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Rosa Iavelberg A aquisigao do desenho e correspondéncias com os niveis da compreensao estética (0 desenho da crianca é uma das condutas da func simbslicadescrias por Paget, 20 Todo do jogo da imitaio diferida, da evocacio verbal eda imagem mental’ Sua con cretzagao ¢ um vitualhumano, cj aquisiqdo€ um fenomeno regula por oportun dades educatiase peo fazer do desenhista, Ness sentido, cabe obserar a eas dos desenhistas sobre o objeto desenho, as quais regem sus pris. (0 desenho da criana, desde cedo sof influgnca da cultura por intermédio de mates esuports com que fa seus trabalhos,deimagenseatas de produc artistic ‘que observa em TV, computador gibi, rGtulos,extampas,objetor de are, videos ‘nema, fotografasewabalhos atsticos de outas cans "Acranes pode sr aut6noma ao excetareinterpretartbalhosattos, embora facade maneiracultvads, ou ej, denotando m influéciacutral que reebe © texpressando nas suas aividades + locale a epoca histrica em que vive + Suse oportunidades de sprendizagem, ca * suas is o epresentacdes sobre o que €desenhoe para que serve desenhar; * Su potencal para fazer deseno e refer sobre a producio de desenhos, Na minha dseraco de mestrado 0 doen ctad do cra, de 199, edtada porcient non ders te sla dee Ated, 1985) aponto ques eset {em sums props ar ou Teoria sobeodsenko que egestas bere ter Dretagies em deseo. Tis eonsruges sho edicadas etrasformades pat ds txpenncis de apendnagem ~ que cada im tem a0 longo da via ~ emvlvem = interagi comaproduio dear de pares podutores adultos, come rmeo ambiente naturale sata e om o rp fizer desis. \Grsideraro desenvolvimento do deseno como um eqUén de etgioe in fem, pos al concep ets gad ida de que 0 destrvahiment de gafamo Cspontneo = dependent de atdidatsmo e indepenente de aprendaagem so. Giaitral= ou no eluaa as reflexdes qe a cans fax para const seu deseo. ‘Abs met abo oi obseraqo da capacdade do sprenizde desenar¢ interpreta dereos pipe de outa eimesgar quae sto ote de aprenden: em em dese, ep desenho €a base de muitas modalidades de produgao visual: a pintura, a escultura, fotogrt,owebds assis em quarinnos (arava, o design portato, {aber sobre sia aguiioehicid, de cet forma, a estes de aprendizagem em Tara compreendera quests eats consi do desento pelos pends, < nccsiio que oeducador poss responder a0 que € desea e ls S40 Sas Correspondénc como mand ico, om o mundo 0 dsenhistae com o mundo da cat, ‘Saber por exemplo, qo desenho no simplemente arepresentaio do mando visvl embora ess cena sj fortes rege orentagdes de muitos proesores, Ines na ataiade mas que 0 deseaho € uma linguagem, com caacerisicas props, com ore marca de decses nda eds cturascoletvas mss furs, bite qu se enqadre os estates em espa edefrmadas sore 0 a0 de ‘senha ee desenon Rosa laveberg Para gostar de aprender arte fase Aassimilagio parcial de teorias sobre a aquisigio do desenho & comum: portant, abe aos educadoresutar pela ndo-deformagao de conceitos sobre arte em se ens, ois €fndamenal que se possa aprender de forma atualizada, ous, em corespon. ‘encia com o pensamento sobre desenho, com fontes na hstra da linguagem, ‘chegando aos modos mais contemporaneos de sua concetualizaco em nossa epoca, ‘onsiderande a varedade desss manifestagBes nas cults “Aconcepedo renascentista€inadequadaeinsufciente 3 compreensio do desenho de hoje. Lidar com a ado e interpetaglo do aprendia e considera a natureza do objeto desenho na histra na contemporanidade leva a compreender porque os tans perdem sua capacidade de expressio cradoraem artes vais no ingresso do fens fondamental. ara tanto, importante que se observe, prncpslmente a dupa perspec presen tena aprendizagem do desenho, a natureza genética € acuta, nos métodos de quisigh da linguagem desenhista por eranas,jovense adultos ‘Revistandoshintra dos desenhisas, bservando-os dese earglindo-os sobre seus métodos, padese encontrar mas dffildades na arientagies dos process de ‘auisigbo do desenbo por profesores do que nas agBes das lana e dos ovens para aprender a desenhar ‘Se muitos anos afrmam, de repene, que no sabem deseahar ao ingressarem ro ensina fndamental-, como se expen que odesenho, que até eno ea atidade ‘spontinea eautodidata, dita de s-lo magicamente? A cianga ina experiénca ‘om modelos sociais da arte adutana educa infantil? Os proessrese 0 pas 36 bmostam péssimos modelos de arte as crangas? A rianca no distingue os atos de ‘seit dos de desenho, e sso adestra sua mo? Como isso € possvel se a eran ji ‘concretizou tal dining? Com oingresso no ensin fundamental, ore uma Fegessi0 to desenho? Mistrios como esses cam por tera quando damos vor is criangas para flarem sobre suas hipsteses sobre o deseno. Nao foi respstaa sss ergutas ue ointam Inia visio sobre o proceso deaqsicto dalinguagem do desento, sim um conjunto de procedimentos qu elegi para vericar as Yearias" dos aprendizes, | Neandse das constacas em um conunto de respostas, encontel nies concetuis stints, uma “psicogénese do desenio" que precisariaserinvestigada em contextos Sococutrals diferentes, Meso que realizado em escoas particlres da cidade de ‘S30 Palo, © trabalho indica que @ aquisigo do desenko est rientada por acdes ‘especicas de aprendizagem, cujaexplciagio pode roger nows pritias de ensino “Acting, desde pequena, age, reflete, abstr sentidos de sua experitnia com esenhos.Progressivamente, ela pode constuit sigificads sobre 0 que &« fi 0 {esenbo nahistra, quas soe foram os princpios eos fats, procedimentos evaloces ‘aksciados a0 deseno na Historia da Ate, Pra tanto, é bom que, na escola, oan relaconeo desenho que faz como conhecimentoacumuado sabre deseno na soceds- ée Em minha pesquss, conclu que exstem quatro momentos concetuas pelos uais a rianca passa na constucao do desenbo, cj ordem se justia tanto pelos limites e possbidades do desenvobimento das estuturas operatrss como pela inflaénca 4s cultura e das experiencia de aprendizagem organizadas na escola ou fora dela, ‘onforme mostra 0 Quadro 9.1, ' ids reger a compreensio dos momentos concetuals & que eles no sejarm ‘compreendidos come objeivos no planejamento, esim como fendmenesconcetuais 4 sere consderadoserespeitados, os quai orintam as ages e interpretagies dos ‘esenhistas, ‘Aliel os momentos concetuas aos quis cheguel com os nites dscrts anterior mente sobre ae fares do desenho por tr autores, ‘0 desenho infant, desde o inicio do séeulo XX, sé €observado a partir das ages daring Nao era o ensino que ea asteorias na Sea, pos a intervengio educative fer considerada awa que intrfria nos processos naturis da infin. A énase nos ‘spectos do desenvolvimento alo explicaao priodo do bloquco inaugurado com © ingresso no easino fundamental, no qual oftoe sociocultural ligado 8 aprendzagern ‘as lingusgens ca mais evidencado devid maior aproximago entre o gu crisnga pode prouzr ea produgio socal de desenos. Rosa laveberg Para gostar de aprender arte 8 te Doar ree dane smo tassde —préevna——Femar= 2am = Cnbnato Inga feemosteken—sene Pasha, Imsoo2 ma wow hoa eines! Rene ussesciseenpteinets ferrite ress ‘Considerando o marco estrutural do desenvolvimento, o qua, por si s6, no deter: rina a aprendizagem,ainhe os niveis de produio de desenho com o niveis da Compreensioestétia, como mostra o Quadro 92. ‘Segue, como exemplo de niveis de compreensio estétia, a tradugto do trabalho 4e House (Grnspun, 2000), qual adicionet outro taba, realizado por Maria Hee fs Wager Ross em seu artigo "A compreensio do desewolvinento esto", do lio A educa do lar no ensino da art, para que o letor possaacompanka 0 desdo bramento do Quadro 9.1, por inermédio de um desses autores i] fas eben ‘usr 9.2 sania dames ea decamahiet o ebs ‘resindane ee osname etwse ose agen Deze i ware owl a er a Sra, Gas ems 2) bacco Dagan erg aaa Formas? doors = Gna Feo hay, na, ee bate vr Des a ‘nite: ors itis ben estan) ‘ners Centra Irae ees) Deo demand ‘ine ep Front eae Fra Para gostar de aprender arte ‘vextba biscs do tor Sie et Ress cone: ia ental, ‘rasa seers, ee cg Niveis de desenvolvimento estético ‘sigan [Nivel 1: narrative Vistates de miseussio contadore de striae usando suas observagBesconcretas, seus sentido e suas associagBes pessoas para ear uma narra. As suas avalages Sabre a obra de arte sto baseadas no que ees gostam e no que eles podem saber Sobre arte. Amedida que os vistantes parece merguharna obra de are, seus come {iris so entremeados por terms emacionais,tomando-se parte do desenoar de ‘om drama, ‘Quao: As Bonhistas, Picasso, 1918, (@ousen, 1983, p. 142-148) + ole aqules velo grandes. + Bu gosto um poco doqueta rch. * Buu para os vinheds neste fi de semana Tem pedras na nossa pra * um bom quad. bldo vemelho lmra minha av, que costumave me lear ao + Tad parece muito “vad”. Nivel 2~ construtivo (Os indviduos cram uma esrutura para observa as obras de are, usando 3s 5135 proprias percepgdes, o conhecimento do mundo natura. os valores nora, sodas 5 visdesconvencionals do mundo. Se @ obra no parece ser do eito como “deve (Por exemplo, uma drvorealaranjada em ver de marron), 0 individuo juga 2 obra estan, sem valor Ahabldade, a tic, o trabalho dro, a utlidade ea fun ‘io so evdente, As respostas emocionis dsaparecem & medida que os indvdvos fe dstanclam da obra de arte e focam pena as intengies do atta ara gstar de aprender arte ‘Sa baci “ [Seca biscas | Rewer a enc gu ast ep ale [ oesie que se mpd: Y ) stow pensar sobre a textra Tem um bo colorido, ever lead mut tmp. Deve ser mato dif fzer. Nivel 3: classificatério (0s individuosdescreve a obra usando ua terminologi nal e critica sil 8 dos historadores, Classifica a obra de scordo com @ligar a esol, o ext, © empoe aproveniénca.Decodificam a superficie da tela em busca de incos usando (seu cael de fatose figuras. Uma vez separado em categoria, oindiduo explica © racionalizao significado e mensagem da obra ‘+ Bla prece Venus ~ ume padi dese tipo de conecimento Agora estou tentando lero papel qu overmeladesenpena a + Parece mais um Dal. + Quem fez is? Picasso? Nivel 4s interpretativo 1s indviduos busca car algun ipo de relago pessoal em a obra de art. Bes «explora tela, permitndo que interpretages da obra lentamente se reveer, apontan Sutlezas dea, forma e cor Sentimentose inuigbs precedem a perepio citca medida que os indvidus permit que 0 sinbolo esignicads da obra se mais ‘tem. Cada novo encoatro com uma obra de art evoca nova comparages,percepes «cexperincis. Hes aceitam a ida de que o valor ea identidade da obra esto sje: tos einterpretagioe véem uma possvelinterpretaao paste de mudanca Noh zd aol nem hsm em sua boc, ms vee sabe quo eral é para iumina, «ques boca é para produ som + Etomo olen do fz vindo do fr durante odo * Eu gosto da textarea da super de inure das cores * Eu gosto mito de imagem = da progress das mies. * et pode oui seu grt, meso sbendo que € uma inure. + aman como os macs des oxras mulheres so etreacadsequerendo tocar ou pasar lo, mas nda exe nado para ser toad, ‘Os individu, depois de terem estabelecido uma longa histéra de observacio € reflex sabre obras de art, esto, agors, promos para suspender a increduliade. Una pintara familiar €& como um velo amigo, imeditamente conhecida, mas ainda clea de surpresa, que necesita de atencao dia e lena. Em todas as amizades Signfieatnas, tempo um elemento-chave-Coahace a ecologiadaabea,em partic, coma observaco, em geal, possibilita combinar uma contemplaio pessoal com lua que abareapreocupagoesuniversas Agu amemia mista a paisager pints +a, combinando visdes pessaiscunversais. + Fala! soe 0 quad, eliminando,omésino posse areas com os demas rab. hor do arti, + ta € uma ata mansira coro Paso transforma nasa expecta. * Armagnifi figura em p, com ocnza de re, suger ego mais contraad,sbjugo- a, no extanenteemearadr, mas lvemente ogre. + Eee, vere mesmo tipo de tendo nas cores sobre a suavidede eo dae. * Aimierdo entre tip de goer Baill eo Noscmenta da Vers, eo ‘mor io porque jo qu a mulher dormind €a conch para a VE Os ftoes de envolvimento humana favorecem ou limitam as posibilldades de sprendizagem em ate, eo fitres educativos, ou sea, as oportunidades educatvas, formas ou informals, quando bemvorientadas, mobiizam esa aprendizagem. lade aula: o desenvolvimento do fazer desenhista da professors que euissem desenos de seus alunos, de dls ers anos, sem pre qu oservassem gue, por inicatra propria, tentavam realizar um deseno precio m0 do clea. Ao fm de poucas semanas, recebl uma pasta repleta de desenhos. Rosa Lavelberg erg et es 8, gam. oe Para gostar de aprender arte oe ‘Seram tals desenhos cia, falta de cratividae em cranes to pequenas? As tentativa de apropiagio dos procedimentos resitados ésupreendente, principal. mente porque deseqiibram hossacrenga no deseno espontineo, como atvidade ‘natural, conduta da funio simbolica, mobilizada unicamente por impuls interno. A ‘utonomia no excl a inugnca do meio. 0 aprendizescolhe Tnremente ogc quer 0 que no quer assmilar a seus esquemas desenistas, Para esss eriangas,aintengdo de apropracao& pritcae podem feo, pois coordenam vris eauemas, a0 desenharesabem que deseno € ada sabe serie ‘gue mpi algo par se st: formes présimbdis,Aprendem, por a0 obse¥aG30, hos proprios desenhos e por contigo, na situaio de desert com outascriangas om outos adultos: € 0 desea de ado. Tai formas podem se oignar nas pesqisas pessais de ago desenhista, o que nao exci a obseragio de stos de desenhos de futros e mesmo de outros desenhos. ‘Amitai do proprio esto ede gestos de outros pode se elzada com o sujet como epicentro de aac. Aconstuao do repertro dsenhisa pode ser individual softer inerferéncia da cutura de outros desenhistas antes de sous protagonstas Scredtarem que odesenho é uma forma simbalcaou sea, no momento que nomee desenho de aio, no qual o présimboismo € 0 frto das agbes. ‘Asteorias desis ovens desenistas podem ser observadas em sas milla g6es, Desentiam sobre inmerstsuperficies sem distinao:chinelos,paredes,

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