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1674 I SERIE — NUMERO 260 PRESIDENCIA DO CONSELHO Decreto-Lei n.° 466/71 de 5 de Novembro Usando da faculdade conferida pela 1.* parte do n.* 2° do artigo 109.° da Constituigio, 0 Governo decreta ¢ eu promulgo, pare valer como lei, 0 seguinte: Artigo tinico. O artigo 5.* © 0 § tinico do artigo 18.° do Decreto-Lei n.* 47 791, de 11 de Julho de 1967, passam fa ter a seguinte redacgio: Art. 52 O presidente da junta é de live nomeagio do Presidente do Conselho. § tinico. Se a pessoa escolhida nfo for funcionério piiblico ou exereer o cargo em acumulag’o com fun- goes docentes ou de direcgio de estabelecimento cien: tifieo ou téenico, a nomeagio seré feita por perfodos de trés anos renovaveis, sem prejuizo da faculdade de exoneregio a todo tempo; todavia, quando funcio- nivio plilieo, poderk ser nomeado em comissio de servigo, abrindo vaga no quadro de origem. Art, 18° aa § iinico, Quando o presidente da junta seja funcio- nério pliblico nomeado em comissio de servigo, seré equiparado, para efeitos de remuneragio, aos reitores dag Universidades metropolitans. oqlitto¢ sprovedo em Consslho de Ministos, — Marcel ‘actano, Promulgado em 27 de Outubro de 1971 Publigue-se. © Presidente da Reptibliea, Asixico Divs Roprioves "Taomaz. LOLOL EOTEODEA MINISTERIOS DAS FINANCAS E DA MARINHA Decreto-Lei n.” 467/71 de 5 de Novembro Reconhecendo-se a necessidade de elevar o montante de 380 000 contos em que foram fixados pelo Decreto-Lei ns 47742, de 2 de Junko de 1967, os encargos com as construcdes e aguisiges destinadas a permitir @ prepa- ragio técnica de pessoal e a criaglo dos meios de apoio indispenséveis 203 novos navios com que a Armada esté sendo doteda; Usando da faculdade conferida pela 1.* parte do n.° 2° do artigo 109.° da Constituiglo, 0 Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, 0 seguinte: Artigo tinico — 1. B acrescido de 70 000 contos © quan- titativo fixado no artigo 2. do Decroto-Lei n° 47 742, de 2 de Junho de 1967. 2. A importincia referida no niimero anterior seré acres cida, em 1971, do saldo que se tenha verifieado no ano anterior, 8, Transita para o ano de 1972 0 saldo que se epurar na dotagio do ano em curso. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros. — Marcello Cactano — Jodo Augusto Dias Rosas — Manuel Pereira Crespo. Promulgado em 27 de Outubro de 1971. Publique-se. Presidente da Repiiblica, Asiaico Devs Rooricuss ‘Taomaz, MINISTERIO DA MARINHA Superintendéncia dos Servigos do Pessoal Sendo necessério alterar a constituigto do jiri para a lassificagio mos concursos para a frequéncia do curso do engenheiro hidrégrafo: Manda 0 Governo da Repiblies Portuguesa, pelo Mi- nistro da Marinha, que o n.* 8° da Portaria n.° 28 439, de 19 de Junho de 1968, alterada pela Portaria n.* 490/ T1, de 7 de Setembro, passe a ter a seguinte redacgac BA classificngao a que se refere 0 miimero ante- rior serd efectuada por um jtiri constituido pelo di- rector do Servigo do Pessoal, pelos subdirector, di reotor do Gabinete de Estudos e director do Servigo de Hidrografla, do Instituto Hidrogréfico, pelo chefe da 1.* Repartigio da Direegio do Servigo de Instrugio e pelo professor de Geodesia e Hidro- grafia da Escola Naval © Ministo da Marinha, Manuel Pereira Crespo. HO 00OOLCOSSO0TOOETOOESOGOUSSOSCOSOOSOSES MINISTERIOS DA MARINHA E DAS OBRAS PUBLICAS Decreto-Lei n.° 468/71 de 5 de Novembro 1, Com o presente diploma pretende o Governo rever, actuslizar e unificar o regime juridico dos terrenos incluf- dos no que se convencionou chamar 0 dominio puiblico hidrico. Impunha-se, com efeito, proceder a tal revisio, pois © direito aplicdvel a uma matéria tio vasta e complexe ‘como esta encontrava-se muito antiquado © muito dis- perso, nfo satisfazendo por isso as necessidades actuais. ‘Muito antiquado: na verdade, grande parte das dispo- sigdes até agora vigentes datavam de 1892, ano en que foi publicado 0 Regulamento dos Servigos Hidrdulicos, que regulou 0 assunto segundo as concepgdes da época, © varios outros preceitos agora substituldos, embora mais recentes, vinham jé dos regulamentos maritimos de 1919 ou das reformas de 1926. E muito disperso: realmente, o regime aplicdvel aos terrenos do dominio piiblico hidrico constitufa, nos ultimos tempos, uma auténtics manta de retalhos, daf advindo todas as indesejiveis consequéncias que se verificam em circunstincias semelhantes e, nomeadamente, a perturba- do da certeza do direito © incoeréncia das solugdes adoptsdas nos diferentes diplomas e¢ nas vérias épocas 2, Refere-se 0 presente diploma ao dominio piiblico hfdrico do continente e das ilhas adjacentes, mas nio ‘visa regular o regime das 4guas piiblices que o compéem, antes preiende estabelecer apends o regime dos terrenos ppiblicos conexos com tais dguas, ou sejam, na termino- logia adoptada, os leitos, as margens e as zonas adja- contes. Houve a proocupagio de definir, com o possivel rigor, esses conceitos, de tragar, com maior preciso, a extensio territorial das trés realidades @ que se reportam e, enfim, de fixar por forma expressa 0 estatuto juridieo dos terrenos ineluidos em cads ums dessas categorias. 5 DE NOVEMBRO DE 1971 1675 Quanto aos leitos e As margens, foram acolhidas as nogGes tradicionais, embora se tenha aproveitado a ocasitio para resolver alguns problemas suscitados perante férmu- Jas menos explicitas, para eliminar certas lacunas de regulamentagio em pontos relativamente importantes ainds, para aumentar de 5m para 10m, por motivos imperiosos de interesse pibico © também para defesa dos proprietérios confinantes, @ largura da margem das guas nfo navegéveis nem flutudveis. Mas 0 que mais imports sublinbar 6 fixagio em 50m da lorgura da margem das éguas do mar e das aguas nave- giveis ou flutudveis sujeitas jurisdigio das autoridades maritimas ou portuirias. Resolveu-se, assim, eliminar as diividas de interpretagio que as disposigies até agora Yigentes consentiam, acolhendo @ solugio que melhor salvaguarda os interesses do Estado e que corresponde, aliés, ao entendimento que sempre tem sido sustentado pela nossa administeagio dominial. Quanto as zonas adjacentes, trate-se de uma figura nova, caracterizads pele sujeigto a determinadas restrigoes de utilidade publica dos terrenos situados para além das ‘margens, mas em posigio tal que tenham de sar conside- rados como terrenos ameagados pelo mar ou como ter- renos ameagados pelas cheias (dos rios). Pensa-se que, assim, pelo controle das edificagdes a erguer em tais zonas, confiado aos servigos hidréulicos, t8enicamente apetrecha- dos para o efeito, ser possivel actuar de modo mais eticaz na prevengio de graves acidentes como os que tém vitimado, por motivo do avango das fguas do mar ou de cheias extraordinérias dos rios, os habitantes de zonas ameacadas que af construfram as suas casas sem que 0 Estado pudesse legalmente intervir para os defender con. tra a sua prépria imprevidéncia. 3. Os preceitos que definem 0 estatuto piiblico ou pri vado dos terrenos que integram os leitos, margens e zonas adjacentes das Sguas puiblicas nao alteram, no essencial, © regime vigente. Mas entendeu-se que havia vantagem em adoptar critérios explcitos que permitam resolver as questies suscitadas pelo recuo e pelo avango das Aguas. Jé quanto ao reconhecimento da propriedade privada sobre parcelas de Jeitos ou margens piblicos se tocou num aspecto mais relevante, que, sem envolver modifi- cagtio profunda do direito vigente, beneficia contudo num ponto importante, alids com inteira justiga, os proprieté- rios particulares: quando se mostre terem ficado destrui- dos por causas naturais os documentos anteriores @ 1864 ou 9 1888 existentes em arquivos ou registos_piiblicos, presumir-se-to particulares os terrenos em relagdo 20s quais se prove que, antes de 1 de Dezembro de 1892, eram objecto de propriedade ou posse privadas. Aliviando deste modo o peso do énus da prova imposto sos inte- ressados, vai-se ao encontro da opinido que se tem gene- talizado no seio da Comissio do Dom{nio Publico Mari- timo, dada a grande dificuldade, em certos casos, de encontrar documentos que inequivocamente fundamentem as pretensies formuladas & administragio dominial. Nao pode, no entanto, esquecer-se que esta orientagio, baseada em princlpios gerais firmemente assentes na noss ordem juridica —o principio da nao retroactividede das leis e 0 princfpio do respeito dos direitos adquiridos — no deverd prejudicar, na pritica, os interesses gerais da colectividade, em razio dos quais, precisamente, se foi criando e se mantém na tituleridade do Estado o domtaio piiblico hfdrico. F por isso que se institui, pela primeira yez_em termos genéricos, um eonjunto de providéneias tendentes s permitir ao Estado fazer ingressar no seu dom{nio piblico as parcelas privadas dos leitos ou margens piiblicos. ‘Também se dispde, por forma mais completa e¢ mais clara, acerca das operagies de delimitagio e do julgemento das questoes de propriedade ou posse. 4, No que diz respeito & matéria das servidées adminis- trativas a que estio sujeitos os leitos e as margens, ou suas parcelas, quando sejam_objecto da propriedade pri- vada, 0 presente diploma limita-se a reafirmar ou, quando muito, a alargar determinagdes jé contidas nouiros pre ceitos’ que se nfo afigurou oportuno revogar ou desmem- brar. Ainda assim, sempre se esclareceram vétios pontos duvidosos e se preencheram algumas lacunas, sobretudo em matéria de exproprincies. Quanto as restrigdes de utilidade publica impostas a proprietirios confinantes com as margens das éguat mar ou dos rios, importa salienter # j& mencionada ino- vaio das zonas adjacentes. O respectivo regime consiste fundementalmente em as- segurar, al, a intervengio dos servigos hidrdulicos no planeamento urbanistico ou no licenciamento da e cagio, de modo que possam ser tomados em conta os petigos emergentes da proximidade das dguas e da pro- bubilidade du sua acgio devastadora, Este regime 66 6 aplicdvel, todavia, nas zonas que sejam classificadas como ameagadas pelo mar ou pelas cheins por decroto do Mini ‘ro das Obras Piblicas, depois de ouvides, conforme 03, casos, as demais entidades interossadas, designadamente © Ministério da Marinha e a Secrotaria de Estado da Informagio ¢ Turismo, 5. A iltima parte do presente diploma compendia sistematiza os tragos essenciais do regime juridico dos usos privativos do dominio piiblico, de acordo com os prinefpios, com a nossa tradigio legislative e com as necessidades do momento, ¢ & luz das mais recentes con- cepgies formuladas no direito comparado, na doutrina ¢ na jurisprudéncia, Revestem-se de especial importincia os preceitos que esiabelocem em novos moldes a distinggo entre licengas © concessies de uso privativo, 0 elenco dos poderes © deveres dos respectivos titulares, os termos em que sho possiveis as utilizagies provisérias, o regime das texas aplicdveis, as regras sobre transmissies e hipotecas, os sistemas de cessagio do uso privativo e os meios de defesa da Administragao © dos utentes privativos contra ocupa- gbes abusivas e outras atitudes illitas Nao deve, contudo, deixar de salientar-se em especial, de entre todos estes aspectos, aquele que se afigura mais relevante ¢ de maior aleance—o substituigdo de um regime de estabilidade ao regime puramente precério em que os particulares efectuavam, até aqui, os seus inves- timentos em inicintivas de utilidade publica nos terrenos do dominio puiblico hidrico. Se realmente certo uso privativo 6 requerido para um fim de utilidade publica — aproveitamento de dguas pi- blioas para abastecimento de povoagies, ou edificagio do um hotel com interesse para o turismo, por exemplo—, nfo faz sentido, nem é justo, submeté-lo ao regime da Ticenga precéria, revogivel a todo 0 tempo e sem que o interessado tenha direito a qualquer indemnizagio, como vinha sucedendo até hoje, Determinou-se, portanto, que se adoptaré antes o regime a concessio —o que acarreta, nomeadamente, em caso de rescisio, 0 dever de indemnizar o custo das obras © das instalagdes fixas que ainda nfo possa estar amor zado— sempre que se trate de usos privativos que exi- — ee eS sc 1676 I SERIE — NOMERO 260 jam a reslizaglo do investimentos em instalagdes indes- montiveis e sejam considerados de utilidade publica Cré-so poder, com isto, instaurar uma nova fase na, exploragio das riquezas contidas no dominio hidrico na- cional, atraindo mais intensamente os capi impondo critérios mais justos nas suas relagdes com o Estado. ‘Nestes termos: Usando da faculdade conferida pela 1.* parte do n.° 2° do artigo 109.* da Constituigio, 0 Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte: 1 Principios gerais, ARTIGO 1° (Ambito de aplicagio) Os leitos das dguas do mar, correntes de gua, lagos @ Jegoas, bem como as respectivas margens e zones adja- eentes, ficam sujeitos ao preceituado no presente diploma em tudo quanto nfo seja regulado por leis especiais ou convengdes internacionais ARTIGO 2° (opto de toto; seus limites) 1. Entenide-se por leito 0 terreno coberto pelas éguas, quando nfo influenciadas por cheias extraondindrias, Inundagdes ou tempestades. No leito compreendem-se 08, mouchées, lodeiros @ areais nele formados por deposigio aluvial. 2. 0 leito das dguas do mar, bem como das demais 4guas sujeitas & infuéncis das’ marés, é limitedo pela linha da méxima preia-mar de Aguas vivas equinoci Essa linha 6 definida, para cada local, em fungdo do es- Pralamento das vagos em condigies médias de agitagio do mar, no primeiro caso, e em condigdes de cheias mé- dias, no segundo. 8. 0 leito das restantes éguas é limitado pela linha que corresponder & estrema dos terrenos que as dguas cobrem fem condigées de cheins médias, sem transbordar para © solo natural, habitualmente enxuto. Essa linha 6 def- rida, conforme os casos, pela aresta ou crista superior do taludo marginal ou polo alinhamento da aresta ou erista, do taludo mothado das motas, cémoros, valados, tapadas ou muros marginais. ARTIGO 8° (Nopto de margem; sua largurs) 1. Entende-se por margem uma faixa de terreno con- tigua ou sobranceira & linha que limita o leito das &guas. 2. A margem das Sguas do mar, bem como a des éguas navegiveis ou flutudvels sujeitas a jurisdigio das auto Yidades maritimas ou portuérias, tem a largura de 50m. ‘8. A margem das restantes 4guas navegdveis ou flutud- veis tem a largura de 90 m. 4. A margem das dguas nfo navegéveis nem flutuéveis, nomeadamente torrentes, barrancos e cérregos de caudal descontinuo, tem a largura de 10 m. 5. Quando tiver natureza de praia em extensio supe- ior & estabelecida nos mimeros anteriores, a margem estende-se até onde o terreno apresentar tal natureza, 6. A lorgura da margem conta-se a partir da links te do leito. Se, porém, esta linha stingir arribas al- cantiladas, a largura da margem seré contada partir da criste do sleantil ARTIGO 4° (Nogko da zona adjacente; sus largura) 1. Entende-se por zona adjacente toda a 4rea contigua A margem que como tal seja classificada por deereto, por se encontrar ameacads pelo mar ou pelas cheias. 2. As zonas adjacentes estendem-se deste o limite da margem até uma linha convencional definida, para cada caso, no decrato de classificaglo, nos termos e para os ‘efeitos do presente diploma, ARTIGO 5° (Condigho Juridloa dos leltos, margens 6 zonas adjacentes) 1, Consideram-se do dominio piblico do Estado os lei- tos e margens das dguas do mar e de quaisquer éguas navegiveis ou flutuéveis, sempre que tais leitos e margens Ihe pertengam, e bem assim os leitos e margens das dguas nfo navegiveis nem flutudveis que atravessem terrenos piiblicos do Estado. 2. Consideram-se objecto de propriedade privada, su- jeitos a servidées administrativas, os leitos e margens das éguas nao navegéveis nem flutudveis que atravessem terrenos particulares, bem como as parcelas dos leitos fe margens das éguas do mar e de quaisquer éguas nave- giveis ou dutuaveis que forem objecto de desafectagio ou reconhecidas como privadas nos termos deste diploma. 8. Consideram-se objecto de propriedade privada, su- jeitas a restrigdes de utilidade pibliea, @s zonas sdja- contes. ‘4. Consideram-se objecto de propriedade privada, nos arquipélagos da Madeira dos Agores, os terrenos tra- dicionalmente ocupados junto & crista das arribes alean- tiladas das respectivas ilhas. ARTIGO 6° (Reouo das éguas) Os leitos dominiais que forem sbandonados pelas Aguas, ou Thes forem conquistsdos, no acrescem is parcelas privadas da margem que porventura Ihes sejam conti- guss, continusndo integrados no dominio puiblico, se no excederem as larguras fixadas no artigo 8.°, e entrando automitieamente no dominio privado do Estado, no caso conteétio. ARTIGO 7 (Crango das Aguss) 1. Quando haja parcelas privadas contiguas a leitos dominiais, as porgdes do terreno corrfias lenta © suces- sivamente pelas Aguas consideram-se automaticamente integradas no dominio piiblico, sem que por isso haje lugar qualquer indemnizagio. 2, Se as parcelas privadas contiguas a leitos dominiais forem invadidas pelas éguas que melas permanegam sem que haja corzosdo dos terrenos, os respectivos proprieté- Hos conservam.o seu dircito de propriedade, mas o Es- tado pode expropriar essas_parcelas ARTIGO 8° (Reconhectmento da propriedade prtvada sobs parasas de Tatos ut maegenspabllos) 1. As pessoas que protendam obter o reconhecimento da sus propriedade sobre parcelas de leitos ou margens das dguas do mar ou de quaisquer éguas navegiveis ou flutué- veis devem provar documentalmente que tais terrenos exam, por titulo legitimo, objecto de propriedade parti- cular ou comum antes de 81 de Dezembro do 1864 ou, 5 DE NOVEMBRO DE 1971 se s0 tratar de arribas aleantiladas, antes de 22 de Margo do 1868. 2. Na falta de documentos susceptiveis de comprovar propriedade dos terrenos nos termos do m.° 1 deste ar- ‘igo; presumir-se-8o particulares, sem prejulzo dos di- reitos de terceiros, os terrenos em relagho sos quais 62 prove que, naquelas dates, estavam ma posse em nome proprio de particulares ou na fruigo conjunta de indivi- duos compreendidos em certa circunscrigdo administra- tive, 8. Quando se mostre que os documentos anteriores a 1864 ou a 1868, conforme os casos, se tornaram ilegivais ‘ou foram destruidos por incéndio ou facto semelhante ‘ocorrido ma conservatéria ou registo competente, pre- ssumir-se-8o particulares, sem prejuzo dos direitos de ter- ceiros, os terrenos em ‘relagio aos quais se prove que, antes de 1 de Dezembro de 1802, eram objecto de pro: Priedade ou posse privadas. “No ficam sujeitos ao regime de prova estabelecido nos mimeros anteriores os terrenos que, nos termos da lei, hajam sido objecto de um acto de desafectacio. ARTIGO 0° (Constitalgio da propriedade pablica sobre parcelas privadas de lellos ou. margens.pdblicos) 1, Em caso de alienseto, voluntéria ou forgada, por acto entre vivos, de quaisquer parcelas privadas de leitos ou margens publicos, 0 Estado goza do direito de pre- feréncia, nos termos dos artigos 416.° a 418.° © 1410.* do Cédigo Civil, podendo a preferéncia exercer-se, sendo eas disso, apenas sobre a fracgto do prédio que, nos termos dos artigos 2.° © 8° deste diploma, se integre no leito ou na margem. 2. O Estado pode proceder, nos termos da lei geral, ‘8 expropriagio por utilidede puiblica de quaisquer parce: Jas privadas de leitos ou margens piblicos sempre que isso se mostre necessério para submeter ao regime da do- minialidade piblica todas as parcelas privadas existentes em certa zona. 8. Os terrenos adquiridos pelo Estado de harmonia com © disposto neste artigo ficam automitioamente integrados no seu dominio piblico. ARTIGO 10° (Dattmttagses) 1. A delimitagio dos leitos © margens dominisis confi- nantes com terrenos de outrs natureza compete ao Es- tado, que a ela proceders oficiosamente, quando necessé- io, ou a requerimento dos interessados 2. Das comissées de delimitagto farto sempre parte representantes dos proprietérios dos terrenos confinantes com 0s leitos ou margens dominisis a delimiter. 3. Sempre que as comissées de delimitagio se depara- rem questdes de indole juridica que elas nio estejam em. condigdes de decidir por si, poderio os respectivos presi dentes requerer a coluboragio ou solicitar 0 parecer do delegado do procurndor da’ Repiiblica da comarca onde se situem os terrenos a delimiter. 4. A delimitagio, uma vez homologada pelos Ministros da Justiga e da Marinhe, seré publicada no Didrio do Go: ARTIGO 11° (Questées de propriedade ou posse) 1. A delimitago a que se proceder por via administra- tiva no preclude a competéneia dos tribunais comuns para decidir da propriedade ou posse dos leitos © margens, ow suas parcelas, eT 1677 2, Be, porém, o interessado pretender seguir o acto de delimitagio de quaisquer vicios préprios desta que se nfo traduzam numa questo de propriedsde ou posse, deve interpor 0 respectivo recurso contencioso de anulagio. stg Serviddes administrativas e restrigdes de utilidade piblica ARTIGO 126 (Bervidses sobre parcelas privadas de leltos ‘© margens péblicos) 1. Todas as parcelas privadas de leitos ou margens pi- Dlicos esto sujeitas as serviddes estabelecidas por lei e, nomeadamente, » uma servidio de uso piblico no inte- resso geral do avesco is dguas e da passagem ao longo das Aguas, da pesca, da navegagdo ou flutuagao, quando se trate de dguas navegdveis ou futudveis, @ ainda da fisca- lizagio e policia das éguas pelas autoridades competentes. 2. Nas parcelas privadas de leitos ou margens publicos, bem como no respectivo subsolo © no espago aéreo cor- respondente, nao & permitida @ execugio de quaisquer obras, permanentes ou tempordrias, sem licenga do Mi- nistério das Obras Publicas, pela Direcgio-Geral dos Ser- vigos Hidrdulicos. 8. Os proprietérios de parcelas privadas de leitos ou margens publicos esto sujeitos a todas as obrigagées que a lei estabelece no que respeita & exeougio de obras hidrdulicas, nomeadamente de correcgio, regularizagio, conservagio, desobstrugdo ¢ limpeza, 4. Se da execugio pelo Estado de qualquer das obras referidas no n.° 8 deste artigo resultarem prejuizos que excedam os encargos resultantes das obrigagbes legais dos proprietérios, o Estado indemnizé-los. Se se tornar no- cesséria, para a exccugio dessas obras, qualquer porgio de terreno particular, ainda que situads para slém das margens, 0 Estado poderd exproprit-ls. ARTIGO 18. (Zonas ameagadas pelo mar) 1. Sempre que se preveja tenicamente o avango das fguas do mar sobre terrenos particulares situados para além da margem, pode o Estado classificar a érea em causa como zona ameagada pelo mar. 2. A classificagio de uma drea como zona ameagada pelo mar seré feita por deoreto emanado do Ministério das Obras Publicas, ouvido 0 Ministério da Marinha e, tratando-se de zonas com interesse turistico, a Secretaria do Estado da Informegio ¢ Turismo. ‘8. Uma ver classificada certa rea como zona ames: ada polo mar, os terrenos nela abrangidos ficam sujeitos 80 regime estabelecido no artigo 15.° ARTIGO 149 (Zonas ameagadas pelas chelas) 1, 0 Estado pode classificar como zona ameagada pels cheias a drea contigua & margem de um rio que se estenda até a linha aleangads pela maior cheia que se produza no perfodo de um século. 2. A classificagto de uma Gren como zona ameagada pelas cheias seré feite por decreto emanado do Ministério das Obras Pibliens, ouvido o Ministério da Marinha, nas rons sujeitas & jurisdigdo das autoridades maritimas 8. Uma ver classificads certa érea como zona smea- gada pelas cheias, o8 terrenos nela abrangidos ficam su: jeitos ao regime estabelecido no artigo 15.° 1678 ARTIGO 15.2 (Regime das zonas adjacentes) 1. A aprovagéo de planos © anteplanos de urbanizagio © expanstio, bem como a celebragio de contratos de urba- nizagio, relativos a dreas abrangidas, no todo ou em parte, numa zona adjacent, depende de parecer da Dizecgto: -Geral dos Servigos Hidréulicos. 2.0 licenciamento municipal de qusisquer operagdes de Ioteamento urbano relativas as dress referidas no m.° 1 deste artigo depende de parecer favorivel da Direcgao- -Geral dos Servigos Hidréulicos, eabendo 20 Minisiro das Obras Piiblieas 0 poder de decidir no caso de a cimara mu: nicipal competente nfo se conformar com aquele parecer. 8. Nas zonas adjacentes em que nio haja planos ou anteplanos de urbanizagio © expansio, nem contratos de urbanizagéo, nem planos de loteamento urbano, a reali- zagio de quaisquer obras ou edificagses s6 pode ter inicio mediante licenga da Direcgio-Geral dos Servigos Hidréu- Ticos e desde que se executem as obras hidréulicas que els eventualmente imponha, ARTIGO 162 (Disposigdes complementares) 1. Quando 0 Estado efectuar expropringdes nos termos deste diploma ou pager indemmizagdes aos proprietérios projudicados por obras hidraulicas de qualquer natureza, ‘© auto de expropringio ou indemnizagdo seri enviado & repartigdo de finangas competente, para que se proceda, se for caso disso, & eorreegiio do valor matricial do prédis afectado. 2. A competincia eonferida ao Ministério das Obras Publieas no tocante As obras de correcgio, regularizagio, conservagtio, desobstrugio e limpeza de leitos e margens 6 transferivel para as cimaras municipais ou para. as administragies portudrias ¢ pode ser exercida por aquele ou por estas em colaboragio com quaisquer entidades, publicas ou privadas, nas condigies técnicas e financeiras que forem definidas pelo Governo. ur Usos privativos ARTIOO 11. (Rermissio de us0s privatives) Com 0 consentimento das entidades competentes, po- dem parcelas determinadas dos terrenos publicos referidos neste diploma ser destinadas a usos privativos. ARTIGO 18° (CLicengas © concessdes) 1. 0 direito de uso privativo de qualquer parcela domi- nial sé pode ser atribuido mediante licenga ou concessio. 2. Serio objecto de contrato administrative de conces- ‘slo os usos privativos que exijam a realizagio de investi- mentos em instalagdes fixas e indesmontiveis e sejam consideradas de utilidade publica; serio objecto de li- cenga, outorgada a titulo precério, todos os restantes usos privativos. 8, Nao se consideram precérins as licengas conferidas Para a construgio ou para obras em terrenos ou prédios particulares situados na érea de jurisdigio das autorida- des maritimas, hidrdulicas ou portudrias. 1 SERIE — NOMERO 260 ARTIGO 19.2 (Usos do utitldade publica) Sio de utilidade pibliea, além dos que como tal forem declarados pelo Conselho de Ministros, os usos privativos realizados para algum dos seguintes fins: 4) Aproveitamento de éguas pblieas por pessoas co- lectivas de diteito piblico ou de utilidade pé- blica administrativa © por empresas de inte- resse colectivo; b) Instalacdo de servigos de apoio A navegago ma- ritima ou fluvial; ¢) Instalagio de postos para venda de combustiveis ou de estagdes de servigo para apoio & circula- lo rodovidria; d) Aproveitamento de salinas, sapais e terrenos se- ‘melhantes para exploragdes agricolas, salineiras ou outras actividades econémicas andloges; €) Hdificagio de ostabelecimentos hoteleiros ow milares declarados de interesse para o turismo ede conjuntos turisticos como tais qualifieados nos termos da legislagio aplicével ARTIGO 202 (Brazos) As licengas © concessdes podem ser outorgadas pelos prazos mdximos de, respectivamente, eineo e trinta anos. ARTIGO 21. (Contetdo do dtrelto de uso privatize) 1. As licengas e concessdes de uso privativo, enquanto se mantiverem, conferem aos seus titulares o direito de utilizag%o exclusiva, para os fins e com os limites con- signados no respectivo titulo constitutive, das parcelas dominiais » que respeitam, 2. Se a utilizagio permitida envolver a realizacto de obras ou alteragdes, o direito do uso privativo abrange poderes de construgio, transformagio ou extracglo, con- forme 0s casos, entendendo-se que tanto as construcdes efectuadas como as instalagies desmontéveis se mantém na propriedade do titular da licenga ou da coneessto até expirar 0 respectivo prazo. Uma vez expirado 0 prazo, aplicase 0 disposto no artigo 26.° 8. Cabe A autoridade administrativa competente en- tregar ao titular do direito de uso privativo © terreno dominial, facultando-the o infeio da utilizagho consen- ‘ida. ARTIGO 226 (Reallzagio de obras) 1. Sempre que o uso privativo implique a realizagio de obras pelo interessado, cabe a este submeter o respec- tivo projecto & aprovagio da entidade competente, de- vendo executar as obras dentro dos prazos que Ihe forem fixados ¢ de harmonia com 0 projecto aprovado e com as leis e regulamentos em vigor. 2. A execugio das obras fica sujeita & fiscalizagho das, entidades competentes, cujos agentes terio livre’ acesso a0 loeal dos trabalhos. 8, Terminadas as obras deve o interessado remover todo 0 entulho ¢ materinis daquelas provenientes para local onde mio causem prejuizos de qualquer espécie. 4, Sem prejuizo da aplicagio das outras sances que no caso couberem, a inobservineia das disposigées deste artigo ser punida com a multa estipulada no contrato 5 DE NOVEMBRO DE 1971 1679 ‘ou daré lugar, se forem realizadas obras sem_projecto aprovado ou com desrespeito do projecto aprovado, & sua demoligio compulsive, total ou parcial, por conta do con- ‘traventor. 5. Cabe ao interessado responsabilidade por todos os prejuizos que causar com a execugio das obras. ARTIGO 23° (Uso dos bens ¢ sua fiscalizagto) 1. Os terrenos dominiais que tenham sido objesto de licenga ow coneessiio de uso privativo, e bem assim as obras neles executadas, nfo podem, sem sutorizagio da entidade competente, ser utilizados para fim diferente do que expressamente estiver fixado no titulo constitutive. 2. Nas concessdes, 0 respectivo titular tem 0 dever de proceder & utilizagio intensiva dos. terrenos eoncedides, € das obras executndas, sem o que a autoridade comp. tente pode aplicar-the as multas estipuladas no contrato ou, se for caso disso, rescindir concessto. 8. Os titulares de licengas e concessies de uso priva- tivo estio sujeitos & fiscalizagio que as entidades com jurisdigdo no local entendam ‘dever realizar para vigiar ‘8 utilizagio dada aos bens dominiais e para velar pelo cumprimento das normas aplicdveis e das cléusulas esti- puladas. ARTIGO 24. (Tans) 1. Pelo uso privativo de terrenos dominiais & devida uma taxa, a pager anualmente, salvo estipulagio em contrério, ‘calculada de harmonia com as tarifas apro- vadas ou, na falta delas, conforme 0 que em cada caso for fixado pela entidade ‘competente. 2. Quando o direito de uso privativo for atribuido a uma pessoa colectiva de direito ptiblico ou a um parti- cular para fins de beneficéneis ou semelhantes, pode ser oneedida a isengHo do pagamento da taxa ou a redugto esta. 8. Sempre que forem consentidos, a titulo provisdrio, usos privatives em terrenos a respeito dos quais esteja, fem curso um processo de delimitagdo, as taxas devidas io sio imediatamente exigiveis, mas 0 interessado deve caucionar logo de inicio 0 pagamento das respectivas im: portdneias. ida a dominislidade de tais terrence, tor- vel, apés a publicagio do respectivo acto de delimitagio, © pagamento das quantias devidas por todo © perfodo de utilizaglo j4 decorrido. Se nfo for reconhe- cida a dominialidade, nada 6 devido, podendo o interes- sado proceder ao levantamento da caugio. ARTIGO 25. (Transtissto das loangas « concessdes; hipoteca) 1. Aqueles a quem for consentido o uso privativo de terrenos dominiais ndo podem, sem autorizagio da en- tidade que conferiu a licenga ou a concessio, transmitir para outrem os direitos conferidos, or qualquer forma fazer-se substituir no seu exereici 2. 0 disposto no niimero anterior é aplicével & trans: issfio de proprivdade das obras efectuadas © das insta- lagées montadas pelo titular da licenga ou concessio em terrenos dominiais. 8. Nos casos de sucessto logitima ou iegitiméria, as licengas e 98 concessées transmitem-se aos herdeiros, mas 1 entidade competente pode revogé-las ou rescindi-Ias se isso the convier. eT 4, As obras e os ediffcios construfdos em terrenos domi- niais no podem ser hipotecados sem autorizagdo da enti- dade competente. 5. A violagdo do disposi nos n.** 1, 2 ¢ 4 deste artigo importa a nulidade do acto de transmissdo, substituigio ou constituigtio de hipoteca, sem prejuizo das outras san: des que no easo couberem. ARTIGO 25° (Decurso do prazo) 1. Decorride © prazo da licenga ou concessto de uso privativo, as instalagoes desmontavels deverdo ser remo- Vidas do local pelo respective proprietério, no prazo que Ihe for marcado. 2. Em caso do voncesstio, as obras executadas © as instalagdes fixas covertem gratuitamente para o Estado; ‘em caso de licenga, devem ser demolidas pelo respectivo titular, salvo se 0 Estado optar pela reversilo ou prorcogar 4 licenga. 8. A'entidade competente pode consentir ao titular da coneessio a continuagio da exploragio nos termos que em novo contrato forem estipulados, mediante o arrendamento dos bens que hajam revertido para o Estado. ARTIGO 27. (Nto cumprimento das obrigagdes do utente) 1. A entidade competente pode revogar as licengas a rescindir as concessdes de uso privativo, ouvido o interes- sado, sempre que a este seja imputével o nfo cumpri- mento das cliusulas estipuladas no titulo constitutive ou das obrigagdes legais regulamentos aplicéveis. 2. Quando 9 ndo cumprimento nio for exclusivamente imputével ao utente privativo, a entidade competente deve, conforme os easos, prorrogar 0s prazos excedidos ou diminuir ou excluir a3 multas aplicéveis. 8. Em caso de revogagio ou de resciso determinadas como sangio, 6 aplicével o disposto nos n. 1 ¢ 2 do artigo 26." ARTIGO 28° (Eixtinglo de uso privativo por conventéncla de Interesse publica) 1. ‘A entidade competente pode extinguir em qualquer momento, por acto fundamentado, os direitos de uso pri- vativo constituldos mediante licenga ou concessio, se os terrenos dominiais forem necessérios & utilizagio pelo priblico sob a forma de uso comum ou se outro motivo de interesse piblico assim o exigir. 2. A revogacio das licengss nio confere ao interessado direito a qualquer indemnizacto. B. A resciso das concessdes confere ao interessado di reito a uma indemnizagio equivalente ao custo das obras, retlizadas e das instalagies fixas que ainda nfo possa estar amortizado, calculada em fungao do tempo que fal- tar para terminsr o prazo de concessio. A indemnizagio no poderd, porém, exceder o valor das obras e instalagées fixas no momento da rescisto. ARTIGO 29. (Redugto de ren) 1. Quando a rea afectada ao uso privativo for reduzide, fem consequéneia de quaisquer causas naturais ou por conveniéneia de interesse piiblico, o particular optard pel redugio proporcional da taxa » ‘pager ou pela renin ao seu direito de uso privativo. 1680 I SERIE —NOMERO 260 2. Se, na segunda das hipdteses previstaa no mimero anterior, © particular optar pela renincia & concessio, terd direito a uma indemnizagdo calculada nos termos do n° 8 do artigo 23° ARTIGO 80 (Uilizagto abusiva) 1. Se for abusivamente ocupada qualquer parcela do- minial, ou mela se exceutarem indevidamente quaisquer obras, a entidade competente intimaré o contraventor a desocupar o dominio ou a demolir as obras feitas no prazo que lhe for mareado. 2. Decorrido 0 prazo fixads sem que a intimagio se ‘mostre cumprids, © sem prejuizo da aplicagio das penas que no caso couberem ou da efectivagio da responsabili- dade civil do contraventor pelos danos que causar, a en dado competente assegurard o destino normal da parcela ‘ocupada, designadamente pelo recurso A forga publica, ou mandard demolir as obras por conta do coniraventor, sendo as despesas cobradas pelo proceso de execugio fiscal, servindo de titulo executivo certiddo passada pela entidade competente para ordenar a demoligio, extralda de livros fou documentos donde conste a importincia da despesa @ com os demais requisites exigidos no artigo 156.° do Cédigo de Processo das Contribuigdes e Tmpostos. 8. Se, porém, o interessado sustentar que o terreno ceupado Ihe pertence, deverd requerer a respectiva deli- mitagio, podendo a entidade competente autorizar provi- sbriamente a continu‘dade da ut‘lizagio privativa, nos ter mos do n.* 8 do artigo 24.° ARTIGO at (Deters dos diets do utente prvatio) 1, Sempre que alguma parcela dominial so encontrar afecteda a um uso privativo e este for perturbado por ‘cupagio abusiva ou outro meio, pode o titular da respec- tiva licenga ou eoncessio requerer & entidade competente quo tome as providéncias referidas no artigo 80°, ou outras que se revelem mais eficazes, para garantia dos direitos que Ihe pertencem. 2. O Estado e as demais entidades competentes, ou 03 respectivos érgios ¢ agentes, respondem civilmente perante © interessado, nos termos gerais, por todos os danos que para este advierem da falta, insuficiéneia ou inoportuni- dade das providéneias adequades & garantia dos seus di- reitos. Ww Disposigdes finais e transitérias ARTIGO 32° (Entldades competentes nos arquipélagos da Madeira © dos Rgores) Nas zonas de jurisdigo das administragdes portudrias © nos distritos auténomos dos arquipélagos da Madeira e dos Agores, em que a Direcgo-Geral dos Servigos Hidréu- licos nio exerga jurisdigdo, os poderes que neste diploma The so conferidos sero exercidos pelas entidades que em cada caso af a substituam, ARTTGO 68. (Dispostgses expressamente revogadss) Ficam expressamente revogados o artigo 261." do Regu- Iamento dos Servigos Hidrdulicos, 0 artigo 14.° do Decreta ne 12 445, de 20 do Setembro de 1926, o artigo 6° do Decroto-Lei n.* 28 925, de 29 de Maio de 1994, © 0 ar- tigo 1° do Decreto-Lei n.* 49 215, de 80 de Agosto de 1969. ARTIGO 34 (Entrada om vigor) © presente diploma entra em vigor moventa dias apés a sua publieagio. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros. — Marcello Castano — Mério Jilio Brito de Almeida Costa — Manuel Percira Crespo — Rui Alves da Silva Sanches. Promulgado em 27 de Outubro de 1971. Publique-s0. © Presidente da Republica, Auénico Dus Ropeicuns ‘Taomaz. seossosesessoscossossesscossossosesesooeoet (MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS Direcgao-Geral dos Negécios Econémicos Aviso Por ordem superior se torna piiblico que, segundo comu- nieacto da Embaixada da Polénia em Londres, 0 Governo do Malawi informou, em 1 de Junko de 1971, nio se considerar de ora avante vineulado pela Convengio para a Unificagio de Certas Normas Relativas so Transporte Aéreo Internacional, concluida em Varsévia em 12 de Outubro de 1929. Direcgiio-Geral dos Negécios Econémicos, 25 de Outu- bro de 1971,—O Adjunto do Director-Geral, Manuel Rodrigues de Almeida Coutinho. weeosesssesscsscossosssscossouseossosooset MINISTERIO DO ULTRAMAR Direcsao-Geral de Obras Publicas e Comunicagées Decreto n.° 469/71 de 5 de Novembro Considerando o interesse que a variante do Cubal apre- senta para o desenvolvimento econdmico de Angola; Considerando que, com o sua construgio, « Companhia do Caminho de Ferro de Benguela assume elevados encar- 05, dos quais é legitimo que procure garantir a possibil dade do ressarcire; Considerando que este objective poder ser aleangado, satisfazendo, a titulo excepcional, a pretensio da Compa. hia de que o Estado nfo exorya 0 direito de resgate — previsto no artigo 56.° do contrato de eoncessio apro- vvado por decreto datado de 28 de Novembro de 1902 — durante um perfodo do cinco anos aps a entrada em ex- ploraglo da variante; Nos termos do § 1.° do artigo 186.* da Constituigdo, por motivo de urgéncia; Usando da faculdade conferida pelo § 8.° do-artigo 196.* da‘ Constituieto, 0 Ministro do Ulteamar decreta e ou promulgo 0 seguinte: Artigo 1B suspenso por um prazo de cineo anos, apis f entrada em exploragto defintiva da variante do Cubal, © exoreleio do diteito de resgate da coneessio do camninho

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