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Sloterdijk seas europa espertar ° TRANSLATIO IMPERI 4 Translatio Imperii: a transferéncia de poder como mitomotricidade européia Por varias raz6es, a formulacao ha pouco ofe- recida da “esséncia da Europa” provocaré em mui- tos surpresa e resisténcia. Nao apenas intelectuais do Velho Mundo jd concordaram ha algum tempo com a idéia de que a Europa é um quebra-cabega sem solugao — indefinivel e ultracomplexo, uma obra de arte total feita sé de fragmentagées, mas tam- bém varios historiadores desistiram, em vista dos minguados resultados positivos, da busca de um cri- tério de europeidade. Assim, os idedlogos da varie- dade e da mistura que hoje déo 0 tom andam ao redor de um complexo de acasos chamado Europa, em que tudo, inclusive o nome, dissolve-se, quan- do observado mais de perto, em um novelo de im- precisées e diferengas. E esse agnosticismo, por sua vez, faz parte, sem duivida, da era da letargia que agora se encerra —, €, apenas enquanto a ideologia 41 SE A EUROPA DE 42 RTAR do vécuo mantiver seu poder propagandistico, dou- trinas do derrotismo cognitivo em questées de iden- tidade européia poderao esperar uma aprovagao mais ampla. Enquanto isso, até mesmo a estupidez pode posar como engenhosa e causar impressao com a férmula vazia de que a Europa sé deve ser pensa- da como “a unidade de suas diferengas”, ou como “conjunto de suas contradigées”. Na verdade, tais discursos demonstram apenas que esse extraordind- rio subcontinente continua aceitando suas opinides sobre si mesmo da boca de doutorandos e comen- taristas estrangeiros. Em meio a sucgao da ideologia do vacuo, as orientagées politicas so substitufdas por caprichosas problematicas de difusao de identidade. So muitos os que tiram proveito do vacuo, entre eles artistas de baixa categoria, que, com férmulas vazias de louvor da diversidade e da alteridade, pre- tendem prolongar o perfodo de devaneio europeu. Na verdade, a questo sobre a esséncia da Euro- pa nao é nem misteriosa nem irrespondivel. Depa- famos com a resposta no mesmo instante em que deixamos de lado as Pesquisas estéreis sobre os ver- dadeiros limites e as caracteristicas étnicas originais da Europa, Pois a Europa nao tem nem uma base étnica substantiva, nem sdlidos limites a Leste € Sudeste, nem uma inequivoca identidade religiosa- a a TRANSLATIOIMPERIT Ela tem, porém, uma “forma” tipica e um impulso dramatico peculiar que se desenvolve em cenas incon- fundiveis ao longo da maior parte de sua histéria. Basta assumirmos a perspectiva de um dramaturgo para reconhecermos claramente os contornos do espe- taculo europeu. Nao se deve perguntar quem per- tence, e com base em quais critérios € tradigées, 4 Europa “propriamente dita”, mas sim: Quais sao as cenas protagonizadas pelos europeus em seus mo- mentos historicamente decisivos? Quais sao suas idéias motrizes, ou as ilusdes que os poem em ativi- dade? Como a Europa alcangou o dinamismo de sua histéria e 0 que a mantém em marcha? O que ameaga fazer naufragar seu poder e unidade? As res- postas a essas questdes esto em qualquer bom livro de histéria. A fungio formadora quintessencial da Europa consiste em um mecanismo de transmissao imperial. A Europa pée-se em marcha e mantém-se em movi- mento 4 medida que tem sucesso em reivindicar, reencenar e transformar o Império que havia antes dela—a saber, o Império romano. A Europa é, conse- qiientemente, um teatro de metamorfoses imperiais; 1. Uma convincente proposta para a determinagao da “forma” eu- ropéia foi apresentada pelo fildsofo francés Rémi Brague: “Europe: tous les chemins passent par Rome”, in Esprit, fev. 1993, p. 33-40. Ver, do mesmo autor, Europe. La Voie romaine, a Paris, 1992. 44 RES ER a idéia condutora de sua imaginagio politica é uma espécie de reencarnagao do Império romano que perpassa sucessivamente povos europeus modelares e historicamente aptos a recebé-lo, muitos dos quais declararam, em seu apogeu, a crenga de serem os esco- lhidos para reeditar as idéias romanas de dominagao mundial. Poder-se-ia dizer, portanto, que a esséncia da Europa é seu engajamento em uma commedia dell'arte imperialista que se estende por milénios. As poténcias européias modelares empreenderam sempre novas arrancadas para reencenar um Impé- rio que continua dominando sua fantasia politica como um paradigma indestrutivel. Assim se poderia dizer de forma direta que um europeu é aquele que se envolve em uma transferéncia do Império. Isso vale particularmente para alemies, austrfacos, espa- nhdis, ingleses e franceses e, em alguns aspectos, tam- bém para italianos e russos. Portanto, a expressio translatio Imperii nao é uma simples idéia fixa medie- val, ela nao significa apenas a figura de direito puiblico que permitiu aos imperadores da Saxénia, apds a coroacao de Oto I em 962, pdr em pratica seu pro- grama de dominagao; mas constitui nada menos que a célula ideomotriz ou mitomotriz? de todos os Acxpressio “mitomotricidade” (Mythomotorik) foi introdutid3 salvo engano, por Jan Assmann na discussio sobre os funda mentos das cigncias humanas. Ver J. A., Das kulturelle Gediich ms. Schrif, Erinnerung und politische Idenvtit in den frien —— TRANSL ATIO IMPERI processos culturais, pol{ticos e psicossociais que pro- duziram a europeizagao da Europa. De in{cio, cul- tura e politica seguem, nesse assunto, a mesma direcao, definindo a Europa como a regiao na qual pessoas cultas podem compreender a Iingua dos romanos. Para as esferas teoldgica, filosdfica, literd- ria e diplomatica, a formula da unidade européia na latinidade? é correta cum grano salis até 0 século XVII. O fato de uma lingua morta nao desaparecer, mas continuar em vigor como idioma internacional, mostra 0 tipo de poder com que lidam os espiritos do Império. O ambito do processo de transmissao vai dos papas e bispos dos séculos VI e VII — para os quais, com o prestigio do local, foram transferidos os restos simbélicos da decafda eminéncia romana —até os tratados de Roma e de Maastricht de 1957 € 1991, que prometem oferecer aos europeus oci- dentais do ano 2000 um império minimo caracte- tizado pelo livre comércio e consumo desenfreado. Hé mil e quinhentos anos a Europa é uma procissio conduzindo para I e para cd as insignias de um poderio inesquectvel. Nesse cortejo viajam epop¢ias Hochkulturen, Munique, 1992. Com o conceit de mitomorti- cidade, isto é, 0 impulso por meio de histérias formadoras ou fundadoras de identidade, 0 autor consegue tornar plausivel a coc- réncia de antigas culturas nacionais como, por exemplo. aegipeias a judaica ou a grega, ao longo de uma grande sucessio de geri 3. CE Ernst Robert Curtius, Europdische Literatur und lateinisches Minelalter, Berna, 1948. PA DESPERTAR ee avessando as nag6 ambém um trasladador. e altares att quem é europeu & desde sempre & Quanto ao poderio e a unidade da Europa, o que os ameaga é, antes de mais nada, a circunstan- que, ao se realizar a transmissio do Império, cia de varios transmissores entraram em competi¢ao uns com os outros, com o resultado de que diferengas dindsticas, territoriais e nacionais sempre levaram a melhor sobre os impulsos unificadores de um cen- tro. Por isso a Europa estd desde o inicio situada so- bre um plano inclinado — como que deslizando fatidicamente da imagem ideal de uma coesio im- perial efetiva para o que é, de fato, uma associagao multiimperial de povos cindida em si mesma. Des- de que os carolingios inauguraram sua mitomoui- cidade espectfica, a idéia de Europa também contém um fator dramatico de auto-obstaculizacio e cist o qual beira a automutilagao. Ora, o Império dos Césares — cuja apropriagao € transmissao é a matéria da qual se formam 0s s°- nhos politicos dos europeus — foi, por sua nacureza € estrutura, uma criagao irrepetivel; ja seus contem- poraneos, desde os dias de Virgilio ¢ do imperador Augusto, viam-no como um singulare santun cés- not Sri oO caracteristicas de um Imper!? mico; ele possu omo mundo Ce = ; i, ‘tro — que abrangia dentro de si, ¢ ee OE, a ED civilizado, toda a drea habitada do Mediterraneo — transfigurado por sua histéria sempre assombrosa de éxitos e sobrelevado por sua gloriosa teologia politica.‘ Quando Carlos Magno, no ano 800, rece- beu em Roma a coroa imperial do Santo Império Romano, aceitou que um transmissor mais antigo das dignidades imperiais romanas, o papa Leao III, Ihe passasse, sob insignias cristas, a heranga de um antigo carisma. A idéia vaga de “herdar” um impé- rio sagrado adquiriu desde entao, e até 0 comego da época moderna, um brilho sacrossanto —e ainda no inicio do século XX estavam vividas nos sonhos das massas alemas e austriacas tantas centelhas do antigo resplendor que demagogos puderam encon- trar ali material apropriado para abusos.* Nao se deve esquecer, contudo, que a outorga do Império pelo papa aos carolingios ja representava um pesado gesto de usurpacao imperial, pois 0 legitimo portador de todos os titulos romanos na época — € ainda por mui- tos séculos depois — residia na verdade em Bizancio. Carlos Magno sem duvida guiara-se pela tradigao o-ocidental, pois consolidar alizada romana, mais precisamente roman’ na ocasiao sé ela estava em condigoes de © programa de uma poténcia extensa ¢ si Ch Fritz Tacger, Charisma, Studien zur Geschicte des antiken Herrscherkults, Seurtgart, 1957-60. 2volss 5. CE Emst Bloch, “Zur Originalgeschichte des Drie ee ” (1935) insdo mesmo autor, Erschuf dieser Zeit, Frankbirt, °° ea ge A EUROPA DESPERTAR ___— —— 48 no Noroeste europeu. Nada do que, naquela épo- ca, germanicos ou celtas pudessem pensar desi mes- mos podia competir com a dignidade imperial romana. Nao foi sem raz4o, portanto, que os titu- los e a terminologia do Império romano sobre- viveram na “Europa Central” até sua liquidagio em 1806, pelo recém-coroado empereur Napoledo I. Com as modernas tentativas de tornar plural esse sacrum Imperium singular, emergiram os impé- rios neo-europeus auto-sacralizados e sumamente impios, cuja competi¢ao causou a catdstrofe da Europa no século XX. A téo enfatizada invengio européia dos Estados nacionais apdés a Revolucao Francesa relaciona-se essencialmente com a fragmen- tagao do Império uno em uma multiddo de novos impérios. Por volta de 1900 a Europa era uma arena cheia de nacées, que, todas elas, faziam o papel de aves de rapina: belgas, alemaes, ingleses, franceses, holande- ses, italianos, portugueses, russos e espanhdis acredi- tavam, com alguma seriedade, que sua fortuna politica dependia de inscreverem seus nomes no maior pedago possivel do globo. O nacionalismo europeu repre- sentou 0 pluralidade do imperialismo—sob seu efeito a Europa teve de pulverizar-se em nagées, 3 maneira de seitas — freqiientemente chamadas de culturas - ca moderna teologia politica. Como, porém, a Europa é demasiado pequena para abrigar lado a lado ¢ de for- m : ge . z . a 1a durdvel tantos impérios ofensivos, nao foi sen4 = ae SS. uma conseqiiéncia natural que as porfias nacional- imperiais das principais nagdes européias dege- nerassem nas denominadas guerras mundiais. O fato de que, em ambas as grandes guerras dos europeus, as intervengdes dos Estados Unidos da América tenham sido decisivas ~ é verdade que isso ocorreu mais claramente em 1945 que em 1918 mostra que também os americanos j4 haviam entao sido imbufdos de mitomotricidade européia. Isso nao deveria nos espantar muito: o pais que desde o século XIX tinha seu governo instalado em um capit6- lio ultrapassara seus modelos europeus como o mais jovem intermedidrio da translatio Imperii. A arqui- tetura classicista de Washington D.C., planejada no século XVII pelo urbanista francés LEnfant e am- pliada apenas no século XX, representa um progra- ma de caracteristicas singularmente neo-romanas. Pois 0 que se transferiu para os Estados Unidos nao foi apenas o Império; junto emigraram também seus simbolos triunfais, tanto sagrados como profanos: actipula de Sao Pedro em Roma reaparece em 1863 sobre o edificio do governo americano; o pedestal do Memorial a Lincoln de 1922 ostenta em toda a inocéncia as insignias do poder executivo romano, 0 fasces, aquele feixe de varas que, segundo se ensina- va aos ginasianos europeus, era portado pelos litores —um tipo de escolta policial dos cénsules romanos. E quem nao perceberd que a imagem de litores faz TRANSLATIO IMPFRIT 49 a EURO! PA DESPERTAR, parte desde 1917 do perfil da politica exterior norte. americana? De fato, a ascensao da América do Norte em detrimento da Inglaterra e da Europa é um as- sunto de familia para os epigonos dos romanos. Mas o que nao dé margem a nenhuma duvida € 0 fato atransmissao do Império para os ame- de que, com aa “forma” dramatirgica ricanos, permaneceu intact da Europa. Ao contemplar o Império americano, a Europa contempla a imagem exterior de sua pré- pria esséncia. Nao € s6 apds 1918 que a atitude de poder e nao querer entender marca 0 relacio- pa continental com seus sucesso- nao namento da Euro res no teatro atlantico de transferéncia. As transferéncias dos carismas romanos na alta Idade Média para Aachen, Frankfurt e Viena inau- gurou a seqiiéncia de apropriagoes do Império nas quais se realizou a verdadeira eurogénese. Por oca- sido da incursao européia pelo globo na era das nave- gacdes oceanicas, o impeto imperial, acompanhado de novas reivindicagées, passou primeiramente ao Commonwealth® catdlico dos espanhéis; a ele seguiu- se 0 excéntrico dominio mundial dos bri Com seu éxito, Londres tornou-se 0 centro deu Anicos- um 6. Segundo a caracterizagio do império da Casa da Auseria dada por Alexander Randa, Das Weltreich (ver nota 3, p- 1s supra): ~ TRANSL ATIO WaPr 1 império que distribufa privilégios reais az : imperio q' s a privilcpios reais a aventurciros, comerciantes e mercadores de escravos, 0 primciro dos qua s, sir John Hawkins, muito famoso pelo scu bom coragio, comegou a negociar com Negros africanos em 1562 — utilizando, alids, um navio cha- mado Jesus.” Com a transferéncia do Império para as ilhas britanicas, irrompeu a época da primeira rainha Elizabeth 0 “efeito Adantico Norte”, que desde entao passaria a co-determinar a marcha dos assuntos europeus. Separa-se da terra firme uma “anti- Europa” européia que se percebe quase tao afastada do continente quanto a América do Norte se per- ceberia mais tarde afastada do Velho Mundo.’ Con- tra a supremacia britanica entraram em cena o Primeiro Império francés, apds 1804, e o Império dos prussianos e alemaes, a partir de 1871 — ambos ja nitidas construgées do nacional-imperialismo capitalista neo-europeu. Sua dindmica autodestru- tiva manifestou-se até a exaustao no decorrer do 7. CE. Gerd von Paczensky, Weijfe Herrichaft. Eine Geschichte des Kolonialismus, Frankfurt, 1979. . 8. Quando Winston Churchill, em setembro de 1946 na cidade de Zurique, em um discurso cheio de pressfgios, defendeu os “Estados Unidos da Europa” (EUE), naturalmente nio pensou sequer por um instante que a Gri-Bretanha faria parte deles; ismo insular, as duas outras mar~ stantes. do ponto de vista do imper gens, a americana ea européia, esti quase igualmente Depois de ter aprendido ao longo de mais de duzentos anos a conviver em relagdes muito peculiares com os EUA, por que a i a | Si Inglaterra faria o mesmo, entio, com os EUF se A EUROPA DESPERTAR ncada de Hitler rumo ao estab abe. século XX. Na arr lecimento de uma poténcia mundial formada por uma Grande Alemanha continental, procedeu-se final. mente & fusao de restos inaproveitados do poder imperial austrfaco e catélico-imperial com fatores altamente virulentos do neo-imperialismo capita- lista prussiano-protestante. Do mesmo modo, na edificagao do Império soviético apés 1917 atuaram os motores de uma transmissao imperial de Roma para Moscou via Bizdncio. Nesse mesmo ano, 0 pre- sidente norte-americano Woodrow Wilson — numa estrondosa ruptura com a tradigAo isolacionista de seu pais — decidiu que os Estados Unidos aceitariam a heranga imperial e levariam sua cruzada & Europa.” E por isso que 1917 € 0 ano crucial, o ano em que comegou a titubear a mitomotricidade européia. Assim, 0 fato de que os europeus paregam ter perdido completamente o fio condutor de sua hist- ria apds 1945 explica-se em boa medida tendo-se em vista os destinos dos movimentos de transmissa0 imperial. Por quase meio século, a mitomotricidade européia saiu de cena, e isso nao apenas porqu ideologias do vacuo induzissem a buscar refiigio n2 inocuidade; os europeus fizeram uma pausa em sua ie as 9 nv 5 a ca 9. A descrigao que o general Eisenhower faz da missio da Amit pres: na Segunda Guerra Mundial ainda emprega a mesm? sao: “cruzada na Europa’. TRANSLATIOIMPERIL politica mundial também porque seu mito se des- locou para outros corpos politicos — sobretudo para o superpoderoso Ocidente. Desde que o Império trasladou-se para o outro lado do Atlantico, a Euro- pa se vé obrigada a perguntar em que poderd ainda consistir, no futuro, seu projeto prdprio. Decaird, com 0 passat do tempo, passando a uma “colénia de sua prépria utopia”, na sucinta e perspicaz obser- vacio de Jacques Attali?!° Ou retomard e transfor- mard seu mito constitutivo, com conseqiiéncias para si mesma e para o mundo? 10. Cf. Jacques Attali, Europe(s), Paris, 1994, p. 9- _ - i 5 Do Império a Unido: a atual transferéncia imperial O tempo da pequena politica est4 acabado: j4 0 préximo século trard a luta pelo dominio da Terra —a obrigatoriedade da grande politica. Friedrich Nietzsche Para além do bem e do mal, n° 208 A Comunidade Européia (CE) — que nasceu com a Comunidade Européia para o Carvao eo Ago de 1951 € os tratados de Roma de 1957, e que deveria pros- seguir seu desenvolvimento em direcao a um plano mais elevado de unidade politica e econémica com os tratados de Maastricht — nao foi a principio senao uma tipica construgio da era da letargia. Os politi- cos da Europa de 1950 estavam condenados, se nao a liberdade, certamente a desenvolver sua agao den- tro de limites estreitos. Em todo caso, estava claro Para eles que, no futuro, deveria se acabar com os imperialismos nacionais em solo europeu, € assim. Partiram para o que estava mais 2 mao — para uma Dore RI0 A NIKO

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