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A Atheneu Parte 1 —Introdugio A Biofisica, 1 (AL. O Universo e sua Composigdo Fundamental, 3 2, Teoria do Campo e a Biologia, 13 3. Termodindmica, $5 Parte 2 — Fstruturas Moleculares, 75 4. Atomos, Moléculas, fons ¢ Biomoléculas, 77 Parte 3— Agua e Solugies 99 8. Agua, 101 6 Solugdes, 107 Ae-Suspensoes, 121 8. Difusiio: Osmose ¢ Tonus, 128 9. pH e Tampoes, 139 10. Oxidacdo ¢ Reduedo em Biologia, 163 11. Solugdes: Métodos Biofisicos de Estudo, 175 Parte 4 — Estruturas Supramoleculares — A Célula, 197 12. Membranas Biolégicas, 199 13, Bioeletricidade, Biopotenciais, Bioeletrogénese, 213 14, Contragdo Muscutar, 225 Parte § — Biofisica de Sistemas 235 15. Biofisica da Circulagdo Sangiiinea, 237 16. Biofisica da Respiracdo, 265 17. Biofisica da Fungdo Renal, 287 18. Biofisica da Visdo, 301 19. Biofisica da Audigao, 321 Parte 6 — Radioatividade e Radiagdes em Biologia, 337 * 20, Radioatividade, 339 21. Radiagdes lonizantes ¢ Excitantes, 357 22. Radiobiologia, 365 23. Iséiopos — Radioisotopos e Radiacdes — Aplicagdes em Biologia, 378 Apéndice 1, 387 Apéndice 2, 389 Apéndice 3, 393 1 O Universo e sua Composicao Fundamental De que se compsem os seres vivos? Essa per: guna leva a outra, anterior € mais geral: qual & a ‘composigao do Universo? Contemplar 0 Universo & uma destumbrante festa para os sentidos: objetos varios, luzes, cores, sons, movimentos e a presenga espantosa de Seres Vivos. A composigio desse Universo, desde 0 Mi cro até ¢ Macrocosmo parece muito complexa, pode ser reduzida a alguns componentes fun- damentais, que so: Quadro 1.1 — Composigdo Fundamental do Uni- | MATERIA ENERGIA ESPACO TEMPO ay ®) a o salmente representa pls Mass, Esses componentes, fundamentals simples- ‘mente porque no podem ser substituidos por ou tros, sio também denominados Grandezas, Quali dades ou Dimensdes Fundamentais. Todos nds temos nogio, subjetiva e objetiva, desses compo- nentes: Matéria — pelos objetos, corpos, alimentos Energia — pelo calor, luz, som, pelo traba. Iho fisico; Espago — pelas distincias, reas ¢ volume dos objetos ‘Tempo — pela sucessiio do dia ¢ noite, pela ‘espera dos acontecimentos ¢ pela duragio da vida. A combinagio dessas Grandezas Fundamen- a origem a uma série de Grandezas Deri das, A area 6 espago a0 quadrado (L2), 0 volume & espago ao cubo (L.). A relagio entre a quant de de massa (M),€ 0 volume de (L!), é a densida- de (a) MASSA _ M_ VOLUME ~ LF ML { A telacdo entre o espago pervorrido (L) eo tem: po decorrido (T) € a velocidade (v): f _ _ESPACO Ls t POT. Algumas dessas Grandezas de maior interesse «em Biologia serio comentadas mais adiante Essas Grandezas Naturais definem a composi fo © 0s fendmenos que ocorrem no Universo, de moaneira Qualitativa. Pars a definigSo Quantitativa usam-se os Néimeros, que foram inventados pelo Homem, Com o uso dos nimeros é sempre possi- vel definir a quantidade de cada componente | sia, Espaco e Tempo nos Sistemas Biolog Os Seres Vivos e a Composigao do Universt Os Seres Vivos, fazendo parte do Universo, so compostos de Matéria, utilizam ¢ produzem Energia, ocupam Espaco préprio, e vivem na Di mensto Tempo, Sua composigio, estrutura e fun- jo qualitativa é quantitativamente definida por Nameros adequados, com 0 uso das Grandezas Fundamentais ¢ Derivadas ‘Grandezas Fundametitais e Derivadas—Equagbes Dimensionais ‘As Grandezas Fundamentais e Derivadas so convenientemente agrupadas em Sistemas coe- rentes de medida, O uso desses sistemas & indis- pensfvel, porque racionaliza o uso das Grandezas. © SI (Sistema Internacional) é oficialmente re- comendado, mas em Biologia usese também 0 MKS (Metro, Kilograma, Segundo) e o CGS (Cen: timetro, Grama, Segundo), e também sistemas in- coerentes de unidades. O uso de todos esses sis temas deve ser desaconselhado em favor do SI. O adrfo SI de Massa é 0 célebre cilindro de platina iridiada, depositado no Biro de Pesos e Medidas em Sevres (Franga), e que vale 1 kilograma. A no- ‘940 de um kilograma é dada por um litro de gua (um cubo de 10 x 10 x 10 om de H;0). Submalti «plos do kilograma sf muito usados em biologia, © grama é mil vezes menor, 0 miligrama um mi Ihdo de vezes menor que o kilograma e mil vezes ‘menor que o grama. A unidade de Espago é o me- tro, cuja definiggo moderna é baseada no com. primento de onda do criptonio. Um metro é apro- ximadamente a distincia de 4 palmos ou § Iadri hos retangulares. O metro se subdivide em centi metros (cm, 10°? do metro) e milfmetro (mm, 10-* do metro). O tempo & medido em se- gundos, que € definido modernamente pelo intervalo de oscilagoes das linhas eletromagnéticas do césio-133. Na vida comum, o Tempo pode ser avaliado por qualquer fendmeno periddico, como (s batimentos card facos ou as estagGes do ano. Um segundo & um pouco mais que o intervalo de um batimento cardiaco de um adulto normal (75 bati- ‘mentos por minuto). Os miltiplos do segundo sao © minuto (60 segundos) a hora (60 minutos, 3.600 segundos) ete. Os submiltiplos so 0 milisegun- do (10 do segundo) ¢ outros ainda menores. Veja no Apéndice III, os prefixos ¢ valores dos ‘miltiplos e submiltiplos dessas Grandezas. Massa— A massa (M) € a medida da quanti dade de Matéria de um ser vivo. Sob a ago da gra- vidade, a massa exerce uma Forga, que € 0 peso. Na linguagem coloquial, massa € pes0 sfo usados ‘como Sindnimos, mas massa deve ser preferida. Os seres vivos variam largamente na escala de massa, indo desde virus, com massas da ordem de 107° kg, até baleias com massas de 10° kg. A-unidade de massa molecular, o dalton, seré vista no capitulo Estruturas Moleculares. ‘A massa dos individuos da espécie humana va- ria com diversos fatores, mas, em biologia médica, € um indicador do estado de higidez dos indivi. duos. Comprimento, Area e Volume — As dimensGes dos seres vivos variam em larga escala, da mesma forma, e acompanhando a massa. A fea (L2), ou superficie corporal, pode ser relacionada a diversos fatoresfisioldgicos, como 0 metabolismo, a perda de plasma em casos de que madura, ete. A unidade de érea do SIé 0 m?, mas em biologi, usa-se ainda o cm*. volume (L?), tem grande importincia bio- l6gica, como veremos, em varios exemplos, neste texto. A unidade SI de volume é 0 m?, mas usa-se ainda 0 em?, 0 litro (1) ¢ 0 miliitro (ml) Densidade — Como ja vimos, a relago massa/volu- me é a densidade: MASSA M_ 7, © vou ~~ Mt Fig. 1.1. Densidade matiria que B, ¢ portanto, menor densdade. (sass) ~_C) Volume — para um mesmo volume A tem menos AA densidade representa a quantidade de maté- ria existente na unidade de volume dos corpos (Fig. 1.1). ‘A densidade dos tecidos biolbgicos ¢ peculi ‘mente préxima a da gua, com exceeto do tecido, 6ss20, que é muito mais denso, A densidade do sangue humano é de d = 1,057 gem" (CGS) ou 4 = 1,087 x 10° kgm“? (SD) isto €, pouca mais denso que agua: d'égua = 1,0 g.em” (CGS) ou 1.0 x 10" kgm”? (SI). A densidade dos tecidos e fluidos biolbgicos ¢ caracteristicamente constan- te, variando dentro de estreitos limites. Variagdes além, ou aquém, desses limites, signiticam alte rages que podem ser patologicas. Velocidade ~ Os seres vivos, suas partes (membros, rgfos) seus componentes (sangue, etc.) esto em constante movimento, que é a mudanga de posigZ0 no Espago. Esse fendmeno & medido pela veloci- dade, definida como 0 Espaco percorrido dividido pelo Tempo decorrido: ‘micas, estamos substituindo Espago percorrido por Matéria transformada por Unidade de tempo. ‘Acelerago — A mudanga de velocidade em fun- fo do tempo & a aceleraeto (a), que ¢ definida como a variago da velocidade (AV) dividida pelo Tempo: . Essa formula mede a aceleragzo do sangue na ejegd0 cardiaca, a aceleragao da corrente aérea na respiraggo, a aceleragao de objetos pela contragao ‘muscular. A aceleragio que esté representada na fig. 1.3 6a linea. Se 0 espaco percorrido aumenta em fung0 do tempo, a aceleragao é positiva, se diminui, é nega- tiva, Quando © aumento da velocidade é constan- te, a acelerago € uniforme. A aceleragio da gravi- dade (g) tem indispensivel uso em biologia, e seu valor é = 9.8m. L=10cm. \dade— Offematia Vaso sangtineo. Essa formula mede a velocidade constante, aproximada, da corrente sangiinea, dos impulsos nervosos, dos movimentos musculares, do deslo- ‘camento de ions entre dois compartimentos. ‘Quando se fala na velocidade das reagOes qui- Fig. 1.3. Acclergio — A cada segundo, 0 espago percortido é maior, porgu: Forca ~ Outra grandeza importante em Biologia é 4 Forga (F), que se define como 0 produto da Mas- sa pela Aceleragao: F fassa x Aceleraggo = MLT~* AA forga esti presente em todas estruturas & processos biologicos, desde moléculas até sistemas complexos. As moléculas bioldgicas sto formadas através de forgas de atrapfo e também de repulsf0, essas Forgas Sto atuantes nas reagdes moleculares. Sto forgas de atragéo que respondem pela manu- tengo das estruturas supramoleculares,comocéht- las, teidos e Orgfos. A medida da forga de contra fo muscular € teste importante da fungfo mus cular. ‘A unidade de medida da forga € 0 Newton. velocidade esté sumentando, Segurar um objeto de 100 gramas (0,1 kg) corres: ponde a fazer uma forga equivalente a I newton. Sustentar um peso de 1 kg corresponde a 10 newtons. Energia e Trabalho — Energia (E) ou Trabalho (1), sfo duas grandezas que possiem @ mesma expres Mo dimensional, porque elas representam dot a pectos de uma mesma Grandeza Energia pode prodizi Trabalho ‘Trabalho pode producir Energia Energi e Trabalho sao definidos como o pro- duto da Forga vezes a Distancia percorida pela Forea Eou = ForsaxDistancia= MLT"? xL=ML'T? © Trabalho representa a principal, sendo tink ca, aivdade do ser vivo. Toda manfestagdo bilo fica se fer através de Trabalho ou Enerpa. A con traggo muscular € trabalho retirado da energia ele trea dos misculos, A sintese de protenasé traba- tho retirado da energa letra dos alimentos. A emsedo de luz pelo vaalume 6 Energia producida or sstemas quimicos especial. ls aey Fig. 14, ‘Trbalho ~ Corresponde 0 desk Ama Fore. No cao da fora Gr #0, ex 98m +3" =I Jou © Trabalho ou Energia fo medidos pelo joule. Um joule ¢ obtido quando Forca de I new. ton se desloca 1 metro: levantar um objeto de 100 g (0.1 kg) a 1 metro de altura é realizar traba Tho de 1 joule. Se a massa for 1 kg, é ap. 10 joules. (Fig. 14). © Trabalho é uma presenga constante em bio- logia.Neste texto, inimeros exemplos serfo mos- trados, inclusive casos aplicados (V. Campo Gra- Vitacional Aplicado @ Biologia, Estrutura Mole- cular, Osmose, etc.) Poténcia — A poténcia (W), é a capacidade de rea- lizar Trabalho (ou produzir Energia), em fungg0 do Tempo: Energia a we (2 Trabalho) | MLET? yap Tempo T A poténcia é medida em watts. Se a massa da Fig.L4 for levantada em | segundo, a poténcia serd de 1 watt. Portanto, um watt corresponde a levan- tar masta de 0,1 kg a 1 m de altura em 1 s. Essa poténcia é 1 joule por segundo: Joule Segundo We watt = A poténcia é uma propriedade muito impor- tante no desempenho biol6gico (V. leitura comple- mentar O1, Aplicagdes do Campo Gravitacional & Biologia, Biofisica da Audicdo, etc.) Pressio — A todo momento, em Biologia, fala-se em Pressfo (P), que é definida como uma Forga agindo sobre ume Area: fel orga ed ML Tg ene ae Po ea ae MET A unidade SI de pressao € 0 pascal, abreviado Pa, O Pavale pois: 1Pa= IN Corresponde a pressio que uma placa leve de plistico, de 19 g, exerce sobre a palma da mio (100 cm?). ‘A pressfo sangiinea é a forga que o sangue exerce Sobre as paredes dos vasos sangiineot. A pressfo intraglomerular é a forga que o plasma exerce dentro dos glomérulos, e produz o filtrado para formagao da urina. A pressio osmética é a forga que moléculas de uma solugdo exercem sobre paredes celulares. Alguns tipos de pressfo esto na Fig. 1.5 aes A Fig. 15, Press. ‘Quando a pressio exercida modifica o volume do sistema, algo importante ocorre: aparece Tra- balho (ou Energia) como mostra a andlise dimen- sional: (MET) x (L) Presstio x Volume Esse tipo de trabalho originado do produto Pres- so x Volume resulta da contracio de cavidades, ‘como no coragio, pulmo, arérias, bexiga, tubo di gestivo, ete, A pressio atmosférica e a pressao hidrostatica ‘io muito importantes em biologia, e serdo estuda- das em itens especiais. Viscosidade ~ A viscosidade dindmica ¢ a resistén cia interna de um fluido, Iiquido ou gas. Esse atri- to interno € visivel no escoamento de fluidos. Basta comparar 0 escoamento de dgua (viscosidade ‘menor) com o de mel ou xaropes (viscosidade mai- or). A viscosidade, fisicamente, & a Forga que deve ser feita durante certo Tempo, para deslocar uma ‘Area unitaria de um fluido (Fig. 1.6). A viscosidade 6 representada pela letra grega n (eta) FORGA x TENPO Fig. 16, Viscosidade 0 trio ene dois alberos imagines no liguido que seeson. A Clindro sobre placa B Moéculs em solo: C—Liguido no vaso; D~ Contaso cardia. ga x Tempo LT? x y= Fo Tempe MUP? gps ‘A viscosidade tem enorme importincia biol6- gica tanto no escoamento de liquidos como na Cireulagio sangiinea (V. Biofisica da Cireulayio), na lubrificagdo de articulagées e na preparacéo de fluidos para uso biolégico. Em biologia, a viscosidade dindmica é medida em unidades do CGS, 0 poise, que vale dine x s/ cm?. A gua, a 37°C, tem 0,7 x 10° poise, e 0 sangue humano, aproximadamente 4 vezes mais, 0128 x 107 poise. A 20°C esses valores sé0 0,01 € 0,04 poises,respectivamente. No SI, @ unidade de viscosidade € o Noms, ¢ ddenomina-se Pascal x segundo (Pa's). A equiva- lencia é IPa's = 10 poise A viscosidade do sangue a 37°C varia entre 241 a 3,2 x 103 Pass. A‘anélise dimensional mostra que a viscosi- dade pode ser considerada como o Trabalho x Tem- po gastos em mover um Volume do fluido (V. Leitura Complementar 01, exemplo 4), ‘Tensio Superficial — A tenso superficial represen- ta a Forca que deve ser feita para a penetragio de ‘objetos em uma superficie liquida. A tenso super- ficial € representada pela letra grega o (sigma). Dimensionalmente, € a Forca dividida pela Distan- cia, ou 0 Trabalho dividido pela fea de penetragao (Fig. 1.7), e as equagies sio: SA prondncia €poase. FORCA TRABALHO 1s UTRO t Fig. 17. Teasio Superficial — As doa definigies so ‘quivalentes(ver text) Fowa _ MLT _ sips Distancia L Trabalho __ ML ae Area AAs unidades do SI sio © newton-metro“! ou Joule.metro™, Em biologia usa-se ainda 0 CGS, como dineremr’. A tensio superficial da dgua é 71 dine-em-', aproximadamente 71 erg:em= (0.07 gramas por em’. Insetos que exercem peso menor que este pousam facilmente sobre a agua, ‘mesmo que sejam mais densos. ‘A tensio superficial tem importincia primor- dial na troca de gases no pulmio (V. Biofisica da Respiragio), ¢ foi a origem da compartimentagio bioldgica (Ver Agua e Solugées). O mecanismo da tensdo superficial seré descrito em “Agua e Solu- gies ‘Temperatura — um dos parimetros fisicos de maior importincia em Biologia, e deve ser bem di- ferenciado de Calor: ‘A temperatura é uma medida de intensidade da energia trmica, © calor & medida da quantida- de de energia térmica (©. modelo da Fig. 18 dé uma idéia de Calor € Temperatura, Um lito (1 1 = 1.000 mde égua tem a quantidade de calor e, e temperatura t (Fig. 1.84), Se esse calor fosse eomcentrado em 1 mi de gua, a temperatura subiria para 1,000 ¢ (Fig. 188) ‘A temperatura, mal comparadg,¢ a “densidade” cu “concentragio" de energia TERMICA por vo- lume de matéria. Sabe-se gue, exceto em muito baixas temporaturas,& temperatura é uma expres- sio da energa cintica das moléclas a a“ Fig. 1.8. Calor Temperatura Ali (1.000 my om calor C resulta temperatura B =m com cealorC, rsa temperatura 10001 ‘A dimensio da temperatura € @ *. Como se v2, 86 uma representagio direta de E, energia [Na pritica, a temperatura € medida em graus. Duas escalas sto usadas. A centigrada (°C) que tem Ponto zero na fusio do gelo, ¢ 100° na ebuligio da ‘gua, sob pressio de 1 atmosfera. A absoluta (°K), tem Zero a -273,150C. Elas so portanto relaciona- das ¢ simbolizadas como: T=t+273 1S OC = 279K t “KC 100°C = 373°K ‘A quantidade de calor é medida em quilocalo- rias, mas essa unidade deve ser abandonada em fa- vor do Joule (V. Termodinamica) Fregiiéncia ~ Diversos fenémenos biolégicos sio repetitivos em fungio do Tempo: batimentos car- dfacos, movimentos respiratérios, ondas elétricas cerebrais, e sio medidos pela Freqléncia, que é re- presentada pela letra f. ‘A Frequéncia € 0 mimero de eventos quais- quer num intervalo de Tempo. Por isto representa- se apenas como o inverso do Tempo: [er] Quando se diz que a freqiiéncia cardiaca € 80 por ‘minuto, quer-se dizer 80 batimentos cardiacos por minuto. A unidade de frequéncia é o Hertz (Hz) ue corresponde a um evento por segundo (s~!, Atengio: a0 determinar frequéncia, o inicio da contagem é a partir de 0, nunci de 1! Leitura Complementar - LC - 01 © Bidlogo e as Dimensdes, ‘Um habito prejudicial, ainda muito arraigado entre 0s Biologistas, & o desprezo voltado as Di- -mensbes, Sdo expressOes corriqueiras: 7 0-teta lea green “A pressio sangitinea ¢ 12 por 8”. “O volu- me celular € 80”. “A concentragdo da solugfio é 0,2". “A temperatura 6 39” frases nas quais as dimensées sao ignoradas. Sabe-se que todos os pa- rimetros fisicos e, portanto, 08 biol6gices, sio di- mensionais. Fazem excegio algumas constantes ‘matemiéticas, fatores de proporcionalidade ¢ razdes, porque as dimensBes se cancelam, ‘Como usar alguma dimensio 6 melhor do que nenhuma, tolera-se em Biologia medir pressio em “centimetros” ou “milfmetros”, massa em gramas, viscosidade em poise ¢ tensio superficial em di- nesem"', além de muitos outros exemplos. (© uso da andlise dimensional indica 0 caminho ccorreto nas operagées com Unidades, mostra novos parimetros e define o grau de certeza, ou disparate, das operagGes realizadas. Vejamos quatro exemplos: Exemplo 1 — Um anestésico de uso intravenoso sage na dose de 2 mg/kg de massa corporal, vem em ampolas na concentragio de 10 mg/ml, e 0 paciente pesa 60 kg. Qual o volume de solugdo anestésica a ser injetado? [Dose ativa: 2 mgkg" own ph 10 mgm" ente: 60 kg Procurado: volume em ml a ser injetado. ‘Sabemos que se apés 0 cancelamento das di ‘menses sobrar apenas mil estaremos seguros de um resultado certo. Como primeira tentativa, vamos rmultplicar diretamente as dimensoes: Ry = (2 marke") x (10 mgmt!) x (60 kg) = 120 mg*mr! ‘Obtemos um resultado insatisfatério, em espe cial, para o paciente. Vamos agora inverter as di mensGes da concentragio e repetir a muliplicagao: Rox @meke) x (Lm) x (60 kg)= 12m, ou seja, um resultado que garante 0 despertar do. paciente. Esse procedimento se aplica a todos os casos de administrago de medicamentos. Nota: Verificar, mudando 0 que quiser, que ape- nas esse resultado € obtido como correto, Vocé no- tou que foram usadas unidades incoerentes? Por que, nesse caso, o resultado foi correto? Exemplo 2 — O que significa produto Pres sdo x Volume? ‘A anélise dimensional mostra: Pressio x Volume = Energia (Trabalho) (ML"'T?) x (L)) = MET? Se o volume nio varia, hé Energia Potencial Se 0 volume varia, hd destocamento de Forga, e, consegilentemente, ‘Trabalho. Exemplo 3 — O que representa o produto For- ax Velocidade? Essa € outra alternativa ao quociente de Trabalho por unidade de Tempo, que vimos an- teriormente, representando Poténcia, Exemplo 4 — Um outro modo de compreender Viscosidade é quando se considera o Trabalho que € necessério para deslocar um Volume de fluido (Fig. 1.9), Fig. 19, Ourarepresentagio de viscosdade (ver também aFig 16. A andlise dimensional mostra que: Trabalho x Tempo _ML°T? xT Volume D = ML"'T (Dimensao de Viscosidade) Esse, ais, € um método prético ¢ simples pa- ra determinar viscosidade de liquidos: mede-se © tempo que uma esfera de ago leva para percorrer uma distincia no liquido, em queda livre. Para concluir, 8 andlise dimensional € um grau de certeza tio efetivo, que resultados corretos po- dem ser obtidos, sem que seja conhecido o signifi- cado ou 0 mecanismo do processo. Basta que as dimensées signifiquem alguma coisa fisicamente plausive ‘Temas para Grupo de Discussio - GD - 01 1, Discutir as relagdes entre os Biossistemas e as Grandezas Fundamentais 2. Recolher em textos diversos de Biologia (Ana- tomia, Histologia, Bioquimica, Fisiologia, Te- rapéutica, ete.) amostras do uso indevido de unidades, € converté-las para o SI. Os textos 9 de Medicina sio particularmente férteis em exemplos. 3. Discutir massa e peso, velocidade e acelera- fo, energia e trabalho. Procurar em livros de Fisica conceito de aceleragio linear ¢ tangen- cial (opcional). ‘Teabalhos de Laboratério - TL ~ 01 Nao se deve objetivar grande precisfio nesses temas simples. 1, Determinar a massa de objetos comuns. Calcule © peso. 2, Determinar a densidade de alguns objetos s6- lidos, e de Ifquidos. “Invente” 0 procedi mento, 3, Medir o fluxo de égua em tubos de virios di- metros. Use um cilindro graduado para deter- rminar 0 Volume € um rel6gio provido de indicador ‘de segundos (ou cron6metro). O que se pode cat- ccular com esses dados? Transfira 0 modelo para a circulagdo san- guifnea. Atividade Formativa 01 Proposigdes: O1.Expressar, usando as Qualidades Fundamen- tais do Universo, as seguintes Qualidades De- rivadas: 1, Area 5. Aceleragio 2. Volume 6. Fora 3. Densidade 7. Pressio 4, Velocidade 8. Trabalho (02. Expressar as Qualidades da P. 01 em Unidades Sle CGS, 03,Uma hemécia marcada com radioisétopo se desloca entre dois pontos de um vaso sangli- neo. A distancia entre 0s pontos € 0,2 me tempo gasto foi de 0,01 s. Calcular a vel&ci- dade da corrente sangiinea no SI e CGS. (04. Uma hemcia é acelerada pela contragio ven tricular. No primeiro 0,1 segundo, ela percor re 10 mm, no segundo 20 mm, ¢ no terceiro, 30 mm, Calcular a aceleragio em ems" e 05.Um individuo levanta um objeto de 5 kg a 1,20 m de altura em 1,3 s. Na repetiglo do tes- te, ele consegue tempo de 0,92 s. Caleular 0 ‘Trabalho realizado e a Poténcia demonstrada em cada caso. (06.Um atleta suporta sua massa corporal (70 kg) suspenso em uma barra. Qual a Forga que ele faz? 10 (07.Para empurrar massa de sangue de 100 com aceleragio de 0,012 m's.", quanto de Forga E necessirio? (08. Um atleta (70 kg) salta sobre um obsticulo de 1,20 m de altura, Qual foi 0 Trabalho fisico realizado? (09.0 coragio se contrai com pressio méxima de 120 mmHg, langando sangue numa aorta de 2,5 cm de didmetro. Qual € a Forga da contra- ¢o eardiaca em unidades SI? 10.Caleular a Energia, em unidades SI, necessé- fia para produzir a Forga de contragio eardfa- ca na proposigio anterior, sabendo-se que 0 volume do ventriculo na sfstole & de 100 em. ica: Bnergia/Volume = 2 11. bexiga se contrai (variago de volume) para eliminar urina (sob pressio). O que represen- ta.a combinacéo dessas variveis? 12.A dose efetiva de uma sulfa é 0,02 ekg", to- mada de 8 em 8 horas. Se o paciente pesa 75 kg, quantos gramas deve tomar a cada in- tervalo? Se cada comprimido tem 0,5 g de sul- fa, quantos comprimidos devem ser ingeridos a cada 8 horas? Use dimensbes. 13.Uma suspensfo de antibistico, para uso oral, tem concentragdo de 500 mg-10 mI. A dose para criangas é 30 mg-10 kg! de massa cor- poral (“peso”). Quantos ml voce daria para uma crianga de 20 kg se a dose & tomada de 12 em 12 horas e qual o total ingerido em 5 dias? Use dimensbes. 14.0 fluxo de um liquido biolégico qualquer (angue, linfa, et.) € definido como o volu- ime debitado por segundo. Se a érea do vaso for conhecida, que mais se pode calcular? 15. Distinguir massa e peso. 16.Das Dimensoes Derivadas, apenas Area (L?), Volume (L') e Densidade (ML) nao pos- suem o Tempo (T) na férmula dimensional. Discutir. E possivel que Matéria e Espago se- jam eternos? 17 Diseutir a quantidade de calor e a temperatura dos seguintes sistemas: xfeara de café bem quente. Piscina com gua fria. Pequena esfera de ago, aquecida a0 rubro. 18. que temperatura centigrada equivale 310°K? (considere 0 zer0 absoluto como arredondado para -273°K), . 19.4 que temperatura absoluta equivale 37°C? (© ze10 absoluto, como na P-18). 20, Uma substincia radioativa emite 3.000 pul- sos por minuto. Qual & a freqiéncia de emis sto? 21.Um coragdo pulsa 6.480.000 vezes em 24 horas. Caleular sua freqiéncia, Objetivos Especificos do Capitulo 1 Nomeareconestuar as grandezs Fundamen- aise Derivads do Universo, Concer Bios enter edescrever aguas pranderas como “Massa, Area, Volume, Densidade Velocidad, ‘Acsleraro, Fora, Enerlae Trabalho, Pot cla, Press, Vscosidade, Tensio Supericial, Temperatura Froqéncia Resolver problemas simples, apicado ABiolo- i, envolvendoessasQuaidadese suas qu (Ses Dimensions 2. Teoria do Campo e a Biologia Por que os corpos se movimentam? Como se formam as moléculas e demais estruturas que conhecemos? Por que partes de Matéria se atraem, ou se repelem? Como os seres vivos utilizam Ener- sia, e trabalham? Por que os fendmenos levam ‘Tempo para ocorrer? ‘A resposta basica, ¢ fundamental, a essas per- ‘guntas, estd na Teoria dos Campos. Essa teoria, do onto de vista conceitual, & muito simples: Matéria © Energia sfo dois estados dife- rentes de uma mesma Qualidade Fundamental: A Matéria se caracteriza pela massa de inércia, a Energia & capaz de produzir Trabalho. Esse con- czito de Matéria (Corpos) e Energia (Campos), esté contida na Teoria dos Campos: ‘Toda Matéria emite um Campo, que é Energia. Essa Energia se manifesta com uma Forga, que pelo seu deslocamento € capaz de produzit Traba- Iho: Matéria = Energia = Forga = Trabalho Embora falte precisio formal a esse modelo, cle € satisfat6rio para o Biologista compreender os fendmenos biolégicos. O campo se manifesta sob ‘és formas definidas, que sto: Gravitacional Eletromagnético Nuclear G EM N Campo Propriedades Principais ‘Somente Forga de Atracfo. Varia inverse. G4 mente com 0 quadrado da distancia. Age a Jongas distincias, como no sistema solar. Forgas de Atragio ¢ Repulsio 2) Com carga: Campo Elétrieo, com carga postivas e negativas. Varia com 0 inverso do quadrado da distincia, age a pequenas distincias, como alguns metros. Campo Magnético, com pélos norte sul. Variacom inverso da distincia. Age a Distincias médias, como na Terra 'b) Sem carga: Campo Elétrico e Magnético | combinados. Sao as radiagdes eletromagné- ticas, desde raios e6smicos, raiso X, ultra- vvioleta, luz visivel. infravermelho (calor), ondas de radio. Varia com inverso do quadrado das distancias, e atinge distancias astronémicas, Forgas principais de Atracdo e Repulsio muito n.d. fortes. Agem apenas em distancias muito curtas, intranucleares. Forgas secundirias fracas, entre algumas particulas. 2.1 — A Dimensto Tempo ‘A Teoria dos Campos prevé que 08 Corpos no interagem diretamente entre si: toda interagdo é entre Corpos © Campos. Duas moléculas nfo coti- dem fisicamente, Matéria com Matéria. A intera- fo se faz entre Campo de uma, ¢ Matéria da ou- tra, e vice-versa. Os Campos emitidos pelos Corpos podem interagir entre si. Assim, a propagaggo da interacdo no Espago se faz através da propagagao do efeito do Campo, e demanda certo tempo para ocorrer. A interagg0 mais rapida é a da luz, no vécuo. ‘Nao ha, pois, eventos instantineos, ¢ nem tam- pouco imediatos. Todos demandam Tempo, ¢ tém (0s Campos como mediadores do processo. Quando 13 ddizemos que uma reagio foi instanténea, apenas es- tamos indicando que o Tempo da reagio foi mui to rapido para ser percebido pelos nossos sentidos. Com instrumentagio adequada, pode-se demons ar que 0 evento levou tempo para ocorrer. Alguns fenémenos biolégicos levam milionésimos de segundos para acontecerem. 2.2 ~ Estados e Formas de Energia nos Campos A enengia existe nesses Campos sob dois Es- tados: Energia Potencial (E,) em repouso, armaze- nada, Energia Cinética (E,) em movimento, traba- Ihando, ‘A conversio de um estado no outro: Epo Bs € possivel, ocorre frequentemente nos fendmenos universais, e especialmente nos sistemas biol6. agicos. Além desses estados, a Energia existe sob vé- rias Formas, algumas das quais estao no Qua- dro 2.1 Quadro 2.1 — Algumas Formas de Energia ‘Campo G | Campo EM ‘Campo N Gravitacional | Elética Nuclear Fore Meciinica | Magnética ‘Nuclear Fraca (Trabalho) Bletromagnética (Raios X, luz, calor, osmética, et.) Exemplos desses Estados e Formas de Energia nos Seres Vivos, vém a seguir. 2.3 A Biologia e os Campos G, EM e N Os seres vivos slo os grandes usudrios dos Es- tados e Formas de Energia. Nenhum aparelho cria- do pelo homem consegue utilizar, com eficiéncia e variedade, como os setes vivos, os diversos estados ce formas de energia Campo Gravitacional (G) © Campo G é emitido por toda e qualquer Ma- téria, e fornece somente forga de atragdo. Exis- tem dois tipos de Campo G: 1. Campo G Real ~ emitido pela materia. E permanente. 14 2. Campo G Provocado ~ produzido pela aceleragio dos corpos. & transitério. © Campo G da Terra 6 um exemplo tpico de Campo G real (Fig. 2.1), SUPERFICE TERRESTRE Fig. 24. Campo G da Terra ~ Os vetores indicam 0 sentido docampo sentido nico da forga do campo & em dire- ‘elo ao centro, onde a Gravidade (forga do campo) & ula. A qualquer distancia do centro, existe forga que atrai os corpos, sempre na dires’o do centro. No campo G da Terra os corpos podem ter energia potencial (Ep) ou energia cinética (E,), como mos- tra a Fig. 2.2. (© campo G da aceleragio mais conhecido é das centrifugas (Fig. 2.3), Esse campo aparece com a rotagio do sistema, e tem a diregdo indicada pelo vetor tracejado. For- 628 muito superiores ao campo G da Terra podem ser obtidas por esse método, Esse campo G provo- cado é muito usado na instrumentago em Biolo- gia, e em estudos dos efeitos do campo G sobre os Biossistemas. Anda no campo G existem forgas mecfinicas, como as representadas por molas comprimidas ou esticadas, i.e., fora da sua posigio de equi brio (Fig. 2.4). A dilatacio de gases, a circulagio de fluidos 1 deformacio dos Corpos so outros exemplos de Trabalho mecinico no Campo G. Como o Campo G esti envolvido com os sis- temas biol6gicos? Hé uma interaggo mitua e in- dissocisvel: 1. A atividade dos Biossistemas no Campo G. 2. A aco do campo G sobre os Biossistemas. A atividade dos sistemas biolégicos no cam- po G € manifesta pelo movimento, especialmente 0 de origem muscular. Essa atividade é Trabalho, que biologicamente ¢ a expressiio dos processos vi- Fig. 24. Forgas Meciicas no Campo G ~ A mois em reposo 6 comprimis (A ou oxida (8). Acumulass rmecinica. Ao serem solts, as moles devolvem a Ep como EG, relizando Trabalho (=>). ‘tui. Seres vivos produzem sons ¢ ruidos, movimen- tam fluidos, como gases ¢ Ifquidos. O levantamen- to de pesos no campo G é importante meio auxi- liar na terapia funcional (V. Aplicagoes Biolégi- cas). O ultrasom, que é energis mecénica, ¢ tam- bém instrumento importante na terapia eno labo- ratério (V. Aplicagdes Biolégicas). © campo G é auxiliar na introdugfo de Hiqui- dos no organismo, especisimente na terapia in- travenosa de fluidos, e na drenagem de cavidades corporais (Veja Aplicagdes Biol6gicas). ‘© campo G age sobre os macrossistemas, i. sobre partes volumosas e ponderalmente significa- tivas, como a massa sangihinea, a8 visceras, as par- tes sustentadas pela coluna vertebral, ete. A agg0 sobre a massa sanglinea é extremamente impor- tante (V. Bioffsica da Circulagfo). A aco sobre as visceras pode resultar na ptose (queda) dessas visceras. A mais comum é a queda dos rins, que pode ser acompanhada do dobramento do ureter, « conseqiiente bloqueio do fluxo de urina. A forca do campo G agrava também a curvatura viciosa da coluna vertebral, como na cifose (curvatura com convexidade posterior) lordose (convexidade an- terior) ¢ escoliose (curvatura lateral) Os seresvivos so dotados de mecanorrecepto- res (percebem estimiulos mectnicos), barorrecepto- res (sentein pressfo), e ainda receptores que indi cam a diregfo do campo gravitacional. O caran- gucjo “chamamaré” (Uca pugilator) cava sua toca no sentido do campo G. A exploragfo do Cosmos. trouxe grande avango nesses conhecimentos, ha- vendo mesmo sido criado um capitulo especial de Biologia Gravitacional, além de uma Comisséo Internacional para se dedicar a esse assunto, 16 Campo Eletromagnético (EM) © campo EM é bem mais dversificado que 0 campo G, © possui forgas de atragio e repulsio. Ele se divide em campo Elétrico (E), campo Magnético (M) © campo Eletromagnético (EM), que & a combinagl0 dos dois. Os campos Ee M ppossuem carga, © campo EM ngo possui carga (Figs. 25 € 26). A) Com carga 1. Elétrca: Positiva (+) ou Negativa (~) 2. Magnética: Pélo Sul (S) ou Norte (N) {As forgas de atragfo e repulsfo seguem a lei de Coulomb (Fig. 2.5). B) Sem carga 3. Radiagdo eletromagnética (Raios X, luz, calor, ete) © campo EM sfo as radiagGes eletromagnéti- ‘cas (Fig. 2.64), que possuem amplo espectro de cenergia (Fig. 2.68). ‘Como o campo EM estd envolvido com os sis- ‘temas biolégicos? Ha uma interago miétua e indis. sociével: 1, Aatividade dos Biossistemas no campo EM. 2. Aagdio do campo EM sobre,os Biossistemas. © campo EM, tanto como Eiétrico puro (E), Magnético puro (M) ou combinado, Eletromagné- tico (EM), € de importancia fundamental em bio- logia Os seres vivos, em sua atividade biolégica, pro duzem os trés campos. O campo Elétrico ¢ presen- CAMPO, ELETRICO CAMPO, MAGNETICO ATRAGAO 9 3 REPULSAO e ec 3 Oe REPULSAO Fig. 2.5. Campos Elétrico e Magnético. Comportamento das Cagas. Atrasfo: cargas diferentes; positva com negatva ‘ou polo aul com pélo norte, Repulsfo:cargas semelhantes; positiva com postiva ou nepativa com negative, ‘O'mesmo se aplca a polo sul cnm sul, ou pdlo norte com norte. oo PULSO E a {PULSO M mm ENERGIADIMINUE — - i ee ce VV ea OR Ry Fig. 2.6, Campo Eletromagnético — (A) Estrurura da radiaco EM: Os campos Ee M t8m pultos perpendiculaes entre; (B) A faiza de Energia 6 ands, RC ~ RadiagZo Césmica: Rx e Ry ~ralos X e Radlaglo"7; UV — Uttravioleta; V ~ Visivel; IV ~ infravermetho (calor) © OR ~ Ondas de Radio. te em todas as células, e sua propagario é medida como 0 eletrocardiograma (ECG), eletroencefalo- grama (EEG), eletromiograma (EMG) e eletroreti- ograma (ERG). Esses registros possuem conside- rével importancia na pesquisa e clinica. O impulso nervoso € uma corrente elétrica. (V. Biofisica de Estruturas Supra-Moleculares). O campo magnéti- ‘00 participa de certas propriedades de moléculas ‘como a hemoglobina, citocromo, ferredoxina, outras. © campo EM esté presente em todos os seres vivos, sob a forma de calor. Como veremos na Ter- modinimica, o calor sempre aparece em qualquer transformagfo ou procesto que ocorra no Unk verso. Hi também biossistemas capazes de produzir radiag6es mais energéticas, como luz vistvel. Vaga- umes € diversos outros seres, especialmente ba rias e algas, produzem Iuz por um mecanismo alta- mente eficiente. © campo EM participa de todas estruturas ¢ ” fendmenos biolégicos, A Fora que mantém os tomos ¢ moléculas ligadas entre si 6 de caréter Elétrico (V. Estruturas Moleculares). O campo El trico € também responsivel pelas reagies quimicas, € por essa razio é chamado erroneamente de ener ‘gia “quimica”. A energia “livre” (tipo AG), que liberada pelas reagdes bioguimicas, também & de natureza elétrica (V. Termodinamica). A apl {gdo de correntes elétricas sobre os seres vivos cons- {iwi um importante capitulo da terapéutica, a ele- “troterapia (V. Aplicagies Biol6gicas). A consolida- ‘edo de fraturas pode ser acelerada pela implanta- do de eletrédio negativo junto ao osso fraturado, para aplicagio de correntes elétricas de alguns microamperes ¢ poucos milivolts. O campo E é também instrumento de anélise investigagao de sistemas biol6gicos, como na Ele- troforese (V. Solugdes, Métodos Biofisicos de Estudo), ‘© campo M ¢ usado para investigar proprie- dades magnéticas de Biossistemas, através de méto- dos especiais, como a Ressonfincia Magnética Nu- clear (NMR) e a Ressondncia Paramagnética de Elétrons (EPR), e outros processos. ‘Varias espécies animais possuem receptores sensiveis aos Campos Magnéticos da Terra, e usam. tessa propriedade para se orientarem. Recentemen- te, foram descritas bactérias que possuem orien- tagiio magnética através de sensores especiais, os magnetossomos, Essas bactérias magnetotiticas ja foram encontradas no Brasil, Estudos indicam que até mesmo a espécie humana possui magnetorre- ceptores. O campo EM € responsivel pelos fendmenos dda visio e da fotossintese. Na visio, a luz incide so- bre o olho, forma-se a imagem, e a energia da luz é transferida para uma molécula, a rodopsina, e se transforma em impulso elétrico (pulso nervoso). Na fotossintese, a energia da luz & absorvida pelos cloroplastos e armazenada como alimento, através da sintese de moléculas especiais, Existem, tam- bbém, termorreceptores que sio sensiveis ao infra- vermelho, especialmente nos tecidos cutineos. (© campo EM, desde as radiagées y, X, UV, visivel, IV e ondas de rédio, encontra imensa apli- cago em Biologia, na terapéutica, nos métodos de analise, etc. Todos esses casos sero vistos neste texto (V. nos capftulos préprios). ‘Campo Nuclear (N) © campo Nuclear existe somente dentro dos limites do nicleo. Suas forgas principais so ainda ‘mais intensas que as forgas elétricas e magnéticas, ‘mas possuem raio de ago muito curto e dentro do dominio do niicleo. Na realidade, o efeito externo do nicleo € do campo elétrico dos protons (Fig. 2.7), caNPOL Ou O wn ig. 2.7. Campo Nuclear () e seus Limites— © Campo N no exoede 0 dominio do neleo.O Campo leveo Ese propaga at 0s Finis do stomo, Pelo fato de manter a coesio entre as parti- culas subatémicas (que compiem os nicleos dos 4tomos), © campo N é responsavel por sustentar todas as outras estruturas derivadas do étomo. ‘As forgas fracas sio responséveis pelas emis- ses radioativas, onde panticulas e energia slo emi- tidas pelo niicleo, sem desintegragao da estrutura atémica (V. Radioatividade). 24 ‘Trabalho Quem Trabatha? Conceito de Trabalho Ativo e Passive 0 Trabalho é a atividade final em Biologia. Os seres vivos somente vivem enquanto trabalham. O Trabalho € definido, fisicamente, como o deslo- camento de uma Forga, e Forgas s6 existem nos ‘Campos. Assim, s6 0s Campos realizam Trabalho, porque podem dispender Energia, Costuma-se diferenciar Trabalho Ativo (siste- ma gasta Energia), de Trabalho Passive (sistema no gasta Energia). Ora, se o sistema ndo gastou cenergia e Trabalho somente se faz. com dispéndio de energia, alguém gastou energia pelo sistema, Para simplificar, e evitar confusdo, é melhor consi derar a seguinte convengao: Fentmeno Tipo de Trabaino 1. Movement se ope is Fargas do Cano 2. Movimento segie Fras db Camp | 3. Movimento segue a Forgas > Campo, judo por org evan so Campo {avo a) oe = Passive ®) Ecombinado () Esse regulamento evita dividas. Exemplos de Tra- bbalho nos Campos vém a seguir. Campo gravitacional — Existem apenas Forgas de alrago, € sem a interveng¥o de forgas externas, temos (Fig. 2.8). Quando dois corpos se aproximam: Trabalho Passivo. ‘Quando dois corpos se afastam: Trabalho Ati OvErO Fig. 2.8. Trabalho no Campo G — A. Ativo;. Passivo; ©. Combinado;=ap-Campo Gravitaional. ‘Quando uma bola cai livtema..y v 26 apts ax ma da Terra, o Trabalho é passivo (Fig. 2.8A). Quando um avigo levanta voo, se afasta da Terra, € ativo (Fig. 2.8B). Quando o sangue 6 bombeado pelo coragio, a subida para a cabeca € Trabalho Ativo. A descida para os pés é combinado: ativo pela contrago cardfaca, passivo pela atracio da ‘ravidade. A simples atragSo da gravidade nfo seria suficiente para levar 0 sangue até 0s pés, devido & resisténcia interna dos vasos (V. Biofisica da Ci culagao). 0 ato de deglutir ¢ combinado, ¢ torna- se muito diffcil deglutir de cabega para baixo, con- ‘rao campo G. Campo Eletromagnético — Existem forcas de atra $40 © repulsdo nos campos E e M (Fig. 2.9A © B), © foreas de concentragéo no campo EM (Fig. 290). AA Figura 2.9 é auto-clucidativa: quando 0 mo- vimento segue as forgas do Campo, o Trabalho passivo (P), e quando contraria as forgas do Cam po, éativo (A). O campo EM de concentragio exis fe em todas as moléculas, sejam elas carregadas (Na", C1") ou sem carga (glicose uréia, ete), « seu sentido é sempre da maior para a menor concen- ‘ragdo. Neste sentido 0 Trabalho & passivo, em sen- tido contririo, ativo. (© campo. Magnético tem comportamento similar 20 Elétrico, ‘Transporte Biolégico e Trabalho — Um dos tipos de trabalho biolégico mais importante 6 o trans- porte de substincias, que chega a constituir 1/3 do trabalho total em animais. Com o conceito de trabalho que vimos, pode-se dizer que: ‘Transporte ativo equivale a Trabalho ativo. Transporte passivo equivale a Trabalho passivo. (Veja exemplos varios neste texto). Precedéncia dos Trabalhos — E necessirio perceber ‘uma sequneia importante: Onde ha Trabalho Passivo, houve Trabalho Ativo antes* . Se uma mola, ao ser liberada, se distende, ou se en- colhe (Trabalho passivo), ela tinha sido previa- ‘menté comprimida, ou esticada (Trabalho ativo. © mesmo se aplica a étomos, fons e moléculas. Quando dois fons positivos se repelem, & porque foram anteriormente aproximados por Trabalho * Esse antes, pode ser bem antigo, dese a formacio do Univers, COM CARGA ©--© -©' © © © ©--© Fig. 2.9. Trabalho no Campo EM, ativo. £ assim que fons K" sfo expulsos passiva: mente do interior para o exterior das eélulas:an- tes howve Trabalho ativo na membrana para trans portar estes fons para o interior da célula, Afastando a Confusio Semantica ~ Diz-se, impro- priamente, que Trabalho ativo com dispéndio de energia, ¢ trabalho passivo é sem dispéndio de cenergia, pelo sistema. Ou ainda: o sistema trabalha, ativo; 6 campo trabalha, passivo. Se o locutor en- tende quem trabalha, e nfo confunde ativo com passivo, tudo bem, Mas, lembrar que: Todo Trabalho exige gasto de Energia ‘Trabalho Conjugado — De um modo geral, 0s Bios. sistemas sto econémicos ic., nfo aplicam trabalho ativo onde 0 passivo resolve. Acontece que, em vé- rias situagbes, € necessério complementar 0 traba- Iho passivo que esti sendo feito, e os Biossistemas possuem mecanismos adequados para essa fungo. Nota —No estudo da Termodindmica, ver-sesé ou- tro critério para distinguir quem trabalha: Se o sistema trabalha, sua energia interna diminui Se o'sistema é trabalhado, sua energia inter- na se conserva, ou pode até aumentar. Os eritérios nffo se contradizem (V. Termo- dinamica). ‘Trabalho ¢ 0 Objetivo Final dos Seres Vivos Temas para Grupo de Discussio — GD.02 1. Principais propriedades dos campos, sua atua- ‘¢f0 sobre os seres vivos, producfo de campos CONCENTRAGAO COM OU SEM CARG 90000 ©0000p 00 00000—00 00000 00 00000 —M 20000 90000 00 00000800 00000 * 00 00000 Procurar em textos de Biologia, fendmenos que sfo descritos de forma tal, que a presenca da Teoria dos Campos ndo é aparente, Exemplos: ReagGes Quimicas e Biolégicas, exercicios fi sicos, respostas fisiol6gicas, atividade de 6r- {0s e sistemas, etc. Passar para linguagem da Teoria dos Campos. Discutir Trabalho Ativo, Passivo, e Combina- do. Critérios de Determinagso, Exemplos Bio légicos e nfo Biolégicos. Trabalhos de Laborat6rio TL — 02 Ver depois de Aplicagdes Biolégicas. ProposigBes: or. 02. 03. Assinalar os Campos de Forga que agem a lon- gas distancias (L) e curtas distancias (C): 1.Campo G(_) 2. Campo EM (_) 3.Campo E( ) 4. Campo M(_) 5.Campo N(_) Assinalar os Campos de Forga que variam in- versamente com o quadrado da distincia: 1. Campo G(_) 2. Campo EM ( ) 3. Campo E( ) 4.Campo M( 5. Campo NC) Assinalar os Campos onde se encontram Forga e Atragdo e Repulsto: 1.Campo G(_ 2. Campo EM (_) 3. Campo E( ) 4. Campo M(_ ) 5. Campo N( ) 0s ite ul 000 000 ‘menos que resenga da Exemplos: srefcios fi- ide de 6 guagem da Combing implos Bio- gem a lon- ©: variam in inci: tram Forga 04, 05, 06, 07. 08, Assinale 0 Campo de Forga que age sensivel- Imente nos seres vivos, em nivel de érglos ¢ sistemas (S), molecular (M), ¢ sub-at6mico @ 1. Campo G¢) 2. Campo EM ( ) 3. Campo E( ) 4. Campo M ( ) 5. Campo N ( ) ‘Assinalar os Estados de Energia, B, ov Be, nos seguintes casos I’Movimento de fons através de membra- nas () 2, Energia da glicose ou ATP ( ) 3. Contragdo muscular ( ) 4, Pressio causada pelas paredes arterais dis- tendidas ( ) 5. Peso da coluna de sangue na artéria aorta ‘Assinale as Formas de Energia nos seguintes processos biolégicos: (V. Quadro 1) 1, Peso coluna de sangue ( ) 2. Contrago muscular ( ) 3. Fotogutimica da Visio () 4. Sintese de Proteinas ( ) 5. Difuslo de Moléculas ou fons ( ) 6. Ligagéo Quimica ( ) Assinale como Trabalho Ativo (A) ou Passi- vo (P) ou Combinado (C) Pedra caindo ( ) Pedra subindo ( ) Sangue venoso descendo da cabega para 0 coragao ( ) Sangue arterial descendo do coragao para os pes) 5. fon Na* se destocando em diregio @ outro fon Nat, ambos em zona de mesma con centragio ( ) 6. fon Nase aproximando da fon Cl- Indicar 0 tipo de transporte ativo (A) ou pas- sivo (P). Os nimeros indicam concentragao. Nat Naw nat) cr 10030 a Cr act ——Gicose) Goose 20 40 oe 1s Comentar a expresso comu “A energia da célula, etc. ‘gia € apenas dos Camp Discutir a possibilidade da existéncia de fe- ndmenos biol6gicos que nio resultam de Tra balho, Completar, com etas cheias (Trabalho ativo) e setas pontithadas (Trabalho passivo), © mo- vimento idnico na célula da Fig. 2.10. 0 Tamanho dos simbolos indica a concentrago, Fig. 211. 12.-No sistema abaixo, separado por membrana permedvel, os fons Cl se destocam de (1) para (2) devido ao gradiente osmético. Um campo elétrico foi aplicado, ¢ 0 sentido do desloca- mento dos fons Clr se inverte (Setas, antes depois, do campo E.) (Fig. 2.11). Responda: 1. O pilo positivo foi colocado do lado ( ) e © negativo do lado ( ). 2. A Forga elétrica € maior ( ) menor ( ) que 1 Forga osmética 3. Os trabalhos sto: Passivo-Forg® sr. Ativo-Forga 13, Um campo elétrico € aplicado ao sistema abai xo, com a polaridade como indicada. Responda: Fig 212, 1, 0 tampo elétrico ¢ 0 osmétice estio: no mesmo sentido ( ) em sentidos opostos ( ) 2. O transporte de fons Na* vai ser: acelerado positivamente ( ) acelerado negativamente ( ) 3. O trabalho € do tipo: Ativo () Passivo ( ) Combinado ( ) 21 O Campo Gravitacional Parte A A) Forga — Energia ~ Pressfo — Trabalho — Poténcia Forga Gravitacional Quando a massa de um corpo ¢ desprezivel em relagd0 a outro, como é 0 caso de todos objetos ‘comuns proximos a superficieda Terra, a Forga (F) imprimida aos corpos pela aceleragao da gravide- dee F=mg ‘onde F é a forca de newtons exercida sobre 0 cor po, m é a massa em kilogramas e g ¢ a aceleragf0 gravitacional em metros por segundo ao quadrado* Exemplo 1 ~Calcular a forga de atragao exercida sobre a massa de sangue de 100 gna ccabega de um individuo. F = 0,1 kg x 98 ms? = 0,98 new- tons (N). Exemplo 2 —Caleular a forga de atrago exerci da sobre o figado de um adulto. Mas- sa da viscera, ap 2,5 kg,eg= 10ms"* F=25kgx 10s? =75N. A agdo sobre macrossistemas, é pois, considerével. Para cada kg de massa, a forga exercida pelo cam: po Gédeap ION. 2.— Energia Gravit onal A Energia Potencial é simplesmente a Forga smultiplicada pela altura (h) no campo G: Cam Exemplo 3 ~Caleular a energia potencial da massa de sangue de 100 g na cabeca de um individuo de 1,70mem pé, ¢ deitado, com a cabega’a 5 em (0,05 m) do solo. Em pé: Ep =0,1 x 9,8 x 1,70= 1,67 Joules. Deitado: Ep =0,1 x 9,8 x 0,05 = 0,05 Soules. Para as necessidades comuns do bidlogo considera-se {g.coma invarivel com a situra sobre a Terra, Na fale. Sade, ditinul coms altitude 22 Deitado, a Ep é apenas 3% da posigfo em pé. Essa considerdvel diferenga tem grande importancia na hemodi- nimica. (Ver Biofisica da Circula- gh). A Energia Cinética no Campo G ¢ dada pela equacao: onde m é massa do objeto, ev é a sua velocidade de deslocamento, Exemplo 4 —Qual a energia cinética da massa de sangue de 85 g(0,085 kg) que se des- loca a uma velocidade de 30 ems.“! (030 ms" Bo = x0085x(0,3) = 8x 10° Joules (J). Esta é a Energia da massa sangiinea ejetada pelo ventriculo esquerdo. Para imprimir essa pequena energia 2 massa de sangue, 0 coragfo tem que ven- cer a resisténcia periférica mais 0 atrito, eo Tra- balho realizado pela contrago cardiaca é muito maior. (Ver adiante) Exemplo Um atleta salta a uma altura de 4,0 metros em 0,8 segundos. Qual a E,, que seu corpo deslocou no pulo? 4g 1 A velocidade foi:v = L 2 3. Pressfo — A Pressfo é Forca/Area, e medida em newtons.n“? (Pascal, Pa) no caso de sélidos: =5ms" x 70x (5)? = 875) A Eg sera: Et Exemplo 6 Se um cilindro de metal pesa $0 new- tons (5 kg x 10m.s"*) e tem area de 20 cm? (0,002 m?), a pressio serd: 50 Pe 3x10 ‘A pressto de Iquidos no Campo G é dada pela formula: =2,5x 107 Pa (Nm™?) P=dgh. onde d é a densidade do liquido, g ¢ a aceleraga0 da gravidade e h a altura da coluna liquid a € a ol Exemplo 7 —Qual 2 pressio exercida por uma co- luna de sangue (d= 1.06 gem” cuja altura é h= 30 em? Passando para o SI: 4 sangue = 1,06 x 10° kgm“? h=03m A Pressio sera: P= 1,06 x 10° x 9.8 x0,3= 3,1 x 10° Nan” (Pa) Essa pressdo € puramente Passiva, e deve ser diferenciada da pressfo Ativa, exercida pela con- tragdo cardiaca. (Ver exemplo no proximo item). grande erro conceitual a respeito de pressao exercida por liquidos, é dizer-se que @ pressfo no fundo dos vasos Ae B (Fig. 2.1.1), €@ mesma, sem explicitar que se trata de presséo por unidade de area, Essa é a mesma, mas a pressfo Total é maior no vaso B. Fig. 21.1, ~ Presséo de liquidos — A irea menor, presso total menor: B~itea maior, preso {otal maior: Ae B- Pressfo divdida pela 4, Trabalho — Os tipos de Trabalho mais encontra- dos em Biologia sf0 do tipo Fxd ¢ PxAV (Reveja se necessirio, Introdugao a Biofisica). a) Trabalho tipo F x d ~ E do deslocamento de objetos. Exemplo 8 ~O trabalho de levantar massa de 5 kg 1.2m de altura, é: semETD Exemplo 9 Quando um corpo é emputrado com grande atrito sobre uma superficie, € necessério considerar 0 coeficiente de atrito (v. Atrito). T 8.8 = 59 T=Fxdx uc onde we € 0 coeficiente de atrito c- nético ') Trabalho tipo P x AV — Quando a pressto exer ida modifica volume do sistema, aparece Traba Iho (V Introdugio). Esse trabalho do tipo PAV aparece em varias estruturas, como coragio, caixa tordcica,artérias, bexiga, tubo digestivo. Nesses ca 05, medindo-se a press4o¢ a variagfo do volume, é possive calcular 0 Trabalho: Exemplo 10 Calcular 0 Trabalho realizado pelo ventriculo esquerdo para ejetar 85 ml de sangue, sob pressto de “120m de mercirio” Solugdo — A pressio P de 12 cm de Hg significa ‘que 0 coragfo levantaria a 12 em de altura uma co: luna de Hg, cuja densidade € 13.5 x 10° kg.m~ ‘no SI. A variagfo de volume AV, cortesponde a0 sangue ejetado, 85 ml = 0,085 x 10”? m~ no SI. 19 Calculando a Pressdo P= . = A P=13,5x 10° kgm x 98m. x 0.12 m= Pressio = 16x 10° Nm 2° Obtendo 0 Trabalho ? ee ee x = 16x 100.085 x 10 m=4,36 Jouled em cada batida do coraggo. Durante 0 dia, a 75 ba timentos por minuto, 0 trabalho total & Total = 75 x 60 x 24 x 1,36 = 146 Kjoules ov 35 Kal. Considerandose um consumo basal de 8.400 KJ (2.000 keal), 0 trabalho ventricular € apenas 2%do total corporal av Trabalho 5 ~ Trabalho “Fisico” e Trabalho ‘Biolégico" Todo trabalho € fisico. O que se diferencia é © Trabalho realizado pelos Biossistemas. necessi rio para produzir um determinado feito fisico Enid: Trabalho Fisico (TF) & a forga x distincia ou pressio x volume. Trabalho Biolégico (7B) toda energix na contraggo muscular. Essasrelagoes estfo representadas na Fig. 21.2 Como se depreende facilmente, 0 TB é sem- pre maior que 0 TF, porque engloba energia gasta para mover 0 préprio masculo, inclusive vencer 0 23 Fig. 2.1.2. Trabalho Fisio e Teablho BiG — ‘A antes dacontagdo muscular, B= depos daconrsszo muscle. atrito entre as fibras musculares. A comparagio é a mesma com a de um motor mecanico: € necessério vencer a inéreia e 0 alrito das pegas, para movi mentar © motor. © Trabalho muscular é do Campo Elétrico. ‘Sto cargas elétricas que se atraem ou se repelem, a causa do movimento. O rendimento, ou eficigncia, do motor muscular fica entre 20 a 40%. Isto signi fica que um trabalho muscular de 100 joules rend apenas 20 a 40 joules de Trabalho Fisico, Exemplo 11— Um paciente, fazendo exercicio, le- vanta um objeto de 3 kg a 1,2 m de altura, Seu rendimento muscu- lar 6 de apenas 25%. Calcul €Fe 1B. = yy = 141 3.8 cab. Exemplo 12~ Um individuo de 70 kg pula corda, seu pulo atinge 30 cm de altura. O exercfcio & repetido 200 vezes. Cal- cular TF e TB, com rendimento de 30%. 10 x 9 x 0,3 x 200 = 41,2 x 108 J ou 42k 41,2 x 100 30 B 37KI ou 32,7keal, Esses célulos so importentes para verificar a quantidade de Trabalho Biol6givo que se adicio- 1a 40 nfvel basal do metabolismo de um individuo, 24 No caso do Exemplo 12, se o metabolismo basal € de 6.000 KJ, o exercicio de pular corda aumento cerca de 140 kI ou 6.140 x 100 Sooo = 1023 ou 2,366 a mais Os gastos do Trabalho Biolégico podem do- brar o consumo basal. 6. Poténcia ~ Uma mesma quantidade de exeref- cio fisico pode ser realizada em menor ou maior tempo. A Poténcia seré diferente em cada caso: uanto menor o tempo, maior € a potencia, Exemplo 13 — Um paciente jovem levanta um peso de 60 N a uma altura de 75 em (0,75 em) por 50 vezes, € gasta 2 min (120 s); 0 mesmo exer- epetido por um paciente ido- so em 5 min (300 s). Caleular a Poténcia, O G FKG Fig. 2.1.5. ~ Forgas de Mesma DisepZo, Sentidos Opostos (ver texto. Congruentes Equivalentes.D ~ Resolugdo, 0 somatério de vetores da uma Forga que re- presenta o resultado da aco desses vetores, e por isso se chama Resultante. O vetor de mesma dire- ¢fo e magnitude, mas de sentido contririo a Re sultante, € a Equilibrante, porque equilibra o sis tema. Exemplos: 1, Forgas Aplicadas na Mesma Dirego e Sentido — Somamse as Magnitudes e temse a Resultante (R). Por exemplo: duas pessoas, uma empurrando, ou tra puxando um carrinho (Fig. 2.1.4). A forga E, anula R, e se chama Equilibrante. 2. Forgas Aplicadas na Mesma Direeao e Sentidos Opostos — Subtracmse as Magnitudes e temse a Resultante. Por exemplo, uma pessoa segurando um objeto. 0 individuo puxa para cima (F) ea gra- | vidade (G), para baixo. A Resultante R & no senti do da Forga maior, ou é mula, se as forgas sf0 iguais. (Fig. 2.1.5). 3. Forgas Congruentes em ‘Geral — Forgas con- gruentes (aplicadas em nico ponto) slo resolv- | das pelo inétodo do paralelogramo. Por exemplo, dduas pessoas empurrando um carrinho em diregoes diferentes. A resultante depende da magnitude das. Forgas e do angulo que elas formam entre si. (Fig. 2.1.6). Na Fig, 2.1.6, D estd o modo de resolver veto res pelo tragado do paralelogramo. A diagonal é a Resultante. Esse processo pode ser aplicado a qusisquer sistemas de forgas. Se existe mais de uma, achar a Ry entre Fy ¢ Fa, fazer o paralelo- | gtamo entre R, ¢ Fs, etc. (Fig. 2.1.7). 26 . ~ Forgas Congruentes. A — Aplicagio das Forgas. B — Vetores Representativos das Forgas, C — Vetores ™ Posigfo Final do Objet. Fig. 2.1.7 ~ Vetores Miltiplos — Tracando parlelogramo conte F, oF, obtémae Ry. Depols entre Rye Fs, obtémse Ra. Finaimente entre Ry Fg, obtém-se Rr ov a Resultant final. ‘A ~ posigdo crginal, B — pasigo resultante. A sequncia fol: IOP, +P2=Ry 22)Rp+Fy=Ra 39) Re + Fe= Ry Quando vérias forgas atuain sobre um corpo, podese achar a resultante quando se deslocam os vetores sem mudar a direga0 e sentido, colocando cauda com flecha todos os vetores. A reta que fe- cha 0 paralelogramo obtido € a resultante. Se o paralelogramo jé é fechado, o objeto esté em equi- Iibrio. (Fig. 2.1.8). F. Fy ote Fp Fy. R Fa A & AANA BY Fy Fu Fy fs R20 “ha a ‘ Fig, 2.1.8 ~ Vetores Méltiplos Forgas agindo sobre objetor. A — Resultante cm magnitude. B~ Resulunte Nala Esses_métodos so importantes para se cal- cular a resultante de forcas feitas pelos sistemas bio- logicos e forcas aplicadas sobre os sistemas bio logicos. 2. Alavancas e Movimentos Musculares — As ala- vancas, do ponto de vista operacional, sao ins trumentos para modificar a Forea ou a Veloci- dade de movimentos. Servem também para a ‘comparagao de Forgas, como no travessfo de balangas. As alavancas sfo bragos onde se apli- ) um ponto de apoio; 'b)duas forgas em oposicao. Elas se classifica em trés tipos fundamentais, conforme 0 parimetro que est no meio (Fig. 2.1.9). O tipo de alavanca nao deve preocupar muito, € sim 0 efeito na Forga ou Velocidade, que pode ser multiplicado ou dividido conforme as distin- ias dF e dR. A seguinte relaggo prevalece para os. 18s tipos: FxaF=RxdR Exemplo 15 — Em ums alavanca interfixa, a Forga aplicada € de 5 N. Os bragos pos suem, respectivamente: dF = 30 em © dR = 10 em (Fig. 2.1.10). Qual « resistencia R que equilibra o siste ma? 5Nx30em=Rx 10cm 5Nx30em TOem =1SN O efeito foi de multiplicar 3 x a Forca F. Em compensacZo, 0 deslocamento ou & velocidade em R seréo 3 x menores. Reciprocamente, uma forga de 15 N aplicada emR.exerceria uma forga de 5 Nem F, mas nesse ponto, a velocidade ou 0 deslocamento seriam 3 x maiores. Exemplo 16 —Com o dispositive da Fig. 2.1.11, deve-se levantar um peso de 100 N colocado a 20 cm do ponto de apoio. A forca a ser exercida ngo pode exceder 25N. A que distancia do fulero deve ser aplicada essa for ‘ga? Basta aplicar a relaggo usual: 25Nx dF = 100Nx 20m 100 x 20m ap = 10. oan = 80cm 35 Existem 0s ts tipos de alavancas nos sistemas biol6gicos (Fig. 2.1.12), 'Na mastigaefo, os movimentos do maxilar in- ferior podem gerar alavanca do 3° género, quando ’ F « a oF oF a a F FULCRO ® 8b} me 1.° GENERO oat . ¥ _3.°GENERO Vo nterrxa | * 2° GENERO INTERPOTENTE INTERRESISTENTE Fig. 2.1.9 ~ Tipos de slvancas ~ As distincias entre F, Re ofule texto):0 falero € 0 ponto de apoio, sempre Axo e imo joterminam as relagdes entre as forgas (ver Fig. 2.1.10 — Ver exemplo 15. F225N 20cm Fig. 21.11 —Ver exemplo 16 4 forga e resisténciasfo regularmente distribuitos pela arcada dentiria (Fig. 2.1.13A), Quando a forga e a resistencia estfo unilateralmente coloca- das, resulta uma alavanca do. 22 ginero. (Fig 211138) Esses dois movimentos podem ser combina- dos entre si, ¢ ainda a vérios outros, dando os dife- rentes movimentos necessirios & mastigagto. A scala animal mostra que os roedores, carnivoros ¢ ruminantes apresentam diferencas sensiveis nes. ses mecanismos. O Homem, que tem aparente combinagdo desses géneros, é omnivoro. \ : tipo de alavanca do maxilar torna a Forga da mastigagao decrescente, dos molares para os incisivos. Esse decréscimo é, em parte, contraba- Jangado pela area onde a Forga se exerce: Nos inci- sivos, a érea é menor, o que tomna a Forga mais efi- ciente. O motivo, jé vimos: Forga Area aumenta. Essa diminuiggo da érea tomna os incisi ‘Yos mais eficientes para cortar. A forma ponteagu- da dos caninos aumenta a eficiencia da perfuragg0o. Em todas articulagoes hi alavaneas com suas relagdes de forgas. O conhecimento dessas forgas musculares € indispensével para compreender 0 funcionamento dos mésculos, a fisiologia e patolo: Bia desse funcionamento, e a aplicaczo de métodos terapéuticos e corretivos. Presso Se a érea diminui, a pressfo 3. Polias e Tragdo Terapéutica — As polias sfo rodas providas de cenaletas na circunferéncia externa, girando sobre um eixo. Os efeitos sf0 obtidos por cordas que se aplicam na canaleta. As polias s20 de dois tipos (Fig. 2.1.14. 1. Fixas — Apenas mudam o sentido da Forga. 2. Méveis — Modificam as Forgas aplicadas. Uma comparagfo entre polias fixas e moveis esté na Fig. 2.1.14. Notar que a polia fixa apenas muda o sentido da forca. A polia mével deslocan- dose, divide ou multiplica por 2 0 valor de cada eso. 1. Trago Simples com Polias Fixas — O sistema estd mostrado na Fig. 2.1.15. 0 peso aplicado tem 10 kg, ¢ exerce uma forga de: F=10kg x9,8 ms“? = 98 N (newton), aaa ‘ A, te J f ' | oes 7 v ' Fig. 2.1.12 ~Movimentos muscularese Alavancas (ver texto) 28 @Haa ON Fig. 21.1% Mastigagio. A—Forcaeresisténcia regularmentedstiuida, Me Mofixes ft domaseter Tye Tado temporal, alavanea do z ¥ gévero, B—Foryaeresistécia nlleras. Alavanea do2®péneo, Polis Fixase Moveis. A Polis Fas; B= Polia méve Pola fina Notr que & disci da divide em dos percurss uals, de cada lado da poll mével. Por essemotive, permanece vlidaa reac: Fyxd= Prd. Fig. 2.14 2. Tragio Combinada com Polias Méveis Em certasfraturas, a contragio muscular pode manter 0 osso desalinhado. Nesses casos € necessi- rio aplicar forgas em sentido contrério as forgas musculares, para manter 0 osso em posigdo correta Gig. 21.16). Por que uma tnica massa de 10 kg exerce duas forgas (Fi € F2) de 98 N cada, e a Resultante tem 1TO.N? A resposta é simples 10 kg Fig. 241.18 ot ‘Taso Simples (er exo) R ~Resuant NNotar que roldana, endo fxs, apenas made cies, Fig. 2.1.16. Trago com Potia Mével: A~ Modelo da “Trapio. M€a polia mel: B -Repeseatgto as Forgas seus Valores. Quando a Forga (F) forma um angulo com a diregio onde seu efeito se encontra, como no caso cima, o componente da forga (R) é dado por: R=F x cosa onde: a & angulo entre a Forga e a diego do seu efeito, No caso acima, 0 = 30°, ¢ cos 30° Os componentes sio: 8 Fig. 2.1.17 — Angulo da Forga Resltante ~ A ¢ C— Casosextremos; — Situagfo intermedia, Fig. 2.1.18 ~Goniémetro. 0 fngulo de aplicaggo da Forga determina a ‘magnitude da Resultante. Os casos extremos esto na Fig. 2.1.17, juntamente com a situagf0 média. Na_pritica, pode-se medir 0 angulo e user a Tabela 2.1.1 para saber 0 valor aproximado do cos- seno. Mede-se o Angulo com um gonidmetro (go- nios, angulo) cujo uso é muito facil (Fig. 2.1.18). Basta aplicar os ramos A e B sobre os lados do Angulo. O goniometro também usado para medi fa flexdo e extensio de membros (V. Tratados de Fisioterapia). Escolhendo-se angulos diferentes para cada la do da polia mével, € possivel aplicar forcas dife- rentes a cada corda, e mudar @ direggo da Resul tante (Fig. 2.19). Esse tipo de tragf0 com polias mOveis & espe cialmente utilizado na traggo de membros e da ca bega (para extensfo das vértebras cervicais). Uma técnica bem conhecida é a tragfo de Sayre (Fig. 2.1.20). 3. Torque — Torcer um parafuso, trocar um ma ndmetro em um cilindro de’ oxigénio, usar 30 Tabela 2.1. Angulos e seus Cossenos Angulo Cos.-~=— Angulo. = Cos o° 100 so (0,64 5 099 55 0.57 10 0.98 60 0,50 1s 0,96 65 0.42 20 094 70 0,34 2s 091 75 026 30 087 80 0.7 35 082 85 0,08 40 on 90 0,00 45 om uma broca dentéria ou uma furadora, exiger uma forga rotativa em tomo de um eixo (Fig 2.1.21), 0 torque é 0 produto da forca vezes ‘0 “brago” da forca, que é a distincia entre @ ponto de aplicagdo da forga e a resistencia. E © mesmo principio da alavanca. No caso da chave de boca para torcer o para: fuso, a forga F deve ser 0 dobro de F,, porque F, tem vantagem do brago dy ser 0 dobro de da. No caso da Forca ser exercida em um eixo, 0 tor que € inverso, como mostrado ne Fig. 2.1.21B. Nestes casos, a Resultante é menor & medida que se afasta do eixo. A velocidade porém, aumenta Por essa razio, a eficincia de um freio aumenta & medida que seu ponto de aplicagdo se afasta do centro de rotagéo. Nas biciletas ergométricas, para exercicios fisioterdpicos, 0 torque deve ser bem controlado. No motor dentério a ar, que tem pequeno torque e alta velocidade, brocas quanto ‘mais finas s40 mais dificeis de serem travadas pela resistencia dos materia. I ig- 2.1.19. Foy com Anguos de aplicaso diferentes, 4, Atrito — 0 atrito € outro exemplo de forga que se opde ao movimento de corpos. O atrito de deslizamento é um pouco menor que o atri- to da imobilidade. Isto se observa ao tentar ‘empurrar um mével ou objeto pesado: depois que o movimento comegou, € mais fécil em- purrar. atrito é de extrema importancia em biolo- aia, A introdugZo de sondas, cateteres, endoscs- pios, ete. deve ser precedida de conveniente lubri- ficagio, Essa lubrificagao é, as vezes, indispensivel para evitar sérias injdrias nos tecidos frdgeis, espe- cialmente as mucosas. A ago do lubrificante se faz. cas c= 10 00828 ae 10 082 ReRy R= 188g Fig. 21.20 “ragso Cevial ASistema Mecinico Forgas doProcesso Faq (orga Apicads)= 1g Rye kg Fy= Ekg cos 0” = 087 R= 2943 19s em nivel molecular. As moléculas do lubrificante se interpéem entre as superficies deslizantes, € 0 atrito diminui consideravelmente (Fig, 2.1.22 AcB), Nio € qualquer substincia que lubrifica qual- quer superficie: deve haver interagio entre as mo- Igculas do lubrificante e da superficie. ‘A Forca F para deslocar um corpo vencendo o atrito 6 dada pela equacio: [rm onde 1 é 0 coeficiente de atrito, ef & a forga exer- cida entre os dois corpos (Fig. 2.1.22C) Fig. 24. ‘Torque. A ~Tercendo um paraiso, B= Usande disco de poliment, Fly. 21.22. Avivo (vertex. 92 ‘A razdo de 0 atrito da imobilidade ser maior que 0 do movimento é que 0 coeficiente de attito estatico (y estético) é maior que 0 coeficiente de ‘movimento (1 cinético) estitico > 4 cinético Ondepende das superficies em contato: se elas so lisas e polidas, w & pequeno. Se rugosas e dspe- ras, u € grande. Sondas de borracha geram mais atrito do que sondas de polietileno, que possvem superficie polida, coeficiente de attito pode ser determinado ‘com o uso do plano inclinado (Fig. 2.1.23). O cor- po é aplicado sobre o plano, cujo angulo é grada- tivamente aumentado, até o corpo iniciar a desci- da. No caso mostrado, 0 Angulo ct = 30°. A Forca do corpo, mg, se decompoe em F para o desliza mento, e f para o atrito no plano. Se 0 corpo rea- liza forga de mg = 10 N, tems: F f ng sen ‘mg cos O coeficiente de atrito einético, je, € dado por: s P= FG = 96 (adimensional. Fig, 21.28. Determinagdo do coeficint deatrito Pode-se supor que 0 coeficiente de atrito ests- tico & ligeiramente superior a 0,6. Ha situagies nas

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