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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16274 Primeira edigao 06.03.2014 Valida a partir de 06.04.2014 Sistemas fotovoltaicos conectados a rede — Requisitos minimos para documentagao, ensaios de comissionamento, inspegao e avaliagdo de desempenho Grid connected photovoltaic systems — Minimum requirements for system documentation, commissioning tests, inspection and performance appraisal i i : i Git 228 ae TECNICAS 52 paginas © ABNT 2014 FL 3 i 2 : : ABNT NBR 16274:2014 @ABNT 2014 ‘Todos os direitos reservados. A menos que espectficado de outro modo, nenhuma parte desta publicagéo pode ser reproduzida ou utllzada por qualquer meio, eletrdnico ou mecanico, incluindo fotocépia e microflme, sem permissao por ‘escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 2031-901 - Rio do Janeiro - PU ‘Tol: + 55 21 3974-2300 Fax: + §5 21 3974-2346 abnt@abnt.ora.br wuwabnt.org.br Fi. © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Sumario Pagina Prefacio Introdug: vi 1 Escopo .. 2 Referéncias normativas... 3 Termos e definigdes 4 Requisitos de documentagao do sistema.. 44 Geral. 42 Dados do sistema. 4.2.1 InformagGes basicas do sistem 4.2.2 Informagdes do projetista do sistema. 4.2.3. Informagces do instalador do sistema 43 Diagramas. 43.1 Geral soon z 4.3.2 Especificagdes gerais do arranjo fotovoltaico 4.3.3 Informagées da sériefotovoltaic: 4.3.4 Detalhes elétricos do arranjo fotovoltaico. 4.3.5 Aterramento e prote¢ao contra sobretensao 4.3.6 Sistemac.a = 44 Folhas de dados técnicos 45 Informagées do projeto mecanico.... 46 Informagées de operacao e manutenga 47 Resultados dos ensaios e dados do comissionamento.. 48 Resultados dos ensaios de avaliacao de desempenh 5 Verificacao .. 51 Geral eo 52 Inspega B21 Geral ens 5.2.2 Inspegao do sistema c.c. 5.2.3 Protegao contra sobretensao/choqueelétrico .. 5.2.4 Inspegao do sistema c.a. 5.2.5 iquetagem e identificacao. 5.2.6 Instalago mecnica wn... 53 Ensalos de comissionamento BBA Geral wees = 5.3.2 Regimes de ensaio e ensaios adicionai 6 Procedimentos de ensaio — Categoria 1 61 Continuidade dos condutores de aterramento de protegao e/ou de ligacao equipotencial 62 Ensaio de polaridade...... 63 Ensaio da caixa de juncao. 64 Série fotovoltaica — Medigao de corrent 64.1 Geral. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados il FL3- ABNT NBR 16274:2014 6.4.2 6.4.3 6.44 6.5 66 67 6.7.41 6.7.2 6.7.3 7A TAA TAQ 7A3 72 7.24 7.22 8.4 10.1 10.1.1 10.1.2 10.1.3 10.1.4 10.1.5 10.1.6 10.1.7 10.1.8 10.2 10.2.1 10.2.2 10.2.3 Série fotovoltaica — Ensaio de curto-circuito Procedimentos de ensaio de curto-circuito .. Série fotovoltaica — Ensaio operacional.. ‘Série fotovoltaica - Medico da tensao de circuito aberto Ensaios funcionais.. Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico. Geral Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico — Método de ensaio...16 Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico — Procedimentos de ENSAIO ern Procedimentos de ensaio — Categoria 2 Medigao da curva IV do arranjo fotovolitaico... Medico da curva IV - Voce isc Tel Medico da curva IV — Poténcia do arranjo fotovoltaico .. ‘ou problemas de sombreamento. Procedimento de inspegao do arranjo fotovoltaico com camera IR Procedimento de ensaio com camera IR Interpretando resultados do ensaio com camera IR..... Procedimentos de ensaio ~ Ensaios adicionais, Tensao ao solo - Sistemas com aterramento resistivo. Ensaio do diodo de bloqueio .. Ensaio de resisténcia de isolamento tmido. Avaliagao do sombreamentO.nunene Relatérios de verificacao. Verificagao inicial Verificagao periédica .. Avaliagao de desempenho Av Etapa 1 - Inicio dos ensaios ..... Etapa 2 — Adaptacao dos sensores.. Etapa 3 - Medigao do(s) arranjo(s) fotovoltai Etapa 4 — Detecgdo de problemas (opcional) Etapa 5 — Medigao de parametros ambient: Etapa 6 - Concluséo sobre as causas de funcionamento anémalo e segunda leitura do medidor de energi Etapa 7 - Calculo da energia injetada na rede Etapa 8 — Projegaio do desempenho global (PR) anual. Avaliagao de desempenho tipo 2..... Etapa 1 - Inicio dos ensaios Etapa 2 — Adaptacao dos sensores... Etapa 3 - Medi¢ao dos arranjos fotovoltaicos © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados FLA ABNT NBR 16274:2014 Etapa 4 - Detecoao de problemas (opcion: Etapa 5 — Medicao de parametros ambien! dos medidores de energia. Etapa 7 - Calcul da energia injetada na rede Etapa 8 - Proje¢ao do desempenho global (PR) anual. jografi Anexos Anexo A (informativo) Modelo de certificado de verificagao... Anexo B (informativo) Modelo de relatorio de inspecao. Anexo C (informativo) Interpretagdo das formas de curvas IV... ca Geral.. C2 Variagao 1 — Variagao de corrente.. €.2.1 — Causas devido ao arranjo fotovoltaico. ©.2.2 — Causas devida a modelagem.. €.2.3 Causas devido a medigao...., c3 Variagao 2 — Declive mais acentuado.. C4 Variagao 3 — Degraus na curva . C5 Variagao 4 — Declive menos acentuado . ‘Anexo D (normativo) Obtengao da poténcia nominal de um arranjo fotovoltaico por meio da curva Pe.c425°0) Ge. Da Procedimento de ensai D2 Calculo da poténcia nominal... Anexo E (normativo) CAlculo da energia injetada na rede tedrica (Ep, tec). E41 Procedimento de célculo. E2 Coeficientes da curva de eficiéncia do inversor ‘Anexo F (normative) Cenario de perda FA Definigao F2 Exemplo de equaco para Cp¢.c, como fungao da irradiancia total Anexo G (normativo) Célculo da energia injetada na rede ao longo de um ano tipico (Ep,ano).-50 Gt Procedimento de calcul Figuras Figura 1 — Diagrama de caminho do sol. Figura 2 - Fluxograma do procedimento de avaliagao de desempenho tipo 1 Figura 3 — Fluxograma do procedimento de avaliacao de desempenho tipo 2.. Figura C.1 —Variagdes na forma da curva IV Figura D.1 - Exemplo de curva P..< (2590) x Ge de um arranjo fotovoltaico de 1,5 kWp Figura F.1 - Exemplo de nuvem de pontos de CP¢.c, para um sistema real... Figura F.2 - Curva do comportamento médio da nuvem de pontos de CP..c. Tabela Tabela B.1 — Resultados da inspeca @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados v FL5- ABNT NBR 16274:2014 Prefacio A Associaco Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizacdo. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacéo Setorial (ABNT/ONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros) ‘Os Documentos Técnicos ABNT séo elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente, A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagdo de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 16274 foi elaborada no Comité Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissao de Estudo de Sistemas de Conversao Fotovoltaicas de Energia Solar (CE-03:082.01). © Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n? 10, de 04.10.2013 a 02.12.2013, com o ntimero de Projeto 03:082.01-005. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés 6 o seguinte: Scope This Standard establishes the minimum information and documentation to be compiled after theinstallation ofagrid-connectedphotovoltaicsystem.italsodescribesthedocumentation, commissioning tests and inspection criteria needed to evaluate the safety of the installation and proper operation of the system. The Standard can also be used for periodic verification and performance appraisal of grid connected photovotlaic systems. This Standard applies to DC and low voltage AC installations of grid connected photovotiaic systems. NOTE For those systems connected to medium or high voltage grids, this Standard only applies to the low voltage instalation. This Standard only applies to grid-connected photovoltaic systems that do not use AC modules, energy storage (batteries, for example) or hybrid systems. This Standard is aimed to designers and installers of grid-connected photovoltaic systems, serving as a model for the provision of adequate documentation. By detailing the minimum commissioning tests and inspection criteria, it is also intended to assist in verificatiorvinspection of a grid-connected photovotaic system immediately after installation and subsequent re-inspection, maintenance or moditication. This Standard describes different testing regimes suitable for different types of systems. Itis recommended that the testing regime applied to a photovoltaic system is appropriate to their scale, their type and their complexity. ai © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados FLB- ABNT NBR 16274:2014 Introdugao Sistemas fotovoltaicos conectados & rede tém vida util de duas a trés décadas, com manutengao e/ou modificacéo em alguns momentos ao longo deste periodo. Construgdes ou obras elétricas nas imediagSes do arranjo fotovoltaico s4o muito provaveis, como, por exemplo, no telhado adjacente a0 arranjo fotovoltaico ou modificagées (estruturais ou elétricas) em uma edificagéo que possui um sistema fotovoltaico. A posse do sistema também pode mudar ao longo do tempo, particularmente daqueles montados em edificios. Apenas pelo fornecimento de documentaco adequada no inicio da operacao do sistema ¢ possivel assegurar 0 desempenho de longo prazo e a seguranga do sistema fotovoltaico e/ou de obras a ele relacionadas. Esta Norma possui trés focos principais: a) requisitos de documentagéio (Segao 4) — Esta segdo detalha as informagdes minimas que devem estar presentes na documentagao fornecida apés a instalacao de um sistema fotovoltaico conectado a rede; b) verificagao (Sedo 5) — Esta seco indica a informagao minima que deveser fornecida apés a verificagao inicial (ou periédica) de um sistema. Inclui os requisitos minimos para a inspego © 08 ensaios de comissionamento; ©) avaliagao de desempenho (Sega 10) - Esta segao detalha os procedimentos minimos necessarios para avaliar o desempenho de um sistema fotovoltaico conectado a rede apés o inicio de sua operacdo. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados vi FLT. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16274:2014 Sistemas fotovoltaicos conectados a rede — Requisitos minimos para documentagao, ensaios de comissionamento, inspegao e avaliagao de desempenho 1 Escopo Esta Norma estabelece as informagdes e a documentagdo minimas que devem ser compiladas apés a instalacdo de um sistema fotovoltaico conectado a rede. Também descreve a documentacao, 08 ensaios de comissionamento e os critérios de inspegao necessarios para avaliar a seguranga da instalago e a correta operagao do sistema. A Norma também pode ser utilizada para verificages periddicas e avaliagao do desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados a rede. Esta Norma se aplica a instalagao c.c. e & instalacao c.a. em baixa-tensao de sistemas fotovoltaicos conectados a rede. NOTA Em sistemas conectados em média-tenséo ou alta-tensdo, esta Norma se aplica apenas a instalagao em baixa-tensao. Esta Norma é voltada para sistemas fotovoltaicos conectados a rede que nao utilizem médulos ©.2., armazenamento de energia (baterias, por exemplo) ou sistemas hibridos. Esta Norma é voltada para projetistas e instaladores de sistemas fotovoltaicos conectados a rede, servindo como um modelo para 0 fornecimento da documentagao adequada. Por detalhar os ensaios de comissionamento e os critérios de inspegdo minimos, também se destina a ajudar na verificagéo/ inspegao de um sistema fotovoltaico conectado & rede logo apds a instalacao e posterior reinspe¢ao, manutengao ou modificagao. Esta Norma descreve diferentes regimes de ensaio adequados para diferentes tipos de sistemas. Recomenda-se que 0 regime de ensaio aplicado a um sistema fotovoltaico seja adequado & sua escala, ao seu tipo e & sua complexidade. 2. Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir sdo indispenséveis A aplicacdo deste documento, Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edicdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas) ABNT NBR 10899, Energia solar fotovoltaica — Terminologia ABNT NBR 16149, Sistemas fotovoltaicos (FV) — Caracteristicas da interface de conexao com a rede elétrica de distribuic&o IEC 60364 (all parts), Low-voltage electrical installations IEC 60364-6, Low-voltage electrical installations — Past 6: Verification IEC 60364-7-712, Electrical installations of buildings — Part 7-712: Requirements for special installations or locations - Solar photovoltaic (PV) power supply systems @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 1 Fis. ABNT NBR 16274:2014 IEC 61010 (all parts), Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory use IEC 61557 (all parts), Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V ac. and 1 500 V d.c. — Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures IEC 61730-1, Photovoltaic (PV) module safety qualification ~ Part 1: Requirements for construction IEC 61730-2, Photovoltaic (PV) module safety qualification — Part 2: Requirements for testing 3 Termos e definigoes Para 0s efeitos deste documento, aplicam-se os termos ¢ definigdes da ABNT NBR 10899 © os seguintes. 34 verificagao medidas por meio das quais a conformidade da instalagéio elétrica com as normas pertinentes ¢ verificada NOTA —_ E composta por inspegao, ensaios de comissionamento e relatérios. 3.2 inspegao exame de uma instalagao elétrica utilizando todos os sentidos, a fim de verificar a comreta selegao e montage adequada dos equipamentos elétricos 3.3 valor maximo de sobrecorrente do médulo fotovoltaico valor maximo da sobrecorrente suportada por um médulo fotovoltaico, determinado pela IEC 61730-2 3.4 ensaio de comissionamento realizagdo de medigdes em uma instalagao elétrica, por meio das quais seu correto funcionamento comprovado NOTA Recomenda-se que a verificagao seja realizada por meio de instrumentos de medi¢ao apropriados, pois tais valores nao sao detectaveis na inspegao. 3.5 relatério registro dos resultados da inspegao e dos ensaios de comissionamento 3.6 folha de dados técnicos descrigao e especificacao basicas de um produto NOTA 1 Normalmente uma ou duas paginas. Nao é um manual completo do produto. NOTA2 Termo equivalente em inglés: datasheet. 2 © ABNT 2014 Todos o8 diritos reservados FLI0- ABNT NBR 16274:2014 37 ensalo de avaliaco do desempenho realizagao de medig6es em um sistema fotovoltaico conectado @ rede, por meio das quais seu desempenho é avaliado 3.8 irradiancia caracteristica inradiancia equivalente vista por um médulo fotovoltaico, que depende de caracteristicas préprias como ‘sua tecnologia e seu tipo de vidro. Na pratica, é a irradiancia medida com um médulo/célula calibrado 4 Requisitos de documentagao do sistema 41 Geral objetivo desta segao é listar a documentagao minima que deve ser fornecida apés a instalagao de um sistema fotovoltaico conectado a rede. Esta documentacdo ird garantir que os principais dados do sistema sejam facilmente acessados pelo cliente, pelo operador do sistema, pelo inspetor ou pelo engenheiro de manutengao. A documentacao inclui dados basicos e informagdes que devem ser fornecidas no manual de operagao e manutengao. 4.2 Dados do sistema 4.2.1 Informagées basicas do sistema No minimo, as seguintes informacdes basicas devem ser fornecidas. Estas informagSes “de placa” normalmente sao apresentadas na capa da embalagem da documentacao do sistema. a) identificagao da referéncia do projeto (quando aplicavel); b) nome do proprietario do sistema; ©) localizagao do sistema (enderego ou coordenadas geograticas); 4) poténcia nominal do sistema (kWp e kVA) ©) médulos fotovoltaicos e inversores — fabricante, modelo e quantidade; 1) periodo da instalagao; @) _periodo dos ensaios de comissionamento; h) _periodo dos ensaios de avaliagdo do desempenho (quando aplicavel).. 4.2.2 Informagées do projetista do sistema No minimo, as seguintes informagées devem ser fornecidas sobre todos os responsavels pelo projeto do sistema, Quando mais de uma empresa tem a responsabilidade pelo projeto, as seguintes informacdes devem ser fornecidas sobre todas as empresas, juntamente com uma descri¢ao do seu papel no projeto. a) nome da empresa: @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 3 FLIt. ABNT NBR 16274:2014 b) _responsavel técnico; ©) enderego postal, nimero de telefone e endere¢o de correio eletré 4d) _atividade realizada no projeto (quando aplicavel). 4.2.3 Informagées do instalador do sistema Nominimo, as seguintes informagdes devem ser fornecidas sobre todos os responséveis pela instalacao do sistema. Quando mais de uma empresa tem a responsabilidade pela instalac&o, as seguintes informagdes devem ser fornecidas sobre todas as empresas, juntamente com uma descrigao do seu papel na instalagdo. a) nome da empresa; b)_responsavel técnico; ©) enderego postal, niimero de telefone e enderego de correio eletrénico; 4d) _atividade realizada na instalagao (quando aplicdvel). 4.3 Diagramas 4.3.1 Geral No minimo, um diagrama unifilar deve ser fornecido. Este diagrama deve incluir as informagdes detalhadas em 4.3.2 a 4.3.6: NOTA Emgeral, espera-se que estas informacdes sejam apresentadas como anotagdes no diagrama unifilar. Em algumas circunstancias, normaimente com sistemas de maior dimensao, onde o espaco no diagrama pode ser limitado, estas informacdes podem ser apresentadas em forma de tabela. 4.3.2 Especificagées gerais do arranjo fotovoltaico O diagrama deve incluir as seguintes informagGes de projeto do arranjo fotovoltaico: a) tipo(s) de médulo(s), incluindo suas principais caracteristicas (Voc sto. /sc sto, Vu sTc Imp ste. Pap ste. tecnologia, dimensées e peso, pelo menos); b) numero total de médulos; ©) _nlimero de séries fotovoltaicas; d) quantidade de médulos por série fotovoltaica. 4.3.3 Informagées da série fotovoltaica diagrama deve incluir as seguintes informagGes das séries fotovoltaicas: a) especificagdes do condutor — didmetro e tipo; b) _especificagdes do dispositive de protecao contra sobrecorrente (se houver) —tipo e caracteristicas de tensdo € de corrente; ©) especificagdes do diodo de bloqueio (se houver) — tipo e caracteristicas de tensao e de corrente. 4 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados FLI2. ABNT NBR 16274:2014 4.3.4 Detalhes elétricos do arranjo fotovoltaico O diagrama deve incluir as seg fes informacdes do arranjo fotovoltaico: a) especificagdes do condutor — diémetro e tipo; b) localizagao das caixas de junc&o (quando aplicdvel); ©) localizagdo, tipo e caracteristicas de tensdo e de corrente das chaves c.c; d) _especificagdes do dispositivo de protecao contra sobrecorrente (se houver) - tipo e caracteristicas de tensdo e de corrente. 4.3.5 Aterramento e protecao contra sobretensao diagrama deve incluir as seguintes informagées do sistema de aterramento e da protecao contra sobretensao: a) detalhes de todos os condutores de aterramento/equipotencializacéo - didmetro e pontos de conexdo. Incluir detalhes da equipotencializagao da armacao do arranjo fotovottaico: b) pormenores de quaisquer conexdes a um sistema existente de protego contra descargas atmosféricas (SPDA); ©) detalhes dos dispositivos de protegao contra surtos de tensdo (tanto no lado c.a. quanto no lado <.), incluindo tipo, localizagao e caracteristicas de tensao e de corrente. 4.3.6 Sistema c.a. O diagrama deve incluir as seguintes informagées do sistema c.a.: a) espectficacées do condutor — diémeto e tipo; b) _localizagao, tipo e caracteristicas de tensdo e de corrente das chaves c.a; ©) localizagao, tipo e caracteristicas de tensdo e de corrente do dispositive de protegao contra sobrecorrente; d) localizaeao, tipo e caracteristicas de tensdo e de corrente do dispositivo de detecgéio de corrente residual ~ DR (se houver); e) _localizagao, tipo e caracteristicas de tenséo, de corrente e de ligagao do transtormador (se howver) 4.4 Folhas de dados técnicos No minimo, folhas de dados técnicos devem ser fornecidas para os seguintes componentes do sistema: a) folha de dados técnicos para todos os tipos de médulos utilizados no sistema, segundo os requisitos da IEC 61730-1; b) folha de dados técnicos para todos os tipos d ersores utilizados no sistema; ©) © fornecimento de folhas de dados técnicos para outros componentes significativos do sistema, como chaves, dispositivos de protecao e transformadores (se houver), também deve ser considerado. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 5 FLI3. ABNT NBR 16274:2014 4.5 Informagées do projeto mecanico As folhas de dados técnicos do sistema de montagem do arranjo fotovoltaico e do sistema de rastreamento (se houver) devem ser fornecidas, com detalhes de montagem e cota das pegas, bem como informagdes sobre manutengao. 4.6 Informagées de operagao e manutengao Informagées sobre a operagéo e manutengo devem ser fornecidas, bem como o especificado de a) ag), no minimo: a) 08 procedimentos para verificar 0 funcionamento correto do sistema; b) uma lista do que fazer em caso de uma falha do sistema; ©) 05 procedimentos de desligamento de emergéncia; d) recomendagdes de manutengao e limpeza; e) consideragées para futuras construgées relacionadas ao arranjo fotovoltaico (por exemplo, obras no telhado); f) documentagao da garantia dos médulos fotovoltaicos e inversores — incluir data de inicio da garantia e periodo da garantia; 9) documentagao de quaisquer garantias referentes a obra e/ou a resisténcia a intempéries. 4.7 Resultados dos ensaios e dados do comissionamento Cépias de todos os dados dos ensaios de comissionamento devem ser fornecidas. No minimo, estas devem incluir os resultados dos ensaios detalhados na Secao 5. 4.8 Resultados dos ensaios de avaliagao de desempenho Cépias de todos os dados dos ensaios de avaliagao de desempenho devem ser fornecidas. No minimo, estas devem incluir os resultados dos ensaios detalhados na Se¢ao 10. 5 Veri go 5.1 Geral Grande parte da verificagao de um sistema fotovoltaico conectado a rede deve ser feita com referéncia & IEC 60364-6, que define os requisitos para a verificagao inicial e periédica de qualquer instalacao elétrica em baixa-tensao. Esta secdo descreve os requisitos para a verificacdo inicial e periddica de uma instalacao fotovoltaica ‘conectada a rede em particular. Ela faz referéncia a IEC 60364-6, quando aplicavel, além de detalhar requisitos ou consideragées adicionais para a verificagao de um sistema fotovoltaico. A verificacdo inicial ocorre logo apés a conclusao de uma nova instalacdo, acréscimos ou modificages de instalagdes existentes. A verificagao periddica determina, tanto quanto possivel, se a instalagao @ todos os seus equipamentos permanecem em condigdes satistatorias para 0 uso. NOTA Folhas de verificagao tipicas sao fornecidas nos anexos desta Norma. 6 © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados FLt4. ABNT NBR 16274:2014 Ointervalo entre as verificagées nao pode ser mais longo do que o requerido para a instalagao elétrica c.a. ao qual o sistema fotovoltaico est conectado, Toda a instalacéo de subsistemas e componentes deve ser verificada durante a montagem, tanto quanto praticdvel, e, no final, antes de ser posta em servico, com referéncia a esta Norma e & IEC 60364-6. A verificagao inicial deve incluir a comparagdo dos resultados com os critérios estabelecidos nesta Norma para confirmar se os requisitos da série IEC 60364 e IEC 60364-7-712, em particular, foram cumpridos. Para adigao ou alteracéo de uma instalagao existente, deve ser verificado se a adigéo ou alteragao esta em conformidade com a série IEC 60364 e IEC 60364-7-712, em particular, e no compromete a seguranca da instalagao existente. Verificagées iniciais e periédicas devem ser feitas por um profissional treinado, com competéncia em verificagao. 5.2. Inspegao 5.2.1 Geral A inspegao deve preceder os ensaios de comissionamento e é feita antes da energizacao da instalagao. Deve ser realizada segundo os requisitos da IEC 60364-6. E importante, durante a inspe¢do, confirmar que os equipamentos instalados conferem, em numero @ caracteristicas, com os informados no projeto. E necessério garantir a conformidade com a série IEC 60364 e IEC 60364-7-712, em particular. As alineas a) a m), especificadas em 5.2.2, a) a f) especificadas em 5.2.3, a) a c) especificadas em 5.2.4, a) a g) especificadas em 5.2.5 e a) a d) especificadas em 5.2.6 devem ser incluidas na inspegao. 5.2.2 Inspegio do sistema c.c. Durante a inspegao da instalagao c.c., deve ser verificado se a) o sistema c.c. foi projetado, especificado e instalado conforme os requisitos da série IEC 60364, ‘om goral, e IEC 60364-7-712, em particular; b) todos os componentes ¢.c. sdo clasificados para operacao continua em o. tensao ¢.c. do sistema e a maxima cortente .c. de falta; , sob a maxima NOTA 1 A inspegao do sistema c.c. requer 0 conhecimento da tensao e da corrente maximas do sistema. NOTA2 A tensao maxima do sistema é uma func&o da configurago da série/arranjo fotovoltaico, da tensio de circuit aberto (Voc) dos médulos ¢ de um muttiplicador para considerar as variagdes de temperatura e irradiancia. NOTA3 A corrente de falta maxima possivel é uma fungao da configuragao da série/arranjo fotovoltaico, da corrente de curto circuito (isc) dos médulos e de um multiplicador para considerar as variagdes de temperatura ¢ irradiancia ©) protegaopor isolamento classe Il ou equivalente foi adotada no lado c.c.; @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 7 FLIS- ABNT NBR 16274:2014 d) 08 cabos das séries fotovoltaicas, os cabos dos arranjos fotovoltaicos e 0 cabo c.c. principal foram selecionados e montados de forma a minimizar o risco de faltas a terra e a curtos-circuitos; NOTA Normaimente, isso pode ser alcangado por meio da utiizagao de cabos com isolamento de protegao reforcado (muitas vezes, chamado de “duplo isolamento’), @) todos os cabos foram selecionados e montados para resistir as influéncias externas esperadas, como 0 vento, a formacao de gelo, a temperatura e a radiagao solar; 4) nos sistemas sem dispositive de protegao contra sobrecorrente nas séries fotovoltaicas o valor maximo de sobrecorrente do médulo fotovoltaico (Ir) é maior do que a corrente reversa possivel, @ os cabos das séries fotovoltaicas foram dimensionados para acomodar a corrente de falta maxima combinada das séries fotovoltaicas em paralelo; NOTA Ver IEC 60364-7-712 para o célculo da corrente reversa dos arranjos fotovoltaicos. ) nos sistemas com dispositivo de protegao contra sobrecorrente nas séries fotovoltaicas, este dispositivo foi corretamente posicionado e especificado conforme as instrucdes do fabricante para a protecao dos médulos fotovoltaicos; hh) meiosde desconexéo foram instalados nas séries fotovoltaicas € subarranjos fotovoltaicos, segundo os requisitos da IEC 60364-7-712; i) uma chave c.c. estd instalada no lado .c. do inversor; j) _nossistemas com diodos de bloqueio, a tensao reversa destes componentes esta em conformidade com 08 requisitos da IEC 60364-7-712; k) um dos condutores c.c. esta ligado a terra, se existe pelo menos separacao simples entre os lados c.a.e 0c. eas ligagdes a terra foram construidas de modo a evitar a corrosao; !) plugues e soquetes conectados entre si sao do mesmo tipo e do mesmo fabricante; m) quando um sistema fotovoltaico possuir conexao direta a terra no lado c.c. (aterramento funcional), um dispositive de interrupeao de falta & terra esté instalado segundo os requisitos da IEC 60364-7-712 NOTA —_Normalmente isto é provido pelo inversor. 5.2.3 Protecao contra sobretensao/choqueelétrico Durante a inspego do sistema fotovoltaico, deve ser verificado se: a) um dispositivo supervisor de isolamento do arranjo fotovoltaico e umsistema de alarme esto instalados segundo as especificagdes da IEC 60364-7-71 NOTA — Normalmente isto € provido pelo inversor, b) um dispositive de deteccao de corrente residual de fuga para a terra e um sistema de alarme esto instalados, segundo as especificagdes da IEC 60364-7-712; NOTA — Normalmente isto 6 provido pelo inversor, ©) quando um dispositive de detecgao de corrente residual - DR esté instalado no circuito ca. alimentando um inversor, se 0 dispositive foi selecionado de acordo com os requisitos da IEC 60364-7-712; NOTA Para alguns inversores, um DR tipo B pode ser requerido. 8 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados FLIG. ABNT NBR 16274:2014 d) para minimizar tensdes induzidas por raios, a area de todos os lagos na fiagao foi mantida tao pequena quanto possivel; e) 08 condutores de aterramento da armagéio do arranjo fotovoltaico e/ou dos médulos foram corretamente instalados e estado ligados a terra; 1) quando condutores de aterramento de protecao e/ou condutores de ligagao equipotencial estao instalados, se estes esto paralelos e juntos aos cabos c.c. 5.2.4 Inspegao do sistema c.a. Durante a inspego da instalagao c.a., deve ser verificado se; a) um meio de seccionamento do inversor foi fornecido no lado c.a; b) todos os dispositivos de isolamento e seccionamento foram ligados de forma que a instalagao fotovoltaica estejaconectada ao lado “carga” e a rede elétrica ao lado “fonte”; ©) 08 pardmetros operacionais do inversor foram programados segundo a ABNT NBR 16149 e/ou regulamentagGes locais 5.2.5 Etiquetagem e identificacao Durante a inspego do sistema fotovoltaico, deve ser verificado se: a) todos 0s circuitos, dispositivos de protegao, chaves ¢ terminais estéo devidamente identificados e etiquetados; b) todasas caixas de juncao c.c. dos arranjos fotovoltaicos possuem uma etiqueta de aviso indicando que as partes vivas no interior das caixas sao alimentadas a partir de um arranjo fotovoltaico permanecem vivas mesmo depois do seccionamento do inversor da rede elétrica; ©) _etiquetas de adverténcia esto fixadas no ponto de interconexao com a rede; d) um diagrama unifilar é exibido no local; €) as configuragdes de protegao do inversor € informagGes do instalador so exibidas no local; 1) 08 procedimentos de destigamento de emergéncia so exibidos no local; Q) todos 0s sinais e etiquetas estao devidamente afixados e sao duraveis. NOTA Os _requisitos para sinais ¢ ctiquetas de sistemas fotovoltaicos esto detalhados na IEC 60364-7-712. 5.2.6 Instalagéo mecanica Durante a inspegdo do sistema fotovoltaico deve ser verificado se: a) ha ventilagao possivel por tras do arranjo fotovoltaico para evitar o risco de superaquecimento/ ince b) aarmagao e os materiais do arranjo fotovoltaico sao & prova de corrosao; @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 9 FLIT- ABNT NBR 16274:2014 ©) a armacao do arranjo fotovoltaico esta corretamente fixada e é estdvel e as fixagdes no telhado do a prova de intempéries; 4) as entradas de cabos so & prova de intempéries. 5.3 Ensaios de comissionamento 5.3.1 Geral Os ensaios de comissionamento da instalagao elétrica devem ser realizados segundo os requisitos da IEC 60364-6. Os instrumentos de medigao, os equipamentos de monitoramento e os métodos devem ser escolhidos de acordo com as partes aplicéveis das séries IEC 61557 e IEC 61010. Se outros equipamentos de medigao sao utilizados, eles devem fornecer um grau equivalente de desempenho e seguranga. Os métodos de ensaio descritos nesta seco sao fornecidos como referencia; outros métodos nado esto impedidos, desde que nao fornegam resultades menos valides, Cada ensaio deve ser realizado segundo as Segdes 6, 7 e 8 e na sequéncia listada. No caso de um ensaio indicar uma falha, uma vez que esta fol corrigida, todos os ensaios anteriores devem ser repetidos, caso a falha possa ter influenciado os resultados destes ensaios. No caso de qualquer um dos ensaios indicar nao conformidade com os requisitos, este ensaio qualquer ensaio anterior que possa ter sido influenciado pela falha devem ser repetidos. 5.3.2 Regimes de ensaio e ensaios adicionais regime de ensaio aplicado a um sistema fotovoltaico deve ser adequado para a escala, 0 tipo, a localizagao e a complexidade do sistema em questao. Esta Norma especitica dois regimes de ensaio, juntamente com uma série de ensaios adi também podem ser realizados uma vez que a sequéncia-padrao est completa. a) categoria 1 — conjunto padrao de ensaios que deve ser aplicado a todos os sistemas. b) categoria 2 — sequéncia expandida de ensaios que assume que todos os ensaios da categoria 1 jd foram realizados. 5.3.21 Regime de ensaio categoria 1 Um regime de ensaio categoria 1 € a sequéncia minima de ensaios que deve ser aplicada a todos os sistemas, independentemente da escala, do tipo, da localizagao ou da complexidade. Os ensaios seguintes devem ser realizados em todos os sistemas: a) ensaio do(s) circuito(s) c.a. segundo os requisitos da IEC 60364-6; b) _continuidade da ligagao & terra e/ou dos condutores de ligago equipoten ©) ensaio de polaridade; d) ensaio da(s) caixa(s) de jungao; 10 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados FLt8- ABNT NBR 16274:2014 e) ensaio de corrente da(s) série(s) fotovoltaica(s) (curto-circuito ou operacional); 1) ensaio de tensdo de ito aberto da(s) série(s) fotovoltaica(s); 4) ensaios funcionais; h) _ensaio de resisténcia de isolamento do(s) circuito(s) c.c. Um ensaio de curva IV (como o descrito na Seco 7) 6 um método alternativo aceitavel para se obter a tenso de circuito aberto (Vg) e a corrente de curto-circuito (Isc). Quando um ensaio de curva IV é realizado, ensaios separados de Voc € Isc nao so necessérios, desde que o ensaio de curva de IV seja realizado no momento adequado da sequéncia de ensaios das alineas e) e f) 5.3.2.2 Regime de ensalo categoria 2 Um regime de ensaio categoria 2 se destina a sistemas maiores ou mais complexos. Todos os ensaios do regime de ensaio categoria 1 devem ter sido realizados, e o sistema aprovado antes do dos ensaios do regime de ensaio categoria 2. Além dos ensaios do regime de ensaio categoria 1, os ensaios a seguir, descritos na Seco 7, podem ser aplicados: a) ensaio de curva IV da(s) série(s) fotovoltaica(s); b) _inspegaio com eémera infravermelha (IR — do inglés, infrared). Como observado na descri¢ao do regime de ensaio categoria 1, quando um ensaio de curva IV for realizado, ele fornece um meio aceitavel para medir Igc € Voc. NOTA Em algumas circunstancias, apenas uma parte do regime de ensaio categoria 2 pode ser realizada Um exemplo desta situagao 6 quando um cliente deseja que uma avaliagao do arranjo fotovottaico fornecida pelo ensaio de curva IV seja adicionada a sequéncia-padréio do regime de ensaio categoria 1 5.3.2.3 Ensaios adicionais ‘Além do conjunto-padrao de ensaios descritos nos regimes de ensaio categorias 1 € 2, também ha outros ensaios que podem ser realizados em algumas circunstancias. Estes ensaios sao suscetiveis, de ser aplicados, quer devido a um pedido de um cliente especifico quer como um meio de detecgao de falhas quando outros ensaios ou anomalias operacionais sugerirem um problema que ainda nao foi identificado pelos ensaios-padrao. a) tenso ao solo ~ sistemas com aterramento resistivo: Este ensaio ¢ utilizado para avaliar os sistemas que possuem uma ligago de alta impedancia (resistiva) para 0 solo. Um procedimento é descrito na Secao 8. b) ensaio do diodo de bloqueio: Diodos de bloqueio podem faihar em estados curto-circuitados ou abertos. Este ensaio é importante para as instalagdes onde diodos de bloqueio sao utilizados. Um procedimento para ensaiar diodos de bloqueio é descrito na Sega 8. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados " FLI9- ABNT NBR 16274:2014 ©) ensaio de resisténcia de isolamento imide: Um ensaio de resisténcia de isolamento Umido é utilizado principalmente como parte de um exercicio de localizagao de falhas, onde os resultados de um ensalo de resisténcia de isolamento- padrdo (nominalmente seco) so questionaveis ou onde hd suspeita de falhas de isolamento devido Ainstalagao ou deteitos de fabricacao. Um procedimento de ensaio de resisténcia de isolamento imido € descrito na Segao 8. ) avaliagao do sombreamento: ‘Ao inspecionar um sistema fotovoltaico novo, a avaliagéo das condigdes de sombreamento pode ser um registro util. Como as medigGes elétricas descritas nesta Norma, a avaliagdo de sombreamento fornece uma linha de base para futuras comparagdes com a possivel mudanga do ambiente de sombras. Um registro de sombreamento também pode ser titi para verificar se os pressupostos de sombreamento utilizados para o projeto do sistema estdo refletidos no sistema construido. Registros de sombreamento t8m um uso particular quando um projeto esté sujeito a uma garantia de desempenho ou outro contrato de desempenho similar. Um procedimento para registrar 0 sombreamento ¢ descrito na Seco 8 6 Procedimentos de ensaio - Categoria 1 6.1 Continuidade dos condutores de aterramento de protegdo e/ou de ligagdo equipotencial Quando condutores de aterramento de protec e/ou de ligagao equipotencial séo utilizados no lado c.c., como os da armacao do arranjo fotovoltaico, um ensaio de continuidade elétrica deve ser realizado em todos os condutores desse tipo e com um equipamento de medigéo adequado. A continuidade da ligagao ao terminal de terta principal também deve ser verificada. 6.2 Ensaio de polaridade Apolaridade de todos os cabos c.c. deve ser verificada utilizando um equipamento de ensaio adequado. Uma vez que a polaridade 6 contirmada, os cabos devem ser verificados para garantir que esto identificados e conectados corretamente aos dispositivos do sistema, como chaves ou inversores. NOTA Por raz6es de seguranca e para prevenir danos aos equipamentos conectados, é extremamente importante realizar a veriicagao de polaridade antes de outros ensaios e antes de fechar chaves ou inserit 0s dispositivos de protecao contra sobrecorrente das séries totovoltaicas. Se um ensaio de polaridade é realizado ‘em um sistema previamente conectado e 6 encontrada inversao de polaridade em uma série fotovoltaica, 6 importante, entao, procurar nos médulos @ nos diodos de by-pass quaisquer danos causados por este erro. 6.3 Ensaio da caixa de jungao Uma tinica série fotovoltaica conectada com a polaridade invertida dentro de uma caixa de jungéo pode ser, &s vezes, dificil de identificar. As consequéncias de uma série fotovoltaica conectada com a polaridade invertida, particularmente em sistemas de maiores dimensées, com varias caixas de jungao interligadas, podem ser significativas. O objetivo do ensaio da caixa de jungao é garantir que todas as séries fotovoltaicas interligadas a uma caixa de jungao estao conectadas corretamente. Embora seja possivel fazer um ensaio de polaridade com um multimetro digital, ao verificar um grande nlimero de circuitos, a visualizacao do simbolo “-" pode ser relativamente facil de ignorar. Como alter- nativa, a sequéncia de procedimentos seguinte indica uma ligagéo reversa por meio de uma leitura de tensao substancialmente diferente. 12 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 O procedimento do ensaio ¢ como segue, e este deve ser realizado antes que quaisquer fusiveis das séries fotovoltaicas sejam inseridos pela primeira vez: a) colocar todos 0s fusiveis negativos para que as séries fotovoltaicas compartilhem um barramento negativo comum; b) _inserir nenhum fusivel positivo; ©) medir a tensao de circuito aberto da primeira série fotovoltaica, positivo para o negativo, © assegurar que é um valor esperado; d) deixar uma ponta de prova no polo positive da primeira série fotovoltaica ensaiada e colocar ‘a outra ponta no polo positive da série fotovoltaica seguinte. Com a referéncia comum negativa, a tensdo medida deve ser préxima de zero; e) continuar as medig6es nas séries fotovoltaicas subsequentes, usando 0 primeira circuito positive ‘como a conexao comum de medigao; 1) a condigdo de polaridade inversa deve ser mi duas vezes a tens&o do sistema. evidente, se existir, a tensdio medida deve ser 6.4 Série fotovoltaica - Medi¢ao de corrente 6.4.1 Geral O propésito de um ensaio de medigao da corrente de uma série fotovoltaica 6 verificar se nd ha falhas graves na fiagao do arranjo fotovoltaico. Estes ensaios no podem ser tomados como uma medida do desempenho do médulo/arranjo fotovoltaico. Doismétodos de ensaio sao possivels (curto-circuito ou operacional), eambos vao fornecer informagses sobre 0 funcionamento correto da série fotovoltaica. Quando possivel, 0 ensaio de curto-circuito é preferido, uma vez que deve excluir qualquer influéncia dos inversores. 6.4.2 Série fotovoltaica — Ensaio de curto-circuito A corrente de curto-circuito de cada série fotovoltaica deve ser medida utilizando aparelhos de medig&o adequados. A formacdio/interrupedio de correntes de curto-circuito das séries fotovoltaicas € potencialmente perigosa, e um procedimento de ensaio adequado, tal como o descrito abaixo, deve ser seguido. Os valores medidos devem ser comparados com os valores esperados. Para sistemas com multiplas séries fotovoltaicas idénticas e onde ha condig6es de irradiancia estaveis, as medigGes de corrente em séries fotovoltaicas individuais devem ser comparadas. Estes valores devem ser os mesmos {tipicamente dentro de 5 % para condigées de irradiancia estaveis). Para condigdes nao estaveis de irradidncia, os seguintes métodos podem ser adotados: a) 08 ensaios podem ser adiados; b) os ensaios podem ser feitos usando varios medidores, com um medidor em uma série fotovoltaica de referéncia; ©) uma leitura do medidor de irradiancia pode ser utilizada para ajustar as leituras de corrente. NOTA Ouso de um medidor de irradidincia é incluido aqui apenas como um meio para determinar se a corrente medida est dentro da faixa esperada. Como observado nesta subsegao, o ensaio de curto-circuito se destina a detectar falhas em vez de dar qualquer indicacao de desempenho do sistema. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 13 ABNT NBR 16274:2014 6.4.3 Procedimentos de ensaio de curto-circuito Assegurar que todas as séries fotovoltaicas estdo isoladas umas das outras e que todos os de seccionamento e meios de desconexéo estejam abertos. ispositivos Um curto-circuito temporario deve ser introduzido na série fotovottaica em ensaio. Isto pode ser conseguido mediante a) © uso de um instrumento de ensaio com fungao de medigao de corrente de curto-circuito; b) um cabo de curto-circuito temporariamente ligado a um dispositive de seccionamento em carga jA presente no circuito da série fotovoltaica; ©) uso de uma “caixa de ensaio de curto-circuito” — um dispositive de seccionamento em carga que pode ser temporariamente introduzido no circuito para criar um curto-circuito seccionavel com seguranga. Deve ser assegurado que o instrumento de ensaio tem capacidade de medigao de corrente @ tensdo superior & maxima corrente de curto-circuito e a maxima tensdo de circuito aberto possiveis, respectivamente. Também deve ser assegurado que, no caso de um dispositivo de seccionamento e/ou um condutor de curto-circuito ser utilizado, sua capacidade nominal de corrente e tenso é maior que ‘maxima corrente de curto-circuito e a maxima tensao de cirouito aberto possiveis, respectivamente. A corrente de curto-circuito pode, entéo, ser medida utilizando-se um alicate-amperimetro, um amperimetro em série com 0 circuito ou um instrumento de ensaio com fungdo de medicéo de corrente de curto-circuito. NOTA Uma “caixa de ensaio de curto-circuito” é um item do equipamento de ensaio que pode ser usado para ambos os ensaios de curto-circuito e de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico (ver 67). 6.4.4 Série fotovoltaica — Ensaio operacional Com 0 sistema ligado e no modo de operagao normal (inversores seguindo 0 ponto de maxima poténcia), a corrente de cada série fotovoltaica deve ser medida utilizando um alicate-amperimetro apropriado colocado em torno do cabo da série fotovoltaica. Os valores medidos devem ser comparados com os valores esperados. Para sistemas com mtltiplas séries fotovoltaicas idénticas e onde hd condigdes de irradiancia estaveis, as medic&es de corrente em séries fotovoltaicas individuais devem ser comparadas. Estes valores devem ser os mesmos (tipicamente dentro de 5 % para condigdes de iradiancia estaveis). Para condigdes nao estaveis de irradiancia, os seguintes métodos podem ser adotados: a) 08 ensaios podem ser adiados; b) 0s ensaios podem ser feitos usando varios medidores, com um medidor em uma série fotovoltaica de referéncia; ©) uma leitura do medidor de irradiancia pode ser utilizada para ajustar as leituras de corrente. 14 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 6.5 Série fotovoltaica - Medi¢ao da tensao de circuito aberto Afinalidade da medicao da tensao de circuito aberto dentro da sequéncia de ensaios doregime de ensaio categoria 1 é verificar se as séries de médulos estao corretamente conectadas e, especificamente, se 0 numero esperado de médulos estéo conectados em série, Esquecer uma interconexao ou interligar equivocadamente um numero errado de médulos dentro de uma série fotovoltaica é um erro relativamente comum, especialmente em sistemas maiores, e 0 ensaio de tensao de circuito aberto rapidamente identifica essas falhas. NOTA ‘Tensées significativamente menores do que o valor esperado pode indicar que um ou mais médulos estao conectados com a polaridade errada ou que ha faltas devido a mau isolamento, com subsequentes danos, e/ou acimulo de agua em eletrodutos ou nas calxas de juneao. Leituras de tensdes elevadas so geralmente 0 resultado de erros de fiagdo A tensdo de circuito aberto de cada série fotovoltaica deve ser medida utlizando um aparelho de medi¢ao apropriado. Isto deve ser feito antes do fechamento de qualquer chave ou instalagao dos Gispositivos de protegao contra sobrecorrente das séries fotovoltaicas (se for o caso) Aleitura de tensao de circuito aberto da série fotovoltaica deve, entao, ser avaliada para garantir que corresponde ao valor esperado (tipicamente dentro de 5 %) por meio de uma das seguintes maneiras: a) _comparar com o valor esperado obtido na folha de dados técnicos do médulo; b) medir Voc em um nico médulo e, em seguida, utilizar este valor para calcular o valor esperado para a série fotovoltaica; ©) para sistemas com miltiplas séries fotovoltaicas idénticas e quando houver condigdes de irradiancia estaveis, as tensdes entre as séries fotovoltaicas podem ser comparadas; d) para sistemas com miliplas séries fotovoltaicas idénticas e quando houver condiges de irradiancia instaveis, as tensdes entre as séries fotovoltaicas podem ser comparadas usando miitiplos medidores, com um medidor em uma série fotovoltaica de referéncia; 6.6 Ensaios funcionais Os seguintes ensaios funcionais devem ser realizados: a) dispositivos de seccionamento e outros aparelhos de controle devem ser ensaiados para garantir que funcionam corretamente e que esto devidamente montados e conectados; b) todos os inversores que fazem parte do sistema fotovoltaico devem ser ensaiados para garantir © funcionamento correto. O procedimento deve ser aquele definido pelo fabricante do inversor. 6.7 Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico 67.1 Geral Circuitos ¢.c. de arranjos fotovoltaicos esto vivos durante o dia e, ao contrario de um circuito c.a. convencional, nao podem ser isolados antes de realizar este ensaio. Realizar este ensaio apresenta um risco de choque elétrico em potencial. E importante compreender completamente 0 procedimento antes de iniciar qualquer trabalho. Recomenda-se que as seguintes medidas basicas de seguranca sejam seguidas: a) limitar 0 acesso @ area de trabalho; @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 15 ABNT NBR 16274:2014 b) nao tocar e tomar medidas para evitar que quaisquer outras pessoas toquem em qualquer superficie metélica com qualquer parte do corpo ao realizar 0 ensaio de isolamento; ©) nao tocar e tomar medidas para evitar que outras pessoas toquem na parte de tras do médulo ‘©U nos terminais do médulo com qualquer parte do corpo ao realizar o ensaio de isolamento; d) sempre que o dispositive de ensaio de isolamento é energizado, hé tensdo na dtea de ensaio. O equipamento deve ter capacidade de autodescarga automatica; e) roupas/equipamento de protegao pessoal apropriadas devem ser utilizadas durante a realizagao do ensaio. Quando os resultados do ensaio a seco sao questionaveis, ou quando houver suspeitas de falhas de isolamento devido a instalagao ou defeitos de fabricagao, um ensaio de resisténcia de isolamento imido do arranjo fotovoltaico pode ser apropriado (ver Se¢ao 8) para um procedimento de ensaio adequado. 6.7.2 Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico - Método de ensaio ensaio deve ser repetido para cada arranjo fotovoltaico, no minimo. Também & possivel ensaiar séries fotovoltaicas individuais, se necessdrio. Dois métodos de ensaio sao possiveis: a) método de ensaio 1 — ensaio entre 0 negativo do arranjo fotovoltaico e a terra, seguido de um ensaio entre o positivo e a terra; b) método de ensaio 2 ~ ensaio entre a terra e 0 curto-circuito do positive e do negative do arranjo fotovoltaico. Quando a estrutura de suporte estiver ligada & terra, a ligagao a terra pode ser em qualquer ponto de terra adequado ou na estrutura do arranjo fotovoltaico (quando esta é utilizada, assegurar um bom contato € que ha continuidade ao longo de toda a estrutura metélica). Para sistemas onde a estrutura do arranjo fotovoltaico nao estiver ligada a terra (por exemplo, ‘em uma instalagdo classe II), um engenheiro de comissionamento pode optar por fazer dois ensaios: ‘ou entre 0s cabos do arranjo fotovoltaico e a terra e um ensaio adicional ou entre os cabos do arranjo fotovoltaico e a estrutura. Para arranjos fotovoltaicos que ndotém partes condutoras acessiveis (por exemplo, telhas fotovottaicas), © ensaio deve ser entre os cabos do arranjo fotovoltaico e a terra da edificagao. ‘Quando 0 método de ensaio 2 for adotado, para minimizar 0 risco de arcos eléctricos, os cabos positivo € negativo do arranjo fotovoltaico devem ser curto-circuitados de forma segura. Normalmente, isto é alcangado por meio de uma “caixa de ensaio de curto-circuito” adequada. Tal dispositive incorpora um seccionador c.c. sob carga que pode, seguramente, fazer e desfazer a ligagéio de curto-circuito, depois que os cabos do arranjo fotovoltaico tiverem sido ligados de forma segura no dispositivo. © procedimento de ensaio deve ser projetado para garantir que picos de tensdo nao excedam 08 limites dos médulos, das chaves, dos DPS e de outros componentes do sistema. 6.7.3 Ensaio de resisténcia de isolamento do arranjo fotovoltaico — Procedimentos de ensaio Antes de iniciar 0 ensaio, limitar 0 acesso a pessoas no autorizadas, isolar o arranjo fotovoltaico do inversor (geralmente com a chave c.c. principal), e desligar qualquer equipamento que pode ter um impacto sobre a medicao de isolamento (por exemplo, a protecao contra sobretensao) nas caixas de jungao, 16 © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Quando uma “caixa de ensaio de curto-circuito” estiver sendo utilizada no ensaio com 0 método 2, 08 cabos do arranjo fotovoltaico devem ser firmemente conectados ao dispositive de curto-circuito antes da chave de curto-circuito ser fechada. O dispositive de ensaio de resisténcia de isolamento deve ser conectado entre a terra e o(s) cabo(s) do arranjo fotovoltaico, conforme seja apropriado para o método de ensaio adotado. Os cabos de ensaio devem estar firmemente conectados antes de realizar 0 ensaio. Seguir as instrugdes do dispositivo de ensaio de resisténcia de isolamento para garantir que a tensdio de ensaio esteja de acordo com a Tabela 1 € as leituras em MQ. A resisténcia de isolamento, medida com a tens&o de ensaio indicada na Tabela 1, é satisfatéria se cada circuito possuir uma resisténcia de isolamento nao inferior ao valor apropriado indicado na Tabela 1 Verificar se o sistema est desenergizado antes de retirar os cabos de ensaio ou tocar em qualquer parte condutora, Tabela 1 - Valores minimos de resisténcia de isolamento Tensdo do sist Método de ensaio fensao do sistema | rensio de ensaio |, Resisténcia de (Woe ste x 1.25) isolamento minima Método de ensaio 1 < 120 250V 0,5 Ma Ensaios separados no 120-500 500V 1M positive e no negativo do arranio fotovoltaico > 500V 1000 1 Ma Método de ensaio < 120 250V 0,5 Ma Positivo e negative do arranjo ‘ia Sag 5ooy 1 Mo fotovoltaico em curto-circuito —, ai Tua NOTA —__ Ensaios separados em um cabo negative de um arranjo fotovoltaico isolado podem resultar em ‘uma tenséo de ensaio final maior (devidea tensdo de ensaio adicionada a tensdo do sistema). Isto precisa ser levado em considerago durante a execugdo do ensaio, mas ndo afetaré os citrios de aprovagdolreprovacdo. 7 Procedimentos de ensaio — Categoria 2 7.1 Medigao da curva IV do arranjo fotovoltaico O ensaio de curva IV de um arranjo fotovoltaico pode fornecer as seguintes informacées: a) medidas de Voc € Isc do arranjo fotovoltaico; b) _ medigdo da poténcia do arranjo fotovoltaico; ©) _identificagao de defeitos nos médulos/arranjos fotovoltaicos ou problemas de sombreamento. Antes de iniciar um ensaio de curva IV, deve-se garantir que as caracteristicas nominais de tenséo e de corrente do dispositivo de ensaio de curva IV séo adequadas para a tensao e a corrente do circuito em ensaio, respectivamente. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 7 ABNT NBR 16274:2014 7.1.1 Medigao da curva IV ~ Voc e Isc. Um ensaio de curva IV ¢ um método alternativo aceitdvel para medir a tensdo de citcuito aberto @ a corrente de curto-circuito de uma série fotovoltaica ou arranjo fotovoltaico. Quando um ensaio de curva IV é realizado, ensaios separados de Voc € de Isc nao so necessarios, desde que o ensaio de curva de IV seja realizado no momento adequado do regime de ensaio categoria 1 alineas e) ef) na sequéncia). A série fotovoltaica ou o arranjo fotovoltaico em ensaio deve ser isolada(o) e conectada(o) ao dispositive de ensaio de curva IV. Se a finalidade do ensaio é apenas derivar valores de Voc e de Isc, entéo nao ha nenhuma exigéncia para medir a irradiancia ou a temperatura de costa de célula. 7.1.2 Medigao da curva IV ~ Poténcia do arranjo fotovoltaico Dadas condiges adequadas de irradidncia, um ensaio de curva IV fomece um meio para medir se a poténcia nominal de um arranjo fotovoltaico coincide com a de placa. Medig&es da poténcia de séries e arranjos fotovoltaicos devem ser realizadas em condigbes de irradiancia de pelo menos 700 Wim?, medida no plano dos médulos. O ensaio deve ser realizado ‘em um momento do dia em que o sol esta iluminando diretamente o arranjo fotovoltaico (angulo de incidéncia nao superior a + 22,5") NOTA — Acorrente e a tensdo de maxima poténcia de uma série fotovoltaica so diretamente afetadas pela irradiancia e pela temperatura e so indiretamente afetadas por quaisquer mudangas na forma da curva IV. procedimento para 0 ensaio de curva IV 6 0 que segue: a) a série fotovoltaica ou 0 arranjo fotovoltaico em ensaio deve ser isolada(o) e conectada(o) a0 dispositivo de ensaio de curva |V; b) © dispositivo de ensaio de curva IV deve ser programado com as caracteristicas, © tipo e a quantidade de médulos em ensaio; ©) © medidor de irradiancia associado ao dispositive de ensaio de curva IV deve ser montado no mesmo plano dos médulos e sem a interferéncia de qualquer sombra localizada. Sempre que uma célula de referéncia ¢ utilizada, deve ser da mesma tecnologia de célula que as do arranjo fotovoltaico em ensai d) quando o dispositivo de ensaio de curva IV utiliza uma sonda de temperatura de célula, esta deve ser solidamente fixada @ parte posterior do médulo © no centro de uma das células. Quando as medigées de temperatura sao calculadas pelo dispositive de ensaio de curva IV, uma verificagao deve ser efetuada para assegurar que as caracteristicas do médulo séo introduzidas corretamente no dispositivo; €) antes de iniciar 0 ensaio, 0 nivel de irradidncia deve ser verificado para assegurar que ¢ superior a 700 Wim? no plano do arranjo fotovoltaico e que a radiagao solar é normal ao plano do arranjo fotovoltaico, com tolerancia de + 22,5° ‘Apés a conclusao do ensaio, o valor de maxima poténcia medido deve ser corrigido para as condiges- padréio de ensaio (STC — do inglés, standard test conditions) e comparado com o valor nominal de placa do arranjo fotovoltaico em ensaio. O valor medido deve estar dentro da tolerancia de poténcia indicada para 0s médulos (juntamente com uma tolerancia para a precisao do dispositivo de ensaio de curva IV). 18 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados ABNT NBR 16274:2014 7.1.3 Medigao da curva IV ~ Identificagéo de defeitos em médulos/arranjos fotovoltaicos ou problemas de sombreamento A forma de uma curva IV pode fornecer informagées valiosas sobre o arranjo fotovoltaico em ensaio. Defeitos, incluindo os seguintes, podem ser identificados: a) células/médulos danificados(as); b) diodos de by-pass curto-circuitad c) sombreamento localizado; d) descasamento de parametros (mismatch) entre médulos; ©) appresenga de resisténcia paralela excessiva em células/médulos/arranjos fotovoltaicos f) _resisténcia série excessiva O procedimento para a realizagao de um ensaio de curva IV, a fim de obter dados da forma da curva, 0 mesmo descrito em 7.1.2, exceto que, no caso de um ensaio para obter unicamente informagdes sobre a forma da curva, os niveis de irradiancia podem ser mais baixos e nao hé nenhuma exigéncia para que 0 Angulo de incidéncia seja normal aos médulos. Para a maioria dos ensaios de forma da curva, recomenda-se que os valores de irradidncia sejam maiores do que 300 Wim?. No entanto, dados titeis podem também ser obtidos a niveis mais baixos de irradiancia. Quando defeitos na forma sao vistos com niveis de irradiancia inferiores a 300 Wimr?, Por mais que a investigacao da potencial falta seja merecida, também é recomendavel repetir o ensaio em um momento em que valores acima de 300 Wim? sejam observados. No registro de uma curva IV, a forma deve ser estudada ocorrendo qualquer desvio da curva prevista. Desvios em curvas IV exigem atencdo especial, pois podem sinalizar falhas significativas de outra forma indetectéveis no arranjo fotovoltaico. Informagées sobre como interpretar os desvios de uma curva IV esto contidas no Anexo C. Para sistemas com mitttiplas séries fotovoltaicas idénticas e onde ha condigdes de irradiancia estaveis, curvas de séries fotovoltaicas individuais devem ser comparadas (sobrepostas). As curvas devem ser as mesmas (tipicamente dentro de 5 % para condigées de irradiéncia estaveis). 7.2 Procedimento de inspegao do arranjo fotovoltaico com camera IR A finalidade de uma inspegéo com cémara infravermetha (IR) é detectar variagdes de temperatura anormais em médulos em operacao no campo. Tals variagGes de temperatura podem indicar problemas dentro dos médulos e/ou de arranjos fotovoltaicos, como células reversamente polarizadas, falha do diodo de by-pass, falna de conexées com solda, conexdes ruins e outras condigdes que levam a altas temperaturas localizadas durante a operagao. NOTA — Além de fazer parte de um processo de verificago inicial ou periédico, um ensaio com cAmera IR também pode ser usado para solucionar supostos problemas em médulos, séries fotovoltaicas ou arranjos fotovoltaicos. 7.2.1 Procedimento de ensaio com camera IR Para uma inspegao com cémera IR, 0 arranjo fotovoltaico deve estar no modo de operagdo normal (rastreamento de maxima poténcia). A irradiancia no plano do arranjo fotovoltaico deve ser superior a 600 Wim®, e as condigées de céu devem ser estaveis para assegurar que haverd corrente suficiente pata fazer com que as diferengas de temperatura sejam perceptiveis. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 19 ABNT NBR 16274:2014 Dependendo da construgao e da configurago de montagem do médulo, determinar qual dos lados do médulo produz a imagem térmica mais perceptivel (0 procedimento pode necessitar ser repetido para cada lado). Verificar cada médulo do arranjo ou subarranjo fotovoltaico em questao, com especial atengao para 08 diodos de bloqueio, caixas de jungdo, conexées elétricas ou qualquer problema especificamente identificado no arranjo fotovoltaico que apresenta uma diferenga de temperatura perceptivel em relacao ao seu entorno. ‘Quando a verificagao for feita pela frente de um arranjo fotovoltaico, cuidados devem ser tomados para assegurar que a camera e 0 operador ndo esto langando sombras sobre a area sob investigagao. 7.2.2 Interpretando resultados do ensaio com camera IR Os seguintes itens descrevem problemas tipicos que podem ser identificados durante um ensaio com camera IR. 7.2.2.1 Resultados do ensaio com camera IR ~ Geral Este ensaio consiste essencialmente na procura de variagdes de temperatura anormais no arranjo fotovoltaico. As variagdes de temperatura normais, devido a pontos de montagem, etiquetas adesivas € outros itens, devem ser identificadas apenas como forma de evitar a gravagao destas variagdes normals de temperatura. Em uma base diaria, a temperatura média de um arranjo fotovoltaico deve variar de forma bastante acentuada, portanto, um padréo de temperatura absoluta para identificar anomalias ndo é particularmente util. A diferenga de temperatura entre 0 ponto quente e 0 arranjo fotovoltaico funcionando normalmente é 0 mais importante. Deve notar-se que a temperatura do arranjo fotovoltaico 6 uma funcdo da velocidade do vento, da irradidncia e da temperatura ambiente, que variam de forma significativa durante as horas do dia. As seguintes ages devem ser realizadas: a) documentar as areas de extremos de temperatura marcando claramente sua localizagao nos ‘componentes suspeitos ou nos desenhos do arranjo/série fotovoltaica; b) _investigar cada anomalia térmica para determinar qual(is) a(s) sua(s) causa(s); ©) usar inspegao visual e ensaios elétricos (no nivel de série fotovoltaica e médulo) para investigar. Emalguns casos, uma curva IV de um oumais méduloscom uma anomalia térmica em comparagao com a curva IV de um médulo sem quaisquer anomalias térmicas pode ser uma ferramenta Uti, Em algumas circunstancias, repetir a verificagdo com o segmento do arranjo fotovoltaico em circuito aberto pode ser informativo. Esperar pelo menos 15 min apés a abertura do circuito do arranjo fotovoltaico para alcangar o equilibrio térmico. Séries fotovoltaicas cujas imagens IR nao mudarem podem nao estar gerando corrente sob condigdes de carga. 7.2.2.2 Resultados do ensaio com camera IR - Pontos quentes (hotspots) ‘A temperatura do médulo deve ser relativamente uniforme, sem areas com diferenga de temperatura significativa. No entanto, é de se esperar que o médulo esteja mais quente em torno da caixa de conexéio em comparagao com o restante, pois 0 calor nao é conduzide tao bem para o ambiente circundante. E também normal que os médulos fotovoltaicos apresentem um gradiente de temperatura nas extremidades e suportes. 20 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados ABNT NBR 16274:2014 Um ponto quente em outros lugares de um médulo geralmente indica um problema elétrico, possivelmente resisténcia série, resisténcia paralelo ou descasamento de parametros (mismatch) Em qualquer caso, é importante investigar 0 desempenho de todos os médulos que apresentem Pontos quentes significativos. Uma inspegao visual pode mostrar sinais de superaquecimento, come, por exemplo, uma area marrom ou descolorida, 7.2.2.3 Resultados do ensaio com camera IR — Diodosde by-pass Se qualquer diodo de by-pass estiver quente, verificar 0 arranjo fotovoltaico em busca de razbes ébvias, como sombreamento ou detritos sobre o médulo protegido pelo diodo. Se néo houver nenhuma causa bvia, suspeitar que seja um médulo com mau funcionamento. 7.2.2.4 Resultados do ensaio com camera IR - Conexées entre cabos As conexdes entre cabos dos médulos néo podem ser significativamente mais quentes do que os préprios cabos. Se as conexes so mais quentes, verificar se a conexAo esta frouxa, corroida ou oxidada, 8 Procedimentos de ensaio — Ensaios adicionais 8.1 Tenso ao solo ~ Sistemas com aterramento resistivo Este ensaio 6 utilizado para avaliar os sistemas que utilizam uma ligago de alta impedancia (resistiva) para 0 solo. Procedimentos de ensaio especificos so fornecidos pelos fabricantes de médulos que necessitam de sistemas de aterramento resistivos para os seus médulos. O ensaio deve ser realizado com as exigéncias especificas do fabricante do médulo, para verificar se a resisténcia utiizada possui o valor correto e mantém o sistema c.c. em valores de tensio aceitaveis em relagao ao solo, ou com faixas aceitaveis de corrente de fuga. 8.2 Ensaio do diodo de bloqueio Diodos de bloqueio podem falhar em estados curto-circuitados ou abertos. Este ensaio é importante para as instalagdes onde diodos de bloqueio sao utilizados. Todos os diodos de bloqueio devem ser inspecionados para garantir que eles estéo conectados corretamente (polaridade correta) e que nao ha nenhuma evidéncia de superaquecimento ou carbonizagao. No modo de operacéio normal, a tensao através do diodo de bloqueio (Vog) deve ser medida. O critétio de aceitagao 6: Vpg entre 0,5 V e 1,65. Quando a tensao estiver fora dessa faixa, 0 sistema deve ser investigado mais a fundo para determinar se a falha do diodo 6 um incidente isolado ou resultado de outra falha do sistema. 83 Ensaio de resisténcia de isolamento umido O ensaio de resisténcia de isolamento umido é usado principalmente como parte de um exercicio de localizacao de falhas. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados at ABNT NBR 16274:2014 © ensaio de resisténcia de isolamento Umido avalia 0 isolamento elétrico do arranjo fotovoltaico sob condigées operacionais imidas. Este ensaio simula chuva ou orvalho sobre 0 arranjo fotovoltaico @ sua fiagdo e verifica se a umidade no entra em partes ativas de circuitos elétricos do arranjo fotovoltaico onde pode acelerar a corrosao, causar faltas a terra, ou representar um perigo elétrico para a seguranga de pessoas ou equipamentos. Este ensaio é especialmente eficaz para encontrar danos na fiagéo, nas tampas de caixas de conexao sem vedagao adequada e outros problemas de instalago semelhantes. Ele também pode ser usado para detectar falhas de fabricagao e desenho, incluindo caixas de conexao rachadas, invélucros de diodo inadequadamente selados e conectores improprios (especiticos para uso interno). Um ensaio de isolamento timido é tipicamente realizado quando os resultados de um ensaio a seco so questionaveis, ou onde se suspeita haver falhas de isolamento devido a defeitos de fabricacéo ‘ou de montagem. ensaio pode ser aplicado a um arranjo fotovoltaico inteiro ou partes selecionadas. Quando apenas partes do arranjo fotovoltaico esto sendo ensaiadas, estas devem ser selecionadas devido a um problema conhecido ou suspeito identificado durante outros ensaios, ou aleatoriamente. Ao ensaiar uma parte de um arranjo fotovoltaico selecionada aleatoriamente, pelo menos 10 % de todo 0 arranjo fotovoltaico deve ser ensaiado. procedimento a ser seguido é o mesmo que o descrito para o ensaio de isolamento-padrao, limitado ao método de ensaio 2. Um passo adicional de umedecimento do arranjo fotovoltaico deve ser realizado apés 0 estabelecimento do curto-circuito no arranjo fotovoltaico. Antes do ensaio, o arranjo fotovoltaico deve ser completamente umedecido com uma mistura de agua e surfactante (agente tensoativo), a qual que deve apresentar as sequintes caracteristicas fisicas: a) _resistividade: 3.500 © « cm (286 1S/cm) a 22 °C +3“ b) tenso superficial: 0,03 Nim a 22 °C +3°C. ‘Amistura deve ser pulverizada em todas as diregdes e sobre todos os elementos do arranjo fotovoltaico com jatos de baixa pressao. O surfactante nao pode possuir constituintes que provoquem reagdes com ‘0s materiais que compéem o arranjo fotovoltaico em ensaio, causando, por exemplo, corrosao. NOTA Alguns tiposde detergentes podem serutilizados como surtactante (ou agente tensoativo), desde que a mistura detergente e agua respeite as caracteristicas acima mencionadas. Realizareste ensaioapresenta um risco de choque elétrico empotencial, eos preparativos de seguranga descritos para um ensaio de isolamento-padrao devem ser seguidos. A selecéo de equipamentos de protegao individual a serem utilizados durante o ensaio deve considerar 0 ambiente umido em que 0 ensaio serd realizado. Este ensaio deve ser realizado por pessoal devidamente qualificado. Para minimizar 0 risco de choque elétrico pelo arranjo fotovoltaico, o ensaio pode ser realizado durante anoite, 8.4 Avaliagao do sombreamento © objetivo de realizar uma avaliagéo do sombreamento é registrar as condigdes de sombra presentes no momento da verificacao para fornecer uma base para futuras comparagoes. Para sistemas de pequeno porte, 0 registro do sombreamento deve ser tomado t4o perto quanto possivel do centro do arranjo fotovoltaico. Parasistemas maiores ou com varios subarranjos fotovoltaicos ‘ou com sombreamento complexo, uma série de registros de sombreamento pode ser necessaria. 22 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Ha varios meios para medi e registrar sombras. Um método adequado ¢ registrar a cena de sombras em um diagrama de caminho do sol, como o mostrado na Figura 1 60" 45. 30". 15° o 135" 90" a5 o 45° 90" 135° Figura 1 - Diagrama de caminho do sol Em todos os casos, o registro de sombreamento deve: a) _indicar 0 local em que o registro foi obtido; b) mostrar o sul ou 0 norte (conforme 0 caso); ©) ser escalonado de forma a mostrar a elevagao (altura) de qualquer objeto que provoque ssombreamento. NOTA — Uma descrigo de quaisquer caracteristicas de sombreamento que sao susceptiveis de ser um problema no futuro também pode ser um registro util. Este inclui projetos de construgao em curso ou planejados e qualquer tipo de vegetagao que tenda a crescer até o ponto de obstruir parte do arranjo fotovoltaico. 9 Relatorios de verificagéo 9.1 Geral Apés a conclusao do processo de verificagao, um relatério deve ser fornecido. Este relatorio deve incluir as sequintes informagées: a) _informagées resumidas, descrevendo o sistema (nome, enderego, coordenadas geograficas, etc.); b) uma lista dos circuitos que foram inspecionados e ensaiados; ©) _um registro da inspegdo (incluindo registro fotogrético); d) um registro dos resultados dos ensaios para cada circuito; €) _intervalo recomendado até a proxima verificagao; f) _assinatura da(s) pessoas) que realizou(aram) a verificagao. NOTA Modelos de relatérios de veriticagao so apresentados nos Anexos A e B. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 23 ABNT NBR 16274:2014 9.2. Verificagao inicial A verificagdo de uma nova instalagao deve ser realizada segundo os requisitos da Seeao 5. 0 relatorio de verificagao inicial deve incluir informagées adicionais sobre a(s) pessoa(s) responsavel(is) pelo projeto, construgao e verificagao do sistema, e a extensao de suas respectivas responsabilidades. O telatorio de verificagdo inicial deve fazer uma recomendagao para 0 intervalo entre as inspegdes periddicas. Este deve ser determinado tendo em conta 0 tipo de instalagao e os equipamentos, sua utiizagao, seu funcionamento, a frequéncia e a qualidade da manutengao e as influéncias externas a que possa ser sujeitado. 9.3. Veriticagao periddica A verificagéo periédica de uma instalacéo existente deve ser realizada segundo os requisitos da Seco 5. Sempre que necessario, os resultados e recomendacées de verificacées periddicas anteriores devem ser considerados. Um relatério de verificag&o periddica deve ser fornecido e incluir uma lista de todas as falhas © recomendagdes para reparos ou melhorias (como a atualizagao do sistema para atender a normas mais atualizadas). 10 Avaliagao de desempenho ‘A avaliacéo do desempenho é direcionada, principalmente,para sistemas de grande porte (como, por exemplo, as centrais ou usinas fotovoltaicas) e tem como objetivo analisar o comportamento dos principais componentes do sistema para estimar parametros anuais de desempenho, bem como a producao de energia. Esses dados sao relevantes para investidores e operadores do sistema Normaimente, sistemas fotovoltaicos de grande porte séo formados por diversos subsistemas, ‘onde cada um possui seu arranjo fotovoltaico e inversor, mas compartilham 0 ponto de conexéo. Nestescasos, ensaiar todos os subsistemas seria uma tarefa exaustiva e até certo ponto desnecesséria, sendo conveniente escolher alguns subsistemas. NOTA Nesta Norma, considerou-se que os subsistemas que compdem um sistema fotovoltaico séo idénticos em termos de projeto. Além disso, considerou-se que, caso um subsistema possua mais de um arranjo fotovoltaico, todos possuem a mesma orientacao, inciinagao, tecnologia de médulo e poténcia nominal de placa A seguir, 840 descritos dois procedimentos para a avaliagao de desempenho: a) avaliagao de desempenho tipo 1 — indicada para sistemas fotovoltaicos com apenas um inversor (um subsistema) e um medidor de energi b) _avaliagao de desempenho tipo 2 — indicada para sistemas fotovoltaicos com miiltiplos subsistemas, cada um com medidor de energia proprio (independente de haver ou néo um medidor comum). 10.1 Avaliagéo de desempenho tipo 1 © procedimento de avaliagéo de desempenho tipo 1 ¢ apresentado no fluxograma da Figura 2. Ele foi dividido em oito etapas, cada qual com uma ou mais atividades detalhadas a seguir. 24 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 10.1.1 Etapa 1 - Inicio dos ensaios Os ensaios deavaliagéo de desempenho devem ser realizados apés a instalagéio, comissionamento e operacionalizagao do sistema fotovoltaico, NOTA _ E interessante realizar os ensaios de avaliagdo do desempenho depois que todos os alustes, operacionais tenham sido definidos, possiveis problemas tenhiam sido identificados (e, na medida do possivel, corrigidos) e os médulos fotovoltaicos tenham sofrido a degradacdo inicial. Desta forma, & conveniente esperar pelo menos um més apés 0 inicio da operagao do sistema para realizar os ensaios de avaliagao do desempenho. Como o sistema estara energizado, deve-se proceder com extrema atengao e restringir © acesso as reas de ensaio a pessoas qualificadas. 10.1.1.1 Instalagao dos sensores de irradiancia e temperatura de célula Devem serinstalados sensores de irradiancia e temperatura de célula de acordo com as especificagdes a seguir: a) para irradiancia total (G): um piranémetro de termopilha calibrado, instalado no mesmo plano do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s); b) para irradiancia caracterstica total (Gc): um médulo fotovoltaice de referéncia calibrado, de mesma tecnologia e, preferencialmente, mesmo modelo dos utilizados no(s) arranjo(s) fotovoltaico(s), @ instalado no mesmo plano do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s); ©) para temperatura de célula (To): um médulo fotovoltaico de referéncia calibrado, de mesma tecnologia e, preferencialmente, mesmo modelo dos utilizados no(s) arranjo(s) fotovoltaico(s), @ instalado no mesmo plano do{s) arranjo(s) fotovoltaico(s). Uma alternativa para medi a temperatura de célula é fixar um sensor de temperatura na costa de um médulo representativo do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s) sob ensaio, atrés de uma das células da porgao central do médulo. 10.1.1.2 Primeira leitura preliminar do medidor de energia Apds a instalagéo dos sensores de irradiancia ¢ temperatura de célula, deve ser feita uma primeira leitura preliminar do medidor de energia (LP1). Este procedimento sd precisa ser efetuado quando a for realizado, opcionalmente, o descrito em 10.1.4. 10.1.2 Etapa 2 - Adaptacao dos sensores Os sensores dever permanecer instalados por pelo menos 15 dias antes dos ensaios para que as condigées da superficie do(s)arranjo(s) fotovoltaico(s) sejam reproduzidas nas dos sensores (com excessao do piranémetro, que deve permanecer sempre limpo). E importante que o operador do sistema tome nota de qualquer interrupgao no seu funcionamento. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 25 ABNT NBR 16274:2014 10.1.3 Etapa 3 - Medi¢ao do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s) 10.1.3.1. Medi¢ao da poténcia nominal do sistema fotovoltaico Deve-se medir a poténcia nominal nas STC do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s) do sistema em ensaio. Duas formas de medicéo podem ser utilizadas: a) com um dispositivo de ensaio de curva IV apropriado ao tamanho do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s), conforme o procedimento descrito em 7.1.2. Essa forma possula vantagem de, além de determinar a poténcia nominal, tornar possivel a observacao de problemas por meio da forma da curva IV; b) com a medigéo, por pelo menos um dia, da irradiancia caracteristica e da temperatura de célula (com os sensores instalados em 10.1.1, e da poténcia c.c. na entrada do inversor com um wattimetro). As trés medigdes devem ser feitas simultaneamente com um intervalo maximo de 1 min entre medigdes de um mesmo pardmetro. Deve-se tragar uma curva Po. (25°C) x Gc, de onde é possivel se obter a poténcia nominal do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s). © Anexo D detalha a obtengao de Ps..,26°0), poténcia c.c., na entrada do inversor corrigida para 25 °C e da poténcia nominal do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s) a partir da curva P.c,(25°¢) x Geo. Quando o sistema possuir mais de um arranjo fotovoltaico, deve-se somar as poténcias nominais de todos eles para se obter a poténcia nominal do sistema (Py). 26 © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Instalacao dos 1 etura preliminar do sensores(G.Ge To | |medidor de enervia (P1) ‘Adeptacio dos sonsoros (15 dias) Medigdo da potércia | | 2 ieiurapretmina: do nominal do sistema FV | |medidor de enereia (LP2}) °| 2a do medidor] [Medica do 6, Te, i deenersia(an | | Poce Pea\S dias) 5 i — 7 ‘Conclusio sabre as causas| | 2*leitura do medior 1,05 Ep teo, deve-se recorrer a um cenario de perdas para ajustar os valores calculados, conforme o procedimento descrito no Anexo F. E importante recorrer as notas do operador do sistema sobre interrupgdes no seu funcionamento (total ou parcial), pois podem ser a razéo de ERmed < 0,95 x ER,too 10.1.8 Etapa 8 ~ Projecaio do desempenho global (PR) anual Deve-se calcular a energia injetada na rede ao longo de um ano tipico (ER,ano), conforme © procedimento descrito no Anexo G, utilizando séries hist6ricas de irradidincia e temperatura ambiente obtidas de um banco de dados confiével.O desempenho global (PR) anual deve ser calculado a partir da Equacao 3. = FR.ano Gstc (3) PR= mee @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 29 ABNT NBR 16274:2014 onde Py éa poténcia nominal do sistema fotovoltaico: Gsrc € a irradiancia nas condigdes padrao de ensaio {igual a 1 000 Wim); H 6 a irradiagao anual total no plano do(s) arranjo(s) fotovoltaico(s), obtida pela integracao dos valores de irradiancia utilizados para 0 cdlculo de ER,ano- 10.2 Avaliagao de desempenho tipo 2 © procedimento de avaliagéo de desempenho tipo 2 ¢ apresentado no fluxograma da Figura 3. Ele foi dividido em oito etapas, cada qual com uma ou mais atividades detalhadas a seguir. 10.2.1 Etapa 1 — Inicio dos ensaios Os ensaios de avaliagéio de desempenho devem ser realizados apés a instalagao, comissionamento operacionalizacao do sistema fotovoltaico. NOTA — E interessante realizar os ensaios de avaliacdo do desempenho depois que todos os ajustes ‘operacionais tenham sido definidos, possiveis problemas tenham sido identificados (e, na medida do possivel corrigidos) © 05 médulos fotovoltaicos tenham sofrido a degradacao inicial. Desta forma, é conveniente esperar pelo menos um més apds 0 inicio da operacdo do sistema para realizar os ensaios de avaliagao do desempenho. Como o sistema estard energizado, deve-se proceder com extrema atengdo e restringir 0 acesso 4s dreas de ensaio a pessoas qualificadas. Um ou mais subsistemas podem ser escolhidos para os ensaios. 10.2.1.1 Instalago dos sensores de irradiancia e temperatura de célula Devem ser instalados sensores de irradidncia e temperatura de célula de acordo com as especificages. a seguir: a) para irradiancia total (G): um piranémetro de termopilha calibrado, instalado no mesmo plano dos. arranjos fotovoltaicos; b) para irradidncia caracteristica total (Go): um médulo fotovoltaico de referéncia calibrado, ‘de mesma tecnologiae, preferencialmente, mesmo modelo dos utilizados nos arranjos fotovoltaicos, ¢ instalado no mesmo plano dos arranjos fotovoltaicos; ¢) para temperatura de célula (Tc): um médulo fotovoltaico de referéncia calibrado, de mesma tecnologia e, preferencialmente, mesmo modelo dos utilizados nos arranjos fotovoltaicos, € instalado no mesmo plano dos arranjos fotovoltaicos. Uma alternativa para medir a temperatura de célula é fixar um sensor de temperatura na costa de um médulo representativo dos arranjos fotovoltaicos sob ensaio, atrés de uma das células da porgéo central do médulo. 10.2.1.2 Primeira leitura preliminar dos medidores de energia ‘Apés a instalagao dos sensores de irradidncia e temperatura de célula, deve ser feita uma primeira leitura preliminar dos medidores de energia (LP1) dos subsistemas em ensaio. Este procedimento 86 precisa ser efetuado quando descrito em 10.2.4, opcional, também for realizado. 30 © ABNT 2014 Todos o8 diritos reservados ABNT NBR 16274:2014 10.2.2 Etapa 2 - Adaptagao dos sensores Os sensores deve permanecer instalados por pelo menos 15 dias antes dos ensaios para que as condigses da superficie dosarranjos fotovoltaicos sejam reproduzidas nas dos sensores (com excessdo do piranémetro, que deve permanecer sempre limpo). E importante que o operador do sistema tome nota de qualquer interrupgao no seu funcionamento. 10.2.3 Etapa 3 — Medigao dos arranjos fotovoltaicos 10.2.3.1 Medigao da poténcia nominal do sistema fotovoltaico Deve-se medir a poténcia nominal nas STC dos arranjos fotovottaicos dos subsistemas em ensaio. Duas formas de medigéo podem ser utilizadas: a) com um dispositivo de ensaio de curva IV apropriado ao tamanho dos arranjos fotovoltaicos, conforme 0 procedimento descrito em 7.1.2. Essa forma possui a vantagem de, além de determinar poténcia nominal, tornar possivel a observagao de problemas por meio da forma da curva |V; b) com a medigo, por pelo menos um dia, da irradidincia caracteristica e da temperatura de célula (com os sensores instalados conforme 10.2.1) e da poténcia c.c. na entrada dos inversores (com um wattimetro). As trés medig6es devem ser feitas simultaneamente com um intervalo maximo de 1 min entre medicées de um mesmo pardmetro. Deve-se tracar uma curva Po.(26°0) x Go, de onde ¢ possivel se obter a poténcia nominal de cada arranjo fotovoltaico. O Anexo D detalha a obtengao de Pe.c.(25°C), poténcia c.c., na entrada do inversor corrigida para 25°C, e da poténcia nominal dos arranjos fotovoltaicos a partir da curva Pe.c,25°0) x Go. Quando um subsistema possuir mais de um arranjo fotovoltaico, deve-se somar as poténcias nominais de todos eles para se obter a poténcia nominal do subsistema (Pys). A poténcia nominal do sistema como um todo (Py) deve ser calculada tomando-se a média das poténcias nominais dos subsistemas ensaiados e multiplicando este valor pelo nimero total de subsistemas que compée o sistema fotovoltaico, @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 31 ABNT NBR 16274:2014 5 5 $ i Figura 3 — Fluxograma do procedimento de avaliacao de desempenho tipo 2 32 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados FLAO- ABNT NBR 16274:2014 10.2.3.2 Segunda leitura preliminar dos medidores de energia Deve ser realizada uma segunda leitura preliminar dos medidores de energia (L.P2) dos subsistemas em ensaio e 0 célculo de DM1 (para cada subsistema) com a Equagao 4. Este procedimento 86 precisa ser efetuado quando o descrito em 10.1.4, opcional, também for realizado. = LP2-LP1 As DM onde Pus €a poténcia nominal do subsistema em ensaio. DM é a produtividade do sistema no periodo considerado, medida em quilowatt-hora por quilowatt-pico ou horas. 10.2.4 Etapa 4 — Deteceao de problemas (opcional) Com base na poténcia nominal dos arranjos fotovoltaicos e nos valores de DM1, possiveis problemas podem ser detectados. 10.2.4.1 Identificagao de problemas Alguns problemas podem ser identificados como indicado a seguir: a) um subsistema é considerado com problema caso a sua poténcia nominal ou seu valor de DMt seja substancialmente diferente dos demais; b) um subsistema é considerado com problema caso o seu valor de DIM1 ou a sua poténcia nominal esteja muito abaixo do que é esperado. 10.2.4.2 Andlise das causas dos problemas Quando problemas forem identificados, 6 necessdrio realizar a uma verificagéo com o objetivo de identificar as suas causas e, se possivel, elimind-las. E importante recorrer as notas do operador do sistema sobre interrupgdes no seu funcionamento (total ou parcial), pois podem ser a razéo de produtividade baixa. Se os problemas forem eliminados, mas influenciaram a medi¢ao da poténcia nominal dos subsistemas (¢ consequentemente do sistema fotovoltaico), 0 procedimento de 10.2.3.1 deve ser repetido. Um subsistema 6 considerado com funcionamento anémalo quando as causas dos problemas no puderem ser eliminadas ou ndo puderem ser identificadas (total ou parcialmente).. 10.2.5 Etapa 5 — Medigdo de parametros ambientais e elétricos 10.2.5.1 Primeira leitura dos medidores de energia Deve ser realizada uma primeira leitura dos medidores de energia (LM1) dos subsistemas em ensaio. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 33 Fut. ABNT NBR 16274:2014 10.2.5.2 Medi¢ao de irradiancia, temperatura de célula e poténcias na entrada e na saida do inversor Apés a primeira leitura dos medidores de energia (LM1), devem ser medidas a irradiancia total (G) ea temperatura de célula (Tc) com os sensores instalados em 10.2.1, além das poténcias na entrada (Poc.) ena saida (P..a) dos inversores com um wattimetro adequado & poténcia envolvida, durante pelo menos cinco dias, os quais devem apresentar pouca ou nenhuma cobertura de nuvens. E importante que 0 operador do sistema tome nota de qualquer interrup¢ao no seu funcionamento, ‘As quatro medig6es devem ser feitas simultaneamente em intervalos de no maximo 10 s entre medigdes de um mesmo parametro, com integralizagao (média) de no maximo 5 min. 10.2.6 Etapa 6 - Conclusao sobre as causas de funcionamento anémalo e segunda leitura dos medidores de energia 10.2.6.1 Conclusao sobre as causas de funcionamento anémalo (opcional) Quando © subsistema for considerado com funcionamento anémalo, conforme 10. os dados obtidos em 10.2.3, 10.2.4 e 10.2.5.2 devem ser cuidadosamente analisados, pois esta andlise pode prover informagdes valiosas para o entendimento do funcionamento anomalo. 10.2.6.2 Segunda leitura dos medidores de energia Deve ser feita uma segunda leitura dos medidores de energia (LM2) dos subsistemas em ensaio 0 calculo de Dlv2 (para cada subsistema) com a Equagao 5. DM = Lie — LMA (5) onde Div2 é a energia gerada no perfodo, medida em watts hora (Wh). 10.2.7 Etapa 7 — Célculo da energia injetada na rede Deve-se calcular a energia injetadana rede e compara-la com o valor medido. Caso haja uma diferenga significativa, um cendrio de perdas deve ser estabelecido para corrig-la. 10.2.7.1 Célculo da energia injetada na rede tedrica e medida Utilizando as medigdes de 10.2.5.2, deve-se caloular a energia tedrica injetada na rede (En,co), conforme o procedimento descrito no Anexo E. A energia medida injetada na rede (Epmed) corresponde & média dos valores de DIM2 obtidos em 10.2.6.2 (eliminando os subsistemas identificados com funcionamento anémalo), multiplicada pelo nimero total de subsistemas que compée o sistema fotovoltaico. 10.2.7.2 Ajuste do cendrio de perdas Quando Ep,med < 0,95 x Ep. too OU ER,moa > 1,05 x En.teo, deve-se recorrer a um cendrio de perdas para ajustar os valores calculados, conforme o procedimento descrito no Anexo F. E importante recorrer as notas do operador do sistema sobre interrupg6es no seu funcionamento (total ou parcial), pois podem ser a razao de En, mo < 0,95 * ER.teo- 34 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados FLa2. ABNT NBR 16274:2014 10.2.8 Etapa 8 - Projegao do desempenho global (PR) anual Deve-se calcular a energia injetada na rede ao longo deum ano tipico (ER, ano) conforme o procedimento descrito no Anexo G, ¢ utilizando séries historicas de irradidncia e temperatura ambiente obtidas de um banco de dados confidvel. 0 desempenho global (PR) anual deve ser calculado a partir da Equagao 6. = FRano Gste © PR nH onde Py — @apoténcia nominal do sistema fotovoltaico; Gsro_ a irradiancia nas condigbes-padrao de ensaio (igual a 1 000 Wim); H 6 airradiagéo anual total no plano dos arranjos fotovoltaicos, obtida pela integragéo dos valores de irradiancia utilizados para o célculo de Ep.ano @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 35 FLAS. ABNT NBR 16274:2014 36 Modelo de cert Anexo A (informativo) ;ado de verificagao Certificado de verificagao de sistema fotovoltaico Verificagao inicial Verificacao periédica Proprietario do sistema Descrigio da instalagao Enderego do sistema Poténcia nominal ~ kWp LocalizacZo Data dos ensaios Circuitos ensalados Nome e endereco do empreiteiro Releréncia do relatério de inspegéo conforme IEC 60364-6 Releréncia do relatério de ‘ensaios conforme IEC 60364-6 Referéncia do relatério de inspecdo do sistema fotovoltaico Referéncia do relatério de ensaios do sistema fotovoltaico Projeto, con! truco, inspecao e ensaios Euinés sou/somos a(s) pessoa(s) respi da instalagao elétrica (como indicado descritas acima, tendo demonstrado habilidade e cuidado ao executar a construgao, inspegao @ ensaios do projeto. onsavel(is) pelo projeto, construgao, inspegao e ensalos pela(s) assinatura(s) abaixo), com as particularidades Assinatura(s): Nome(s) Data: (A extensao da responsabilidade do(s) signatdrio(s) esta limitada ao trabalho descrito acima) Préxima inspecao recomendada nao depois de: Comentarios: © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados FAs. ABNT NBR 16274:2014 Anexo B (informativo) Modelo de relatério de inspegao Relatdrio de inspecao de sistema Verificagao inicial fotovoltaico Verificagao periédica Endereco da instalagao Referéncia Data Circuitos inspecionados Inspetor B.1_Todo o sistema foi inspecionado segundo os requisitos da IEC 60364-6, @ um relatério de inspegao em conformidade com a IEC 60364-6 esta anexado, B.2 Todo o sistema foi inspecionado segundo os requisitos do PN 03:082.01-005, e os resultados sao apresentados na Tabela B. Tabela B.1- Resultados da inspecao Item inspecionado sistema atende as especificagées ? Inspecdo do sistema c.c. a) Todos os componentes c.c. sao clasificados para operagao continua emc.c., Sob a maxima tensdo c.c. do sistema e a mz la Corrente c.c. de falta, ») Protegao por isolamento classe I! ou equivalente foi adotada no lado ce, ©) Os cabos das séries fotovoltaicas, os cabos dos arranjos fotovottaicos e 0. cabo c.c. principal foram selecionados e montados de forma a minimizar O risco de faltas a terra e a curtos-circuitos. 4) Todos os cabos foram selecionados e montados para resistir 4s influéncias externas esperadas, como o vento, a formagao de gelo, a temperatura e a radiagao solar. €) Nos sistemas sem dispositivo de protecao contra sobrecorrente nas séries fotovoltaicas, o valor maximo de sobrecorrente do médulo fotovoltaico (/}) € maior do que a corrente reversa possivel, e 05 cabos das séries fotovoltaicas foram dimensionados para acomodar a corrente de falta maxima combinada das séries fotovoltaicas em paralelo. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados FLUS- 37 ABNT NBR 16274:2014 Tabela B.1 (continuagao) Item inspecionado sistema atende as especificagoes? f) Nos sistemas com dispositivo de protegao contra sobrecorrente nas séries fotovoltaicas, este dispositivo foi corretamente posicionado e especificado conforme as instrugdes do fabricante para a prote¢ao dos médulos fotovoltaicos. 9) Meios de desconexéio foram instalados nas séries fotovoltaicas € Subarranjos fotovoltaicos segundo os requisitos da IEC 60364-7-712 h) Uma chave c.c. esté instalada no lado c.c. do inversor. i) Nos sistemas com diodos de bloqueio, a tensao reversa destes components esta em conformidade com a IEC 60364-7-712. }) Se um dos condutores c.c. esta ligado & terra, ha pelo menos separagao simples entre os lados c.a. € c.c., € as ligagdes a terra foram construidas de modo a evitar a corrosao. k) Plugues e soquetes conectados entre si so do mesmo tipo e do mesmo fabricante. ) Quando um sistema fotovottaico possuir conexo direta a terra no lado ©.c. (aterramento funcional), um dispositivo de interrupgao de falta a terra deve estar instalado segundo 0s requisitos da IEC 60364-7-712. Protegao contra sobretensao/choque elétrico a) Um dispositive supervisor de isolamento do arranio fotovoltaico e sistema de alarme estado instalados segundo as especificagbes da IEC 60364-7-712. b) Um dispositive de detecc&o de corrente residual de fuga para a terra e sistema de alarme estdo instalados segundo as especificagoes da IEC 60364- 7-712. ) Quando um DR estiver instalado no circuito c.a. alimentando um inversor, este foi selecionado de acordo com os requisitos da IEC 60364-7-712 4) Para minimizar tens6es induzidas por raios, a area de todos os lagos na fiagdo deve ser mantida téo pequena quanto possivel. €) Os condutores de aterramento da armagao do arranio fotovoltaico e/ou dos médulos foram corretamente instalados e estao ligados a terra. ) Quando condutores de aterramento de protecao e/ou condutores de ligagao equipotencial estao instalados, estes estao paralelos e juntos aos cabos c.0. Inspegao do sistema c.a. a) Um meio de seccionamento do inversor foi fornecido no lado c.a. b) Todos os dispositivos de isolamento e seccionamento foram ligados de tal forma que a instalagao fotovoltaica foi conectada ao lado ‘carga’ e a rede elétrica ao lado "fonte”. ©) Os parametros operacionais do inversor foram programados conforme a ABNT NBR 16149 e/ou regulamentagées locais. FLUG- @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados Tabela B.1 (continuagao) ABNT NBR 16274:2014 Item inspecionado O sistema atende as especificages? Etiquetagem e identificacao ) Todos 08 circuitos, dispositivos de protegao, chaves e terminais estdo devidamente identificados e etiquetados. b) Todas as caixas de jungo c.c. dos arranjos fotovoltaicos possuem uma etiqueta de aviso indicando que as partes vivas no interior das caixas so alimentadas a partir de um arranjo fotovoltaico e permanecem vivas mesmo depois do seccionamento do inversor da rede elétrica. ©) Etiquetas de adverténcia estao fixadas no ponto de interconexao com a rede. 4) Um ciagrama unifilar é exibido no local. @) As configuragées de protegao do inversor e informagées do instalador so exibidas no local. ) Os procedimentos de desligamento de emergéncia s4o exibidos no local. 9) Todos os sinais e etiquetas esto devidamente afixados e sa0 durdveis. Instalagao mecanica a) Ha ventilagao possivel por tras do atranjo fotovoltaico para evitar 0 risco de superaquecimento/incéndio. b) A armacao e os materiais do arranjo fotovoltaico sao a prova de corrosao, c) Aarmagao do arranjo fotovoltaico esta corretamente fixada e 6 estavel, @ as fixagdes no telhado sao a prova de intempéries. d) As entradas de cabos sao a prova de intempéries. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados FLAT. 39 ABNT NBR 16274:2014 Anexo C (informativo) Interpretagao das formas de curvas IV C1 Geral Varios fatores podem influenciar a forma de uma curva IV. A Figura C.1 ilustra os principais tipos de desvio que podem ocorrer. Estas variagdes na forma da curva podem ocorrer individualmente ‘ou em combinagao. Ise Curva IV normal Corrente © Variacdode tensaio \ A Tensfio Voc Figura C.1 —Variagdes na forma da curva IV Quando desvios so observados, recomenda-se que uma verificagdo seja feita para assegurar que a diferenca de forma entre a curva medida e a prevista nao ocorreu devido a erros de medica, problemas de configuracdo de instrumentos ou dados dos médulos/série fotovoltaica informados incorretamente ao dispositivo de ensaio de curva IV. C.2 Variagao 1 —Variacgao de corrente Uma série de fatores podeser responsdvel pela diferenga entre a corrente esperada e a corrente medida, conforme exemplificado em C.2.1 a C.2.3 €.2.1 Causas devido ao arranjo fotovoltaico a) © arranjo fotovoltaico esté sujo ou obstruldo (neve, gelo etc); b) 08 médulos fotovoltaicos estao degradados. 40 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados Las. ABNT NBR 16274:2014 €.2.2 Causas devida a modelagem a) dados dos médulos fornecidos incorretamente; b) numero de séries fotovoltaicas em paralelo informado incorretamente. C.2.3 Causas devido a medigao a) problema de calibracdo ou de medigao do sensor de irradiaincia; b) sensor de irradiancia néio montado no plano do arranjo fotovoltaico; ©) itradiancia mudou entre medigao da irradincia e a medigao da curva IV. Enquanto a variagao exemplificada na Figura C.1 mostra a corrente medida menor do que a prevista, também é possivel verificar um valor medido acima do previsto pela curva lV de modelo. €.3 Variagao 2 - Declive mais acentuado Uma variagao da inclinagao na parte superior da curva IV € provavelmente devido a duas causas: a) caminhos de shunt nas células fotovoltaicas. b) descasamento da Igq dos médulos. Corrente shunt 6 qualquer corrente que atravessa a célula fotovoltaica, geralmente devido a defeitos localizados na célula ou nas interconexGes entre células. A corrente shunt pode causar Pontos quentes localizados (hotspots) que podem também ser identilicados por ensaios com camera IR, Diferengas de Igc entre os médulos de uma série fotovoltaica podem ocorrer devido a discrepancias de fabricagao ou a certas situagées de sombreamento. Enquanto umsombreamento mais significativo causadegraus na curva IV, sombras menores em alguns médulos de uma série fotovoltaica podem causar esse efeito. C.4 Variagdo 3 - Degraus na curva Degraus na curva IV sao indicios de descasamento entre diferentes areas do arranjo fotovoltaico ou do médulo em ensaio. O desvio da curva indica que os diodos de by-pass estéo conduzindo e que alguma cortente esta sendo desviada da série de células protegida pelo diodo (esta série é incapaz de passar a mesma corrente de outras séties). Isto pode ocorrer devido a varios fatores, incluindo: a) Oarranjo fotovoltaico ou o médulo parcialmente sombreado; b) _célula/médulo fotovoltaico danificado(a); ©) diodo de by-passcurto-circuitado. NOTA —_O sombreamento parcial de uma Unica célula em um médulo pode causar um degrau na curva. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados at Fug. ABNT NBR 16274:2014 C.5 Variagao 4 — Declive menos acentuado AA inclinagao da parte final da curva IV entre 0 ponto de maxima poténcia de tenséio (Vis) @ Voc 6 influenciada pela resisténcia série do circuito a ser ensaiado. Um aumento desta resisténcia iré reduzir a inclinagéo da curva nesta porgao. Possiveis causas do aumento da resisténcia série incluem: a) danos ou falhas na fiagao do arranjo fotovoltaico (ou cabos insuficientemente dimensionados); b) _falhas nas interconexdes dos médulos ou arranjos fotovoltaicos (conexdes ruins); ©) aumento da resisténcia série do médulo. ‘Ao ensaiar arranjos fotovoltaicos com cabos longos, a resisténcia destes cabos iré influenciar a forma da curva e pode ter um impacto sobre a curva, como descrito aqui. Se isto for suspeitado, ou o modelo pode ser ajustado para acomodar esta resisténcia extra dos cabos ou 0 ensaio pode ser repetido mais perto do arranjo fotovoltaico (evitando os cabos longos). Quando esse erro for notado em uma curva, recomenda-se que seja dada atencao especial & qualidade da fiacdo e das interligagdes dentro do circuito do arranjo fotovoltaico. E’ste erro pode indicar uma falha significativa na fiagao ou subsequente dano ou corrosao do circuito do arranjo fotovoltaico. ‘Aumentodaresisténcia série domédulopode ocorrer devido a faltas de alta resisténcianasinterconexdes entre células ou dentro da caixa de conex’o do médulo (devido a degradag&o, a corroso ou ao erro de fabricagao). Variagao 5 - Variagao de tensao de circuito aberto Possiveis causas para uma tensdo reduzida/elevada incluem: a) _nlimero errado de médulos na série fotovoltaica; b) temperatura de célula diferente da utilizada no modelo; ©) sombreamento significativo e uniforme em toda a célula/médulo/série fotovoltaica; d) diodo de by-pass totalmente em condugao/curto. Como a temperatura de célula afeta a tensao do médulo fotovoltaico, uma disparidade entre a temperatura real da célula ea medida (ou assumida) pelo dispositive de ensaio de curva lV ocasionara este defeito na forma. Em tais casos, recomenda-se que a verificagéio do método de medigéo da temperatura de célula seja realizada antes de prosseguir (por exemplo, verificar se o sensor de temperatura ainda esta preso ao médulo) 42 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Anexo D (normativo) Obtengao da poténcia nominal de um arranjo fotovoltaico por meio da curva Pe.c.(25°C) x Ge D.1_ Procedimento de ensaio Durante pelo menos um dia de operacéo normal em campo, a poténcia em corrente continua na entrada do inversor (Pe.c) deve ser medida com um wattimetro em intervalos de no minimo um minuto. Simultaneamente, devem ser medidas a irradidncia total caracteristica (Go), com uma célula FV ou um médulo FV de referéncia calibrada(o), e a temperatura de célula (Tc), com um médulo FV de referéncia calibrado ou um sensor de temperatura adequado, ‘As medigées devem ser realizadas em periodos néo nublados. D.2 Calculo da poténcia nominal Os valores de poténcia em corrente continua medidos devem ser cortigidos para a condig&o-padraio de temperatura (25°C) com a Equagao D.1, sendo possivel, entdo, tragar uma curva Pe.c.(2stc) x Gc, como mostra a Figura D.1. Nela, pode-se identificar trés regiGes distintas: 1 —corresponde ao desvio do comportamento linear causado pelo seguimento do ponto de maxima poténcia e pelo comportamento no linear da geragéo em condigdes de baixa irradiancia; 2 — parte linear da curva, a qual deve ser utilizada para estimar a poténcia nominal; e 3 - restricéo imposta pela maxima poténcia de trabalho do inversor. (0.4) Pec.(medido) Po.o.(25°C) 14+ 1(Te-25) onde 7 0 coeficiente térmico de poténcia do arranjo fotovoltaico, expresso em porcentagem por graus celsius (%4/°C). NOTA — Pode-se utilizar 0 coeticiente térmico de poténcia dos médulos fotovoltaicos como o do arranjo fotovottaico. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 43 ABNT NBR 16274:2014 (25°c) W) © 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 G (Wire) Figura D.1 — Exemplo de curva Po.o(25°c) x Gc de um arranjo fotovoltaico de 1,5 kWp Finalmente, a poténcia nominal do arranjo fotovoltaico (PNA) deve ser calculada a partir da Equagao D.2 e P..(a5rcy) (0.2) Got Gste A i onde n 6 0 numero de medigdes na parte linear da curva Po.c/25°0) x Go Gsrcé a irradiancia nas condigdes-padrao de ensaio, que corresponde a 1 000 Wim?. Devem ser considerados apenas os valores acima de 700 Wim (fora da regido 1), abaixo do ponto de restrigéio de maxima poténcia de trabalho do inversor (fora da regidio 3), e que nao apresentem algum tipo de anormalidade. NOTA E interessante destacar que o resultado é uma aproximagao, pois a poténcia medida com o wattimetro sofre a influéncia das eficiéncias da instalagao elétrica em corrente continua e do seguimento do Ponto de méxima poténcia. Se ambas séio bastante elevadas em praticamente qualquer nivel de irradiéncia da regido linear (regido 2) da curva Pec,2s%c) x Go, 0 valor da poténcia nominal obtido 6 suficientemente preciso (+ 5 %). Em sistemas modernos e bem projetados, a condicao de alta eficiéncia da instalagao elétrica em corrente continua e do seguimento do ponto de maxima poténcia (para a regiéo da curva Pe.e.(25%) x Ge considerada) normalmente ¢ satisfeita, 44 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Anexo E (normativo) CAlculo da energia injetada na rede tedrica (ER,teo) E.1 _Procedimento de calculo A energia injetada na rede teérica (Ep,eo) deve ser calculada a partir das Equagdes E.1, £.2.¢ E.3 abaixo, Gti) ) 25) E1 [1+0mn( 80 €1) Pre wal Mite Tel fie that) er 1 k etl ke ( 2) 2k2 Poa, teo(1) = Py Erte = Poa, teo (i) At eo a onde € 0 -ésimo valor medido; PN a poténcia nominal do sistema fotovoltaico; G a irradidncia total no plano do arranjo fotovoltaico; 7 € 0 coeficiente de variagéo da poténcia com a temperatura.expresso em porcentagem por graus celsius (%/°C); Te éa temperatura de oélula; cc é um coeficiente que descreve a redugo de eficiéncia dos médulos ao reduzir a irradiancia incidente; Py 6 a poténcia nominal do inversor’; 1 60 periodo de integralizagao; nn 60 ntimero total de medigées; ko, ki @ ko 80 0s costicientes da curva de eficiéncia do inversor. NOTA _ 0 valor de ¢ € derivado da relagao entre as eficiénoias dos médulos a 200 Wim? e @ 1 000 Wim?, que ¢ fornecido pelo tabricante. A eficiéncia dos médulos, em relagao a irradiancia, apresenta uma curva que pode ser modelada por uma equacao logaritmica da forma n = 1+ c In(G/1 000), onde c ajusta a equagao @ curva de eficiéncia de um determinado modelo de médulo. Para médulos de silicio cristalino, é frequente que essa relagao de eficiéncias seja nzo0 /1 0c0 = 0,95, 0 que corresponde a c = 0,031. + Nocaso dehaver mais de um inversor no sistema, PNIé a soma da poténcia nominal de todos os inversores na Equagao E.2. Na Equaco E.4, Py 6 a poténcia nominal por inversor. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 45 ABNT NBR 16274:2014 E.2 Coeficientes da curva de eficiéncia do inversor Os coeficientes da curva de eficiéncia do inversor so obtidos pelo melhor ajuste de kp, kt @ ko para todas as duplas (Pe.c,, Pea.) na Equagao E.4. (Peceant) (4) Peatmeatios 0) ~P Pee(meatao (7) atmo) lip [Beutel conse} | Pur Pui NOTA2 Os valores de ko, ks e k2 podem ser obtidos por métodos numéricos, por exemplo. No caso de sistemas com multiplos subsistemas, para cada subsistema ensaiado que nao apresente funcionamento anémalo, devem ser calculados kg, k;e kz. As médias de cada coeficiente devem ser utiizadas na Equagio E.2. 46 © ABNT 2014 Todos 08 dirsitos reservados ABNT NBR 16274:2014 Anexo F (normativo) Cenario de perdas FA Defi igo Sistemas fotovoltaicos possuem diversos fatores de perdas, desde o gerador FV até o ponto de conexao a rede. Alguns deles sao relativamente faceis de incluir em modelos matematicos, como a temperatura de célula e 0 baixo rendimento de alguns componentes quando a poténcia trabalhada € pequena. No entanto, ha alguns fatores de perdas que corespondem a néo idealidade dos componentes @ so mais dificeis de considerar nos cdlculos, pois possuem comportamento probabilistico ou grande complexidade para uma modelagem mais precisa. 0s fatores de perdas nao incluidos no modelo matematico de um sistema fotovoltaico devem compor um cenario de perdas, que nada mais é do que um fator de corre¢ao aplicado a poténcia elétrica em corrente continua (Pec) € A poténcia elétrica em corrente alternada (Po,2) tedricas calculadas, como mostram as EquagGes F.1 ¢ F.2, respectivamente. Po.c., teo(ajustado) = Pe.c., teoCPe., (FA) Poa., teo(ajustado) = Po.a., teoCPo.a. (F2) onde CPo.o, 0 cendrio de perdas em corrente continua; CP. 60 cendrio de perdas em corrente alternada. Vale destacar que 0 cendirio de perdas pode ser um valor fixo ou até mesmo uma fungdo de uma variavel ambiental (como a irradiancia ou temperatura) ou elétrica (como a poténcia), NOTA cenario de perdas também pode ser utlizado como um fator de seguranga para a produgao de energia. Ocenérro de perda nao ¢ absoluto e varia de projeto para projeto e de sistema para sistema fotovoltaico. Quando necessério, este deve ser obtido pela razao entre o valor de poténcia medido em um sistema fotovoltaico real e o valor tedrico calculado, como mostram as Equagées F:3 e F.4. Pee.(medido) CPag, = eelmedtdo) (F3) Poe. 100 (F4) CP, = Peamedtido) Poa. 100 O resultado das Equaces F3 e F4 sao nuvens de pontos que podem ser expressas em funcao de uma varidvel ambiental (como a irradiancia ou temperatura) ou elétrica (como a poténcia), Uma equacéo que descreva o comportamento médio da nuvem de pontos em fungao de uma dessas varidveis deve ser obtida para descrever tanto CP2.c. como CPo.a. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 47 ABNT NBR 16274:2014 F.2__ Exemplo de equagao para Cpo.¢, como fungao da irradiancia total A Figura F.1 mostra uma nuver de pontos de CP¢,. obtida a partir da Equacdo F.3 para um subsistema fotovoltaico real durante cinco dias de medigo. A energia c.c. medida durante o més ao qual pertence esses cinco dias foi de 188,63 kWh e a tedrica calculada de 195,08 kWh, Neste caso, a energia c.c. tedrica calculada é 3,4 % superior 4 medida. ° 200 400 600 800 1000 1200 1400 Gown) Figura F.1 - Exemplo de nuvem de pontos de CP... para um sistema real A nuvem de pontos pode ser descrita por de uma equacao do tipo. (oo) (585) +[e0+a(25)+20(525) 000) "| **\7000)* ** (4000, CPec.= Fazendo ao = 0,012, a1 =-0,18 € ap = 0,32, temos uma curva que apresenta o comportamento médio da nuvem de pontos de CPe.¢., como mostra a Figura F.22. 2 Os valores de ap, a1 @ a foram obtidos ajustando, de forma que o erro entre o valor de poténcia medido 0 valor de poténcia calculado tedrico ajustado fosse o menor possivel. 48 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados ABNT NBR 16274:2014 CPec, 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 Gwin) Figura F.2 - Curva do comportamento médio da nuvem de pontos de CP¢.c. Ajustando os valores de Pe.c., teo com a Equagao F.1 € 0 CP2.<, obtido, a energia ¢.c. tedrica caleulada no més em andlise passa a ser 187,38 kWh, 0,66% inferior 4 medida. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 49 5 5 $ i ABNT NBR 16274:2014 Anexo G (normativo) Calculo da energia injetada na rede ao longo de um ano tipico (Er, ano) G.1_ Procedimento de calculo A energia injetada na rede ao longo de um ano tipico (Ep.ano) deve ser calculada a partir das Equacées G.1, G.2, 6.3 e G4. aii) (G1) To{i) = Tal) + sq (TNOC - 20) J (G2) Poo, totqustdo(i)= Pea Pr CUDA +9 (To(i)-29)|1+ein( G2) (kre D+ Mert)? 4a ko feotausodey(!) Pea, teo(aiustado)(1)= CP Ph (6.3) (Ga) ER,ano = )-Po.2.teo(ajustado) (i) x At a onde i € 0-€simo valor medido; Ta 6a temperatura ambiente; TNOC 6 a temperatura nominal de operagao dos médulos que compée o sistema fotovoltaico (dado pelo fabricante dos médulos) em °C; Px € apoténcia nominal do sistema fotovoltaico; GG aiirradiancia total no plano do arranjo fotovoltaico Y 6 0 coeficiente de variagdo da poténcia com a temperatura, expresso em porcentagem por graus Celsius (%/°C); Te 6a temperatura de célula; c um coeficiente que descreve a redugao de eficiéncia dos médulos ao reduzira irradiancia incidente; 50 @ABNT 2014 Todos 08 diritos reservados ABNT NBR 16274:2014 Phy: é a poténcia nominal do inversor3; At 6 0 periodo de integralizacao; 1né oniimero total de medigbes; ko, ky @ K2. 880 08 coeficientes da curva de eficiéncia do inversor (calculados em E.2 do Anexo E). NOTA _O valor de c 6 derivado da relacdo entre as eficiéncias dos médulos a 200 Wimé e a 1 000 Wimé, que 6 fomecido pelo fabricante. A eficiéncia dos médulos, em relagao a irradiancia, apresenta uma curva que pode ser modelada por uma equacao logaritmica da forma n = 1 + ¢ In(G/1000), onde calusta a equacao & curva de eficiéncia de um determinado modelo de médulo. Para médulos de silicio cristalino, € frequente que essa relacao de eficiéncias seja n2a0 M7 ago = 0,95, 0 que corresponde a ¢ = 0,031. 3 No.caso de haver mais de um inersorno sistema, Px é a soma da poténcia nominal de todos os inversores na Equacéo G.3. @ABNT 2014 - Todos 08 creites reservados 51 ABNT NBR 16274:2014 Bibliografia [1] IEC/TR 60755, General requirements for residual current operated protective devices [2] MARTINES-MORENO, F. et al. On the testing of large PV arrays. Progress in Photovoltaics: Research and Applications. Publicac&o online em Wiley Online Library, 2011. [3] ALMEIDA, M. Qualificacao de sistemas fotovoltaicos conectados & rede. 2012. 171 f. Dissertagao de Mestrado do programa de Pés-Graduagao da Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. 2012 52 © ABNT 2014 Todos o8 dirsitos reservados FL60-

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