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Introdug: . ae Q cae © estudante de engenharia quimica encontrard, neste livro, os fundamentos desta especialidade da engenharia e que sero continuamente empregados ‘nos cursos subseatientes, bem como ‘em toda sua vida profissional. © livro ‘comeca com uma visdo da profissao,. | passa pela divilgacéo do Sistema Internacional de Unidades (SI), pelas 3 formas de_expressar composicgo © | . concantragao de materiais gasosos © liquidos até chegar as técnicas de solugéo de problemas de balango de *) massa e energia em processes fisicos © quimicos. a omer SUMARIO ‘Apresentaco Preicio Profécio da 1° edie Capitulo 1. Introdugéio ....- 1.1, A Profisso do Engenheiro Quimico 1.21 Alguns Coneeites Bésicos da Engenharia Quimica 1.2.1, Operacio continua ° operacso descontinus .... 1.2.2. Vario .. 112.8. Escoemento paralalo © eontracorrente 1.2.4, Operagdes unitdrias e processas unitérios 1.2.8. 0 Processo Quimico Capitulo 2. Sistemas de Unidades ~ Conversées de Unidades .. 2.1, Dimensées e Unidades 2.2. Sistemas de Unidades 2.2.1. O Sistema Iniernacionel de Unidades (SI 2.8, Relagdo entre o SI 08 Outros Sistemas (Gravitacioneis ¢ o8 de Engenharia) 2.4. OperacBes com Grandezas 7 2.4.1. Céloulos aritméticos 2.5, Algumas Grandezas da Quimica e de Engenharia Quimica 2.8.1. Quantidade de matéria (NM) 2.8.2. Massa molar (M} 216.3. Messa especifica (p| volume especitico (v) 2.8.4. Volume molar (V,) 2.8.5. Vazio ou taxa de escoamento 2.5.6. Fluxo de material 2.5.7. Temperatura (7) 2:5.8. Presséo (pI . 2.5.9. Peso especitico (7) 2.5.10. Viscosidade absolut (i © viscosidade cinemética ( 2.5.11. Energia (E) 2.8.12. Energia térmica ou calor (Q) 2.6. Conversio de Unidades entre o SI e outras Sisternas 2.6.1. Conversio de valores de grandezas 2.6.2. Conversio de equacdes 2.7. Netacéo 2.8. Exercicios Propostos vi xiv Seti, Capitulo 3. Materials Gasosos e Liquidos 88 3.1, Relagées entre Grendezas 86 3.1.1. Composi¢30 co a 87 3.1.2. Teores expressos como ppm, Bb & Pot ecehieee-e BO. 3.1.3. Concentracao a i fo Scns OT 3.2. Gases Idesis ou Perfeitos . 94 3.2.1. As condicdes-padrao error 95 3.2.2 0 volume molar 7 ere 96 3.2.3. Massa especifica ¢ densidade se . 98 3.2.4, Mistura de gases ides... co cvs 104 3.3. Materisis Liquidos os ee SILI 107 3.3.1, Massa especitioa v densidad ~~ os “107 3.3.2, Mistura de liquidos ideas wn 110 3.8.3. Relagdes entre composicdes de misturas... ait 113 3.8.4, Misturas © solucSes no 160ais ens eesee oo 5 3.4 Diferenga entre Gases e Vapores fa 7 3.4.1. Pressfo do Vapor «nen sn 19 314.2, Mateiais gesosos saturados com vapores tia 123, 2.5. Notagio... i “ eee 127 3.6. Exorcicios Propostos 128 Capitulo 4. Balanco Material . aoe 187 4.1, Escolha da Base de Calculo ce eter 138 4.2, Equagéo de Balango ne oo feces 199 14.2.1. Problemas com processes fisicos aieteeeertaT 4.2.2. Problemas com processos quimicos .. 183 4.212, Problomes com processos compostos de vérios elementos van. 167 4.2.4, Problems oom processos de vapoizerso @ eondenseeso pail dda materiais gasosos so . 169 4.2.6, Problemes com processos com reciclo © purge een im 4.3. Notagéo .. ‘| so on 181 4.4, Exarcieios Propostos 2181 Capitulo 5. Balanco de Energi. 201 5.1, Conesitos Bésioos 201 5.1.1, Sistoma see 201 5.1.2, Propriededes ou vardveis do um sistema =. iattiiiatteaga: 5.1.3, Estado de um sistema oo se 202 5.1.4. Propriedades ou fungées de estado. natn 203 5.2, Formas de Energia . 208 5.2.1. Energias armazensdas oo 208 6.2.2, Enegis om transiobo . au 5.2. Balance Macrose6pico «..-. 7 2a 12-1. Balango de energia em sistemas Feched0s worn on 218 5.3.2, Balanco de energia em sistomes abertos ¢ som reagéo quimica ... 217 5.4, Célculos de Entalpia i sss 222 ‘sumatio, a xv 5.4.1 Estados de refrdoia« propiedad de ented 223 5.4.2. Tabolas de vapor d'agua 225 5.4.3, Calculos de variagdes de entalpia por processas hipatétions ...... 227 5.4 4, Caleulos de AM usando cepecidade térmica inte oat 5.4.5, Variag6es de entalpia com mudenga de fose os 238 5.5. Balango de Energia no Regime Permanente 239 5.5.1, Casos especiais do regime permanente 239 5.5.2, Balango combinado em operagdes unitérias 246 9.6. Entalpia de Reagio one 256 5.6.1. Medigdo o eélculo da entalpia de reagdo — Lai de Hess wns. 259 5.6.2. Entalpia padrio de formacio 262 5.6.3. Entalpia padro de combustio 264 15.7. Balanga de Energia em Processos com Reagao Quimica vem 265 6.8. Combustivels e Combusto . seuntnniinnennanininnnns 273 5.8.1. Poder ealorfica dos combustiveis eater 278) 6.9, Notagéo 281 15.10. Exereicios Propastos 283 Apéndice A. Dados Gerais de Interesse da Engenharia, 295 Apéndice 8. Resolueso do CONMETRO ~ Unidades no SI 297 Apéndice C. Tabelas de Fatores de Conversio de Unidados 299 Apéndice D. Massa Molar dos Elementos Quimicos Apéndice €. Massa Especifica e Densidade de Algumas Solugdes Misturas ..... 313 Apéndice F. Press de Vapor a18 ‘Apéndice G. Propriedades Termodinamicas da Agua .. 323 ‘Apéndice H. Capacidade Térmica Mola aaa Apéndice |. Propriedades Termodinémicas de Algumas Substéncias no Estado Gososo . 337 ‘Apéndice J. Propriedades Fisicas Selecionadas de Algune Compostos Organicos «@ Inorganicos : 343 347 Respostas dos Exercicios 348 indice Remissivo 365 1 INTRODUGAO 1.1. A Profissao do Engenheiro Quimico © objetivo de toda profissio deve ser o de aplicar © conhecimento cientifico ‘adquirido ne methoria da qualidade de vida da humenidade. A engenharia quimica serve a humanidade através da pesquisa, do desenvolvimento de novos processos © produtos, do projeto, da construcio © da operacio de plantas industrisis para {abricacdo de produtos quimicos de utiidede para as pessoas. A engenharia quimica & uma especialidade da engenharia com forte dependéncia na quimica, bem coma ne fisica 9 na matematic, Como seré a engenharia quimica nos préximes vinte ou trinta anos? € dificil responder @ esta pergunta, mas, com certeza, pode-se afirmar que, independente de uslquer coisa, a engenharia quimica deverd obedecer as leis da fisica e da cuimica, © objetivo deste livo 6 discutir pelo menos algumas destas leis, aplicer os seus prin: cipios @ praticar téonicas que dard ao futuro profissional habilidades para melhor de: sempenhar a profisséo que abragou. Como néo poderia deixar de ser, 0 profissional de engenharia quimica esté vol- ‘ado de algume forma para as atividades de uma inddstria quimica, E em que consiste uma inddstria quimica? A industria quimiea, em geral, converte as matérias-primas no seu estado natur {em uma forma mais ti. Por exemplo, @ indstia do petrélea transforma esta matéra bru- {a, sem aplicagdo comercial neste forma, em diversas combustiveis (GLP, gasoline, queto- sone de aviagéo e 6ieo diesel, entre outros), 6leos lubrificantes © muitos outros derivados. Outras indistries transformam, por exemplo, madeira em papel, enxofre em Seido sult: ‘0, gases efluentes da indisria do petréleo em materiais pidsticos ete. Nesta pequens lis: 18 de exemplos, observe-se a presence de alguns produtos (combustveis, por exemplo) {ue serdo usados pelo consumidor final e outros (papel, écido sulfcrico @ plésticas) que ‘sinda sofreréo algum processamento antas de serem atrativos pera 0 consumo final, Os Primairos tipos so classificados como bens de consumo & os titimos como bens de pro. ued. A indistria quimica sbrenge a produedo de ambos 0s tipos. ‘A transforma de uma dada matéria-prima em um ou mais bens de consumo, ou bens de produséo, de utilidade para o homem consiste, de uma forma geral, de um con junto de etapas que envolvem alteragdes na composigao quimica e/ou alteragbes lisieas Ro material que esté sendo preparado, ou soparado ou purifcado. A esse conjunto de tapas denominames de processo quimico, ¢ 0 trabalho de um grande nimero de enge. "heitos quimicos envolvidos na escoiha das etapas e na erdem adequada 8, com muita Bropriedade, denominado de engenharia de processas ov engenharia de processamento, Fm virude de cada etapa do processo estar sujeta a variecées, o engenhiro de proves. vedio ~ Cantos 2 cx que orem eas deer este semect, lim do dtr quis a etpes env © am a . ‘Strorn,dvotmbam spoon cribs ext poe vias de ce cane esoe te alongs de massa de energa do processo Gal ° tape, Caos oe velgo necossiroe © oxercom cm Pepa fundamental na dfiseSo do eutsage dn planta ndurral en tmeno dos enspererts. me Pee oe ore noveetos condurios tm lege esol, elém das reacbes au con tn eu afengs aco, osocaes prepared das ites 2+ cae icagto dou produtos fines, rem Um papel preponderant na anise dos aa are on eso coridoravelmente mois arplo ave 9 pr6pri reae So ree enaapensara s epapae feaene dos pnipos 6 tie & de feo eae naare proceana que envelem sepranées fetes, como @ destlen%o, Sonstaizagto, x adored etc. fad See ne cosnecimanto dos eauinamentes do processo envolvi producse na sapraeso.s no tansporte dos produtos. Cabe a0 engenhero de proces: crenokto dimensioner estes equipamentos, ou seja, definir as suas dimensbes, especi- : sor veteran crsetorzer coretamete as ceracteratoas dos m= erica. quimicos ara. a escolha adequada do material do torsis quimigos quanto. 3980 corrosive ete Rs sete apoifcar patna dos eguerants de wanspote dos fdas en ets a 2bebo pao ios 0 compressor pa o goes te Neste ‘etta"' epee do engnnoro gumcoepeventa uma prande terfaco om ot ro bananas se ouas espocintedes, como o mecésice, prncipalmente, diem do ears edo chal : A matemética sempre foi uma ferramenta fundamental para o engenheiro, de- Vigo carats do sou trabelo. Awalmente, aumentou muito a Epo. coe see tnatign na engerharo quiniea, com 8 evlunso de informstics, a qual ‘Rela sobremanove » solos das equaeSesciferenciis » dos problemas comple rere acer prosedrnenee teratves# tadoaoe pre solueso menus. A medee- Sea Mteemie doe poceesos qumiess essen pra © conbacmeno dos po- ae ere tom aa pouumos onaearréidn prcisomonte inubrla dos vari vets Jo proceano no desempento doe equparetone, também, preveynovas ee esd operngso aus sei caren ou impoosvls ce sre vrifteadss com 09 ea ro eee sagao Para modelagr mateméticerepesentar bem o processo aa opens aiequade Jo modelo terodinaic = do rétodo numérico para aoereete Jos modelos, Com a evlurio da informatica om especial, dos compute en eres uma gronde ovelugto na ergerrio do procesemento, © coe et addenda do 80, om fungi do srgimento des simuladores de poo ea je apontels comercsimente por ves concorTentes oar qumuco ste! uss eo do futur, oom cortez, useré com muito ren inenedesultoes esto ng evar cota «verl tempo) a 3 inc Sato basco {Smonsionement) de processes. Os simuladores dindricos soaestvern im conte 9 varigvel tmp), at 2 sence co SO, orem disponves para roe se varcarbeso ostton sos computadores degree porte Com a crescete ev aaeee oan eeescsdoen possi, tana em media como em valociede, este fn eto esses simuldores comegaram a surgi no mercado pere uso em computa se eatosais tate Tato sda, com carters, 0 desenvolvimento de rodeos mais eae permise reprsertor mahorsiguns process qutmios, hoje smulados capitulo} Inwodueso 3 por modelos mais simplificados. Estes simuladores dinmicos sf Gteis para e anélise de problemas operacionais tanto em emergéncias quanto em partidas {inicio da operecéo} © paradas dos processos, 0 que os torna uma ferramenta dil pera o treinamento dos one radores das plantas industrials. Com certeza & uma ferramenta iiil no estudo do com portamento dinémico dos processes, quando expostos a perturbagdes externas de al {quma variével. A enélise do comportsmento dindmico de Um proceso permite projetar ‘adequadamente 0 melhor sistema de controle de processos com o fim de ebter a melhor ‘ualidade dos produtos ¢ com a méxima rentabilidede e seguranca operacionsl ‘A existéncia de um processo industrial implica ne necessidade de um produto a ser fabricado, pelo qual existem consumidores dispostos a compré-o. O produto deve. ser fabricado em uma certa quantidade, satisfazando exigéncias de qualidade e @ um prego aceito pelo consumidor. € claro que para a inddstria ser rentével 0 prego do produto deve ser superior & soma dos custos das matérias-primes, de mBo-de-obra @ dos eauipamentos, para que haja um certo lucro. Uma andlise econémica juntamente ‘com um planejamento da produg8o © das vandas sG0 fundamentais para sobrevi- vencia da industela Enquanto.um cientista pode realizar 2s suas pesquisas sem ume preacupseio imediata com @ splicacdo ¢ com os resultedas econémicos, o engenheiro deve estar resolvendo problemas dentro de um prazo determinedo. Ele deve ser @ ester sempre motivade para atingir objetivos especficos e slcangéslos de uma forma mais econs- mice © consistente com todos os aspectos da situacio particular. Ele deve perceber ‘que uma solugio razoével do problema em um tempo permissivel & mais importante do que um perfeito entendimento de todas as facetes do problema. Em outres pela ves: “E melhor fazer algo bom funcionar do que sonhar com a étimo” ov "0 étimo pode néo ser obtido em um curta prazo, mas o bom é possivel ‘Assim, para ter sucesso, o engenheiro quitmico deve possuir algumas ceracte- Fisticas fundamentals, dontre es qusis podemos cit 11, Habilidade - para realzer 0 trabalho, @ que fraqlientemente consiste em defi Fir © problema © esquematizar 8 soluedo. Um trabalho na indstria nem sem. pre é bem definido e nern sempre esti disponiveis todos os dados necessé- Fios para a sua solueo, como s80 em um livro-texto ou em uma prove de avaliagde de conhacimentos. Para defini © problema e abter os dedos, pode ‘ser necessério consultar muitos outros profissionais na Organizepao, inclusive fs operadores. Obter # cooperacio dos outros é uma perte essencial do tre batho. E extramamente importante cultivar @ espirito de equipe. 2) Comuricabilidade ~ Relacdes interpessoais. Néo basta ter habilidede para ob- tor ajude na resolugdo do problema, ¢ necessério, geralmente, ter habilidads Pore convencer outros que as suas decisées so corratas, O engenheira he bituelmente instado s tomar decis6es sem ter disponiveis todas as informa- .¢0e8 que gostaria. Quando limitagdes de tempo impedem a abtengéo ce 10- dos informagses desejadas, ele dave fazer slgumes estimativas, analsar os seus efeitos na sua devisio ¢ ester preparado para defender ldgica e clera mente 08 seus métodos e resultados. Comunicacdes pessocis, esciitas ou orais tornam-se uma de suas ferrarentas basices. Os fracassos de engenhe' ‘as iniciantes provocedos por problemas pessosis so muito mais frequentes Introduce Coptutos do que os décorrentes de um treinamento técnico deficiente. Informagdes va- liosae so obtidas com os operadores das plantas, pois eles tém vivencia da ‘operacéo, uma vez que observaram e aprenderam métodos de controle preci- {208 que dlficlmante so abordados ou deseritos na teori formal. A partida da ‘operecio de um processo nave ou a mocificagdo em um proceso existente seré muito mais trenqlila @ muito mais barata se © pessoal da operacdo com- preender 08 objetivos visados e estiver convencido dos seus princiios. As felagdes pessoeis s80 fundementsis para conseguir este objatvo. 8) Inicistiva. No @ suficiente desempanhar bem as tarefas que lhe so atri- bulges. O engenheiro quimico bem-sucadide esté atento para encontrar @ sugerir novas tarefas que Véo contribuir pare 0 sucesso da organizagao. Ele no deve esperar que Ihe digam tudo o que fazer; ele deve procurar o qua pode ser melhorado no desempenho dos equipamentos e do processo como lum todo e propor solueées, mesmo que the digam que @ sua proposigso est fora das suas atribuigdes. Ele deve defender as suas idéias @ sugestoes até que seja convencido de que esté no caminho errado. 4) Vontade de manter-se atualizado com os novos desenvolvimentos tecnolé- sicos de processos @ com as novas ferramentas. Ele deve pesquisar novas f itels téonicas na literatura, em encontros prafissionais @ mesmo entre os colagas mais jovens recém-egressos da Universidade @ que esto atualza: dos com as novas técnicas @ ferramentas. Novamente note-se aqui uma forte importéncia das relagdee pessosis. 1.2, Alguns Conceitos Basicos da Engenharia Quimica 1.2.1. Operagao continua e operacéo descontinua Na maior parte das operagées de processemento 6 economicamente vantajoso mente 0 equipamento em operacdo continua e permanente, com um minimo de perturba- ‘9028 ou de paradas, principaimente nos processos de grande escala. Isto se dé em virude {da maior produrividede do equipamento que opera continuamente @ do conseauente me Not preco unitério do produto. Neste tipo de operanéo, 0 tempo néo 6 uma varidvel na ‘anélse do processo, exceto durante o periodo de partie do processo, desde 0 momento 4 introdugo da carga (matéria-prima) até a completa establizeco do proceso, ou no period de parada, que 6 a situacdo inversa. Nos procassos de operaco continua se espe Ta que 0 desempenho do processo seja o mesmo em qualquer momento, seje hoje, ama Ih ou no préximo ano, se as condigées operacionsis permenecerem as mesmas. As con- diodes operacionsis ndo so constantes 2o longo do processo, am nenhum momento, mas as condigdes em um dado ponto do processo deverso ser corstantes com o tempo. € cla- ro que para isto corre & necessério que no ocorTam perturbagdes no processo, mas, no fntanto, ees existem. Para contomnélas 6 necossério que sa instalem adequados sistemas {de controle de processos que, apesar des perturbardes, conduzitio 0 processo & astabil- {dade das concigdes operaciones, mantendo a qualidade dos} produtots). Capitulo lntodueso 5 Em operacdes de pequena escele (praducéo de pequenas quantidades de pro- ddutosi, ou onde o proceso corrosivo 6 muito acentuado, ou por alguma outra raz80 particular, nem sempre é conveniente manter operagées continuas. Nestes casas, 0 equipamento 6 carregado com toda a carga (matéria-prime) necossétia, & elatuado © processamento e s8o removides os produtas. Este ¢ uma operagio descontinus ou "em batelada”, como é mais conhecide, ‘Uma operacde continue, onde as condigées operacionais em um dado ponte 1néo variam com o tempo, ¢ dita estar em regime permanente ou em estado estacio- nérlo. Em contraste, 8 operseSo descontinua é dita estar em regime transiente (ou ‘ndo-permanente) ou em estado néo-estaciandrio. A anslise das operacées transientes 4 usualmente mais complicada do que a das operagdes em regime permanente, Neste livro abordaremos exclusivamente as aperagées em ragime permenente, que 880 as mais freqientes 6, tembém, a partir das quais se faz o dimensionamento {dos equipamentos de processo, que s8o estudados nas disciplines de operagdes un: ‘térias da inddstria quimica. As operagées em regime transiente, que ocarrem durante © eleito des perturbagdes nos processos, so analisadas ne modelagem matemética de processos e no comportsmento dinémico de processos, © qual é um estudo neces: sério para o projeto do sistema de controle de processos. 1.2.2. Vazéo Pode-se definir vazio como a rezdo entre 8 quantidade que escoa de uma corren- ‘te! de fluido {Iquido ou gas! © 0 tempo gasto. Portanto, pare ficer claro, devemos defi- nir se esta quantidade é em volume, em massa ou em quantidade de matéria. Alguns ‘autores usam o termo taxa para designar vazé0, mas usaremos naste livia o termo ve 20, como é mais ususl na inddstria. Normalmente, @ termo taxa € mais empreyado ‘quando a grandeze transportada é a energla, e neste caso fola-se de texe de enersia, {ue corresponde 8 energia trensportada ou transferida em um dado tempo. Nos processos continuos, as vaz6es dos fluids em escoemento, seja de carga {matéria-prime) do processo ou dos produtos, so continuamente medidas. Normal- ‘mente, pela facilidade de medig&o, a vazéo medida é @ vazo em volume (vszi0 vo- lumétrica). A vazéo em massa (vaz50 méssica) e a vez8o em quantidade de matéria (va280 molar), ambas necessérias para os balancos matetisis, so calculadss s partir de vazBo volumétrica, coma veremos nos capftulos 2, 3 e 4. 1.2.3. Escoamento paralelo e contracorrente Em muitas operarbes de transferéncia de masta ou de energia & necessério colo cor em contato duas correntes de tlidos, seja diretamente — no caso de wraneleréncia, de massa — ou indiretamente, através de uma superiicie de contato — no caso de ‘ransteréncie de energia — para que possa acorrer a modificagio desejads. A transte: réncia pode ser realized com as duas correntes escaenda na mesma diregeo ou em di ‘epee contrérias. Quando o escosmento ocorra com os fluidos na mesma drecdo ciz- "Na insta, ¢ comum desgnar camo coranta de fide ou content de poctsso 0 Mido ou 9 mista ‘fads que ascoam aravée de tubegdes oy dats e Inroduedo — Copitulot se que 0 escoamento € em paraelo [ver figura 1.12}, @ quando em diregdes contrérias tise que 6 em contracorrente (ver figura 1.1b). 0 escoamento em contracorrente 6 0 ‘mais usual na engenharia quimica, pois com ele se consegue uma trensferéncia de mas- ‘58 0u energia mutta maior do que com o escoamento em parelelo, Figuea 1-10. Eacoamento pe 0 Figura 1.1b. Escoamento contracorrente 1.2.4, Operagées unitérias e processos unitérios Qualquer que seja indstria quimica em consideragéo, existirio etapas seme- Ihantes entre eles, que podem ser estudadas & luz dos principios fisicos e quimicas en- voluidos, independenternente do material que est sendo manufaturado. As etapas na produgao de qualquer produto quimico padem ser divididas em trés grandes grupos: 41). Com raras excegdes, a parte principal de qualquer Unidade de produrio é 0 reator quimico, onde ovarre a transtormacio dos reagentes em produtos. 'As reagoes quimicas podem ser agrupadas como reagbes de hidrogenacéo, ritraedo, sulfonagdo, oxiderao ete. Esses grupos de reacdes estudades sob ‘0 mesmo enfoque so conhesides como processas unitérios da indistria quimica. 2) Antes de entrarem no restor, 08 reagentes passam através de varios equi pamentos, onde @ pressio, a temperature, a composinio 6 a fase sio ajus tadas para que sejam aloangadse 2s condigées om que ocorrem as reagGes ‘quimicas, ou seja, sdo as etapas de preparapdo da carga pata 0 reator. 2) Os efluentes do reator so, em goral, uma mistura de produtos, contami nantes e reagentes néo convertidos em produtos que devem ser separados fem equipementos apropriados para se obter os) produtols} na pureza ade ‘quada para serlem) calocado(s) no mercado. Em geral, em todos 05 eauipamentas usados antes © apds 0 restor ocorrem apenas mudangas fisices no material, ais como: elevagso da pressSo (em bombas & ‘compressores}, equecimento ou resfriemento (em trocadores de calor), mistura, sepa ragdo etc, Estes vériae operagdes que envolvem mudancas fisicas no material, inde~ pendentemente da material que esté sendo processedo, 80 chamades de operapdes Lnitérias de indistria quimica e s8e agrupadss em cinco grandes divisdes: ‘+ mecénica dos fluidos — ¢ 0 primeiro assunto normaimente estudado nos Cursos de operardes unitérias. Em toda planta industrial € necessério trans- porter reagentes e produtos para diferentes pontos da planta. Na maioria dos ‘ces0s, 08 materials 80 fluidos (gases ou liquidos) e © engenhsiro quimico precisaré determinar os tamanhas e 0s tipos de tubulacdes, ecessérios & Capitolot — Intoduedo 2 bombss {ou compressores) pars movimenté-los. A figura 1.2 mostra uma oma centefuga Figura 1.2. Bomba centtuge ‘+ trangmissdo de calor ~ € 0 assunto normalmente estudado apés a mecdni- ca dos fluidos. A maioria das reagBes quimicas no ocorre a temperatures ambientes ¢, portanto, os reagentes @ produtos devem ser aquecidos ou resfriados. Algumas reaedes s80 exotérmicas, 0 calor deve ser removido, loutras 380 endotérmicas, a calor dave ser fornecido. © engenheiro quimico deverd ser capaz de calcular as taxes de calor envolvidas e dimensionar os ‘equipamentos (trocadores de calor) necessérios. A figura 1.3 mostra um trocador da calor tipo casco @ tubo. No capitulo 5, sero discutidos balan- {8 do eneria om processce, nde veremoe exemple de cles de texas fe calor. Figura 1.3. Trocsdor de lor tio easco @ tubo + operagdes de agitagdo © mistura — #80 eperagdes normais na engenharia uimica para homogencizar a composi¢&o da mistura formada por ciferen- tes componentes. A figura 1.4 mostra um vaso com agitador. 8 Introdued0 ~ Capitulo Figura 1.4, Vaso com agltador = operagdes de seperagio — com corteza 6 0 maior grupo de operagdes uni térlas. Este grupo inelul: processos fisicos em que se permite a saparac de duss fases (sdlido-liquide e liquide-lquido), como @ fikrago, a decent ‘p80 © 0 centrifugagso — pracessos em que ocorrem a transferéneia do ‘massa de uma fase para outra, pela afinidade do material para a segunda fase, como 2 absorgso Ido gas para o liquide}, a extracdo (de liquide para ‘outro liuido}, @ adsoreéo (de uma misture gasosa ou liquida para um soli do}, @ secagem etc. —processos em que ocorrem a transferéncis de mate: rial de uma fase para outra pela influtncia da troca de calor, coro a evapo- raga0, a destlagéo, a crstalizagéo ete. + operagies de manuseio de sélides, tais como moagem, o peneiramento © 2 fluidizacao. [As operagses de separagéo s80 as que mais envolvem céiculos de balango de ‘massa, também chamado de balango material. Em alguns casos, além do bslango ma: torial 6 necessério realizar belanco de energia. Todas as operacbes de separacdo ocor- rem no interior de um equipamento especialmente projetado para se conseguir o efei- to desejedo. No capitulo 4, muitas destes operacdes sero estudades sob 0 ponto de Viste do balango material com a técnica de caixa-prata, o que néo exige 0 conti ‘mento detalhado dos equipamentos envolvides. No entanto, para ir acostumando 0 ‘novo profissional com estas operagdes @ seus equipamentos, vamos enelisar sucin- temente algumas delas, incluinde 0 equipamento normalmente usado na sua realize $80. A filtrago useda para remover sélidos de um fluido, seja gSs ou liquide. fluido permaia através de um leito contendo material filtrante que retém as particulas sélidas disperses no fluido. A figure 1.5 mostra um filtro de are. Captetoy ~ Introducdo ° Figur 1.6. Fro de meta 7 cee rome tsolvente Wa a — ae pins al eae a ca ‘A absorgéo gesosa 6 usada quendo se deseja remover de uma mistura gesosa lum ou mais componentes, através do contato direto com um liquido ou uma solugso liguida que tem afinidade por estes componentes © nfo tem com os demais. Nesta operaciio, uma corrente gasosa (por exemplo, ar contendo um vapor condensdvel 10 Introdueso — Coptelot como @ acetonal & alimentada continuamente pela parte inferior de um equipamento fbsorvedor {uma torre contendo no seu interior um Ieito de rechelos, que podem ser equenos cilindros ocos cenhecidos como anéis de Raschig ou as anéis de Pall) © es {08 em contrecorrente com um liquide selvente (Sgua, por exemplo} que é admitido pelo topo de torre, O ar efluiré da torre com um teor menor de acetona ¢ no fundo da torre sairé uma solugéo aquosa de acetone. As figuras 1.6a e 1.00 mostram uma tor- re absorvedora, 'A extracio liquido-Wquide 6 usada quando 8 deseja remover de uma mistura de liquides um ou mais componentes, denominado(s) solutols), através do contato dlreto ‘com um liquide conhecide como solvente, que & imiscivel com a mistura original (a ccorga) @ remove percialmente os componentes desejados da carga. Duas misturas I ‘quidas imisciveis 880 efluentes do processo: uma, rica no solvente @ contend parte do{s) golutels), denominada de extrato, e outra, contendo o restante da carga e parte o solvente, denominada de rafinado. A figura 1.7 mostra uma coluna de extracdo Il uido-liquido do tipo dispersao, ae — roto 8 —Disparsor i cw eens GL \ T_enmte Figura 1.7. Coluna de extracdo do tipo dispersso ‘A adsorcio 6 usade quando se deseja remover de uma mistura de liquidos ou de gases um ou mais camponentes através do contato sireto com um sélido. Nesta ‘operagso, a cerge a ser tratada escoa através dos espacos vazios entre as particulas, do solide edsorvente, colocado no interior do vaso. Por exemplo, carvéo pode ser Usado para adsorver vapores de benzeno efou outros gases presentes em misturas, ee Copiulot = Introducto u com ef. Parte do benzeno fice prese {adsorvide) na superticie do sélido, ou soja, nos eus poros @ © ar com menor teor de benzene eflui pelo topo de vaso. Quando o sé do adsorvente se satura do componente adsorvido, ele & removido € substituldo por tum sélido reativado. As figuras 1.8a ¢ 1.8 mostram um adsorvedor de carv8o ativo Usado pate remover um ou mais componentes de uma mistura lquida. core gi) tart stivedo AL cogs Bocal desea Figura 1.82, Adsorvedor do earvSo ativo Figura 1.8. Raps stagdo esquemética AA secagem 6 usada para reduzr o teor de liquido (normalmente gua) de um séli- do Umido, usualmente pola recirculaedo de ar sobre o sélido, de modo a carrear a gua fem forma de vapor. 0 tipo mais simples de secadar 0 secador de bendejas (ou tebulei ros}, que opera em batelada e &, normalmente, usado para operagdes em pequena es- cala (ver figura 1.9). Os sacadores de bendeje podem tamer-se continuos através da ‘montager das bandejas em corteias transportadoras, por exemplo. Seida de semi Aquacoder > Vane ug condenses, Figura 1.9, Secador de bandojes descontinuo com aquecimento 8 vapor d'squa 12 Introdued0 ~ Caputo A umidificagsio ¢ uma operacio inversa & da secagem. Ele pode ser ussda para controlar @ umidade de um ambiente, 20 se promover a evaporacdo da agua para 0 far. Um uso importante desta aperacio € feito no equipamento conhecido como torre do resfriamenta de égua (ver figura 1.10), de onde a agua sai ria, se aquece restri- ‘anda produtos da planta industrial e retorna & torre de restriamento, fechando o ciclo. Na torra, a équa quente 6 pulverizada e entra em contato com ar succionado por ver tiladores; uma pequena parcela da 4gua se evapora ¢ sai junto com o at, permitindo 0 restriamento do restente da égus. Para manter constante 2 vaz8o ds agua de resfrie ‘mento, ume vazio de égua de repesinio & injetada na torre para compenser as perdas dda égus eveporada a Aeon qunte Figura 1.10. Tow de testament do agua (representacso esquemétical Agus de rextiomento % y % Parasites, [iectaesa) Rene vtan) oats LI ava ge do mar amu u ut a Condensedo Agu ve gu ones iesca rena shou Figura 1.11. Evaporador de tiple efeito para obtengBo de Sgua potéve “Capito = Invodueso A evaporacio 6 usada para a remacéo de solvente de uma solugso liquida, stravés de aquecimanto da solugso e/ou redugso da presse de operagio. Por exam flo, a agua do mar pode ser usada como carga em um evaporador de trés estagios levaporador de triplo efeito}, onde por aquecimento com vapor dégua no primeiro es: | \gio e reducio de pressio Nos estagios seguintes se consegue produit é9ua potével | © uma salmoura concentrada em sais, como mostra a figura 1.11 ‘A destilae8o ¢ usada quando Se dessje separar uma mistura (liquida, parcial ‘monte liquida ou vapor) em duas outras misturas, utilizando calor coma um agente Je separacio. A mistura rica nots) componente(s} mais levels} (de menor ponto de eb | 980) 6 chamada de destilado, ou produto de topo, © a rica nals) componentels) mais, pesadots! & chamada de rasfduo, ou produto de fundo, vo aa i= “ ay mae ( = cos, J} =| te S io >] LL venee Peal Produte de funda rsa Figura 1.122. Torre ou coluna de destilagso 0 destilado ¢ normalmente uma mistura liquide @ © residuo & sempre ume mistura liquide. © equipamento onde ocorre a destilacdo & uma torre (ou colunal, cua interior & dotado de pratos (ou bandejas) ou rachesios (como nas torres absorvadoras) — ver figu ra 1.12a. O liquide que desce por gravidade da parte superior entra em cantata fntimo com 0 vapor que sobe da parte inferior da coluna, em cada urn dos pratos (ou ao longo dos recheios). 0 vapor que vem do fundo da coluna & geredo por um trocador de calor 14 Introdupso ~ Capituiot chamado de refervedr, onde um fluido com maior energia (vapor d'égua, por exemplo) fomece calor 20 liquide que sai pelo fundo de torre, vaporizando-o total ou psrcialmen- te: 0 liquido residual efluente deste equipamento 6 0 produto de fundo, ou residuo. O I {uido que entra no topo da colune, chamado de refluxo, & gerado por um trocador de Calor chemado de condensador, que use um fluido de resfriamento (normalmente équa ‘ou a1) para a condensagao do vapor efluente do topo da coluna, 0 condensado nor- rmalmente acumulado em um equipamento denorinado de vaso ou tambor de topo, de fonde uma parte retorna 8 torre coma refluxo e @ outra parte & removida como o destil do, A destilagSe combina as operacées unitérias de escoamento de fluidos, trensterér cia de calor, condensagao @ ebuliggo. veattamento Destiods “Fete “nap- Faterveee Vapor eon Figura 1.12. Represantapfo esavemsétle da tone de stlagso| A cristalizaogo 6 usada quando se deseja remover de uma solucdo liquida © componente cissolvido (soluto) am forma de cristais. Por muitos anos, a prética co- mum na produgio de cristais era aquecer uma solucdo até uma condi¢ao préxima da saturagéo ¢ colacé-la om tanques retengulsres sbertos, onde a solueto era restriada @ ‘0 eristais depositados. Entre as vérias opcdes mais atuais, a cristalizagéo a vécuo ‘em operagéo continua é uma delas (ver figura 1.13); neste caso, @ solucdo salina aquecida é enviada @ um vaso que opera sob vécuo, onde ocorre @ evaporagéo da figue (pela redugio da presso) e @ conseqiente queda de temperatura — dessa for ima, erstais de seis 880 produzidos tanto polo aumento da concentracdo de sais como pela reduedo da tempersturs. capitulo = introdveso 18 1 tana done Figura 1.13, Crstalizedor » vécuo 1.2.5. O Processo Quimico Um processo quimico ¢ formado por um conjunto de processos unitéros inter {gados entre si, de acordo com uma seqléncia légica. Assim, por exempla, 6 mastrado 1 figure 1.14 um diagrama simplificado do pracesso de produgo de aménia, a partir de uma mistura gasosa de ritragénio e hidroganio. A mistura gesosa de nitrogénio e hidrogénio, que & enviada continuamente 30 proceso, ¢ conhecide como corrento de entrada, ou carga do proceso. Esta carga, falém dos gases reagentes (nitrogénio e hidrogénial, contém impurezse, ou seja, ov: {tos materisis gasos0s (argénio, por exempa) que no participam da reece quimice ®, portanto, s8o considerados como inertes do processo. A carga é fornecide com uma vaz6o constente e misturada com uma corrente gasosa de reciclo de baixe pres- 80, comprimida e novamente misturada com outta corrente gasosa de reciclo, porém do alta presséo. Estas correntes de reciclo obtidas em pontos diferentes do processo ‘sio, basicamente, parte dos componentes da carga que no reagiram @ que so envie {os de volta a0 inicio do proceso, com © objetivo de aumentar o rendimento do pro 'No reator ocorre a reagéo quimica: Np + 3H —> 2NHs, na presenga de um ca- talisador especial. Como na reaco quimica ha liberaggo de energia em forma de ca- lor, 0s gases efluentes do reator, contenda a eménia, os gases no reagidos os inertes ssem aquecidos e pessam por um trocador de calor onde sio resfriados a uma temperatura tal, que ocorre a liquefacao da aménia. A aménia liquida formada 4, lento, separade, por diferenca de densidades, em um vaso de alta pressio, Do vaso 16 Inirodueso ~ Copinulot do alta prassio, » ambnia ¢ reticada @ encaminhada a um vaso que opera a baixa presséo, para permitir a remogio de gases dissolvidos na fase liquids, gerando @ faménia. As cuss correntes de gases obtidas a alla @ balxe pressio s8o recicladas pera o inicio do processo, uma Vez que elas so compostas, principalmente, de nitro {enio e hidrogénio que néo reagitam, Como na corrente de alta press20 se concen- ‘vam 08 gases Inertes que no particinam da reago, 6 necesséria a remogao de uma azo determinada dos gases de alla pressfo, como corrente de purga, para evitar que a concentracto dos inertes no reator no ultrapasse um determinado valor. Na sep 4.2, faramas estudos de balanco material em processos com correntes de reci- clo, onde @ necassidade da corrente de purga seré justilicads. compressor de paca Serer fa or ‘eats Resi do babe pressio ae menia qa) separ rossto nH, Figura 1.14. Proc 30 de producéo de eménia Como se pode ver na figura 1.74, um proceso quimico 6 composto de varias, etepes, que compreendem, enire outras: bombeio au compressso de fluides, trace de calor entre correntes, mistura elou separagio de correntes @ reacio quimice. Quando 2 separacao entre os componentes @ mais difcil de ser realizada, outres operagdes unitérias, ald da decantaego [que se beseia ne diferenga de densidades), deverso ser utlizadas — destilacdo, absoreso, extracao etc. Como foge 20 ascopo deste livea entrar em detalhes de qualquer processo qui- rico, adotaremos 0 diagrama de fluxos do processo, em que cada processo ou ope- ragGo unitéria 6 representado par um biaco, dat ele ser também chamade de diagrams de blocos. Neste diagrama, 08 processos @ as operagées unitatias, representacios por ‘seus blocos, so interligados entre si por linhas que tragam 0 caminho dos materiais “G2pltulot — Invodupto ff através do proceso. Assim, 0 procasso de produefio de amdnia pode ser representa: do confarme a figure 1.15. Figure 1.15, Diagrama de blocos do processo de produpso de améni ode @ planta de produgo de eménia, sem a indicagsio dos processos unitrios, ‘como indicado pela envoltria tracejada, pode ser representada conforme a figura 1.16. ol Pracosso de mona rodugio de aménig fF] Figura 1.16. Ceixa-prota do processo de producto de aménia 2 SISTEMAS DE UNIDADES CONVERSOES DE UNIDADES Neste capitulo vamos rever alguns conceitos fundamentaie pata @ engenheria ‘quimica © que de elguma forma sio assuntos abordados nos cursos bésicos de fisica «@ de quimica. Nem tudo seré novidade para vacé. No entento, consideramos de gran- de importancia uma leitura atente de todas as segdas deste capitulo e em especial da ego que trata de algumas das principals grandezas da engenharia quimica, que es- ‘do sendo estudadas neste capitulo sob 0 ponto de vista das unidades. Grandezas de ddeterminadas dreas, como a érea de transmisséo de caler, no foram abordades mi ruciosamente para no antecipar conceitos que sio vistos em detelhes nos livros de engenharia quimica que tratem especificamente desta érea de conhecimento. Tive- mos a preocupaggo de analisar em detalhe o sistema internacionel de unidades — Si, Unico sistema de uso legal e oficial no Brasil desde 1962. O Decreto-lei n? 240 de 28(2/1967 e 0 Decreto n® 62.292 de 22/2/1968 constituem os dispositivos funda- mentais que regem 3 legislago metrol6gica brasileira, Esta legislacdo & completada por vérios decretos @ resolugdes do Conselho Nacional de Metrologia, Normalizagéo © ‘Qualidede Industrial — CONMETRO. © INMETROI3II4] é responsével pela publicacéo dos Resolugies do CONMETRO @ pela tradugio autorizada pelo BIPM des atuelize- ‘9028 do Sistema Internacional 2.1. Dimensées e Unidades © estudente de engenharia quimica, frequentemente, se depera com algum problema, em que encontra dificuldades na sue solugao por falta de habito no manu ‘io das unidades das grandezas envolvidas no problema, Nos edleulos de engenharia, ©.us0 das dimensées ou das unidades junto com os numeros no s6 evita experiénci- 88 desegradaveis mas também perda de tempo. O estudente, a0 se hebituar com 0 femprego das unidedes desde 0 inicio da formulagso do problema, ebterd uma solucdo ‘mais inteligivel que permitré uma verficagéo apropriada tanto por ele como por quem estiver analsando a solugao, "9 Buaau Internacional de Pesos « Midas (SPM) fi erado pla Convensio do Metro em ats em 1078, 20. Cvolquerquantidee de uma grandeze tem um valor numérico © ume unidede £ atl em muitos eéleulos da engenharia — ¢ essencial em muitos — escrever ambos, fu seja, 0 velor numérico e @ unidade da quentidade, por exemple: 2,3 metros 4,7 quilogramas 35 segundos [As unidades sio representadas por simbolos para faciliter 0 manuseio. Assim, ros exempios acima podemos escrever: 23m 47kg 388 Cut» diference entre dimensio e uridede de uma grandezs? A todo g da sion» ds qtrica cuts essociada ume ou mas dmensGes. A elmonaso do ume Ghonora&.0 conc Blea do media geste anders, A unidedosalo.o8 moles fo onpressn’ oe Gonades das grardeza, te ipa ts cimonobes dos gredocee uaarmos @ potas Uru do tia, ou si \ part sompraent M pare massa, T pare tempo e 0 para temperate. Como na tegerhsna guaca 8 quantdeas de mater ets somprepresonte,usaromos N pao ‘epresenar a imenss9 dessa grendeza Dopendeno da grandeza, & poosivel encontrar diferentes uridedes para 8 su reorsantagho,embore sé aja ura cnicocmenaBo, Por exemple, 0 comprimento sb tem uma rigs dimensgo que representernos por L,no entort, para esta grandza perdemos encontrar um somnurmera de uniades (e aris), ‘as some: metro, rnin ps, polgade, et ‘A andres poser sor totodbs como varéves algsbvices, desde que dues regres basa sejam obedecites: Regra 1: Duss grandezas podem ser somades ou subtraidas desde que elas tenham a ‘mesma dimenséo. © Dimetios + 1 quilograme néa é ume operacio posstvel, pois se trata de ‘dus grandezas com dimenstes diferentes, ‘+ 2 metros + 6 contimetzas 6 ums operacdo possivel, pols ambas grandezes tem a mesma dimenséo (comprimento), embore estejam expressas com uni dades diferentes, Pera se fazer a oporacéo basta converter @ unidede de uma {elas para a unidade da outra, © que no caso & muito simples. ogra 2: Dues grandezes podem ser multiplicadas ou dividides, dando origem a outras srandezes, Por exemple: grandezas: _comprimento_—-X_comprimento roo dimensdes: L x t u unidades: m x m ms "ha uo 2.6, « grandeza quantidogs de maa sre anaisada em mss detshes | Captule 2 Sistomes de Unidedes ~ Conversbies de Unidedes 21 jgrendezas: comprimento./—_tempo velocidade dlimensdes: L oT uit Unidedes: m yoos ms Com esses operactes foram formadas grandezas com unidades derivads das uni- des de base. Quando a grandeze formada tem unidades de duas grandezas dierentes, — como no caso ds velocidada — ela é uma geandeza de unidace composta, ‘Algumes vezes 20 se fazer 6 civis8o de duas ou mais grandezas pode-se obter uma grandeza sem dimensées, ou seja, uma grandeza acimensionel. 2 metros / 0,5 metros = 4 Na engenheria quimica, é comum se agrupar grandezas de tal forma qua se jgera_um grupo sem dimensoes. A esse resultado chamamos de grupo ou numero ‘dimensional. Existem vérios desses nimeros conhecidos na engenharia quimica atta \vés de nomes apropriados, como: numero de Reynolds, nimero de Nusselt, nomero de Peclet ete. com definigao e aplicacéo dentro de cada campo da engenheria quimi- ca. No apéndice A estdo relacionados os ntmeros adimensionais mais usuais com as suas respectivas definigdes. 2.2, Sistemas de Unidades © foto de haver muitas unidades para a mesma grendeza leva ume confuséo eneralizada, tornando aici! 0 entendimento entre as pessoas, Se esea diiculdade jé & Grande dentro de um mesmo pais, como o Brasil, onde existem diferentes unidedes para Grandezas como o comprimento, a éraa 9 0 volume, a confuséo fice meior quando so tem acesso a lteretura americana ou inglesa, que usa um conjunto de unidades sind bem diferentes des usuais por aqui. Por isso, dentro de ciéncia & normal se adoter um Conjunto de unidades escolhidas para medi as grandezas existentes em cada campo da fisica © da engenheria. A esse conjunto de unidades se dé o nome de sistema de unide- des. 4 tabela 2.1 apresenta os sistemas de unidades mais comuns usados pelos engenhe. "0s nas sitimas décadas. Um sistema de unidades se baseia em um certo nimero de ‘randezas cujas unidades so adotadas como de base e as demais grandezas teréo unide- des definidas por operagses matemsticas entre 2s unidedes de base. As unidades destas randezes assim definidas s80 chamades de unidades derivadas, Os sistemes absolutes possuem como unidades de base: as unidades de com- Primento, tempo e masse; « forca é uma unidade derivada para esses sistemas. Nos sistemas téenicos, as unidades de base s80 as unidades de comprimento, tempo & forge, sendo e massa ume unidede derivada, Nos sistemas mistos ainda usuais em fengenharia, a massa e a forca s80 adotadas simulteneamente como unidades de base, a fim de se obter 0 valor numérico de massa igual ao de forga (ver seq 2.9} © Sisteme Internacional de Unidades, 0 SI, 6 o Unico que foi definide com sete unidades de base, como serd visto em detalhe @ seguir, no seo80 2.2.1. Ele é 0 sis. ‘tema que representa uma evolucSo do antiga sistema métrico, © MKS. 2 ‘Sistemas de Unidedes ~ Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 Tabela 2.1, Sistemas de unidades comuns isenae | Gompimento | Tempo | _Masea Fos Tbsolsos ov dindmicos Si motto sgunde | qulegrama [newton [eG entimetr@ | segundo | arama FPS Be segundo | bre [Gravitacionsis ou Wenicoa MKS metro | segundo | oim* | ullograme-Toree Fes 6 segundo | st09 Worsfovea Mistoa ou de engonhari MKS ‘metto | segundo | qullograma_[qulograma ores FPS ry segundo [libra oraforea *Unide dervade dor unidadosbaoas 0 sistema CGS & um sistema totelmente ultrapassado, em que apenas muito poucas unidades ainda permanecem por forga do habite de alguns professores e pro- fissionais que se acastumatam com elas 20 longo de suas carreiras e com 0 tempo serdo substituidas pelas correspondentes unidades SI © sistema misto [de engenharia), © MKKjS, ainda vem sendo usado no nosso pals de uma forme irregular. Na indistra, ainda 6 usual @ unidade de fora deste sis tema — 0 quilograme-forga (kgf) @ @ equivelente unidade de pressio, kgt/om". No fentento, ambas unidades dever ser evitadas e substituidas pelas equivalontes Si 0 sistema inglés, principalmente o sisters misto (usado em engenheria) sinda sobrevive, embora ja esteja havendo um esforco par parte dos EUA e da Inglaterra no sentido de substitut-lo pelo Sistema Internacional de Unidades. O SI jé vem sendo Uusedo de ume forma bastante acentuada em revistas técnices @ em recentes livros didéticos americanos e europeus. Os sistemas mencionadas, com excecdo do SI, 56 sero usados neste capitulo, em especial nas segdes 2.3, 2.5 e 2.6, para permit 0 estudante de engenharia qui mica se femiliarizer corn as unidades destes sistemas, ainda em uso em alguns livros € por alguns professores, 2.2.1. 0 Sistema Internacional de Unidades (SI) ‘© nome Sistema Internacional de Unidedes, com abreviagSo internacional SI, foi adotado pela Resolucdo 12 da 11! Conferéncia Geral de Pesos ¢ Medides’ {CGPM), realizeda em 1960, As Unidades Si esto atualmente dividides em duas classes: as lunidades de base e as unidades derivadas. As unidedes radiano (&ngulo plano} e ester radiano (Sngulo sélido), que feziar parte da torceira classe des unidades suplementares, passaram a fazer parte das unidades derivades, a partir de 1995 (20* CPM) ‘0 SI 6 0 Gnico sistema de unidades que possul sete unidades de base, perf temente definidas © dimensionelmente independentes. Estas unidsdes de base foram escolhidas, pata formar um sistema coerente, em que todas as unidades derivades A CPM (Contednaia Geral de Posos 9 Mesias! & forms 14 Convengée do Mato, que hoje somam &8 nates. por delegados de todos os Estados membros | | Capitulo 2 ~ Sistoras de Unidades ~ Conversses de Unidades 23 ‘80 expressas diretamente em func das unidades de base, sem queisquer constan- 129 de proparcionalidade. ‘Tabola 2.2. Unidades de base do $1 (Grandore Unidad | Simba [Comprmente met = Massa Gulloarama g Tempo segundo s Corrente agtica ‘ampere a Temperatura ermodinémica elvin| x ‘Quantidade de motdeie ‘mol inet Tntensidade luminosa, Tandela os ‘bela 2.3. Defnioso das unidades de base do St Trisade Datinisto Disease Tmeiro | Camprtnonto do Waste percorido pala hz no vaswo, durate| Adotedo pela 177 Jum ntervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo GPM, oo 1982 segundo Duragéo de 8 182 631 770 periodos da raiarao coves: | Fatiicada pelo pondente & vensifo entre os dois nels hpertings do} 12! CGPI de {estado fundamental do atome do etsio 133 1967 ‘Tllograma® | Masse do protGupo intemacional do quilograma) Ratifieada pola 3° GPM, de 1901 ‘mol ‘Guantidade de matéva de um Satara que contem tantae| Ratificada pele lentidades slementares quantos séo os étomot contidos na| 14*CGPM, de massa do 0,012 kg de carbono 12 1971 ‘smpere | Corrente elérice invardvel que, maniide om dams condato- | Ratificada pela 9° res retiineos, peraleles, de comprimentaintinito e do area CGPM, de 1948 se secd0 transversal desprezivel e situedos no vécuo 2 1 met de distancia um do outro, produz entre estes cond tores uma foree igual a 2x10" newtons por metro de [comprimente desses condutores Keivin | Frogio 1/273, 16 da temperatura temmadnlmiea do panto] Fatiicada pala 7 plies da sau (CGPM, co'1967 andela [Intensidade tuminosa de una Toate, em uma detamninada | Ratiicede pele T ‘ieea0 que emite ume rediae8e monocromatica de Ireqiin| CGPM, de 1979 cia 540 x 10'*Hz © cujaintensidode energética nessa die G80 6 1/683 watt por ester AAs unidades derivadas so deduzides direta ou indiretemente das unidades de base através de leis ou definicBes que relacionam entre si as grandezas a sere medidas e os prefixes SI (que 880 0s miitiplos e submiltiplos decimois das unida- os de base e derivades). “Por motives hiséios, © name da uniad da masse ‘Si cantém um reine, excepcionsmente: por convengo, 0 mites o submiltples desta uniade ako lemma bel adunes Se tron ofa0n St nis rome e ao sinbole g. Assn, C00 ky =? Mg, 1000 000 Kp = 1 Ga, 26 Sistemas de Unilades - Conversbes de Unidades ~ Capitulo 2 A tebela 2.4 presenta algumes unidades derivadas de importancia na enge- hnheria quimics. Muitas unidades SI recebem nomes especiais que homenageiam fisicos renomedos e recebem simbolos correspondentes. Tebela 2.4. Unidedes davivadas Grandare T Tome da onidade __|__Sinboio aidndoe grométvioes © macanion Panguo tan [siamo [aa Finguo ssi festeradiano er fires metro quoarade in Haire metro eibico in Feabancia here lee [eloideae fnewo por segundo [ne [Velocsade anguar Fadiano por segundo [asia [Acteracto retro or segundo, por segundo [ris [Acotereeto-anauir [ediano por segundo, por segundo [edla™ zsio vlumévica [nei ebico por sogundo bn esse especies Faograme por metro eibico hain? Hazéo méssica auiograma por segundo has [iomento de nara logrme:mevro quadrads ka. fiorento near [clogramsmevo por sogundo mis Momento angular felograemeto quired por sepundo_o.mvls Foren frewion figs? oo Iomonte de Tors, araue jeweon met g5* ou No [ressio pascal aim sou Pa. [Viscosidade dindrica Jpascar segundo kgiims ou Pa.) [Trabaino, energie, quanta. de calor joule katie? ou 3 JPotencia, taxa de energie jwart kone? ou W [Fuxo de energia wat por mato quadrada kaie™ ou Wim Diusividade, vacosidade cnendiica’ [mot quadrado por segundo nie Fiuxo massico ou velocidade Jauloorama por metro quadrado © por Yeaiim =) Hrensio superficial ou neertaclal™ Joewton por metro, ia 00 Nien [Unidades vemicas [remperatura Celsiae [gras Coleus Fe [craciente do vemperature Ikelin por metro ira [Cepacidade térmica ou calorica joule por kelvin =i. [Capacidade cslorfica espoctica houle por quilograma.e por kelvin Jka. KI [Condutividade vermis [watt por mewo-¢ por kelvin [vir |Fixo de transferéncie de cola” [watt por metro quecrede [wine [Gocfciente de wansforéncio de calor” [watt por metro quadrado @ por kelvin Wiim=KI "Tike conser de tbela cil do INMCETRO, mas sdo mportantes na engenhais GuMea Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidedes ~ Conversses de Unidades 25 Os prefixos SI foram adotados a partir da 11 CGPM (1960) e acrescentados pola 12! CGPM (1964), 15* CGPM (1979) 2 18% CGPM (1951), para expressar ade fusdamente grandezas de valor muito alto ou muito baixo, usando nomes especiais para os miltiplos e submiltiplos decimais das unidedes de base @ derivades. ‘Tabsla 2.8. Pretios SF Tome Simbel Fator de muliplleagse vyotta Y 10" pene 2 108 exe E 10" peta e 108 tera T 10" sige 6 10 mene Mm 108 auilo k 10° ecto h 10° seca de 10 deci ¢ 10° cent! e 10° a 10° siete X 10" eno a 10" Pico » 10" femto** 4 10" ator? a 10" ent z 10" yocto y 10% "Ts pros Tanto st Sho Sanilas on obra fom Garter one Observagies 1. Algumes unidades ainda usuais para certas grandezas no fazem parte do SI, mas foram consideradas aceitas para uso com 0 SI, sem restvigo de prazo Iver apén- dice B). Entre elas, as mais comune séo: + litre. A 128 CGPM (1964) determinou através da Resolugéo n 6 que a pala- va fitro pode ser uitlizeds como nome especial aplicado 80 decimetro cibico f recomendou que 0 nome litro néo seis utilizado para exprimir resultados de medidas de volume de alta preciséo. Quanto ao simbolo para litro, a 16 CGPM (1979) deciciu adoter, a titulo excepcional, os dois simbolos 1 ¢ L ‘como simbolos utlizdveis para a unidade litro; no entanto, no Brasil, de acor do com o INMETRO, adote-se & letra ¢ (manuscrita) coma simbolo do ltro © 1a falta desta, @ letra L (maidseula); * 0: prec 5 desta tabola podem também ser emeagndos com unidades Gut no prtancim 8 SI 28 ‘Sistemas do Unidades ~ Conversdes de Unidades ~ Captulo 2 + tonelada, Séo conhecidos tr8s tipos de tonelada: curta, longa e métrica (ver equivalentes no apéndice C}. 0 SI s6 considera a tonelada (métrica) equi valente a 1 000 kg @ simbolo t {fon nBo é correto}. Neste livro, vamos pre- ferencialmente usar o megagrama, simbolo Mg, que é © equivalonte a to: nolada: “+ minuto, hore e dia, Estas unidades de tempo s8o usadas em unidades derivedas, fquande o segunda, se utiizado, indicar uma unidede derivade de valor muito pe- ‘quono, Os simbolas dessas unidades so, respectivamente, min, h e 2. Outras unidades néo integrantes do Si, mas ainda usuais, principaimente devido 0 cunho histérico, foram acimitidas temporariamente (ver apéndice B ~ tabela 8.2) para uso com o SI. Entre elas, slgumas muito conhecidas deve ser evitadas @ Substituidas peles unidades SI correspondentes. Séo clas: — simbolo atm. € equivalente a 101 925 Pa; — simbolo eal. £ equivalente 9 4,1868 J, valor adotedo pola 8 Confe- ‘éncia Intemacional sobre as Propriedades do Vapor de Agua, em Londres, 1956; + cavalo-vapor — simbolo ov. E equivalente a 735,5 Ws + quilograme-forga — simbolo kgf. € equivalente 2 9,806 65 N; + milmetro de mercdrio — simbolo mmHg. & equivalente @ eproximadamente 193,322 Pa. 2.2.1.1. Regras gerais para simbologia, gratia e apresentaco Para 0 uso corrata do SI, 6 conveniente adotar certas recomendactes prescritas pelo Qecrsto r® 81.621 @ referendadas pelo Quadro Geral de Unidades de Media ane- x0 & Resolugo do Conselho Nacional de Metrologia, Normalizacso e Qualidade Industi- al (CONMETRO) 12/88, de 12/10/88. As mais importantes s80 mencionedes a seguir. 2.2.1.1.1. Gralla dos simbolos de unidacles 2) Os simbolos s80 grafados, geralmente, com letras mindsculas, exceto quando se ‘ratar de names préprios. Neste caso, quando houver duas letras no simbolo, ape ns a primeira deve ser maitscula. Exemplos: m, mol, A, K, Pa, Wh nomes préprios) bl Hé apenas um simbolo aceito pare cada unidade, Exemplas: seq [segundol, hr {hore), mt (metro) so gratias erradas. ©) Os simbolos de unidades no devern ser seguidos de ponto de sbrevietura, sinais, letras ou indices. Exemplos: 2 m., 2 Wha; 830 graflas exrades, O correto &: 2m © 2 W. | Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidedes ~ Converstes de Unidades ar 4d) Os simbotos so invaridveis Exemplos: 2 kms, 2 hs, 2 kys s80 graties erradas. 2} Os miltiplos ¢ submdhiplos das unidades sie indicados por prefixos especiais an. tepostos aos simbolos. No entanto, os prefixos SI ndo podem ser justepostos a um mesmo simbolo, Exomplos: 1 MW (ou 1 kM), 1 umm so grafias rads, © correto é 1 GW e 1 a, f! 0 simbolo de uma unidade que contenha multilicagso pode ser formado pela jus ‘aposi¢a0 dos simbolos componentes, desde que esta no cause ambighidade, ou mediante @ colocagdo de um ponto entre as simbolos componentes, na base da i ‘nha ou @ meia altura, Exemplos: VA @ Wh so grafias corretas. No entento, 0 invés de Pas deve-se sar Pa.s ou Pass. Observacio: Deve-se eviter escrever simbolos em uma ordem que possa causer ‘confusdo com as unidiades de grandezas diferentes, principalmente quendo um dos simbolos 6 m (do metro} para néo confundir com om do prefixo mil 8) © simbolo de uma unidade que contém diviséo pode ser formado mediante uma das trés alternativas: barra inelinada (i), trago horizontal ou poténcias negativas. Nao se deve utilizar 0 p para abreviar 0 por. Exemplos: mis, m.s*, © séo grafias corretas. No se dave user mais de uma barra inclineda na mesma linhe, 9 no ser com 0 em prego de pardinteses, de modo a evitar quaisquer ambiglidades, Exemplos: Wilm?.K}, W.m?.K' ¢ so grafias corretas. mK Observagiio: 0 exemplo acima se refere as unidades da grandeza coeficiente de transferéncia de calor Iver tabela 2.6). E comum para esta grandeza e outras, ct jas unidades possuem um denominador que é um produto de outras unidades, de ‘se cometer o engano de néo usar os parénteses, grafando Wim?.K ou Wim'/K, No se deve usar o trago horizontal, quando o simbolo escrito em duas linhas dle: rentes puder causar confuséo. » Os prefixes SI podem cosxistir num simbolo composto por multipicagso ou diviséo. Exemplos: kV/mm, kN.em, —kQ.mA 8 ‘Sistomns de Unidedes ~ Conversdes de Unidades ~ Ceptule 2 1) Os simbotos de uma mesma unidade podem coexistir num simbolo composto por ivisso. Exemplos: keWvivh, Wim?,KJom) i) © simbolo € escrito no mesmo alinhamento do nimero a que se refere, © néo como expoente ou indice. S80 excecdes apenas os simbolos das unidades nao SI dde Angulo plano (°, *, "), a8 expaentes dos simbolos que tém expoente, o sinal © o simbolo do grati Celsius @ os simbolos cuja divis8o 6 indicada por traco de fre {0 horizontal Exemplos: 2", 2, 880 grafias erradas. 20°C 2 90° (Angulo plano) so grafias corretas, ti Quando os simbolos 8m expoente, este deve ser colocado imediatamente apés 0 simbolo. Exemplos: ihoum? so grafias erradas. 1 Quando um simbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que o conjunto prefixo-unidade 6 afetado pelo expoente como se esse conjunto estivesse entre parénteses. Exemplos Vom? = 107m? > excado; 1m? = (107m)? = 108m? > certo Like? = 10m? > errado; 1 km? = (10% ml? = 10m? > certo 'm} Quando © simbolo esté associado @ um valor decimal, aste deve ser colocedo & diteita do valor numérico. Exemplos: 62,6, 42,62°C, 24,6 kP= No caso em que a unidade possui uma divisdo nfo-decimal © os seus sub- iltiplos tém nomes especiais, como s80 os casos das unidedes de tempo {hora e minuto} e de Angulo plano (grau, minuto @ segundo) aceitas para uso com 0 SI sem restrigo de prazo [ver anexo B ~ tabela 8.1}, se usa a indieacéo sucessiva do valor numérico @ da unidade ou do simbolo sem intercalago de virgula. Exomplos: 42 greus 28 minutos 13 segundos} | corto 4292919 J 42 graus, 23 minutos , 13 segundos errado 42°, 291,13 Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidedes ~ Conversbes de Unlades 29 1 thoras 20 minutos| 11h 20min 1 Thoras , 20 minutos 14:20h ov 11,208) i | eras Dove-se abservar que a subcivisso decimal da hora pode também ser utlizada. Assim, 11,20 h signifiea 11 horas @ 20 centésimos de hora (= 11h 12 min 2.2.1.1.2. Grafla dos nomes de unidades 1} Quando escritos por extenso, os nomes de unidades, com ou sem prefixos, s80 considerados substentivos comuns, ou seje, comecam por letras. mindscules, ‘mesmo quando tém 0 nome de um cientiste. A dnica excegao € 0 grau Celsius, ‘onde Celsius corresponde a um adjativo que qualfica 0 substantive grau: Exemplos: Sao grafias erradas: Ampére, Newton, Kelvin, Pascel ‘) Os prefixos $1 so antepostos as unidades e formam uma dnica pelavra, Exemplos regarjoule ¢ quilo-pascal sio grafias errades. Cc} Na expresso do valor numérico de uma grandeza, a respective unidade pode ser escrita por extenso ou por seu simbolo convancionado. Ndo so admitidas combi- races de partes escritas por extensa com partes expressas por simbol. Exemplos: 2 oulas por quilogroma ou 2 Jikg -> certo, 2 joules por kg @ 2 joules/quilogcama > erredo, ito mil quilémetros, 8 mil quildmetros ov 8 000 km ~» certo. cito mit km > errado 14) Quando uma unidade for formada por multipicagéo de duss ou mais unidades, & ecomendado usar um espago entie elas. E aceitavel o hifen, especialmente em ‘ea80s de interpratagso duvidesa, Exemplos: newton metro ou newton-metro Pascal segundo ou pascal-segundo Os nomes de miitiplos e submultiplos decimals das unidades so pronunciados por ‘extenso, prevalecendo a silaba téniea da unidede. Exemplos: T nanometre —> silabe tBnica (mé) 1 megametro > silaba tonica (mé) 30. Sistemas de Unidades - Conversdes de Unidedes ~ Capitulo 2 Constituem exceedes 9 esta regra apenas as palavras: quilémetro, decimetro, ccontimetro, milfmetro, consagradas pelo uso com 0 acento tonico deslacado para 0 profixe. 1) No caso de unidades que contém dress ¢ volumes, os qualificatives quedrado © ‘cdbico s80 pospostos & unidade. Exemplas: metro quadrado @ metro cibico. 19) No ceso de outras grandezas, no hé nomenclature especial. Deve-se enunciar 9 porencia, Exemplo: metro par segundo a0 quadrado. 2.2.4.1,3, Plural de nomes de unidades Quando 0s nomes de unidedes 80 escritos ou pronunciados por extenso, @ formagao do plural abedece as seguintes regras bésices: 12) Os prefixes SI so sempre invariéveis. Exemplo: 10 megejoules. Néo é correta grafar 10 megas joules ou simplesmente pronunciar 10 meges, Da mesma forma, no se deve pronuneiar dois quilos quan- {do se quer dizer dois quilogramas. Q (Os nomes de unidades recebem a letras “e” no final de cada palavea, exceto nos 68808 do item c, Segundo esta regra, o plural no desfigure © nome que @ unidads tem no singular, @, portanto, néo se aplicam aos nomes de unidades certas regras Usuais de formacso do plural de palavias. b.1] Quando so palaveas simples. Exemplos: pascales (ou pascais) ¢ deciboles (ou decibéis) s8o gratias erro das. O correto é: pascals e decibels, [No caso da unidede de quentidede de materia, cujo simbolo se escreve exa- ‘temente igual 80 nome de unidede, deve-se observer que “os simbolos sio invarié- vis". Note que nesta caso pode ficar a divide pelo fato de no haver diferenca ‘entre o nome e 0 simbolo da grandeza quantidade de matéria. O emprego da barra inclinada (/) 86 6 feito no caso de simbolo, logo, quando usamos a berra néo se pode escrever “mols”, porque o simbolo 6 invaridvel (ver 2.1.1.1.) Exemplos: mols por segundo e mol/s séo as grafias corretes. b.2) Quando s80 palavrae compostas em que o elemento complementar de. um nome de unidade nia 6 ligado 8 este por hifen. Exemplos: metros quadrados, unidades astronomicas | | Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidades ~ Conversdes de Unidedes 31 b.3} Quando so termos compostos por multipicacie, cuios componentes padem variar independentemente um do outro, Exemplos: newtons-metro, watts-hora, paseals-segundo so gratia erradas. 0 cotreto 6: newtons-metros, watts-hares, pascels-segundos. 16} Os nomes ou partes dos names de unidades nio recebem a letra no final 6.1] Quando termina poles letras 8, x ou 2 Exemplos: hertz, siemens, lux 1.2) Quando correspandem ao denominader da unidades compostes por diviséo. Exempla: matros por segundo £.3) Quando, om pelavras compostas, s80 elementos complementares de nomes {de unidades e ligados a estes por hifen ou preposigao, Exemplos: olétron-volts, quilogramas-forga 2.2.1.1.4. Apresentagéo de resultados numéricos Embora muitas das regres apresentadas nos itens anteriores jé fassem conheci das, persistio a possibiidade de mal-entendido, em virtude de grande vetiedade de ‘ritrios @ unidades. Com 0 SI, 0 critério & dnico @ abrange até a forma de apresentar ‘08 resultados numéricos, cujes regras S30 muito importantes para quem desempenhs atividades técnica, 2.2.1.1.41. Espapamento entre niimero e simbolo © espagamento entre um numero e 0 simbolo da unidade correspondente deve atendar & conveniéneie de cada caso. 1a) Em frases de textos correntes, é recomendével deixar um espagemento corres: Pondente a uma ou a meia letra entre o valor numérico @ o simbola da unidede. Contudo, no se deve dar espacamento quando hd possibilidade de froude, Exemplos: 91 MHz ao invés de 91MHz 25 kg 20 invés de 25kg No caso do grau Celsius, o espacamento é opcional, mas no pode ser omitido © sinal * do simbolo. Assim, pode-se escrever: 25 °C, 25°C. NBo 6 recomendével deixar 0 ndmera no final de uma linha © as unidedes no Inicio da outra; em outras palavras, 0 espagamento entre o vator numérico © o sim- bolo da unidade deve ser de uma ou meia letra. }) em colunas de tables, ¢ facultado utilizar espacamentos diversas entre os mime: Tos © 08 simbolos de unidades correspondentes, 32 Sistemas de Unidades ~ Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 22.1.14.2. Gralla dos valores numéricos As prosises desta sepée nfo se epleam aos nimeros que nfo representa ‘quentidades, por exemplo; numeragdo de elementos em sequence, cécig ficegio, dates, ntneros de teletones ete. 1) Para separar a parte inteira da parte decimal de um niimero, & sempre empregada uma virgula, Exemplo: 942+ errado; 3,42 > certo Quando © valor ebsoluto do niimera é menor do que @ unidade, coloca-se zero & esquerda da viegula Q Exemplo: 18 ou 18 -> ertado; 0,15 certo recomendado que os algarismos da Em trabalhos de caréter técnico ¢ cientitico & eros part intra 08 da parte decimel dos rimeres jam seperedoe em grupos de {rés, a contar da virgula para a esquarda e para e dirsita, com pequenos espa entre esses grupos. Exemplos: 0.199694 98.7659, 806 65, ‘Quando howver apenas um nimero isolado, com quatro algarismos, néo é ne- cessério separar o altima, 0,526 4+ recomended; 0,6264-> ecoto € também amito ue 0 Sores da pti 08 ope asia sei esertos sogldamanto, eto 6, sem eperogbo em grupos ro Ss rumeros cue representa qvonties emt dnhero ov quanidede de mercado ‘as, bons ou sorcos om docurnentos par fin fies, aces #700 comercas vom ser escrito com os sigrsmes seprados em grupos dete, e contr de wrgula 5 todos os seus algarismos, usa 4) Pata exprimir nimeros sem escrever ou pronun se as seguintes ragras: seentam quanties em dinheiro ow quentidede de 4.1 para ot namaroe que epetantam quantos em eo ou quaniade de ‘mercedories, bens ou servicas so empregadas de u mi 10% = 1000, milo 10% = 1.000 000 bikie = 10” = 1.000 000 000 wwilhio = 10" = 1.000 000 000 000 ete, Cepituo 2 ~ Sistomas de Unitodes - Conversées de Unidades 33 Os prefixos SI ou os fatores decimals da tabela 2.6 podem ser opcionalmente ‘empregados, em casos especisis (por exemplo, em cabecalhos de tables} Observacio: Deve-se tomar cuidedo com © emprega destes termos, porque pode 8@ correrriscos de confuséo, uma vez que em paieas europeus, como Inglaterra © 4 Franca por exempla, a regra de formagio desses termos 6 diferente Exemplos: bilhéo = 10, tilh’o = 10°, quatriingo = 10% etc 4.2) para trabalhos de caréter técnico ou clentifico, & recomendado © emprego dos refixos SI ou fatores decimais da tabela 2.6. Observacdo: Devido as pelavras mithéo, bilhéo ete. serem de uso corrente, 6 comum 86 fert 8 regra detinide no item 2.2.1.1.2 ¢ quendo se escreve grandezas expresses Por um ndmero muito alto. De acordo com este ragre, no é permitide user comb apes de partes escrites por extenso com partes expressas por simbolo. Exomplos: 0,7 mites de km? — errado. As opedes corretas 880: 700 000 km? ou setocen: ‘08 mil quil8metros quadrados ou 0,7 Mm (verifique). 12 milhées de m'/dia > errado. As opgGes corretes séio: 12 000 000 mld ou 12 rmilhes dle metros cabicos por dia ov 12x10 mid Deve-se usar 08 prefixos SI para expressar 0 resultado final em uma forma conve Tiente, onde os ntimeros variam de 0,1 a 999. Exemplo: escrever 326 kPa ao invés de 325 600 Pa 2.3. Relacdo entre o SI e os Outros Sistemas (Gravitacionais e os de Engenharia) Se 0 SI 6 estivesse sendo adotado por todos os professores e profissionais de Engenharia, esta segdo e a segdo 2.5 no precisariam meis fazer parte deste livro, @ {Ue seria bom pera todos. Como, infelizmonts, ainda é necessério preparar 0 estuder te pera outras cisciplinas, onde professores ainda adotam outros sistemas gue nso 6 SI, 6 conveniente incluir ambas as eagdes neste liv. Como visto na tabela 2.1, a diferenga entre um sistema absoluto como o $1 @ 28 sistemas gravitacionais esté na dimensdo bésice, se é masse ou forga. No sistema absoluto, @ massa 6 unidade de base e a forga 6 unidede derived, enquanto nos si, ‘tomes gravitacionsis & 0 inverso. Podemos user @ segunda lei de Newton pare obter a relagio entre 2s unidades. De acordo com esta lei, 9 aceleragio de um corpo & proporcional @ forga resultante exeicida sobre 0 corpo, inversamente proporcional & massa do corpo © no mesma dregs © sentido que a force resultante. Isto & 34 ‘Sistemas de Unidedes - Conversées de Unidades ~ Capitulo 2 aaFim ou Fura. ‘Assim, podemos escrever FE F = km > kee Fg. 24 conde: F = foes 8 = aceleragdo k= constante de proporcionalidade, cujo valor numérico ¢ unidades depender das unidades escolhides para F, me Para 08 sistemas absolutos © gravitacionais podemos escrever, por defini¢#o, que lamas absolutos: 1 newton (1 N) € a forea necesséria para acelerar 1 kg de 1 mis? 1 pounds! (1 pal) 6 2 forca necesssrie para acelerer 1 Ib de 1 ftis* ‘Sistemas gravitacionais: 1 quilogramaforga (1 kgf) & 8 forca necessétia pera acelerar 1 utm de 1 mis? 1 libraforea (1 Ibf) 6 @ forga necesséria para acelerar 1 slug de 1 ft/s? Noss 18 casos, a constante k tem 0 valor 1 e unidades respectivas: AN:s? _ Ipdl-s? _tkof-s?_ bf s? kom WR umm slugeft 9.2.2 ‘Assim, quando se use os sistemas absolutos ou os gravitacionsis, 0 k pode ser uprimida @ a equaci de definigéo de forca fica simplesmente: F= mr, Por outro lado, nos sistemas mistos, onde a massa e 8 forca {ou © peso) so usa- das como unidades de base, 0 valores numéricos dessas grendezas s8o 0s mesmos na superlicie terrestre, em um local onde o valor médio da aceleracéo da gravidade (¢) 20 rivel do mar © em uma latitude de 45" 6 9,806 65 mis. Assim, por definigao, 1 kaf 6 0 peso (F,) de 1 kg em um local, onde g = 9,806 65 mis! 1 Ibt 60 peso (F,) de 1 ib em um local, onde ¢ = 32,174 tts! (= 9,806 65 mis!) i | | | Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidedes ~ Converses de Unidades 35 Nosses casos: : foakmg xk = fe fae ime © 8 constantek tam os seguintes velores numéricos tkgt 1 kof. TE fa. 2.40 (Gkg)[0,806 65m/s*) 980665 kg-m tot 2 i Eq. 2.4.6 ou k= eo Ht et Gwje2i7aiis?) 32174 bot usual considerar 0 inverso desta constante k @ adotar © simbolo especial s. _ 9.806 65 kg-m _ 9,806 65N fe 7 = kot kat Eq. 2.5.8 32,74Ib-ft _32,174pdl 3? oF be pee A diviséio por ge tern 0 mesmo resultado que a multiplieacéo por & na lei de Nowton, ou seje: ma r-m8 Fa.26.a fe Fy =k Eq. 2.6.b Be Estes sistemas mistos tdi sido bastante usados em engenharia pela convent encia de 88 ter 0 valor numérico de um quilograma (ou uma libra) igual ao de um qui lograma-foree (ou uma libra-forga), caso 0 valor numérico de gig Soja igual a 1, 0 que @ razo8vel_ em termos de engenharia, mesmo que ¢ nBo seja exatamente igual 3 8,806 65 mis? Exemplo 2.1. Uso do ge Calcule 0 peso (em newton e em quilograma-forgal de um corpo de massa 50,0 kg f8m um local onde a aceleracdo da gravidede 6,00 mis’ 38 “Sistemas de Unidades ~ Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 Solugso: mg. {80,0 kaH5,00 mi s*) Be Tkgms.N™ 250.N uF, = mg = (60,0 kg)6,00 m/s" 250.N = me __600k9)600m/s') «a5 kgt fe 9806 65 kg-m 5 kg” = 250 kgms Observagio: Note que a relagfo gigs tom as unidades de forga/massa (F/M). 2.4, Operagées com Grandezas ‘Como vimos no inicio do capitule, para ceda grandeza hé uma dimens8o ou um conjunto de dimensdes a ela essociado. No entanto, pode-se ter um sem-ndmero de tnidades a depender do sistema de unidades utiizado. Por isto, na engenharie, somos ‘sempre solicitacoe a fazer conversées de unidades, a fim de compararmos ou fazer. mos operagdes que envolvem grandezas expressas em unidades diferentes. Para isto, ‘vamos entender 0 que é 0 fator de converséa de unidades, através de um exemplo muita simples, com o emprego da conhacida regra de tres Sabendo-se que um empregado deve trabalhar 8 horas por di, quantos minu- tos, ele trabalha por dia? Como 1 hora equivale 8 60 minutos, podemos escrever a seguinte regra de tés, th — 60min 8h n[ S2) geo min Th A observagio do resultado acime nos mostra que’ 1} @ unidede de tempo hora (h) se cancele eo se fazer @ operacdo de conversso para ‘minutos {min}; ji) para se ‘transformer, para minutos, © tempo desejado de 8 h, multiplicou-se por ‘uma ra2B0 (60 min/t hi, que é 0 fator de conversdo que transforma h em min. Um fator de conversio de unidades 6 determinado pels relagéo entre duss uni dades equivalentes de uma mesme grandeza. No caso do tempo, em que 1 hora equivale 2 60 minutos, podemos escrever 60 mio th th= 60min = oe Capitulo 2 ~ Sistomas de Unidades ~ Convers 37 (Ou seje, 60 min/1 h e 1 h/GO min séo fatores de conversio. O primeiro fator & usado pata converter o tempo de horas para minutas, camo sade no exemple acima, pera permitir cancolar @ unidade hors. O segunde seré usado quendo se deseja con- verter minutos em hora, para se cancelar a unidade minuto e obter hore. Como os fatores te conversso 80 iguais a 1, eles podem ser muitiplicados por {quslquer unidade sem elteré-a, obtendo-se assim a grandeza com as novas unidades. ‘Assim, para converter 0 valor de uma grandeza exprassa em termos de uma unidade em seu equivalente em termos de outrs unidsde, multiplica-se o valor da grandeza pelo fetor de conversio (unidade novalunidade antiga). Por exemplo, pera {8 converter 25 mm para seu equivalente om metros, escreve-se 25mm )-0025m=28500%m sat Se a grendeza tem unidades compostas deseja-se converter o seu valor em seu equivalente em termos de outro conjunto de unidades, repete-se o procedimento 16 que todas as unidadas tenham sido convertides —ver seco 2.6.1 Este método do fetor de conversdo, para converter unidades de uma dada grandeza, pode também ser usado para se converter valores de uma determinada srandeza' em valores de outta grandeze, desde que se conhega uma relagéo entre ‘las. Por exemplo, sabe-se que o volume de 1f de aqua equivale & messa de 1ka (a Felagéo entre 2s grandezas massa © volume dado nome de massa especilica @ sed revisade adiante) e, se quisermos saber 2 massa de égue equivalente ao volume de 5¢, podemos usar novamente a regra de trés, obtendo: 1e—1kg) — [13}-a Aqui também se observa que a massa desejada de dgua paderd ser obtida se ‘multiplicarmos © volume conhecida de 5f pelo fator de conversio Tkgit (para a qua). Inversamente, se a massa fosse conhacide, 0 volume de Agua seria obtido ‘multiplicando-se @ massa pelo fetor de converséo escrito na forma inversa, isto é, ikg, Este método pode ser usado para qusisquer duas grandezas cuja relagdo entre les seja conhecida, ou seja, o fator de converséo entre elas seja conhecido, No apéndice C, estdo disponivels tabslas com fatores de conversio ususis ne lengenharia quimiea, 28 ‘Sistemas de Uniades ~ Conversdes de Unidades ~ Caputo 2 24.1. Célculos aritméticos Nos célculos da engenharia quimies, & comum encontrar tanto nimeros muito fgrandes como muito pequenos. Um modo conveniente de representar tis nimeros & User notaeéo cientfice, onde o nimero 6 expresso como produto de um outro iam fo, com seus algariamos significativos, e @ poténcia de 10 pela qual ele ¢ mukiplica do. E comum, também, a notacdo Eab, usedla em camputadores. Exempios: 34 872,65 = 3,457 265 x 10! (ou 9,457 265 +04) 0,000 538 = 8,38 x 10° (ou 5,38 E-04) importante salientar que 0 expoente da poténcis de 10 apenas detine a posi ‘980 da virgule ou a ordem de grandeze, sem afetar 0 nimero de slgaritmos significa tivos, © que importa € @ preciso com que foi feita a medida da grendeza, ov que foi caloulade, Quanto mais algerismos significetivos tiver o valor da grandeza maior a sua preciso. Geralmente, se 0 valor registrado de uma grandeza medida tem 3 algaris: mos signficetivos, esté ge indicando que 0 terceiro algarismo significative & aproxi- mado, Assim, se 0 comprimento 6 dado como 8,48 m (3 algarismos significetivos), testd se indicande que o comprimento ge situa entre 8,478 m e 8,485 m. No entanto, 58 0 valor registraco & 8,480 m (4 algarismos significativos!, esté se indicando que 0 ‘comprimento se situs entre 8.4795 m e 8,4805 m. Noto, entretanto, que este regra ‘se aplica somente grandezas medidas ou caleuladas a partir de grandezas medidas. ‘Se yma grendeza ¢ conhecida precisemente tal como um ndmero inteiro ou um valor ‘exato conhecido por definigéa como o valor da aceleracso da gravidede padréo — 8,806 65 mis? ~ ele entBo teré um nimero infinito de sigarismos significatives. Exemplos de nimeras reais 4500 ou 45x10" tem 2 algarismos significativos 45000 ou 4,500 0x 10° tem 0,036 ou 36x 10% tem 6 algarismos sigrificativos 2 algarismos significativos 0,003 60 ou 3,60 109 tem 3 algorismos significativos ‘Mattipicagao © DivisBo Quande duas ou mais grandezas ou quantidades so combinadas por multipl acto efou diviséo, © nimero de algarismos signiicativos do resultado deve ser igual 20 da grandeza de menor nlimero de algarismos significatives. Capitulo 2 Sistemas de Unidades ~ Conversdes de Unidedes 29 Exemplos: (7,82) x (4,988) = 94,314 16 > 34,9 a 4 7 3 (3,40x10%) x (2,438x104 / (3,421 = 2.420,760 234 > 2,42 x10° 3 ‘ a 10 3 Observagso: Os nimeros colocados abaixo dos fatores representa o niimero de ‘algarismos significativos. Adigéo © Subtracéo A regra para a adicdo © subtragio de némeros envolve @ pasigo do Ultimo al garismo significative na sama algébrics, isto é, 2 posiedo do algarismo relative 20 onto decimal. A regra é: + Quando dois ou mais nomeros so somados ou subtraides, a posigiio de ut ‘mo algarismo significative de cada nimero deve ser comparada. 0 algaris ‘mo signficativo mais & esquerda 6 a posi¢o do ultimo algarismo significative Permissivel para 8 soma ou diferenca, Nos exempios absixo, a seta (1) indica © dhimo algarismo significative de cade 4 ata eae 8} 1,0000 + 0,016 + 0,22 = 1,2360 > 1,24 og NS by) 23,258 + 15 -1,758 = 36,600 > 36 ett 4 ©} 7,852x10°~ 1,410? = (7,852 ~ 0,18)x10? = 7,672 x10 + 7,67x10 L 4 4 8) 2,78x10" + 3,500x10* = (2,75 + 0,03500)x10* = 2,785 00x10" > 2,78 x10° tog L ©} 1590,0-2,28 = 1527,75 > 1827.8 Ao arredondar os resultados acima, usou-se as seguintes regres, de acordo com 08 ‘ftérios de erredondamanto adotados pelas normas NBR 5891, ASTM 380 e ISO R370: 40 Sistemas de Unidedes - Convorsdes de Unidades ~ Capitulo 2 + Quando © primeiro algeriamo & dircite do Ultimo slgarismo significative for maior do que 5 ov 5 seguide de pelo menos um algarismo diferente de Zero, © ditime algerismo significative é erredondado para cima, ou soja Soma-se uma unidade @ ele (exemplos a e bl; e quendo for menor do que 5 terredonda-se para baixo, ou s9ja, mantém-se o ultimo algarismo signilicat vo {exempio e) = Quando o primeito slgerisme & direita do Ultimo algarismo significativo for igual a 6 ou & seguido de zeros, 0 itimo algarismo significative seré sem- re par, ou seja, se ole jé for par, permanecerd inalterado (exemplo ah; se ‘do for par é tornado par, somendo-se uma unidade a ele (exemplo e) Para focilitor a compreenséo destas regras, 0 seguinte diagrams pode ser usado: © canisme > ain Comnanar vo ou no? wee pa om = Tamenta slgerismo de] exempie © Tunisede. famenta | algariama da | Exemplo Vuniceds Consenar 2 |exempioe garam Capitulo 2 ~ Sistemas de Unidedes - Converstes de Unidades at 2.5. Algumas Grandezas da Quimica e da Engenharia Quimica Nesta spo aborderemos sspectos relacionados com as modificagSes ocorridas ‘com slgumas grendezas, tanto pelas Confederacées Gerais de Pesos © Medias (CGPM) como pela Unigo Internacional de Quimica Pura e Aplicada (UIQPA), prine! palmente sob o ponto de vista das unidades das grandezes. 2.5.1. Quantidade de matéria (N) Este grandeza, quantidade de matéria, substitui o que era enteriormente co- ahecido como mimero de moles, expresso obsoleta ¢ que néo deve ser mais usa da. Ao se prascrever que o plural do nome da unidade mo! & mols ao invés de mo- Jas, como se usava até ent, levou ss pessoas a usarem nimero de mols como sindnimo de quantidede de matéria; admero de mols é to inadequado coma mime. 10 de moles. Da mesms forma que no se usa a expresso numero de quilogramas como equivelente & massa e nem numero de metros ctibicos ou nimero de litras como equivalente a volume, néo se deve usar muimero de mols como equivalente & quantidade de matérie Uma dada massa ou um dado volume de qualquer substéncie esté sempre as: sociada(o) a diferentes niimoros extremamente grandes dae entidades que compéem fssas substéncias. Isto porque essas entidades, sejem moléculas ov dtomos, tém Imassas diferentes © ocupam volumes diferentes. Como nos interessa trabelhar com hnumeros fixos de entidades, devemos usar @ grandeza quantidade de metéria, ovis Lnidade $1 6 0 mol. Como esta grandeza nfo se refere apenas 2 moléculas, as entida- des elamentares devem sor especificadas se sé0 moléculas, tomes, elétrons, outras particulas ou agrupamentos especificados de tais particulas, Assim, podemos nos Feferir a mol de moléculss, mol de étomos, mol de fons etc., independentemente da tentidede elementar. Desta forma, 0 correto é dizer que um mol do étomo C se com bina com quatro mols do étomo H para formar um mol de CHs. No passado, pars os ‘étomos se usava a expresso obsolete Stamo-grame, da mesma forma que pare os ‘ons se usave a expressio obsoleta fon-grame, © mol, como definide na SI (ver tabela 2.3), € @ quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidedes elomentares quantes so 0s étomos contidos, fem 0,012 quilograme de carbone 12. Este nimero de étamos mencionedos na defini- anterior € igual a 6,022 14x10, a famose constente de Avogadro. Portanto, toda amostra de substéncia que contiver este niimero de entidedes teré uma quent dade de matéria igual 8 1mol. Usando-se o SI, 6 mais adequado se trabalhar com @ multiple do mol, 0 quilo- ‘mol, cujo simbolo 6 kmol. Neste caso, a constante de Avogadro correspondente 3 Tkmol 6 6,022 14x10, pois o quilomel conterd 1000 vezes mals entidades elemen- totes que 0 mol. Note que no é necessério © néo deve ser useda a expressio quilo- _gramamol e nem o sfmbolo carrespondente kgmol; ge mol é a unidade e k & 0 pretixo fequivalente a mil, © simbolo de quilomel é simplesmente kml 42 ‘Sistemas de Unidades ~ Convereées de Unidades ~ Capitulo 2 Os paises de lingua inglesa, ainda em fase de transi¢So com 0 uso do SI, ado- ‘tam 0 ibramal(simbola Ibmol) como unidade de quantidade de matéria. Por delinicéo, © libramol contém tantas entidades elementares quantos 880 os tomas contidos em 12 Ib de carbone 12. A canstente de Avogadro, neste caso, 6 igual a 459,6924 x 6,022 14x10 = 2,731 60x 10%, ‘ou seja, 0 libremol contém mais entidades elementares que o mol e, portanto, a mas £2 correspondente 6 maior. Do exposto acima, se conclui que a relacdo entre o libra mol ¢ © quilomol é 2 mesma relagdo que existe entre a libra e 0 quilograma, ov 1 tbmot 1b 0,453 6924 kmo! ou 1 kmol 0.483 5924 kg ou T kg 2,204 622 Iomot 2,204 622 Ib Observacio: © fator de converséo de libra para grama 6 exatamente 0,459 592 37 Ibikg, Como foi adotado 7 algarismos significativos nos fatores de conversio tabelados no apéndice C, 0 fator de converse foi arredondedo para 0,453 692 4 Ibkg. Exemplo 2.2. Quantidede de matéria ¢ entidades elomentares ‘Quantas entidades elementares estéo contidas em amosiras com as seguintes quan tidades de materia 2) 80,0 kmol de CH, ? b} 60,0 lomo! de He ? {c} 50,0 Mmol da ¢ ? Solupao: Usendo 0 método dos fatores de converséo visto na seo 2.4, obtemos: Capitulo 2 ~ Sistomas de Unidades — Conversies do Unidades 43 2.5.2. Massa molar (M) Come visto no iter anterior, uma dada amostra de uma substéneia de massa ‘m kg contém uma quantidade de matéria W mol. € dado o nome de massa molar (M) 4 relagdo entre essas grandezas — massa e quantidade de matéria. A massa molar de ‘qualquer substéncia {ou qualquer elemento quimico) correspande & sua massa molecular relativa fou massa atémica relative) com as unidedes respectivas de masse © quentide de de matéria, em consideraeso. Assim, por exemple, @ massa molar do carbono é 12,01 kg/kmol @ a massa molar da agua é 18,016 kg/kmal. De uma forma gersl, se 8 massa molecular relativa de uma substéncia ¢ M, entéo a cua massa molar seré ‘1 kgikmol, M gimol ou M lo‘lamol. Analogamento, so a massa atémica rolativa de um ‘elemento quimico € M, 2 sua massa molar geré M kg/kmol, M g/mol ou Mf Iba. Observacéo: Lembre-se que @ massa molar vale pare quelquer entidade elementar, soja molécula ou dtomo. De acordo com 0 recomendado pela Unido Internacional de Quimica Pura @ Aplicads (UIQPA), essa grandeza massa molar deve ser usada em substituigio Bos {ermos obsoletos — étomo-grama, molécuta-grama (ou mol), paso-férmule ou formu- a-grama — usados para se referir 3 massa {em gramas) de um mol de entidades. ‘As grandezas massa atémice @ massa moleculer (os termos peso atémico © peso molecular deve ser evitados), como os prdptios nomes dizem, se referem & massa do um tomo (de um dado elemento) © A massa de uma molécula (de uma dada substéncia). Como essas massas so muito pequenas, as quimices eriaram as massas atémicas relativas, tomando como base o carhono, » introduziram a unidade (unificada} de massa atémica (simbolo u) como sendo a massa de 1/12 do étomo de ‘earbono 12, Nos céloulos da engenharia quimica, como ¢ conveniente trabalhar constante- mente com unidades de grandezas, a massa molar é 9 grandeza recomendada pare relacionar a massa com a quantidade de matéria, O apéndice D traz as massas mola res dos elementos quimicos, tee Exemplo 2.3. Uso da massa molar Caleule » quantidade de matéria equivalent 450 kg de équa. Solugso: Como massa molar da que 6 aproximadamente 18 kg/kmol, poderos escrever: soo Tars | 25 kmol de dgua aa “Sistemes de Unidades ~ Conversdes de Unidades ~ Ceptulo 2 2.5.3. Massa especifica * (p) © volume especttico (v) ‘Uma dade emostra de ums substincia de massa m kg ocupa um volume V m*. A ‘elago massa por volume tem 0 nome de massa espectfica e e relago volume por massa temo nome de volume especilico e, obviamente, uma grandeza é a inversa de outr. Grande Dainese Uniddes SL Tiassa espectice massa / volume. giro Volume especifica [v= volume | massa meikg | |A massa especifica & meis usual na engenharia e tem como simbolo a letre grege _p iproncincia ré). Alguns autores sinda usam indevidemente o termo densidade para & felagBo massa por volume. Densidade é a relago entre as masses especificas de duas Substéncias, uma deles tomada como padréo. No préximo capitulo, essa grandeza den- Sidade ser8 discutida em mais detalhe, pare o caso de liquidos e de gases. ‘0 volume especifico {vj é mais usual na termodingmica. Como 0 volume & depen: dente da temperatura e pressso, a massa espectica e 0 volume especiico também seréo. Exemplo 2.4. Massa especiica e volume especifico Sabendo-se que @ 20°C # pressio atmostérica a massa de 998,204 kg de égua ocups © volume de 1 m!, calcula a massa especifica 6 o volume especifico da qua nestes condicves. ove (E8294) 000.208 eg? 1m? 1000 £° ove [seazoa) “Si ) 10079" 2.5.4. Volume molar (Vx) Uma dade amostra de uma substéncia ooupa um volume V e possui uma certa quantidade de matéria WA relago entre o volume a quantidade de matéria equi- valente da substéncia tem 0 nome de volume molar (Vo Esta grandezs, embora possa ser aplicada para lIquidos @ gases, ela é mais Usual e conhecida para os gases, onde condigdes padrio de temperatura © presséo © De acordo com & Nowe ISO 81, o adstive “resco” ou “espectin” ¢ ediclonado 20 nome do ume sso grandeza pl mate, £ ecomendedo usar masse vlumétics| edolamos masse eepecic poi ete 6 0 grandess pore inieae © qcienia Irnsse por volume! ao ives de ragsn especie. No ent Terme edtada na Resolugao CONMETRO 12/86. CCoplulo 2 ~ Sistomas de Unidedes ~ Conversbes de Unidades 45 s80 usedas pore definiio. No capitulo 3, voltaremos a abordar esta grandeza com mais devalhes. Exemplo 2.8. Uso do volume molar 50 0 volume especitico da agua a 20°C e press atmostériea 6 1,001 77 fkg, cal= joule o volume molar da Sgua nestas mesmas condigdes. Solugéo: ‘yf ) py {228770)1801849) 5.048 emo kg || tkmol 2.5.5. Vazo ou taxa’ de escoamento 0s processos continuos envolvem 0 escosmento de material de um ponto para ‘outro, entre unidades de processo ou entre um processo @ tanques de ermazenamen- toe vice-versa. A taxa na qual uma quantidade de material 6 tansportada através de uma tubulagdo de proceso ¢ a taxa de escoamento ou vazio do material, ou seja, uma quantidade por unidade de tempo. A quentidade da uma corrente de process que ¢ transportada ou escoada através da tubulacdo pode ser expressa em volume, massa ou quantidade de matéria, dando origem @ vazdo volumétrice (volume por tempol, 8 vazde massica (massa par tempo) ou 8 vazéo de quantidade de matéria ou ‘molar (quantidede de matéria por tempo). Emibora, © terme taxe possa ser vsedo, 0 termo vazio é mais usual ne engenharia quimica ‘Na tabela do Quadro Geral de Unidades de Medida publicado pelo INMETRO, {que relaciona as unidades derivedes compreendidas no SI, consta apenas a grandeza var#o, que cortesponde unicamente ao que chamamos de vazio volumétrica. No- nhuma referéncie 6 feita na referida tabele para a taxe ov vazd0 de quantidade de ‘atéria, usual na engenharis quimica. Quanto & taxa de transporte de massa, com Uunidedes de kg/s, 2 tabela denomina esta grandeza como fluxe de massa, No entan to, na engenharie quimica, 6 tradicional usar o terma taxe como definido no parégrafo acima @ 9 termo fluxe, como veremos ns sees seguinte, como a re2do entre a taxa © 8 Grea da segdo transverse! ao escoamento do material, Neste livro, preferimos néo tadotar os termos constantes na mencionada tabele, Considere um fiuido (gs ou liquide} escoande em uma tubvleréo de secdo ‘ransversal constente, como mostrade na figura 2.1, ande a area de elipse represente 8 se¢0 perpendicular & dirego do escoamento (sero trensversal). "Por dais, ta 6 ano entre as vrogbe lo duns grandezas, dae qui pine ‘fenders independent &norvairenteo tombs. 48. Se @ vazdo volumétrica do fluido na dada seg8o transversal & @ m/s, havers ua correspondente asso méssica w kels © uno vazéo molar kmolseacoando a jes nao 8% ‘estdo relacionadas entre si tubulagdo, Estas vazées no so Independentes, pois través das respectivas massa especifica, p kg/m, mossa molar, M kg/kmol ou © Volume molar, Va mi/kmal, do fluide em consideracéo. ants > hale > akmels Figure 2.1, Conceito de vazio w (kale) = @ (en*/s) x p tkgim’) £4.27 1a (kmolis) = 9 (o/s} Vn (mmo) Eq. 2.83 fn tkmalis) = w tkg/s) M (ker) Eq. 2.86 Exemplo 2.6. Relagdo entre vazbes Agus » 20 escoa em ums tublagdo com #vertovolamétics de 100.0 mh, cak cule as suas vazées massica © molar Solupéo, 198,204 kgien® Do exompla 2.4 torn0s ave! Pas Loge 100.0 m* \/ 998204 k3_) _ 99 70,4 kg/h = 99,82 Ma/h W14 Page = [ODE | SB8zHG) n= w/t = (99.620,4k9 (1/18 02kakrmoh = 6 639,+hmol/h = 554 Molin Capitulo 2 ~ Sistomas de Unidedes a7 2.5.6. Fluxo de material Na engenharia quimica, € comum expressar as vazdes (ou taxas de escos- mento) por unidade de érea perpendicular a0 escoamento. A esse razio so dé o nome de fluxo. Assim, teremos 0 fluxo volumétrica, flaxo méssico e fluxo molar do ‘ido. Fluxo = Taxa ou vara por érea transversal vazio volumétrica _ gmi/s Fluxo volumétrica aE sums E92 ‘rea transversal Am? bee © fluxo volumétrico corresponde & velocidade média (u) de escoemento do flu do na tubulagéo. vezéoméssica _ who's Fluxo méssico nites rea transversal Am? Gkgilsm®) 9.2.10 Por analogia 20 fluxo volumétrico (velocidade), se usa também o nome de velo- cidade méssica do fluido (@). veeSomolar__akmol's Great Fluxo molar = OS Gy kmolitsen?) £2.11 neversal Am Analogamente, poder-sela chamar @ fluxo molar de velocidade molar (Gq), em: bora néo seja usual Quando se estiver tratando de energia, teremes o fluxo de energia, que corres- onde @ taxa de energia dividida pela drea de troca de energis, que terd as unidades: se Jits.m") ou W/ mt {ver tebela 2.5}, oe Exemplo 2.7. Relagio entre os fluxos de material Se no exemplo 2.6 @ area transversal da tubvlaglo for 0,020 m*, ealcule os fluxos: Vvolumétrico (velocidade media}, méssico e molar da corrente de dgua. Solueso; 4 100m*/h_5000m/_h A” 0020m? fh | 3600s, J 1amis y 4s ‘Sstemas de Uneedes~ Convers0es do Uniieies ~ Copia 2 Capitulo 2- Sistemas de Unidades — Converts de Undades i As unidades de temperatura termotingica boseedss nas esceles anterin w (998204 kg)(_h_)f_1 t= mt a aera ont (2982088) on lek Jas 386 koje?) =4Mgriesm) so 2 unidade kelvin (simbolo K.—~ sem o simbolo de grou *) 8 unidaée rantine ( i tsmsoloR. Arnbos 98 empereturae soo dfinioe em luneao do vole da tempts zero absolut. A temperature kelvin & beseada no esol grave Celsius, 9 ee, Use 9 fey ait spotty) 0 hod ‘reer divego centesins, enmuanto 2 tomperatrerarkie 6 based he ests grass 2.8.7. Temperatura (T) E uma medida quantitative do grau de aquecimanto de um ambiente, de uma substéncia ete. Esse grau de aquecimento é determinado indiretamente pela medic’o de alguma propriedade fisica de uma substéncia, cujo valor depende de temperatura dde uma maneita conhecida. forma mais conhecida usa o principio da dilatagao de tum volume de uma massa fixa de um tluido, dito tetmométrico (normalmente o me Ure}, encepsuiade em um bulbo de video, Entre outros tipos usados industrialmente, tite-se 0 termOmetro de resisténeia (baseado na alteragSo de resisténcia elétrica de lum cendutor com 8 temperatural, o termopar {basesdo na geragao de ume diferenca de tenséo criada pela jung de dois mevsis diferentes em fungSo da temperatural © 0 pirémetro {besesdo na emisséo de energla raciante de um dado material quando ex- posto a alta tempercture). A temperatura usada no die-a-dia é medida através de es- ‘alas relatives baseadas 6m pontos fixados arbitrariamente. Os pontos ususis sé0 0 onto de fusio do gelo ¢ 0 ponto de ebulgso da dgua, ne pressio de 1 atmostera, Soe Queis 20 atribuidos determinados valores de ecordo com a escala. A escala Col sids e a escala Fahrenheit sio baseadas nos mesmos pontos, mas @ eles so atribut dos valores diferentes. To-plz + No escela Celsius, 0 intrvalo entre as valores dos pon- 10s fixos 0 @ 100 6 dividido em 100 espagos igual THEI Na escola Fahrenheit, 0 intervalo entre os velores dos pontos fixos 92 @ 212 6 dividido em 180 espacos iguais. ols ‘A conversio entre as escalas é facilmente realizada usando-se a regra das pro- porgées relatives 20 comprimento percorrido pelo fluide termométrico no bulbo de video: T2C-0 700-0 Ter 32 | TC _T°F=-32 . pag TF -32 72-32" “100 180 we Eq. 2.12 ura zero absolute correspande a: OK =0R =-27315°C =-459,67°F Fg. 2.13 A relagdo entre estes diversas oscalas de temperatura 6 dada pelos equacdes absixo TOF =18T °C 432 TUR © 187 K ~ 45967 TK =7°C 427318 TR =T°F + 459,67 TR =187K TR = 187°C 449167 Eq. 2.14 No desenvolvimento das equarbes acima usou-se 0 fato de a variacéo de 100°C ser igual & variagio de 180°F, ou soja: ATOO"C = ATBO°F, au A°C = 1.8 A°F. Identidedes semeihantes podem ser obtidas entre as demels ascales de temperature, como mostrado a seguir: AC = 1,8. ak = arc AK = 1,8.0°F AC = 1,848 Eq. 2.18, Note que estas relacies 2.15 no so equacdes e sim identidades ou fatores de eonversio de diferenga de temperaturas, onde o A representa a diferenca e ndo 0 simbolo de nenhuma grandeza. Na engenharia quimica, as grendezas que envolvem a lwensferéncia de calor s8o basaadas ne diferenga de temperaturas. No entanto, 20 se escteverem as unidedes, o simbolo 4 nao ¢ escrito normalmente. Pertento, quendo se fizer @ converséo de unidades, deve-se levar isto em conta, pois esté implicito no uso dos unidades da grandeza que se esté lidando com e diferenga de temperaturas eo Invés da temperatura ee Exomplo 2.8, Relago entre temperaturas ‘A temperatura estimade na supericiedo Sol de 10 500 R. Coloule 0 velorem graus Celsius. Solueso: rm _ poe LR=49167 _ 10500-49167 18 Aer vere +49167 560°C 50 ‘Sistemas de Unidades ~ Conversées de Unidades ~ Capitulo 2 Exemplo 2.9, Relagdo entre variagdes de temperatura [Em um determinado dia, a temperatura variou de 18°C a 33°C. De quanto foi esta variagéo na escala Fahrenhelt? Solugéo: Veriagdo da temperature: 33 - 18 = 15°C Fa 1sec{ 885) are ae aoe Note que no exemplo 2.9 foi usado o fator de converséo correspondente & va- tiag6o de temperatura. No entanto, no exemplo 2.8 fol usada a equacio de conversio de escolas de temperatura. A no observacso desta dlferenca entre as aplicagées ¢ ‘causa de erro ao se fezerem conversbes de unidades. Na se¢do 2.6.2.1, mostramos através do exemplo 2.24 0 use dos fatores de converséo e de equacio. 2.5.8. Pressao (p) 2.5.8.1. Pressio de fluido e pressao hidrostética [A prossBo 6 4 raz50 entre 2 forga @ 8 érea sobre a quel s forga atua. Conse- quentemente, as unidades de presséo so as unidades de forga divigidas poles unida- des de rea, ou see: 7 FI Eq. 2.16 & otf a S00 sistema de unidedas& 0 ebsluto come 0 I, ve: FE _ fF] _ Ino) _ mut? en Pa Ta £9,217 NoSt:[p]=kg-m.s? =N-m? =Pa Seen F poflat ao Phe 218 No MKK,S:[p]=kaf/m? e no FPP,S:[9]=Ibf/it” LUsualmente, nestes sistemas de ongenharia 2 unidade de érea & 0 om (in? no sis: toma inglés) ©, 28 unidades de presséo equivalentes $80 kgtlom’ e Ibin (normaimente ey J=] 222] = tes imikgt Eg, 2.44 fe | kgm? kal sh ).[sh]__ msm _mtgt Loe fe fe) kgs igh KD Exemplo 2.16. Energia potencial Um corpo esta situado 2 60,0 m de altura em um local onde g = 9,60 mis*. Caloule a sua energia potencial especifica, no SI.¢ no sistema MKS. Solugéo: Captule 2 Sistemas do Unidedes ~ Conversbes de Unidades or 2.6.11.2. Energia cinética (E.) E a energia associada & velocidade (u) de um corpo (ou de um sistema) em re lage 2 um ponto de referéncia. Usando o SI, a energia cinética 6 calculade por: J eq. 2.48 [7 kom Eq. 2.44 Usende o sistema de sngenharia, analogamente @ energia potencial, encontra- Co mekgf 9. 2.45 2a. | kgm-8 ow ms mkt g > b,)-|4]- 9. 2.46 Fal igo? koh? Ka Exemplo 2.17. Energia cinética Um dado fluido escoa om uma tubulacéo na velocidade de 20,0 mis. Calcule @ sua energia cinética espacifica no SI e no sistema MKK%S. Solupdo: (200 mis? aa 200 /kg F200 mF 00.4 m- kot ke 2a. (Gauan) kat e2 ‘Sistemas de Unidedes - Conversdes de Unidades ~ Capituls 2 Coptule 2 ~ Sistemas de Unidedes ~ Conversées de Unidedes 63 2.8.1.3. Energia de pressao (E,,) 0 produto pV Ipresséo x volume) 6 um termo presente nos balangos de encrgia fem sistemas abertos @ também conhecide como energia de presséo. Este produto ‘também aparece na conhecida lel dos gases idesis [pV=nRT. Usando o SI, vem: Vv lege] toe mt akg mes 4.2.47 pe eee Eq. 2.48 mp No caso de usar 9 sistema de engenhera, encontremos: mm? SAE a kgt Eq. 2.49 tom kam? s?-kot_m-kst gg 9.59 ms? kg kgm kg Exemplo 2.18. Energia de pressBo Qual a energia de presséo especitics de um tluido (p = 800 kgim*) ermazenado & presséo absolute de 400 kPa, expressa no SI e no sistema MKKiS? Solucéo: p_400x10° Pa _ 600 Pa-m® = 500 Jka P 800 kai: 9 fa zz 80010" P8540 m- kat ko $= (200 kg/m? 981 k8- kof 2.5.12, Energia térmica ou calor (Q) Diferentemente das 1rés formas de energia anteriores, a energia térmica no lesté sssociada com a massa de um sistema ou de um corpo, ou seja, ela néo aumen ta ou diminui de acordo com a massa do sistema, uma ver que ela no pade ser ar mazenads. Ela 6 uma forma de energia que s6 existe quando ¢ transferida de um cor o pare outro (ou de um sistema para a vizinhaneal devide unicamente & diterenga de ‘temperaturas existente entre eles. Por asta razio, néo podemos ter a energia térmica ‘specifica, & semelhanga da energia cinética aspecttica e da energia potencial espect fice Antes de 0 calor ser considerado uma forma de energia, @s teorias, hoje con- sideradas erroneas, loveram 2 oriaggo de uma unidade para o calor, conhecida como a calorie, que foi definida como @ quantidade de calor que deve ser transferi a 2 um grama de équa para elevar a sua temperatura de 1 grau Colsius sab pres. so normal. Analogamente, a unidade térmica briténica, ou seja, a British thermal unit ou btu foi definida como a quantidade de calor que dove ser transferida a um linra de Sgua para elevar a sua temperatura de 1 grau Fabronheit sob press nor mal. Além da impreciséo da sua medida, © fato do valor da unidade depender da faixa de temperatura escolhida, mais de’ um tipo de caloria fou btu) foi usado no passado, © que fez gerar muita confusio, Este dificuldade foi evitada pelo reconhe- cimento da caloria como unidade de energia e definindoa em funeao de outra uni date de energia, como 0 joule, para © qual 6 dispenivel um padrio mais preciso. ‘Assim, dois tipos de caloria 880 hoje encontrados: a calorie que & a base da Tabela Internacional de vapor de agua, 2 caloria T.1. (equivalente # 4,1868 J) e @ usads nas tabolas de propriedades termodindmicas das substéncias, 9 caloria terrmoaut mica (equivalente a 4,184 J) Na dofiniego de caloria estabelecida acime esté embutida uma grandeze cujo nome 4 capacidade térmica ou cepacidade calorific. A definicdo correta desta gran: deza 6 a variacéo de entalpia que solee uma determinada substéncia, @ pressio cons- tante, quando corre uma determinada veriagio de temperatura, como ser visto no capitulo 5. No entanto, de acorda com @ canceito antiga, pedemos escrever que @ capacidade térmica a pressdo constante, Cp é Ic} [energia térmica] [temperatura] Eq. 2.618 © termo capacidade térmica especifica’® & empregado para designar a capacidade térmica dividida pela massa da substéncia, com o simbolo G3: leneroia térmica] foo © [l* Frassellatemperua) a, 2616 Muitas vezes, a cepacidade térmica é definida em funcie da quantidade de ma- ‘ria 20 invés da masse; nestes casos, ela 6 chamada de capacidade térmica molar com © simbolo ey eneraia térmice) [evantidede de materia) [wtemperature] Eq. 2.616 "0 erm calor espoctica omoregado pata este grandeze nfo deve ser mais ured 6s _____Sisternae de Unidades ~ Convoredes de Unidades ~ Capitulo 2 Como na definieio de caloria, a égua foi tomada como substncia padtio, a capacidade térmica especifice da égue pure ¢ igual @ 1,0 call(g.°C) ou 1 keal/{ka.°C) Da mesma forma, nas unidedes inglesas, a capacidade térmica especitica da Squa pura ¢ igual 8 1,0 btullb.°F. Portanto, podemos escrever: 1Wkeal_ 10 btu _ 4,1868KI kar Eq. 2.62 kg°G BF Exemplo 2.19. Fator de conversso ‘Ache 0 fator de converséo de kcal/kg para btullb, @ pertir dos fatores de conversio da equapio 2.52. Solueao. WOkoal btu _ 1Okeal_4Obtu°C _YObtu °C/184°F)_ 1ebtU ko"C GF ‘ob OF FL ae) No balango de energia aplicado aos processos continuos, que veremos no capf- tulo 5, a0 iavés do energia ¢ utizada @ faxa de energia transferida entre o sistema e ‘2 visinhancas; ou soja, as formas de energia estudades nos itens 2.8.11 © 2.5.12 serio expresses como taxa de eneigia que é @ energia transferida por uniade de ‘tempo, com 28 unidades no SI iguais @ joule por segundo (J/s) ou watt (W). Nos pro: cossos industrisis a taxa de energia térmica ou taxa de calor transferida entre o sis ‘tema © as vizinhangas ¢ muito conhecida como a carga térmica do processo. ‘Como veremas no capitule 6, 0 trabalho também & uma forma de energia e, fos processes continuos, o trabalho desenvolvido por unidade de tempo é mais co- 'nhecido como poténcia, com es masmas unidades SI de taxa de energia. Conhecendo-se @ energia especifica e a vazo massica de um fluido em escoa- ‘mento, 2 texa de energie 2 ele associads 6 faciimente caleulada por: Taxa de energia = energie especitica x vazso massica ais kg ols Exemplo 2.20. Taxas de en Caleular as taxas de energia associadas aos fluidos dos exemplos 2.17 @ 2.18, su- onde que 2 vaz8e méssica dos fluidos seja de 10,0 kgis. Solucdo: Do exemplo 2.17: e, = 200 J/kg; do exemplo 2.18: 6,, = 500 kg Cepitulo 2 ~ Sistomes de Unidedes ~ Canversées de Unidedes 65 Ee. 200 3 109 wg |e a (S52 /22)-s moss -so10/ Wg [os tee 2.6. Conversao de Unidades entre o SI e outros Sistemas € ume terefa bestante comum na engenharia a conversée de ume dada grende- 2a de um sistema de unidades para outro, como, por exemplo, do sistema de enge- nharia ou do sistema inglés para o SI. Em outras situecdes, uma dada equecko ¢ dis- onivel pera um certo conjunto de unidades, © desejamos que ela possa ser usada com a3 grandezes no SI. Veremos, para ambos os casos, como isto pode ser feito usando a metodologia do fator de conversio analisada ne seco 2.3, No apéndice C, duas tabelas de fatores de conversao de unidades so dispo- riveis. A tabele C.1 mostra, pare grandezas usuals em engenharia quimica, os fato- ras de conversio que permitem converter unidades de outros sistemes para o SI, lassificados por suas dimensOes. A tabsla C.2 mostra fatores de converséo de diversas unidades entre si, em ordem alfabética, Em ambes 3 tabelas adotamos ppara #8 unidades inglesas os mesmos s{mbolos em que as unidades so conhecidas ‘nos livros @ tabelas americanas. Por exemplo, ft (foot) ao invés de pé, in tinch) 20 invés de pol. O fator de conversso & sempre um nimero com 7 algerismos significa tivos seguidos do cédigo E, que er notacgo cientifica equivale & poténcia de 10. Por exemplo: 1,198 264 E+02 = 1,198 264 x 107 Em eélcuios de engenharia, em que no & necessério se trabalhar com tantos ‘lgorismos, € recomendével usar valores srredendados, Para controlar @ preciséo des resultados, as seguintes regras devem ser usadas 1) © volor do fator de converséo extraido da tabela deveré ser arredondado com um nGmero de algarismos significatives igual a0 do valor inicial @ ser convertida mais um 2) © resultado da operag8o serd arredondado para 0 mesmo nimero de alge: rismos significativos que 0 valor inicial 2.6.1. Conversao de valores de grandezas Suponhanos que 80 desis converter a uidedes do grandera viscosidade di nari Joss tis pa 0 S10 aoe stuns oar ralph vl oo bronze no undedos conned plo tre de converst coreapandenos, sa gue se chegue as novas unidades. te tee 66 ‘Sistemas de Unidades ~ Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 Exemplo 2.21. Conversto de unidades de viscosidade Se a viscosidede de um fluido € = 300 IbjFt.h), caleule 0 valor equivalents nas Unidades SI ‘Solugao: Inicialmente obtemos no epéndice C os fatores de conversiio com 4 algarismos signifieativos, j4 que 0 valor conhecido tem 3 algarismos significativos. TIh=04556kq 1 f= 0,9048m 1h = 3600s 0.4596 kg) __ft_|_h_) 947419. 0,124 Po-s=124 mPa-s Ga048m| 36008 | me © resultado deveré ser expresso com o mesmo nimero de algarismos signiicativos que a valor exginel 2.6.2. Conversdo de equagées 2.6.2.1. Consisténcla e homogeneidade dimensional ‘Antes de se mostrar © metodologia para se converter unidades de equagées, ‘que no tem procedimento igual 20 caso de conversio de grandezas, é necessério algune comentérios sobre a consisténcia das dimensées. ‘Como foi visto no infolo do capitulo, a ragra pers se operar com unidades & bastante simples, basta treté-las como se fossem simbolos algébricos. Foi comen- tedo que 86 se pode somer masse com massa e comprimento com comprimento, A operagio: 3 kg + 5 m no & possivel porque as dimensGes dos dois termos so diferentes, ou seje, nBo hé consisténcia entre as dimensées. No entento, 9 operaeso hhumérica: 8 kg + 6 Ib pode ser efetuada, porque as dimensBes so as mesmas, des {de que 86 converta a unidade de um dos termas para a unidade do utr. ‘Analogamente, uma equagéo tem que ser dimensionsimente homogénes @ con- sistente, ov seja, ambos o8 lados da equagso devern ter as mesmas dimensoes © Lnidades. Se a equagdo possui grandezas sendo somadas algebricamente, elas deve tor as mesmas dimensBes e unidades. Vamos considerar @ equagéo oriunda da fisia, aplicada ao movimento retilineo uniforma {m.r.u.) lenis} = uglni's)+ glen! 571148) Eq. 2.53 Esta equagio é dimensionsimente homogénea © consistente, pois ambos 08 Ia {dos da equago © 08 termos somados no lado cireito tém es mesmas dimensées — LIT — @ as mesmas unidades — mis Coptule 2 Sistemes de Unidedes ~ Convers6es de Unidodes a ‘Se uma equacfo 4 dimensionalmente homogénea, mas os termos que se so- mam algebricamente tém unidades inconsistentes, a equacdo pode se torner consis: tento se aplicarmos os fatores de converséo apropriados. Por exemplo, suponha que nna aquaco acima se deseja utlizar 0 tempo com a unidade minuto, mantendo-se as unidades dos demais termos. A equa vélida para este caso é: ulmi j(m/'s)+60 g ini s?)e(min} Fa. 2.54 A constante 60 que aparece na equagso 6 0 fator de converséo 60 simin. Com ‘este fator, 08 termos passam a ter as mesmas unidedes para que possam ser soma- dos, 0 que toma @ equagso consistente. Exemplo 2.22. Consistancia e homogensidade dimensional ‘A equago de Van der Weal, que 6 a equacdo mais simples para descrever o com- portamento dos gases reais, 6 be 48} Quais as dimenstes das constantes © b? ) Gusis as unidades das constantes 2 @ b se for usado o SI? Solugor Pra que a equacéo seja dimensionalmente homogénea, as dimensies des constantes, devern ser: elvan} Bol fis] = fe] yn? - bal-Lem] Pra que a equa¢io seja dimensionslmente consistente, as unidades SI das constan- tos dover ser: i "a-mé/kmoP ov =m'fkmot ou [bl e}=Po-m*/ ko? Algumas vezes, na engenharia quimica, nos deparamos com equagées nas uals aparecem expoentes — como 0,8 em x"? — @ fungdes transcendentais — ‘como log, In, exp (=e), tg. Tanto as funedes exponenciais e as trenscendentais, bem como 08 expoentes e 08 argumentos das funcées transcendentais so nimeros edi ‘mensionais, pois no hé sentido prético em, par exemplo: 294 ag(tOkgh tgI25s) 68 ‘Sistemas de Unidades - Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 Pore que estas quantidades tenham sentido, constante 0,8 no exposnte do ni mero 2 deve ter @ unidade Im") ¢ as constantes 10 © 25 dos argumentos des Tuncdes, transcendentais devem ter, respectivamente, as unidades (kg) e [s'), para que os ‘expoentes ¢ 08 argumentos das fungSes transcendentsis sejam adimensionsis. Exemplo 2.23. Consisténcia dimensional lei de Arrehnius usada no estude da cinétics das reagdes quimices estabelece que: k= ke a quel: k = constante cinética, kmoli(s.m’) R = constante dos gases ideais, kJ/(kmol.K) T = temperatura, K unis s80.a8 unidedes do fator de freqléncia ky da energla de ativagio da reagio E,? Solupao: Uma vez que a fungo exponencial — — & adimensional, para que a funcéo seja dimensionsimente homegénes e consistente, k, deve ter as mesmas unidades de k, isto 6, kmoli(s.m°), Além disso, 0 argumento de ¢ deve ser adimensional, logo é E]an e legle fare HK = kak [lo ellen tee comum na engenheria quimica lidarmos com equagées empticas determine: des experimentalmente, em que aparece uma constante, gerelmente dimensional, que correlaciona as diversas varidveis envolvidas, As unidades dessa constante s80 ne~ cessérias para tornar @ equagio homogénea. Por exemplo, 8 equago que permite Celoular 0 coeticiente de pelicula de transferéncia de calor para uma corrente gasose ‘em escoamento turbulento pode ser expressa por: Eg. 2.55, onde «1 a constante dimensional, cujo valor dependeré do sistema de unidedes usedo. E sempre desejével converter as unidedes da equacio para que ola possa sor sede com um nove conjunta de unidades, principalmente quando a equacéo esté disponivel no sistema inglés e queromos usar o Sl, por exemplo. Veros usar trés procedimentos pare fazer esta converséo. No entanto, os estudantes so tentados 3 Capitulo 2 ~ Sistomas de Unidedes ~ Conversées de Unidades Hit 69 Lsar 0 mesmo procedimento usado para converse dos valores numéricos de grande. 23s, 0 que 6 errado, Exemplo 2.24. Conver de unidades de equacso Obter a equagdo 2.54 2 partir da equarso 2.53. Solupéo: A equacée 2.83 6 vélida para: ulm/s}= uglrn/s}+ glm/s?}4s) ‘Se 0 objetivo 6 que a equaréo possa ser usada para ¢ am minutos, vamos usar 0 proved ‘mento errado, que 6 usar 0 fator de convarsio min/60 s diretamente na equate 2.63. glen) s?)etmin) nen} = ugtn/s)+ sn!) ZS 2. u/s) = uate} + Eq. 2.56 Vamos verifcar a validade da equacso obtida (2.56) @ comparer com 9 equacéo véli- da (2.53), Siu = Ome 1 = 100m on cxunio 259: = 0 (0mi1008) cao 289: =o +{ S22) (222%) ann) eo0 me Aorist) Equacio 2.56: u=0 + Loris Mimi) an G0simin 0,186 m-min*/s* (77) Donde se conclui que 0 procedimento usado para a convers8o des unidades de grande 208 nde se aplice para a conversie de unidades de equagées. Fica como exercicio acher ’ equaeéo 2.54, usando um dos procedimentos deseritos no exemplo 2.24, Exemplo 2.25. Converetio de unidades de equapso Com relagso 8 equago 2.55, relativa 20 coeficlente de pelicula, suponhemos que 2 equacdo € conhecida para o sistema inglés © se deseja transformé-la para o Sl. Na equacdo, os simbolos tém os seguintes significados e unidades: 1 = coeficiente de pelicula, btu/th-t® °F) 20 ‘Sistemas de Unidedes ~ Conversdes de Unidades ~ Capitulo 2 ep = eapacidade térmica especifice, btu/llb.°F) G = velocidade méstica, Ibis) D = diémetro interna da tubulae & = constante = 16,6 (relative ao conjunto de unidades scima) Converter a equagéo pare que possa ser usada nes unidades SI sbaixo: ‘hem Wilmn?.K) = Jils.m?.K) gem Jitkg.K) em kgits.m* D em mm Solugao: Vamos usar 08 3 procedimentos mencionados, comecando pelo recomendedo. Procedlimento I: Tratar cada veriével da equac#o como um valor numérico, igualando 6 valor das variéveis escritas nas duas unidades (atual e futural, converter as unida dos para que elas fiquem iguais em ambos os lados da igualdade, achar @ equagio de conversa de variével entre as dues unidades ¢ substitur na equacéio original Iniciimente, achamos no apéndice C os fatores de conversdo de cade variével, com 4 ‘lgerismmos signiicatives, j8 que a 6 conhecide com 3 algarismas significativos (16,6). 1 ibyts.fe?) = 4,882 kgifs.m') Vin = 25,40%mm 1 btulth.ft25F) = 8,678 Wiimn?.K) 1 btulll.F) = 4186,8*Js(kg.K) * conversto oxata bw. (aun 100) ett? mm? -K| 5,678 Wim? -K) bu ge 3 [_tow/00er ) m= n'19078 gla { tier a ai?” Sm?| 4.882kg ism") tin) Din= dim ==). p= 01/2540 7eaomm) Quando escrevemas, por exemplo: h = h'6,678, estamos cizendo que um dado valor do coefisiente de pelicula # nas unidades ingleses equivala a un outro valor h’ nas unidades SI @ a relagéo entre sles 6 dada pela formula acima, fn = h'/5,678. ‘Substituindo estas expressées na equagdo original, encontramos: | | | | sntulo 2 ~ Sistemas do Unidede: += Conversbas de Unidedes n 14g, g 4 186,86 14,882" sere '* (or25,407" (5,678)(16,69(25,40)%* (6186, 814,882" a =0,012 12 12,1% 107 Procedimento It: Deduzir 0s unidedes da constente numérica e converté-las, usendo 0 procedimento pare converséo de valores. de grandezas. O corjunto de unidades &

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