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Ry JOSE D’ASSUNCAO BARROS i Volume I bi Pals) EDITORA 'VOZES Dados Internactonats de Catalogagto na Pul (Camara Bra atos, Jos D“Assungso “Teoria da Histria/ Jose D’Assungio Baron, - 2c Petropolis RJ: Vous, 2011 Conteido 1. Principio coneetor fundamentais Bibliograis ISBN 974-85-526-2465-9 1. Histra Filosofia 2, isis Titulo, moist Indices para catslogo sistem I.Hlisia: Teoria 901 JOSE D'ASSUNGAO BARROS Teoria da Hist6ria 1. Principios e conceitos fundamentais GY coro Tl Alguns conceitos fundamentais “pensamento religioso", a0 “pensamento mitico’ & “magia’, «© assim por diante, que também constituem outras formas igualmente legtimas de se elacionar com o mundo). Essa acepgdo mais geral, como ji se ressltou, também pode ser trazida para 0 Ambito da reflesio historiogitica {partir dela, teremos na Teoria da Historia um modo es- ppecifico de abordar a historia que teria surgido na mesma ge og ae 2 pa tap \\ 3 : iy\\: aia an el i i eal Ho \\3 : Trip $ Bins hin taka lenesaarchnatestecti gE fag (HH) gE croc dean ras Hii ee ois a i au| nit a] Geral da Hist’). A propria nogdo de Teoria da Histria, pete 383 ad Z ‘conforme ja foi destacado, constitui expresso polissémica, aa: H 3 Pesicreerainss meu Sreilete ie milaberad ae Hy n/t Rec ccemnatiieceney re 2 2 D oliaieeisaie Scat ys ceca gies Wi ul z Brot cakdan Gee Fade B i i 3 pecfca de conceber eabordar o mundo” (por oposgto 20 a3543 Epocaem que comesaram a se consolidar as propostas de as- segurar uma cientificidade para a Historia (0 que teria ocor ido, conforme discorremos, a partir da passagem do século XVII para o século XIX). Essa acep30 mais geral de Teoria da Historia também gera, no interior da propria Historia {aqui entendida como disciplna e forma de conhecimento), lum ambito espectica de estudos hstoriograficas que é0 da ‘Teoria da Historia como disciplina curricular e como espa- 50 de reflexdo no interior da propria histéria, Poderiamos falar aqui, se quiséssemos matizar © termo, de uma “Teoria Geral da Hist6ria’, ou de um vasto universo habitado pelas intimeras maneiras de se compreender a histria como “co- ‘nhecimento cienifico’ como *conhecimento cientificamen- te conduzido’, ou a6 menos como uma “forma especifica de se produzir conhecimento hist6rico” nesta nossa época contemporinea ~ esta época que situa a Cigncia como um interlocutor incontornvel, Assim, ainda que wm determin: do historiador ou fildsofo nao conceda & histéria o estatuto de cientificidade, nao se pode negar que os modos dese fazer profissionalmente a Historia nesta “era da Cincia”si0 ou- tros que no os da “historia teol6gica” do séeulo XVII ou da narratividade historicatipica da Idade Média, apenas para citar dois exemplos. Neste livro, grafaremos com iniciais maidisculas a Teoria «da Historia sempre que estivermas nos referindo a esse am- plo universo de reflexio que abrange dentro de sis vétios paradigmas historiogrficos, as suas subcorrentes internas, ‘0s indimeros coneeitos que so instrumentalizados. pelos historiadores profissionais, ou os diversificados sistemas construidos pelos historiadores para compreender processos histéricosespecficos como a "Revolugdo Francesi’,"O Nazis mmo", a“Descolonizagio", a “Industrilizagio” etantos outros fendmenos (“teorias da historia” sobre questOes histicas especifcas). Sobretudo, estado inclusos no interior da Teo- ria da Historia 0s virios olhares que 0s proprios historiado- res constroem sobre o seu pr6prio oficio™. [A Teoria da Histéria, como esclarecemos no inicio deste capitulo, correspondera aqui todo o instrumental reflexivo cde que os historiadoreslancam mao para “pensar” a historia, ‘da mesma maneira que a "Metodologia da Historia’ na sua cepa mais geral, corresponders a todo o instrumental de «que langam mao 0s historiadores profssionais para “fazer” a Historia, coletar organizar as suas informagbes, para reali zara sua pesquisa sstemética a partir das fontes, para extrair informagies e epoimentos de seus entrevistados quando se trata deste campo historico mais especific que € 0 da Hist6- +ia Oral, para analisar metodicamente os resultados, e assim ‘por diante Por isso, ¢ oportuno dizer que a Teoria da Histé- ria ea Metodologia da Historia ~ das dsciplinas que devern 1. Quad loo pore to come Tet esr, ee ete ‘oroscurtl de ratunto em Hari pares domino de una deine ‘onc a esa Ht, Para i tra 3 sso fees no ce de cop 3 pr oa sa a ae Giron onto: com ostream guste conocer siti imo temod oe emer’ dln Moco Het “eres pincer aaipeces prints aoa str! oie ‘ice eer psa sr ropramente aes ero dost 183 fae parte da formato cari os historiadores cons ttvem os cress fndaments cde umahistra que inte ra0"ver"€0"lzer” de modo a produ a"histrtogaia? Conjunto ttl do trabalho preduzdo pelos stoedOs de todos os tmp). & Deouna parte vimos também quel mais dua aepes ara a expresso Teoria da Hira que agora rafremos com nics minal Sto ora da istra (2) esas visbesparaigmaticas daha que easergam © mando hitreo € ofc do isoriador de uma detrminada ma ei, ques psicionam de cera forma perante problemas como 0 da “aba hina u odo tipo de cna ue sera a Hit, ot mesmo que fazem certs “ergun- tas" a ini endo outras Ago conceito de Teri da ini ire aproximar do concito de Praga His torogdio, que logo adiantedisctiems, pasando a se refer nsitmas de compresnsio da Histria que podem ser exmplifcdos com oPosvso,o istoricsme ou © Materilsmo Histrco, a sere discatids nos préximos capitan ara lem distal como veremos mais dante, “para gras” potencnientecomplexos como o do Mattias ‘mo Hitec, ou como or dls outros que foram cao, teabum com o tempo se devdobrando em variages inter nas, de tal modo que poderemos reservar a designasio de *paradigma” para um certo ambiente teSrico que abrange vrias teorias da historia. O Materialismo Hist6rico, por ‘exemplo, deu origem a correntes tedricas mais especificas, como a da “Teoria Critica” (relacionada a chamada Escola de Frankfurt) ou a do modelo mais espectico de Materia~ lismo Histérico que foi proposto pela chamada Escola In- lesa (Thompson, Hobsbawm, Christopher Hill, e outros). Iniimeros outros exemplos poderiam ser citados, como 0 ‘open marxism dos anos 1990, ou como o"marxismo estru- turalista”inaugarado por Althusser nos anos 1960. Mas ha também teorias que se estabelecem no no interior, mas “entre” os paradigmas, ou mesmo na conexio de experi- ncias tericas que transcendem os pensadores mais tra- dicionais que se relacionam & Historia. Assim, aj citada “Teoria Critica’, rigorosamente falando, estabelece-se no propriamente no interior do paradigma do Materialismo Historico, mas sim na conexdo de uma certa forma de Ma- terialismo Historico com a Psicandlise de origem freudi na, sendo que o referencial teérico oriundo do Material mo Hist6rico 6 a base utlizada pelos frankfurtianos para explicar o funcionamento da sociedade e a formagao das classes sociais, a passo em que a Teoria Psicanaitica é a base que se agrega para dar escopo a uma andlise mais s0- fisticada sobre a “formago do individuo"™. Nesse caso, podemos dizer, ainda, que estamos diante de uma teoria “interdisciplinar”— isto & que se produz na conexdo entre dois campos de saber, que sio a Historia (e, por extensio, Mavbothelnarom 2 end sao anaes CO {ita sqvo sero ports de Roe Mane Wer Senor Haber Ines ctor acts lato 8 ct de Fant A Dake do recent [esta cajrtmet or aoe Hotham psenivodspropose J Ta Ci, 155 4 Sociologia) e a Psicandlise™. Para dar outro exemplo de teoria que se produz entre dois paradigmas, pode-se igual- ‘mente dar o exemplo da correntealthusseriana do Materia- lismo Hist6rico, esta que combina este timo paradigma com o “estruturalismo” francés, dos anos 1960". A essas ‘Questdes voltaremos oportunamente, Ainda neste nivel de significagao a ser atribuido a pala vra “teoria iremos mesmo encontrar aquelas “teorias” que se situam de forma independente em relagio aos paradig- ‘mas, pairando de maneira mais ou menos livre em relacio as Grbitas paradigmaticas. Michel Foucault (1926-1984), filésofo-historiador que durante a sua vida frequentemente reinventou a si mesmo e sua conteibuigto teérice, produ- iu “teorias” diversas sobre emiticasvérias, que nem sempre seriam stuiveisno interior de um tnico paradigma ou mes- smo entre ees", iment rsimo a Pict, ees enonerem eon 98, So Mes Moraes 979) u marge 1. rcernc prasad coe sisted ANN _nrenies tn etanes ou hare 36) Joti concn: rachael samen msgs hs ‘ul por Fedih Wes tHe 50) Sra pose pena am girs ‘zo spr de shea ep sr as por aps sts oe Ie pr alin do repo cht Pues coe Ges ea (905 955) ‘tc 3 na sw arco © titanate stows sabre ciel ova omercoo de een Pa ect Rh 3 pose ear em um Pag hs ode aver un 9 ‘ederisr Hse parce eng um cero as een ot ‘erin ae scott metas, ‘As “teoris da histria’, neste sentido mais intermediévio ‘queas aproxima dos paradigmas ou situa em relagdoacles, podem também ser contrastadas,conforme vimos no dltimo item, a "flosofias da historia’, um conceito que também foi ali definido. Mas existem, por fim, conforme também men- incorporou a outra, superando-a, ¢ 30 mesmo tempo se ncn, Nese eT Ka cos gue ae em comune cnt ono 9 consid os ens 3 pesmi: cer coca uaa de nena h evo de seu eae dene qu eeablce um fade dope menos 118.0 épo Thames em umarigo posers ats fue hs pg oe crters cere do tio ge conbcinet ai cre. sili soci mocrasdee etomodo content en tenn eh sera eo conse am coo modo de erst ue ei ocr ‘ois racaletnea deter nul camino decease Sth ‘terra voles vrdacoon 0 qu rina pot lovee 0 ata 255-270 const cam a poss de Ka or ci dopa se ton cast e moana qu apes dt emia pr oc. fame ho Astrid ees een 962, ia sagem ces rd a excep endmerar cue se peer omen a ‘emparic sreo pscenamerto de Teas a Depo emote ar ci ps nove leo quando ars epaes conaete so ‘trae arpa dese atos de eo aloe encase | rent cere comers erp 5 tend se ‘tua a pssan fe ma sae mca pene pe Por uname a wer magnet de ent gana 3a ‘no eum page ii Ka sine cl sas Pane tn cons ae rs as eee ot Move oc fm abr a queso» respewo de gues de snc soho ago tas snligcon que sree no wram actos gyno areas Daaigras Ao Some aera pte umcannc sve pesgus co a ttn pete sequels pets mao um ov ‘Cotwurdnaarate d W 207 39, 5 ‘Com as cigncias humanas nio é preciso insistir no fato lacionadas a0 Positivismo pretendem enxergar a rea- de que € muito mais comum identficarmos, a longo de ude social sob o prisma da “concliagio de classes", ¢ toda a sua historia, o eterno padrio dos “paradigmas con- pmular questdes que relacionem “ordem” e “progresso” correntes” que se dio ao mesmo tempo, em reciproca des- ob essa mesma perspectiva, De igual maneira, se os pra- ontinuidade. Aqui,se cada teoria permite de fato colocar ¢ ticantes de uma “historia universal” buscavam apreender resolver novos problemas, nao se pode dizer que wm para- historia da humanidade como um tinico movimento, tal, ddigma supere 0 outro, em absoluto. £ assim que, desde hi 1 sé pode ver na historiografia idealistainspirada em ‘muito, historiadores e socidlogos se acostumaram a con gel a partir dos anos 1830, jé os historicistas daquela viver com uma expressiva diversidade de paradigmas re “mesma primeira metade do século XIX costumavam se tivos aos seus campos de saber, e também de teorias con- erguntar como seria possivel captar a singularidade de correntes concernentes aos seus mais diversos objetos de ovo ou nagto, de modo a construir uma histé estudos. Deve-se ressaltar, inclusive, que 0s préprios pro- uinamente nacional blemas levantados por um determinado paradigm, nas ci- | Os exemplos poderiam ser multiplicadas ad nauseam. €ncias humanas (como também nas ciéncias naturais), nao importante ¢ dar a perceber que os historiadores e cien- ‘io os mesmos que chamardo a atengao dos historiadores e stas sociais desde h muito convivem com essa multipici= cientstas socias ligados a outro Ambito tebrico, Perguntas de de manciras de indagar a realidade e de ver as coisas, ¢ radicalmente diferentes slo formuladas pelas diversas for- fe} a partir dos primeicos momentos de seu treinamento 'mas de Positivismo, pelo Historicismo e pelo Materialismo yendem a conviver com as diversas alternativas teéricas Historico, apenas para citar os trés primeiros grandes para tera0 a sua disposigao em cada tum desses campos de digmas historiograficos que surgicam assim que a Histéria ber, sem acreditar que uma delas traré a solucao defini- se tomou cientifica, e também sto problemas basicamente | Ou, ainda, mesmo que um historiador ou socislogo distintos daqueles que sio evocados pelos desenvolvimen- leredite que o seu paradigma especifico & mais correto,a 105 tebricos propostos por pensadores mais ou menos in- Spria historia do seu campo de saber Ihe mostra que os dependentes como Max Weber, Norbert Elias ow Michel fos paradigmas aqui coabitam sem que um possa supe- Foucault, aF0 outro. O mesmo nio se dé, certamente, com 0s diver- Assim, se 05 materalistashistoricos empenham-se des- 05 campos de saber relacionados as ciéncias da natureza de sempre em aprender na histéria a “luta de classes’, € alguns dees, ¢ especialmente intensa a ideia de que a costumam indagar pelas relagbes que existitiam entre os inidade cientiica deve entrar em acordo com relagao aspectos econdmicos e culturais, a algumas das correntes certas questdes paradigmiticas, A auséncia desse acordo, 7 para alguns cientistas da natureza, chegaa ser mesmo per- turbadora Poderiamos mesmo ir além, € adotar uma metato- +a que é empregada pelo proprio Thomas Kubn na sua anise dos paradigmas relacionados is ciéncias naturais «€ exatas. Os contingentes de cientistas sociais e humanos associados aos diversos paradigmas ~ sjam historiadone, antropologo,socislogos, gedgrafos,psicGlogos, economis- tas ou outros ~“habtam mundas diferentes? Um determi nado historiador vive em um mundo no qual se embater 35 “clases soins, outro habita. um mundo povosdo pot “espiritosnacionais’ um terceiro vive em um planeta s0- ial ue € produzido pelo somatdrio de individuos, eaquele outro perambula descompromissadamente por um univer- s0 descontinuo. Neste historiador das relagbes de género, 4 “sexualidade” (0 conjunto de fatores que determinam 0 hag s most com @pertrbador pata os fleas equmiar 0 prod de ‘tn pragma, no aa concer ves pura asa dpa pe hegemni tees de un comp dentin. Esse notes abot, steam se refar3 peiodo quepeede «mara da Tort oC po levomagnetia de Manvel edo 0 desenohimento dos pro de eebera que pemitiram Fic sor de conte prensa Se ire Jo ‘ade sm gue neu fonder bea pee one ‘stent ESTEN 140-4) to aes leven ie pra. Ines de su rp paca, Coptmice havi compara a amp dcp est KUNN 1957191 tone strides tetas manors sol se medo geal eonusa pasdgmits€ sistent «etd ermal {asco todo isonadorsciingo ov antopolgo aprenden ceo | esp confortavimente no Yedomoinh no le Seem a det “masculino” e 0 “feminino”) constitui um pacote de dados se impoe pela propria natureza; mas, para aque outro, © € apenas 0 "género” que € histérico, mas até mesmo © exo, em itima instincia, &uma construgio social. Hé ainda 5 que habitam mundos povoados por “ragas” de homens, e que, no limite, caminham por paisagens nas quais 6 vislumbrar em cada étomo individual a diversidade Essa propriedade dos cientistas de “viverem em mundos entes’ conforme as visbes te6ricas que conformam suas ancras de pensar, ndo éapanigio das ciénciassociais ehu- unas, 6 também atributo dos cientstas da natuseza e dos aberes exatos!. O cerne da questi, todavia, encontra-se no modo como uns e outros encaram essa mesma stuagio, am de serem muito mais acentuados nas ciéneias humanas esta convivéncia eo intenso trinsito entre divesifi- 8 tcoras, 0 fato € que os cientistas socials jé se habitua- m hi muito a esse “vver entre mundos”. Os cientstas so- 3s habitantes de uma diversificada federacao de planetas Gricos,tornaram.seexcelentes tradutores uns dos outros, de pradignos competes praeam su ofr om mundo rere mun ends rita onmcrps quem eae to io ico de Galle) pao que rept ss movin SCs mums seein» Guero compote no ora me Unencinie se sero noma matt despa places nis ora reonondpotaem ura atin oe eae dour o pot Sst etn Por ero nfo mes, ido rposdecentsosve ase dfeeres quoter dem ona pra esa ii 207 192 we cexercem desde hi muito uma sofisticada diplomacia terico- smetodol6gica"®. (© universo das ciéncia socais e humanas, enfim, oferece desde cedo 0s seus praticantes uma complexa rede de par digmas e posicionamentos tebricos que devem ser escolhi dos, caso a caso, para a prtica da produgio de conhecimen- to-em cada um dos campos de saber. Nao é com a sucessio de paradigmas que suplantam uns aos outros, e que fazem a cincia avangar a partir de eupturas ireversveis, que lidar ‘os cientstassociais e humanos, mas sim com a possibilidade «de estabelecerem uma comunicagio entre mundos distntos, ‘A *tradugio” & uma pritica mais firmemente estabelecida entre os cientisas sociais do que as operagdies de“conversio’ «que de resto precisam ocorrer mais amide entre os cientis- tas exatos. No universo das cigncias socais e humanas, as conversdes de pesquisadores que decidiram migear para um novo paradigma, em que pese nao deixem de ocorrer, si0 decises sempre individuais, ¢ ndo necessidades da comu- nidade cientifica. A comunidade de historiadores jamais se 123.com period metion,poerames magna mango pin ence (00 univers der anes ise human cou tora sl neal toro da ati pn vio sander ants pains, Me Sera precio magia ux nel amb aus ue hata expels Ima mundeseouor ma qe perme start tn pees ete ‘edo mas pr vr em ui dos panes pregronOet es ‘hands aes" err mundo: Agu io ipl ae cx ey farce mane seldom teeaho sem doar ue aaa Poste eetarene crue ene os aes pants aoe uuncia em bloco a favor da adogdo de um tnico paradi 8, mesmo 20 cabo de algumas geragdes al como acorreu ‘a maior parte da comunidade dos fisicos ao aderit a0 adigma newtoniano, ¢ a0 consideri-lo mais tarde supe- pela Teoria da Reatividade™, ‘Ao ledo disto, ainda que um materialista hist6rico con- ga convencer tum positivista a abandonar o seu planeta rico, ele sabe perfetamente que nio poderi converter igamente todo o “planeta dos positivistas’: Assim tam- gm, ainda que poss atrair para o seu centro de gravidade filésofo errante,a paisagem espacial das ciéncias huma- sempre sera percorrida por meteoritos e cometas autd- 05,0 lado da viagem orbital mais perene dos grandes 8 paradigmaticos. Obrigar 0 universo a se curvar a m tinico paradigma, ou, mais ainda, a uma tnica corren- tebrica no interior de um paradigma, € 0 mesmo que 2 questdes tedricas ¢ empiticas a golpes de foice com relagio & imposiglo te determinadas solugdes historiogrificas no interior do xismo-leninismo russo, no perfodo de seu governo au- sari etn vs and noe aad wre dco mal geo Tas Hu es. equ epoment de Max cam qu vem luz ma porque Ses opanetes insets mortem @ one es nc aliatad coma LANE 159 31 34,207 a queso comers nn ata ap 1 Ses. (© eficaz aparato conceitual proposto por Thomas Kuhn para compreender @ Historia da Ciencia veio a ocupar um ugar de inegivel destaque no ambito dos estudos sobre a historia dos diversos campos disciplinares.O conceito de pa- radigma, todavia, lama por algumas adaptagdes conforme 0 apliquemos a um ou outro campo de conhecimento, em ¢s- Pecial quando temos em vista as cincias sociais e humanas, Eoportuno lembrar que, em outro momento de suas refle- x0es, a0 procurar aparar arestas de seu quadro concsitual ‘Thomas Kubn chegou a falar em umial"matriz dis ‘osio que poderia se mostrar mais eficaz no ques refere a0 Universo mais amplo de valores que afetam cada comuni- dade cientifica em questio™. fe segundo conceito pode ser particularmente interessante para a comunidade histo- tiadora, no sentido de que existem certos principios mais gerais que realmente sio_aceitos pela ampla-maiaria dos histatiadores~tais como a necessidade de uma hase empi- rica nas fontes ou como a consideragao da perspectiva do tempo ~ e que desse modo poderiam corresponder a uma std ompregidos nove xu sero ceer 196) ted edn 208 28 Nene Pot Tams a aan esate dotnet Pls poreese rere ua pose coum der preter de pi pa ‘ol Nate pour campos delete dena ei spies mdelesengindo ra detrnaio mals pomenarec® HO 20620828, Segundo fun a"Matz Depa & una spate depen geet de rece patnodos poses o pata de um atin cape Se aces const de agune tar compete x rice des sera (has graze sine oa reposts express ee os pls ptcartes do campo sem ciao sea cena oes ‘(Glempaes inode ue oruem or opens den nes. mati discipline’, sendo que esta, por sua ver, poder gar dentro desi certo nimero de pradigasconcoren- mar disiplnar pro cso da Hist corresponders boa parte 20 que Michel de Certea se refer como ard presses que vem da comunidade de historadores equ in re olga depo” dun Ope eign [0974 Jorn Rasen adap 0 const denarii) seu lo Raz histric, Teoria da iti: de istorica (1983)"". Também Michel Foucault,em A or) do dcr (170) eborasem utilizar mesmo weabu- / Jefere-se a ete conjunto de impesigbes dscipnaes que bre os prc decals um doe vias ampot de onhecimento. Anda para Thomas Kuhn sera sempre preciso Berar cero patarar bind concise pressup- : Jo necesirios a0 los da comnidade man. 930 Moco er gn oman Hoes rd sce oa votrona lunes ese oad sui eros oe ins seas glen st de ves saps ria oh Guar Oro Na al ut ba al coer ie conan au nos rl deca Tea do HS (Rb ana posed (1988) e HSE er moe es do ohana 999 Arent ih desta dear po enor su pote nO cin deia inomeno «peg ia 29 ccmuraoagainentenoxetsempaceiom e egitim 1930 183 [As adaptagoes desses vitis conceitos podem se mos- dores~tais como a necesidade de uma referénca a base tear relevantes para a historiografia, desde que sempre documenta (Fontes histricas) ou a consideragao das m~ {enhamos em vista as especifcidades da Hist6ria, O que sno tempo ~ aspectos sem os quaisa propria disp ‘corre com a Historiografa ¢ com outrasciéncias huma- _naperderia sua identidade nos moldes como hoje a conce- nas € que, conforme jé reteramos algumas vezes nelas 0s Esta e outras “sngularidades’— que, pata cada caso, ‘do se impoe a0 seu praticante em formagio essa ilusio spondem aquele conjunto ieredutivel de dimensbes, de uma evolugio linear de seu campo de conhecimento principos e postuladosacitos por todos ou quase todos os Desde cedo, 0 historiador em formasio toma coneci- -praticantes de um determinado campo discipinar,e ques de ‘mento de que existem diversos paradigmas concorrentes, to modo, éo que marcaa identidade do campo em rela- diversas teorias que se comlementam ou que se confon. outras reas de saber—constituem, por asim dizer, 0 tam, conceitosflexives a serem operacionalizados. Cons- Jeo duro” de uma “matrz disciplina’ Ese ncleo duro clentizado de que tabalhars com esclhas, ohistoriador ode mudar, mas, sso ocorte, ou € muito letamente 8 percebe ao longo da sua formagio que a situagao habitual {como resultado de alguma mudanga revolycionsria nos as- Geant peas ears ide un ampo dip. | « difctmente se podera dizer que tenha ocorrido algu- Na Histéria, por exemplo, veremos depos que # cons ma vez a imposigdo de um paradigms snico, Seria itil inci de que o historiador trabalha com a dimensio do Pensar na imposigo, sim, de certa “matte diseplinar’ Tempo fos instalando gradual edecishvamente na Hist6- alids em continua mas entatransformagdo através do de. ia (pois ainda no estava presente com toda a clareza nai ‘ir histrico, no interior da qual se afirmam paradigmas gratia de Herdoto para quem Histria ea sobretudo iversificados a0 sabor do dinamico jogo de interacoes e “inquérito” ou uma “investigagio"), Hoje, historiador transformasdes mais ou menos répidas estabelecias pe- gum questionarao fat de que a Histria opera esencial- las variadas realizagaes historiogréficas. mente com a dimensio do"“Tempo” Pode se dar mesmo que Pensadas em um quadro de historicidade e de adequacao ia mudangas menos ou mais perceptiveis na forma como 4s céncias humanas as nogbes de “matrz isiplina”e de ppensa essa dimensio temporal da Histria ~ e podemos “paradigms” podem se adapta particularmente bem a0 es mbrar que 0s hstriadores um dia tenderam a pensar a tudo da Teoria da Histri, Em nossa estrutura concetuah ria como “estudo do pasado hurnano’ enguanto par 22Muia Discipline conespondert nes de mat nada Be Mare Bloch tae como una desinio mals pe ‘un unverso mais amplo de valores que difilmente seriam ue “a histria 60 estudodo homem no tempo” (BLOCH, Jo atensio que Ihes prestaram os historiadores ‘Vale lembrar ainda que, quando falamos em uma dimen: so historiogréfica, teremos sempre em conta aquilo que, de ‘modo irtedutive, ¢intrinseco da vida humana, inseparavel ¢ ‘no casual em nenhuma instincia. Ao nascet, um set human jd se encontra automaticamente inscrito em uma deteemina- da relagdo com a sociedade. Poderé modificar suas relagies sociais com 0 passar do tempo, menos ou mais rapidamente. ‘Mas, para o seu proprio exstr em uma coletvidade, sempre ddeversdesenvolverrelagdes socias. Isto significa que, quera ‘undo queira, qualquer ser humano, com a excegz0 do eremi- taquehabita uma iha deserta, staré mergulhado a4 medu- lanesta dimensdo que éa Histria Social. E,mesmo quanto a0 [Eremita, pode-se dar que ~a ndo ser que tenha nascido na ia dleserta ~ esteja mergulhado em uma Histéria Social através de suas lembrangas acerca de quando vivia em sociedade, € pode mesmo se dar que a sua decisdo pessoal de se ter torna- do eremita tena sido resultado de relagbessociisespecificas contra as quaisreagiu um dia. Do mesmo modo, 20 se relacio- nar com outros homens, qualquer ser humano id afetar ser afetado por poderes de todos 0s tipos. Politica, em sentido _amplo, sera sempre inseparivel do seu exist, portanto, uma Historia Politica, quer ele deseje ou nao, termina também por constitu-l, Esse mesmo ser humano também estari sempre produzindo Cultura em suas relagdes com os homens e com a natureza Fle nio pode apaga isso de sua existincia: 0 iniciar tum simples movimento ou a produzir um simples gest esta- ‘i automaticamente produzindo cultura. A Histria Cultural, ‘esa dimensio incontornével, inscreve-s indelevelmente nos seus menores estos, or outro lado, em que pese que bos parte dos seres hue ppossuaalguma forma de religio ~ a verdade € que, , pode-se imaginar perfeitamente um homem, ou 1a humanidade, sem religito. A religito € uma con- éncia da vida humana, embora uma contingéncia pere- jaradours, e que pode mesmo se eternizar —mas nao & ete intrinseca & natureza humana, e € esta uma pelas quais podemos classificara Histéria da Re- como um dominio, ¢ nd como uma dimensio. Do mo modo, em que pese que metade dos seres humanos 1 do sexo feminino, e que uma boa parte da humanidade stituida de jovens, no sera adequado classifcar a ja das Mulheres ou a Historia dos Jovens sendo como ios; e um raciocinio similar poderia ser formulado 4 Histéria Rural ou para a Historia Urbana, apenas mencionar alguns dos dominios mais abrangentes,jé 4 05 dominios mais especificos o seu nivel de res- « contingéncia torna-se ainda mais evidente (por ploy a Histéria da Loucura, a Historia do Direto, a ria da Arte, a Historia dos Marginais, a Hist6ria do J ¢insimeros outros imaginaveis). De igual manei a Historia da Doenga nio pode ser eno um dominio oriogralico, endo uma dimensdo, uma vez que estamos sfalando em uma circunstancia da vida humana (“estar fou “ter saide” sto circunstincias que se alternam da individual de qualquer ser hursano). A fronteiras entre as modalidades historiogrficas pro- 4 partir dos tés crtérios ~ dimensOes,abordagens nis ~ sio por vezes ambiguas ¢ interpenetrantes, 203 mas de todo modo constituem um problema tedrico bas- tante interessante. Por outro lado, apesar da vertiginosa ‘multiplicagao contemporinea de modalidades internas a0 saber historiogrifico, & preciso neste momento tocar em uma questio de maxima importincia para a historiogra- fia de\nossos dias, considerando que esta presentemente lta contra crises provocadas por fragmentagies diversas em relagio ao tipo de conhecimento que é produzido pe- los historiadores. Na verdade, os “campos hist6ricos’, ou as ‘modalidades da historia, ndo devem ser vistos como com: partimentos nos quis se situariam os historiadores, ow ‘mesmo seus trabalhos mais espectficos. Para utilizar uma imagem emprestada a Fisica, diremos que os “campos his- ‘ricos” sdo como campos de forca que se interconectam ‘em fungao de uma pesquisa ou reflexdo historiografica que «std sendo produzida por determinado historiador em um momento especfico. Os “campos hist6ricos", ow aquilo {que se produz na interconexio entre eles, io espagos de interatividade, dimensoes nas quais se operam os dislogos historiogrificos. Nada mais danoso para o conhecimento histérico do que a hiperespecializacao de um historiador, ‘que passe a trabalhar ou ase defini em termos de um sini ‘co campo historico, Em confronto contra essa pritica, o fato & que os diver- 05 trabalhos e pesquisas historiogréticos nao se realizam no interior de um s6 campo da hist6ria, como a Hist6ria Eco- nnomica ou a Histéria Cultural. Os temas historiogrificos examinados pelos historiadores, também os modos de ver e de tratar metodologicamente com esses temas, chamam uma certa conexio de “campos historicos” Diga- yr exemplo, que um determinado historiador esteja ndo as “cangoes de protesto no perfode da Ditadura iF no Brasil (1965-1985)”. Um tema como este ~ 20 de Musica, de Poesia e de Cultura Popular ~ parece er-se de imediato no ambito da Historia Cultural do, se pretendemos investigar o papel das cangbes de ona critica do Regime Militar, nto podemos deixar também na Histéra Politica, Duas dimensbes, a Cultural e a Historia Politica, sto chamadas aqui interconexio, sem contar 0 dominio da Historia da ca, que também deve ser evocado, Contudo, sea pes tende ser desenvolvida principalmente a partir de tas com agentes histéricos que vivenciaram aque jo (os misicos, os censores, 0 piblico, os diversos is da indistria cultural, os eriticos musicais), necessariamente chamando para o nosso estudo campo historico, que é2“abordagem” da Historia |= uma modalidade da historia que pode ser definida trabalho especifico com a “meméria” dos agentes his- {que vivenciaram determinados processos historico- pela utilizagao de metodologias especificas, como quer exercicio de imaginar que “campos historicos” sendo evocados por determinado trabalho histo- fico que esti sendo realizado, ou que esté em vias de 4 ser realizado, pode conduzir-nos a raciocinios 05. Os “campos histéricos” ndo sio prisbes para os iadores, mas meios para que possam ser estabelecidos rng ans Ooms Toner a come peo net ee Wade Amp = panies ssn tne ener ar on Perm oso ecg a cron cots sige cn cma rar Tsou ono ne 90 0 cep a ee ere priser xineton tone bso Momrteroscocr rome ong nc cg rie Shon encomaronr + apo eae porclene Pan cnpe sono arta corp tun cng eo Balan tacos concn gehen a> awe on cysts oren nono mig ore mma Rompe ent nts mio corn BODE Teen py tarde come hon cng (0s historiadores através de suas obras, e no interior do qual se estabclece a"Matriz Disciplinar da Historia" dtando suas regras minimas e aquelas prticas eonsensuais que unificam todos 05 historiadores".E assim que, como qualquer ou- {ro “campo disciplinas”, 0 Campo da Histéria pode set vi to metaforicamente como uma complexa Arena n0 interior dda gual ealinham ese enfrentam vietualmente os diversos historiadores, com suas milipla ¢cambiantes posigaes r= lacionadas as vérastematicaspertinentes ao seu universo de estudos, ¢ também com seus modos especfcns de conside- rar o seu prépio fico de historiadores. | De igual mancira, ness espago “fsico” que & 0 Cam- | po da Misra sto roduadon 0 io puaigne correntes tedricas (0 Postivisme, o Histoicismo, este ou | aquele Materiaismo Histérco, esta ou aquela leitura so- bre as possiblidades de aplicar 0 modelo de Max Weber [ 40 estudo da histéra), ao mesmo tempo em que tambémn | ‘io gerados os intlmeros “campos hist6ricos” que corres- ppondem as modalidades internas da Histéria ~ a Historia Politica, Historia Cultural, Historia Oral,a Historia da | Misica, ¢ tantas quantas se possa imaginar. Mas aqui ~ quando estivermos nos referindo nao mais a um “Campo da Historia’, e sim aos diversos “campos histéricos” — 0 ‘conceito de “campo” jé estaré sendo mais bem empregado l no sentido de “campo de fora’ porque entao poderemos 17. satrenar east iin sec ool 2. Mos espe st ‘onsuta "Pg gue pe stale aul ee ue sine ‘eine seins anno a ah pds? ider que na verdade varios “campos histéricos” sm para favorecer a visbilidade ou, mais prop a constituicio de um determinado objeto historio- a “Histéria das cangdes de protesto no periodo Jura Militar de meados dos anos 1960 20s meados 1980", por exemplo™. encontrar na conferéncia de Pierre Bourdieu sos sociais da Ciencia (1997) uma genial passagem. alo socidlogo francés reenvia a Einstein uma metéfora espaco fisco” que um dia foi concretizada pelo cé- (Os agentes [ques estabeleem ou circum no in terior de um campo] ~ por exemplo, as empresas 1o caso do campo ecandmico—criam o espago¢© spac 6 existe (de alguma maneia) pelos agentes palas relates objtvas etre os agentes que alse ‘encontram. Una grande empresa deforma todo 0 espago econdmico confeindo-the uma ceta s- truturs. No campo cientifca, Einstein, tal como ‘uma grande empresa deformou todo 0 espago em Be deepen oe iene go no ge um one cam gas es a rio de ab por xem, io decor’ come cate pode contaper outa sé = tletoragres aque res sano em gure reproean HO Cae cate qua eae une coerce ¢ ua capo demo ENSTEN a FEL, 1958125 Metaoeameta e ee gan cHstraore tbaham contrasts cco" pnt ov ots specs oe pent Ns gp ao ene in ocapos mterger ees a5) conuenca qs obs 209 toro des. ssa metifora"einseinians”apropisito bo proprio Finstein significa qve no sc, pe ‘queno ou grande, em Brioude ou em Harvard que (independentemente de qualquer contato diet, de qualquer interae20) nto tena sido toca, pert bdo, margnaizado pela itervngio de Einstein, tanto quanto um grande etabelecimento que, 20 ‘baixar seus pros ana fora do espag econdmi- «co toda uma populagio de pequenos empresitos {(BOURDIEU, 2003: 28) Iremos ainda mais longe, emprestando talvez uma certa tonalidade foucaultiana a essas consideragaes de Bourdieu, para sugerir que nao apenas um grande fisico modifica a Fi- sca com sua genial contribuig2o, mas que, na verdade, qual- {quer praticante de um determinado campo de conhecimen- to jf 0 modifica de alguma maneira, mesmo que de forma indelével, no momento em que adentra o campo disciplinar. Assim, o mais humilde dos estudantes-pesquisadores de Ini ciagdo Cientifica jéesté modificando a Histéria no momento ‘mesmo em que se introduz no seu estudo, isto ocorre por- ‘que a Historia € um campo disciplinar produrido coletiva- mente, pela integracao de todas as contribuigdes que nels se nscrevem, Interferem no "Campo da Histéria” mesmo os Ieitores de Histéria pois ofato € que é muito diversificada @ ppopulagio de interessados no conhecimento ot nos discut- 805 proxluzidos pelos historiadores. O mundo dos leitores, sega age) Bon. Len camapuniea sum peed dena ms umn sr coer rdees sec ecras qu ances Posen Sn de or quan ae Pascoe pn vas res nea ter et eer abet rntecasecas- tenon sorrow 00 a do Nesstrea pao hc sexpert aspen mos renga conoeuarta conga do Ames «arn an iclonj scone Osrectornptane qe cng neo eons mace fs tas eons es 8 orp: rina urn css eo Pins odee Marion i Oo eh donators ess prance pres wares gona Pare rats arurn suerte moO 219 agora, nesta era tio peculiar que se incia nas iltimas déca das do século XX e que adentra o novo milénio: uma Klade Pos-industrial?, um periodo Pés-moderno?, uma fase avan- ¢ada do Capitalismo Tardio? Surgiré um dia a "Historia Pos. Moderna”? A medida que avangarmos para o Futuro, sera necessiro redefinirmos toda a tabua tradicional de leiturs habitualmente aceta para as temporalidades historica, ja shirred ma ota dr umnoe pro qu ta hurade dena Corrine Ere ‘reread gun ram Gane Maran eu BS tong pa {sean sperenage ce una hovers De odo gets sos anaes fred Fangs compote posi no aso svaae Je a0 uns dni ane sate comer e hata rade Ree ‘ce ape ode su Pte pst 1979, eae pure tse sore far "Yak, ena enna Sere roo eee ‘wes ogo ame ta eae oe Sei St nao ‘estes HOSEL 172 Pence ea ann eh tet tc es Pt Co ret Que tu ur cx page de HEM Rosa estat 787 pu ove “in de tneopee Non aus td pa gonhas wa contac ‘romert len equ apc na puedo mun na om a tones KOSTER Desh ngeoped 178 p57) est compre oe jnistéria contemporinea” de hoje seri do passado, da forma que a “historia moderna jé iio € mais mo- ‘Alargas pinceladas,seré sil rediscutir 2s modalida- cstabelecidas ou propostas entre a Kdade Moderna ¢ a Ida- de Contemporinea!™. De igual maneira, quando pensamos ‘no mundo contempordneo, que perfodo estariamos vivendo ‘recursos para organizar @ trabalho historiogifico em jofais da Hist6ria em termos de uma “Historia da Ja’, uma “Histéria da Era Industrial’, €a mais re- storia da Fra Digital”? ipivsdesda Historia sempre geram problemas tebricos resolves. Seré desnecessrio lembrar que a organi Historia por modalidades interna que combinam os ‘da “espacialidade” ¢ da “temporaidade” consituem Jo momento, mas no so grilhOes ou comparti- Jpaa aprisionar 0s objetos histicos, que indmeras correspondem aos espagos nacionais rigidamente ‘ou balizas temporas inflexiveis™. ito_de “campo historico’, de todo modo, seja no ‘a ciuito de conexdes anteriormente discuti- es, aborlagens e dominios), ou seja no que se scomibinagao dos critrios de espacalidade e tempo- <0 ultimo que aqui evocamas para um estudo mais tco e consistente da Teoria da Historia, Precisaremos a Pol vey far un iis seacoast Met io sia arom own pode se do caro a ere Comoe npc oem. aon ira wevlusonao ats da Wine? he Waris Secs uterine seers? sei ura. gn! ing ox acantecmeras « psa cena” a 21 desse conceito para melhor compreendermos osencaminha- :mentos da istoriografiacontempordnea,o mesmo se dando com os conceitos de ‘paradigm’ “matrizdisciplinar’"esco- la hist6rica, “Filosofia da Historia, ou com as trés acepgdes possiveis da nogdo de Teoria da Historia (ef Quadro 5) 4 Sobre aliberdade tebrica Alguns alert se fazem necessirios antes de iniiarmos a iagem pelo oceano tebrico que se oferece aos hstoriadores, ce que se abre como um convite par suas propriasdesco- bertas inves evagens pessais. Assim como no item an- terior chamamos tengo para fato de que éempobrecedor acreditar que s pode realizar un bom trabalho historiogrs- fico no interior de um snio “campo histric’se que se deve entender que os objeto histrios chamam paras uma cer ta conexao de campos hist6reos, algumas palavras andlogas ddevem ser ditas acerca das escolhastedreas, paradigmsticas econceituais, de modo gers. Podemos pati de algumas provocante indagagdes ini- Ciais, Sera necessirio ao pesquisador esolher um s6 para digma, ou um sistema erica Gnico,depurado de quaisquet contribuigoes que nao partam sendo do interior dese sis- tema jé conslidado? 114 autores incompatves uns com 05 jutro, bem como conceitos que nto podem ser misturados ene si sob hipétese alguma Exist “autores saados’ caja contrbuigio€inquestionsvel defintva E, a0 inversy mn autores malditos”, que é nao podem mais ser recu- os, ¢ que devem ser condenados por todo 0 sempre a0 na do ostracismo tesrico? Devem as teorias apresentar el de permeabilidade, de modo a interagir com o seu ‘ou, a0 contririo, deverio blindar seus cascos como que se preparam para singrar mares perigosos? myos refletir,inicialmente, sobre a primeira pergunt: indaga sobre a necessidade ou nao de se adotar ‘nico, concebido sob a perspectiva de uma ‘absoluta” (Quadro 8,1). Colocada a questao de podemos nos perguntar, ainda, sobre até que qutor-fundador” de determinada corrente te6- paderes ou direitos absolutos sabre a perspectiva que se originou de suas reflexdessistematizadas. De maneira, na mesma linha de reflexdes, mas ja apelan- suma tonalidade mais ionica,alguém também pode- lagar se todo autor-fundador deve sr elevado a objeto ‘se determinados sistemas tebricos deve perma sados em sua “pureca original’, tombados como moniostedricos” que nao convém sequer retoca. as trésiltimas décadas do século XX, predominava eios académicos, particularmente na area das cléncias , a ambigdo de construir grandes sistemas eapazes em conta de tudo, de fornecerem todas as respostas 3s ‘questdessurgidas no campo dsciplinar em questdo ~ Historia, a Sociologia, a Antropologia,a Geografia, Jogia.Também nao era raro que os pesquisadores e ores que haviam escolhido este ou aquele paradigma

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