You are on page 1of 24
PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE 1 SERIE — Numero. 53 SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. Aviso 'A mera pubca no «Botti da Rapdbca» dove sr remota er cpa corvidomente avenicage, una poe cada assunt, dance conse, slém 93 ineisgdes necesséos para esse elaio,o averbemento sagulne,assinado © aulemleado Para publeagdo ne «Balin do Republica» SUMARIO Conselho de Ministros DectetoLel m2 2019: Aprova 0 Regime Juridico da tnsolvencia ¢ da Reeuperagio de Eepresirios Comeris. Decreto-Lei n.* 1/2013 dod deduiho Tornando-se necessirio adequar & instituto da faléneia € da insolvéneia 4 dindmica do desenvolvimento cconémico, 2 preméneia do melhoramento de negécios no pais, bem como 40 imperativo de seguranga juridica ¢ celeridade processus, ‘0 abrigo do disposto no n® | da Lei n2 912013 de 1 de Margo, ‘conjugado'com ou.°3 doartigo 179 da Consttuigao da Republica, ‘0 Conselho de Ministros determina: Autico | {(Objocto} E aprovadoo Regime Juridicoda Insolvéncia eda Recuperaio ‘de Empresirios Comerciais, que se publica em anexo ao presente Deereto-Lei, lo qual fa. parte integrante. Arrigo 2 (Norma derrogatérla) alteradas ¢.substituldos nos termos deste artigo do 7 de Margo Si 1s seguintes preceitos legais do Deeroton.° 43: de 1961 *Auiao 4S A rescisto do contrato por falta de cumprimento do arrenclatitio pade ser deeretada pelo tribunal judicial nos termos deste diploma ¢ na forma da Lei do processo ou pola via da conciliagdo, mediagio ¢ arbitragem, av abrigo da Lei 1 11/99, de 8 de Julho.” » Antico 88 1. O despojo a decretar ow a efectivar ios termos da lei de processo, & © meio judicial, prdprio do sonhorio contra © arrendatério ou seu sucessor, para fazer cessar toda « ocupagio de um prédio, quer no seu ternio, quando for caso disso, quer antes desse termo, por motivo de revogasio, rescisiio ou eaducidade do contrato, sem prejuizo do que resultar da reseisio do contrato pela via da conciliagio, mediaylo carbitragem, ao abrigo da Lei n.° 11/99, de 8 de Julho. Deas Antico 3 {Norma revogatsria) Ressalvado 0 disposto no artigo 4 deste diploma, ficam revogatdos: 4a) 0$ artigos 1122 a 1325 do Cékigo de Proceso Civil; ) 0s artigos 147 ¢ 148 do Cédigo dis Execugdes Fiscais aprovado pelo Decreto n° 38088, de 12 de Dezernbro ate 1950; 6) todas as normas legais vigentes que contrariem 28 disposighes deste Decreto-Lei Agtico 4 (Regime transitétto) 1.0 presente Regime Juridico no se aplica aos processos de ingolvéncia-ow de concordata propostos ei data anterior a0 infcio da sua vigéncia, que silo concludes nos termos dos artigos 1122.° ao 1324.° do Cédigo de Processo Civil. 2. A existéncia de pedido de concordata anterior & vigSncin deste Regime Juridica nao obsta ao pedido de recuperagio nos termos da mesma, caso devedor nfo tenha incampridoobrigagio no Ambito da concordata 3. No caso do nimero anterior, se deferido 0 pedido da com base neste Regime Juridico, 0 processo de concordata 6 cxtinto e os eréditos submetidos & concordatt sto inseritos, ro seu valor original na nova acgio, deduzidas as parcelas pagas polo concordat 4. Bste Regime Suridico aplicase As insolvéneias declaradas na sua vigéncia resultantes de convolagio de concordatas ou de pedidos de falGacia anteriores, as quais se aplica, até 3 sua declaragio, 0 Cédigo de Processo Civil, observado, na decisio {que declarara insolvéneia, 0 disposto no artigo 95 deste Regime Juriico. 432—(2) 5. A existéneia de processo de insolvéneia declarada anteriormente & vigéncia deste Regime Juridica nfo obsta & conversio do processo aos termos deste Reginie Juridico, desde. que implique maior possibitidade dé aleancar os objectivos cnunciados no seu artigo 1 Antico 5 {entrada om vigor) © presente Decreto-Let entra em vigor 96 dias apbs a data da su publieagi. Aprovado pelo Consetho de Minisiros, aos 21 de Maio de 2013, Publique-se, (0 Presidente da Repilblica, Awwiasno Evi Geeaeza, Regime Juridico da Insolvéncia ¢ da Recuperagao de Empresarios Comerciais cAprULO | Disposigées Gerais Avice | (objective 1.0 Regime Juridico da Insolvéncia ¢ da Recuperagio de Empresirios Comerciais tem por objectivo viabilizar 4 superagdo da situagko de impossibilidade de comprimiento de obrigagoes vencidas por parte dos enpresitios comerciais eds ‘outta entidaes referidas no artigo seguinte, de modlo a permite, ‘a manutengao da fonte produtora do emprego dos trabalhadores <¢ dos interesses dos eredores, promovendo, assim, 0 estfmulo eapreservagio da actividade econSmica ea sua fungo socal 2. Nocaso de a superagio da impossibilidade de cumprimento de obrigaydes vencidas nfo se mostrar possfvel, este regime jurfdico visa a promogao eficiente, em termos econdimicos ‘esociais, da Tiquidagao do patrimsnio do insclvente ea repartigto, do produto obtide pelos eredores, Awnigo 2 (Genbito do apiengso) 1. 0 presente Regime Furidico aplica-se ao process ‘ou da recuperagio dos emprestrios comerciais. 2.0 presente Regime Juridica, aplica-se sind, com as devidas, audapaga 1s associngds e Fundagsies; ) As sociedad civis: 6) s cooperativas «3s pessons sit 3. Exeoptuam-se do disposto nos nimeros anteriores: a) as empresas pablicas ou de capitais exelusivamente publicos; 1) as insttuigdes de exédito e sociedades financciras iblicas ow privadas, entidades de previdéncia complementa, sociedades operadoras de plano de asistencia a sade, sociedades scguraoras, sociedad de capitalizagio © ovtvas entidades legalmente ‘equiparadas as anteriores. ysolvi ares, 4, Para as pessoas enumerades nas alineas a) ¢ 6) do miimero 1 SERIE — NOMERO 33 Axtico 3 (Competénciay 1.8 competente pata deferr a recuperagio judicial dectarar ‘ insolvéncia, Ou reccber o depésito da acta de conciliagao © mediagio na recuperagao extrajudicial, o tribunal do local do domictlio do devedor, do seu principal estabelecimento ‘ou da filial de sociedade que tenha sede fora da Repabliea de Mogambigue 2, Para os fins do presente Regime Juridico, considera-se principal estabelecimentoo local em que o devedorex ctividade econdmica, apresentandoa maiorexpressto em trtn0s palrimoniais Antigo 4 (Cltagao do Ministério Publice) {. 0 representante do Ministério Pablico & citado da entrada ‘em juizo do pedido de recuperagio judicial ov da insolvéncia, padendo intervir nos actos que envolvam interesse pablico ‘ou euja tutela seja da sua competéncia, 2.0 represeniante do Ministério Pablico pide, aquando da su citago, requeser a sua notifieagio de todos os demais actos do processo, CAPITULO Disposigdes comuns a recuporagao Judicial eA insolvéncla SeCGAOL Disposigaes Gores Anrico 5 (Créaitos néo oxigiveis) o sio exigiveis do devedor, na recuperagto judicial ‘ou na insolveri 4) as obrigagies a titulo gratuite; ») as despesas que os erecores fizerem para tomar parte nna recupcragio judicial ou na insolvéncia, salvo as custas judiciais e os honorérios dos advogados decorrentes de litigio com o devedor. “‘Aarico 6 (Suspensti da proscrigso, das acgbes e exccugdes) 1. A declaragio de insolvéncia ou o deferimento do pedide da recuperagao judicial suspende o eurso da prescrigo ce de todas as acgOes e execugives contra o devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do s6cio solidério. 2. A insolvéncia c a recuperagao judicial correm no tribunal no qual estiver ser processada a acgio que demanelar quantia iliquida, até se apurar a liquidez do crédito. 3. B permitido instaurar, perante 0 Administrador da lnsolvéneia, reelamagao, exclustio ou modificagio de créditos derivados da relagio de trabalho, mas as acgbes de naturoza labora, inclusive as impugnagdes a que se refere osrtigo Sdeste Regie Juridica, sto processadas perante tribunal especializado 16 o apuramento do respective crédito, que €inserito no quadro eral de credores pelo valor determinado na sentonga. 4.,0 juiz. competente para as aegdes referas nos n°* 2 ¢ 3 dest artigo pode determinar a eserva da importancia que estar devida na reeuperagto judicial ou na wisolvéucia, &, uma vez reconhecio, em eardcter definitive, o diteito do autor, € 0 Edie f JULNO DE 2015 5. Na recuperagao judicial, suspensio de que trata 0 nL deste artigo em nenhuima hipétese excedeo prazo improrrogivel de 180 dias contadios do deferimento do pedidlo de recuperayio, restabelecendo-se, aps 0 decvrso do prazo; 0 direito dos credores de iniciar ou continuar as suas aegdes e exccuyes, independentemente de devisio judicial. 6. Aplica-sé-9 disposto no n* 3 deste artigo & recuperagao judicial durante o perfodo de suspensio de que trata o nimero anterior, mas, apis o fim da suspensio, as execugdes Inborais, podem ser normalmente conelufdas, ainda que-o crédito jl esteja inscrto no quad geral de credores. 7, Indepencl mie da verificagito periddica perante wt6rios cu secretarins de dstribuigao,conformearganizagao de cada tribunal, as aegies que: veaham a ser propostas contra o devedor devem ser comunicadas ao tribunal deinsolyéncin ov dla roeuperagio judicial: «pelo juiz competente, aquando do reeetimento da peligao iniciaks ) pelo devedor, imediatamente apés a citago. 8. Os processos de execugio fiscal sao suspensos com a declaragio de insolvéncia ou com 0 deferimento do pedido, de rocuperagio judicial, 9. A instauragiio do pedido de insolvéncia ou de recuperagio judicial impede © prosseguimento de qualquer outro posterior pedido de recuperagao judicial ou de insolvéncia, relative ‘19 mesmo devedor. seegaou Voriloagio © Reclamagao de Créditos Aanico7 (erticagio @ ceclamagao de erécitos) 1A verificagio dos eréditos & realizada pelo Administrador da Insolvéneia, com base nos livras contabilisticos e documentos, ‘comerciais¢ fiscais do devedor e nos documentos que the Forem apresentados pelos credores, pouendo contar com 0 auxilio, {de profissionais ou empresas especalizadas. 2, Publicado 0 edital previsto no n.° 2 do artigo 52, ou no n 2 do artigo 95 deste Regime Juridica. os eredores tém © prazo de 10 dias para apresentar ao Administrador da Insolvéncia as suas reclamagGes ou as suas oposigBes quanto 108 eréditos relacionados. 3.0 Administrador da Insolvéncia, com base nasinformagdes dociumentos colhidos na forma do dos n*I ¢ 2 deste artigo, faz ‘publiearedital contendo a relagio de erecores no prazo de 30 dia contado do fim do prazo do n® 2 deste artigo, devendo indicar © local, © hordrio © 0 prazo comum em que as pessoas indicadas to artigo 8 deste Regime Junidieo tera acesso aos documentos {que findamentaram a claboragao dessa relagio. Aarico 8 (Umpugnagio da relagdo de credores) 1. No prazo de 10 dias, a contar da publicagdo da relagiio, referida no n2 3 do artigo 7, deste Regime Juridica, Comité, alquer credor, © devedor ou scus s6cios ou o Ministér Pablico poxlem apresentar ao administrador impugnagio contra relagdo de eredores, apontando a auséncia de qualquer erédito ‘ow manifestando-se contra a legitimidade, importéineia, ow classificagio de crédito relacionado, 2. A impugnagao € autuada em separado e processada ros termos dos artigos 13 ¢ 15 deste Regime Juridien. Arico 9 (Requistos da reclamagso de erédiios) 1. A teclamagio de crédito nos termos do n? 2 do artigo 7, deste Regime Juridico deve conter: «4} nome, a qualiicago, o enderego do credor e venderego em que deve recetier vs ntificagdes de qualquer seto do processo; +b) 0 valor do crédito, aetualizado até 3 data da declaragto ds insolvéncia ou do pedido de recuperagao judicial, sua origem e respect €) 0s documientos comprovativos do crédito € a indicagior das demais provas a secem produzidas; da indicagao e especificagao da garantia prestada pelo devedor, se houver, €0 respectivo instrument. 2. Os ttulos e documentos que legitimam as eréditos devem ser exibidos no original ou por eSpias autenticadas, por notéro, Antico 10 (Reclomagéos oxtomporaneas) 1, Nio sendo observado 0 prazo estipulado no n.° 2 do artigo 7, deste Regime Juridico, as reclamagoes de erédito slo recebidas como extemporiineas, sujeitando-se, neste caso, ao pagamento das custas juiciais 2. Na recuperagdo judicial ¢ insolvéncia, os titulares dleerddivs extemporincos, excepuidas 0s de erélitos derivados da relagio de trabalho, nao t&m direito a voto nas deliberagdes da Assemblein Geral de Credores, salvo se, nia data da sta realizagio jf tiver sido homologado o quadro geral de eredores, contendo 0 referido exédito, 3. Na insolvéncia, os eréditos extempordneos perdem ‘o diteito a rateios eventualmente realizados, nao se computando ‘05 acess6rios compreendidos entre 0 termo do prazo © a data do requerimento de reclamagzo 4, NahipStese prevista no pardgrafo antecedente, ocredor pode Fequerer a reserva de valores necesstrios do seu erédito. 5. Ap6s a homotogagio do quadro geral de ctedores, 0s que nao reclamaram o seu eréaito podem, observado, no que couber, 0 processo de declaragio previsio no Cédigo de Processo Civil, equerer ao tribunal da insolvéncia ou da recuperagao judicial a reatificagzo do quadro geral para a inelusio do seu crédito. ‘Antico 1 {(Contestagio as impugnagao) 0s eredores eujos eréditos tenham sido impugnados so notficados para contesta aimpugnagio, no prazo de 5 dias, podendo produizir todas as provas que reputem necessérins, inclusive & jungao de documentos. Axttoo 12 {(Pronunclamanto do devedor ¢ do administrador) 1. Findo o prazo do attigo anterior, o devedor énotificado para se pronunciar sobre a impugnagao to prazo de 5 dias. 2. 0 Administrador da Insalvéncia analisa o pedido c emite parecer no prava de 5 dias, podendo, se tiver por conveniente, juntarao seu pronunciamento relatério elaborado por profissional ‘ou por empresa especializada, bem como as informagées cexistentes nos livros fiseais © demais documentos do devedor acerca do erédito 432-— (4) Arnico 13 (lnstrugao da reclamagao) 1. A impugnagdo & rigid 40 Administrador da Insolvéncia, por meio de petigdo, insirufda com os documentos que Co impagnantetiver,indicando as provas consideradas neeessérias e que deseja prc 2. Cada impugnagio, € autuada em separado, com os documentos a ela relativa, mas tero uma s6 aiutuagao as diversas impugmagdes versando sobre 0 mesmo exédito, Agnico 1 (Homotogagaa do quadso geral de credores) Casonnio ovorram impugnagdes,o juizhomotoga, come quattro gral de credores. a relagio das eredores constante do edital dle que trata 0 n° 3 do artigo 7, dispensada a publicagao prevista zo artigo 18 deste Regime Juticico, Agrico 15, (Conctusao dos autos) Decorridos os prazos previstos nos artigos 11 ¢ 12 deste Regime Juridico, os autos de impugnagao sac conchusos a0 juizy que: «@) determina a incluso, no quadro geral de eredores, das reclamagées de créditos 1&0 impugnadas, nos valores constantes da relagio referida no n,° 3 do artigo 7 deste Regime Juridica: 1) julga as impugnagdes que entender suficientemente esclurecidas ante ns alegagies c as provas produzidas polas partes, mencionando 0 valor e a classficagao deeada crédito; «)fixa,em cada uma das restates impugnagbes, os aspectos controvertidos € decide as questécs processuais penidentes ) determina as provas aserem prodzidas, designando avdiéneia de instrugio e julgamento, se necess for. Arico 16 (Reserva do valores) 1. 0 juiz determina, para fins de rateio, a reserva dos valores nevessirios & satisfaga tos impugnados, 2, Sendo parcial, a impugnagzo nto impede o pagariento dda parte nfo controvers Arrico 17 (€leto do recurso) 1. Dadecisio judicial sobre aimpugnagio cabe recurso, 0 qual tem efeito meramente devoltivo 2, Reccbido o recurso, 0 relator pode, justificando, eonceder feito suspensivodecisio que reconece ocrédito ou determinar a inscrigio ou a modificagio do, seu valor ou a clssificegio no quacio geral de credores, para fins de exercivio de dircito dle volo na assombleia geal Axsioo 18 (Consolidagso do quadro goral de crodores) 1, © Administesdor da fnsolvéncia € © responsivel pela consolidagio do quadro geral de credores, a ser homologado pelo juiz, com base na relagio dos eredores a que se refere On? Sdouttigo 7 deste Regime Juridico e nas devises proferidas ras impugnagdes processadss. NUMERO 53 2. O quadrogeral, assinado pelo juiz & pelo Administrador da Insolvéneia, menciona a itmportincia e a classificagio de cada crédito na'data do requerimento da secuperagao judicial ‘ou da declaragao da insolvéncia, ¢ é junto aos autos ¢ publicado ‘no jornal oficial, no prazo de 5 dias, contado da data da semtenga ‘que houver julgado as impugnagdes. ‘Aruico 19 (Moga do exclusto, reclassificagdo ou reotitleagio do crédito) 1. O Administrador da Insolvéneia, o Comité, qualquer credor ou 0 representante do Ministério Pablico podem, até 0 encerramento da recuperagio judicial ou da insolvéncia, observado, no que couber, © processo de declaragio previsto no Cédigo de Processo Civil pedir aexclusto, outa classiicago ou a rectificagio de qualquer erédito, se descoberta a existéncia de falsidade, dolo, simulagao, fraud, ero essencial on, ainda, <4é documentos desconkecidas na época do julgamento do eréito ou da inclusio no quaclo geral de credores 2. A acgio prevista neste artigo € proposta, exclusivamente, ‘no tribunal da recuperagao judicial ou da insolvéncia, ou, -nas hip6teses previstas nos 1.22 ¢ 3 do artigo 6, deste Regime Juridico, perante o tribunal que tenha originariamente reconhecido ocrédito. 3. Proposta a aegdo de que trata este artigo, 0, pagame ao titular do crédito por ela atingido somente pode ser realize mediante a prestagio de caugao no mesmo valor dp erédivo questionado, Aarico 20 (Roclamagbes de credores particulares do séclo responsive), “As reclamagées dos credores partieulares do s6eio ilimitadamente tesponsével processam-se de acordo com as disposigdes desta Seegio se¢Aom Administador da Insolvancia © Comité do Grodoros Arrigo 21 {Quem pode ser Administrador da Insolvéneta) 1.0 Administrador da Insolvéncia deve ser um profissional {dkineo, preferenciaiments aivogado, economista, administrador de empresas ou conlabilista, com experiéneia mfnima de 5 anos de actividade profissional, o qual é nomeado pelo juiz. nos termos da alfnea a) don 1, do artigo 51 ou da alfnea i) do n° | do artigo 95 deste Regime Juridica. 2. A indicagio do Administcador dx Insolvéncia também pode recair sobre pessoa juridiea especializada numa das actividades dos profissionais mencionados no nimero anterior, caso em que se deve declarar, no termo de que trata 0 artigo 32 deste Regime Juridico, o nome do profissional responsével pela condugio do proceso de insolvéncia on de recuperagao judicial, o qual nto pode ser substitudo sein autorizagao do juiz. 3, O estatto do Administrador da Insolvéncia 6 estabelecido por diploma auténomo. Axio 22 (Compoténcias do Admintstrador da Insoh 1. Ao Administrador da Insolvéncia compete, soba fiscalizagio do juiz ¢ do Comité, além de outros deveres que este Diploma Ihe impée: 4) na recuperagao judicial e na insolvéncia: nla) i, enviar correspondéncia aos eredores constantes ia relagio de que trata o niimero v, da alfnea b), do artigo 50, alinea ¢) do n® 1 do artigo 95 ou 4 DE JULHO DE 2013 aalfnea 6) do artigo 102 deste Regime furidico, ‘comimicando a data do pedido de recuperagio judicial ou da deelaragio de insolvéncia, 4 natureza, 0 valor ¢ a classificagio dada. so exédito: fi, fornecer todas as informagdes so credores interessados; iti dar extractos dos livros do devedor, que fazem Fé de oficio, a fim de servirem de fundamento nas reelamagaes ¢ impugnagaes de exédites; zxizir dos credores, do devedor ou dos seus administradores quaisquer informagdes Gteis 0 proceso; v, elaborar a relagio de credores de que trata © n2 3 do artigo 7 deste Regime Jurfdico ede se manifestaras impugnasées edeclaragies de erédito aprosentadas; i, consolidar o quadro geral de credores nos termes do artigo 18 deste Regime Jurfdico; vi, requerer ao juiz convocagao da Assembleia Geral de Credores nos, casos previstos neste regime juridivo , ou quando entender necesséria ser eka ‘ouvida para a tomada de decisdes: viii. contratar, mediante autorizagao judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessério, auxitid-lo no exercicio das suas fungoes, +) na reeuperagio judicial i fiscalizaras actividades do devedor eo cumprimento Uo plano ce recuperagdo judicial; fi, roqueter a declaragiio de insolvéncia no caso de incumprimento de obrigagio assumida xno plano de recuperagao; fii, apresentar ao juiz, para jungiio aos autos, relatsrio rmensal chs actividades do devedors iv, apreseniar © relatério sobre a execugto do plano de recuperagio, de que trataaalinea c) do artigo 6L deste Regime Jurdico, 6) insov i. avisar, pelo jomal oficial, o lugar € hora em que os eredores tém a sta disposi¢io 0s livros ‘© dacumentos do devedors ii, examinar os livtas, doctmentos € a € do devedor: fit, cepresentarjudicialmente a massa falda, iv. receber ¢ abrir a correspondéncia dirigiga 10 devedior, retendo as que forem de interesse dda massa \, apresentar, no prazo fixado pelo juiz, eontado da assinawura do termo de compromiss, prorrogivel por igual periodo, relatério sobre as causas e cireunstineias que conduziram 2 situagio de insolvéncia, no qual se apontam, se constatadas, as responsabilidades civil penal dos enval¥vidos: vi. apreender os bens € documentos do devedor elaborar 0 auto de aprecnsio, nos termes, dos artigos 105 e 107 deste Regime Juridica, vi. providenciar a avaliagio dos bens apreendidos; viii contratar avaliadores, de preferéneia oficinis, mediante autorizagao judicial, para a avaliagio dos bens. easo entenda nao ter condigdes téenicus para tavefa: itadas pelos. i rituragio 432 --(5) dx, praticar os actos necesstrios 8 ren ‘€20 pagamento dos credores; x, requerer a0 juiz a venda antecipada de bens pereciveis, deterioraveis ou sujeltos a considerdvel desvalorizagio ou de conservagio arsiscada on dispendiosa, nos termos do artigo 110 deste Regime Juridica; xi, praticar todos os actos conservatérios de direitos e acgdes;diligenciar a cobsanga de dividas e dar izagio do active nil.remir,em bencficiodamassae mediante autorizagao judicial, bens empenhados ¢ penhorados; sili. representar & massa em juizo, valendo-se, se necessirio, de advogndo, cues honoririos s80 previamente ajustados e aprovados pelo Comité de Credotes: aiv, requerer todas as medidas ediligéncias que forem necessérias para © eummprimento deste Regime Juridico, a proteegao da massa ou a efiiéncia da ‘administragio;, Av. apresentar ao jitiz, mensalmente, conta demonstrativa da administragio, com indicagio da reeeita ¢ despes avi. prestar contas no final do processo, quand for substitufdo, destituido ou renunciar a0 cargo, ‘aso em aque se obriga a entregar a0 substituto ‘05 clocumentos em seu poder. 2. As rémuneragdes dos auxiliares do Aditinistrador dda Insolvéncia so fixadas pelo jz. que considera complexidade, dos trabalhos a serem executados ¢ os valores praticados, no mereado para o desempenho de actividades semelhantes. 3. No caso don iv daalinesia) don? I deste antigo, se houver recusa,o juiz, a requerimento do Administrador da Insolvéncia, determina a notificagto dessas pessoas, pata que comparegam na sededo tribunal, sob pena de desobediéncia, momentoom que as interroga na presenga do Asiministrador da fnsolvéneia, tomando, por escrito, os seus depoimentos. 4.Na insolvéncia, o Administrador da Insolvéncia nto pode, sem autorizagto do juiz, apés oavidos © Comité ¢ 0 devedor no pprazo comum de 2 dias, transigir sobre obrizagoes ¢ direitos da massa e conceder abatimento de dividas, ainda que sejam consideradas de cobranga dificil 5. Se o relatério de que trata on.” v da alfnea c) do n2°3 deste artigo apontar responsabitidade pera de qualquer tum dos envelvidos, 0 Ministério Pablico € notificado, para tomar confiecimento do seu tear e adoptar as medidas legais necesstrias. Awigo 23 {Contas do Administrador da InsoWvénela) 1, © Administrador da Insolvéncia que nao apresentar, no prazo estabelecido, as suas contas ou qualquer dos relui6rios previstos, € intimado a fazé-to no praza de 5 dias, sob pena de desobedigncia. 2..Decorrido © praze do nimero anterior, o juiz destitui ‘© Administrador da {nsolvéncia e nomecia substitute. Arico 24 (Remuneragae do administrador) |. O juiz fixao valor ea forma de pagamento da remuneraga0 do Administrador da Insolvéncia, tendo em conta a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho © as valores praticados no mercado para 0 desempenho de actividades semelbantes, 2. Em qualquer hip6tese, 0 total pago a0 Administrador da Insolveneia no pode exceder 5% do valor devido aos eredores submetidos i recuperagio judicial ox do valor le venda dos bens ra insolvéncia, ‘iio reservacos 409% do montante de da Insolvéncia para pagamento apés 0 cumpr nos artigas 15t-¢ 152 deste Regime Juriico. 4.0 Administrador dz Insolvéncia subsitudo 6 remuncrado proporcionalmente ao trabalho realizado, sulvo se renuneiar sem motivo relevante, tiver as contas rejcitadgs ov venha a ser destituldo das suas fungdes por negligincia, culpa, dolo ‘cu ineumprimento das obrigagoes fixadas neste Regime uridico, hipoteses em que nto tem direto a remuneragao. a0 Administrador renio do previsto Antico 25 {Quem suporta a remuneragdo do administrador e dos auxiiares) Cabe ao deveder ou a massa suportar as despesas relativas | remuneragio do Administrador da Insolvéncia ¢ dos auxitiares ccontratados. Antico 26 (Constituigso do Comité de Credores) |. 0 Comité de Credores pode ser constitufdo por deliberagaio dda Assembleia Geral de Credores tem 9 seguinte composigio: ) um representante indicado pela classe de eredores derivados da legislagfo do trabalio ou decorrentes de-acidentes de trabalho © um saplente; 1b) ura representante indicado pela classe de eredores derivados de eréditos com garantia real ¢ um suplen ©) um representante indicado pela elasse de eredores ‘ordinérios, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados e um suplente, 2. 0 juiznomeia, mediante requerimenio.e mdepentdemtemente du realizagio da assembleia, 0 represeatante ¢ o suplente da classe ainda nio representado no Comité ou decide sobre a sua substituigt. 3. Cabe aos priprios membros do Comité indicat, dentre cles, quem o preside, Awnico 1 (Atripulgdos do Comité de Credores) 1. O Comité de Credores, além de outeas previstas neste Regime Juridica, tem as seguintesaribuigdes* 4) na rocuperayio judjeal e na insole i, fiscaligar as actividades ¢ egaminar a8 contas «do Adiinistador da Insolvénc ii, zelur pelo bom andamento co processo e pelo ‘eurmprimento dle iii, comunicar ao juiz a violagio de direitos fo a ocorréncia de prejuizo aos interesses dos eredores; iv. apurar e emit parecer sobre quaisquer reclamagées dos interessados; v. requerer ao juiz, ouvida © Administeador ‘da Ingalvéncia, a convocagio da Assembleia Geral de Credores; vi. intervie nas hipéteses previstas neste Regime Juridico. _) 1 rccuperagio extrajudicial fiscalizar a administragio das actividades do devedor, apresentando relatdrio a0 Administrador da Insolvent, fi, fscalizar a execugio do plano de recuperagio judicial, iti, recomendar a0 Administrador da Insolvéncia, quando ocorrer 0 afastamento do devedor ‘nas hip6teses previstas neste Regime Juridica walienagio de bens do activo permanente, a constituigto de garamtias reais ¢ outras, bem como actos de endividamento necessérios A continuagdo da actividade empreserial durante © perfado que antecede a aprovagio do plano de reeuperacio judicial 2. Asdevisdes do Comité, tonadss por mndiora, sto consignadas ‘em livro de-actas rubricado pelo juiz, que fea & disposigao do Administrador da Insolvéncia, dos eredores © do devedor. As decisdies do Comité tm natureza consuitiva, 3.°Caso nfo seja poss{vel.a obtengio de maioria ‘em dcliberagio do Comité, o impasse € resolvido pelo rador da Tnsolvéncia on, caso haja incompatibiliade deste, pelo juiz. Arico 28 (Remuneragio dos membros do Comité) L, Os membros do Comité nio sto remunerados, mas as despesas realizadas para a prética de actos previstos neste Regime Juridico, se devidamente comprovadas e com a autorizagio do juiz, devem ser a eles reembolsadas 2. Na hipdtese do processo conter grande mimerode credores, de clevados valores crediticios © de grande volume de trabalho dado aos membros do Comité, podem eles ser remnerados por conta dos eredores, Agnico 29 {Quem nao pode ser membro do Comité ou administrador a insolvéncla) 1, Nao pode integrar o Comité ov exercer as fungbes de Administrador da Jnsolvéneia qucm, ao exercicio do cargo de Administrador da Insolvéneia ou de membro de Comité em ingolvéncia ou em recuperagi judicial anterior, tver sido destituldo, deixado de prestar eontas dentro dos prazos legais ou tiver a prestagao de contas rejetada, 2. Fica também impedido de integrar 0 Comité ou exereer 4 fungio de Administtador da Insolvéncia quem tiyer relagto de parentesco ou afinidade até ao 3° grau na Tinha recta ou colateral com 0 devedor, seus administradores, controladores. ou representantes Iegais ow deles for amigo, inimigo ou dependente. 3. O devedor, qualquer eredor ou o Ministério Piblico pode requerer a0 juz a substituigto do Acministrador da Insolvéneia ‘ur dos membros do Comité nomeados em violagao dos preceitos me Juefdico, caso em que 0 juiz decide no prazo do24 horas. Aso 30 {(Dostitulgao do administrador) 1. 0 ju, oficiosamente ois ¢ requerimento fandamentado de qualquer interessado, pode determinar a destituigio do Adtninistrador da Lnsolvéneia ou de qualquer umm dos membros ddo Comité de Credores, quando verifca a vilayio dos preccitos deste Regime Juridico, incumprimento de deveres, omissio, nngligdneia ou prética de acto Tesivo as actividades do devedor cou de tereciros. 2. No acto de desttuigio, 0 juiz nonicia novo Administrador da Insolvéncia ou convoca os suplentes para reeompor 0 Comit. 4 DE JULUO DE 2018 3.Na insolvéncia, 0 Administrador da lnsolvéncia substtuido presta contas no prazo de 10 dias, nos termos dos n*2 aS do atigo 151 Awrico 31 (Rosponsabllidade clo admintstrador © dos membros do Comité) © Administrador da Tnsolvéncia os menibros do Comisé {de Credores respondem pelos projuizos eausedos & massa, 20 devedor ou aos eredores, por dolo ou euipa, devendo 0 inembra que tiver votudo contra na deliberagio do Comité fazer consignar, ‘expressamente em acta o seu sentido de voto, para eximir-se da responsabitidade. ‘Arico 32 (Termo de compromisso) © Administrador da Insolvéncia € os membros do Comité de Credores, 0 logo tenham sido nomeados, so notificados para, em 5 dias, assinar, na sede do tribunal, o termo de compromisso de bem ¢ felmente desempenharem os seus cargos ¢ assumirem todas as responsabilidad a eles inerentes Anrig0 33 (Falta do assinalura do terme de compromisso) Nao sendo acsi previsto no artigo da Insolvéncia. 1ado 0 termo de compromisso, no prazo terior, © jtiz nomeia outro Administeador SECGAOW ‘Assemblela Geral de Credores Antico 34 (Nisibuigdes) 1. A Assemblein Geral de Credores tem por atribuigdes deliberar sobre: 4) na recuperagiojudictat i. a aprovagio, rejeigio ou motiticagto do plano de recuperagho apresentado peto devedor; fi, a constituigio do Comité de Credores ¢ a escolha dos seus membros; ii © pedido de desisten do n.°4 do artigo St; i. pessondo gestor Judicial, quand do afestamento do devedors v. qualquer outra materia de imteresse dos credores. ) na insolvéneia: i. a constiuiyio do Comité de Credores & a escolha dos seus membros; fi, x adopgio de outras modatidades de realizagio do activo, na forma do artigo 142; iii, qualquer outra matéria de interesse dos eredores, a do devedor, nos termos Arte 35 (Convocegdo) 1. A Assembleia Geral de Credores €convocada pelo ju, wn ‘edit publiendo com antecedéncia minima de 15 dis, no jornat oficial e nos jomais de grande circulagio nas kecaldades da sede ¢ ilnis, onde deve ser afixada e6pia, o qual deve conter: 1) 6 local, a data e a hora da asseableia em 1.* © em 2. convocayi, mio podendo esta ser relizada inenos de Scns depois da P convocagio; 5) aordem do di ©) olveal onde os eredores podem, se foro caso, obter c6pin do plano de recuperaglo a ser submetido deliberagio* da assembleia 2. Além dos casos expressamente previstos neste Regime Juridico, os credores que representem no minimo 25% do valor total dos eréitos de uma determinadn classe, podem requerer 20 jul, justificand 0 pedido, convocagao ca Assemblefa Geral. 3. As despesas.com aconvocagdo ea realizagtio da Assembleia Geral correm por conta co devedor ou ca mass Awrico 36 {Functonamento) 1. A assemblein épresidida polo Administrador da Insolvéne ‘que designa o seeretirio de entre os credores presentes. 2. Nas deliberagdes sobre o afestamento do. Administrador «da Insolvéneia on noutras em que haa incompatibitidade deste, a assembleia & presidida polo credor presente que seja titular. do maior crédito 3. A assembleia considera-se constituida, em 1. convocagio, ‘com a presenga de credores titulares de mais de metade dos, créditos de cada classe, computados pelo vator, ¢, em 2." convocagio, com qualquer niimero. 4, Os credores devem assinar a lista de presengn, que Eencerrada no momento da constitugao. 5. 0 etedor pode ser representado na assemblein geral por mandatério ow representante legal, desde que entregue a0 ‘Administradorda Insolvéncia, até 24 horas antes da data prevista no aviso de convoeagao, documento idGneo que comprove 8 seus poderes ou a indicagao das folhas dos autos do proceso em que se enconire 0 documento. 6. Os sindicatos de tabalhadiores podem representar os seus associados tituares de erédtosderivados da logislngio do trabalho, ‘ou decorrentes de acidente de trabalho que nto comparecerem, pessoalmente ow por procurador, 8 assembleia, 7. Para exercer a prerrogativa prevists no artigo anterior, 6 sifdicato deve apresentar ao Administrador da Insolvéncia, até 10 dias antes da assembleia,arelagio dos associados que pretends representar, sendo que se trabalhidor constarda relagio de mais deum sindicato deveesclarecer, até 24 horas antes da assernbleia, ‘quo sindicatoo representa, sob pena de mio ser representado em assemblein por nenfium deles. 8. Bneerrados os trabalhos, lavra-se acta que deve conter ‘onome dos presentes cas assininturas do presidente dodevedor, sendo entregue 20 juiz, juntamente com a lista de presenga, no prazo de 48 horas Antigo 37 (®roporclonalidade do voto) 1.0 voto do credor € proporcional ao valor de seu erédito, ressalvado, nas deliberagies sobre plano de recuperagéo judi o disposto no n2 3 do antigo 44, 2, Narecuperagio judicial, para fins exclusivos de votagio em assembleia geral, 0 crédito om moeda estrangeina 6 convertido, ‘para moeda nacional pelo cmbio da vésperada data darealizagio da assembleia Antico 38 {Diteto & palavia ea voto) 1, Tem direito a palavra e voto na assembleia geral as pessoas ‘arroladas no quadro geral de credores ou, na sua falta, ne relagto de credores apresentada pelo Administrador da Insolvéncia nos 432-8) termos do 3 do artigo 7, ou, cinda, na falta desta, ni relagio apresentada pelo proprio devedor nos termos do nimero v, 4a alinea B) do artigo 50 da alfnea e) do n. 1 do artigo 95, 0 da alines 6) do artigo, 102, acrescicos, em qualquer caso, das que estejam reciamadas na data da realizagio da assemble ou que tenham eréditos admitidos ou alterados por decisio Jjlical, inchnsive as que tenham obtido reserva de importineias, Dobservado 0 disposto non? de artigo 10. 2. O cessionario de erédito tom direito de participar na Assembleia de Credores podendo tomar a palavra © vota na proporgio do valor do erédito que the foi cedido, bastando que tenha pedido a sua veclamagio ov apzesentado a impugnagio judicial, até a sua decisio definitiva 3. Nio tem direito a voto € nio sio corsiderados para fins de verificagio do quérum constitutive ¢ deliberative os titulares de eréditos exceptuados nos termos do sttige a8. 4. As dliberagdes da assembleia geral nfo sito invalidadas por causa de posterior decisio judicial acerca da existéncia, ‘quantificagio ou classitieagio de eréits, solvaguardando-se 0s, Aireitos de tereeiros de boa- Fé, caso ocorrainvalidagio posterior a referida deliberagio, responclende os eredares que aprovaram a deliberagio invalidada pelos prejufeos comprovadamente ceausados por doto ou culpa, Anno 39 (Undoferimento de providencia ewutolar) Nao, deferida providéncia cautelar para a suspender ou adiar a Assembleia Geral de Credores, sob o argumento de pendéncin de discussio acerca da existéneia, da quantificagao om da lassiticagio de eréditos. Armco 40 (Composigdo) L. A assembleia geral & composta peles seguintes classes de credores: 4) titulares de créditos derivados da legistagao do trabalho cou decorrentes de actdentes de trabalh by titlares de exéditos com garaniia teal: © itulares de exéditos ondinésis, com privilégio especial, com privilégios geral on subordinados. 2. Os ttulares de eréditos derivados da legislagto do trabalho votam coma classe prevista na afnen a) don? 1, deste artigocom ‘ool de seu crédito, independentemente do seu valor. 3.Os ttulares de eréitos com gargntia real Votam coma classe provists na alfnea b) do n° I deste artigo até 0 limite do valor do bem onerado c comacfasse prevista naalinea )do n° teste artigo, pelo estante do valor do seu crédito. Anrtco 41 (Apuramento da maloria) L. Considera-se aprovada a proposts que obtiver votos favordveis de eredores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes assemblcia geral, excepto nas deliberagSes sobre o plano de recuperasao judicial nos termos do 1" Lda alinea a) don? 1 do antigo 34, a composigao do Comité de Credores ou a forma alterativa de realizagao do active nos ermos do artigo 142 2, Por exédito presente & assembleia deve ser considerado aqucle dos eredares presentes ¢ que efectivamente votaram, nositiva ou aceativamente 1 SERIE — NOMERO $3 Aitrico 42, (Partieipagio de oulras pessoas na assembiela) 1, Os sécios do deyedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham s6cio ou aecionista ‘com participagdo superior a 10% do capital social do devedor ou em quo devedior ou algun dos seus sécios detenham participagio superiora 10% do capital social, podem particfpar naAssembleia Geral de Credores, sem ter diteito.a voto nfo serio considerados para fini de verificagao do quérum consttutivo e deliberative, 2. O disposto neste artigo também se aplien a0 cOnjuge ou parente, consanguineo ou afim, colateral até o 2.” grav, ascendente ou descendente do devedor, de administrador, do s6cio controlador, de membro dos eonselhos consultivo, fiscal ou semelhantes da sociedade devedora e & sociedade em que quaisquer dessas pessoas exergam essas Fngdes, Axnico 43 (Escort dos representantes das classes no Comité) Xa escolha dos representantes de cada classe no Comité de Credores, somente 0s respectives membros podem votar, Antico 44 (Aprovagio do plane de recuperagio) 1. Nas deliberagiies sobre o plano de recuperagto judicial, todas as classes de credores referidas no artigo 40devem aprovar 4 proposta 2. Fim cada uma das classes referidas nas atfneas 8) € ¢), don? I doartigo 40, a proposia dc recuperagio deve ser aprovada por credores que representem mnais de metade do valor total dos cexgditos presentes A assembeiac, cumulativament, pela maioria simples dos eredores presente. 3. Na classe prevista na alfned a) don.” 1 do attigo 40, 4 proposta deve ser aprovada por maioria simples dos credores presentes, independente do valor do set ratio, 4, Ocredor no tom direitoa votoe nfo 6 eonsiderado para fins de verificago de quérum deliberative seo plano de recuperagio {idicial nfo alteraro valorou as condigoesoriginais de pagamento do seu crédito, Antico 45 (Aprovagdo de ume forma alternativa de reallzagao do activo) A aprovagio de uma forma alternativa de realizagio do activo na insolvéneia,prevista no artigo U2, depende do voto favordvel de credores que representem 2/3 dos eréditos presentes| ‘a assemblela .CAPITULO It Recuperagdo Judicial seccaot Disposipdos Gerais Anrico 46 Objetlvos da recuperaco juctat) judicial tem por objetivo viabiizar a superagto nento dis obrigagées Arecuper da situaglo de impossibilidade de cum venciddas do devedor. 4 DE JULHO DE 2013 Anno 47 (Roquistos do pealdo de recuperagao) 1. Pode requerer a reeuperagio judicial o devedor que, ‘io momento do pedido, exerga regularmente as suas atividades hha mais de 12 nieses e que, ‘eumulativamente, preencha 1s seguintes requisitos: 1a) nfo ser insolvente ¢, se 0 foi, estejam declaradas extintas, por sentenga transitada em julgado, as responsabilidades dai decorrentes; b) no ter, hii menos de 2 anos. obtide concessio de recuperagio judicial, ‘6) no ter sido condemado ot io ter, como administrador ‘ou s6cio dominante, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nos artigos 167 a 173. 2. A recuperagio judicial também pode scr requerida pelo ‘cnjuge sobrevivo, herdeiros do devedor, iavertariante ou s6cio remanescente, Annie 48 {(Crédltos sujltos & rocuperagae judicial) 1. Lstdo snjitos & recuperagao judicial todo’ os eréditos cexistentes& data do pedido, ainda que no vencidos, essalvadas as hipdteses de excluso neste Regime Juric. 2, Os eredores.do devedor em recuperagio judicial conserva 1s seus direitos e privilégios creditérios contra os co-obrigados, Fiadores ¢ obrigados de regresso. “Asobrigaydes anteriores 2 recuperigio judicial observam as condigies or ginalmentecontratadas ou definidns em Ii, inclusive no que diz respeito a0s encargos, salvo se de modo diversofiear estabelecido no plano de recuperagio juice 4. Tratando-se de credor titular da posigio de proprictério fiducidtio de bens méveis ow imdyeis, de locador mercantil ‘de proprictérioau promitente vendedor de imével eujos contratos contenham cliusula de imrevogabilidade ow irrectratabilidade, inclusive em acessdes imobilifrns ou de proprietérioem contato de venda com reserva de propriedade, prevalecem, para todos os efeitos, os direitos de propriedade sobre acoisn eas condighes ccantratuais, observada a legislagao respective. 5. Nao se sujeitam aos efeitos da recuperagdo judicial: a) 8 importineia a que se refere alinea 6) do n° do artigo 81, nfo sendo permitide, contudo, durante 0 prazo de suspensio a que se refere o nS do artigo 6, sua restti +) os crélits fiseais, os quais sio, na reeuperagao judicial, objeto de parcelamento ser concedio pela autoridade adininistvativa competente, O parcelamento na forma definida em loi especffica & requerido pelo devedor assim que seja deferido 0 pedido da recuperagao. Agro 49 (Melos de recuperapao) L. Constituem meios de recuperagio judicial, observacia a legislagio pertinemte a cada caso, de entre outros: a) a concesstio de prazos & condigdes especiais para pagamento das obrigagdes vencidas ou vincendas; 1b) a cisto, incorporagio, Tusio ou transformagio de sociedade, constituigao de subsididria integral, cess de quotas ou transmisslio de aegdes, respeitados os direitos dos s6eios, nos termos da legislagao vigeme: 6) walteragi do controle da seciedades dd) a substituiga total ou parcial dos administradores 432 — 9) €) aconcessioaos credores de direto de eleigfo.em separado de administradoces e de poder de veto em relagto as matérias que-o plano especificar: ‘fro aumento de capital social; '8) 0 respnsse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive 2 sociedade consttuida pelos préprios empregads < ‘compensagao de hordrios e redugaio ‘da jornada, mediante acortto ou convengio colectivas {) a dagio em cumprimento ou navagio de dividas do passivo, com ou sim constituigdo de garantia propria ‘ou de terceito: Ayeonstituigio de sociedade de eredores: £# venda parcial dos bens: 1) a uniformizagao dos encargos financeiros ¢ corregbes rmonelitias relatives a dSbitos de qualquer natureza, tendo como term inicial « data da distribuigdo do. pedido de recuperagio judicial, aplicando-se inclusive 405 contratos de erédito rural, sem prejuzoda disposto cm legislagio espeetficn: 1m) 0 usufnato da empresa: 2) a administragdo comparithadas 0) emissio de valores mobilidrios; 7) A constituigio de sociedade com propdsito espectlice paraadjudicar, em pagamento dos eréitos, 0$ ativos do devedor; 4) 4 moratéria dos pagamentos do devedor aos credore partir dacntrada em tribunal dopedidode recuperaga cobedecenlo-se orem edatas dos pagamentos devices, nas termos da aprovagio do plano de recuperagao. 2..Na alienagio de bem objeto de garantn real, a supressio dda garantia ou a sua substituigto somente sio admitidas com a aprovagio expressa do credor titular da respectiva garanta. 3. Nos eréditos em moeda estrangeira, a variagio cambia 6 conseryada como pardimetio de indexatio da correspondente obrigagioe s6 pode ser afastada seo eredor titular do respective erédito aprovar expressamente previsio diversa no plano de recuperaglo judicial. SECGAO Pedido de Rocuperagdo Juccil Antico 50 (instrugdo da pelle Infeal) {A potigio inicial de recuperagio judicial € insteutda com: 1) 4 exposigle cireimstanciada das eausas concretas da situagiopatrimonialdodevedoredasctectivasraase sdacriseceondmico-financeira: by as demonstragies contabilisticasrelativas aes 2 Gitimos exerefios sociis ens levantadas na daa da propositura daagio de recuperagioe, espeeialimente, para instruir ‘6 pedido, elaboradas com estrita observancia da legislagao aplicfvel e compostas obrigatoriamente: i. do inventério ¢ 0 batango geral do ative edo passivo: di, da demonstragao de resultados acummulados, iit da demonstragio do resultado do timo exer social; iv, do relai6rio da ges projeegio; +. darelagao nominal de todos os credores, inclusive laqueles por obrigago de fazer ou de dar, com A itdicagiio do enderego de cada um, « natureza, 1 classificagio ¢ 0 valor atualizade do erédito, do fhuxo de caixa e da sua respectives veneimentos ea indica dos livros dda eserta de cada transagio pendent: vi, da relagio completa dos trabalhadores, ‘em que constem as respectivas fungdes, saris, indemnizagées e outras remuneraydes a que tém direito. com 0 correspondente més a que dizem rospeito, ea discriminagio dos valores pendentes de pagamento; vii. da eertidao de regularidade do devedor no Registo de Fntidades Logais. oacto constative actualizndo ¢ as actas de nonteagdo dos netaais administradores; vill. da relagio, subscrita pelo eevedor, de todas asagiiese excougdes judicais em que figure como, paute, inclusive as de natuneza laboral, com a estimativa dos respectivos valowes reelamados. ‘6 os documentos de escrituragio contabilstica e demais, rolatsrios aunitiates, na forma © no suporte previstos cm lei, permanccem & disposigao do tribunal, do Adiministrador da Insolvéncia e, mediante io judicial, dle qualquer interessed: pode dcterminar © depésito, em cartério, dos mentos reforides neste artigo ou de cépias testes: 6) 0 devedor pode requerer, no peda de recuperagio, a coneessio de prize de 30 dias, prorrogavel, mediante autorizagio judieial, por igual periodo, para complementar os documentos enumerados neste artigo: J com relayio A cxigéneia prevista aa alinea c) deste artigo, os pequenos comereiantes. podem apresentar livros eescrita contabilistica simpliicados nos termos da legislagio espeeitica, Axrico 51 (Despache de admissio do pedido da recuperagso judicial) 1, Fstando correetes, o pedido ¢ a documentagio exigida no artigo 50. 0 juiz admite © pedido da recuperagto judicial, sng mesmo acto! 18) nomeia o Administrador da Insolvéncia, ebservado a disposto no artigo 21; by ordena a suspensiio de todas as agies © exccugdes, incluindo as fseais, contea 0 devedor, nos termos do antigo 6, permanceendoosrespectivos autos no tribunal conde se processam: ©) determina ao devedor a apresemtagao d: ccontas demonstrativas mensais, enquanto perdurar a recuperayao judivial, sob pena de destituigao os seus administeadores; ddyordena a citagto do reprosentante do Ministério Pablico ‘ea comunicagii a todos os Gres responsiveis petos cexdditos do Estado; e)ordena a etagio, por carta, dos eredores nos enderegos informados pelo devedor: a citacdo através do jornal ‘oficial ea publicegio nos jorais de grande cireulagao ‘ut locatidda, que deve comer {-o resumo do pedido do devedor ¢ da decisfo que Imite 0 pedido da reeuperagt judicial, jo nominal de eredores.em quese diserimine ‘0 valor atuatizado e 4 ehsificagto de eada exésito: Jit a adverténein acerea dos prazos para weclama dos exéditos. nos termas 40m” 2 do antiga 7. 1 SERIE — NOMERO 53 € para que os eredores apresentem impugnagio anplanode recuperagio judicial apresentado pelo devedor hos termos do artigo 5A 2. Admitido o pedido da recuperagio judicial os eredores ‘ou 0 Administrador da Insolvéncia podem, & qualquer tempo, requcrer a0 juiz-a convocayio de assembléia geral pata aeriagae ce consttuigie do Comité de Credores ou a substituigio dos seus membros, observado o disposto'no n." 3 do artigo 35. ‘No caso da alinea 4), do nL. deste artigo. enbe ao devedar ‘comunicar a suspensio das agdes e das execugbes ts trbumais competentes onde corrom os respectivos processos, em gue ‘eo devedor e os seus sicios sejam pate, 4. 0 devedor no pode desistir do pedido de recuperacio Judicial aps « admissio do sev pedido. salvo se obtiver ‘a provagio da desisténcta na Assembleia Geral de Credores. (AO tL Plano do Recuperagto Judi Annico 52 Apresentagao do plano cle recuperagio juctlal) 1. 0 plano de recuperagio € apresentado pelo devedor ‘em tribunal no pravode D0 dias a contar ds publicay que admitir © pede ca recuperagio judicial, ¢ deve conter 14) 4 indieagio pormenorizada dos meios de recuperagio a serem emprezues. conforme 0 artigo 49, © a sia justificagio; 1) ademonstragio da sua vibitidade econdimicas € ©) 0 relat6rio econdmico-financeiro € 0 de avaliagko dos bens eativos do devedor. subscrito por profissional leyalmente habilitado ow empresa especializad 2. 0 juiz deve ordenara publicagiv de edital contendo ‘as credords sobre 0 recebimente do plano de reeuperagao para conhecimento e eventuis impugnagdes, observado o disposte no artigo $4 3. Nao sendo apresentado © phuno de reeuperagio no praco previsto no n2 deste artigo..o juz julga extinto 0 processo,

You might also like