de luz artificial para ver, quando a luz natural faltava, mas as
primeiras iluminações só apareceram há cerca de 20 000 anos e consumiam óleos.

A partir daqui foram utilizadas diversas formas de produzir luz até que, em 1850, começa a
chamada era da luz eléctrica, com a lâmpada de arco de carvão.

Hoje, o homem não se limita a criar e produzir fontes de luz; agora pretende que a luz que
produz substitua a própria luz natural, criando os mesmos ambientes.

A visão do homem está adaptada ao seu ambiente natural.

A quantidade e a qualidade da luz natural que atinge a Terra e que o homem utiliza, não são
constantes.

Pensemos na luz de um dia de Verão ao meio dia, ou ao amanhecer e ao anoitecer. A


quantidade de luz e a sua tonalidade varia muito, mas o homem consegue adaptar –se a todas
estas variações.

O que o homem ainda não consegue é controlar e regular a luz natural de acordo com os seus
caprichos ou com as suas necessidades...

Surge então a necessidade de ele próprio "produzir" luz e criar ambientes luminosos
artificiais.

Na criação destes ambientes, isto é, nas instalações de iluminação, procura-se sempre


satisfazer o utilizador normal médio; sendo normal, excluir-se portanto todos os que têm
deficiências não corrigidas; sendo médio isso significa que a aptidão visual varia de pessoa
para pessoa.

Na Europa as instalações de iluminação são projectadas para satisfazer 90 a 95% dos


utilizadores, sem esquecer os de visão deficiente e os idosos.

Na criação de um ambiente luminoso artificial é normal a preocupação quanto à fonte de luz.

Mas convém não esquecer o papel essencial dos tectos e principalmente das paredes, porque
actuam como fontes de luz secundárias, reflectindo a luz sobre as tarefas visuais.
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• Defeitos da iluminação nos locais de trabalho

Raros serão os postos e locais de trabalho que não dispõem de iluminação artificial.

Mas essa iluminação tem geralmente defeitos, por norma fáceis de corrigir se para tal houver
sensibilidade e vontade.

Vejamos os defeitos mais frequentes e a forma de os minimizar ou eliminar:


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• As Cores da Iluminação

Por razões de segurança, nas instalações industriais e noutras, nos serviços de saúde por
exemplo, as cores são muito utilizadas.

Os trabalhadores têm pois todo o interesse em conhecer os códigos utilizados:

Vemos que as cores são utilizadas para identificar objectos ou símbolos, para criar contrastes
e para chamar a atenção.

As cores podem ainda servir para alterar o comportamento humano através do seu efeito
psicológico inegável, variando de indivíduo para indivíduo, como indicado no quadro abaixo;

Cor Efeito de Distância Efeito da Temperatura Efeito Psíquico


Azul Afastamento Frio Calmante
Verde Afastamento Frio a Neutro Muito Calmante
Muito Estimulante
Vermelho Aproximação Quente
Cansativo
Laranja Muita Aproximação Muito Quente Excitante
Amarelo Aproximação Muito Quente Excitante
Muita Aproximação
Castanho Neutro Excitante
Claustrofobia
Agressivo, Cansativo
Violeta Muita Aproximação Frio
Deprimente
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• A iluminação e a idade

As normas de iluminação actuais baseiam-se na "performance" visual do homem médio, não


tendo em conta a sua idade e o seu rendimento visual.

É sabido que as pessoas mais idosas têm necessidade de níveis de iluminação mais elevados
que os jovens.

Após investigação envolvendo cerca de 10 000 pessoas, concluiu-se que a iluminação


necessária para a leitura de um livro bem impresso, considerando apenas a visibilidade ou a
leitura, varia de acordo com o seguinte quadro:

Interpretando o quadro podemos constatar que, uma pessoa de 40 anos para ler precisa de 4
vezes a quantidade de luz que precisa uma criança de 10 anos; apenas para ver a mesma
criança necessita apenas de 1/3 da quantidade de luz que necessita um adulto de 40 anos.

Estas conclusões explicam o que à necessidade de adequação dos níveis de iluminação às


idades dos trabalhadores.

Como já se referiu, num local de trabalho, a iluminação deve estar adaptada não ao homem
médio, mas a 90-95% das pessoas que ocupam o local, tendo em conta não só a sua idade mas
também as suas anomalias visuais.
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• Nível de iluminação

O nível de iluminação a obter, deve ser adequado ao tipo de actividade, à duração do trabalho
e à idade dos trabalhadores.

Também sabemos que as actividades mais minuciosas e/ou mais demoradas exigem maiores
níveis de iluminação.

Efectivamente, consultando uma tabela de níveis de iluminação adequados a diversas


actividades verificamos, por exemplo:

A adequação da iluminação à actividade coloca-se não só em termos de quantidade e


qualidade de luz.

Como já se disse, o problema da quantidade de luz resolve-se colocando mais lâmpadas,


lâmpadas de maior potência ou lâmpadas de melhor rendimento luminoso.

O problema da qualidade da luz resolve-se escolhendo a tonalidade de luz adequada e


principalmente considerando a capacidade de restituição de cores da luz de que se falará mais
à frente.
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• Boa distribuição da luz. Não encandeamento

O encadeamento surge quando há uma distribuição muito desigual da luminosidade no campo


de visão ou seja, quando algumas partes estão excessivamente iluminadas em relação à
iluminação geral.

Os princípios a adoptar são:

• Todos os objectos e superfícies do campo visual devem ter brilhos diferentes;

• As superfícies do centro do campo visual não devem apresentar um contraste


superior a 3:1.

SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO

Os sistemas de iluminação podem classificar-se em vários grupos:

Natural
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Geral

Localizada

Artificial

Combinada

Emergência

Sinalização
Especial
Decorativa

Germicida

Os locais de trabalho devem ser iluminados com luz natural, recorrendo-se à artificial
complementarmente, quando aquela seja insuficiente.

A iluminação natural, não perdendo de vista as suas vantagens de natureza económica, é o


tipo de iluminação para o qual o olho humano se desenvolveu e aperfeiçoou, aspecto este que
mostra a sua particular importância.

As superfícies de iluminação natural devem ser dimensionadas e distribuídas de tal forma que
a luz diurna seja uniformemente repartida e serem providas, se necessário, de dispositivos
destinados a evitar o encadeamento.
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Do ponto de vista psicológico, a iluminação natural, ou inclusivé o mero contacto visual com
o exterior, tem efeitos positivos para a maioria das pessoas, entre eles é de destacar:

- facilita a variação da acomodação visual (perto/longe);


- amplia o campo visual e evita os efeitos claustrofóbicos;
- aumenta a estimulação sensorial;
- acompanha os ritmos biológicos circadianos;
- previne o "Sindroma Depressivo Estacional" (maior tristeza, ansiedade, irritabilidade,
sonolência, desmotivação).

Trabalho elaborado por o grupo D:


Dina Pedro
Sandrine Ribeiro
Paulo Silva

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