You are on page 1of 11
4 [dors arngos ae ooras ui ENISTE, Emile, Da sul ade na linguagem. In: © aparetho formal da enunciagfo, In: istica geral Il. Trad, Eduardo Guimaries et al CAPITULO 21 da subjetividade na linguagem?) Sc a tinguagem é, como se diz, instrumento de comunicagiio, 1a que deve ela essa propriedade? A pergunta pode surprecnder, ‘como tudo 0 que parece questionar a evidéncia, mas as vezes pedir A evidéncia que se justifique. Duas razBes st entfo sueessivamente no e: Uma consistiria em que a ‘guagem, sem divida, se encontra de fato assim empregada pora (0s homens néio encontraram um meio melhor nem mesmo tio eficaz para comunicar-se. Isso equivale a comprovar 0 que se queria compreender. Poderiamos também pensar em responder ‘que a linguagem apresenta disposigSes tais que a tormam apta a scrvir de instrumento: presta-se & transmitir © que Ihe confio — uma ordem, uma pergunta, um aniincio ~, € provoca no interlocutor um comportamento, cada vez, adequado. Acrescen- tariamos, desenvolvendo essa idéia sob um aspecto mais técnico, que o comportamento da linguagem admite uma descrigdo beh: viorista, em termos de estimulo e resposta, de onde se conetui ‘cariter mediato e instrumental da linguagem, Sera realmente da linguagem que se fala aqui? Nao a estamos confundindo com © discurso? Se propomos © discurso como & linguagem posta cm ago ~ e necessariamente entre parceiros —, fazemos apare- cer sob a confusio uma petigao de principio, uma vez que a na- sua situacéo como frumento”. Quanto ao papel de transmisso desempenhado pela linguagem, nio podemos deixar de observar, de um lado, UL. Journal de psychologie, jul-set 1938, PUR. 284 ‘ampinas, SP: Pontes, Problemas de ‘a geral J. Trad. Matia da Gloria Novak e Maria Luisa Neri. Campinas, SP: Problemas de 989. Fae-8 Jeep que exte papel pode caber a meios nio lingtlisticos — estos, mimiea — e, de outro lado, que nds nos deixamos enganar, fa- Tando aqui de um “instrumento”, por certos processos de trans- missio que nas sociedades humanas slo, sem excegiio, posteriores 4 finguagem e The imitam o fun: de si ynamento, Todos os sistemas is, rudimentares ou complexos, se encontram nesse caso. Na realidade, a comparacao da linguagem com um instr e¢ preciso realmente que seja com um instrumento mate- teligivel, deve niio a fabricou. Inclinamo-nos sempre para a imaginagio ingénua ‘de um periodo original, em que um homem completo descobriria um semelhante igualmente completo ¢, entre eles, pouco a pouco, se elaboraria a linguagem. Isso & pura fiego. Nao atingimos nunca o homem separado da linguagem ¢ ndo o vemos munca inventando-a. No atingimos jamais o homem reduzido a si mesmo e procurando conceber a existéncia do outro. E um homem falando que encontramos no mundo, um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a propria definiglo do homem. ‘Todos os caracteres da linguagem, a sua natureza imat © seu funcionamento simbélico, a sua organizagao articulada, © fato de que tem um cont sfo suficientes para tornar suspeita essa assimilagdo a um instrumento, que tende a disso- ciar do homem a propriedade da linguagem. Seguramente, na 0 vaivém da palavra sugere uma troca, por- ‘que trocariamos, € parece, pois, assumir uma pratica cotidi siac mum. palavra. ‘Uma vez remetida a palavra essa fungo, podemos pergun- tar-nos o que a predispunha a assegura-la. Para que a palavra assegure a “comunicagio”, € preciso que esteja habilitada a isso pela linguagem, da qual & apenas a atualizagdo. De fato, & na Tinguagem que devemos procurar a condigio dessa aptidao. Ela 285 reside, parece-nos, numa propriedade da linguagem, pouco visivel sob a cvidéncia que a dissimula, e que nio podemos ainda carac- inguagem que o homem se constitui inguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que € a do ser, 0 conceito de “ego”. ‘A “subjetividade” de que tratamos aqui é a capacidade do locutor para se propor como “sujeito”. Deline-se no pelo senti- mento que cada um experimenta de ser ele mesmo (esse senti- medida em que podemos consideri-lo, no & mais que um reflexo) mas como a unidade psiquica que transcende a totalidade das experiencias vividas que reline, e que assegura 4 permanéncia da consciéncia. Ora, essa “subjetividade”, quer a spresentemos em fenomenologia ou em psicologia, como quiser- ‘mos, niio & mais que a emergéncia no ser de uma propriedade fundamental da linguagem. & “ego” que diz ego. Encontramos ai © fundamento da “subjetividade” que se determina pelo seatus fancia de si mesmo sé é possivel se experimentada por contraste. Eu nfo emprego eu a no ser dirigindo-me a alguém, que sera na minha alocusao um tu. Essa condigao de ditlogo € que € constitutiva da pessoa, pois implica em recipro- cidade — que eu me torne tu na alocugao daquele que por sua vez se designa por eu. Vemos ai um principio cujas conseqiién- é preciso desenvolver em todas as diregdes, A linguagem rorque cada locutor se apresenta como sujeito, remetendo a ele mesmo como ew no seu discurso. Por isso, eu propée outra pessoa, aquela que, sendo embora exterior a “mim”, torna-se 0 meu eco — ao qual digo 1 e que me do se encontra o equivalente em lugar nenhum, fora d guagem. Essa polaridade nao significa igualdade nem simetria ego tem sempre uma posi¢io de transcendéncia quanto a apesar disso, nenhum dos dois termos se concebe sem 0 out sio complementares, mas segunda uma oposisio “ 286 rior", e ao mesmo tempo silo reversiveis. Procure-se um paralelo para isso; nio se encontrara nenhum. Unica ¢ a condigdo do homem na linguagem, Caem assim as vethas antinomias do “eu” e do “outro”, do individuo € da sociedade. Duatidade que & ilegitimo e errdneo reduzir a um s6 termo original, quer esse termo tinico seja 0 eu, que deveria estar instalado na sua prépria consciéneia para abric-se entdo a do “proximo”, ou seja, a0 contrario, a sociedade, que preexistiria como totalidade ao individuo e da qual este 56 se teria destacado a medida que adquirisse a consciéncia de si mesmo. E numa realidade dialética que englobe os dois termos © 08 defina pela relago mitua que se descobre o fundamento Tera de ser lingilistico esse fundamento? Onde esto os titulos da linguagem para fundar a subjetividade? De fato, a linguagem corresponde a isso em todas as suas partes. E to profandamente marcada pela expresso da subje- fividade que n6s nos perguntamas se, construida de outro modo, poderia ainda funcionar e chamar-se linguagem. Falamos real- mente da linguagem © nio apenas de linguas particulares. Os fatos das linguas particulares, que concordam, testemunham pela Jinguagem. Contentar-nos-emos em citar os mais aparentes. 8 préprios termos dos quais nos servimos aqui, eu, © t% no se devern tomar como figaras mas como formas que indicam a “pessoa”. E notivel o fato — mas, fa & quem pensa em noti-lo? ~ de que entre os signos de uma lingua, de qualquer tipo, época ou regio que ela seja, ndo faltam Jamais os “pronomes pessoais". Uma lingua sem expresstio da pessoa é inconcebivel. Pode acontecer somente que, cm certas linguas, em certas circunstancias, esses “pronomes” sejam deli- beradamente omitidos; é 0 caso na maioria das sociedades do extremo oriente, onde uma convengio de polidez impée o em- rases ow de formas especiais entre certos grupos iduos, para substituir as referencias pessoais diretas Esses usos, no entanto, ndo fazem mais que sublinhar 0 valor das formas evitadas; 6 a existéncia implicita desses pronomes que da o seu valor social ¢ cultural aos substitutos impostos pelas relagdes de classe 287 Ora, esses pronomes se di que a lingua articula, no segui \guem de todas as designagdes ‘do remetem nem a um conceito su” englobando todos os eu que se enun- ciam a todo na boca de todos os locutores, no sentido em que ha um conceito “irvore” ao qual se reduzem todos os empregos individuais de drvore. O “eu” no denomina pois ne- nhuma entidade lexical. Poder-se-é dizer, entiio, que ew se refere um individuo particular? Se assim fosse, haveria uma contra- digo permanente admitida na linguagem, e anarquia na pratica como € que o mesmo termo poderia referir-se indiferentemente 4 qualquer individuo e ao mesmo tempo identifici-lo na sua particularidade? Estamos na presenga de uma classe de palavras, 0 “pronomes pessoais”, que escapam ao status de todos 0s outros signos da linguagem. A que, ento, se refere 0 eu? A algo de muito singular, que é exclusivamente ato de discurso individual no qual é pronunciado, ¢ the designa © locutor, 6 um termo que nao pode ser ident dentro do que, noutro passo, chamamos uma ji ue s6 tem referéncia atual. A realidade A qual ele remete lade do discurso, E na instancia de discus {4 assim, ele mesmo sobre si mesmo. ‘A linguagem esti de tal forma organizada que permite a cada locutor apropriar-se da lingua toda designando-se como eu. ‘Os pronomes pessoais so 0 primeiro ponto de apoio para essa revelaciio da subjetividade na linguagem. Desses pronomes dependem por sa vez outras classes de pronomes, que parti- sipam do mesmo status. Sao 05 indicadores da deixis, demons- trativos, advérbios, adjetivos, que organizam as relacGes espaciais € temporais em torno do “sujeito” tomado como ponto de refe- réncia: “isto, aqui, agora” e as suas numerosas correlagdes “isso, ‘ontem, no ano passado, amanha”, etc, Tém em comum 0 trago dese delinirem somente com relagio instancia de discurso na qual sio produzidos, isto €, sob a dependéncia do ew que ai se enuncia. sujeito que ndio seja o que el 288 E facil ver que 0 dominio da subjetividade se amy € deve chamar a si a exp: em toda parte certa organizagiio ica da nogao de tempo. Pouco importa que essa nocdo marque na flexfo de um verbo ou por meio de palavras de outras classes (particulas, advérbios, variagdes lexicais, etc); € problema de estrutura formal. De uma ou de outra maneira, uma lingua distingue sempre “tempos”; quer seja um passado © um futuro, separados por um “presente”, como em francés; ow um presente-passado oposto a um futuro, ow um present faturo distinto de um passado, como em diversas linguas am dias, podendo essas distingdes por sua vez depender de vari de aspecto, ete. Sempre, porém, do acontecimento descrito com a instincia de discurso descreve. A marca temporal do presente s6 pode ser int a0 discurso, O Dictionnaire général define o pres tempo do verbo que exprime 0 tomar cuidado; ndo ha outro trio nem outra expressio para indiear “o tempo em que se esta" senio tomi-lo como “o tempo em que se fala". Esse é¢ 0 momento eternamente “presente”, embora no se refira jamais aos mesmos acontecimentos de uma cronologia “objetiva” porque ¢ determinado cada vez pelo lo- cutor para cada uma das instancias de discurso referidas. O tempo listico € sui-referencial. Em Ultima analise, a temporalidade ingiistico revela a subjetividade inerente a0 proprio exercicio da linguagem. ‘A linguagem & pois, a possibilidade da subjetividade, pelo fato de conter sempre as formas lingiiisticas apropriadas 4 sua expressio; e 0 discurso provoca a emergéncia da subjetividade, pelo fato de consistir de instancias discretas, A linguagem de algum modo propée formas “vazias" das quais cada locutor em exercicio de discurso se apropria e as quais refere 4 sua “pessoa”, definindo-se ao mesmo tempo a si mesmo como eu € a um par- ceiro como tu. A instancia de discurso & assim constitutiva de todas as coordenadas que definem o sujeito © das quais apenas designamos sumariamente as mais aparentes. 289 A instalacdo da “subjetividade” na linguagem cria na lin- ‘guagem e, acreditamos, igualmente fora da linguagem, a categoria da pessoa. Tem além disso efeitos muito variados sobre a propria esttutura das linguas, quer seja na organizagio das formas ou nas relacdes da significacao. Aqui, visamos necessariamente lin- guas particulares, para ilustrar alguns efeitos da mudanga de Perspectiva que a “subjetividade” pode introduzir. Nio saberia- ‘mos dizer qual & no universo das linguas reais, a extensio das particularidades que assinalamos; no momento, € menos impor- lante delimité-las que fazé-las ver. O francés dé alguns exemplos sob medida. De maneira geral, quando emprego o presente de um verbo de trés pessoas (segundo a nomenclatura tradicional), parece que a diferenga de pessoa nao ocasiona nenhuma mudanga de sentido na forma verbal conjugada. Entre je mange e tu manges e il mange [= “eu como e tu comes e ele come”], ha de comum e de cons- tante o fato de que a forma verbal apresenta uma descrigdo de respectivamente, e de maneira idéntica, a Entte je soufie e tu souffres e il souffre [= “eu softo ¢ tu sofres ¢ ele sofre”], ha paralelamente em comum a deserigao de um mesmo estado. Isso da a impressio de uma evidacia, ja implicada pelo alinhamento formal no paradigma a conjugacao. ‘Ora, inimeros verbos escapam a essa permanéncia do sen- (ido na mudansa das pessoas. Esses dos quais vamos tratar de- notam disposigdes ou operagdes mentais. Dizendo je sour "] descrevo o meu estado presente. Dizendo je sens (que le temps va changer) [= “sinto que 0 tempo vai mudar”), 404 “oplyjoas> euoIp! op apepit sxjnoted © Sope| 9 steieprout sosino so “saniaueusred 2 so1yss29 U sun ‘ofs soisioee> saisq “ezijeme ejo aonb Jenplaipul oBSersay suru ep apied v opSeyounus ep syounoy saisjoeie> so ‘enuy) ep Jonayur ou ‘seS0qse soMaieitIa) “seurded seIsep oludord cralqo 0 7 pSeztjea1 ens ap yuo} oypenb ou oxSesuNUD B TUIFOP Wd eI -sisuos anb ‘wisfepioge vxjno euin sesSpisuos *UZ1JU> ‘9°-9poq ‘oniaidso op ojuaweuoysuny op uous aodoud sroaqUN axEHINIS ep e109) uN 2p “2 ‘g}usUEUND CApeNb wn 9p -usoidap yep vied s0|-pz1jewso} ¥ > se-posIpo9 © BsTA ,,[BUOIDELUIO] su wyues8,, y “WweIpuadua os 2 uIBDYIsIOAIp 26 oBSersuNUD ep seonsin#uy, seuoy sv sienb sojsd sowsunpsso1d so soulnsod sip opSelapistion ewsour @ gog *, eau! ep asygue y 2 ous ‘op eti081 e znpuoD ea 2 ‘oRSerOunue ep orsadse aisap onu39 ou iso anb enfuyl ep orSeznuewos eq -oeSeiojuy ens soaaiosp sou “aa) anb w 9 sagou seap sv auque utnBuisip epod 98 epypauc onb sesaeyed,, Uo eulio} a§ ,,opHuas,, o owo9 294 9 — epUtP Bpep WIP olinus — ogjsonb e inby “osinasip wo enBiuy, a 'y “ewjgord owsow op soreu ojzadse oxjno un 9 ovSnpord wys9p ouIsIUEDDIN_O vprznpoxd 9 opSmypunus w sienb seu segsen{2 sep apepisioaip @ oytedsal wuazip seduai9jip ses “24yeap wa epriadas 9 woupusdxa v opuenb cursaut rewyxoide oyuoe 7 og apepiuop! op ogsou v onb 9 ‘ayuouey 9 soprznposdos swwurel ovs oBu suos souisaur so ‘ors{ns oussour © ze ‘wed ‘anb ages win spe> sey -sope8t no soyunstp ‘suos ap erpau ‘urafeun win 121q0 & opout 2p ‘som nied eworp! wn 9p aspenb ou sopepnisa ufos tonb “spiqaaiad 2 Sophia suos so “enBuy{ ep 1e20A oxSeztje01 ¥ > — oeSeounuD {8p yes08 ousuiguas oF oHSY/a! ula 01514 wlas Ogu [2198 opow wa ap eroqui — oyattp stew 0 > jaandsoiad ayuaweyerpawt s1ea san) ayuauyjedioulid sowaran soyoedsv soss011p qos opepnisa 128 apod ossaooid 9p ‘ogSeya viso wesaeat anb soon sou 2 ‘ouawnnsuy 40d en8uy] e ewo! anb ‘20;n20] Op Wy © oLI0> ‘p-psapisuos 95-249q “oRSe}SUNUD Ep soorisiNBUy| sasaFIBIe9 so eULUL jarap enBuy} x woD J0In30) op ovSeja1 y “eUOD eziyKgou anb 1on20) op oMns © 9 ore 2183 “oalqo ossou 9 anb ‘opel> 2 ‘opajounus wa siznpoad ap owsou o1 © aid op wo8a}e0 ep oxSeane} nus jad 9 fu “9pepuaA eu ospenb wn 9 2papy ‘anb 0 aigos sowianoxsayur anb 2 ‘apoprssazou ens a1qos $0 ‘anb “soweyusiap sou ye anb aoo12ur odua) 0 woo oF opSepounus y osdsar warp anb sous) 9p ‘ono of[e wruaisap owisous ov o1afqo 0 euisap anb oysai win wanyduit anb sow +8 ‘ynbo ‘asa od) opeua}so 2p sooipuy sosoisuinu so o¥s ovseysunua ‘9p eanynayso eulsou Y OpUEUOIDE|a: 2F > wrasNjrU eUISOLL Uq “oUpIn2oqe ouloD sjuasaid gIs9 ¥e anb onpsAIput o *n) OU aa) 0 9 ‘oémounua @ auajoud anb oF © opuiouop na ows0) © sogseisunua wjad 2 vu ogues znpord 2s ogu onb (ny-no opsepor unsqe conod win op5usap B}e “opSerounus tens woo vipssacau 9 aluersuos osfeje1 we JoIn90] 0 4820|09 9p 9 oxduny aio seoysoadse seaizoy 9p oBo! win 10d owowgtas win © vonde 3s 29 anb too ze} opSeiounua ene wa y ‘oeSujaunua vp ong anb ajenbe znposyur enduyy ep opdeudorde ap jenpiapuy o1e YoUgIOsUOD wLAySso0Iu ¥ NWO} 26 oBU Ypute yenb wp > send ‘ep aiueaBaruy aused 9 sroupiayor y 270} anb oanguieid osuasuos ou ‘21 ‘nex8 0 vfas anb sanbyenb 2p oyat 40d 2 “0 2p ood wns real © -operdento sp \J9P 9% apod opSussunHD © “TeNpIA i ovSejas wo opSuzyeas ojuenbug ap opdeyounus ‘roves vaio] ‘J0ynd9} wn ap BuRWA anb ‘oBinaeIp ap 18 © oo1un © 9 s0;moo] na o “soz24 sy “ajUTANO Na wn 9 J01NGO na Sarah op onaBets pasark Ianeie ar, ‘oBo|gip wn ap erougrede w opuss [war opu ofo[ 21¢q opsouas oprure|poid 9 2 sapuodsas anb 0 s9qes lus onne © exiap jpastasud sousts ‘ofotsyein syeut ‘pow ap eBaidusa so anb no "sojqugaard ap anboisa anb ‘sayuedionzed siop sop -aed stop sop wnquoy “oeSerounue ap wa 08 eu Ten 2s oFU “seUHDIy SOP Aux enb ep 2 soaod sauaiapip 0d “aput ‘opeurBeut no [eat 9359 elas ‘ox)2ound 0 ww0D vaysen2eep opsejos Dp onsonjusoe © > o¥Seisunu> ez1is}aRIN> [RIA wD nb C ‘opSias37 9p esnooi ‘ouowepeiagyiap ‘no jnbe as-wun2jueso ‘|2a23s08 idtue syewn opout up anb sewioy sPu juwd & owo> as. pynayiaed v sepy 0 9189 sousus euigueu ew 9p onb apure ‘opSeiounua e o1jadso tis 6 auuedsi ep jenb e w09 ‘orssodoid ewn sp vimusqns 98 ‘nb ‘eudord wurioy ens may o> ‘opSeyounua ep aquapuadaput 9 ¥518 “o{ ordusado owioo opSefau y vogSsodoid wun ayuaueanetau no aiiouieanisod opuemuye opy 2 ups sesAzjed se “wearidun & anb no wiowzidx9 v anb sootyfoadsa souausysur owsow wa) e[9 “opseI> lune eu z0}n20{ op eSuasaid ep winwoa syeur opseysoyqueU © 9 > wzayia9 pian awolunwod & vsiA opSiasse v ‘ovSeuoUD uns wo oMIoD oompiuis oj@por nas wg -olipuiadai ouisou! 21s v s20uatred ond 4spign 8 2p O16} 09 ‘oUs9 wisquIN seu "Zaxj6) SIUDPIAD SOLOW ‘opSupunua ep oduioy twa sopiqoauoa sojade ‘suapio « ‘nb seuLi0) no souLID) so oP-asusinqun ‘opSelounus ep 219 ‘ovSeuojue ‘erougnbes ‘seuouoid yjoutes opows acy jedse aisap weatop ‘ovSeBous07u1 ep wo tod ‘,eysodsaz,, euin reyfosns eaed wpjnaysui09 anb ‘opseBouiay) © 180] id wo "g “sooSuny op oyjozede wn 2p uy 2189 w1ed aodstp aja ‘ouPINoo}e op oitauiEYOdwOD © opout ‘wp! anb sepepnute se sin ou sopedaiduis 19s wou ajuouexoy| axcwoxd “sujo seyao9 aod yoapsuodsos aquauimanp 9 oxserounua e unssy ‘your 9.0 ogy yf anb 0 2 ayuasaud 2wus0) 2s yea amb © anus ‘eunojur erouproyar 10d r ayuasaid 0 7 anb ‘orSepsunus ep ayunssaouy ayuosaud ou urespustiaa a8 anb apepijesodwar 2 apepinunuos ¢,,odura,, soueunuousp onb unde inbe sowtenpeat -p ‘oluowesuad op ovssiusuesi ap o1@t win oWw0> ‘Osea a1s9u "euorouny ovu waSenduy, e anb 3 ‘aeniedsap wou eni29[2141 opxaj91 op opeyinsas o ovs ofu ‘oanalgo jedrsusid nas 0 9 asso 2 seg “oBu anb ajuswieys09 ¢ yn v ‘ops 19 O88 oBIUN 9p soSe] so anb wa osinosip 9p ody wn — eoyfigqourwis; ovSusaus ep ofupwiap ojad oped sui ‘noupl opyunwo> sewey> ¥ 0 8109 ap Opes wn8ye op sagseunsy © qos soupiuowoa s0 ‘appes wv aiqos seyunified sy “ayuala) “Ipuy uSuIMyD|duI09 asenb 9 sesavjed sens ap opnuas o ten ¥ ered oysuny euin asduina ‘snadouna sages sou ow0o suea|oe oq Se anu epwsn ops “elsa}109 ap ase1j soldus et, ‘opuazey ovisa anb {woo ‘ayurAno op no sona9} op oiveureysoduCo ‘pod ogu operounus epe> ap ophuss © ‘opSenns 9p opxaiuoa senbyenb ap epeatid ate eso soumys9 ‘sose2 saiseut obis9 anb 0 woo 424 ® win epeu anb oypeqen sajdunys unde weyuedusooe opie ‘opuesueasop ‘oded sepeurinze) ap siodap ‘er +, BsIPU eISOP sUDBesNd couse yp vuad © o[¥A -sonpyAipur so nua opSexoqujos wun aoojaquisa a8 ote 23m (5961) 09 Isa op ome wn 94 “¢ ‘efoyip tun 2p ios ¥ qos “osunosip o anb two osszooid wn 3 “oyu aduiosop je wafenfuy) ® anb jaded op opunsod noinsiuoa eof ‘onsinfuyy opsunj woo yejsoesoa} tous; owes nese vopues ‘uenb “2o179} opyunwas ap swoH © Gos endoIpul HISAONIIN “a 9p ‘Sepiooquon souout sep seus ‘eyoupuude wo sjoueg stew! sep Is}o0s opbtpuos wun wa wiueseide ae sojop vuln “sapepotten -19W 88 Jee[oue 2p misse asopuorsge ‘opypissaoeu wun ap optIyas “31 owoa ofoirp 9p opsensis © eutupe os anb wzed “sonpyaiput s0 2u1u9 oydeajunuioa ep seaggad spapyan v 2 viouanbayy © a¥oosut too ayust9e) opnes oF e1up1U0> “way “si eau20} ¥p ‘opSuosep widnp eum en ¢(Ciow/aui/af} mrau/aus /na) owsyugiue op 2 awouord op sepdisode ap offo[ wn epusaidion sp 2p oatso1ed ouio> ae-optod ‘ouro2 z94 wns tod opureao[o> 28 & no 0 aeuwopaid p}-os-19A send Lie 4 “e961 eee ap 2515 we sinbe opesoqss yewuoy oxpenb op snued & ‘osinaeyp op sexajduio> seunoy sep asyue © sitd woige 2s sean -saduad sujdwy ‘wareppunua 2s sonpyaipul so z8} 9j2 ‘e199 ens 2p 1OLIaIU! Ot ‘9 4aAaI089 OF wI>UNUD 2¢ axax989 anb O :souE[d stop “wypiose opSerounus ep epeye) opseisunuo vn osjeaid e119 -,,opept 1p8s200u 254]8) *9) ix9] sagSeuay[2 se s2sapisuo> anh 92 OW Sopepniss 198 WelJ9A9p sojuUergopsop SOsINo Son, , 20205 10d yiso eopsyn8uy voon ap eulioy w3sop [Puno] aeypuR y “sslopefsunUD sop wn epss sod sepnodas ‘sepeurquios se2agjed op ovserounu> ‘wind ‘wa8esuow wou ‘opeprqeuty wou ‘oia{qo wou opuesioduio> ‘ens a zaysjes as anb ‘vaisau 1s agos eyjos a5 inuuo ap yeuojsuaAuo> wUO} wn 30d ‘epyUEML Twossad opSejar cuin, “,080]p1p,, op a}1uly ou mbe soureysy, ‘apée ap opou! wn ouo> sear ‘opxayja! 9p ojuouinajsus wn oWo9 ou ‘sou: eysou “wiodenduy v ‘seu 22a ew “ody anne 9p no [eID08 ‘ojuaumuas ap oe] uin8je rod 20yn29I oe IANO © 3y1In ap ora p ousodoid 0 axtas anb owe wn 9 ogsessunua Epes -ajtiawes ypBusj s0a}uUOIe anb ou aIsIst09 ‘opoy nos wa ‘oLsem 3 ‘sose> $9532 Is @ > UR 90 9 ISD sey 'se sestap jeossad ogyunuioa euin ap oye) ou 2 apepyfiqgelsos op veigjsouye vssou ‘seuade “2ysistion Zapepy(pury 19s seiUnt wHe|>s Sr) svossad 2p oralupU 199 wn opuenb opsonyjs opeiap sysuo> 49s apod onb 9 anb o sepy ele) ep voyuogy eu ayuauey np adionted opt sofayx9 oxsenyis # anb olagg g Zor ap e1xa}U09 ap warsisap orSdaau0> assou w o> eNnS 2¢ OPSI9 anb wa q Zoese op opour wn epyiapisitoa souepod sey

You might also like