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1759 673 tadoria, e ‘Phesouro, que poderem haver as Partes para coadjavarem as suas provas com aquella fé, que mereeem conforme o Dirviio: usundo, a respeito de todas as referidas provas , 08 sobreditos Juizes daquelle regu- Jado arbitrio, que Ihes compete nas provas, para na contingencia dos casos oceurrentes Ihes darem o maior , ou menor eredito , que merecerem as que no consistirem em documentos authenticos, segundo a mvior , ou menor probidade das Pessoas dos roferidus Almoxarifus , e Thesourei- 033 segundo os costumes , e verosimilidade , ou inverosimilidade das tos- temunhas, e seus depoimentos; © segundo a qualidade, e combinagdo dos Papeis, que as Partes produzirem para se conjuntarem , quando se~ Pparados nfo fizer cada hum delles per sia necessaria prova. Fazendo-a poréin de sorte, que satisfugio 4 consciencia dos sobreditos Juizes se lhes expedirao stias sentencas de justificacto das quantias, que prova- rem, para com ellas requererem ‘na Junta dos Tres Estados, que so hes ‘mande fazer a conta, e se Me consulte na conformidade da Minha Real Resolucdo de vinte @ dous de Margo de mil setecentos cincoenta e seis, e Decreto de vinte e dous de Maio do mesmo anno, para Eu or- denar: que sejto os Justificantes descarregados dus quantias, que Me constar legitimamente haverem satisfeito. O mesmo Doutor Pedro Gon- galves Cordeiro Pereira, Chanceller da Casa da Supplicagio, 0 tenba as- im entendido, e faga executar pelo que lhe pertence. Palacio de Nossa Seuhora da Ajuda a 23 de Junho de 1769. = Com a Rubrica de Sua Magestade. Regist, no Livro da Relagio a fol. 162. , ¢ impr. avulso. en Evu Eir8t Faco saber 208 que este Alvard virem, que tendo consi- derag&o a que da cultura das Sciencias depende a felicidade das Monar- chias, conservando-se por meio dellas a Religido, e aJustiga na sua pu- reza,'e igualdade; e a que por esta razio forlio sempre as mesmas Sci- encias 0 objecto mais digno do cuidado dos Senhores Reis Meus Prode- cessores , que com as suas Reaes Providencias estabelecério, ¢ animd- rio o* Ftudos publics, promulgando as Leis mais justas, e proporeio~ nadas para que os Vassalios da Minha Coroa podessem fazer a sombra dellas os maiores progressos em beneficio da Igreja, da Patria: Tendo consideragao outro sim a que sendo o estudo das Letras Humanas 3 baso de todas as Sciencias, se vé nestea Reinos extraordinariamente decabi- do daquelle auge, em’ que se achavo, quando as Aulas se confidrio a Religiosos Jesuitas, em razdo de que estes com o escuro, © fastidioso Methodo , que introduzirdo nas Escolas destes Reinos , e seus Dominios; © muito mais com a inflexivel tenacidade, com que sempre procurarao sustentallo contra a evidencia das solidae verdades, que Ihe descobrirao os defeitos , € 08 prejuizos do uso de hum Methodo, que, depois de se- rem por ell conduzidos os Estudantes pelo longo espaco de oito, neve, mais annos, se achavdo no fim deiles to illaqueados nas miudezas da Gramuatica, como destituidos das verdadeiras nogdes das Linguas Lati- na, e Grega, para nellas fallarem; e escreverem sem hum tio extraor- dinario desperdicio de tempo, com a mosme facilidade, © pureza, que gag 674 1759 so iem feito familiares a todas as outras Nagées da Europa, que abolic rio aquelle pernicioso Methodo; dando assim os mesmos Religiosus cau- sa necessaria 4 quasi total decadencia das referidas duas Linguas; sem nunea j4 mais cederem , nem 4 invencivel forga do exemplo dos maiores Homeas de todas as Nagées eivilisadas ; nem aolouvavel, e fervoroso ze~ Jo dos muitos Vardes de eximia erudigao, que { livres das preoceupagies , com que os mesmos Religiosos pertendérdo allucinar os meus Vassalios 5 distrahindo-os na sobredita forma , do progresso das suas applicagdes , pa ra que, criando-os, ¢ prolongando-os na ingnoraneia, Ihes conservassem hhuwa subordinagie., e depenideneia t8o injustas, como perniciosas ) ela mardo allamente nestes Keinos contra o Methodo; contra 0. mao gosto; e contra a ruina dos Estudos; com as demonstragdes dos muitos, e gran- des Latinos, e Rhetoricos, que antes do inesmo Methodo havido floree' do em Portugal alé o tempo, em que fordo os mesmos Estudos arranea~ dos das mios de Diogo de Teive, e deoutros igualmente sabios , e eru- ditos Mestres: Desejando Eu nio s6 reparar os mesmos Estudos para que nio acabem de cahit na tolal ruina, a que estavao proximos; mas ainda restiluir-ihes aquelle antecedente lustre, que fez os Portuguezes {do co- nhecidos na Republica das Letras, antes que os ditos Religiosos se in- tromettessem a ensinallos com os Sinistros intentos , e infelices succes sos, que logo desde os seus principios fordo previstos , e manifestos pela desapprovagio dos Homens mais doutos, e pradentes nesias uteis Dis- ciplinas , que omdrdo os Seeulos XVI., © XVII, og quacs comprehen- dério, ¢ predicerio logo pelos eros do’ Methodo 'a futura, e necessaria ruina de tao indispensaveis Estudos ; como foro por exemplo o Corpo da Universioade de Coimbra ( que pelo merecimento dos seus Professores se fez sempre digna da Real attengio ) oppondo-se 4 entrega do Coilegio das Artes, mandada fazer aos ditos Religiosos no anno de mil e quinhi tos e cinccenta e cinco; o Congresso des Cortes, que o Senhor Rei D. Sebastiio convocou no anno de mil e quinhentose sessenta ¢ dous, re= quercndo jd entdo nelle os Povos contra as acquisigdes de bens tempo- macs, € contra os Estudos dos mesmos Religiosos; a Nobreza, e Povo da Gidade do Porto no Assento, que tomirdo a vinte e dons de Novemn- bro de mil sciscentos e trinta contra as Escolas, que naquelle anno a bririo na dita Cidade os mesmos Religiosos , impondo por elles graves penas aos que a ellas foseem , ou mandassem’seus filhos eatudar: E at- tendendo ultimamente a que, ainda quando outro fosse o Methodo dos sobreditos Religiosus , de nenhtuma sorte se Ihes deve confiar o casino, & educacdo dos Meninos, e Mocos, depois ce haver mostrado Lilo infaus- tamenie a experiencia ‘por factos decisivos, e exclusives de toda a ler- giversiio, e interpretacio, ser a Doutrina,” que o Governo dos mesmos Religiosos faz dar aos Alumnos das suas Classes , o Escolas , sinistramen- ie ordenada 4 ruina nao sé das Aries, e Sciencias, mas alé da mesma Monarchia, e da Religifio, que nos mesinus Reinos, e Dominios devo sustentar com a Minha Real, e indefectivel protecgao: Sou Servido pri- var‘inteira, ¢ absolutamente os mesmos Religiosos em todos os Meus Reinos, e Dominios dos Estudos, de que os tinha mandado suspender: Para que fo dia da publicagao deste em diante sehajao, como eflectivamente Hei , por extinetas todas asCiasses , e Excolas, que com iio porniciosos , ¢ fu~ nestos effeitos Ihes fordo confiadas aos oppostos fins da instrnegio, ¢ da edificagte dos Meus figis Vassalios : abolindo até a mentoria das mes- mas Classes, e Escolas, como se nunca houvessem existido nos Meus Reinos, e Dominios, onde (em causado tio enotmes lesbos, @ to gra- 1759 675 ves cseandalos. E pata que os mesmos Vastallos pelo proporcionado meio de hum bem regulido Methodo possdo com a mesma facilidade, que ho- je tem as cutras Nacdes civilisadas, colher das suas applicagies aquelles Ulcis, eabundantes fructos , que a falta de direcgdo thes fazia até agora ou impossiveis, ou de difficultosos, que vinha a ser quasi o mesmo: Soa Servido da musta sorte ordenar , como por este Ordeno, que no ensino das Classes , e no estudo das Letras Humanes haja buma’gerai reforma , mediante a qual se restitua o Methodo antigo, reduzido aos termos sim= plices, claros, e de maior facilidade, que se pratica aciualmente pelas Nacées polidas da Europa; conformando-Me, para assim o determinar , com o parecer dos Homens mais doutos, e instruidos neste genero de erudigdes. A qual reforma se praticara no 6 nestes Reinos, inas tam hem em todos os seus Dominios, 4 mesma imitagéo do que fenho man- dado estabelecer na Minha Corte, e Cidade de Lisboa; em tudo o que for applicavel aos lugares , em que os novos estabelecimentos se fizereln y debaixo das Providencias , ¢ Determinagdes seguintes. Do Director dos Estudos. 1. Haverd hum Director dos Estudos , 0 qual ser d Pessoa, que Ea for Servido nomear: Pertencendo-lhe fazer observar tudo 0 que se con~ tém neste Alvard : E sendo-lhe todos os Professores subordinados na ma+ neira abaixo declarada, ‘2 O mesmo Director ter cuidado de averiguar com especial exacti« dio o progresso dos Estudos para Me poder dar no fim de cada anno hu- mma relagdo fiel do estado delles; ao fim de evitar os abusos, que se fo~ rein introduzindo: Propondo-Me ao mesmo tempo os meios, que lhe pax recerem mais convenientes para o adiantamento das Escolas, 3 Quando algum dos Professores deixar de cumprir com as suas obri gagdes , que sdo as que se Ihe impoem neste Alvard, eas que ha de re- ceber nas Instrucgdes, que mando publica; o Director o advertir, 6 corrigird, Porém , nao se emendando, Mo far presente , para o castigat coin a privagio do emprego, que tiver, e com as mais penas, que forem competentes. 4. E por quanto as discordias provenientes na contrariedade de opi nides, que miuitas vezes se excildo entre os Professores, sé servem de distrabillos das suas verdadeitas obrigaces , e de produrirem na Moci- dade o espirito de orgulho, e discordia; terd ¢ Director todo o enidado em extirpar as controversias, e de fazer que entre elles haja huma per- feila paz’, © huma constante uniformidade de Doutrina; de sorte, que todos conspirem para o progresso da sua profissiio, ¢ aproveitamenlo dos seus Discipulos, Dos Professores de Grammatica Latina. 5 Ordeno, que em cada hum dos Bairros da Cidade de Lisboa se es- tabelega logo hum Professor com Classe aberta, e gratuita para nella en- sinar aGrainmatica Latina pelos Methodos abaixo declarados, desde No~ minativos, até Construigio inclusivd ; sem distinegao de Classes , como até agora se fez com o reprovado, e prejudicial erro, de que, mao per- tencendo a perfeigio dos Discipulos ao Mestre de alguna das differentes Classes, se contentavao todos os ditos Mestres de encherem as suas o- Qaqq 2 eS 676 brigagies em quanlo ao tempo, exercitando-as perfunctoriamente quane to aus Estudos, e ao aproveitamento dos Discipulos. 6 Av tempo, em que erescer a povoagiio da dita Cidade, ev a exten- io de algum dos Bairros della fizer necessario mais de hum Professor , darei sobre esta materia toda a opportuna providencia. L porque a de. sordem , ¢ itregularidade , com que presentemente se acho alujados os Ha- bitantes da mesma Cidade, nao permitte aquolle ordenada divisto do Bairros: Determino, que se estabelegio logo ito, nove, ou dez Classes repartidas pelas partes , que parecereim convenientes ao Director dos Ise. tudos, a quem por ora’pertencerd a nomeagio dos ditos Profeesores den baixo da Minha Real approvagio, Para a subsistencia delles tenho tame ‘bem dado toda a competente providencia. 7 Nem nas ditas Classes, nem em outzas algumas destes Reinos, que estejdo estabelecidas, ou se estabelecerem daqui em diante, so ensina~ x4 por outro Methodo, que ndoseja © Novo Methodo daGranmatica Las tina, reduzido a Compendio para uso das Esculas da-Congregacao do O- Tatorio, composio por Antonio Pereira da mesma Congregagio: Ou a Arto da Graimatica Latina reformada por Antonio Pelix Mendes, Pro- fessor em Lisboa. Hei por prohibida para o ensino das Escolas a Arte de Manoel Alvares, conio aquelia, que contribuio mais para fazer diff cultoso o estudo da Latinidade nestes Reinos. E todo aquelle, que usar na sua Eseola dadita Arte, ou de qualquer outra, que nfo sejio as duas assima teferidas, sem preceder especial, immediata licenca Minha , seri logo prezo para ser eastigado no Mcu Real arbittio, e ndo poderd mais abrir Classes nesles Reinos, e seus Dominios, ~ 8 Desta mesma sorte prohibe que nas ditas Classes de Latim se use dos Commentadores de Manoel Alvares, como Antonio Franco; Jofo Ne- nes Freire; José Soares, © em especial de Madureira mais extenso, e mais inulil; e de todos, © cada hum dos Carlapacios, de que até agora se usou para o ensino da Grammatica, 9 Os ditos Professores observardo tambem as Instruegies, que Ihe tenho mandado estabelecer , sem alteragao alguma, por serem as mais convenientes, e que se tem qualificado por mais uteis para oadiantamento dus que frequentilo estes Estudos , pela experiencia dos Homens mais ver~ sados nelles, que hoje cenhece a Europa. 10 Em cada uma das Vilias das Provincias se estabelecerd hum , ow dous Professores de Grammatica Latina, conforme a menor, ou maior extensio dos Tormos, que tiverem; Applicando-se para o pagauento delles o que ja se Ihes acha destinado por Provisées Reacs, ou Disposi~ g0es particulares, © 0 mais que Eu for Servido resolver: E sendo 03 mesmos Professores eleitos por rigoroso exame feito por Commissarios deputados pelo Director yerals © por elle consullados co: os Autos das eleigdes, para Eu determinar © que Me parecer mais conveniente, s2 gundo a instruego, ¢ costumes das Pessoas , que houverem sido propos tas, 11 Fora dassobreditas Classes no poder ningnem ensinar, nem pibli- ¢anem particularmente, sem approvagio, e licenga do Director dos Eistu- dos. O qual para iha conceder,, fara primeiro examinar o pertendente por dous Professores Regios de Grammatica, ¢ com a approvagio destes lhe concederia dita licenca : Sendo Pessoa, na qual concorde cumulatatinen~ te os requisitos de bus, e provados costumes; e de scieneia, @ pruden- cia: E dando-se-the a approvagio gratuitamente, sem por ella, ou pela sua assignatura se lhe levar © menor estipendio. 1759 B77 12. Todos o8 ditos Professores gozariio dos Privilegios de Nobree , in- corporades em Direilo commum, @ especialmente no Codigo Titulo = De Professoribus, et Medicis. , Dos Professores do Grego. 15 Haveré tamhem nesta Corte quatro Professores de Grego, 08 quaes se regulardo pelo que tenho disposto a respeito dos Professores de Grammatica Latina, na parte que |hes he applicavel ; e gozardo dos mes- mos Privilegios, 14 Semelhantemente ordenoque em cada huma dasCidades de Coims bra, Evora, e Porto haja dous Professores da referida Lingua Grega. E que'em cata huma das outras Cidades, e Villas, que forem Cabeca de Comarca , haja hum Professor dareferida Lingua ; o8 quaes todos se go- vernardo pelas sobreditas Direcedes , © gozardo dos mesmos Privilegios de que gozarem os desta Corte, e Cidade de Lisboa. 15. Estabelego que, logo que houver passado anno e meio depois que as referidas Classes de Grego forem estabelecidas, os Diseipulos dellas, que provarem pelas a(testacdes dos seus respectivos Professures , passa das sobre exames publicos, e qualificadas pelo Director geral, que nes- tas estuddrio hum anno com aproveitamento notorio, além de se lhe le- var em conta o referido annona Universidade de Coimbra para os Estu= dos maiores, sejfo preferidos em todos os concursos das quatro Facul+ dades de Theologia , Canones, Leis, e Medicina, aos que nfo houverem feito aquelle proveitoso estudo, concorrendo nelies ae outras qualidades necessarias, que pelos Estatutos se requerem. Dos Professores da Rhetorica, 16 Por quanto o estudo da Rhetorica, sendo tito necessario em to- das as Scieacias, se acha hoje quasi esquecido por falta de Professores publicos, que ensinem esta Arle segundo as verdadeiras regras: Haveré na Cidade de Lisboa quatro Professores publicos de Rhetorica; dous em cada huma das Cidades de Coimbra, fivora, e Porto: e hum em cada huma das outras Cidades, e Villas, que sf Cabeca de Comarca; e to- dos observario respectivamente o mesmo, que fica ordenado para o go- verno dos oulros Professores de Grammatica Latina, e Grego; e gozaro dos mesmos Privilegios. 11 E porque sem oestudo da Rhetorica serto podem habilitar os que entrarem nas Universidades para nellas fazerem progresso; ordeno que, depois de haver passado anno e meio contado dos dias, em que se estas belecerem estes Estudos nos sobreditos lugares, ninguem seja admittide a matricular-se na Universidade de Coimbra em alguma das ditas qua tro Faculdades maiores, sein preceder exame de Rhetorica feito na mes~ ma Cidade de Coimbra perante os Deputados para isso nomeados pela Director, do qual conste notoriamente a sua applicagio, e aproveita mento. 18 Todos os referidos Professores se regularto pelas Insteucgdes, qu fando dar-Ihes para se dirigirom, as quaes quero que vaihdo como Lei, assiin como baixio com este assignadas, e rubticadas pelo Conde de Oci~ ras do Meu Consellio, e Secretaria de Estado dos Negocios do Reino y para lerem asua devida observancia, Mostrando poréim a experiencia ao Director dos Estudos, que he necessario accrescentat-se alguma Provi- a (ae enone 678 1759 dencia ds que vio expressas nas dilas Instrucqdes, Me consullard para Eu determinar 0 que Me parecer conveniente. este se cumprird como nelle se contem, sem diivida, ou embar- go algum, para em tudo ter asua devida execugio, ndvcbsiantes quaea~ quer Disposigécs de Direilo Commum, ou deste Reino, que Hei por de- rogados. Pele que: Mando 4 Meza do Desembargo do Pago; Consclho da Fazenda; Regedor da Casa da Supplicagdo, ou quem seu cargo servir; Meza da Consciencia, e Ordens; Consclho Ultramarino; Governador da Relagio, e Casa do Porto, ou quem seu cargo servir; Reitor da Uni- versidade do Coimbra; Vice-Reis, e Governadores, ¢ Capiltes Gene- raes dos Estados da India, e Brazil; © a todos os Corregedores, Prove dores, Ouvidores, Juizes , e Justicas de Meus Reinos, eSeahorics , cum- prio, e guardem este Meu Alvara de Lei, e 0 fago inteiramente cum- prir, ¢ guardar, e registar em todos os livros das Camaras das suas res- pectivas JurisdiegBes, com as Instruegdes, que nelle iro incorporadi € a0 Doutor Manoel Gomes de Carvalho, do Meu Conselho, e Chancel ler Mér destes Reinos, Ordeno o faga publicar_na Chancellaria, e delle enviar os Exemplares a todos os Tribunaes, Ministros, e Pessoas, que o devem executar; registando-se tambem nos livros do Desembargo do Pago, do Conselho da Fazenda, da Meza Consciencia eOrdens, do Con- sellio Ultramarino, da Casa da Supplicagdo, e das Relagdes do Porto, Goa, Bahia, e Rio deJaneiro, nas mais partes onde se costumao regis- tar semelhantes Leis: E langando-se este proprio na Torre do Tombo, Dado no Palacio de Senhora da Ajnda acs 28 de Junho de 1759. = Com a Assignatura de ElRei, e a do Ministro. Regist. na Secretaria de Estado dos Negocios do Rei no, no livro F. do Registo das Ordens expedidas pa- ra a reférma, e restauragdo dos Estudos destes ‘hee nos, e seus Dominios , a fol. 1., eimpr. na Offici- na de Antonio Rodrigues Galhardo. ope Por quanto na regularidade , que Fui Servido determinar por Decreto de vinte © hum de Novembro de mil seterentos cincoenta e sete , para as entregas do dinheiro, que vem nos Cofres dos Comboioe das Frotas se no deu providencia a respeito dos Manifestos do ouro, que vem {5 ra dos referidos Cofres , e se costumio entregar ahuma delerminada pes- s0a com 0 titulo de Thesoureiro, o qual, depois da mediagio de hum, ou dous dias, 0 tecebe dos Moedeiros, que acompanh’o os Ministros nas visitas das mesmas Frotas; vindo por este modo a faltar anecessaria arrecadagdo, assim pelo que pertence 4 referida passagem, como na obrigacdo, e confianca de hum «6 Deposilario, ou Recebedor: E tendo consideragdo a que os eabedaes do Comercio, e de todos os Meus V: sallos, nao devem ser expdstos ao evidente perigo, que facilm resuitar das mencionadas desordene: Sou Servido abolir, e exti férma que até agora se praticava aa arrecadagio, e passagem nifestos do ouro; e Ordeno, que a Junta do Commercio desies Reinos, © seus Dominios, nomeie no principio de cada hun anno os Homens de 612 1772 A Eownano Marquez de Pombal, do Mea Consclho de Fstado, e Mea Lugar-Tenente, na Fundagto da Universidade de Coimbra: Amigo. DU LREI vos Envio muito saudar, como aquelle, que prézo. Tendo visto, assim pelas contas, que enviastes 4 Minha Real Presenga desde Coim- bra, como pelas que depois da vossa restituigio a esta Corte Me ten- des feito verbalmente presentes , o Zelo, Fidelidade, e Acerto, com ue desteis 4 execugio as Minhas Reaes Ordens, para a Fundacdo, @ Estabelecimento da Universidade; Usando com modesta, e exemplar cir- cumspecgdo das amplas Faculdades, e Plenos Poderes, com que Houve por bem Authorizar a Vossa Pessoa, pelas Cartas de vinte eoite de Agos- to, edo onze de Ontubro deste presente anno: E dando em tudo plena satisfagto 4 justa confianga, que de Vés fiz, para Vos encarregar huma tao grande, e tao importante Obra, como era, ehe ada dila Fundagio: E Tendo outro sim visto que, segundo o estado das cousas, para o pro- gresso,e complemento da dita Fundagio hio de ser ainda necesearias tmuitas, e successivas Providencias, que até fario indispensavel que vol- tele 4 dita Universidade: Sou Servido prorogar-vos as Faculdades , @ Plenos Poderes, que por Mim Vos fordo concedidos nas ditas Cartas Ré- gias de viote e oifo de Agosto, e de onze de Outubro; para que, em quanto Eu nto Hauver por bem que vulteis 4 dita Universidade, por Vés, como Meu Lugar-Tenente, corra o expediente dos Negocios del- Ja; assim e da mesma sorte que tem até agora corrido em virtude das ditas Cartas, @ no tempo da vossa asistencia na mesina Universidade 5 sem outra differenca, que nao seja a de Me fazercis presentes os casos eccorrentes em Consultas verbaes; e de expedireis as Providencias na confurmidade das Resolugdes tambem verbaes, que sobre ellas For Ser- vido tomar como estais praticando com as da M fa Mér, que exer- citais. Escri(a no Palacio de Nossa Senhora da Ajuda em 6de Novem- bro de 1772. == REL = Para o Honrado Marquez de Pombal. Inpr. na Regia Typografia Silviana. oe Dom sost por Graca de Deos Rei de Portugal, e dos Algarves, ,edalén Mar, em Africa Senhor de Guing, e da Conquista, 0, Commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, & A todos os Vassallos dos Meus Reins, ¢ Dominios, saude. Em Consul- ta, que da Real Meza Censoria subio 4 Minha Real Presenga em tres de Agosto deste corrente anno, Me foi representado: Que entre os ft nestos Estragos , com que pelo longo periodo dedous Seculos se Letras arruinadas nos mesmos Reinos e Dominios, se comprehendérao as Escolas Menores, em que se formio os primeitos elementos de to- das as Artes, e Sciencias; achando-se destruidas por effeitos das maqui- nagées,, e dos abusos, com que os temerarios Mestres, que por todo a~ quelle dilatado periodo se arrogario as subreditas Escolas, eas di 1772 613 dellas, em vez de ensinarem, ¢ promoverem o ensino dos seus Alumnos , provurarao disirakillos, © impossibilitar-lhes os progressos desde us seus prineiros tyrocinios: Supplicando-me, que occorresse & reparagio das subreditas Hiseolas, que constituem os bergos , em que se nutrom , ¢ criéo as referidas Artes, ¢ Siencias, com huma Provideucia tal, que igualan- do a importancia dos seus grandes objectos, se extendesse o beneficie della ao maior mimero de Povos, ede Habitantes detles , que a possibi- Jidade pudesse permitlir. Porque seudo impraticavel, que se formaswe em toda huma Nacio hum Plano, que fosse de igual commodidade a to- dos os Pévos, ¢ a todos, e a cada hum dos Particulares delles: Sendo certo, que todos os sobreditos concorrem na unidade da causa do interes- se piblico, e geral; he conforme a toda aboa razio, que o interesse da~ quelles Particulares, que se acharem menos favorecidos , haja de ceder ao Bem Commum, ¢ Universal: Sendo igualmente certo, que nem lo- dos os Individuos destes Reinos, eseus Dominios , se ho de educar com o destino. dos Estudos Maiores, porque delles se devem deduzir os que sio necessariamente empregados nos servicos rusticos, ¢ nas Artes Fa~ bris, que ministrdo o sustenio aos Povos, e constituem os bragos, @ inios do Corpo Politico; bastarido as pessoas destes gremios as Instruc- goes dos Parocos: Sendo tambem indubitavel, que ainda as outras pes- scas habeis para os Estudos tem os diversos destinos, que fazem buma grande desigualdade nas suas respectivas applicacdes; bastard a huns, que se contenhdo nos exercicios de Jér, escrever e contar ; a outros, que se reduado & precisa insteneedo da Lingua Latina; de sorte, que somen- te se fara necessario habilitar-se para a Filologia’o menor numero dog outros Mancebos, que aspirdo as applicagdes daquellas Faculdades A~ cademicas, que fazem figurar .os Homens nos Estados: Sendo sobre a consideragao de tudo o referido formado debaixo das Minhas Reaes Or- dens pelos Corografos peritos, que para este effeito nomeei, hum Plano, e Caleulo Geral, e Particular de todas, e cada huma das Comarcas dos Meus Reinos, e dontimero dos Habitantes dellas , que por hun regular, © prudente arbitrio podem gozar do beneficio das Escolas Menores com. 08 sobreditos respeitos: E sendo pelo sobredito Plano regulados; 0 née mero dos Mestres necessarios em cada huma das Artes periencentes 4s Escolas Menores; a distribuigio delles em cada huma das Comarcas, @ das Cidades, e Villas dellas, que podem constituir huns Centros, nos quaes os Meninos, ¢ Estudantes das Povoag' ‘inhas possio ir com facilidade instruir-se: Me supplicava, que em commum beneficio Houvesse por bem approvar , edar forga de Lei aos uteis Estabelecimen- tos contetidos no Mappa, on Plano, que subio com a dita Consulta. E porque depois de haver fundado para os Estudos das Faculda- des Maiores a Universidade de Coimbra, he muito coberente, ¢ muito conforme ao Paternal, e continuo cuidado, com que desde a Eminencia do Throno ‘Fenho sempre dilatado a vigilancia da Minha Real Inspeegto sobre tudo o que péde ser. do Bem Commum , com que ardentemente De- sejo fazer felices todos os Subditos, que a Divina Providencia sujeitow ao Meu Real Dominio para nelle acharem Favor, Protecgan , e Accres- centamento: Porque depois de ouvir ainda sobre todas as referidas Con- sideragdes, e Combinacdes, alm do referido Tribunal da Real Meza Censoria, outro grande néimero de Ministros do Meu Conselho, e de de Usiado; muito doutos, e muito zelosos do servigo de Deos, ¢ Meu, @ da utilidade pabliea dos Meus Vassallos ; foi por todos assentado de uni« forme acordo : Que nem a necessidade da Minha Real Providencia podia G14 1772 ser mais instante; nem o miimero, © quilidades dos Mesires eneatrega- dus das Exculas Mcnores; nem a distribuigiio delles pulas Cidades, ¢ Vv neipacs, que devem constiluit us Centros proporeienades para os Menitios, ¢ Estudantes das Poveacoes cireumtviainhas hirem com fi cilidade buscar as suas jnstrucydes ; pudiiu ser outros, que nav fussem og que se contém na sobredita Consulla, ¢ Mappa, que com ella subio. Conformandy-Me com todos os subreditos Parceeres : Sou Servida crear todas as Esculas yriblicas, e todos os Mestres dellas, que se achao indicados no referido Plano. O qual Mando tenlia forga de Lei que fa 8 parte desta; © que com ella seja impress, e sempre incorporado nos Exemplares della: Concedendo, como Concedo, 4 dita Real Meza Cen- soria todas as Jurisdiegdes necessarias, para proceder aos sobreditos Vs~ tabelecimentos de Escolas ; as qualificagdes , e nomeagdes dos Mestres , que as devem reger: e 4s determinagdes dos Lugares, cm que devem excreitar: Obscrvando-se a estes respeitos 0 seguinte, 1, Ordeno: Que para os sobreditos Provimentos de Mestres se man- dem aflixar Editaes nestes Reinos , ¢ seus Dominios para a Convoeagio dos Oppositores aos Magisterios: B que assim se fique praticando no fu turo em todos os casos de vacatura day Cadviras, Il. Item Ordeno: Que os Exames dos Mestres, que forem feitos em Lisboa ; quando niio assistir o Presidente ; se fagdo na presenga de hum Deputado, com dous Examinadores nomexdos pelo tito Bresidente dan- do os seus votos por Escrito, que omesino Deputado assistente entrega~ ré com a sua informagdo no Tribunal, Em Coimbra, Porto, e Evora, (onde s6 podera haver Exumes ) serao estes feitos na mesma conforini- dade por hum Commissario, ¢ dous Examinadores, tambem nomeados pelo Presidente da Meza; os quaes remetterdo a ella os seus Pareceres , na sobredita forma. Nas Capitanias do Ultramar, se fario os Examesna mesma conformidade, Sempre com tudo sera livre aos Oppositores virem examinar-se em Lisboa, quando ackarem que assim Ihes convem. ILL. Item Ordeno: Que todos os sobredilos Professores subordinados 4 Meza, sejiio obrigades amandarem a ella no fim de cada Anno Lecti- Vo as Relagdes de todus, e cada hum dos seus respectivos Discipulo: dando conta dos progressos, e morigeracio delles, para por ellas regu= lar a Meza as Certidoes, que ha de fazer expedir pelo seu Secretari evitando-se assim 0 abuso, com que em hun tao grande ntimero de Pro- fessores podia haver alguns , que passasser Certiddes com odio, affeigao, ov maior aceitagdo de Pessoas, i porque isto poderia tambem xeonlecer na expedigio das sobreditas Relagdes: Mando, que a Meza nos esos occorrentes se informe ou pelos seus Commissarios ou por ou- tros Magistrados ; ou pelos Parocos; ou por outras pessoas, de cuja pro- bidade tiver boas nogdes. AV, item Ordeno: Que os Estudantes, que frequentarem as Escolas Menores com os fins de irem estudar as Sciencias na Universidade, tc- nhao hum Anno de Filosofia, no quul Ihes ensinardo os Professores a Lo- gica, ea Ethica, V. diem Ordono: Que os Mestres de Ir, escrever, ¢ contar, sejto obrigados a ensinar n&o smente a bea forma dos caracteres; mas tam- hem as Regras geraes da Orthografia Portugueza: € 0 que necessurio for da Syntaxe della; para que os seus respectivos Discipuios possio er crever correcta, e ordenadamente: Ensinando-lhes pelo menos as quatro especies de Arithmelica simples; o Catvcismo, ¢ Regras da Civilidade em hum breve Compendio: Porque sendo tio indispensaycis para a feli« 1772 615 cidade > © dos Individuos delles slo muito freeis de instillar nos pri s Meninos tenros, doceis, © suscuptiveis das boss impressbes daquelles Mestres, que dignamente Se applieno a instruillos VE. Hem Ordeno: Que na ¢ de Lishoa, Capital dos icinos , nomeie ov Presidente da Meza es Ministros del, por lurnos para que disiribuidos pelos dificrentes Bairros, visilem as Aulas, ¢ Kseclay del les, de quatro em quatro mezes, sem determinados dias; dém nella conta dos progressos, ou dos defeitos, que observarem , para se occorrer a elles com remedio /prompto, c eflicaz: Em tal forma, que os Ministtos de cada huma das sobreditas Visitas sejao sempre diversos; © as Nomea~ gies delles feitas em segredo, O mesino se praticard nas Cidades, v Vile las destes Reinos, e nas dos Meus Dominios Ultram: missarios , que a Meza nomear, Vil. {tem Ordeno: Que aos particulares, que puderem ter Mestres para seus filhos dentro nas proprias casas, como costuma sueceder, scja permitlido usarem da dita liberdade; pois que dahi nao resuliard. prejai zo 4 Literatura, quando, como os mais, devem ser examinados , aiites de entrarem nos Estudos Maiores. VIII. Ttem Ordeno: Que as Pessoas , que quizerem dar Ligdes pelas casas particulares , o ndo possio fazer antes de so habilitarem para estes Magisterios com Exames, ¢ Approvacdes da Meza; debaixo da pena de cem crnzados pagos da cadeia pela primeira vez; « pela segunda a mes- ma condemnagio em dobro, e de cinco annos de degredo para o Reino de Angola. elo que: Mando & Meza do Desembargo do Paco; Regedor da Casa da Supplicagio ; ‘Tribunal da Inconfidencia; da Real Meza Censo- ria; Governador da Relagio , e. Casa do Porto; Conselho da Minha Real Fazenda, e do Ultramar; Meza da Consciencia, e Ordens; Reiter da Universidade de Coimbra; Presidente do Senado da Camara; Governa- dores, ¢ Capities Generaes dos Dominios Ultramarinos; ¢ a todos os De sembargadores , Corregedores, Ouvidores, Juizes, Justigas , emais Pes- soas, a quem o conhecimento desta perlencer que a cumprio, e guar- dem, e fagio cumprir, ¢ guardar tao inteiramente, como nella se con- tém , sem divida, ou embargo algum ; e niio obstantes quaesquer Leis, Regimentos, Alvaris, Disposicées, ou Estilos contrarios, que todas, & todos Hei por derogados como se dellas, e delles fizesse individual, e expressa mengio para os referidos effeitos somente; ficando aliis sem- pre em seu vigor. Fao Doutor Jodo Pacheco Pereira, do Meu Conse- Iho, ¢ Desembargador do Pago, que serve de Chancelier Mor destes Meus Reino, Mando, que o faga publicar na Chancellaria, remettendo-se os Exemplares della a todos os Tribuuaes , Cabegas de Comareas , e Villas destes Reinos, © seus Dominios; registando-se na Real Meza Censoria, e em todos os lugares, onde se costumao registar semelhantes Leis; e e mandando-se o Original della para a Torre do Tombo. Dada no Pala- cio de Nossa Senhora da Ajuda a 6 de Novembro de 1772, = Com a As- signatura de KiRei, ea do Presidente da Meza Censoria. arinos, pelos Com- Regist. na Chancellaria Mér da Corte, ¢ Reino no Li- vro dus Leis a fol. 106 vers., eimpr. na Regia Off- cina Typografica. SORES, E MiST2LS DAS ESCOLAS ME as snus Aulas, ¢ Escolas neste B CONTAR, | MESTRES DELER, ESORLYEK, F PROVE com ane | ——- crs, eanasyeue ave ete Gxveeas | am) cin | | Ss’ Sout Gar Ove ve Ga Tae [ss |raszco. | stmage, Tate: Baie crtsoratego Meine Reende | | iar Cutest, inayat cay ire eeu Ser ar feinen, fee] a Ysiaags de Pia #1 ano 3 cid alenda 9 Foeo] : 1c Rem Fone Ava ile Hekge etait Sta site Joe ae Ns ss Houanpa |---| vias. Vntane's Coatar. Cb 8 Coors 2. io. bee, Hontnges Totae Dewonte Co = fas fleastmto. ----] a ishhawes do Cristed.ssSeaie Paunes seine. Fans 5 Sane Sera, Calon esi S> ale Vea abe |= |romreve} ----] 2 Termo de Moncorve 2. Axcis‘. Monfurte2. Villaitho 2 iff. z HONCOWO. Tada 2.'Fielae Se Pees ¢ lots Te de Behan : tse lees ita Hert & | dota neat ----] me de Vile Bea 2 Hens Vin, Can. Seles. : { Poa Pn, Ae Leh aren eel) A iemotshagmea thre’. doeages thant Overt |. H UMCASSA J cocT "Fema de anda alo. Whaes © Mogadore 2 a | alse"Fase Var See : [oo prorro ey Pere Penal Vilaovea.Agvara. Meds Retinst.Goate | PHNAPIL tan deb ds users Bo Bea er a on ik. Serr Loge en Har inacerm esto erter Ft ne neacs : ae ne]. leauterlos | 2200] od Abtgaa Baie Vila do Conte “2722 | Banceags |: z serbsosiehintos Falganiart Amspote| Wasa 4 Here de Vianna 2 Pots Lins Aa, | Resta. Go, Fe Alar tis horas Core s Peavencad coe] [taetee Sette Vattee & ae . eae [seen cond, Rovere 7 . - |b Pomatcour i Fern deBavakceet Ces ¥ in sonia rons. Fy te pevras ! temo de Bhat Cats hake Ginna dnt | 22 ayn five 7 hie Caos de Wi Ala Comef 2222 | © | ae | easvigo. 1 Monte #Ysienee 2 Bota Alter = = pee aa a he eV ona ‘ Renae ce Wacrs tatters Sie 2 Vanna apres Percy e Born © fer a: Atat : fou Fave |f 222] 2. Yas fositas atest Meter 2 Mena. Festa Sic Saino de Coen | TERRE | : Mo fit, Loe Ts i 2 Wla Reva de Fotis Cs ean tagsrand © Vt a Wan 1) Pah tes 6 hae ee 6 ha de aici - aventea|| ow Jn Anka s, eopembace 4 Mans, 6 Pst, 39 Wie ia" digo ge fk Metabo APRIC acters arn € fers fe fee ee ie ari Roget Mectigee <= fg wer 3 2 Jones! Se ; He { jt j Total dos Mestres Toial dont | ae ler de ha 479, ie rere a Teaiian n LEMAR, u \ VORES; E DAS TERRAS, WA QUE SI 4 BELECID AS tino de Poringal, ¢ sens Dominios. Sons Di GkAMMATION LATINA | == FR Mae | Tecra We | ady Teueas ave xSostoCanecas Jaxrnice eal oor caberss || ea pe Comanens, wwatee . Contr "to _ oe mi ayy id Gafega, Abcacors, Tor. ' ~ Vivanjues: Chimes OMalvos Ubidhe Calta | [ia Ea a ata | ae 7 bre" Aleros Cia” ace, tate fave Be Beets Ogmae eS | 1 | Penne eae Rote Re 1 i. | 3 [Pedrogie Grande, Pigueini dos Vinkoe Cortiguda. 1 . i | Ren Sie Pit! sins Ha cee i 1 [Assan Monte Tentogal. weirs. Penétta.if a see Pee ee Ucn hac ote Val east] s]Bhaige, Bongos. thas, ie. = = = eo) 8 j\loe| a fein ovay canbe, --- 1 : 2 Yl fat ve sims Con : i See aa ra gel de Baa Rea 12 |Tatoago Tatenea. Mert Prie, Maen da Regan. Atl : ® see fd Swern esse aur a | ams Pe ide See peta aes rom Calo Koh Cate Mend, 8, Jt | Heel jencee|| 1 Pequsns Beanins “ 1 4g JOorilha. ©. Fundto, Celorion Gouvea. Manteigas. tee ve io : 1 as Taito Batton oo 1 | a | pints Siete Sint. Via Vein aoe fe “fo 1 [ [ete atte, Vitro, Minnie ang vo feeepoa 1 | sPameis, Leis. Foi = = | -- : :} 1] 2 fsinaogs de taganas. Chavet, Moot Atgre = |g ci 1) SSE Rea eee tt Pye 4 + [is fine Nova satin. apse. in Bite te 2 ede | Ba] Vict Bemvivur hbriges Vonten Loureiro, Be tere © Pe} Porte, Pe at] | fortseiinc ruts ssh fe T [eer Fae ye. Eo ATDSAUIR® iat. Viti de Cone 5 ipa Ht 1 | LPR Sais. ions. Fie ova du evi H i 17 | E)eau Ne wenn eee pope a ! compe Wileabca: Ir: : Blic | tsciceents oneien : ce 1 4 ltremar Mentors, Por, Yon e - = . ToL AGM oc Risa hottn Sincn Atowee pa yo ‘Dati feUsemt - © gad [Pet He Ho se Bite = egabage) oo at S01 Fitnae Tereciras 3. Ilias da Madea $. tha de cope 5 ee vial [Miguel the de 8 dg [Hectic ‘ised Viicaetannaen tala, Pormmture st Narra Sf tio Bah mambo Fama tata Ui ca lode Be Maruti’ Pod. [Peace ree enamine wf ee ee ac cae a 8 oa ie Sach, Meemtiawe, i rofessorce Total dos Profes- | Total dos Profes- | Total des Profes- a sores do Grego. | sores de Rhetoriea, | sores de Filesofia, B Aa. 49, 35, ey a = 1772 617 tow * Dom JOSE’ por Graga de Deos Rei de Portugal, e dos Algarves, Paquém e d’além Mar, em Africa Senhor de Guiné’, e da Conquista, Navegayio, Commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India Se. A todos os’ Vassallos dos Meus Reinos, e Dominios, saude, He manic festo, que os Kistabelecimentos da Universidade de Coimbra , e das Esscolas Menores , fundadas pelas Minhas Leis de vinte e oito dé Agos- to, e de seis de Novembro deste presente anno, nio poderido ter a cons- tante firmeza , que a utilidade publica, e universal de todos os Meus subditos faz indispensavelmente necessaria; mas que muito pelo contra- rio com as vicissitudes dos tempos declinarido daquella vigorosa, ¢ suc cessiva actividade, cuja decadencia traria apds de si as mesmas tuinas , em que as Letras, que acabode restaurar, se virko sepuliadas por dous Seculos; se 4 manutencio dos Emolumentos dos Professores da sobredita Universidade, @ das referidas Escolas, se ndo occorresse cum os esia~ deiecimentos de fundos, que segurassem, © perpeluassem a conserva qio dehuns, outros dos mesmos Professores. E porque as providencias, que jd tenho dado em beneficio dos Primeiros, se farido inuteis, e a¢ suas Aulas estereis de Alumnos; ae Eu ao mesimo tempo nfo provesse na subsistencia dos segundos com adeterminagdo, e applicagdo de meios competentes: Tendo ouvido sobre a creayio delles; e sobre o modo de os estabelecer com o menor gravame dos mesmos Pévos ( universalmen- te interessados ) que a possibilidade pudesse permituir; hum grande nix mero de Ministros do Meu Conselho, e do de Estado, muito doutos, muito zelosos do servigo de Deos, e Meu, e do bem commum dos mes- mos Pdvos: Conformando-Me com o que por todos os sobreditos Mini tros foi assentado de uniforme acordo: E differindo tambem ao que no mesmo sentido Me tinha sido representado, esupplicado por diferentes Camaras destes Reinos: Sou Servido ordenar 0 seguinte: I. Mando, que dapublicagio desta em diante fiquem abolidas, ¢ ex- tinctas todas as Collectas, que nos Cabeqdes das Sizas, ou em quaes- quer outros Livros, ou Quadernos de arrecadacdo, foro até agora lan- gadas, para por ellas serem pagos Mestres de ler, © cscrever, ou de Solfa, ou de Grammatica, ou de qualauer outra instrucgio de Meninos: Para que daqui em diante pelos sobreditos titulos de ensino se no pos sa exigir dos Mens Vassallos cutra alguma contrihuigio, que nao seja a que abaixo determino. ae II. Item Mando, que para a util applicagio do mesmo ensino piibli- co, em lugar das sobreditas Collectas até agora lancadas @ cargo dos Povos; se estabelega , como estabelego, o unico Impusto: a saber: Nes- tes Reinos, e Mhas dos Aqores, e Madeira, de hum real em cada cana- da de Vinho; E de quatro réis em cada canada de Agua-ardente; de cento e sessenta réis por cada pipa de Vinagre: Na America, ¢ Afr de hum real em cada arratel de Carne da que se cortar nos Agongu e nellas, ena Asia de dex ris em cada canada de Agua-ardente que se fazem nas Terras, debaixo de qualquer nome que se lhe dé, oa venia a dar. . IIL. Item Mando, que para seobviar a toda a vexagio, que os Exac- lores de semeltantes Imposies castumie faver na arrecadagaodelles com iit 618 1772 custas, diligencias , varejos, ¢ utros exames, quando sio pagas pelo miudo; sejao sempre os subredites linpostos pagos por entradas ca: gros so, © mio de outro algum De merte que cin yianlo 4 pipas de nho, cu de Agua-ardentc, sejiescmpre reguladas nestes Reins, « Hhas adjacentes por vinte e seis aimudes de doze cunadas cada hum, para pagar cada pipa de Vinho trezenios e quinze réis; e cada pipa de Ayua- ardente mil duzentos quarenta eoito réis; pagande aeste misiio respe to o Vinho recolndo em toneis , talhas, ou quaesquer outras vasilbas : E em quanto d Carne, pela arrobagdo, que se achar estabelecida para 8 outros Impostos. IV. Item Mando, que na Cidade de Lisboa, e seu Terma, se faca a scbredila arrecadacio pela Meza dos Vinhos; na mesma forma prati- cada com os Direitos da Minha Real Fazenda; e pelo mesmo Thescurei ro, para entregar os productos que receber no fim decada mez no Cufre geral destes Kecebimentos. V. Item Mando, que pelo que pertence 4 arrecadacio na Cidade do Porto, se observe o que no Alvard damesme data desta Carta tenho de- terminado. Vi. Item Mando, que os Provedores, e Onvidores nas Comarcas dos Meus Reinos, ¢ Dominios estabelegao logo, e fiquem estabelecendo Lix vros separados para esta arrecadagiio; por elles numerados , rubricados , e encerrados, sem emolumento algum: Que assim os entreguem aos Jui~ zes de Fora nas Cidades, e Villas, que os tiverem; ou onde elles falla~ rein , avs Juizes Ordinarios; para todos procederem ds sobreditas arreca- dagdes na forma abaixo ordenada, VIL. Item Mando, que nos tempos, em quo os Vinhos das Colheitas entrarem nas Adegasy @ os do consumd ordivario nas Tavernas ; s¢jio obrigados os donos delles a manilestallos perante os respectivos Juizes , que fardo langar por termos estes manifestos nos sobreditos Livros; de~ Baixo das penas cuntra os Primeiros do perdimento dos Vinhos, que nio manilestarem , ou os manifestarem com diminuigio em prejuizo’ yriblico : contra os Segundus, de suspensio dos seus lugares alé Minha merce, hos casis, em que se acharem incursos nas negligencias de nio terem obrigado os donos dos Vinhos de Colheitas até 0 fim do mez de Novem- bro de cada anno; ecs que venderem Vinhos por miudo, antes de os re- colherem nas Taverns, onde sera perdido, provando-se que nellas entrow sem ser manifestado; salvos sémente os casos de apresentarem Certiddes, © Guias, com que provem, que as Imposicdes furdo j& pagas pelos pri- meiros Vendedores. O mesmo se observard debaixo das mesmnas penas pelo que toca dis Aguas-ardentes; incumbindo sempre aos ditos respeilos, € em lodus os cases 08 pagamentos, ¢ os encarges ds Pessoas , que fize= rem as vendas em gross nos seus Armazens, ou nas suas Adeyas como suecede nos Vinhos das Custas, e Demarcagdes, do Alto Douro, cuja arrecadagao se acha encarregada 4 Junta da Companhia Geral da Agri- eullura delles, Pelo que: Mando & Meza do Desembargo do Paco; Inspector Ge- ral do Meu Real Erariv; Regedor da Casa da Supplicagio; Governador da Relagio, @ Casa do Porto, Real Meza Censoria; Conselhos da Minha Real Fazenda, e do Ultramar; Meza da Consciencia, e Ordens; Reitor da Universidade de Cuimbra; Senado da Camara; Junta do Commercio destes Reinos, ¢ sens Dowinios; Vice-Reis, Governadores, e Capitaes Generaes dos Meus Dominios Ultramarinos, e das Hhas dos Acores, © da Madeira; e bem assim a todos os Desembargadores , Provedures , Cor- 1772 619 regedores , Ouvidores , Juizes, Justicas , e mais Pessons destes Meus Rei- nos, ¢ Dominios, a quem oconhecinento desta de Lei a que a cumprdo, guardem, e fagto cumprir, e guardar com inteira , @ inviclivel observancia, sem embargo de quaesquer Leis , Regimentos, Disposigdes. Ordens , ou Hstilos, que sejdo em contrario, porsjue todas, ¢ todos de Meu Motu proprio, Certa Sciencia , Poder Real, Pleno , ¢ Supremo derogo, como se delles fizesse especial mengio para este ufful- to smente, ficando alias sempre em seu vigor. Ao Doutur Jodo Pache- co Pereira, do Meu Conselho, e Desembargador do Paco, que serve de Chanceller Mér do Reino, Ordeno, que a figa publicar na Chancellaria , que remetta os Exemplares impressos della, debaixo do Meu Sello, @ seu Sinal, a todos os Provedores das Comarcas ; Ouvidores das Terras de Donatarios ; e Ministros, a que se custumio remetier semelhantes Leis: E se registard em todos os Tribunaes , e Camaras das Cidades, e Villas destes Reinos, fIhas adjacentes, e Dominios Ultramarinos; e & original se remetterd para oMeu Real Arquivo daTorre du'Tombo, Da- da no Palacio de Nossa Senhora da Ajuda em 10 de Novembro do anno ev Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1772. (1) = Com a Assignatura de ElRei com Guarda, e a do Ministro. Regist. na Secretaria de Estado dos Negocios do Reino no Livro 1° do Estabelecimento das Escolas Meno- res destes Reinos , eseus Dominios, ¢ impr. na In- presio Regia. ee Elo eit Faco saber aos que este Alvaré de Lei virem , que com a oceasiiio do Estabelecimento, e da arrecadagi do Subsidin determi nado para a manutengdo do grande _nimero de Mestres, e Professores das Escolas menores, cont que em Carta de Lei da mesma data deste dei providencia em Commum beneficio ao ensino publico dos Meninos , © Mancebos de todos os Meus Reinos, ¢ Senhorios, Me fui presente a desordem , com que pelos antigos, ereprovados methodes , com que achei arruinado em (odas as suas Repartigées o Meu Real Brario; se conserva ainda na Cidade do Porto, para a percepedo dos pequenos Direitos abai- xo declarados , a chamada Casinka com duas Mezas, quatro Escrivaes , hum Thesoureiro, e com livros diversos ; sem Superior, que haja de re- ger aquella corporagao de exactores Acefalos: Resultando das suas com= Plicadas questdes confusdo nas Collectas ; demora na expedigio das Par- tes, e do Commercio; e consequentemente as queixas, que tem soado nas Minhas Audiencias, I querendo extender 4sobredita Cidade do Por- to, e Territorio della o mesmo beneficio, com que na de Lisboa tenho diminuido o ntimero dos Exactores , cuja multiplicidade foi sempre nuci- va, @ odiosa; aliviando os Pévos de custas de Officiaes, e de vexagdes delles quanto possivel he: Sou Servido ordenar o seguinte. I. Mando, que desde o dia, em que este Alvara for publicado na Re- Iago, e Casa do Porto, ¢ na Casa da Camara da mesma Cidade , fique a sobredita Casinka abolida, e extineta, como se nunca houvesse exis- tido: E que os sobreditos Excrivies, e Thesoureiro se no porsio mais ajuntar, nem ter exercicio algum: Debaixo das penas estabelecidas con~ (I) Vid. 0 Alvaré de 7 de Julho de 1778. lili & Legislagdo Portuguesa desde a tiltima compitagdo das Ordenagdes redigida por Antonio Delgado da Silva: 1750 a 1820 e 1833 a 1849 e respectivos suplementos. Lisboa: Tip. Maigrense Correia da Cunha, 1830-49, 19 Vols.

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