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PITOTOIRIVADG Titus Roos indice A Navegagio Aérea.. A Terra e seu gradeado . Qperagées angulares...... Posigéio, Dirego ¢ Distincia Ortodromia e Loxodromia Projegdes . Proa, Rumo e Rota.. Magnetismo terrestre...., Pé-de-galinha .. Instrumentos da aeronave Estudo do Tempo.. Perfil de subida e descida Regime de cruzeiro. Computador de Véo ... Exercicios no Computador de Vao Provas de Navegac3o Gabarito das proves. SolugSo da parte pratica das provas 16 a 20. Introducao 4 Navegacao Rédio Abreviaturas e siglas usadas . Cartas Aeronduticas .. Cartas WAC para utilizar nas provas. —__emm: As cartas ¢ dados utilizades nas provas deste livro bh averso ser ulllizados em véos reais, pols para isto devem ser utilizadas prestagda de pravas junto 4 ANAC (Agéncia Nacional de Aviacdo Civil}. Este livro esta de acordo com o praqrama da ANAC wy ANavegacao Aérea INTRODUCAO Desde os principios da civilizag8o, 0 homem tem procurado solucionar pro- blemas de deslocamento entre dois pontos ¢, para obter sucesso, utiliza- ve normalmente refe- réncias tais como rios, cérregos, drvores, pedras, montanhas, cavernas e outras que permitiam-Ihe erriscar, grada vemente, explo- ragbes da regiso que o circunda- va. Nascia as- sim 0 primeiro navegador da humanidade. Posteriormente observou que os astros da abéboda ce- leste (princi- palmente o Sol), poderiam ser Utels na de- terminagao da direcao a seguir @ até na estimativa de posi- 20 geografica acupada, originando 0 Proceso ce navegagao conhecido como celestial. © homem continuou evoluinds e gra- gas 8 sua inteligéncia, iniciou a constru- So de maquines para se deslocar, in- ventou instrumentos, estudo a Terra e a atmosferg, crlou sistemas pate facilité- lo nestas tarefas expedicionarias, espe cificou padrdes e ete. Surgem processos sofisticados que visam a perfeicao @, evi- dente, minimizam cada vez mais 0 es- forgo mental e fisico do navegador. No entanto, se nos detivermos 2 ume andlise, verificames que avs navegado- res da antiguidace e aos atuals, os ele- mentos basicos que procuravam deter- minar em qualquer ceslocamento per- manecem os mesmos. © importante & descobrir constantemente o local ocupa- do em relagio & superficie terrestre como se dirigir a outro ponto. NAVEGAR E: LOCALIZAR E ORIENTAR 7 NAVEGACAO AEREA A palavra navegecdo € de origem lati- na, “navis” que significa embarcaco, e “agere” que significa locomover-se. Poderiamos definir navegagao aérea como sendo a ciéncia que possibilita a um navegador eenduzir uma aerenaye no espace, levando-a de um ponto a Implicitamente verificamos que, pela definicée, neveger implica em de~ terminar constantemente dats elemen- tos fundamentais, quais sejam: LOCA- LIZACKO e ORTENTACAO. PROCESSOS DE NAVEGACAO. Para determinag&o dos dois elementos basicos: posicéo em relacéo a superficie letresire e direcdo a segulr, o navega- dor poderd se valer de diversos meios ou processos, a saber: a) Navegace Visual, por Contato ou Praticagem (figura abaixo) E aquele em que se utiliza referéncias vie siveis na superficie terrestre, tais como estradas de ferro, de rocagem, lagos, rics, montanhas, ilhas, cidades, vilas, ete. Eo mais utllizado pelos principiantes da avi- aco © se caracterize principalmente por no ser necessarlo 0 uso de instrumen- tos de bordo ne desiocamento. Na navegagao visual os pontos de destaque na superficie terrestre loca- lizam ¢ orientam uma aeronave con- forme a figura abalxo. gréfica © orentag&o de uma aeroneve, por meio da interpretaczo de mostracc- res no painel, da ciregdo de ondas d= radio emitidas por estacses terrestres de posigéo conhecida. Como exemplo de estagies radio temos as “broadcasting rédio-farol, ete. d) Navegacdo Eletrénica Baseada em equipamentos cletranicos munidos de computaderes. Como exemplo temos o Sistema Inercial (INS=Inertial Navigation System), Dopoler e Omega. THOT ana] EINMAS bE] > [reensmissio| CRROEIPAS b) Navegacao estimada Neste processo @ conducso da aeranave vale-se do uso das indicagées de trés ins- trumentos de bordo: bissola, velocime- tro c relégio, considerendo-se a direcdo e disténcia voadas a partir de um ponto de referéncia conhecido. Este método éo bésico de todos os outros mals sofistica- dos € objeto principal da nassa curso. c) Navegagio Rédio ou Radionavegacao Consiste em determinar a posicdo geo- ® e) Navegacao Astronémica ou Celestial Processe bastante conhecido pelos ma- ritimos onde as referéncias séo astros da abéboda celeste que, visados com sextantes, fornecem posicdo de um ob- servador na superficie tervestie. f) Navegagao por Satélite Sistema que se basela em 24 satélites colocados em érbita de 12900 milhas néu- tices, Iniciado em junho de 197, Utilize os principios aplicados as navecacdes celestial ¢ eletrénica ¢ sam di- vida sord o sistema de navega- eixo Y Bo do futuro. 5 SISTEMA DE t COORDENADAS PLANAS a A padronizagio do sistema que permite facilmente a localizagao lc @ orientag3o, fezcomaqueoho- 3 ao mem imaginasse um sistema de graticula ou gredeado sobre 2 uma superticie plana. Teriamos assim linnas verticals ehorizan= 4 tais cruzando-se num anguie de 90 graus @ mantendo estas li- nhas paralelismo e distancias 0 Iguais, Partindo-se de dois ei xos arbitrérios "X" € "Y" e numerando- se todas as linhas coerentemente, veri- ficamos que qualquer ponto deste plano podera ser expresso matematicamente por dois algarismos. Esta representagio chamamos de coordenacas planas. Mas a0 navegador importa, elém da localizac&o, determinar orientegao (clire- Go a seguir) entre dois pontos quals- quer. Pode-se imaginar que as linhas Verticals, sentido de baixo para cima, S80 Giregées de referéncia, @ assim qualquer ciregio tomada neste plano formard com 2 direcfo de referéncia um valor angular compreendido entre 000° € 360°, ou seja, 0 Angulo seré medide ne sentido 2 oS 4 5S 6 7 Coordenadas planas: ponto A (1,2) } = Ponto B (3,4) | tocalizaga> ponte C (6,3) ) horétio, a partir da diregdo de referéncia até a diregdo pretendide, Devemos noter que este sistema de localizagao e orientagao foi criado sobre uma superficie plana, mas 0 navegador ira fazer voos em toro da Terra, que sabemos ser esférica, A’ teremas outro sistema de gradeado, parecico mas nfo igual ao estudade nesta pégine, confor me veremos no capitulo seguinte. Direg3o AB = 045° Dirego DB = 252° Observagao: direcao n5o é propriamente um Angulo, mas este pode ser utilizado para expressar um sentido de desiocamento. Ly, robe foc. wetaaateifo 9. eixo X oO) A Terra e seu grateado A superficie terresire ¢ de forma Irregular, com. elevacies e de- pressdes e também presenta um achatamento nas regiées po- lares que ocasiona uma diferen- se entre os diémetros medidos entre os polos € no sentide per pendicular 2 este, num valor aproximado de 43 quilémetros. Entratanta, como estas cife= rengas de cota e diémetro, se comparadas ao tamanho da su- perficie terrestre, so conside- rades despreziveis, para efeito de nevecacao consideramos a Terra uma esfera. Fin Também € de conhecimenta que 2 Terra gira em torn de Verdadeira um eixo imaginario (chamaco polar ou terrestre) num movi- mento de rota¢io, realizado no senti- do anti-horario, se considerarmos 4 vi- sdo do Polo Norte. Aos lugares formados pela interseccao do aixo polar com a superficie terrestre chamamos de polos geograficos ou ver- dadeiros. Temos 9 Polo Norte Verdadei- ro @ 0 Polo Sul Verdadeiro, Dados estes elementos, vamos verifi- car que © melhor modo de fabricar um sentido de y Oe planos que passam pelo centro da Terre Polo Norte Verdade'ra ——eixg Polo Sul > a gradeado na superficie terrestre serd por intermédio de circulos. Temos duas es- pécies de circulos que podem ser contruldos numa este IRCULO MAXIMO - formaco numa ‘esfera por um plano que a divide em duas semi-esferas iguais. Sendo assim, © plano passa pelo centro da esfera, fa- zendo com que 0 raio e cantro do cireu- lo s&0 0s mesmos de prépria esfera. YeincuLo MENOR - formado por um plano que NAO pessa pelo centro de esfe- 13, dividindo-a em duias partes cesigua's. planos que nao passam pelo centro da Terra Com estes circulos, maxi- mos e menores, formare- mos um sistema de gra- ticula na superficie terres~ tre que facilitard a deter- minagde dos dois elemen- tos basicos: localizacdo ¢ orientagéio. Linha do Equador - Eum circulo maximo formado por um plano perpendicu- lar ao eixo polar, que civ de a Terra em dois hernis- férios chamados Norte (N=North), acima do Equa- dor, e Sul (S=South), abai- xo do Equador. plano de um paralelo Paralelos de Latitude ou Paralelos - sd 0s circulos formados por planos para- lelos ao plano do Equador. Devemos concluir que formaremos infinitos para- lelos de latitude, sendo que to que ¢ um circulo maxi~ tna, todos os outros so cir= -culos menores_ plano do Equador Meridianos de Longitude ou Meri dianos - s8o semi-circulos maximos, lI- mitacos pelos polos, cujos planos que os Tormam contém 9 elxo polar. Meridiano de Greenwich, Zero, de Ori- gem, Primdrio ou Primeiro Meridiano = €0 meridiano que pessa pelo Laborato- rio Neval de Greenwich (Inglaterra). Meridiano 180° - é 0 meridiano que est4 oposto 180° ao Meridiano de Greenwich, Ocirculo maximo formade pelos Meridiano de Greenwich e 180° divide a Terra em dois hemisférios, chamados de Oeste (W=West) e Leste ou Este (E=Eest). Meridian 180 Linha do Equador Meridiano de Greenwich COORDENADAS GEOGRAFICAS Todo paralelo e meridiano (linhas) te- ro a sua posico geografica informa- da através de valores angulares. &s- tes valores angulares, acompanhados de letras designativas de seu hemis- fério, nos fornecergo as coordenadas geogréficas, expressas em graus (°), minutos (’), ¢ segunces ("), sendo que 1° = 60’e 1’ = 60”. ©) Meridiano de Greenwich Sendo assim, podemos ter uma visdo de graticula ou gradeado formada imagina- Fiamente no globo terrestre pela Lina do Equador, paralelos e mericianos. E importente observar que: © 08 meridianos sao convergentes do Equa- dor para os polos, onde se encontram; #08 paralelos mantém entre si um mes- mo atastamento; # 0s meridianos © os paralelos se cru- zam num Angulo de 90°; * © quzamento de_um paralelo e um meridiano define um pento chamado de ponte geoyrdfico. sh enya ves HORE ponto A Latitude de A = 450N plano do Equador Latitude de um ponto - é0 angulo de- finido pelo arco de meridiano que parte do Equador ao ponte considerado. E facil observar que as latitudes assumem valo- res entre 00° até 90° pata Norte ou Sul Longitude de um ponte - ¢ 0 Angulo definida pelo menor arco de paralelo que parte do Meri¢iano de Greenwich a6 ponto considerado. Verificamos que as longitudes assumer valo- res entre 000° ¢ 180° para Este ou Oeste. Os graus inteiros de lon- gitude so informados sempre com tr8s algarismos, e os minutos e se- gundos com dois algarismos. Devemos ressaltar que em al- gumas situagdes es letras dos he- misférios devem ser omitidas Como exemple a latitude de um Ponto que est sobre a Linha do ponto B Equador: latitude 00°. Outros exemplos seriam um panto no Meridiano de Greenwich: longitude 000°, ou no Meridiano 180; longitude 180°. 2 . cooker GREENWICH MEAIDIANOS yer CERTO a) 10°25°30"S - 067°35'28"W b) 55°43°N - 089°10'E €) 00° - Goo? ERRADO 22400 why Nott Greanmich aow plano do Meridiano de Greenwich Conclusaa: Um ponto geografico na superficie terrestre (cruzamento de um paralela com um meridiano) € informado através das coordenadas geografices (latitude e longitude, nesca ordem), sendo que a latitude é medida sobre um arco de meridiano ¢ 2 longitude ¢ medida sobre um arco de paralelo, Abaixo coloca~ mos elguns exemplos da maneira com que nermal- mente expressamos a posicéo de um ponto. ) 33°48/15" - 00Se56'20" (faltam as letras) e) 11° S - 185° E (nao existe esta longitude) f) 45°S5'N - 133° 80'W (os minutos ¢ segundos no podem passer ce 59) Longicude de 4 © Operagées Angulares Aiguns problemas de navegac&o exigem caiculos envolvend latitudes e longitu- des de dois pontos. Estes célculos so apresentados a seguir: Diferenca de Latitude (DL ou DLA) entre dois pontos - 6 0 angule definide pelo arco de meridiano que une os para- lelos dos pontos dados. Exemplo 1 Dados: latitude de» = 55° 40'N latitude de » = 31¢25'N Solugdo: DLAs = Lats - Late DLA = 55° 40’ - 31025" DLAas = 24° 15" —_t- DLA, E importante observar que no nes inte- esse saber a LONGITUDE dos pontos. Exemplo 2 Dados: latitude de < = 25¢10°33"N latitude de , = 43°28/12"S DlAg = Lat: + Lats Dl Acs = 25°10'33 + 43¢28712" DLAce = 68°38'45" Soluga Deve-se observer que a DLA seré 0 re- sultado da soma de duas latitudes, quan- do estas estiverem em hemistérios dife- rentes, ou 0 resultado da subtraggo de duas latitudes, cuando estas estiverem no mesmo hemisfério. (LM) entre dois pon: tos - é a latitude de um paralelo que esté ha bissetriz do angulo obtido na DLA entre dois paralelas considerados, ou seja, 6 2 latitude co paralelo média Exemplo 1 Dados: latitude de . = 10°22'S latitude de 2 = 32°14'S Solucdo: LMas = [Lets + Late]:2 Lan = [42°36] :2 LMan = 21°18'S - peraielo médio Exemplo 2 Dados: latitude de - = 45°40'N latitude de» = 17°26'S Soliigéo: LMe» = [Late = Lats] 12 UMeo = [4540 - 17°26] :2 LMco = [28°14"] :2 LMco = 14°07'N Observa-se que a Latitude Média ve acompanhada da letra designativa cc parelelo médio uy, hemisfério, Devemos, no caso de latitu- des de mesmo hemisfério, efetuer uma soma e apés a divisdo por 2, conservan~ doa letra. No caso ¢e latitudes de hemis- fér'os diferentes a operagéo seré uma subtragdo @ apés a divisao por 2, e atri- buindo a letra da latitude de maior valor Diferenga de Longitude (DLO) entre dois pontos - € 0 dngulo entre dois Meridianos, obtido pele MENOR arco de Equador que os liga. Examplo 1 Dados longitude de . = 027°35'W longitude de » ~ 062°54°W Solugéio: DLO. = Longe - Long DLOss = 062°54' - 027°35' DLO m= 35°19" LONG, Lone, f Greenwich DLO,, Exemplo 2 Dados: longitude de ¢ = 020°50°W longitude de » = 073°05E Solugdo: DLO = Long: + Longo DLOce = 020°50" + 073°05 DLOco = 93°55" E facil observar que o caiculo da DLO se assemelha ao da DLA, cu seja, somamos as longitudes de hemisférios diferentes e Greenwich SN subtraimos as de mesmo hemistério. No entanto, existe uma excesstio como ve~ remos no exemple seguinte. Exemplo 3 Dados: longitude dex = 120°30'E longitude de v = 160°20'W Solugdo: (em principio deveriamos so- mar as duas longitudes simplesmente): DLOx; = Longs + Longy DLOx; = 120°30' + 160920" DLOw = 280°50" mericiano 180 Equador \_ ~ Terra vista de elma Greenwich Este valor, no entanto, nao é a correta DLO, pois este arco de Equador é 0 maior, ea DLO é medida pelo arco menor Sendo as- sim, ainda faremas mais uma operagéo. DLOsr = 350° - 280°50° DLOxr = 359°60' - 280°50" DLOw = 79°10" Na figura 2 direita e acima, com a Terra sendo vista de cima, nota-se que 0 me- nor arco de Equador gue liga 0s meridia- @ @ nos de X @Y passa pelo Meridiano 180°, enquanto 0 arco de Equador que passa pelo Meridian de Greenwich define um Angulo maior que 180°. Longitude Média (LOM) entre dois pontos - é 2 longitude de um meridiano localizedo na bissetriz da DLO, ou seja, & a longitude do meridiano médio. Exemplo 1 Dados: longitude de « = 015°30' longitude de : = 037°14E SolugSo: LOMse = [Langa + Long ] :2 LOM, = [015°30' + 037914’) « LOMsn = [052°44"] :2 LOMss = 026°22E Greenwich \ Lom, Exempla 2 Dados: longitude de « = 025°15'E longitude de p = 067°31'W LOMcy = [Longs ~ Longe] :2 LOMco = [067°31' - 025° 15°] :2 LOMen = [042°16'] :2 LOMen = 021°08°W LONG, Solugdo: Exemplo 3 Dados: longitude de x = 101°20'W longitude de y = 132°10'E Solugéo: primeira devernos observar a CORRETA DLO entre os pontos, DLOw = Longe + Longy 101920" + 132°10" 233030" (como 0 re- sultado passou de 180°, esta no ¢ a correta DLO) 360° - 23330" 359°60' - 233°30" DLOw = 126°30° Vamos agora dividir a DLO por 2; 126°30' :2 = 63°15’ Somamos agora 2 DLO:2 com @ MENOR longitude; LOMw = 101920" + 63°15 64°35'W Ds Greenwich Co-latitude de um panto - & 0 comple mento (0 que falta para completer 90°) de uma latitude em relagio a0 polo mais préximo, Exemplo 1 Dados: latitude de. = 30°40'N SolugSo: Co-let, = 90° - 30°40" Co-lat, = 89°60" - 30°40" Co-lat. = 59°20'N a Co-lat un de » p1o,7 Greenwich aaa Exemplo 2 Dados: latitude de , = 63925'5 Solucdc: Co-lats = 90° - 63°25" Co-laty = 89°60" - 63°25' Corlate = 26°35'S Equador Longitude do anti-meridiano - é lon- gitude do meridiano oposto 180° a um meridiano considerado. RECORDANDO OPERACGES MATEMATICAS COM ANGULOS Como 2 matéria vista até aqui envolve operasSes matematicas anguleres, € bom recordar alguns princ/pios basicos. Na soma ou subtrago de Angulos, as operacées de graus, minutos © segun- dos, devem ser feitas em separado, complementando, quando necessirio, 2 casa dos graus, minutos © segundos, Exemplo 1: Some 30°40’ 2 15°10'15” 30°40'00" +.15°10'15” 45°50'15” Quando, apés uma operagdio, os minu- tos ou segundos tiverem valor igual ou: malor que 60, converta-os em graus ou minutos (conforme 0 caso). Nao esque- ga que 1°=60'e 1'=60". Exemplo 1: Converter 30°60' 30°+1° = 319 Exemplo 2: Converter 154°82'65" 154983'05" = 155°23'05" Co-lat — See Exemplo 1 Dados: longitude de , = 110°32’E SolugSo: LongAntimer = 180° - 110232! LongAntimer = 179°60'- 110°32' LongAntimer = 069°28'W Equador LONG: Meridiano de Greenwich Numa subtragio de &ngulos, verifique se a operacio € possivel, caso negativo, empreste da casa dos graus e minutos. Exemplo 1: Subtrair 110°40°55" de 160°35'50" 160°35'50" 159°95'50" = 110°40'55"__- 110°4055* 159°94'110" 10°40'S5' 49°54°55” Numa diviséo por 2, transforme os grats e minutos impares em nimeros pares antes de realizar a operagio. Exemplo 1: Dividir 41°20’ por 2 41°20’ = 40°80’ : 2 = 20°40" Exemplo 2: Dividir 147°53°12" por 2 147°53/12" : 2 = 146911312" = 146°112'72" : 2 = 73°56'36" Exemplo 3: Dividir 15°13’ por 2 15923" = 14973' = 14972'60" : 2 = 793630" Posiciio, Diregao e Distancia Posicao na Superficie Terrestre primeiro passo de um navegador é localizar numa carta aerondutica @ pa- sigdo dos aerédromos de decolagem, destino e alternativa, bem come verifi- car posigdes ao longo da rota em que tera referéncias quando em véo. Na car ta aerondutica aparecerao os paralelos e meridianos numerados cam as iatit des e longitudes, mas estas no virgo acompanhades da letra designativa do hemisfério. A primeira preacupagiio se- ria entée verificar quais sv os hemis~ férios all representedos. Para isso, uma obser vacdo importante: “toda parte su- perior de uma carta aeronautica esta voltada para o Polo Norte Gaagrdfico ou Verdadeiro”, Assim sendo, ficaré fécil determinar os hemisférics observando- ESCALA DE LONGITUDES ies \ LATITUDE 498. sz comm, se 0 sentido de crescimento das latitu- des € longitudes. Agora @ preacupacaa seré em achar as coordenades geogréficas de um ponto qualquer na carts. © procedimento é 0 dado ne exemple da figura abaixo. Exemplos echar as coordenacas geogra- ficas do ponto A, indicado pela seta, na figura abaixo. Latitude - trace, a partir do ponto A, uma linha paralela 20 paralelo mais préximo até encontrar com um mericiane, Leia, na escala de latitudes (sobre 0 mericia~ No) os graus @ minutos corresponden- tes, No exemplo = 2040'S, Longitude - trace, a partir da ponto A, uma linha paralela ao meridiano mais préximo até encontrar com um parelelo, LINHA DO EQUADOR Z MERIDIANO DE GREENWICH Lela, na escala de longitudes (sobre um paralelo) os graus e minutos correspon- dentes. No exemplo = 053°20'W, Importente: note que os minutos so contacos partindo da menor latitude ou longitude para a metor, ecompanhando 9 crescimento das graus de latitude ou longitude. Em virtude de se medir a lati- tude na escala impressa sobre um meridiana, este é chamada de Escala de Latitudes, e como medimos a longitude sobre a escala do paralelo, esta € cha- mada de Escala de Longituces, Para se plotar um ponte, conhecica suas coordenadas geograficas, 0 pro- cedimento é Inverse. Ache sobre um meridiano a latitude ¢ trace uma linha paralela ao paralelo mais préximo. Ache sobre o peralelo a longitude e trace uma linha paralela ao meridiano mais préximo. O cruzamento cas duas linhas determina um ponto chamado de ponto geogratico. Diregao na Superficie Terrestre Para navegarmos, precisamos constan- temente saber qual a orientagdo (dire- ¢80) @ seguir a partir de determinado panto para chegarmos a outra, Vimos anteriormente que uma dirego sempre poderd ser expressa por um valer angu- lar. Numa carta, onde teremos a trajeté- ria (rota) definica por uma line que une dois pontos, pademas também utilizar este processo. [nicialmente, vamos es tabelecer que toda diregdio Nore Verda- deiro (NV), que seria @ propria direcko do meridiano, é a diregdo de referéncia. Sendo assim, qualquer direcdo formaré com a direco ca refer&ncia um valor angular que, camo j4 vimos, serd medi- do no sentido horério. Com um transferidor graduado em 360° utilizamos 0s meridianes ou paralelos terceptades pele trajetéria como refe~ réncia para ajuste do trensferidor, Antigamente as diregtes eram Informa- das por intermédio de nomes da rosa dos-ventos. Esta prética fol abandonada em virtude de confustio causada em fonia. Por exemplo, a direc&o Nordeste (045°) poderia se confundir com Noro este (315°) e assim por clante. NORTE DirECAG DA ROTA = 051° VERDADEIRO 8 SOBRE © RELEVO pete CENTRO DO TRANSFERIDOR: AQUSTADO COM © PARALELD AJUSTADO COM 0 MERIDIANO CENTRO BO TRANSFERIBOR Distancia entre Dois Pontos Auunidade de distancia mais utilizada em navegacao aérea é a Milha Nautica, si- gla NM (Nautical Milo) ou, raramente, chamada MIMA (Milha Maritima). Esta unidade néio faz parte do Sistema Métri co do Brasil, havendo entao necessida- de de relaciond-la com o quilémetro (Km) ou metro (m), unidades estas bem ca- nhecidas, para podermos comparar. 1. NM = 1852 metros ou 1,852 Km Outra unidade de dist&ncia (mais utiliza- da na América do Norte) 6 a Milha Ter- restre, sigla ST (Statute Mile) 1ST = 1609 metros ou 1,609 Km Por que @ Milha Néutica é largamente utilizade em navecegao? © comprimento de um circulo maximo da Terra (Equador ou sobre meridianos) fol dividide em 21600 partes iguais. A urna destas partes fol estabelecido o valor 1 NM, Sendo assim, a distancia para efetu- ar uma volta em tome da Terra sobre um circulo méxime seré de 21600 NM, Nesta volte, 0 arco em greus vale 360 €, se quizermos em minutos, acharemos 0 va- lor de 21600. Daf podemos concluir que: 1.NM = 1 de arco de um circulo maximo Como em todas 2s cartas aeronduticas sempre teremos circulos maximes repre- sentacos (meridienos ou Equador), po- demos utllizé-los como escala pera ob- ter distancia entre do's pontos. © procedimento a seguir é o utlizado na maioria das vezes, quando a distancia entre os dois pontos nao for maior que 350 Milhas Néuticas (650 quilémetras), em qualquer tipo de carta. Inicialmente, ligue os dois pontos entre os quais se quer medir @ distancia com ume linha rete. Com uma régua ou compasso, transporte @ mecida optida entre as dois Pontos para o meridiano mais préximo (circulo maximo). Conte os minutos que Correspondem @ esta medida sobre a es cala de latitudes. Como a cada minuto de arco corresponde a uma Milha Néutica, quantidade de minutos lida fornece a dis téncia em Milhas Néuticas, A figura abalxo ilustra 0 procedimentn descrito. Devemos observer que, com ume folha de papel, poderiamos medir a distncia entre 05 pontos, sem necessidade da régua ou compasse. Caso queira comprovar, experi- mente utilizando uma folhe qualquer. Escala de Cartas A carta aerondutica representa uma regio da superficie terrestre. Pare sto, tivemos que reduzir as dimensies de ume érea pera colocé-la nume fo- [ha de papel de dimensao recuzida. Esta reducdo ser representada pelo qué chamamos de esczla. Temos dois ipos de escalas: 1) Escala Grafica Eapresenteda com uma linha graduada, normalmente no canto inferior da carta, contend unidade de medida como KM, NM ST (conforme figura no rodapé des- ta pagina), 2) Escala Fraciondria E aquela apresentada sob forma de fra- Ho matemética. Por exemplo, uma carta onde a escala 6 1 : 500 000 ou 1 / 500 000 (1é-se um por quinhentos mil), significa que uma unidade de medida qualquer na carta representa quinhencas mil degsas unidades de medida na superficie terrestre, Arbi= trando, no exempid dado, que 1 é cm (carta), teremos: Jem de carta = 500 000 cm da suparfi- cle terrestre ou 1 cm de carta = 5 km Exemplo 1 Se uma carta a escala é de 1: 1000 000 eobteve-se com uma régua 15,5 cm. Qual a distancia em Km mecida? Solugao: 1: 1000 000 Lem de carta’ = 1 000 000 cm da superficie terrestre Lem de cart 16,5 em de cert 16,5 cm de carta 10 Km 16,5 x10 165 Km Exemplo 2 Obteve-se uma disténcia de 75 Km numa carta cuja escala é de 1: 250 000. Quantos centimetros de réguz mecimos? Solugo: 1: 250 000 Lem de carta = 250 000 em de superficie terrestre dom de carta = 2500 m cm de carta = 2,5 km 75:2,5= 30cm Exemplo 3 Qual a escale de uma carta em cue 50 cm representam 120 km da superficie terrestre? Solucio: 50 cm de carta = 120 km de superficie terrestre 50 cm de carta = 120 000 m 50 cm de carta = 12 000 000 cm de superiicie terrestre cm de carta = 12 000 000 : 50 Escala = 1: 240 000 Exemplo 4 Para medirmas 10,5 km numa carta cuja escala 6 de 1 : 350 000 quantos centi- metros utilizaremos? Solugfo: 1: 350 000 J cm de carta = 350 000 cm da superficie terrestre Lemde carta = 3,5 Km 10,5 km = 10,5 : 3; 3m = 10,5 Km 3 EXEMPLO DE ESCALA GRAFICA CONSTANTE DA CARTA WAC © me dE 2s ron ass 2 4 Lut} ni i 1 T T Ser re roy 3 combens waves on © Pa ” du 4 i L L Lid i r my T T t 8 ue rss 8 eRe m Ortodromia ¢ Loxodromia Em um deslocamento entre 2 pontos na superficle terrestre 0 navegador planeja~ rd uma trajetéria a ser parcorrida venti- cando as posicdes que ocupard. A rota pla- nejada seré funcSo do processo de nave- gacdo disponivel e sempre poderd sar de dois tipas, ortadrémica € loxodrémica, Rota Loxodrémica - palavra de origem grega, loxa significa “ciregao constante” dromos significa “caminho”, esta é sem duvida 2 mais escolhida em virtude das facilidades de planejamento que apre- senta, Pode-se em principio, definir rota loxadrémica como sendo: “a trajetéria descrita na superficie terrestre que for- ma com todos os meridianos que cruza Angulos iguais”. Percebe-se facilmente que na maioria das vezes esta rota toma a forma de uma espiral, se prolongada. A excesséo da espiral é quando a loxedromia for a Linha 6o Ecuacor ou qualquer meridiano. Como exempla de rota loxodrémica te- remes: Linha do Equador, meridianos ou uma trajetéria que une dois pontos cru- zando os meridianos em Angulos iguais. Na figura abaixe temos uma rete loxo- drémica entre os pontos “A” € “B" cru- zando todos os meridlanos num angulo de 60° (iguais) e 0 seu prolongamento gerando uma espiral. Rota ortadrémica - originada des pala vras ortho (reto) © dromos (caminho), esta rota se caracterize por ser 0 menor segmento de um circulo maximo que pas- saiper dais pontos. Eumerspes ideal pare se voar pois sempre a menor disténcia entre dois pontos na superficie terrestre é um circulo maximo, porém, em virtude de dificuldades de planejamento ¢ exigir processos de navegacéo coerentes, néo € muito utllizada pela aviacdo de pe queno porte. Camo tlustrecao, voande pela loxodrémica entre Nova Torque e Lon- dres, percorre-se uma dist&ncia aproximada de 3145 NM, ao pas- so que pela orto- drémica voar'amos 3022 NM, 0 que r= presenta uma di- ferenga aproxima- da‘de 123 NM (230 km). Como exempio de ortodr6mica te- mos: Linha do Equador, meridianos ou qualquer outro cir- LOXODROMICA culo maximo uninda dois pontos na superficie terrestre. No exemple ao lado verifica- mas que o circulo maxi- mo cruzou os meridia~ nos em ngulos desi- guais, neste caso. que devemos per ceber é que, no exemplo da Figura abaixo, pare voar pela ortodrémice (clrculo maximo), a aeronave man- tem sempre uma nica orientag&o € Jsto implica, no exem- plo, a cruzar os meri- dianos em angulos de- siguals. A loxodrmica entre estes pontos, para ser seguida, implica numa mudan- 2 da orientaggio da aeronave para ROTA ORTODROMICA se manter sobre a rota, mas 0s-Angulos com os meridianos sio iguais. Projecées © globa terrestre tem a for- ma aproximada de uma es- ferae isto faz com que as car- tes que s8o planas, represen: toma superficie terrestre com distorgies. Estes distorgies, gue todas as cartas apresen- tam, podem ser minimizadas ou mesmo compensadas quando usamos alguns artifi- clos mater ticos de projagdo com figuras geométricas, 6 Afinalidade de uma carte de~ terminaré o tipo de projecdo ou artificio matematico utill- zado. As figuras geométricas mais utlizadas serio 0 cone e¢ cilindro, que podem ser planificados, © cone e a dllindro Pacem ser pianificados Basicamente, as principais caracteristi- cas de cada carta serdo determinadas pela aparéncia da graticula cu gradeado (projecSo dos paralelos ¢ meridianos). © modo come estas linhas eparecem nume carta nos daré condictes de veri- ficar as maiores ou menores distorcées de diregao, distancia e forma. Plano da Projecio Origem da os Projecao a Ponto de Tangéncia ‘Ao método utilizedo pare representar a superficie terrestre numa superficie pla- na (carta) chamamos de projegio. Estas projecdes podem se clessificai, quanto a0 ponto de erigem (local onde seré coloca: da a lémpada) em trés, a saber: Gnom6- nica, Estereogréfica ou Ortogratica. & fi- gura acima ilustre a projecao da superfi- Cie terrestre num plano que ihe é tan- gente, utilizando as trés classificagdes. ORIGEM A) GNOMONICA - centro da esfera. 8) ESTEREOGRAFICA - ponto oposto ac ponto de tangéncia. C) ORTOGRAFICA - infinito. Carta Mercator E ume das primeiras cartas que ainda hoje permanecer em bastante uso (principal mente na navega¢So maritima), Idealiza- da em 1569 por Gerardus Mercator, Foi baseada na projego da superficie terrestre num cilindro que the é tangen- te, Uma lmpada colocada no centro do globo terrestre, ao acender, projets os meridians, paralelos, rivs, contornos de dreas da superficie terrestre no cllindro. Apés, 0 Gilincro € planificado (transfor- mado em carta). Quando o cilindro é tan- gente ao Equador, 2 carta 6 também chi | ay Cilinero Wea tangente i Equador . slobo terrestre| \ampada Graticula da Projecda Mercator Paralelos Linhas retas paralelas nao equidistantes Meridianos Linhas retas paralelas ¢ equidistantes Loxodrémica Escala Medida de incia Direcdo da rota Ortodrémica Vantagens Desvantagens | origem da projecéo Outro tipo de projeggo Mercator 6 a chamada Transversa, que tem o cilindro tangente aos polos. No Brasil, a CAP (Carta Aerondutica de Pilotagem) é feita Linha reta Variavel com a latitude Escala tirada na latitude média entre dois pontos Medida em qualquer meridiano que cruza a rota Linha curva (exceto Equador e meridianos) Fécil construcio, facil plotegem de coordenadas geogréficas, loxodrSmica ser uma linha reta. Ortodrémica ser urna linha curva (normalmente}, escala varidvel com a latitude Centro da Terra (gnomsnica) com este tipo de projegéa, @ Carta Lambert Desenvolvids num cone secante (que corta) a superficie terrestre em dois parelelos chamados padres ou Standard. Imagina-se a superticie ter~ restre projetada num cone. A escolha dos paralelos Padrées serdo sempre em fungo da drea que sé quer proje tar, sendo que 2 quarta parte desta disténcia € aproveitada pare clma do paralelo padre mais a0 Noite e para baixo do paralelo padrao mais a0 Sul. globo Peralelos Meridianos Loxodrémica Escale Madida de distancia Diregio da rota Ortodrmica Vantagens Desvantagens Origem da projecdo Medida no meridiano médio da reta que une dois pontos Aproximadamente uma linha reta | Areas ¢ formas perfeitas, ortadrimica ser uma linha reta, escala quase constante | Sendo assim, a forma mais afileda ou mais achatada depenceré da regio que estivermos projetando. Sem divide nenhuma, é uma das me~ horas cartas de navegacao, em virtu- de de diversas vantagens apresenta- das sobre outros tipos de projegies No Brasil, s80 editadas com este tipo de projecdo es cartas WAC (World Aeronautical Chert) ¢ ERC (Enroute Chart), além de outras destinadas a determinadas etanas de véo. Circulos concéntrices ae polo Linhas retas convergentes Linha curva (exceto meridianos) Quase constante Em qualquer meridiano | Loxodrémica ser uma linha curva (exceto mericianos) Centro da Terra (gnoménica) Ameen m manne enn mene Abaixo ilustramos um planejamento de véo realizado entre dois pontos numa mesma regiao (hemisfério norte) utili- zando uma projecdo Lambert e uma Mercator. Note-se que o objetivo é con- seguir dois elementos basicos do plane- jamento de uma rota ‘oxodrOmica, quais sejam: direcSo e distancia. Ortedrbmi Inna res Lettura aa 65, dirego da rots Loxedrémica= jenonomnlea Dir .cfo da rata lexodrémica= Angule lide ne smeridieno medio a ortedrérnice Distancia= lide PROJECAO LAMBERT ‘escala constante ani So. 2 se is = es ortodrémica PROJEGAO MERCATOR iliha caren 65 = a 8 cesses regio para inhe rete medida de he Tae birepf'de rw ae area «al = ‘cat = es variavel |) | latitude Distancia: || seensces medida na resiéo <5 | da latitude média = sol Li f io) iadeeaa es eae Bo @ Proa - Rume - Rota A correta orlentacdo de uma aeronave em v6o 6 fator essencial quando se deseja um desiocamento de um ponto 8 outro. A ae- ronave é envolvida por massa de ar at severtore ag 4. te ty - ie mosférico, que nor maimente esté em ceslocamento, fato conheci¢o como vento, O vento é um agente que influiré diretamente na deter- minagSo da orientagao de uma aeronave. 0 efeito do vento sobre a direc3o seoui- da por uma acronave em véo é compa- réval 20 de correnteze de um rlo sobre um barco que procura atravessa-lo. Durante a travessia, 2 correnteze des ard o barco da trajetéria ¢ este atingiré a margem oposta em um ponto diferen- te do iniciaimente pretendido. Com uma ‘acronave em vo, este efeito serd 0 mes mo, $6 que em virtude de desiocamento da massa de ar. Passamos ent a definir trés elementos da navegacao aérea: Proa - é 2 direcdo do eixo longitudinal de uma aeronav Rota - € a projecéo, na superficie terres- we, da crajetéria pre- vista ou percorrida percorridos (realmente voados), que no nécessariamente coincidem. Imaginemos agora um deslocamento de uma aeronave com influéncia de um vente lateral. Aacronave salu do ponte Acom proade B. Durante © véo, sobre influéncia de vento pela esquerda, fazenco com que a mesma no sige trajetéria AB, mes sim a trajets- ria AC. Verfica-se que o vento atua na ae- ronave sem modificar 2 proa, e sim fazen- do com que ela “derrape” no espaco. A direcéo AB ¢ a proa da aerenave. Alina AC representa a rota. A dirego da linha AC representa o rumo. Esera quea ceronave terd condigdes, sob por uma aeronave, Rumo - ¢ a diregiio da rota. Devemos perceber que rota ¢rumo so elementos distintos. Pode-se cizer que a rota € 0 préprio aco daste vento, de se deslocar de “A” para “B"? £ claro que sim! © navegador, conhecendo a direc&o e intensidade do vento atuante na regio, tem condigdes caminhe (linha) en- tre dois pontos ¢ 0 rumo 6 0 sentido (diregao) do cami- nhe, Tanto o rumo como a rota podem ser ou previstos (ngo voados) ou reat \\ , NS A gt i joke gre 2 fs oe de dora de calculer qual deve ser a correcao ne- cesséria pare compensar a ago deste ven- to. Assim, surgirdo mais dois elementos Deriva (DR) - € 0 angulo formedo da proa voada ao rumo sequido, Correcdo de Derive (CD ou ACD) - © angulo formado do rumo pretendida até a proa a manter em vdo. Com a correcSo de deriva aplicada contra © vento, @ aeronave éeriva sobre o rumo pretendlido, e chega no ponte B. Neste caso, onde o rumo esta a direita de proa, costu- ma-se dizer que o rumo é maior que a proa. Se ovente influenciasse palo lado direite, a rumo seria menor que a proa. Note que 0 termo maior tem o mesmo significado que “a direite” € o termo menor tem 0 mesmo significado que “a esquerda”. Podemos ter situagies em que orume sera Igual a proa, quando nao tiver vento ou se este existir, atuar exatamente de cauda (por tras) ou de groa (pela frente). Tridngulo de Velocidades Além de causar uma derrapagem no ar da aeronave, um vento laterel também terd Influéncia na determineco da velo- cidade cesenvoivida por uma aeronave. Portanto, uma aeronave em véo asters sob influéncie de duas forgas (velociéa- des) originando uma forga (velocidace) resultante. Estas trés velocidades formarn © Tréngulo de Velocidades ou Triangulo do Vento, composto por trés vetores: 1) Vetor vento ~ é um vetor cufa cirecao € de onde o vento vem ea Intensidace é a velocidade horizontal da massa de ar (WV). Term origami no vetor aeronave e extrem dade no vetor solo, dai se dizer que o ven- TRIANGULO DE VELOCIDADES RUMO - vs. vetor sola to sempre sopra da proa para o rumo, 2) Vetor aeronave - composto pela di- regio do eixe longitudinal de aeronave intensidade igual a velocidede que a ae~ ronave desenvaive em relacdo ao ar (VA). 3) Vetor sole = obtido pela iregio da rota intensidad2 equivelente a velocidade em ralago ao solo (VS). £0 vetor resultante da composicéo do vetor aeronave e vento e representa a trajetéria seguida por uma aeronave na superficie terrestre. A solucao do trianculo de velocidades é um trabaino constante do navegadar. Por Intermédio da meio gréfico, réguas de célculo (computador de v0 tipo E6B ou similar) ou calculadoras eletrénicas apro- priadas, chega-se ao resultado das in- cégnitas. No € odjetive no momento solugao do triangulo, mas simplesmente a compreensao do efelto do vento na di- rego @ velocidace da aeronave, ou seja, seo rumo é mator ou menor que a proa ese a VS é maior ou menor que a VA. Com estes elementos, vocé poderia res- ponder 0 que acontece com o rumo em relagdo a proa e com a VS em relagao 2 VA quando a vento atuar pela esquerda, mais de proa do que de caucia? Para responder, consulte a figura abaixo @ comprove que o rumo é maior que 2 proa e que a VS serd menor que a VA. Complementando, podemos dizer que esta aeronave estd sofrendo uma derive para a direita em virtude da influénca do venta lateral pela esquerca posigdio que a eeronave atingiriay, ce NAO existies vonto. Magnetismo Terrestre O espago, em toro de um ima, em que se faz sentir sua forga magnética, 6 cha- mado de Campo Magnético, Em qualquer parte do campo, a forge magnética tem uma intensidade e direcao definides. 0 campo magnético normalmente pode ser representado por linhas ce forga mag- néticas que nunca se cruzam ou inter- rompem, mas convergem para dols pon- tos chamados polos. ATerra age como um grande ima esfér- co tendo suas propriedades caracteristi cas. © magnetismo terrestre em qual- quer lugar & medido pela determinacao a direco 8 intensidade do campo mag- nético. Os dois valores variam com 0 tempo, entretanto, a variagdo da inter- sidade ¢ abendonaca em navegecdo. Q5 polos magnéticos atualmente estdo localizados nas coordenadas geograficas 73°N - 100°W (Ilha do Principe de Gales Polo Norte Magnético) e 68°S - 144°E (Antartica = Polo Sul Magnético). Sendo assim, em determinado lugar da superficie terrestre, poderemos obter a diregdo do Norte Magnético (NM ~ dire- so da linha de forga magnétice) ¢ a di reco do Norte Verdadeiro (NV = diregdo do meridiana). Ao valor angular obtido do NV até o NM chamamos de Declina- So Magnética, sigla Dmg. A Dmg pode variar de 0° @ 180° para Este ou Oeste Se o NM esté a esquerda do NV2 Dmg & W (Qeste), quando a direita E (Este), © s¢ as diregbes coincieirem & nula. NM NV om nv Pole Norte —— Verdedeiro Polo Norte ~ Magnético Ao navegador interessa saber 0 valor da Dmg de ume regifo que pretenda voar pois as diregées obtidas nos equipamen- tos de bordo s8o referenciadas 20 NM, € no 20 NV, Senco conhecide © valor da mg, através de uma operagdo maternd- tice simples, chaga-se ao resultado pre- tendido, As cartas aeronduticas taro ex- pressas o valor da Dmg através de Linhas Isogénices, Estas linhas, que unem pon- tos de mesma Dmg, sero representadas por uma linha tracejada, ecompanhada do valor da Ding e a letra designativa E ou W, conforme 0 caso. Na primeira figura da pagina seguints tam-se um panto da car ta onde a Dig = 10°W significande que o NM esté defasado em 10° para a esquer- da no NV. Pera uma aeronave que esti- vesse voando na direco de um paralelo pare a direita, terfamos um &nguilo de 090° mecido 2 parir do NY, e um angulo de 100° se medide 2 partir do NM. & fécil perceber que 0 valor de 100° pode ser obtide com a soma de 090° com 010°, Linha Agénica - linha numa carta ac- rongutice que une pontos de declinacgo magnética nula (0°), representada ne carta através de uma linha tracejada duplamente. Normalmente, em vex do algarismo zero, aparecerao escritas as palavras "No Variation”, A segunda figu- ra da pagina ao lade possui a carta ac- rondutica eas representagies das jinhas IscgOnices na superficie terrestre. i ditegdo NM Variagao da Dmg A Dig varia com o tempo em virtude de diversos fatores, fazendo com que inclusive haja possibilidade de mudan- ade numeracéo das cabeceires de pista dos aerddramos, que séo numeradas em funcao do angulo obtide a partir do NM (Norte Magnéticn) até a direcdo do eixo ca pista. Um exemple tipico é 0 do aerd- drome de Congonhas (Sao Paule) onde recentemente as cabeceiras passaram de 16/34 para 17/35. Aprimeira preocupacgo, portanto, é ve- rificar se a Dmg impressa numa carta estd atualizada. Se nao estiver, haverd necessidade de atualizacdo. Pera Isto, na propria carta, vird o valor da Varia~ (30 Média Anual que deverd ser sorna- do ou subtraido da Dmg imsressa na carta para atualizag3o.

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