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aquaticos 1 Elaine L. Bukowski, PT, DPT, MS, (D)ABDA Emeritus M Contexto ¢ principios dos exercicios aquiticos 291 DerinigAo De exerci aguénco 297 ‘Meras € ioIcagbes PARA 0 exencioo aauinco 291 [PREcAugBes E CONTRAINDICAGBES PARA 05 ExERCICIOS ‘saunas 291 Precaugées 291 Contraindicagées 252 ‘Prornieoaoes 0A AcuA 292 Propriedades fiscas da dgua 292 Hidromecinice 293 Termodinsmica 294 Centro de flutuagio 294 ‘A TeaenaTura DA AGUA € 0 EXERCICIO ‘Teweturico 294 Regulagio da temperatura 294 Exercicios de mobilidade e controle funcional 295 Condicionamento aerébio 295, PIscmAs PARA Bxencicios AQUATICS 295 Piscinas terapéuticas tradicionais 295 Piscinas para pacientes individuais 296 EQuraMENTos ESPECIAS PARA OS ExERCICIOS ‘squkncos 296 Colares, ankis, cintes ¢ coletes 296 Barras para piscina 297 Luvas, paimares e sinos Hydro-tone® 297 Nadadeiras ¢ botas Hydro-tone® 297 Pranchas para piscina 288 ‘CuIDADOS COM A PISCINA E SEGURANCA 298 I Intervengdes com exercicios que utilizam © ambiente aquatico 298 Exeacicis oe ALONGAMENTO 298 ‘Técnicas de alongamento manual 298 ‘Técnicas de alongamento da coluna vertebral 298 ‘Técnicas de alongamento do ombro 300 ‘Técnicas de alongamento do quatril 300 ‘Técnicas de alongamento do joclho 301 ‘Autoalongamento com equipamento aquatico 302 Exzrcioos De FoRTALECIvENTO 302 Exercicios com resistencia manual 303 ‘TEeenicas de ressténcia manual pars membros superiores 303 “Técnicas de resisténcis manual para membros inferiores 305 Estabilizagdo dindmiea do tronco 307 Exercicios de fortalecimento independentes 307 CConoicionAMeNTo AERDBIO. 310 Intervengées de tratamento 310 Resposta fisiolégica 8 marchafcorrida em Squas profundes 310 Forma apropriada de corida em dguas profundas. 311 Monitoramento dos exercicios 311 Selesio do equipamento 311 ATMADES DE APRENDIZADO INDEPENDENTE. 312 ‘Terapia aquatica, 0 uso da dgua com fins curativos, data de virios séculos atrds. O uso da agua com fins restaurado- res tem crescido em popularidade e vem sendo empregado ‘cada ver mais para facilitar 0 exercicio terapéutico. As pro- priedades singulares do ambiente aquatico fornecem aos rofissionais opgdes de tratamento que seriam de outro modo dificeis ou impossiveis de serem executadas no solo. Por meio da utilizagio de dispositivos flutuadores e profun- didades de imersio variadas, 0 profissional tem flexibilida- 290 de para posicionar o paciente (em decibito dorsal, sentado, ajoethado, em decabito ventral, lateral ou verticalmente) ‘com qualquer quantidade de apoio de peso desejada. O exer- cicioaquitico tem sido utilizado com sucesso na reabilitagio de uma grande variedade de populagies, incluindo pacien- tes pedistricos,*”°"7 ortopédicos," neurolégicos"'" cardiopulmonares.""7* a7 ie72829a1s2S36477378 @ Contexto e principios dos exercicios aquaticos DeFINICAO DE EXERCICIO AQUATICO Exerccio aquético refere-se a0 uso da égua (em piscinas ‘ow tanques de imersio com diferentes profundidades) que facilita a aplicagio de virias intervengdes terapeuticas esta- belecidas, como alongamento, fortalecimento, mobilizacio articular, treinamento de equi ¢ treino de marcha e condicionamento fisico. METAS E INDICACOES PARA © EXERCICIO AQUATICO © prop6sito especitico do exercicio aquitico ¢ faciltar a recuperacio funcional, proporcionando um ambiente que au- mente a habilidade do paciente e/ou do fisoterapeuta de rea lizar diferentes intervenges terapeuticas. O exercicio aquatico pode ser utlizado para alcancar as seguintes metas especificas: * Facilitar os exercicios de amplitude de movimento (ADM) 8u05 * Iniciar 0 treinamento resistido.*0s-02 * Facilitar atividades de apoio de peso? * Melhorar a aplicagio de técnicas manuais?> * Fornecer um acesso tridimensional ao paciente” « Facilitar os exercicios cardiovasculares."»™"* * Iniciar a simulagio de atividades funcionais."“™ * Minimizar 0 risco de lesdo ou de recorréncia de lesio du- rante a reabilitagio.® «= Favorecer 0 relaxamento do paciente*#* Embora algumas pesquisas apoiem essas metas do exer- cicio aquitico, Hall etal citaram a necessidade de mais es- tudos com projetos robustos que abordem a temperatura da ‘gua, profundidade de imersio e pardmetros do atendimento, PRECAUCOES E CONTRAINDICACOES PARA OS EXERCICIOS AQUATICOS Embora a maioria dos pacientes tolere facilmente os ‘exercicios aquéticos, 0 profissionais precisam considerar os varios aspectos fisioldgicos e psicoldgicos da imersio que afetam a escolha do ambiente aquitico. Precaugées Medo da égua O medo da dgua pode limitar a efetividade de qualquer atividade em imersio. Pacientes temerosos costumam sentir ‘um aumento dos sintomas durante e apés a imersio, em vir- tude da defesa muscular, resposta de estresse e forma imprépria de se exercitar. Em geral, os pacientes necessitam de um perio- do de orientacio durante 0 qual sio dadas instrugdesreativas Capitulo 9 Exercicios aquéticos 291 208 efeitos da imersio no equilibrio, a controle do corpo sub- ‘merso € 20 uso correto dos dispostivos de flutwacia* Distirbios neurolagicos Pacientes atixicos podem sentir um aumento da dificul- dade de controlar os movimentos voluntarios. Pacientes com ‘esclerose miiltipla ¢ intolerdncia ao calor podem fatigar-se com a imersio em temperaturas acima de 33°C,™" Pacientes com epilepsia controlada requerem monitoramen- to cuidadoso durante o tratamento em imersio e precisam ser medicados previamente de maneira adequada.* Distirbios respiratérios, ‘A imersio na igua pode afetar de modo adverso a res- piragio de um paciente que tenha distirbio respiratério. A expansio do pulmao tende a ser inibida pela pressio hidros- titica contra a parede tordcica. Além disso, 0 aumento da ‘irculagio na cavidade torécica pode inibir ainda mais a ex- pansio dos pulmées em virtude do aumento da circulagao para o centro do corpo. A captagio maxima do oxigénto & ‘maisbaixa durante a maioria das formas de exereicio na dgua do que nos exercicios em terra.” Evidéncias em foco. ss precaugdes acima tenham sido citadas, et al" compararam a imersio até 0 nivel do nariz.¢ boca com a nio imersio, Os participantes gastaram 30 minutos por dia, cinco dias por semana, durante dois me- ses, em uma piscina com a temperatura da dgua mantida em 38°C. Houve uma diferenca significativa no grupo de imersio com um aumento da CVF (p=0,058), aumento da VEF\y (p=0.018), aumento do pico de fluxo (p=0,039) ¢ aumento da Pug (p=0,010). Com base nesses achados, eles recomen- daram 0 uso da imersio subtotal para melhorar a funcio respirat6ria de pessoas com enfisema pulmonar cronico. Pechiter et al® compararam 30 minutos de exercicios aerdbios na dgua com exercicios aerdbios em terra feitos duas vezes por semana durante 12 semanas. O grupo que exercitou-se na dgua demonstrou atumentos no pico de VO. pico de pul- so de O,, pico de ventilagio e pico de carga, assim como diminuigdes na creatinina sérica, taxa de fltracio glomeru- lr, cistatina-C sérica, proporgéo proteina/creatinina, pressio arterial sistélica e diastélica, colesterol total no soro ¢trigli- ‘cerideos séricos. Eles recomendaram 0 uso do exercicio aqué- tico de baixa intensidade para melhorara fungio cardiorres- pirat6ria e renal em pessoas com insuficiéncia renal cronica. Disfungio cardiaca Pacientes com angina, pressio arterial anormal, doenca «ardiaca ou mecanismos de bombeamento do sangue compro- ‘metidos também requerem monitoramento cuidadoso."*™* Evidéncias em foco. Meyer e Leblanc’ proveram um algoritmo para tomada de decisio clinica a0 se prescrever terapia aquitica para pa- cientes com disfungio do ventriculo esquerdo e/ou insuficitn~ cia cardiaca congestiva estével. Na revisio da literatura, eles 292 Parte Il Citnciaaplicada a exereicios ¢ téericas sugeriram o seguinte para reabilitacio e prevengio secundaria: 1) Respostas hemodinamicas anormais temporirias podem ser desencadeadas pela imersio até pescoco. 2) A terapia na ‘gua ¢ absolutamente contraindicada para pacientes com in- suficiéncia cardiaca congestiva descompensada. 3) Sentir-se ‘bem na dgua néo equivale ater tolerdncia ventricular esquer- da 20 aumento de carga de volume causado pela imersio. 4) Se pacientes que sofreram previamente infartos graves do miocirdio efow insuficiéncia cardfaca congestiva conseguem dormir em dectibito dorsal, eles podem ser capazes de tolerar ‘© banho em uma posicéo semissentada, desde que a imersio nio exceda o nivel do processo xifoide. 5) Pacientes que tive- ram infarto do miocirdio ¢ apresentam onda-Q com mais de ‘6 semanas de duragio podem exercitar-se em uma piscina por raa6es ortopédicas, desde que o fagam na posicio ereta e a imersio nao exceda o nivel do processo xifoide. Feridas abertas pequenas ¢ cateteres Feridas abertas pequenas ¢ traqueotomias podem ser ‘cobertas com curativos i prova d'igua. Pacientes com cateter {ntravenoso, cateter de Hickman e outras sondas abertas re- {querem o fechamento ¢ a fixacio apropriados.” Deve-se tomar precaugdes também com pacientes que tém tubos de {gastrostomia e drenos ou cateteres suprapibicos. £ essencial ‘que scja observada a ocorréncia de reagdes adversas durante 4 terapia aquitica."* Contraindicages ‘As contraindicagoes a terapia aquatica incluem qualquer situagio que crie a possibilidade de efeitos adversos para 0 ppaciente ou para o ambiente aquitico.*Essesfatores incluem: * Insuficiéncia cardiaca incipiente e angina instivel. * Disfunglo respiratéria; capacidade vital abaixo de 1 litro. # Doenga vascular periférica grave. * Perigo de sangramento ou hemorragia. = Doenga renal grave (0s pacientes sio incapazes de se adap- tar a perda de liquido durante a imersio). * Feridas abertas sem curativo oclusivo, colostomia ¢ infec- oes de pele, como pé de atleta e impinge, * Intestino ou bexiga sem controle (acidentes intestinais re~ querem evacuagio da piscina, tratamento quimico e, pos- sivelmente, drenagem). ‘© Menstruagdo sem protegdo interna, * Infecgoes ou doencas transmissiveis pela 4gua e pelo ar (exemplos incluem gripe, infecgdes gastrintestinais, febre tifoide, célera e poliomielite). * Convulsdes nio controladas ao longo do diltimo ano (criam ‘um problema de seguranga para o profissional e para o pa- ciente caso seja necesséria remogio imediata da piscina)* PROPRIEDADES DA AGUA [As propriedades singulares da égua e da imersto apre~ sentam implicagdes fisioldgicas profundas na aplicagio do cexercicio terapéutico, Para utilizar a égua de modo eficiente, (8 profissionais precisam ter uma compreensio bisica acer- ‘ca do significado clinico das propriedades estiticas e dind- ‘micas da 4gua no que diz respeitoa como elas afetam a imer- so humana ¢ 0 exercicio, Propriedades fisicas da gua As propriedades proporcionadas pela flutuabilidade, pressio hidrostitica, viscosidade e tenséo superficial tem efei- to direto sobreo corpo que esti noambiente aquitico9 Flutuabilidade (Fig. 9.1) Definigao. Flutuabilidade é a forga ascendente que trabatha ‘em oposigio & gravidade. Propriedades. O principio de Arquimedes afirma que um ‘corpo imerso experimenta um impulso para cima igual a0 ‘Yolume de liquido deslocado.”” Significado clinico. Os efeitos da fhutuabilidade incluem: = A flutuabilidade deixa 0 relativamente sem peso retira a carga das articulagées ao reduzir a forga da gra- vYidade sobre 0 corpo. Por sua vez, isso permite que 0 pa-

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