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70 rrarano a ancuerracio fan: amos deconbecem gue aumento ist tums excl entre posites, propondo e justheando a hie ‘Rrguia. dels, els ona torn aconal urna desi. Fa atmo e cepiciamo negam essa fangao da argument ‘moss daisoes.Tendem ambos dea, na fala der So coercva, campo livre # ilencs, ecusando 0 envol ‘mento ds poss. SEGUNDA PARTE © ponto de partida da argumentagio Capito t Oacordo 515. As premissas da argumentacio Nossa andlse da argumentagio versa primeiro sobre 19 que & aceito como ponto de parida de racocinios &, de- pols sobre s mancira pela qual estes se desenvolver, ga a5 2 um coojunto dea processos de ligagio e de dissoca (lo, Ess diisio,indisponsavel para a expesico, azo deve Ser mal compreendida, Com efeto, tanto 0 desenvolvinen to como o ponta de paride da argumentagio. prssupem Acondo do audio. Fase acordo tem por objeto ora 0 con teado das premissas explicias, ora as lgigdes particulares Uillzdas, oa forma de servirse dessas gages, do prin- ‘pio 20 fim, a andlive da argumentagao vera sobve 0 que & presumidamente admitido pelos ouvintes. Por outro lao, propria escolha das premissas sua Formulacio, com os a Fanjos que comport, raramen est ientas de valor a fumentativo: wata-se de uma preparacio para 0 raciocinio ‘Que, mais do que oma itrodugao dos elementos, ft const {Ul Um primeiro pass para a sua utllzagio persuasiva, (© frador, liizando as premisas que sewea0 de fur clamento 2 sua constupio, conta com a adesto de seus Ov Vintes 2+ proposigdes inci, mas estes tha podem recuse, Seja por mio aderiem a0 que 0 orador thes apresenta como Aadquirido, sejt por pereeberem o carter unilateral da esco- Tha das premisis, seja por fete coatrariados com 9 ari- ter tendencioso da apresentagao dela. pelo ato de r= tica de um mesmo enunciado poder sisarse em ts planos ” smrapo pu ancuesraco ierentes que nossa aniline das premissas comporard tés ‘ipitlos, consigrados sucessvamente ao acordo referee ‘as promissas, sua escalhae sua apresentacao. Trataremes, para comesar, do objeto dos acordos gue podem servir de premissas Nosso extme io tenders, ev enfemente, estabelecer 0 inventria de tudo. quanto & ‘uscotvel de consti abjeto de crenga ov de adesio, in vestgaremos quais sto 0s tipos de acordo que desempe ‘ham um papel diferente no processo argumenativo. Acre diamas que sers Uti, desse onto de vist, agnipar ees ‘bjetos em das eitegoras, umm relawva 20 real, que com Ponaria os fates, as verdades e as presungdes, 4 obtra reli ‘a a0 prgericol, que contera os valores, as hierarquas © 05 Iugares do prefer 'A conceprio que as pessoas tém do real pode, em la. 0s limes, varia conforme a8 opines fosficas profes das, Enea, na argumentcio, tudo 0 que se presume ‘versa sobre o eal se eiractriga por uma pretensio de vl ade pars 0 audit6no universal’ Em contraparila, © que versa sobre 0 preferivel, © que nos determina as escoas © ‘no € conforme a uma feaidade proexistente, ser gid & tum ponto de vista determinado que s6 podemos ienificar com 0 de um audio panicular, por mais amplo que sa Poder sit faclmente contesar o fundamen de uma classificagao em Uipos de abjtos de acondo, tl como pro- poremos, mas achamos dill mio recomrer a ea se tenet ‘harmo fazer uma anise técnica e referente 3s argumeata es ais como elas se apresentar, Cada adit admit, ‘videntemente, apenas um determinado numero de objetos pertencentes a cia um desses pos. Mas alguns objetos de fide tipo se encontram nas argumentagdes mals diversas, ‘lus, encontramse igualmente como tipos de objcton de esacordo, ou se, como pontos sabre os quis pee inc ‘iru igi. ‘Além da maria dos acordos, dus ordens de consid ragdes serio por nos estudadas neste primeio capitulo te tasse das condigoes em que se encontrim as premisss, quer em razio de acordos especiais que reyem cers avd torios, quer em rario do estado da discussdo, A primeira PONTO DE Pu A AnGLOMTAGAO B ‘ordem de consideragdes & antes, esttca, porque est a ntureza dos acordos de certos auditérios consituidos, ‘uta € mais dinimica, porque se prende aos aeordos en ‘Quanto igidos a0 progvesso da discussio. Mas © qUe Nos Interessara-nesse dinamo, oma ver que esidamos as remiss, seri mostrar © empenho do oridor em buscar 3s Imanfestacses explicit ou implies de um aso com a ‘ul poses contr 4) 08 TIPOS DE OBIETO DE ACORDO 516. 0s fatos as verdes Entre 0s objetos de acordo pestencentes 20 real distin siremos, de unt lado, os fatos e verdes, de out, a8 pee Sungocs, Nao seria possvel nem conforme 20 nosso pO: Sto dar do fto uma defini que penta, em todos oF {empos ¢ em todos os lugares, clasfear este ou aquele di do concreto como sendo um fa, Cumpre-nos, a0 cont No, instr em que, na argumengacio, a nog de ato" & Canucerizads unicamente pela dels que se tem de ceno we fer de acosdos a eespeito de certos dados: os que se ree fem a uma realudade objetva e desgaartam, nm uma a lise, Gtando Hl. Poincar "0 que € comum a viros entes pensantese poeria ser comm a todos” Esta ultimas pal ‘ras suerem imediatamente o que chamamos de acordo do Aludino univers, O modo de conceber esse audio, a6 fencamagoes desse audio que reconhecemos seri. por tanio, deverminantes para decidir © que, neste ow naqhele ‘aso, sera considerado um fato e se caracterea por uma Aadesio do aultono univers, adesio tal que se init forgicla, Os fatos sio subsides, pelo menos provsors ‘mente, 2 argumentacio, 0 que signtica que a Intenscade de adesto nao tem Ge ser abmentada, nem de ser genera ada, e que essa adesio ndo tem neahiuma necessidade de fusca. A adesio ao ato nao sera, para individu, Se rio uma reapio subjeiva a algo que se impoe a todos. S0 estamos em presen de um fato, do poato de visa argumentativo, se podemos postular @ seu Tespeito um % TRaTADO Da ancLMETACAO scotdo universal, no contovero. Mas por consepin, enh enundo ¢stegurada a frag ose dee Suna, pore acoedo spre € suse de ser qso- ‘do ¢ na das pans do dbus pode ec qs: oe fo ao qe aa seu ave, Haver, pena, clos modos normals para gc um acorccinen prea ‘cet de fo quanto se leven divas no eo Sto soa fla apenas ala ‘See aun acescendo he oro membros cj ale ‘ide para lar €reconbecda que mio acme ese {fn eva fn Ese sep proceso nem go 2 fart do momen cm ie & ponte! nos eles theo qulnins quc alan o fee aponc un aes Paris,» cu concepcs se opens dx menor de Sin ato ample Nao tetas com oenbum ct que nos possbll teem suaguer chounaane ¢inepenncie a Te dot otc, afmar que signs cl wt, ND stare, posemosreconbeer que exe cera ones us ftoecem ese condo, be perio dene se Seite eft cons & estos ou tm onde fim advent: st exe 0 co, ncadamene, and se

me TRATADO Da ARGLMBNTACKO laze. Fildsofos como Mastin Buber, como Gabriel Marcel, in Surgemse conta 0 fungvel, © mecinico, 0 universalizave £ preervel, de er, violent um er que se posse realmente do que patkar una henevolenca tnoding 2 Para G. Marcel, valor de um enconito com um ser rasce de esse enconieo ser “Unico em ser gnero™ O que & tinico nio tem preco,e seu valor aumenta pelo peoprio Fato de nao ser avalivel, Por isso Quintana aconselha 20 ‘orador nio cobra a sua colaborae20, porque “a maiora das coisas pode parecer sem impordnci, apenas por se dat um rego # elas™, ‘0 alr do ico pode exprimicse por sia oposigio 20 comum, a0 comiqueio, a0 volgar. Exes senam a forma de preciava do mulupio oposto a0 Unico. O Unico & orginal, isingue-se, por 50 € digno de nota e agrada mesmo 8 ‘mulidio. Ea valorizacio do Unico, ou pelo menos do que parece tl a base dis masimas de Gracian e dos consclnos {qve ele dt-a0 homem da corte, Gumpre coita repetir-se, {Cumpre parecer inesgotivl,mistenoxo, nao classiicivel com Tacitade a qualidade Unica toma-se um meio com visas a ‘bier 0 suftgio do maior nlmero. Mesmo 0 grande aime prec 0 que se diingue, 0 que € rato e lial de realizar, © mais if dir Artes, € proferbet so que 0 & menos, pis aprectmos mais a pone ds cosas que nO 10 Hes desde Notase que Adséeles ado se contenta em envnciar & lugar. Esboga’ uma explicagao. Relaciona-o com 4 pessoa, com o esforg. O rao conceme sobretudo 20 objeto, 0 cif. fla0 sujet, enquanto agente, Apresenta uma coiss como Sic ou rar € um meso de valor ‘A precaredace pode ser considerida 0 valor qual vo oposto ao valor quanikativo da duracio, & corvelatva 20 Unico, 20 original abe se que tio quanto ext ameagade ganka um valor eminente- Carpe diem. A poesia de Roasard log habdmence com esse tema que nos toca imesiatamen- {el A precariedade nem sempre € ameaca de more, pode ‘poe De Punt Da anctMNracho 103 referirse a uma sivagio: a dos amantes os oles um do tutto, comparada com a dos esposos, € oposicdo do valor {do precario ao do estavel Tse lugar € vinculado a um lugar mito impomante 6: tado por Anitoteles, que seria 0 da oportunidad cada cu & prefer no momento em que tem mais Inmponinci: por exempo 4 auséci de mas € ras dese bel na vehi dn. quc ma feud, pos fem mas poe ‘Src na vebace™ Se inverermos 0 exemplo de AnstGteles, se insiirmos ras coisas importantes para a crianga ou © adolestente, ve- Femos que, lazendo o valor depender das circunstineias Transits, insistimos na precatiedade desse valor 6, 20 fesmo tempo, enguanio ele € vali, aumentamodhe 0 revo. (© lugar do ‘ereparivel se apresenta como um limite, aque vem acentuar 0 hig do precario: a forea argument Ms vinculada 8 sua evocigio, pode ter um feito fulminan te Exemplo, a celehre petonigio de S40 Vicente de Paulo, Sinigindose 2s damas piedosts © mostrando hes os drftos por ele proteyidos Fontes st mies segundo a gig, deade que sas mes seguo spatrcea om abundonaru® Wedes ago se quer {aren sundonsioe para sempre sua Vida © sia mone ‘culo em wonas mos Hes sverio, se continuares te fun com ces um caidado cadena delro sos perc Bens earto meno aa, se vos os desparate Se essa perorago teve tanto sucesso (0 apelo resultou rat fundago do Hospital das Crangas Abandonadas), € 20 Tugar do ireparivel que o deve ‘0 valor do ineparivel pode, se quisermes pesquisr- the os fundamentos rlaconarse com a quuntdade: dus ‘ho inna do tempo que se escoael depots que o inepati Yel tive sido feto ou eonsatado, cemteza de que os efeitos, imencionais ou lo, se prolongasio indefinidamente. Nas tle também poxle vincularse 4 qualidade unicidade ¢ Conferia 40 seontecimento que se qualfica Ge krepaeivel Seja ele bom ou mau em suas consequencias, €fonte de 104 aravo a anceesracsio ppwvor para o homem; pars que uma agio se imeparivel, & preciso que nio possa ser fepetida: ely adquire um valor Delo proprio fato de ser considera sob esse aspect, (0 inreparivel se aplica ora 30 sujeito, ora 0 objet; ale sauma coist pode ser irepurivel er shot om relagho 4 tl Suelo: poderio replantat Frente de minfa porta un novo, arvalhe, mas fl nao serel eu que senate a sa soma ‘Ve-se que o inrparivel na argumentagio & realmente um lugar do preferivl, ne sentido de quer quando cle se ‘efere a'um objeto, s6 pode ser na medida em que este € pportdor de um valor nao se mescionara o lreparivel. 0 femedivel, quando se watar de uma imeparalidede que ‘no acareta nenhuma conseqincia na conduits, Talvee se fale num discurso cientfico da segunda le da terodinam , mas esta 96 ser considerada argumento. do ineparivel Se atibuimos um valor a um cero estado do univers ‘Uma deciso cujas conseqiencias sera iremedveis € valorizada por iso mesmo. Na agio, prendemonos em sera ao que € urgente- os valores de intensidade, Vinca {dos a0 dni, a0: precio, 20 imemedivel, ela est 10 primeira plano. Assim € que Pascal vale-se dos higares dt ‘quanti para mostaraos que & preciso prefer 4 vida tema 3 vida teen, mas quando fos pressions para tom ‘uma decisio afiema-nos que estamos embarcados «que ‘cumpre escolhes, que a hesiaeao nao pode dura, que hi lrgencia temor de naufigio. ‘Alem des usos do lugar do Gnico como orginal rao, uj exisénca € precirn ea perdaimemedivel pelo que € Coniraposto a0 que € furgive! e comum. que nie eoremos © isco de perder e & facmente sobstuivel, hi nusnia Or dem de ideias totalmente diferente, um uso do lugar do Tinieo como oposto so diverso. O UNKo & nese eto, 0 ‘que pode servi de nonma: esta aduire um valor qua fem relagio 2 mauluplicidade quantitativa do divers Opor- ‘e-i 2 uniedade dt verdade 4 diversidade das opinioes, A Superiordade das humanidades clissicin em relagio 6 hi ‘manidades mosernas, dita um autor, deve-se a0 ato de os antigos apresenarem modelos ftos,seconhecidon,«teros fe univers Os autores modemos, mesmo que scam Ho bons quanto os antigas, ofercem inconvennte den poder servi de norma, de modelo indscutvel: € 4 multipi ‘oro¥TO De PARMA Da aRCLOMENTACAO 5, cidade dos valores representadas pelos moxlemos que thes russ a inferondade pedagogicaTsse mesmo lugar seve a Pascal para jusiicar 0 valor do costume: Por que Se segue ab antigas eis ws snc opines? Sera que 0 mat sada? No, mat 89 Gn, © nor ex pm da dh derstand”. 0 que € Gnico se beneficia de um presigio inegive: 3 exemplo de Pascal, pode-se explicar com isso um fendme- 0 de adesio, fundamentando-o nesse valor postive que se Toma como base de uma argument, sem dever funda ‘mento por sua vex. inferoridade do malipo, sei cle © Fngivel ou 0 dverso, parce adit com moa frequen a, seam qua forem as justeagbes, muito variadas al, ‘que seriamos capuzes de The encontrar $24. Outros lugares Poder-seia pensar em reduzir todos 0s lugares a0s da quarsdade ou da qualidade, ou mesmo em reduait todos 0s lugares aos de uma tnicaespécie ~ teremos a gcastio de teatar dessa tentatvas = mas parece-nos mais di, dado 0 papel que represenlaram e coninuam a fepresentar como ‘Ponto de patida das argunentagoes,consagrst algunas Posigoes aos lygures da ordem, do existente, da eséncla & a pessoa. ‘Os lugares da ordem afirmam a superiordade do ante sor sobre 0 posterior, om da causa, dos prncipios, ort do fim ou do obec, ' superiordide dos princpios, das leis, sobre as tos, sobre 0 concreo, que parecem ser a aplcagio dos prime os, € admitida no pensamento nio-empirisa, O que € ca sé razio de ser dos efeitos e, por 0, Ihes € superior Se esas fomas praduzidas. dis Plotio, . exitiser por axon mio eearam nos ukimos hares seat exo, © Porque a loge est a cosas pranitan ak eau proce fora qe, por seem caus, exo nos primes Iie 106 arab Da awcrweeracho Muitas grandes discussdes filosoficis gram em tomo dda questio de saber 0 que é anterior ¢10 que & posterior, pra da ear conclusdes quanvo & predominancia de um as ecto do real sobre o outo. As teoris inaliss, para valor ar 0 objetivo, trnsformamm-no em Verdes c2ust € OF gem de um processo. © pensimento exstencia, que insite hi importincis da agio Vollada para o futuro, relaciona 0 pprojto coma estura do homtem ¢, com 80, “busca sem pre remonta 20 oiginatio, 3 fonte™ (Os lugares do-existene afirmam 2 superioridade do aque existe, do que € atu, do que € real, sobre 0 possive, ‘eventual ov 0 imponsivel, © Mlfoy de Samuel Beckett ex Dress, asim, 2 vantagem do que existe sobre o que ainda ‘ove ser realizado, sone 0 projet: Pos ean ms Moret, foal. nem por nem metior do ‘que on outone send oe para all ear nao teu 0h foto de ver nantes now nao em rzto do que ef, fis porgue ca [seta Pos eu esuva lesan mao Cie necessude ei pata ‘A uillzagio dos lugares do existente pressupoe um condo sobre a forma do real ao qual sio aplicados. En Rrinde nimero de contoversasflosoicas, mesmo adi fp que o acordo sobre eses lugares esta garantido, os par tiipantesesforgamse em tra deles um partido inesperado, saves de uma mudanga de nivel ra sua apleagio Ou ats ‘ede ums nova concepcao do existent Entendemos por lugar da esséncia no a aude meta. sica que afimmara a superioridade da essénéa sobre cada tia de suas encamagoes ~e que ¢ fundameniada au Iu fir da orem mas 0 ito de conceder um valor superior tos individuos enquanto representantes bem caractesizidos Sessa eséncia Tate de uma comparasio ene indicus ‘concretos: assim € que abies de Imediato um valor a ‘um coclho que apresenta todas as quaidades de um coetho ‘E14, para nos, um "helo coetho™.O que encarna melhor un padrdo, uma esséaci, uma funcio, ¢ valorizado por iso mesmo, Conhecemrse estes versos de Marot a Francisco 0 0NTO De Pag A aecTacho wr el plas que ar oner ein ete pls pf ene earn thet mais que Mae de hone cng (et malt Re ue Jamas tena ido coroada) Proust servese do mesmo lugar para valoriar & du qwess de Guermantes: 2 eoguesa de Gueemantes, que a em dizer, de tno see Guermantes, tomavise em cess scan ernie © sas apradine. = ‘Uma ica ow uma estética poderiam ser fundadas na superiondade do que melhor encama a essencta« mt ob fap que hii em chegar a eles, ma heleza de quem a che BE porque o homem ¢ foto para pensar que part Pascal, bem pensar € 0 primeiro principio da moral pore, pact Marangoni as deformasdes slo ierentes 4 esséncla a ate {que é impossvel encontrar obra sem deformagio entre #5 considera peretas™ ‘Na vida herbics, segundo Saint-Bxupéey, 0 chefe v8 uma justiicagio de suas maiores durezas, dos sacrficios {que impoe aos seus homens, mio no rendimento que dles ‘obtém. nem na dominagao que exerce, mas no flo de que ‘seus subordinados realzam assim ssh posses extre- mas, de que efewam aquilo de que sto capazes, A moral do super-homem extra do lugar da essencta todo 0 set trativo e todo 0 eu prestige Examinemos, para terminar este ripide apantiado ge. ral alguns lugares dervados do valor de pessoa, vinclads 2 sua dignidade, ao seu mésto, 2 sua autonomsa. © que nto poems nos proporcionar por meio de on trom, dit Arte, € pefervel xo ave podcros propor ‘srnox por mes dele € 0c, por exemple a tig em Compara com 3 conagent Esse lugar permite a Pascal enticaro dverimento: Ni € ser Flr poder ser alegrado polo diverimento? ‘Ni pois le vom de sles ede fra = 108 resrape pa ancowemacao se lugar também confere valor 20 que € feito com ‘euidado, a0 que requer um esforo. (s iugares cue mencionamos € que eo entre os ut zaudos com mais equéncia poderiam ser completados por ‘tos outs, mas cujosigficado € mais limiado. Als, 40 especificar or gares,passiriamos por graus insensives dos atordos que qualificatamos, de prferéncia, de acordos ‘des valores ou das herarquas $25. Uslizagao e reducio dos lugares: ‘spina lssico ¢ expinito romintco Seria interessante destacar, nas diferentes Epocss € N08 diferentes meios, os lugares que slo aeelos com mator fre ‘adéncis, ou pelo menos parevem acttos pelo audoeo, ta ‘Como o imagina 0 orador. Essa tarefa sera, alii, delicic, pois os lugares considerados indiscutveis so utlzados emt serem expressos,Insste-se, em coattaparida, nagueles ue se dese refuar ou matiza em sa aplicagto. {Um mesmo objetivo pode ser realizado com 0 auxiio de logares muito diversos. Para acentuar 0 horror de uma hheresr ov de uma revolugio, empregam-se ora lugares da ‘quantidide, mostrando que essa heresia-acumula todas 25, Neresias do passado, que essa revoluczo, mais do que qualquer om, amonion conturbacoes sobee conturbacoes, Sra lugares da qualidade, mostrando que ela preconiza um Sesvio interamente novo ou um sistoma que jamais exisia fntes” ‘Convém observar, contudo, que 0 uso de certos lug es ou de certas argamentagdes no caracteriza necessrit Imente vm determinado meio cultueal, as pode result, ‘O que als costuma acontecer, da siuaao argumentaiva particular em que s¢ esti. Argumentagoes que Ruth Bene- ‘ict, em sia interessante obra sobre 0 Japdo, considerava ‘arscersicns da mentalidade japonesa se explicam., para fis, pelo fato de que 0 Japio ers 0 agressor, ora, quem ‘quer mudar 0 que esta Scorrendo tend introdvit, co ‘ho lusiicasao, im elemento normalivo, como 2 substi (lo da anazquia pela ordem, 0 estabelecimento de uma Trerarquia™ ‘Orava DE pannna Da ance MESTAGHO 9 {A siuacio argumentatva, esencial para a determinaglo dos hugares 20s quais se recrter & pr soa vez um com plexo que abrange, a0 mesmo tempo, o objetivo a que se tsa os argumentos com os quale hi risco dese choca Es Ses dois elementos esto, ali, intimamente Iigados; com feito, 0 objetivo a que se visa, mesmo que se tate de de Sencadear uma agio bem definida,@a Um s0 tempo a tans formagao de cenas convigoes e replica & cers argume to, tansformacao © replica que S80 indispensaveis a0 de- sencadeamento dessa aco. ASsim € que a escolha ene di- erentes Iugares, lugares da quantslade ou da qualidade. poe ‘eremplo, pode reular dem ov de outro componente dh Sruacho afgomentativa ora veremos clarimente que € & a tude do adveririo que influk new escolha, ora veremos, 29 contri, o vincalo entre ess escola ea aco por desenc Sear. Sabemos que Calvino costuma utlzarlugaes da qual dade. E, como diviamos, circterisica Frequeme ag ‘mentagio dos que querem mudar 2 ordem esabelecda. Em ‘que media ss se deu, tambem, porque os adversirios de (Calvino recoreram aos lugares dr quantidade? Hes poem grande empenho em recolher muitos tte smuntos dt sera im'Ge que, se a0 podete vencet por le methores mas apropos do! que os ost, possi pelo menos ahutener com a ane profsie” Poderse-a encontrar um exemplo muito mais genésico de semelhante oposigio no esforgo feito pelos rominticos para inverter certs posgdes do dassicismo: onde pereehiamt {que cate podis defender we mere? dos Togares da quanta de, o romantiamo reconts Inevitaveimente aos hares da ‘ialidade, Se os cissces vicivam 30 audio universal, 0 fue sob ceno aspecto & um apelo quantdade, era normal que os romintcos, cua ambicio o mais das vezes se limita 4 persaclr um aucitorio panicula, recoressem 3 Iagares Ge qualidade: 0 dnico,o ifacional a elt, geno. De fo, quando se trata de higares, menos ainda do ‘que quando'se usta de valores, quem arguments busea el minar completamente, em proveio de outros, certs ele- mentos: busea de preferéncia subordiniles, redziios aos ‘que considera fundamentals no reerapo na anoxaasetacio ‘Quando os lugares da ordem sto conelacionados com, co dt quantidide, 0 anterior € considerado mais duradouro, fais esivel, mais peru. se forem correlacionados com os Tgares da qualdade, 0 principio ser considerado original, ‘com uma realidad superior, modelo, determinant das pos. Sfilidades extremas de um desenvolvimento. Se 0 antigo for valonzado porter subsistido durante muito tempo e poe encarar uma trig, © novo sexi valorzado por Se og fale ra, ‘Os Tigates do existente podem ser relacionados com ‘os lugares da quantdade, vinéulados 20 duradouro, 20 esti Vel, ao habitual, 40 normal. as tambem podem ser relacio radon com os iugates da qualidade, vincuados a0 nico € 10 precirio. o existent tse valor do fato de impor se enquanto wivéneia, enguanto inedutivel 2 qualquer outro ‘bj, enquant tual. Poder-se-a, als, ststentar que © fexstent, como concreto,fundamenta os lugares da qual ‘dade, valor 0 Unico, e que o existent, como real, fu ‘damenta os lugares da quantidde e di sentido 20 duridou- roe a0 que se impoe uaiversalmente (0 lugar dx esénea pode set telcionado com 0 nor mal, que € © snico que permite, 30s pensadores empirsas, A consiugdo de padebes, de estruturis, caja realzacio per feta foi aprechdh em alguns de seus representantes. Mas, para ox ricionalists, partum Kant, por exemplo,€ 0 ideal SG arquétipo abstit, 0 nico funéamento waldo de toda ‘ormalidade™: que ese arquetipo sez valorizdo como fon te rigem, ou como reidade de uma espace superior, ‘como universal ou como racional,tita-se ainda de outro problema. A superiondade do que encarsa melhor a essen ‘hs posers alin, er fndamentada, ora no aspecto clssico fe univertlmente valid, ont no aspecto excepelonal desse bexito considerado taro e dif. ‘Os fngares da pessoa podem ser fundamentados nos 4a esséncia, da autonomia, da estabilidade, mas também na ‘nicidade ena originalidade do que se relaciona com a per sonalidade Burana Por vezes esntsligacBes © justiicagdes de lugares sto apenas ocssionas, mus pode acontecer que semelhante te tuna result de Ua tontada de posgao meufisica © cara terize uma visio do mundo, assim € que a primaza conce- ‘@7ONTO DE MARTIN D4 ARGIMESTAGAO m lida 20s lugares da quantidade e a tentatva de ede a es Se ponto de vista todos os outs hagires caracteri 0 esp tito cisco; o esprit rominico argument, pelo conti, reduzindo os lugares aos lgares ca qualilade (0 que € universal e etemo, 0 que € eacional © com mente vilido, que ¢ estivel, duradouro,essencial, © que Interesst ao maior nimero, se considerado superiog fu ddamento de valor entre os casscos 10 cnico, 0 orginal e 0 novo, 0 distin € 0 marcante na hist, o precio eo izemediavel sto ligires rominticos ‘As virtudes clasics de weraidade © de justia. 010 smantico oport as de amor, de carklade e de field, se fs casscos se apegam aos valores abstatos, ou ao menos Universi, os romantics preconizam os valores concretos © particlares, 2 superiondade do. pensamento e da contr: plagio, preconizada pelos clissicds, os romdnicos oporio (82220 ea ‘Os clssicos se empenhario mesmo em justificar a im pportincia que conferem aos lugares da qualidade apresen tando-os como um aspecto da quantdade. A supenordade de uma personalidade original ser jusficada pelo carter inesgotivel de seu génio, pela influéncia que exerce sobre fo grande nimero, pela grandeza das mudangas que oss na. O conceeo seri edu ao infinto de seus elementos ‘onsituintes, © uremedkivel 1 duragio do tempo durante © ‘qual no podera ser subside. ara os somdniicos, os aspectos quantativos que se he vario em conta podesiam reduzirse a uma hierarqua pura mente qualittva: tatarse-4 entgo de uma verdade mais Iimponanie, que formara uma realidade de nivel superior Quando o romaauico opoe 4 vontade individual a do grin- ‘de nimero, esta thima’ pode ser concebida como manifes lugio de uma vontade superior. a do grupo, que seci des- ‘ero como um ser Unico, com sa hiseria, son orginal ses no popion jm & que a sistematzagio dos lugares, sua concep: ‘0 em fungio dos lugares considerados fundamentas, com Ferethes aspecios vanives e que 0 mesmo lugar. 4 mesma hierarquis, podem, em vinude de outs jstiicagio, rel ddr numa visto diferente do rel a arapo pa ancraseracio +b) 08 ACORDOS PROPRIOS DE CERTAS ARGUMENTAGOES, 45.26. Acondos de certo auatoros particulares Aquilo a que chamarios habitualmente senso comum ‘onsite mira série de crencas admidas no seio de uma Geterminada sociedade, que seus membros presumem set pparthalas por todo ser ricional. Mas, 20 lado dessas cre ‘is, exitem condos, preipsios dos partidos de uma disci lina particular, seit ela de naturezacientifica ou técnica, Furdica ou teol6gica. Tals acordos constituer 0 corpus de tina ei@acis ov de wma teenea, podem resular de certs Convengdes ou da adesio # centos textos, e eafacterizam. certo aitonos. sees stidtrios se distinguem em geral pelo uso de ‘uma linge teenica que hes € propia. £ nas dscilinas Formallzadis que essa Iinguagem se diferencia 20 miximo ‘aguela que, por outro lado, os membyos de semelhante ‘iuctono ula em sas relages dias e compreendem nquanto membros de um auchéno mais geal; mas, mes fo em disciplinas como 0 zee, que tomam muitos de cus termos teenkos emprestados da linguager coment pulderam parecer hermetieas aos naovinictaos. Pols esses fermos, que se desea tomar {Ho univocos quanto possivel no conesto da dieiplina, aeabam por resumir um conjunio {de conhecimentos, de tepris © de convengbes, cus igno rlncia fz com que si compreensio, enquanto feos 1 fos tecnicos, escape inclement 408 profs. aca entre nom grupo especalizado, fazse necessirla ‘uma inicagio, Enquanto’ 0 orador eve adapta-se normal: mente a0 sew auclério, n26 se da o mesmo com o mesire ncamrepido de ensinar aos alunos 0 que € admitido no frupo pariclar so qual estes desejam agregarse ot, pelo fcnos. ao ql dewejum agregilos as pessoas responsivels por sii educagio, A persiasio €, nese cas, previa inci ‘to, Deve ela obter a submissio as exigéncas do grupo es Petilizado do qual o mesiee aparece como port-vor. A Fhiciacio a uma dsciphna paricular consiste em informar regas € tecnics, nogoes espectieas, de tado quanto nela & ‘opoMT De puxmba na ancestenT4c%o ua admiido, © « maneira de crticar sous resultados conforme feigencias da propra disipina. Por essas paroculardades, 2 inciagdo se disingue da vulganizacao dijgida 20 pblieo ‘em gel, para informs de certos resultados ineressantes, uma linguagem nao técnica, e sem 0 capacitar nem para fe servi dos meiodos que pesmtiram esabelecer esses re Sulladas nem, @ fortion, para eimpreender 2 crea deste Tinos, Tals resultados so, de certo modo, apresentados co- Ino independents da céncia que ox claborou: eles adquii= fam 0 estatulo de verdades, de fatos. A diferenga entre & ‘éncia que se eiiics, a dos centsas, e a Genea ace, aque se tornado auditéro universal, caracerisea da di Ferenga entre iicagio e vulganzacio™ "hequestao de saber se uma argumentacio € desenvol a para'o uso de um audio ligado por acordes paricula es ou para o so de um aucitorio nio expecializdo nem sempre € ficl de se responder. Cenas controversias,rela- var frauds em arqueologia, por exemplo. apelato, a Um 36 tempo, aos especalias © &epinizo pablias 0 mes- to ocorrera com frequéncla por ocatto de processos cr Iinais em que 0 debate se sus, simultaneamente, no pls ‘0 juridico ¢ Bo plano moral ‘Ademais, exstem campos dos quais se dirs, conforme concepio que dees se fez, ou que sto especializados, ‘ou que escspam a qualquer convencio ou a qualquer acor. {do puricula:€, de Um modo eminente, 0 caso da hilosoia, Enquanto, de uat lado, uma flosofia escolar, desenvo- ‘vendo se no planos do stoma elaborado pelo meste, po te ser considerada especsizada sproximmada de uta (eo- logta, ser, de quo do, admissivel que um esforo hos fico independente pressiponha a inicagao previa a uma tenia enucta, que sera dos fidsotos profisionas? Este 0 parecer formulado, numa Obra pestura, Muto Suges ‘a, por um jovem autor alemao,F- Rogge, que opee a uma “flosotin popular”, como ade Nietsche, por exemple, as flosoiascomemporiness, que supoem, tous, um conhec mento aprotundado da historia da flosofi, emt relagao a ‘qual elas sto leva, de um modo ou de ouiro, a Se pens fem a si propeas™ NMas'o fldsofo que toma posi a respeito dese hit fia da fllocoia, que the stb um determinado sgndicado 4 esrapo ba ancuneracho «, por conseguine, deve admitr que sua propria concepio Bande a ese significado, renuncia toulmente a dirigi-se 20 udideo universal? Nao Se poder’ dizer que o audio un ‘ers tl como 0 ibsofo 0 Figura, € um audio que ace {a certs fitos, notdamente & aqui das cendias, mais panicularmente 0 da histria Geatiica da Hesofa, mas que, fio obstante, continua soberano para inserr esses fates et Jrgumentagdcs nowss, é mesmo subven-los! Nesse caso, todo Mldsofo continua 2 diglese ao audirio universal, da ‘meso forma que © Riso popular, « no parece que se poss, em flesofia, agar um conjunto de conhecimentos, ‘Ge regs e de tSnicas comparivel 20 corpus de uma di Plinseientticae comm tos ox que a praticam, ‘O exemplo da fllosofa mosa bem que a questio de saber quals So os aucérios especalizados € uma questio real que deve ser dirimida em cada c3s0. Mas hi auditoros tals como os de juts ou de feolegos, para Os quai essa ‘questo & resolvida gracas a consideragoes de ordem fort: Contraramente ao dzeto tural © 2 teologi raion, © d feito a teologin positives, ligados por textes bem determi ‘nados,constitim dominios de argumentagio especficos Soi qual fora erigem, sei qual for 0 fundameato dos textos de dteito positive ou de teologs postiva ~ problema {que alo nos dia respect atualmente -, 0 essencal @ que ‘les constitem ponto de para de aoves raciocinis. A Srgumentaglofuridiea ou tologica deve desenvolverse 90 lnterior de um sistema definido, 0 que colocath ao prime plano certos problems, notdamente os relatos 3 intr: pretagdo dos textos. Certis nogoes, tas come a de evidéncia ou a de fat, adquitem um sentido. parcular em disciplinas ligadas por ‘Quando, angumentando peramte um auditorio que mio ‘esti ligad por textos, dizemos que uma proposigao € ev ‘dente, € porque nio desejamos soja essa proposicio ou fnlo dapomos de um meio para fa2e lo. Em compensa, (quando dizemos de uma reyea de deo que ela fevidente, & porque acrediamos que nenhuma contest poderia surgir 8 respeto de sua apbeabildade a um caso) Daricular Pois a nao-evidénciaatibuida a ceras regres, @ ( Poto Dx ins a aniNrso us posta necessidade de justficias, resulta do fato de con Yerermos imedatamente a posibildade de contestagoes rnuma busca de fundamentos; € que toda difeuldade de Spliagio, ainda que os valores proteyidos pela le no se jam discridos, come o isco de da nico a toda ma arg ‘mentagio na qual intervirio provavelmente os fundamentos possives da regra, Da mesma foema, dizer que um texto se fro & evidente €, uma ve7 que nao se tata de reeti%o, pretender que hi uma (nica maneia de interpreito Os acordos de audit6ris expevializados podem com ponar definigdes pantculares de certs tpos de objetos de condo, por exemplo, do que € um fato. Referemse tam- bbem 2 maneira pela qual exes podem ser iavocades ou et teados ara o tedlogo ou 0 just, € considerado um fto 40 0 ‘que pode pretender acorde do auditor univers, mas {© que os textos exgem ou perme watar como tal Um te0- logo mio. pode pr cm cvida fos ow verdes atewadas ‘por dogmas sem se excluir do auditério particlar que os Considers inconteses. Em diet, exstem figbes que obr Jam a trtar uma coisa, mesmo que alo exists, como se exis fic ou 4 nfo reconhecer como exitente algoma coi GU ‘existe, O que € sdaitko como um Fito de senso comun Po de far prvado de qualquer consequénea jn. Asim & (que 0 juz no ests autonzado 2 declaar um fato constant, Dela nica rio de que tert suirido pessoalmente, fora fo processo, 0 seu conhecimento, posivo™ A ieee {o juz poder vir a. modifica as pretenses das partes: oa. S20 a8 partes que determinam 0 proceso, nO Ambo da let ‘Vemos, pemanto, que. para cerosaudtoros, 0 ito & vine lado a prova que se quer ou pode adminstea [Nas cincias naturas contempotineas, 0 fo est sv bordinado, cada vez mais, possilidade de uma medic, ‘no sentido amplo dese temo, Eas open teslsténcia 4 to da observagao que alo pode inseci-se num sistema de me slidas. Ademais, um clentists que veriea as conclusies que ‘outro cientsta propos, apés determinada experignca levaeé fem conta todos os fats que se apresentam e slo relevances 2 Tegtimidade dessa tcoria, mas nio se créautorizado, nes- ‘st controversia, 4 venar outs tos que, NOs limites ro 6 rexrapo nA anGLMENTAAO posos, nio sto reevanies; o contrirto, todavia, do que se passa no divi, ao existem na cignca regs de proced fento que déem a pretensio eis partes uma fixes relat ‘a clentsa, juz, sempre € af pane 20 mesmo tempo, € Jogo introduzirt novas pretensdes. Porno, € apenas por analogia com 0 que se passa em dieto que podemos per ‘cher fase de debate, fases em que cers fos 530 consi derados provisoriamente ielevantes, ‘Mesmo na vida dria, centos fatos sto considerados nto ocomides, «isso porque seria de mau gosto avent-los © omdor que ataca um adversiio alo pode avangar coras tnformagoes relatvas 20 comporamen deste tlimo sem deprecar asi proprio: um grande: mimeo de rears morals, de egeas de eiqueta ou de deontologiaimpedem into ducie de certs fitos num debate. auditor juridico ‘ons, a esse respeto, um aso pivleeado apenas por- ‘que nee as restrigoes si codificadas e obrigatras par to dhs as partes, € so que ditingue essencalmente 4 Prova idles da prova histérica™ ‘Uma dsting2o 20 importante quanto essa concerne as presungoes: 0 vinculo que une cers fatos a outros pode er considerado pela leh “0 forte que 2 probabiidade de que este esta acompanhado daquele equivale 3 ceeza ju diesna daquele™. ‘As presungoes legais costumam ser da mesma natureza que aguelas que senam admitdas na vids extjoridien, 4 Tei notadament, regulamenta geralmente © que ela consi sdera normal. Entetanto, a ongem desses presungbesjur ‘as impara pouco €verossimil que a presuncio da inocén ‘a do acwsido, em matéia penal, provenha do fato de que Se temem as conseqéncias socais e moras de outa con vengio, ¢ nio do flo de que 0 die tena adotado uma presungio de senso comum ligada 20 norma. ‘© que carscerza geraimente as presungdes leyais €a dlfjculdde que ha em deralbi4as: elas sto amiide ines fivels ou <0 pore ser recusadas segundo regras muito Dreciss. Por veaes concemem apenas a0-Onus da prova. Ente € quase sempre, perante qualquer audit, fungio de presungbes aceitzs. Mas a escolha destas no imposta co- ro 0 € em cena matérias judas ‘oro De PARMA Da ancioMTagto w Essay observagoes referentes aos acordos especiicos, proprios de centos audidros, indicam o Suciente 0 qua to argumentos vildos para cemas pessoas no 0 so em abst par oss qua pm parecer exenanen Um profano, diz Juanda, que assste ua dius so de telogon no et longe de pensar que desc um om a mesma [ope impenivel ques intron de ua ‘fat de loco Dai resulta que pode ser vantajoso para o orador a escola de um auditono detemminado. Quando @ auditorio nde € Iimposo pelas circunstincias, uma argumentacio pode set apresentatla paimeo a ceras pessoas, depols a Outrs, © pode tar prover seit dk adesto das primes, sj, cso ‘mais cuioso, da rejeqio desas 4 escolh dos audiéion e dos unerocuioees, assim como a ordem na qual se apresen tam as argumentagoes, exercem grande influéncia na Vida pablic ‘Aviznhanca dos audits, especilizados © naoespe- cialzados, eage sobre a argumemao. Um artic assina lado por Schopenhauer, como uiliavel durante uma di {cussio entre clentistas na presenga de um publicoincompe- Teme, consice em lancar ma abjegio nao-perinente, mas {que o adversiri no podria reftar sem longos desenv Vimentos tecnicos". Esse expediente deixa © adversinto = tna stuag20 diel, porque 0 obriga a valer-se de raciocinios {que os ouvintes sip incapazes de seguir O adverstio po- ers, enteetnto, denunciando a manobra, desacreditar ‘quem a ela recomreu,e esa desqualieacto, que no fequer Dremissas técnica, poder funcionar com todos os met bros do auditéro, tanto leigos como cients. Assim tam- bem, num proceso, a tendéncia pars hlgar em dea se combina com a tendéncia para julgar em eguidade. Emibora feta Glima tena menos impordnea para Um [ulztéenco, anda assim este 40 poder Fecha-se aos argumentos que the so apresentados enquanto memibro de um grupo social Particular, mas mio-especializado, ou enquanto membro do Atudit6no universal Ese apelo 46 seu senso moral poe in us estan ba anctantacio ‘envio a inventar argumentos validos em seu Ambito ‘onvencional, ou a aprecar de modo diferente aqueles de ‘que dispse. Por outro lado, 2 preocupacio com 2 opinito ual ou furusa dos auditorios especalzados reage sobre 0s Aiscursos dingidos 4 audhtonios nao-especializados certos tos da vida corente, como a compris © vend, ealzam ee discitemae levandorse em conta seu slcance presente ‘mas também levando em conta que eles um da podem ser fevocados num contexto jurdico. Da mesma forma, 0 ho- tnem do vulgo que observa certos Fendmenos naturis pode faabo levando em conla o que imponars, acedia cle, 2 vim audiorio de clentias. Assim, a8 angomentagBes ene hoespecilizados sio Formuladas de modo que, 08 ea em ao parecer de um especial, ou fiquem na depen- fencta de sua deciso: de toda forma, possivel interven: G0 do especalsa influenciari um grande nimero de cor frovérsias entre lego, 527. Acontos proprios de cada discussio As premissas da angumentacso consist em propos: bes admitidas pelos ouvintes. Quando estes no esto lige Sos por regeas precisas que os obrgam a reconhecer cenas proposigoes, todo 0 ediiio de quem arguments funda-se apenas num fato de ordem psicoldgica, a adesto dos ovvin fs. Alig, esta €, 0 mais das vezes, apenas presumice pelo ‘dor. Quando 25 conclusoes deste tltmo desageadam 205 ‘seus interlocutores eles podem, se assim julgarem dil, opoe dhesss presungio de acordo sobre ae premises uma dene ‘aclo que teri o efeto de minar toda a argumentagio pela base. Esa rejeigao das premissas nem sempre ocone, tk ia, sem inconvenientes para os ouvintes ~ falaremos disso Imaislongamente quando, a0 analiamos as técnicas argu ‘mentatvas, tatarmos do ridicule" ‘Cason hi em que 0 oridor tem por causao a adesio express dos inerlocutores 4 suas tests incl. Tal adesa0 flo € uma paranta absoluta de estblidade, mas a aumen- ta, sem o que nfo leriamos 0 minim de confinga neces fio para a vida em sociedade. Quando Alice, coaversando om os sexes do Pais das Maravas, quer desdizer uma de ‘orosTo ne muemna pa ancesueeracio 19 suas afimagdes, cuve a objegdo: “Quando voce disse ums Ver alguma coisa, Iso esadeleve ess coisa, e voce tem de deekar is coneqinclas des afirmagio™. Replica exqus {a, ¢ nos pusermos no plano da verdade, onde a raudanga sempre peemiida, pols se pode alegar um es. Mas O- ‘servagio profunda se os pusermos no campo da acto, on- dde-o qe Toi dio consi una eapecie de envolsimento ‘que, sem razio suficiente, no poderia ser deseto, sob pe fade destulr qualquer possbildade de vida em comm. ‘Assim, a6 marifesagoes de adesto explicit ou impli 1a sio procuradas pelo orador. que utliza uma série de te ‘leas para ressaat a adesdo ou para capt. Essistécnicas io elaboradas, paticularmente, por comos audsdrios, nos damente pelos audits jurdicos, Mas nao hes Sto et a solutoexclasivas De uma maneira gra, todo o aparato de que se cerca «a promulgasao de cetos textos, © promunciamermo de cer tas falas, tende a tomarihe mas cif 0 repo © a au mentar 4 confanca socal. jursmento, em especi, acres ‘ea adesto expressa Uma Saco rligiost ou quasereligo Si. Pode ele retense 4 verde dos fatos, 8 adesto sno mas, esiender sea um conjunto de dogmas, €0 felapso ea passivel das malores penas, porque transgredia uit hs 'A técnica da coisa ulgada tende a estabilizar cers jul: sgamentos. a vedar 0 questonamento de cers decisoes. Na ‘Genelia, a0 disinguircertas proposigoes quaificdas de aio ‘mas, concedeseihes explletamente uma situacio pri fiada no scio do sistema: revisio de um axiom Hino podech eferiarse senio mediante um repdio também ex. plicit; ela nio poderi ser feta por uma argumentacao que fe devenvolvese no interior do sistema de que ese axiom fa pare (ais das vezes,entretanto, 0 orador $6 pode conta, para suas presungoes, com a inéria paiguics socal, qu has consciencas © nas sociedades, comresponde 2 inércia na fiset, Pode-se presuiir, at€ prova em contri, que a a= tude adocada anteriormente'~ opinizo express, conduta Dreferda ~ contnuara no futuro, sea por deseo de coeeen- i, seit em virude da forga do habito, A estanhers de nossa condiio, segundo Paulhan, est em ser 120 rearavo a ansemeracio tac encontrar raes par os ats singles, diel para os os comuns. Um homem que come ce de aca 00 sabe por que come carne de acs, mus se Woca pura Serpe 3 ine de vaca peo sas on pels fs, nao fad sem inven ‘ar mil prov, mse ms ens do que a6 cara De fo, a inéseia pemnite conta com 0 normal, © habs ‘wal, 6 real, 0 atal e valontlo, quer se trate de ua sits Ho existent, de uma opinizo adtida ou de um esado de lesenvolvimento continuo e regular. A mudana, em con Pensago, deve ser jusiicada uma decisio, uma vez tome 1a 0 pode ser alterada por ra0es suficientes. Numersis- mas argumentacdesinsistem em que nuda nesse caso justi ‘i unt anudanga, Pardini da continuagao da guered con trea Franca Pit se opoe, nesestermos, & qualquer Weia de rnegociacdo As ircunstinclas e a skuacdo do pals tert0 mudado saancmente desde 2 uma moguo a esse respeto se que eu rad ago vse. p pmcra ve co tno atvopad da negnciaea! A stuagno don neon ters ‘ado desde aqute tempo, de tl modo que a nepacasdo Ses anualmente mas desjivel do que © es em quale A jusificacso da mudanca ser substtuida multas vezes por uma tetaiva de provar que no houve mudanga ea ssa tentatva ¢ 3s vezes determinada pelo fato de que a rmudanca € vedada:o juz. que nao pode mudar a lel sus: tentard que a sua incerpretagio no 2 modifica, que comes onde melhor 3 inteneto do Tegsiador reform da Teele eri apresentada como uma vol @ regio primiiva © a8 Escriuras A lusiicagio da muidanga © argument ten- ents mostrar que nao houve mudanka no se dingem, fem principio, a0 mesmo auditério. Mas tanto uma como ‘utra tendem 0 mesmo objetivo, que € 0 de atender as ‘exigtneias da inérca na vida socal “A jusuficagao da mudanga seri fita quer pela indicagao de uma modificagio abjeiva, 2 qual 0 sujetto teve de adap- tase, quer pela indiagio de uma mudinga no suito, con ‘sider um progres, assim, moana = a eal po aba lara confinga socal, € sempre um tanto deprecativa ~ po- ‘ovovre be mamma nn anceMesTACHO RI ‘deri mesmo assim ser aprecada como prova de sinceridade ‘Uma mudanga que fol bem sucedila para set autor pode tomarse exemplar para os que hestariam em tomar 0 mes ‘mo caminho. Assim € que W. Lippmann apresenta como ‘modelo aos republcanos dos Estados Unidos a ewohugio do senador Van Den Beng ge trdcionalmente iolacionst, Se tomou, depos da lima gues, um defensor convito © Dresigoso de uma politica de colaborago intemaciona” “A Ingzcia pode ser oposta, em principio, a todos 0s 1o- vos projetos , a fortion, a projetos que, de it muito €o- Mhecides, nto foram acetos ae esse dit, O qe Bentham ‘chama de sofisma do medo da inovagao ou também de 50 fisma do veto universal, que consiste em opor-se 4 qualquer ‘medida nova, simplesmente por ela ser nova, no & de mo- do algum um sofisma, mas 0 efeto da inécia que interven fem favor do estado de coisas existente. Fate 40 deve set modificado se houverrazbes a favor da reforms, Bentham compreende isso muito Bet, na reaidude, pois aquele que alega que, se a medida fesse boa, jt tert ‘Sido tomada hi muito tempo, replica que ineresses particu lores podam oporse elt ou que cla pod necessia de lum propresso dos conheclmentos, encaregando-se assim. de fato, do aus da prove” Notemos a esse respeito que ‘se, em direito, 0 mais dis vezes cabe a9 demandante 0 &- ‘argo probatério, € porque © dieito se conforma inert E concebide de modo que raiique, até informaglo mals ampli do exo, 08 fates ts como S30" E gragas 4 inca que a técnica da con julgada & pro longad, por assim dizer, pela téenica do precedente A re. petigio do precedente 6 dfere da continuacao de um esta ‘do existente porque os fatos so encarados como algo des ‘continuo. Por esta pica ligeteamente diferente, contin mos 4 vera inéria em atividade. assim como € precisa dar Aprova da ublidade de mudar um estado de coiss, © rect ‘0 dir 2 prova da oporunidade de mudar de conduts dian fede uma stuagio que se repete ‘Nos paises tadkcionaliss, © precedente se tomna, as ‘sim, pane integramte do sistema jurgien, um modelo do ‘quai podemos nos prevalecer, contanto «ue OSTEO CUE (© caso nove se parece suilentemente com 0 sata, Dit © rad {eATADO Da ARCLMENTACAO receio de eriar um precedente que itervém em grande nb mero de decides Ides decid, nao respeito de Isbcrates, mas a respeto de uma regra de vida, se € mister flosofar™ (Com efeo, 0 ato de praicar eros tos, atese de aprecia (bes ou de decisbes, € consderado um consentiment im Plcto para 2 utilzagao deles a lo de precedents, como lima especie de compromsso de comporarse da mesma ‘manera em sluagoes andlogas. ‘Assim também, quando alguém observa uma reg, em especial quando proclama que a observa, tal pesson man- festa que elt & boa para seguir. Essa tomada de posio € sssimilivel a uma confsuo, que se poderia, em determina de ccunstinea,lembrar. Assim & que, a0 atacar Esqines, Deméstenesinvoca 0 testemunho de sea adversirio sobre o -meado como tim processo deve ser condi cle profers dscuros que subsite part perdéto. Pots 6 que deinste como a usa quando fais 0 proces Tina, #90 msi taborr deve vale pra outs E efi repetir, para utilizar contra 0 adverse, edo {quanto se poss considera, por caust da adesio que a se ‘hunifesta, uma confisio sua. Tal repetigan imediata, das palavras do interlocutor consi o essencial do que se che sma comumente exinto de riplica Em clieito, quanco apenas 0 interesse das partes est ‘em jogo, a confissio de uma das partes, bem como 0 aor ‘00 dis clus, formece um elemento estvel no qual o jul pode esibar sc, quando se tata de matenas que envolvem 5 ordem publica, 4 confissdo nao tem a mesma forga proba. tori, pols € juz, nio as partes, que entao determina 0 ‘que pode ser consderado adquindo. Tim ver de basearse nos jizos do itelocuto, 0 ora dor is vezesuitlizré mos indicios de sin confisio, se prevalecera notadamente de seu silenco. (© silencio pode ser interpretado, quer como inicio de ‘que nenhima objeqao ou efutac fox encontada, quer co ‘mo Indicio de que © c250 & indiscutvel. A primeira interpre tugio alma um acordo de fato do interlocutor a segunda tie do sléncio 0 dieito, "0 que 0 adversirio no nea" Co poe i aN aI QMETAGAO 1 ‘consist para Quintano um elemento no qual o juz pode earharse (6 periga do acordo tind do silencio € que explica que, em muita crcunsencias,escolha-se responder alguna Cok eam gues oso de qe dsp moment mente sea frac [A assocagio que se estabelece entre silencio ¢ confi sto pode, contd) inter em detamento de cers afiema- gies © allndia absoluto ane cers medidas tomadas pe- fos poderes pblicos parece suspeto, pois € aif interpe- tio como ma aprotagio uninime: preferese, para ite proto, recorrer 3 hipotese da imino. (Os indicios das quai se tim 4 confiseio so matpos: poderd ser detectada numa abstencio, melhor ainda, numa fBuinada cua pista fuse ter descobero. Assim € que a re- Jeico, pelo legislador, de um artigo de uma Te, que The & Submetida, sera watada posteriormente como uma conf: io, ot ej como a afagao implicia de que ele pensco ‘esa cola © no a que. © uso dati das pergustas © das resposas tende es sencialmente a asscgurar acordos explicios, dos quals se Poder tira pico em segunda; esa € uma das caractest- ‘as da técnica socttica Una das aplicagdes dese método onsite na buses de um acordo expat sobre © Ponto a er lulgado, aqucle de que o adversino fark depender 0 des fecho do debit, ou sobee 3s provas que ee ami e con. SSderani conchientes, Cams nou abe 0 e380 do et presirio americano que solic, durante um dia inter, 28 ‘hye clos representantes dov-operitios as manda ano- tar evidadosamente no quadro-ncyso: consegue assim ter fo acordo explicto dees sobre os pontos aos quals se devern responder falo de acrescentar thes nowes, posteriormente, Senta interpretade como um indicio de mi vantade, Feando © objeto dx conirowérsia,tomamo-a mals compacta: o inte Jocutor nio peslria encontrar uma escapatora, para Fecusat seu acordo, quando as condigoes admis foram cumpt das, senio com o rico de desdizerse. Als, como so te ‘cits que, © mae das vezes, 0 plz do deslacho do de bate, hi poucas posslidaces de que tal dest tena tras consequencis que desabonar seu autor.

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