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N.° 44 — 2-2-1994 DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 789 ©) © Decreto n.° 5787-1111, de 10 de Maio de 1919, com excepgdo do artigo 1.°; @) O Decreto n.° 6287, de 20 de Dezembro de 1919; 6) O Decreto n.° 12.445, de 29 de Setembro de 1926, com a redacgéo dada pelo Decreto n.° 40 722, de 2 de Agosto de 1956; J) O Decreto'n.° 16 767, de 20 de Abril de 1929; 2) O Decreto-Lei n.° 23 925, de 29 de Maio de 1934; ‘hy O Decreto-Lei n.° 27 820, de 5 de Julho de 1937; ) O Decreto-Lei n.° 28 036, de 14 de Setembro de 1937; JD O Decreto-Lei n.° 30 448, de 18 de Maio de 1940; DO Decreto-Lei n.° 30 850, de 5 de Novembro de 1940; m) O Decreto-Lei n.° 32 112, de 30 de Junho de 1942; n) O Decteto-Lei n.° 33 236, de 16 de Novembro de 1943; 0) O Decreto-Lei n.° 43 371, de 3 de Dezembro de 1960; P) O Decreto-Lei n.° 48 483, de 11 de Julho de 1968; 4) Os artigos 17.° a 31.° do Decreto-Lei n.° 468/71, de 5 de Novembro; 1) O Decreto-Lei n.® 376/77, de 5 de Setembro; 8) Os artigos 1.°, 2.° ¢ 5.° do Decreto-Lei n.° 292/80, de 16 de Agosto; 1) O Decreto-Lei n.° 403/82, de 24 de Setembro, com a redaccéo dada pelo Decreto-Lei n.° 164/84, de 21 de Maio: u) O artigo 7.° do Decreto-Lei n.° 189/88, de 27 de Mai ¥) O Decreto-Lei n.° 70/90, de 2 de Margo; x) A Portaria n.° 795/74, de 6 de Dezembro; 2) A Portaria n.° 251/79, de 30 de Maio; aa) A Portaria n.° 323/79, de 5 de Julho; bb) A Portaria n.° 30/83, de 8 de Janeiro; ¢c) A Portaria n.° 43/85, de 21 de Janeiro. 2—A Portaria n.° 445/88, de 8 de Julho, com a redaccao dada pela Portaria n.° 958/89, de 28 de Ou- tubro, aplica-se em tudo 0 que nao seja contrério a0 presente decreto-| Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Outubro de 1993. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Mario Fernando de Campos Pinto — Artur Aurélio Teixeira Rodrigues Consolado — Joaquim Fernando Nogueira — Manuel Dias Loureiro — Jorge Braga de Macedo — Luis Francisco Valente de Oliveira — Ar- lindo Marques da Cunha — Luis Fernando Mira Ama- ral — Joaquim Martins Ferreira do Amaral — Arlindo Gomes de Carvalho — Fernando Manuel Barbosa Fa- ria de Oliveira — Maria Teresa Pinto Basto Gow- veia — Eduardo Eugenio Castro de Azevedo Soares. Promulgado em 21 de Janeiro de 1994. Publique-se. (O Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendado em 27 de Janeiro de 1994, Primeiro-Ministro, Antbal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lei n.° 47/94 de 22 de Fevereiro A dgua é um recurso natural escasso ¢ indispensdvel para a vida e para o exercicio de uma enorme varie- dade de actividades econémicas. Constituem, por isso, objectivos do Governo forne- cer agua de uma forma fidvel e estavel no tempo, em quantidade ¢ qualidade, ao maior mimero de portugue- ses, bem como rentabilizar os investimentos realizados, assegurar a rentabilidade dos que se venham a rea- lizar. Estes objectivos encontram-se associados a um con- junto de principios estratégicos de actuacdo no sector da agua, tais como a clarificacdo das tipologias da in- tervengdo publica (investimento directo do Estado), pondo a énfase na gestdo da procura ¢ no seu even- tual financiamento, em detrimento de uma actuacéo simplista pelo lado da oferta, centrada numa ldgica pas- sada de fomento, ¢ restaurar a dignidade ¢ a morali- dade do conceito publico da 4gua, regulando as for- mas da sua utilizagao directa ou indirecta e valorizando ‘em sentido econdmico as suas utilizagdes, assegurando, em ultima instdncia, que o financiamento da politica da dgua decorre da bolsa «consciente» do consumidor. ara se alcancarem os objectivos ¢ os princfpios atrés enunciados torna-se necessdrio introduzir alteracdes a0, nivel legislativo, redefinir o modo de financiamento da politica da dgua e reestruturar 0 modelo institucional vigente. Torna-se igualmente imprescindivel atribuir-se um va- lor (prego) justo e adequado ao recurso, em funcao do significado que realmente tem a sua utilizacdo. ( presente diploma consagra inequivocamente 0 prin- cipio de que qualquer utilizacao do dominio hidrico precisa de ser autorizada ¢ paga, consagrando-se em simultaneo um conjunto de capacidades de iniciativa para os utilizadores Por outro lado, 0 regime econdmico € financeiro ins- tituido, que significa a consagracdo de que todos os usos tm um custo, representa, de facto, a transferén- cia do sistema «cont tema «consumidor-utilizador/investimento», que € mais, justo, mais rico € dindmico. Séo deste modo consagrados os principios do utilizador-pagador e do poluidor-pagador, responsabi- lizando-se os utentes dos recursos hidricos pela sua cor- recta gestdo ¢ utilizacdo e criando simultaneamente um fundo que possa vir a ser utilizado no financiamento de acgdes ¢ estruturas que visem a melhoria dos recur- sos e da sua utilizacao. Assim: No uso da autorizacdo legislativa concedida pelo ar- tigo 2.° da Lei n.° 62/93, de 20 de Agosto, e nos ter- mos das alineas a) ¢ 6) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigéo, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO 1 Disposigdes gerais Artigo 1.° Objecto © presente diploma estabelece o regime econémico e financeiro da utilizacao do dominio publico hidrico, sob jurisdigdo do Instituto da Agua (INAG). 790, Artigo 2.° Principlos gerals 1 —A utilizagio do dominio piblico hidrico, nos termos do Decreto-Lei n.° 46/94, qualquer que seja a natureza ¢ personalidade juridica do utilizador, estd su- jeita ao pagamento de uma taxa, denominada «taxa de utilizagdo», destinada & proteccdo e melhoria daquele dominio. 2 — Os beneficidrios de obras de regularizagdo de Aguas superficiais ou subterrineas realizadas total ou parcialmente pelo Estado esto sujeitos a0 pagamento de uma taxa, denominada «taxa de regularizagdon, des- tinada a compensar o seu investimento e os gastos de exploragdo ¢ conservacdo de tais obras. 3 — Consideram-se beneficidrios, para efeitos do ni- mero anterior, as pessoas singulares ou colectivas, pi- blicas ou privadas, que, de forma directa ou indirecta, beneficiem de obras hidréulicas de regularizagio. 4 — Considera-se, para efeitos do numero anterior, que so beneficiados directamente os utilizadores que, beneficiando da regularizacdo, utilizem a agua das re- presas artificiais ou das 4guas a jusante ou que se abas- tegam de um aquifero recarregado artificialmente e, in- directamente, 0s utilizadores de Aguas puiblicas cujos titulos do direito ao uso da 4gua se fundamentam na existéncia de uma regularizagdo que permita a reposi- 40 dos caudais utilizados. 5 —O regime das tarifas a prestar pelos utentes de obras de regularizagéo de dguas de superficie ou sub- terrneas realizadas por entidades privadas constara do respectivo contrato de concesséo ou da respectiva li- ccenga. CAPITULO II Taxa de utilizagio Sec¢&o 1 Defnigo « clicuo da tax do utitragio Artigo Princip geral 1 — Esto sujeitos a taxa de utilizagéo os titulares, de licengas ou concessdes de utilizacdo do dominio pi- blico hidrico. 2 — A taxa de utilizacdo é a contraprestagdo devida pelo uso privativo dos bens do dominio piiblico hidrico. 3—A taxa de utilizagdo é fixada em escudos, de acordo com as normas do presente capitulo. Artigo 4.° ‘Taxa de utllssio A taxa de utilizacdo compreende: @) A captagao de agua; 2) A extracc&o de materiais inertes; ©) A ocupacdo de terrenos ou planos de agua; 4) A rejeigdo de Aguas residuais. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 44 — 2-2-1994 Artigo 5.° Taxa de utlizagdo de capiagdo de dg 1— A taxa de utilizagdo de captagao de gua € cal- culada de acordo com a seguinte férmula: T=AxKI em que: T=valor da taxa em escudos; A=volume de 4gua; K1=valor final de cada metro ctibico de agua, em escudos. 2— O volume de agua (A) é igual aos metros cuibi- cos de agua captados, retidos, subtraidos ou desviados para fins de consumo humano ou para efeitos de pro- dugdo de qualquer actividade econémica, descontados 08 metros cibicos de Agua que sejam posteriormente restituidos corrente natural, sem alteracdo significa- tiva de qualidade e sem aumento substancial de tem- eratura. 3—O factor KI € determinado de acordo com os, pardmetros ¢ critérios fixados no anexo ao presente di- ploma, que dele faz parte integrante, e a sua variagao anual é fixada por resolugdo do Conselho de Ministros. 4 — Se a dgua captada directamente do meio hidrico, antes de ser utilizada, apresentar jé um elevado grau de poluicdo, pode, a pedido do utilizador e & sua custa, ser feita uma avaliagéo da qualidade da dgua captada. ‘5 —No caso referido no ntimero anterior, se a qua- lidade da agua captada for inferior & qualidade minima estabelecida na legislagdo em vigor, a taxa a pagar é reduzida na mesma percentagem. 6 — No caso de barragens hidroeléctricas que resti- tuam agua a outras correntes naturais, o regime de pa- gamento ou isencdo da taxa é fixado’na respectiva li- cenca ou concessao. Artigo 6.° Taxa de utlizapio de extracpo de materials Ineries 1— A taxa de utilizagdo de extracrdo de materiais inertes calculada de acordo com a seguinte férmula: T=ixK2 em que T=valor da taxa em escudos; volume de materiais inertes; K2=0,1xp, em que: K2=valor de cada metro ciibico de inertes, em escudos; p=valor minimo a pagar por metro caibico de inertes, em escudos, nos ter- mos da alinea 6) do n.°2 do ar- tigo 52.° do Decteto-Lei n.° 46/94. 2—O volume de materiais inertes (i) ¢ igual aos me- tros ciibicos de inertes efectivamente extraidos. Artigo 7.° Taxa de uillzagtio de ocupagto de terrenos e planos de dgua 1 — A taxa de utilizagdo de ocupargo de terrenos ou planos de agua ¢ calculada de acordo com a seguinte formula: OxK3 N.° 44 — 22-2-1994 em que: T=valor da taxa, em escudos; O-=area do terreno ou plano de agua; K3=0,05xp, em que: K3=valor de cada metro quadrado de ter- reno ou plano de 4gua, em escudos; p=valor médio de cada metro quadrado de terreno na érea contigua a drea ocupada. 2 — A area do terreno ou plano de agua O) ¢ igual aos metros quadrados da superficie do terreno ou plano de Agua efectivamente ocupados para uso privativo do titular da licenga ou concessao. 3 — Os terrenos adquiridos pela entidades utilizado- ras do dominio piblico hidrico ndo relevam para efeito do célculo previsto no mimero anterior. Artigo 8.° ‘Taxa de ullizagio de rejeigio de dguas residuals 1 — A taxa de utilizagdo de rejeigéio de aguas resi- duais € calculada de acordo com a seguinte férmula: = Spits falor da taxa, em escudos; pit quantidade anual rejeitada do parémetro po- lwente é sto do tratamento da unidade da carga po- Iuente rejeitada do pardmetro poluente i, com base na melhor tecnologia conhecida ¢ dis- ponivel. kai 2—No caso de os utilizadores efectuarem trata- mento de efluentes, 0 valor da taxa a pagar € redu- zido em fungao da eficiéncia desse tratamento relati- vamente aos pardmetros taxados 3—0 valor do factor k4i, que pode ser di ara os diferentes rios e trocos de rios, é determinado € revisto, em cada caso, de acordo com as previsdes dos planos de recursos hidricos respeitantes & qualidade das aguas, por forma a cobrir o financiamento das ‘obras e acgdes necessdrias ao cumprimento das referi- das previsses. 4 — Em cada ano sfo definidos, por portaria do Mi- nistro do Ambiente ¢ Recursos Naturais, os valores de Ai para cada pardmetro poluente i SeccAO II Medigio directa 0 indrecta Artigo 9.° Volume de dgua capteda 1 — A determinagéo do volume de agua captada e \ida pode ser feita por medigdo directa ou indi- rect: 2 — A medigdo directa permite a avaliagio da quan- tidade efectivamente captada ¢ restituida pelo utiliza dor, em qualquer momento, e implica a instalacao de contador. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 791 3 — No acto de licenciamento pode ser estabelecida a obrigatoriedade de medicao directa, quer devido a di- mensio de utilizagaio, quer ao seu potencial impacte no meio hidrico. 4 — Quando nao sejam realizadas medicdes directas das quantidades captadas e restituidas, a determinagao destas é efectuada a partir de coeficientes que expres- sem o volume de agua captada e restituida, por uni dade caracteristica de actividade, denominados «coefi ciente especifico de captacion e «coeficiente especifico de restituigdon, respectivamente. 5 — No caso do mimero anterior, a estimativa das quantidades de agua captada e restituida serd feita me- diante: 4) O produto dos coeficientes especificos de cap- tacdo ¢ restituicdo, respectivamente, pelo nti- mero de unidades caracteristicas de actividade, no caso de actividades econdmicas; ) O produto da capitapdo média anual, em ter: mos de captagao ¢ restituicdo, respectivamente, pelo mimero de habitantes equivalentes, no caso de aglomerados urbanos. 6 — Os coeficientes especificos de captagao ¢ resti- tuigdo associados a cada grupo de actividade econd- mica, segundo a Classificagéo das Actividades Econé- micas (CAE), bem como as capitagdes médias por classes de dimenséo de aglomerados urbanos, so fi: xados por portaria do Ministro do Ambiente ¢ Recur- sos Naturais. Artigo 10.° Carga poluente rejeitada 1 — A determinagio das cargas poluentes, em rela- sao a cada parametro i (Pi), pode ser feita por medi- 640 directa ou indirecta. 2 — A medigio directa incide sobre as cargas efec- tivamente rejeitadas pela fonte poluidora. 3 — No acto de licenciamento pode ser estabelecida a obrigatoriedade de medicao directa, quer devido a di- ‘menso de utilizagdo, quer ao seu potencial impacte no meio hidrico. 4 — O método de amostragem dos efluentes ¢ os mé. todos de andlise utilizados sao definidos por portaria do Ministro do Ambiente ¢ Recursos Naturais. 5 — Quando nao sejam realizadas medigdes directas das cargas poluentes, a determinagao destas é efectuada a partir de coeficientes que expressem a carga produ- zida por unidade caracteristica de actividade poluente, denominados «coeficientes especificos de poluicdo». 6 — No caso do niimero anterior, a estimativa das cargas poluentes sera feita mediante: 4) O produto dos coeficientes especificos de po- luicao bruta pelo mimero de unidades caracte- risticas de actividade, no caso de actividades ‘econémicas; b) O produto das cargas poluentes médias anuais por habitante pelo niimero de habitantes equi: valentes, no caso de aglomerados urbanos 7 — Os coeficientes especificos de poluicdo associa- dos a cada grupo de actividade econémica, segundo a CAE, as cargas poluentes médias anuais por habitante, a metodologia de determinago do niimero de habitan- tes equivalentes por aglomerado populacional e os va- lores da eficigncia dos tratamentos s40 definidos por portaria do Ministro do Ambiente e Recursos Naturais. 792 SEegAo IIL Pegamanto © cobranga da taxa de wtikzayio Artigo 11.° Dectaragdes 1 — 0 apuramento dos valores e pardmetros de base para célculo da taxa de utilizarao é feito com base nas condicdes das licencas e concessdes ou nas declaragdes apresentadas pelos sujeitos passivos, nos termos do pre- sente artigo, sem prejuizo do disposto no artigo 13.° 2 — Quando ocorram medicdes directas, 08 sujeitos passivos devem apresentar mensalmente uma declara- 40 contendo a indicacao dos seguintes clementos, re- portados ao més anterior: a) Volume de agua captada; ) Volume de Agua restituida; ©) Volume de materiais inertes extraidos; @) Area do terreno ou plano de agua ocupado; ¢) Carga poluente rejeitada. 3. — A declaragéo é de modelo oficial, a aprovar por portaria do Ministro do Ambiente ¢ Recursos Naturais, e deve ser acompanhada dos documentos que para 0 feito sejam mencionados no referido modelo € que dela fazem parte integrante. 4 — A declaracdo é entregue, até ao dia 10 do més seguinte aquele a que disser respeito, na direccdo re- gional do ambiente e recursos naturais (DRARN) cor- respondente a area onde se localizem as utilizagdes ob- jecto da licenca ou concessdo, podendo ser remetida pelo correio, sob registo. 5 — Quando 0 objecto da licenga ou concessio se restrinja & ocupacdo de terrenos ou planos de agua, 0 sujeito passivo apresenta apenas uma tinica declaragao nos 30 dias subsequentes ao termo do ano civil em que tenha sido emitida a respectiva licenga ou concessio. Artigo 12.° Registo 1 — Os titulares de licengas ou concessdes de zaso do dominio publico hidrico, sujeitos a medigdes, directas, ficam obrigados a registar em livro proprio ‘0s volumes de agua captados ¢ restituidos, os volumes de materiais inertes extraidos e a carga poluente rejei- tada, 2 — Os registos sdo efectuados semanalmente, com a indicago dos respectivos valores diérios, 3 — O livro de registos ¢ de modelo oficial, a apro- var por portaria do Ministro do Ambiente e Recursos Naturais. Artigo 13.° Valor de base 1 — 0 INAG procede & fixagdo dos valores de base para célculo da taxa quando: a) Nao haja medigéo directa; }) Nao tendo sido apresentada a declaracao pre- vista no n.° 2 do artigo 11.°, 0 sujeito passive a no apresente no prazo de 15 dias apés noti- ficagdo da DRARN para 0 efeito; DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 44 — 22-2-1994 ©) Os valores declarados nao correspondam aos efectivos; @) O sujeito passive ndo possua livro de registos ou este ndo se encontre devidamente preenchido actualizado. 2 — Sempre que 0 INAG altere os valores declara- dos pelo sujeito passivo ou proceda a respectiva fixa- eGo, deve aquele ser notificado da decisdo e dos res- pectivos. fundamentos. ‘3 — Presume-se que os valores declarados pelo su- jeito passivo correspondem aos valores efectivos se 0 INAG nio notificar o declarante da alteragao no prazo de 45 dias apés a entrega da declaracio. 4 — Da decisio que altere ou fixe valores de base para célculo da taxa de utilizacdo cabe recurso para © Ministro do Ambiente e Recursos Naturais. Artigo 14.° Pagamento da ice Abril do ano seguinte aquele a que disser respeito ou, nos casos previstos no artigo 13.°, no prazo de 15 dias a contar da notificagdo do respectivo montante por parte do INAG. 2—A taxa de utilizado € paga em qualquer DRARN, no INAG, nas instituigdes bancérias autori- zadas, nos correios ou em qualquer outro local deter- minado por lei. 3 — O pagamento efectuado mediante a apresen- tagdo dos impressos de modelo a aprovar por portaria do Ministro do Ambiente e Recursos Naturais. 4 — Quando a taxa de utilizagéo ndo seja paga den- tro do prazo fixado no n.° 1, so devidos juros de ‘mora mensais a partir do termo daquele prazo, calcula- dos & taxa considerada para efeitos fiscais. Artigo 15.° Cobranga da taxa 1 —A liquidagdo e cobranga da taxa de utilizacdo compete & DRARN respectiva. 2 — 50% da receita prevista no nimero anterior so atribuidos ao INAG para a prossecucdo das acydes ne- cessdrias 4 concretizagéo do Plano Nacional de Agua (PNA). 3 — 0 respectivo conselho de bacia decide quais as acgées, no Ambito do plano de bacia hidrogréfica, em que as verbas relativas aos restantes 50% séo aplica- das, competindo a DRARN a sua execugdo. 4 — O nao pagamento da taxa pelo sujeito passivo implica a cobranca coerciva da mesma mediante pro- cesso de execucio fiscal. Artigo 16.° Redugio da taxa 1 — O INAG pode, quando verifique que o projecto apresentado visa a minimizacio significativa dos impac- tes ambientais resultantes da utilizagdo respectiva, re- duzir até 20% a taxa de utilizagéo por um periodo mé- ximo de trés anos. 2— A redugdo da taxa mantém-se se, apds a exe- cugéo dos projectos, se verificar a efectiva minimiza- 40 dos impactes ambientais, sendo a taxa devida na sua totalidade no caso contrario. CAPITULO IIL Taxa de regularizagio Artigo 17." ‘Taxa de regularizagio 1 — A taxa de regularizagdo tem por objecto as me- Ihorias produzidas pela regularizag4o dos caudais de ‘gua sobre os regadios, abastecimento as populacdes, aproveitamentos industriais ¢ utilizagdes de qualquer tipo que utilizem os caudais beneficiados ou melhora- dos pelas obras hidrdulicas de regularizagao, realizadas total ou parcialmente pelo Estado. 2 — Os planos de recursos hidricos devem prever os rios onde se aplica a taxa de regularizacdo, cabendo a0 respectivo conselho de bacia estabelecer 0 montante da mesma, tendo em conta os dados fornecidos pelo INAG, relativamente aos investimentos realizados pelo Estado com obras hidrdulicas de regularizacdo 3 —O valor da taxa de regularizagio ¢ repartido por todos os beneficiérios das obras segundo

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